P-3BR - Tripulantes da FAB começam o treinamento...

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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Carlos Lima
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Re: P-3BR - Tripulantes da FAB começam o treinamento...

#3211 Mensagem por Carlos Lima » Qua Mar 01, 2017 5:42 pm

Túlio escreveu:
Carlos Lima escreveu:So para esclarecer.

A ideia dos P-3 com Sidewinder veio de testes inicialmente feitos para os Nimrod's na epoca das Malvinas. O motivo 'e que por mais de uma vez os Nimrod tiveram 'quase' encontros com os MIII argentinos e as tripulacoes solicitaram os misseis ar-ar de auto-defesa.

A USN fez alguns testes usando o P-3 (porque eles nao tem Nimrod) e a coisa entrou para as paginas do Super-Trunfo.

Se voce perguntar a um piloto de P-3 da USN se alguma vez ele disparou um Sidewinder ou se fez tal treinamento, ele vai enfartar de tanto rir e vai agradecer por voce ter bastante senso de humor.

S'o isso. ;)

[]s
CB
No que me diz respeito, isso MATA a questão, tks. Tanta coisa interessante - p ex, ainda não achei fuente que explicasse direito como funciona o tale de "MAD atômico" ou se os drones aqueles do P-8 são reaproveitáveis ou não - para debater neste tópico e a gente desperdiçando tempo com "caça-patrulheiro marítimo" do Plano Brazil (logo de ONDE, POWS!!!)...
MAD Atomico ate aonde eu sei conversando com o povo aqui em Riba em Janeiro nao 'e uma solucao ainda aprovada. E isso conversando inclusive com um que acabou de sair de Pax River que 'e um dos lugares aqui em riba aonde eles fazem testes de novos equipamentos.

As questoes que voce citou com relacao ao reaproveitamento dos Drones tambem sao super complicadas pois tem a ver com $$$$$$. Mesmo o MAD "Atomico" tem tambem $$$$$$.

Com relacao aos drones eu acho que salvei um paper sobre ele em algum lugar, eu honestamente tenho que ter tempo para procurar pois 'e sem duvida algo interessante, mas nao era muita coisa para ser honesto.

Tudo o que eu sei 'e mais relacionado a bate-papo e as dificuldades explicadas de maneira super 'informal' (custo, recuperacao, ECM, endurance, condicoes climaticas, interferencia, tamanho minimo e sensibilidade do MAD para 'apontar' um provavel contato).

No momento o que sai mais barato 'e a melhoria das capacidades das sonoboias (links, swarm, rede de sonoboias), pois ate aonde consta nos testes feitos com Subs Convencionais e Nucleares esse equipamento tem se mostrado mais confiavel e com mais capacidades de melhorias a curto prazo ($$$) do que esses novos conceitos de MAD.

As sonoboias (e os conceitos de Drone com MAD) oferecem uma area de cobertura de patrulha gigantesca, o que 'e uma das inumeras limitacoes do MAD preso na cauda da aeronave, e com subs cada vez mais discretos o objetivo hoje 'e cobrir uma area maior com sensores.

Isso 'e o que eu sei hoje, e agora no mes de Marc'o acho que vou ter a oportunidade de conversar com esse povo novamente e vou me aprofundar mais com algumas perguntas que tenho.

[]s
CB




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Re: P-3BR - Tripulantes da FAB começam o treinamento...

#3212 Mensagem por Carlos Lima » Qua Mar 01, 2017 5:46 pm

MasterCaiafa escreveu:
Carlos Lima escreveu: 'E o que saiu na denuncia do outro topico.

Vamos ver se tem algum fundamento ou nao.

Espero que isso seja so um rumor e que depois de todo o investimento feito em Salvador o P-3 nao mude de casa.

[]s
CB

Não é rumor, já está decidido, isso foi falado claramente pelo brigadeiro Rossato durante entrevista no Comando da Aeronáutica, ano passado! Isso quando da apresentação do FAB 100! Durante os Jogos Olímpicos, também recebi essa informação do comando de Santa Cruz, inclusive uma célula de P-3AM não operativa está no hangar para testes de posicionamento e manobras de hangaragem. Segue a foto feita por mim na ocasião.

https://3.bp.blogspot.com/-OoYKambuySw/WLcwgOS2aPI/AAAAAAAAhhM/zjE-nlNdyQ4USPwxwceayTzhcKgvL4qywCLcB/s1600/P3Am_Sta_Cruz.jpg
Putz !
:| :|

Finalmente se deram conta de que era melhor ter os P-3 perto da Bacia de Campos e dos Submarinos!?

Quanto $$ gasto inutilmente. :(

Enfim... um toque Caiafa, quando inserir imagens por favor use o [thumbnail] ao inves do [img] - Editei o seu post e substitui o [thumbnail] pelo [img] pois a imagem fica melhor de ser vista Smart Phones. :)

[]s
CB




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Re: P-3BR - Tripulantes da FAB começam o treinamento...

#3213 Mensagem por MasterCaiafa » Qua Mar 01, 2017 6:04 pm

Carlos Lima escreveu:
MasterCaiafa escreveu:
Não é rumor, já está decidido, isso foi falado claramente pelo brigadeiro Rossato durante entrevista no Comando da Aeronáutica, ano passado! Isso quando da apresentação do FAB 100! Durante os Jogos Olímpicos, também recebi essa informação do comando de Santa Cruz, inclusive uma célula de P-3AM não operativa está no hangar para testes de posicionamento e manobras de hangaragem. Segue a foto feita por mim na ocasião.

https://3.bp.blogspot.com/-OoYKambuySw/WLcwgOS2aPI/AAAAAAAAhhM/zjE-nlNdyQ4USPwxwceayTzhcKgvL4qywCLcB/s1600/P3Am_Sta_Cruz.jpg
Putz !
:| :|

Finalmente se deram conta de que era melhor ter os P-3 perto da Bacia de Campos e dos Submarinos!?

Quanto $$ gasto inutilmente. :(

Enfim... um toque Caiafa, quando inserir imagens por favor use o [thumbnail] ao inves do [img] - Editei o seu post e substitui o [thumbnail] pelo [img] pois a imagem fica melhor de ser vista Smart Phones. :)

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E se eu te falar que nem sabia que dava para fazer isso? Aliás, colocar vídeo do youtube seria um sonho....




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Re: P-3BR - Tripulantes da FAB começam o treinamento...

#3214 Mensagem por Marechal-do-ar » Qua Mar 01, 2017 6:12 pm

Túlio escreveu: :arrow: Já que estamos na guerra fria (ao menos na questão dos patrulhas marítimos), por que não aproveitar que voam alto, quase tão rápido quanto caças e têm sensores (radar/FLIR) potentíssimos e não botar logo uns pares de METEOR neles, junto com os Harpoons? PIMBA, não ia ter mais Task Force que conseguisse chegar a menos de umas 3 mil nm do litoral de quem possuísse estas ARMAS DEFINITIVAS! [003] [003] [003] [003]
Sempre que dizem que o desempenho de caças não importa que o importante é a eletrônica eu respondo para pegarem um E-3 Sentry e armarem ele com mísseis de longo alcance, mas taé agora ninguém fez isso, porque será...



Sobre esse papo de P-3 vs P-8 vs P-1 ou qualquer droga que seja, vejo que a questão é que vocês tem uma ideia de que para voar baixo e lento precisa de hélices.

Bem... Não...

Voar alto e rápido ou baixo e lento é quase a mesma coisa (eu disse quase) e o 737 é capaz de fazer esses dois regimes (afinal, ele decola a baixa altitude e baixa velocidade, não?), mas tem a questão da eficiência em cada regime.

Primeiro, quanto a aerodinâmica da aeronave, tanto o arrasto quanto a sustentação são proporcionais a densidade do ar e ao quadrado da velocidade, então aumenta a densidade (diminuindo a altitude) e diminui a velocidade e ficamos na mesma, a diferença fica pelas asas em V feitas para reduzir o arrasto próximo do regime transônico, essa geometria não é o ideal em velocidades subsônicos baixas, mas também estão longe de serem ruins, tem um pouco mais de peso e um pouquinho menos de eficiência aerodinâmica mas não chega a ser um impeditivo.

Segundo, os motores, é bem verdade que os "turbojets" não são eficientes com o fluxo de ar lento, mas isso não é verdade para os "turbofan", esses últimos funcionam de forma muito parecida com os turboprop, exceto pelo duto em volta (que alias, ajuda na eficiência dele), e pelo que verifiquei todas as aeronaves cogitadas para MPA usam turbofan de alto "bypass" (ou vazamento, como o juniorbombeiro mencionou), quer dizer, são mais "turboprop" do que "turbojet".

Por fim, por tudo que li o P-8 é perfeitamente capaz de voar baixo e fazer a patrulha como o P-3 faz, mas o P-8 tem alcance maior e tem a possibilidade de voar mais alto e mais rápido em translados, se fosse só para usar uma aeronave já existente os americanos podiam usar o C-130, mas escolherem o 737.

Se querem turboprop moderno olhem para o A-400, não para essa tranqueira do P-3.


E sobre os drones, lembrem-se, a hora de vôo de um P-3 ou de um 737 é caríssima, se eles podem lançar vários drones e estes fazerem o serviço pesado vão economizar horas de voo da plataforma mais cara, mesmo que eles forem descartáveis, sendo relativamente baratos valeria a pena.




"Quando um rico rouba, vira ministro" (Lula, 1988)
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Re: P-3BR - Tripulantes da FAB começam o treinamento...

#3215 Mensagem por FABIO » Qua Mar 01, 2017 9:34 pm

Gostaria de saber se a FAB já comprou os pares de asas para os P-3AM quando forem fazer o check D???




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Re: P-3BR - Tripulantes da FAB começam o treinamento...

#3216 Mensagem por Tikuna » Qua Mar 01, 2017 9:52 pm

FABIO escreveu:Gostaria de saber se a FAB já comprou os pares de asas para os P-3AM quando forem fazer o check D???
No. Nem há previsão.




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Re: P-3BR - Tripulantes da FAB começam o treinamento...

#3217 Mensagem por juarez castro » Qua Mar 01, 2017 11:11 pm

FABIO escreveu:Gostaria de saber se a FAB já comprou os pares de asas para os P-3AM quando forem fazer o check D???
Ainda não houve a liberação de recursos. O PAMA GL que deverá ser o gestor da empreitada está trabalhando na adequação de oficina, gabaritos e ferramental junto a LM.
Se tudo correr bem, terá inicio em 2018.

G abraço




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Re: P-3BR - Tripulantes da FAB começam o treinamento...

#3218 Mensagem por Penguin » Qui Mar 02, 2017 11:22 am

Trecho de Nota Oficial da FAB de 2003 sobre questões estruturais do P-3...

http://www.defesanet.com.br/p3/noticia/ ... ao-dos-P3/

3. O Comando da Aeronáutica foi realmente informado pela Marinha dos EUA acerca de falhas ocorridas com as asas e cauda do P-3 durante testes realizados pela empresa Lockheed Martin, recentemente?

O Programa SLAP ("Service Life Assessment Program") é uma atividade multinacional, liderada pelos Estados Unidos, com a participação da Austrália, Canadá e Holanda, com o objetivo de levar a capacidade de operação de uma aeronave P-3 até o limite de sua vida em fadiga, em um banco de testes, de forma a colher dados para o desenvolvimento das ações necessárias à extensão da vida útil da frota. Torna-se oportuno observar que programas semelhantes são aplicados a aeronaves novas com os mesmos objetivos, sendo os resultados similares em relação à estrutura da aeronave, redundando na emissão de Diretivas Técnicas aos operadores.

No primeiro semestre deste ano, a Lockheed Martin finalizou os testes, para os quais fora contratada e passou a produzir os relatórios para os Contratantes, incluindo a US NAVY, que ao analisar os resultados expediu Diretivas Técnicas no intuito de inspecionar as partes mais críticas e prevenir futuros problemas estruturais. Essas Diretivas tiveram como principal foco as aeronaves P-3 C que já ultrapassaram o limite de vida em fadiga. A US NAVY possui algumas aeronaves na faixa de 140% de FLE ("Fatigue Life Expended"), estando a maioria delas atingindo 100% de FLE atualmente.

Como já foi explanado, o teste realizado teve a intenção de levar a estrutura até o limite de sua fadiga, portanto as falhas na estrutura já eram esperadas com naturalidade, tendo a US NAVY expedido as Diretivas Técnicas como um procedimento de manutenção rotineira e não excepcional. O Brasil como um cliente estrangeiro do FMS (Foreign Military Sales) recebe os boletins de serviço das aeronaves que são apoiadas por esse Programa.

Neste cenário, é importante ressaltar que as aeronaves do acervo do COMAER são P-3 A com cerca de 60% de FLE ("Fatigue Life Expended"), sendo os 40% restantes, suficientes para voar, durante o tempo previsto de sua utilização pela FAB, sem a necessidade de reparos estruturais ou troca das asas e empenagem horizontal. Essas aeronaves foram escolhidas do excedente da reserva de guerra da US NAVY em 2000, após uma rigorosa seleção realizada por engenheiros da Diretoria de Material Aeronáutico e Bélico (DIRMAB) do COMAER, quando as doze aeronaves foram inspecionadas em toda a sua estrutura e documentação.




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Re: P-3BR - Tripulantes da FAB começam o treinamento...

#3219 Mensagem por Penguin » Qui Mar 02, 2017 11:35 am

Um aspecto importante, fruto de Acordos internacionais...

O P-3 dispõe de grande autonomia e raio de ação, 16 horas voando a 1.000 ft de altura, o teto de serviço é de 34.000 ft e as velocidades de cruzeiro e de patrulha são de 300 kt e 200 kt, respectivamente.

Esta capacidade é fundamental para o cumprimento dos acordos internacionais de Busca e Salvamento no Atlântico Sul, onde a área de responsabilidade do Brasil atinge 6.400.000 km².

Seu espaço interno é suficientemente amplo para acomodar o número de operadores requerido pela Força Aérea Brasileira com boas condições de conforto e ergonomia e com provisão de espaço para tripulação de revezamento. É a única plataforma com autonomia suficiente para cobrir todo o espectro das missões constitucionais da Força, inclusive os acordos de "Busca e Salvamento", com capacidade de lançamento de botes salva-vidas e conjuntos de sobrevivência. A adequação de sua motorização (turbohélice) é uma das poucas inanimidades mundiais no ramo da aviação.

As qualidades dessa plataforma permitem que o projeto de modernização em curso no COMAER contemple a integração de sensores e armamentos que colocarão os P-3 brasileiros na fronteira tecnológica dessa aviação, com radar SAR/ISAR, FLIR, ESM, sistema acústico e de detecção de anomalias magnéticas, todos de última geração. Soma-se a essa tecnologia, a sua capacidade bélica, com 10 pontos duros nas asas para armamento, incluindo mísseis anti-navio e torpedos, "bomb bay" com mais 8 cabides para torpedos, minas, cargas de profundidade e espaço pra carregamento de 120 sonobóias, configuração que capacita essa plataforma a cumprir todas as missões precípuas e secundárias da aviação de Patrulha com alto desempenho.
http://www.defesanet.com.br/p3/noticia/ ... ao-dos-P3/

Diálogo: A FAB realiza também um trabalho de grande importância para o país e outras nações que são as missões de patrulha marítima e busca e salvamento dentro de sua área de responsabilidade no Atlântico Sul. Quais são os meios utilizados e qual é a importância destas missões para garantir a segurança de aeronaves e embarcações nesta região do atlântico?

Maj Brig Carlos Baptista Jr.: O Brasil possui, fruto de acordos internacionais (ICAO), uma responsabilidade de operações SAR muito ampla na área do Atlântico Sul, que corresponde a aproximadamente 9 milhões de km² além do seu território.

Esta capacidade, conforme ficou comprovada nas operações de busca e resgate dos destroços do Air France 447, em junho de 2009, é realizada, dentre outras, por aeronaves R-99, P-95, C-130, P-3 e C-295, sendo as duas primeiras fabricadas no país, pela EMBRAER.

Certamente esta capacidade ultrapassa em muito as questões dos meios aéreos disponíveis, exigindo capacidade de vigilância e controle de toda a área.

Neste sentido, cabe destaque as ações do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB), implantado e operado pela FAB há décadas, e reconhecido mundialmente por sua segurança, eficiência e confiabilidade, e que fazem do país uma referência mundial com relação à bem-sucedida operação integrada dos meios dos Sistemas de Defesa Aérea e de Controle de Tráfego Aéreo.
https://dialogo-americas.com/pt/article ... -do-brasil

Se o Brasil se omitisse a cumprir o seu papel, provavelmente algum outro país assumiria o vácuo. Bases no Atlântico Sul não faltam...




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Re: P-3BR - Tripulantes da FAB começam o treinamento...

#3220 Mensagem por knigh7 » Sex Mar 03, 2017 12:58 am

Para quem fala que a precisão do lançamentos de sonoboias e o tempo de patrulha a baixa altitude com a utilização do MAD não são importantes, bem como outros aspectos levantados na guerra aérea ASW aqui, eu digitalizei uma página sobre o assunto de uma edição específica sobre Guerra Aeronaval publicada em 2012, ou seja, atual.

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Re: P-3BR - Tripulantes da FAB começam o treinamento...

#3221 Mensagem por knigh7 » Sex Mar 03, 2017 1:28 am

Marechal-do-ar escreveu:
Sobre esse papo de P-3 vs P-8 vs P-1 ou qualquer droga que seja, vejo que a questão é que vocês tem uma ideia de que para voar baixo e lento precisa de hélices.

Bem... Não...

Voar alto e rápido ou baixo e lento é quase a mesma coisa (eu disse quase) e o 737 é capaz de fazer esses dois regimes (afinal, ele decola a baixa altitude e baixa velocidade, não?), mas tem a questão da eficiência em cada regime.

Primeiro, quanto a aerodinâmica da aeronave, tanto o arrasto quanto a sustentação são proporcionais a densidade do ar e ao quadrado da velocidade, então aumenta a densidade (diminuindo a altitude) e diminui a velocidade e ficamos na mesma, a diferença fica pelas asas em V feitas para reduzir o arrasto próximo do regime transônico, essa geometria não é o ideal em velocidades subsônicos baixas, mas também estão longe de serem ruins, tem um pouco mais de peso e um pouquinho menos de eficiência aerodinâmica mas não chega a ser um impeditivo.

Segundo, os motores, é bem verdade que os "turbojets" não são eficientes com o fluxo de ar lento, mas isso não é verdade para os "turbofan", esses últimos funcionam de forma muito parecida com os turboprop, exceto pelo duto em volta (que alias, ajuda na eficiência dele), e pelo que verifiquei todas as aeronaves cogitadas para MPA usam turbofan de alto "bypass" (ou vazamento, como o juniorbombeiro mencionou), quer dizer, são mais "turboprop" do que "turbojet".

Por fim, por tudo que li o P-8 é perfeitamente capaz de voar baixo e fazer a patrulha como o P-3 faz, mas o P-8 tem alcance maior e tem a possibilidade de voar mais alto e mais rápido em translados, se fosse só para usar uma aeronave já existente os americanos podiam usar o C-130, mas escolherem o 737.
Olha Marechal essa tua teoria é muito bonita, mas eles estão desenvolvendo sonoboias para o P-8 lançar a grande altitude. Porque Boeing 737 opera a grande altitude.

Imagemimagen

Para ter precisão sendo lançadas lá de cima, estão sendo projetadas com um kit com aletas.Eu não sei quanto vai custar esse "kit". Mas kit de precisão não é barato (conhece algum que custa menos de USD 10 mil?).

Então vão pegar uma porra de uma sonoboia que custa USD 1,000 e multiplicar por várias vezes o custo de operação com ela. Fora a questão de uso do MAD que teriam de descer para operar. Ou então não operam.

Eles conseguiram exportar o P-8 para 3 países até agora. E o Japão adotou uma solução semelhante. É prematuro isso ser um paradigma.




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Re: P-3BR - Tripulantes da FAB começam o treinamento...

#3222 Mensagem por Juniorbombeiro » Sex Mar 03, 2017 9:32 am

knigh7 escreveu:
Marechal-do-ar escreveu:
Sobre esse papo de P-3 vs P-8 vs P-1 ou qualquer droga que seja, vejo que a questão é que vocês tem uma ideia de que para voar baixo e lento precisa de hélices.

Bem... Não...

Voar alto e rápido ou baixo e lento é quase a mesma coisa (eu disse quase) e o 737 é capaz de fazer esses dois regimes (afinal, ele decola a baixa altitude e baixa velocidade, não?), mas tem a questão da eficiência em cada regime.

Primeiro, quanto a aerodinâmica da aeronave, tanto o arrasto quanto a sustentação são proporcionais a densidade do ar e ao quadrado da velocidade, então aumenta a densidade (diminuindo a altitude) e diminui a velocidade e ficamos na mesma, a diferença fica pelas asas em V feitas para reduzir o arrasto próximo do regime transônico, essa geometria não é o ideal em velocidades subsônicos baixas, mas também estão longe de serem ruins, tem um pouco mais de peso e um pouquinho menos de eficiência aerodinâmica mas não chega a ser um impeditivo.

Segundo, os motores, é bem verdade que os "turbojets" não são eficientes com o fluxo de ar lento, mas isso não é verdade para os "turbofan", esses últimos funcionam de forma muito parecida com os turboprop, exceto pelo duto em volta (que alias, ajuda na eficiência dele), e pelo que verifiquei todas as aeronaves cogitadas para MPA usam turbofan de alto "bypass" (ou vazamento, como o juniorbombeiro mencionou), quer dizer, são mais "turboprop" do que "turbojet".

Por fim, por tudo que li o P-8 é perfeitamente capaz de voar baixo e fazer a patrulha como o P-3 faz, mas o P-8 tem alcance maior e tem a possibilidade de voar mais alto e mais rápido em translados, se fosse só para usar uma aeronave já existente os americanos podiam usar o C-130, mas escolherem o 737.
Olha Marechal essa tua teoria é muito bonita, mas eles estão desenvolvendo sonoboias para o P-8 lançar a grande altitude. Porque Boeing 737 opera a grande altitude.

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Para ter precisão sendo lançadas lá de cima, estão sendo projetadas com um kit com aletas.Eu não sei quanto vai custar esse "kit". Mas kit de precisão não é barato (conhece algum que custa menos de USD 10 mil?).

Então vão pegar uma porra de uma sonoboia que custa USD 1,000 e multiplicar por várias vezes o custo de operação com ela. Fora a questão de uso do MAD que teriam de descer para operar. Ou então não operam.

Eles conseguiram exportar o P-8 para 3 países até agora. E o Japão adotou uma solução semelhante. É prematuro isso ser um paradigma.
Eu não acho o P-1 japonês tão semelhante não, tem asas bem maiores e turbofans com mais By-pass (8.2:1 contra 6:1), em teoria, opera melhor em baixa altitude que o P-8, a semelhança é só o fato de serem aviões de patrulha movidos a turbofan. Se a FAB ou a MB realmente quiserem embarcar em uma versão dos E-Jets, tem que ver o que eles vão querer, para um patrulha, hoje em dia com os radares modernos da para operar tranquilo a grande altitude, para SAR ou ASW já fica mais complicado, a confirmar se esses novos sensores para o P-8 vão realmente custar os tubos. Da para projetar um novo par de asas mais adequadas para operar a baixa altura, e motores, como dizia o comandante Sato, são commodities :mrgreen: , deve ter um limite para isso, tanto de custo como engenharia, depende de quantos aviões se pretende vender. Talvez o C-295 até atenda as nossas necessidades, pode ter menos autonomia (mete uma sonda revo), mas para quem operou Bandeirunhas até menos de dez anos atrás...as vezes o ótimo é inimigo do bom.




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Re: P-3BR - Tripulantes da FAB começam o treinamento...

#3223 Mensagem por Túlio » Sex Mar 03, 2017 10:19 am

O que falta provar é que um turbofan, por maior que seja o bypass, dará a mesma performance a baixa/muito baixa altitude que um turboprop. Terá alcance/persistência similares? Acho brabo, peguem o "bypass" das hélices de um TP e comparem - aproveitem para comparar também as diferenças entre asa reta (por que não aproveitar para experimentar asas de enflechamento negativo? São aviões lentos e pouco manobráveis mesmo, seria uma idéia para maximizar a capacidade de sustentação, reduzindo a velocidade de estol) e asa enflechada em baixas velocidades - com o do TF. Não é à toa que um turboprop normal usa apenas entre 3 e 5 hélices, já o turbofan precisa de dezenas de pás.

Ou, para ficar mais simples, vejamos se um P-8 como o Indiano (com MAD) tem alcance similar em voo contínuo a baixa altitude que um Orion. Bobear e perde até para o -295...




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Re: P-3BR - Tripulantes da FAB começam o treinamento...

#3224 Mensagem por alcmartin » Sex Mar 03, 2017 10:45 am

Marechal, o que o knight7 afirmou esta correto: na pratica, os jatos ficam muito desconfortaveis neste cenario a baixa altura. Todos tem uma velocidade minima "limpa", ou seja, sem flapes e que depende do peso. No p8, 737 de farda, vai ser de em torno de 185 a 225 kt. Mas normalmente sera a mais alta, porque estara sempre pesado, a nao ser no final da missao.
Nessa condicao a baixa altura, o consumo dele chega a ser 30% maior que nas altitudes para que foi projetado.
Lembrando tambem que a velocidade para lancamento de torpedos nao pode ser maior que 180kt. O ideal em torno de 160kt, porque senao o paraquedas rasgara ou nao cumprira o objetivo que e' desacelerar o torpedo para que ele atinja a agua a uns 90kt. Senao danifica. Por isso os avioes da II gm nem precisavam dos paraquedas. Ja estava no envelope.
Entao, numa situacao de tensao para possivel lancamento, o cara tem que flapear e ai o arrasto vai la em cima e o motorzao sai bebendo. Por isso os pilotos reclamam tanto...
a solucao da boeing foi explicada aqui: melhoria nos sensores, emprego de drones e armamento de grande altitude. O p8 como partede um sistema, que so vem para um tiro final.
Para os USA, joia. Mas e para os outros?
Essa eram as perguntas da FAB na epoca,para a EMBRAER, e que ela fingia de morta...

Abs!




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Re: P-3BR - Tripulantes da FAB começam o treinamento...

#3225 Mensagem por joao fernando » Sex Mar 03, 2017 11:01 am

Túlio escreveu:O que falta provar é que um turbofan, por maior que seja o bypass, dará a mesma performance a baixa/muito baixa altitude que um turboprop. Terá alcance/persistência similares? Acho brabo, peguem o "bypass" das hélices de um TP e comparem - aproveitem para comparar também as diferenças entre asa reta (por que não aproveitar para experimentar asas de enflechamento negativo? São aviões lentos e pouco manobráveis mesmo, seria uma idéia para maximizar a capacidade de sustentação, reduzindo a velocidade de estol) e asa enflechada em baixas velocidades - com o do TF. Não é à toa que um turboprop normal usa apenas entre 3 e 5 hélices, já o turbofan precisa de dezenas de pás.

Ou, para ficar mais simples, vejamos se um P-8 como o Indiano (com MAD) tem alcance similar em voo contínuo a baixa altitude que um Orion. Bobear e perde até para o -295...
O E2 da EMB é 20% mais eficiente que o E1 pelas novas turbinas. Fato




Obrigado Lulinha por melar o Gripen-NG
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