tanques e blindados

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Energys
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Re: tanques e blindados

#2401 Mensagem por Energys » Qui Set 29, 2016 11:29 pm

tatamovitch escreveu:Exército aposta no M-60A3TTS
http://www.defesanet.com.br/leo/noticia ... M-60A3TTS/

Eu imaginava e creio que até já tinha lido sobre isso, que os M-60A3TTS estavam mortos e enterrados no EB, custo de peças sobressalentes e manutenção elevada, etc e tal... E eis que diante das perdas de M-60 do exercito Turco diante de grupos guerrilheiros na Siria e seus misseis AC, o EB resolve ressucitar o M-60A3TTS!?

Alguem tem mais detalhes sobre isso?

Abs,
Um festival total e irrestrito de desatinos, como outros que estão sendo noticiados nos últimos dias. :?

Att.




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Re: tanques e blindados

#2402 Mensagem por gabriel219 » Qui Set 29, 2016 11:52 pm

Bolovo escreveu:
gabriel219 escreveu: MGS significa Mobile Gun System, viaturas que se encaixam na descrição são Stryker MGS ou Centauro, mas foi o Stryker o precursor do conceito, salvo engano. É uma viatura sobre rodas que possua um canhão, de 90 mm pra cima, que fornece apoio de fogo cerrado para as tropas de Infantaria Mecanizada.

Não é tarefa de reconhecimento mas sim de apoio de fogo. É muito útil se usado em regiões próximas ou dentro de cidades, para enfrentar posições fortificadas ou outros carros de combate usando táticas de flanqueamento.

Já estão experimentando no EE-9 isso, provavelmente o VBR Guarani também tenha esta tarefa atrelada a outras.
Entendi.

Uma coisa que eu não sei, a nossa infantaria mecanizada contará com VBR Guarani? Ou apenas os VBTP...?

Acredito portanto que faça mais sentido mesmo a torre com canhão 90mm...
Não sei dizer isso, mas as Brigadas terão RCMec's, então estarão disponíveis. Neste caso, 105 mm é melhor que usar 90 mm.




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Fábio Machado
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Re: tanques e blindados

#2403 Mensagem por Fábio Machado » Seg Out 03, 2016 7:55 pm

A Adoção do Leopard 2 pelo Exército Canadense e a Experiência no Afeganistão

Daniel Longhi Canéppele – Maj Ch Seç Ens Op de Bld do CI Bld
Ádamo Luiz Colombo da Silveira – TC Comandante do CIBld


No final da década de 1990, o Exército Canadense (EC) iniciou um processo de transformação, mudando sua estrutura, baseada em tropas blindadas pesadas destinadas ao combate convencional para uma base primariamente média de rodas. O objetivo desta transformação era evoluir a doutrina advinda das ameaças da Guerra Fria para uma doutrina capaz de operar, com eficiência no ambiente operacional do futuro.

Em 1998, o EC expediu a “Orientação e Direção Estratégica da Força Terrestre” (Land Force Strategic Direction and Guidance), o primeiro documento versando sobre como se procederia esta transformação. O estudo dividiu o futuro em três períodos distintos: Exército de Hoje (Army of Today), para os primeiros 5 anos; Exército de Amanhã (Army of Tomorrow), para do 5º ao 10º ano; e o Exército do Futuro (Army of the Future), para do 10º ao 30º ano de transformação.

Em 4 anos, em 2002, a transformação do exército foi articulada na doutrina estratégica do Exército de 2002, chamada de “Avançando com Propósito: A Estratégia do Exército” (Advancing with Purpose: The Army Strategy). Este documento lançou as condições em que se procederiam as transformações e foi a primeira publicação fundamental após os atentados do 11 de setembro. Em seu conteúdo estava expresso que a estratégia seria: “O Exército gerará, empregará e sustentará forças médias relevantes e taticamente decisivas”.

Em 2004, o governo canadense anunciou que adquiriria a plataforma MGS (Main Gun System) da General Dynamics, uma viatura blindada (VB) sobre rodas com base no LAV III, dotada de canhão 105mm, a fim de substituir as viaturas blindadas de combate carro de combate (VBCCC) Leopard 1 C2, contudo, em abril de 2007, o EC decidiu adquirir 120 VBCCC Leopard 2, uma viatura pesada, contrariando os rumos estabelecidos da migração para tropas médias.

Quais motivos levaram a esta guinada estratégica? Se a espinha dorsal do EC passariam a ser tropas médias, por que adquirir uma quantidade considerável de carros de combate pesados? Os motivos que levaram a esta decisão se deram com base nas experiências vivenciadas em operações e outros, que serão explicados a seguir.

É importante notar que durante os anos de 2006- 2007, o EC lutava no Afeganistão com seus LAV III (20 tons), dotados de canhão Bushmaster 25mm e Mtr 7.62mm, contra os insurgentes talibãs. Esta VB possuía poder muito superior às forças insurgentes, porém, a partir de 2006, em Kandahar, os talibãs mudaram suas estratégias de combate, adotando táticas de defesa a partir de posições fortificadas e trincheiras, adotando emboscadas e posicionando obstáculos e artefatos explosivos improvisados (AEI).

Como consequência, a efetividade do poder de fogo e a mobilidade do LAV III foi reduzida e o número de baixas canadenses aumentou. A conclusão a que se chegou foi a de que “atacar com carros de combate liderando é a regra”. O carro de combate é capaz de prover apoio de fogo aproximado e preciso onde nem mesmo o fogo aéreo consegue chegar.

Decidiu-se enviar 15 Leopard 1 C2 ao Afeganistão, o que aumentou a proteção das tropas, proporcionou limpeza de rotas dos AEI e pode-se acessar posições no terreno que seriam impossíveis de se chegar com os LAV III. Esta VB, contudo, possuía tecnologia já obsoleta, falta de peças de reposição, não possuía arcondicionado, o que tornava sua operação muito difícil dado o extremo calor daquela região.

Os sistemas hidráulicos da torre aqueciam o que intensificava os efeitos da alta temperatura ainda mais, além de se tornarem um fator de risco, uma vez que os fluidos pressurizados e quentes poderiam ocasionar queimaduras fatais quando a VB fosse atingida pela explosão de um AEI.

A VBCCC Leopard 1 C2 não proporcionava proteção blindada suficiente e, embora possuísse poder de fogo para fazer frente ao Talibã, o mesmo não ocorreria caso fosse necessário combater uma VBC mais moderna. Este foi o primeiro argumento para a aquisição de 100 VBCCC Leopard 2 A4 (Holanda) e 20 VBCCC Leopard 2 A6 (Alemanha).

O segundo argumento diz respeito à mitigação dos riscos operacionais. As forças pesadas também possuem outras vantagens, quando comparadas com tropas leves ou médias. A tríade potência de fogo/proteção blindada/mobilidade é significantemente maior nas VBC pesadas, o que possibilita melhores capacidades para se operar em um ambiente operacional contemporâneo, onde as ameaças variam dentro do amplo espectro dos conflitos.

A mitigação dos riscos operacionais faz parte do processo de gerenciamento do risco, sendo que, dentro da doutrina canadense consiste no “aumento das capacidades operacionais e cumprimento de missões com o mínimo de baixas”. Esta mitigação é, então, a parte do processo onde os riscos são avaliados e comparados com os benefícios de sua assunção, sendo adotadas ações para minimizar aqueles que forem desnecessários.

Pode-se inferir, desta forma, que a tríade potência de fogo/proteção blindada/mobilidade das forças pesadas colabora substancialmente para a mitigação dos riscos, pela redução do número de baixas e pelo aumento das capacidades operativas no amplo espectro dos conflitos, incluindo operações de alta intensidade, contra inimigos com capacidades similares.

O terceiro argumento para a aquisição da frota de Leopard 2 foi a pressão política exercida pelo aumento do número de baixas em combate em 2006, em relação a 2005, o que levou a mídia e a sociedade canadense a exigir dos políticos providências.

A proliferação massiva do emprego de AEI pela insurgência foi a principal responsável por estas baixas e o aumento da proteção blindada mais eficiente se fazia necessária. Acredita-se que se o emprego das VBCCC Leopard 1 C2 tivesse estancado o aumento do número de baixas, o que não ocorreu, dificilmente se teria feito a opção pela aquisição de VBC pesadas.

A experiência e as lições aprendidas no combate vem normalmente ao custo de sangue dos soldados. Quando estas lições são internalizadas e provocam mudanças estruturais profundas no como organizar, como equipar e como combater, este custo não é em vão, pois no futuro, o mesmo sangue dos soldados será poupado.

A experiência canadense reforça a tese de que, por mais que a tecnologia militar evolua, os exércitos ainda depositarão em suas tropas blindadas, sobretudo nas mais pesadas, grande parcela de responsabilidade pelo sucesso das ações de combate. Potência de fogo, proteção blindada e mobilidade sempre serão fatores decisivos nos campos de batalha.

fonte: http://www.defesanet.com.br/tank/notici ... eganistao/


Mais direto que isso só desenhando.




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Re: tanques e blindados

#2404 Mensagem por gabriel219 » Seg Out 03, 2016 10:48 pm

Tive a oportunidade de conversar, durante um evento, com dois Oficiais Cavalarianos. Conversamos sobre muita coisa, desde Guarani até Leopard 1A5. Quando entrei na conversa sobre substituto do M113 e do Leopard 1A5 (já sabia naquela época que o 1A5 não teria vida após 2025, isso com canibalização) e percebi na hora a mudança de expressão facial.

Ambos foram unânimes em me dizer que o sonho de muitos Cavalarianos, incluindo uma ala de oficiais que são mais jovens que o oficialato do Exército, sugeriu, em 2006, que fosse adquirido Marder e Leopard 2 quando o Exército buscava um substituto para os M41 e pensava sobre o futuro do M113 (naquela época a ideia era de modernizar mesmo), mas forem rejeitados na hora, um por causa da capacidade (concordo naquela época, depois de 2013 não tem desculpa) e outro pelo peso (de 1 tonelada a mais que o M60A3TTS). A mesma ala sugeriu depois, em 2011, que fossem adquiridos Leopard 2 para substituir os M60 e os Leopard 1A1, recolocando os 1A5 nos RCB's e equipando a 5ª Cav Blnd com 2A4, foi negado na hora por conta do peso e teve um gênio, nesta mesma reunião, que disse que seria mais fácil comprar Stryker MGS que o 2A4, já que o 2A4 era "pesado demais".

Agora o Exército deseja modernizar o M60 que, se caso for a modernização Israelense, seja Magach ou SABRA, terá peso maior que o do 2A4, mesmo 2A4 estarem a USD 1 milhão (alguns países compraram por muito menos).

Sinceramente, não consigo entender o Oficialato das Forças Armadas em si. São decisões estranhas, pois não há dificuldades para saber que é possível operar o 2A4 e estava uma liquidação na época, hoje estaríamos pensando em modernizar o 2A4 e não o M60. Nem estaríamos preocupados, pois a família do Leopard 2 deverá ter peças até 2035 sendo fabricadas, já que nesta época é prevista para que os Leopard 2 do Exército Alemão recebam canhão 130 mm numa modernização.

Não há explicação pra preferir manter 1A5 e M60 na frota podendo se equipar com uma viatura muito melhor do que as atuais, mesmo que elas recebam a melhor atualização do mundo! O 2A4 apenas recuperado e com sistemas de mira atualizados é melhor que qualquer coisa que temos.

Caso não haja 2A4 suficientes para os RCB's e RCC's, que ao menos sejam adquiridos o suficiente para equipar todos os RCB's e os RCC's da 6ª Bda Inf Bld. Pra 5ª Bda, exitem 150 Challenger II estocados no Reino Unido ou M1A1 usados no EUA, seriam caros (USD 5 mi seria um preço justo, já que são usados) para ocupar esta lacuna (108 CC's, mais 15 ou 34 para o CFN substituir seus SK-105).

Perdemos e estaremos perdendo excelentes oportunidades, por ótimos preços, por simples ego do Oficialato, pois não há outra desculpa para não adotar as viaturas citadas!




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Re: tanques e blindados

#2405 Mensagem por FCarvalho » Qua Out 05, 2016 7:58 pm

Gabriel, como nas grandes empresas privadas familiares, exitem aqueles que construíram a sua solidez de suas bases tomando como referências tradição, comedimento e segurança. E uma baita resiliência a novidades, conquanto não sem certa dose de razão. As alas mais jovens das ffaa's encontram hoje este mesmo tipo de visão, e limites, por parte da não poucos oficiais generais e seus estados maiores.

Vai levar um tempo, na verdade muito tempo, para que os oficiais mais jovens, como tenentes, capitães e majores de hoje, formados na mentalidade atual e com experiências reais de combate/conflitos - a serviço da ONU - e por conseguinte de suas irregularidades e singularidades, possam destrinchar a não rara falta de visão de muitos setores do EB e cia ltda.

Como eu disse outro dia, temos ffaa's onde a começar pelos próprios próprios militares não acreditam na tese de entrarmos em qualquer conflito em prazo conhecido ou visível. Operacionalidade continua sendo algo desejável e bom de se ter. Mas na nossa cultura militar ela ainda não chegou a ser exatamente uma prioridade...

E duvido que chegará a sê-lo tão cedo, com o tanto de missões complementares que se dá aqui aos militares e que via de regra nada ou pouco a ver tem com sua missão primária.

abs.




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Re: tanques e blindados

#2406 Mensagem por EDSON » Qui Out 06, 2016 12:06 pm

M60 Sabra vai aumentar o gargalo nas tropas blindadas brasileiras. Depois de modernizar estes eu não quero mais ouvir falar em peso de CC no EB.




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Re: tanques e blindados

#2407 Mensagem por Wingate » Qui Out 06, 2016 12:20 pm

FCarvalho escreveu:Gabriel, como nas grandes empresas privadas familiares, exitem aqueles que construíram a sua solidez de suas bases tomando como referências tradição, comedimento e segurança. E uma baita resiliência a novidades, conquanto não sem certa dose de razão. As alas mais jovens das ffaa's encontram hoje este mesmo tipo de visão, e limites, por parte da não poucos oficiais generais e seus estados maiores.

Vai levar um tempo, na verdade muito tempo, para que os oficiais mais jovens, como tenentes, capitães e majores de hoje, formados na mentalidade atual e com experiências reais de combate/conflitos - a serviço da ONU - e por conseguinte de suas irregularidades e singularidades, possam destrinchar a não rara falta de visão de muitos setores do EB e cia ltda.

Como eu disse outro dia, temos ffaa's onde a começar pelos próprios próprios militares não acreditam na tese de entrarmos em qualquer conflito em prazo conhecido ou visível. Operacionalidade continua sendo algo desejável e bom de se ter. Mas na nossa cultura militar ela ainda não chegou a ser exatamente uma prioridade...

E duvido que chegará a sê-lo tão cedo, com o tanto de missões complementares que se dá aqui aos militares e que via de regra nada ou pouco a ver tem com sua missão primária.

abs.
Vai levar um tempo, na verdade muito tempo, para que os oficiais mais jovens, como tenentes, capitães e majores de hoje, formados na mentalidade atual e com experiências reais de combate/conflitos - a serviço da ONU - e por conseguinte de suas irregularidades e singularidades, possam destrinchar a não rara falta de visão de muitos setores do EB e cia ltda.
Exemplo do que o colega descreveu acima foi o retorno dos militares brasileiros que serviram na FAB e na FEB, na Segunda Guerra Mundial.

Wingate




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Re: tanques e blindados

#2408 Mensagem por FCarvalho » Qui Out 06, 2016 1:08 pm

É aquele negócio meu caro Wingate desde há muito... enquanto para a maioria dos brasileiros a carreira militar equivaler-se a serviço público, estabilidade funcional e aposentadoria garantida, nada mudará tão cedo.

abs.




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Re: tanques e blindados

#2409 Mensagem por cabeça de martelo » Qui Out 06, 2016 1:37 pm





"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

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Re: tanques e blindados

#2410 Mensagem por Frederico Vitor » Qui Out 06, 2016 3:08 pm

Pois é. Este está demorando aparecer por aqui (nas FFAAs brasileiras):

Imagem




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Re: tanques e blindados

#2411 Mensagem por FCarvalho » Qui Out 06, 2016 5:11 pm

Ao que nos parece, no que depender exclusivamente dos militares brasileiros, vai ficar mesmo sem aparecer. E agora com uma pequena ajuda pouco mais que discreta do atual governo, fã de carteirinha da economia capitalista e do empreendedorismo americanófilo.

Ou seja, não rola nada que não seja made in USA ou by OTAN/STANAG.

Azar o nosso. [001]

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Re: tanques e blindados

#2412 Mensagem por marcelo bahia » Qui Out 06, 2016 8:49 pm

gabriel219 escreveu:Tive a oportunidade de conversar, durante um evento, com dois Oficiais Cavalarianos. Conversamos sobre muita coisa, desde Guarani até Leopard 1A5. Quando entrei na conversa sobre substituto do M113 e do Leopard 1A5 (já sabia naquela época que o 1A5 não teria vida após 2025, isso com canibalização) e percebi na hora a mudança de expressão facial.

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Agora o Exército deseja modernizar o M60 que, se caso for a modernização Israelense, seja Magach ou SABRA, terá peso maior que o do 2A4, mesmo 2A4 estarem a USD 1 milhão (alguns países compraram por muito menos).

Sinceramente, não consigo entender o Oficialato das Forças Armadas em si. São decisões estranhas, pois não há dificuldades para saber que é possível operar o 2A4 e estava uma liquidação na época, hoje estaríamos pensando em modernizar o 2A4 e não o M60. Nem estaríamos preocupados, pois a família do Leopard 2 deverá ter peças até 2035 sendo fabricadas, já que nesta época é prevista para que os Leopard 2 do Exército Alemão recebam canhão 130 mm numa modernização.

Não há explicação pra preferir manter 1A5 e M60 na frota podendo se equipar com uma viatura muito melhor do que as atuais, mesmo que elas recebam a melhor atualização do mundo! O 2A4 apenas recuperado e com sistemas de mira atualizados é melhor que qualquer coisa que temos.

Caso não haja 2A4 suficientes para os RCB's e RCC's, que ao menos sejam adquiridos o suficiente para equipar todos os RCB's e os RCC's da 6ª Bda Inf Bld. Pra 5ª Bda, exitem 150 Challenger II estocados no Reino Unido ou M1A1 usados no EUA, seriam caros (USD 5 mi seria um preço justo, já que são usados) para ocupar esta lacuna (108 CC's, mais 15 ou 34 para o CFN substituir seus SK-105).

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Gabriel, eles não são burros, então o que resta como opção para este tipo de desatino?

P.S: sou contra o EB adotar um MBT com turbina.

Sds.




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Re: tanques e blindados

#2413 Mensagem por marcelo bahia » Qui Out 06, 2016 8:52 pm

FCarvalho escreveu:Ao que nos parece, no que depender exclusivamente dos militares brasileiros, vai ficar mesmo sem aparecer. E agora com uma pequena ajuda pouco mais que discreta do atual governo, fã de carteirinha da economia capitalista e do empreendedorismo americanófilo.

Ou seja, não rola nada que não seja made in USA ou by OTAN/STANAG.

Azar o nosso. [001]

abs.
X2!

Sds.




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Re: tanques e blindados

#2414 Mensagem por cabeça de martelo » Sex Out 07, 2016 11:50 am

Como será a "vida" dentro de um Carro de Combate Leopard a fazer tiro?
Obrigado à guarnição do Primeiro Sargento de Cavalaria Mendes pela partilha!

https://www.facebook.com/RevistaCavalar ... 013997593/




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Re: tanques e blindados

#2415 Mensagem por cabeça de martelo » Sáb Out 08, 2016 8:36 pm





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