NOTÍCIAS POLÍTICAS
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Bem, eu já orientei minhas filhas a se mandarem pro exterior. Espero que sigam o conselho. Quanto amim, assim que me aposentar me mando, nem que seja pro Uruguai ou Argentina.
Não é nada meu. Não é nada meu. Excelência eu não tenho nada, isso é tudo de amigos meus.
- cassiosemasas
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Ta ai um lugar que acho (imagino que seja, claro,porque nunca estive lá) bom por demais. Eu pretendo ir ao Uruguai, mas não para me mudar, se bem que já pensei seriamente nessa possibilidade!nveras escreveu:Bem, eu já orientei minhas filhas a se mandarem pro exterior. Espero que sigam o conselho. Quanto amim, assim que me aposentar me mando, nem que seja pro Uruguai ou Argentina.
Tenha fé colega, o Brasil vai sair do buraco!
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Valeu a tentativa de me animar, mas a gente conversa de novo sobre o assunto daqui a uns dez anos. Karai, vou estar com 65.cassiosemasas escreveu:Ta ai um lugar que acho (imagino que seja, claro,porque nunca estive lá) bom por demais. Eu pretendo ir ao Uruguai, mas não para me mudar, se bem que já pensei seriamente nessa possibilidade!nveras escreveu:Bem, eu já orientei minhas filhas a se mandarem pro exterior. Espero que sigam o conselho. Quanto amim, assim que me aposentar me mando, nem que seja pro Uruguai ou Argentina.
Tenha fé colega, o Brasil vai sair do buraco!
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- cassiosemasas
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
nveras escreveu:Valeu a tentativa de me animar, mas a gente conversa de novo sobre o assunto daqui a uns dez anos. Karai, vou estar com 65.cassiosemasas escreveu: Ta ai um lugar que acho (imagino que seja, claro,porque nunca estive lá) bom por demais. Eu pretendo ir ao Uruguai, mas não para me mudar, se bem que já pensei seriamente nessa possibilidade!
Tenha fé colega, o Brasil vai sair do buraco!
essas coisas a gente não conta...
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- Valdemort
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Caro nveras.nveras escreveu:Bem, eu já orientei minhas filhas a se mandarem pro exterior. Espero que sigam o conselho. Quanto amim, assim que me aposentar me mando, nem que seja pro Uruguai ou Argentina.
Acho que somos +- da mesma idade.
Comecei a minha carreira de piloto da Varig bem jovem, principalmente encorajado e financiado por meu pai, na época comandante da Varig.
Nunca imaginei o que poderia acontecer com a Varig e principalmente com o plano de pensão AERUS, ambos destruídos pelo PT ( sei que essa afirmação é controversa e já expliquei em outros posts. Posso debater se for de interesse do forum ).
Sai com minha familia pro Qatar, um emirado muito rico ao lado de Dubai que necessita muito de mão de obra qualificada.
Quando meus filhos terminaram o high school mudei para a Korean Air com base nos USA. Hoje ambos estão em Universidades Americanas e completamente adaptados ao USA. Minha filha sempre teve um sonho de retornar ao Brasil mas depois desses escândalos de corrupção e de conversas comigo desistiu completamente.
O que posso te passar dessa experiência de vida é : Se for realmente seu interesse, não deixe ficar somente no sonho.
USA atualmente é um pouco complicado para obter visto de residência, mas Canada e Australia estão precisando de vários profissionais qualificados.
Também posso te dizer que a vida nesses emirados ( UAE / Qatar ) é bem legal e pagam muito bem.
Nesse tempo no Qatar me encorajei em obter nacionalidade europeia para uma alternativa ( just in case ). Descobri que a vida em Portugal é bem tranquila e o custo de vida esta até mais barato que no Brasil, acho uma opção melhor que o Uruguai, e ainda facilitam a vida pra Brasileiros obterem visto de residência. Portugal está aceitando até neto para obtenção de nacionalidade. Tá cheio de despachantes no Brasil trabalhando nacionalidades europeias. Nunca tantos brasileiros procuraram por nacionalidades europeia.
Se precisar de mais dicas é so falar.
Abcs.
"O comunismo é a filosofia do fracasso, o credo da ignorância e o evangelho da inveja. Sua virtude inerente é a distribuição equitativa da miséria".
Winston Churchill
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Agradeço as dicas. Felizmente as milhas filhas já tem a nacionalidade portuguesa. Ambas fizeram intrecâmbio. A mais velha nos USA e a mais nova na Austrália. iEstão Ainda no início da universidade e fizeram amigos, que é o que mais segura as pessoas aqui, amigos. Mas ainda assim tenho a esperança de que vão embora pros USA, Austrlália ou Europa. Eu tenho que esperar a minha aposentadoria e depois me mando. Há trinta anos atrás eu ainda tinha esperança de que tudo mudasse e até recusei proposta pra trabalhar nos USA, hoje, me arrependo amargamente. Mas é isso, a esperança foi a última que morreu, mas morreu. Abraço.Valdemort escreveu:Caro nveras.nveras escreveu:Bem, eu já orientei minhas filhas a se mandarem pro exterior. Espero que sigam o conselho. Quanto amim, assim que me aposentar me mando, nem que seja pro Uruguai ou Argentina.
Acho que somos +- da mesma idade.
Comecei a minha carreira de piloto da Varig bem jovem, principalmente encorajado e financiado por meu pai, na época comandante da Varig.
Nunca imaginei o que poderia acontecer com a Varig e principalmente com o plano de pensão AERUS, ambos destruídos pelo PT ( sei que essa afirmação é controversa e já expliquei em outros posts. Posso debater se for de interesse do forum ).
Sai com minha familia pro Qatar, um emirado muito rico ao lado de Dubai que necessita muito de mão de obra qualificada.
Quando meus filhos terminaram o high school mudei para a Korean Air com base nos USA. Hoje ambos estão em Universidades Americanas e completamente adaptados ao USA. Minha filha sempre teve um sonho de retornar ao Brasil mas depois desses escândalos de corrupção e de conversas comigo desistiu completamente.
O que posso te passar dessa experiência de vida é : Se for realmente seu interesse, não deixe ficar somente no sonho.
USA atualmente é um pouco complicado para obter visto de residência, mas Canada e Australia estão precisando de vários profissionais qualificados.
Também posso te dizer que a vida nesses emirados ( UAE / Qatar ) é bem legal e pagam muito bem.
Nesse tempo no Qatar me encorajei em obter nacionalidade europeia para uma alternativa ( just in case ). Descobri que a vida em Portugal é bem tranquila e o custo de vida esta até mais barato que no Brasil, acho uma opção melhor que o Uruguai, e ainda facilitam a vida pra Brasileiros obterem visto de residência. Portugal está aceitando até neto para obtenção de nacionalidade. Tá cheio de despachantes no Brasil trabalhando nacionalidades europeias. Nunca tantos brasileiros procuraram por nacionalidades europeia.
Se precisar de mais dicas é so falar.
Abcs.
Não é nada meu. Não é nada meu. Excelência eu não tenho nada, isso é tudo de amigos meus.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
PT pode perder metade das 635 prefeituras no pais
http://politica.estadao.com.br/noticias ... 0000079476
http://politica.estadao.com.br/noticias ... 0000079476
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Interessante ... mais pessoas não sabendo "interpretar" seus textos ... vai ver são muito profundos para nós simples mortais ...cassiosemasas escreveu:Pois é a culpa como eu disse não é de um só é do conjunto inteiro, mas é mais fácil livrar um e demonizar outro ou por a culpa em um só para ficar mais fácil de escrotizar depois, isso é falta de honestidade intelectual ou simples preguiça de pensar um pouco e distribuir para cada parte o que lhe cabe neste latifúndio!nveras escreveu: Se a ida presidenta não tem culpa, por que o vice presidento teria?

E vire e mexe bate incessantemente na tecla que a culpa não é "só" do PT ... enfim "vamos aliviar pro PT porque ele não tava sozinho nessa" ou "o PT não pode ser sacrificado porque outros também fizeram" ... isso cansa viu cassiosemassas ... além de ser um argumento de defesa completamente esdrúxulo, sem pé nem cabeça, ainda IGNORA o fato de que o PT está no COMANDO a 13 anos ... ou seja, toda essa maracutaia foi PERMITIDA E ORQUESTRADA pelo PT, com o claro propósito de PERMANECER NO PODER ... de obtenção VANTAGENS ELEITORAIS, com dinheiro de propina jorrando em suas campanhas e aliados e também obter maioria no Congresso pra fazer e aprovar o que BEM ENTENDER ... em sua "sanha" de implementação de um Estado Socialista no Brasil.
Não é possível que você seja tão "visão curta" que vá insistir nessa ladainha enfadonha, nessa cantilena interminável que não faz o menor sentido, meu caro, RELATIVIZANDO as responsabilidades diretas da CÚPULA do PT que ROUBOU E DEIXOU ROUBAR para obter APOIO a seus projetos de Poder ... assim é o maior beneficiário da corrupção desenfreada que assola o País ...
Uma afronta à Democracia e ao Estado de Direito quando se ganha as eleições utilizando-se de propina em uma "mega-campanha", mentindo, concedendo benefícios a milhares de pessoas de forma indevida, ameaçando outras milhares (esses usuários legítimos) de suspensão de tais benefícios, atacando adversários políticos da forma mais BAIXA possível ... e ainda se gabando que venceu 4 eleições seguidas ... ora colega, assim até um MICO AMESTRADO ganha eleições ... prova disso é esse POSTE que ganhou não uma, mas duas eleições, uma mulher que assalta bancos e saúda a mandioca ...
E tu vem dizer que o PT não é o único culpado ???
Pode não ser único, pois, quem se vendeu, se deixou cooptar é tão corrupto quanto a cúpula do PT, assim, pode não ser o único, mas sem dúvida é o PRINCIPAL ator de TODA a corrupção que vem sendo exposta pela Lava Jato ... quem não enxerga isso está míope, cego pela ideologia ...
[] kirk
Os Estados não se defendem exigindo explicações, pedidos de desculpas ou com discursos na ONU.
“Quando encontrar um espadachim, saque da espada: não recite poemas para quem não é poeta”
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Tenho uma notícia triste para o amigo, a saúde tá muito, mas muito pior do que na época da ditadura militar ... cara, a quantidade de mortes em filas hospitalares HOJE é inacreditável, morre mais pessoas EM UMA SEMANA atualmente por falta de atendimento médico do que os militares são acusados de matar em mais de 20 anos de ditadura ...nveras escreveu:Não sei a sua idade colega, mas não vi nada de melhor. Três pilares básicos são necessários pra dizermos que as coisas melhoraram: saúde, educação e segurança. A saúde eu até acredito que é melhor que trinta anos atrás, mas muito pouco. Quanto a educação e segurança, estamos no fundo do poço, em estado de calamidade pública.cassiosemasas escreveu: Entendo seu desanimo, mas pense comigo, a coisa já foi muito, mas muito pior mesmo, estamos melhorando, não na velocidade que gostaríamos, nem da forma ideal, mas estamos indo, aos trancos e barrancos, com uns tropeços aqui outros lá.
Sei que é difícil com esse sistema cancerígeno que temos mas tenho convicção que vamos superar isso, infelizmente não será rápido e nem fácil, se não tivermos um desmanche de nada nesse período escuro em que estamos atravessando(o que está difícil de não acontecer, estão tentando, mas a população está mais atenta e anda fiscalizando muito mais, isso por si só já é um ótimo sinal.) logo podermos ter um país melhor.
É um dado real, não estou inventando.
E viva "la democracia bolivariana" petista !
[] kirk
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Me surpreende o fato de ainda manterem metade !knigh7 escreveu:PT pode perder metade das 635 prefeituras no pais
http://politica.estadao.com.br/noticias ... 0000079476

[] kirk
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
O colega poderia compartilhar esses dados conosco????kirk escreveu:
Tenho uma notícia triste para o amigo, a saúde tá muito, mas muito pior do que na época da ditadura militar ... cara, a quantidade de mortes em filas hospitalares HOJE é inacreditável, morre mais pessoas EM UMA SEMANA atualmente por falta de atendimento médico do que os militares são acusados de matar em mais de 20 anos de ditadura ...
É um dado real, não estou inventando.
E viva "la democracia bolivariana" petista !
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
As ilusões perdidas.
Fernando Gabeira - O Globo, 2.10.16.
Hoje é dia de votar. Participei, diretamente ou não, de todas as campanhas do período democrático. Nunca vi nada assim. Para começar, é a primeira eleição sem dinheiro legal das empresas. E num momento em que os indivíduos não parecem propensos a contribuir.
A imprensa mostra que o número de doadores é três vezes menor do que o número de candidatos. Sem contar que há muitos mortos entre os doadores e mais de um terço deles, 90 mil, são beneficiários do Bolsa Família. Dinheiro mesmo não veio da sociedade. Muito possivelmente a parte mais pobre dela contribuiu com CPFs para dar um verniz de legalidade às doações eleitorais.
“Na rua, parece que somos transparentes. As pessoas olham como se não existíssemos.” A confissão é de um amigo que faz campanha. A indiferença é pesada para os que sonhavam em empolgar a cidade. Mas é também um alívio. A hostilidade seria bem pior. O traço central da campanha não é falta de grana, mas de credibilidade. Quase ninguém parece acreditar em alguma saída num sistema político que envelheceu e caducou.
No primeiro dia da semana eleitoral foi preso Palocci, um ex-ministro da Fazenda, homem importante do PT. Na sua conta, foram bloqueados R$ 30 milhões. Se olharmos para trás, para o início do processo democrático, veremos que todos os que prometiam combater a corrupção acabaram se afundando nela. Collor e Lula foram eleitos com essa bandeira. Ambos, de certa maneira, foram derrubados por aquilo que anunciavam combater.
Na medida em que as pessoas fogem das eleições, os bandidos mais se aproximam delas.
A sucessão de mortes de vereadores e candidatos na Baixada Fluminense é um indício.
Em quase todos os casos, milícia e tráfico de drogas estão envolvidos. Não se pode dizer que as pessoas foram mortas apenas por questões políticas. Muitas tinham algum tipo de relação com o crime organizado. A grosso modo, um policial definiu assim a sucessão de crimes: com raras exceções, não morreram porque eram políticos, mas sim porque eram bandidos.
Em Itumbiara, Goiás, o tiroteio durante uma carreata lembrou-me da morte de Kennedy, só que um pouco mais tosca e sem mistério. O assassino do candidato do PTB estacionou um carro na contramão da carreata e saiu atirando. Foi morto. A biografia política do candidato não autoriza suspeitar que tenha sido morto por suas ideias nem que o assassino seja um fanático religioso ou político. Na medida em que decaía, o processo político tornou-se cada vez mais permeável aos negócios escusos, aos grupos paramilitares, aos aventureiros que querem apenas enriquecer com governos.
Houve grandes eleições no Brasil. Já em 1982, pelo menos no Sudeste, ela consagrou políticos de dimensão nacional: Tancredo em Minas, Brizola no Rio e Montoro em São Paulo. Na de 86, havia grandes expectativas que acabaram canalizadas para a primeira eleição direta para presidente, em 1989. Com a queda de Collor, a rápida passagem de Itamar e os dois governos do PSDB, as esperanças se voltaram para a esquerda do espectro político, encarnada pelo PT. Todos conhecem o resultado, embora alguns militantes, ideologicamente, tentem ressaltar seus aspectos positivos. Os fatos são inequívocos: o governo virou uma quadrilha, organizada para saquear o país.
Quando me lembro do entusiasmo de algumas eleições passadas, sinto uma certa nostalgia do tempo em que havia esperança. Alguns acham que a esperança deveria voltar, como se fosse algo que pudéssemos fabricar a qualquer momento. Quem tem esperança nesse processo político merece respeito, mas está distante da realidade. Quantas vezes não ouviu essas promessas eleitorais? Quantas vezes não viu candidato dizendo que ele, sim, pode resolver os problemas da cidade?
O desgaste do processo político é um fenômeno de alcance mundial. Mas cada país o vive de acordo com sua trajetória histórica. Estamos sustentando um sistema apodrecido. Não é exato dizer que as pessoas que se afastam dele sejam alienadas. Se entendemos alienação como distância da realidade, é o sistema que se alienou, encastelando-se no próprio atraso, enquanto a sociedade avançava na aspereza cotidiana.
Quando examinamos simulações de segundo turno em alguns lugares, as coisas ficam muito claras. O índice de voto nulo é impressionante. Nem um nem outro. Esse nem um nem outro é uma espécie de mantra que ronda o sistema político brasileiro. Quase ninguém se sente representado.
Os movimentos moralizadores no Brasil, desde o tenentismo e algumas variáveis de esquerda, deram com os burros n’água. É uma ilusão, creio eu, pensar que apenas a entrada de pessoas honestas vai purificar o sistema. Desde Shakespeare, as pessoas são essencialmente as mesmas, com suas grandezas e misérias. Transparência, mecanismos de controle, redução de partidos, fim de foro privilegiado, mudanças no sistema — tudo isso aponta para um caminho promissor de mudanças. No mundo de hoje, é quase impossível salvar a política da mediocridade. Salvá-la do banditismo, entretanto, ainda é uma tarefa possível e necessária.
Fernando Gabeira - O Globo, 2.10.16.
Hoje é dia de votar. Participei, diretamente ou não, de todas as campanhas do período democrático. Nunca vi nada assim. Para começar, é a primeira eleição sem dinheiro legal das empresas. E num momento em que os indivíduos não parecem propensos a contribuir.
A imprensa mostra que o número de doadores é três vezes menor do que o número de candidatos. Sem contar que há muitos mortos entre os doadores e mais de um terço deles, 90 mil, são beneficiários do Bolsa Família. Dinheiro mesmo não veio da sociedade. Muito possivelmente a parte mais pobre dela contribuiu com CPFs para dar um verniz de legalidade às doações eleitorais.
“Na rua, parece que somos transparentes. As pessoas olham como se não existíssemos.” A confissão é de um amigo que faz campanha. A indiferença é pesada para os que sonhavam em empolgar a cidade. Mas é também um alívio. A hostilidade seria bem pior. O traço central da campanha não é falta de grana, mas de credibilidade. Quase ninguém parece acreditar em alguma saída num sistema político que envelheceu e caducou.
No primeiro dia da semana eleitoral foi preso Palocci, um ex-ministro da Fazenda, homem importante do PT. Na sua conta, foram bloqueados R$ 30 milhões. Se olharmos para trás, para o início do processo democrático, veremos que todos os que prometiam combater a corrupção acabaram se afundando nela. Collor e Lula foram eleitos com essa bandeira. Ambos, de certa maneira, foram derrubados por aquilo que anunciavam combater.
Na medida em que as pessoas fogem das eleições, os bandidos mais se aproximam delas.
A sucessão de mortes de vereadores e candidatos na Baixada Fluminense é um indício.
Em quase todos os casos, milícia e tráfico de drogas estão envolvidos. Não se pode dizer que as pessoas foram mortas apenas por questões políticas. Muitas tinham algum tipo de relação com o crime organizado. A grosso modo, um policial definiu assim a sucessão de crimes: com raras exceções, não morreram porque eram políticos, mas sim porque eram bandidos.
Em Itumbiara, Goiás, o tiroteio durante uma carreata lembrou-me da morte de Kennedy, só que um pouco mais tosca e sem mistério. O assassino do candidato do PTB estacionou um carro na contramão da carreata e saiu atirando. Foi morto. A biografia política do candidato não autoriza suspeitar que tenha sido morto por suas ideias nem que o assassino seja um fanático religioso ou político. Na medida em que decaía, o processo político tornou-se cada vez mais permeável aos negócios escusos, aos grupos paramilitares, aos aventureiros que querem apenas enriquecer com governos.
Houve grandes eleições no Brasil. Já em 1982, pelo menos no Sudeste, ela consagrou políticos de dimensão nacional: Tancredo em Minas, Brizola no Rio e Montoro em São Paulo. Na de 86, havia grandes expectativas que acabaram canalizadas para a primeira eleição direta para presidente, em 1989. Com a queda de Collor, a rápida passagem de Itamar e os dois governos do PSDB, as esperanças se voltaram para a esquerda do espectro político, encarnada pelo PT. Todos conhecem o resultado, embora alguns militantes, ideologicamente, tentem ressaltar seus aspectos positivos. Os fatos são inequívocos: o governo virou uma quadrilha, organizada para saquear o país.
Quando me lembro do entusiasmo de algumas eleições passadas, sinto uma certa nostalgia do tempo em que havia esperança. Alguns acham que a esperança deveria voltar, como se fosse algo que pudéssemos fabricar a qualquer momento. Quem tem esperança nesse processo político merece respeito, mas está distante da realidade. Quantas vezes não ouviu essas promessas eleitorais? Quantas vezes não viu candidato dizendo que ele, sim, pode resolver os problemas da cidade?
O desgaste do processo político é um fenômeno de alcance mundial. Mas cada país o vive de acordo com sua trajetória histórica. Estamos sustentando um sistema apodrecido. Não é exato dizer que as pessoas que se afastam dele sejam alienadas. Se entendemos alienação como distância da realidade, é o sistema que se alienou, encastelando-se no próprio atraso, enquanto a sociedade avançava na aspereza cotidiana.
Quando examinamos simulações de segundo turno em alguns lugares, as coisas ficam muito claras. O índice de voto nulo é impressionante. Nem um nem outro. Esse nem um nem outro é uma espécie de mantra que ronda o sistema político brasileiro. Quase ninguém se sente representado.
Os movimentos moralizadores no Brasil, desde o tenentismo e algumas variáveis de esquerda, deram com os burros n’água. É uma ilusão, creio eu, pensar que apenas a entrada de pessoas honestas vai purificar o sistema. Desde Shakespeare, as pessoas são essencialmente as mesmas, com suas grandezas e misérias. Transparência, mecanismos de controle, redução de partidos, fim de foro privilegiado, mudanças no sistema — tudo isso aponta para um caminho promissor de mudanças. No mundo de hoje, é quase impossível salvar a política da mediocridade. Salvá-la do banditismo, entretanto, ainda é uma tarefa possível e necessária.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
As ilusões perdidas.
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Hoje é dia de votar. Participei, diretamente ou não, de todas as campanhas do período democrático. Nunca vi nada assim. Para começar, é a primeira eleição sem dinheiro legal das empresas. E num momento em que os indivíduos não parecem propensos a contribuir.
A imprensa mostra que o número de doadores é três vezes menor do que o número de candidatos. Sem contar que há muitos mortos entre os doadores e mais de um terço deles, 90 mil, são beneficiários do Bolsa Família. Dinheiro mesmo não veio da sociedade. Muito possivelmente a parte mais pobre dela contribuiu com CPFs para dar um verniz de legalidade às doações eleitorais.
“Na rua, parece que somos transparentes. As pessoas olham como se não existíssemos.” A confissão é de um amigo que faz campanha. A indiferença é pesada para os que sonhavam em empolgar a cidade. Mas é também um alívio. A hostilidade seria bem pior. O traço central da campanha não é falta de grana, mas de credibilidade. Quase ninguém parece acreditar em alguma saída num sistema político que envelheceu e caducou.
No primeiro dia da semana eleitoral foi preso Palocci, um ex-ministro da Fazenda, homem importante do PT. Na sua conta, foram bloqueados R$ 30 milhões. Se olharmos para trás, para o início do processo democrático, veremos que todos os que prometiam combater a corrupção acabaram se afundando nela. Collor e Lula foram eleitos com essa bandeira. Ambos, de certa maneira, foram derrubados por aquilo que anunciavam combater.
Na medida em que as pessoas fogem das eleições, os bandidos mais se aproximam delas.
A sucessão de mortes de vereadores e candidatos na Baixada Fluminense é um indício.
Em quase todos os casos, milícia e tráfico de drogas estão envolvidos. Não se pode dizer que as pessoas foram mortas apenas por questões políticas. Muitas tinham algum tipo de relação com o crime organizado. A grosso modo, um policial definiu assim a sucessão de crimes: com raras exceções, não morreram porque eram políticos, mas sim porque eram bandidos.
Em Itumbiara, Goiás, o tiroteio durante uma carreata lembrou-me da morte de Kennedy, só que um pouco mais tosca e sem mistério. O assassino do candidato do PTB estacionou um carro na contramão da carreata e saiu atirando. Foi morto. A biografia política do candidato não autoriza suspeitar que tenha sido morto por suas ideias nem que o assassino seja um fanático religioso ou político. Na medida em que decaía, o processo político tornou-se cada vez mais permeável aos negócios escusos, aos grupos paramilitares, aos aventureiros que querem apenas enriquecer com governos.
Houve grandes eleições no Brasil. Já em 1982, pelo menos no Sudeste, ela consagrou políticos de dimensão nacional: Tancredo em Minas, Brizola no Rio e Montoro em São Paulo. Na de 86, havia grandes expectativas que acabaram canalizadas para a primeira eleição direta para presidente, em 1989. Com a queda de Collor, a rápida passagem de Itamar e os dois governos do PSDB, as esperanças se voltaram para a esquerda do espectro político, encarnada pelo PT. Todos conhecem o resultado, embora alguns militantes, ideologicamente, tentem ressaltar seus aspectos positivos. Os fatos são inequívocos: o governo virou uma quadrilha, organizada para saquear o país.
Quando me lembro do entusiasmo de algumas eleições passadas, sinto uma certa nostalgia do tempo em que havia esperança. Alguns acham que a esperança deveria voltar, como se fosse algo que pudéssemos fabricar a qualquer momento. Quem tem esperança nesse processo político merece respeito, mas está distante da realidade. Quantas vezes não ouviu essas promessas eleitorais? Quantas vezes não viu candidato dizendo que ele, sim, pode resolver os problemas da cidade?
O desgaste do processo político é um fenômeno de alcance mundial. Mas cada país o vive de acordo com sua trajetória histórica. Estamos sustentando um sistema apodrecido. Não é exato dizer que as pessoas que se afastam dele sejam alienadas. Se entendemos alienação como distância da realidade, é o sistema que se alienou, encastelando-se no próprio atraso, enquanto a sociedade avançava na aspereza cotidiana.
Quando examinamos simulações de segundo turno em alguns lugares, as coisas ficam muito claras. O índice de voto nulo é impressionante. Nem um nem outro. Esse nem um nem outro é uma espécie de mantra que ronda o sistema político brasileiro. Quase ninguém se sente representado.
Os movimentos moralizadores no Brasil, desde o tenentismo e algumas variáveis de esquerda, deram com os burros n’água. É uma ilusão, creio eu, pensar que apenas a entrada de pessoas honestas vai purificar o sistema. Desde Shakespeare, as pessoas são essencialmente as mesmas, com suas grandezas e misérias. Transparência, mecanismos de controle, redução de partidos, fim de foro privilegiado, mudanças no sistema — tudo isso aponta para um caminho promissor de mudanças. No mundo de hoje, é quase impossível salvar a política da mediocridade. Salvá-la do banditismo, entretanto, ainda é uma tarefa possível e necessária.
Fernando Gabeira - O Globo, 2.10.16.
Hoje é dia de votar. Participei, diretamente ou não, de todas as campanhas do período democrático. Nunca vi nada assim. Para começar, é a primeira eleição sem dinheiro legal das empresas. E num momento em que os indivíduos não parecem propensos a contribuir.
A imprensa mostra que o número de doadores é três vezes menor do que o número de candidatos. Sem contar que há muitos mortos entre os doadores e mais de um terço deles, 90 mil, são beneficiários do Bolsa Família. Dinheiro mesmo não veio da sociedade. Muito possivelmente a parte mais pobre dela contribuiu com CPFs para dar um verniz de legalidade às doações eleitorais.
“Na rua, parece que somos transparentes. As pessoas olham como se não existíssemos.” A confissão é de um amigo que faz campanha. A indiferença é pesada para os que sonhavam em empolgar a cidade. Mas é também um alívio. A hostilidade seria bem pior. O traço central da campanha não é falta de grana, mas de credibilidade. Quase ninguém parece acreditar em alguma saída num sistema político que envelheceu e caducou.
No primeiro dia da semana eleitoral foi preso Palocci, um ex-ministro da Fazenda, homem importante do PT. Na sua conta, foram bloqueados R$ 30 milhões. Se olharmos para trás, para o início do processo democrático, veremos que todos os que prometiam combater a corrupção acabaram se afundando nela. Collor e Lula foram eleitos com essa bandeira. Ambos, de certa maneira, foram derrubados por aquilo que anunciavam combater.
Na medida em que as pessoas fogem das eleições, os bandidos mais se aproximam delas.
A sucessão de mortes de vereadores e candidatos na Baixada Fluminense é um indício.
Em quase todos os casos, milícia e tráfico de drogas estão envolvidos. Não se pode dizer que as pessoas foram mortas apenas por questões políticas. Muitas tinham algum tipo de relação com o crime organizado. A grosso modo, um policial definiu assim a sucessão de crimes: com raras exceções, não morreram porque eram políticos, mas sim porque eram bandidos.
Em Itumbiara, Goiás, o tiroteio durante uma carreata lembrou-me da morte de Kennedy, só que um pouco mais tosca e sem mistério. O assassino do candidato do PTB estacionou um carro na contramão da carreata e saiu atirando. Foi morto. A biografia política do candidato não autoriza suspeitar que tenha sido morto por suas ideias nem que o assassino seja um fanático religioso ou político. Na medida em que decaía, o processo político tornou-se cada vez mais permeável aos negócios escusos, aos grupos paramilitares, aos aventureiros que querem apenas enriquecer com governos.
Houve grandes eleições no Brasil. Já em 1982, pelo menos no Sudeste, ela consagrou políticos de dimensão nacional: Tancredo em Minas, Brizola no Rio e Montoro em São Paulo. Na de 86, havia grandes expectativas que acabaram canalizadas para a primeira eleição direta para presidente, em 1989. Com a queda de Collor, a rápida passagem de Itamar e os dois governos do PSDB, as esperanças se voltaram para a esquerda do espectro político, encarnada pelo PT. Todos conhecem o resultado, embora alguns militantes, ideologicamente, tentem ressaltar seus aspectos positivos. Os fatos são inequívocos: o governo virou uma quadrilha, organizada para saquear o país.
Quando me lembro do entusiasmo de algumas eleições passadas, sinto uma certa nostalgia do tempo em que havia esperança. Alguns acham que a esperança deveria voltar, como se fosse algo que pudéssemos fabricar a qualquer momento. Quem tem esperança nesse processo político merece respeito, mas está distante da realidade. Quantas vezes não ouviu essas promessas eleitorais? Quantas vezes não viu candidato dizendo que ele, sim, pode resolver os problemas da cidade?
O desgaste do processo político é um fenômeno de alcance mundial. Mas cada país o vive de acordo com sua trajetória histórica. Estamos sustentando um sistema apodrecido. Não é exato dizer que as pessoas que se afastam dele sejam alienadas. Se entendemos alienação como distância da realidade, é o sistema que se alienou, encastelando-se no próprio atraso, enquanto a sociedade avançava na aspereza cotidiana.
Quando examinamos simulações de segundo turno em alguns lugares, as coisas ficam muito claras. O índice de voto nulo é impressionante. Nem um nem outro. Esse nem um nem outro é uma espécie de mantra que ronda o sistema político brasileiro. Quase ninguém se sente representado.
Os movimentos moralizadores no Brasil, desde o tenentismo e algumas variáveis de esquerda, deram com os burros n’água. É uma ilusão, creio eu, pensar que apenas a entrada de pessoas honestas vai purificar o sistema. Desde Shakespeare, as pessoas são essencialmente as mesmas, com suas grandezas e misérias. Transparência, mecanismos de controle, redução de partidos, fim de foro privilegiado, mudanças no sistema — tudo isso aponta para um caminho promissor de mudanças. No mundo de hoje, é quase impossível salvar a política da mediocridade. Salvá-la do banditismo, entretanto, ainda é uma tarefa possível e necessária.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
As exxquerhrdaxx do Brasil todo vão começar a falar mal da gestão do Doria na prefeitura. E a partir de agora.
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