O futuro da AAAe no Brasil
Moderadores: J.Ricardo, Conselho de Moderação
- gabriel219
- Sênior
- Mensagens: 13889
- Registrado em: Qui Abr 18, 2013 9:03 am
- Agradeceu: 768 vezes
- Agradeceram: 2386 vezes
Re: O futuro da AAAe no Brasil
Então coitados dos Chineses, não conseguem desenvolver nenhum sistema quase idêntico a algum existênte.
Abs.
Abs.
- LeandroGCard
- Sênior
- Mensagens: 8754
- Registrado em: Qui Ago 03, 2006 9:50 am
- Localização: S.B. do Campo
- Agradeceu: 69 vezes
- Agradeceram: 812 vezes
Re: O futuro da AAAe no Brasil
Eles conseguem por outro caminho, fazendo engenharia reversa.gabriel219 escreveu:Então coitados dos Chineses, não conseguem desenvolver nenhum sistema quase idêntico a algum existênte.
Abs.
Já trabalhei com isso. Dá um trabalhão danado, custa os tubos e o resultado final dificilmente fica tão bom quanto o original. Isso além de criar sérios atritos com o fornecedor da tecnologia. E pior, pouco se aprende para desenvolvimentos posteriores, tanto que os chineses fazem este tipo de coisa há décadas e até hoje ainda precisam comprar os sistemas estrangeiros mais sofisticados, como motores de aviação. Mas agora, 50 anos depois de começarem a copiar produtos dos outros e depois de fazer pesados investimentos próprios em tecnologia, hoje eles já preferem desenvolver produtos originais, e copiam só o que realmente ainda não podem desenvolver sozinhos.
Se ao invés de copiar tivessem simplesmente contratado consultorias, como fizeram os japoneses no início de seu processo de industrialização e após a SGM, ou os sul-coreanos à partir da década de 60, é praticamente certo que teriam gasto muito menos tempo, esforço e dinheiro para desenvolver as suas indústrias. Mas para eles isso talvez não fosse uma opção, por serem um país comunista e a ainda terem o ranço da revolução cultural.
Tentamos fazer isso aqui também no caso dos mísseis Roland, e deu em nada. Para que isso funcione o investimento necessário em geral é até maior do que o do desenvolvimento desde o zero, não apenas porque não se tem muita noção do que se está fazendo mas porque os produtos desenvolvidos no estrangeiro utilizam a base industrial (materiais, componentes, máquina, fornecedores de serviço e etc...) de lá, e muitos dos itens não são produzidos rotineiramente aqui, sendo necessário desenvolver também os fornecedores locais (o que, aliás, na maioria das vezes não é sequer economicamente viável). Já vi muitas tentativas de nacionalização de produtos falharem por conta disso.
Definitivamente esta é a forma mais difícil de se absorver tecnologias. Pode ir por mim, trabalho exatamente neste campo.
Um abraço,
Leandro G. Card
-
- Sênior
- Mensagens: 1960
- Registrado em: Dom Nov 14, 2004 9:17 pm
- Localização: Santos
- Agradeceram: 63 vezes
Re: O futuro da AAAe no Brasil
parabéns pelos postes Leandro
Dos cosas te pido señor, la victoria y el regreso, pero si una sola haz de darme, que sea la victoria.
- SantaCatarinaBR
- Intermediário
- Mensagens: 201
- Registrado em: Seg Out 18, 2010 1:55 pm
- Localização: Grande Florianópolis - SC
- Agradeceu: 19 vezes
- Agradeceram: 133 vezes
Re: O futuro da AAAe no Brasil
O que significa esse "orientação de tiro"? Um radar diretor de tiro como usados em sistemas antiaéreos?Lywis escreveu:BRADAR - BNDES Financia Radar SABER M200 Multimissão
BNDES aprova R$ 56,5 milhões para Exército brasileiro desenvolver radar de defesa antiaérea. De características inovadoras, produto apoiado pelo Fundo Tecnológico e pela linha de Inovação do Banco tem potencial também para uso civil
A Diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou apoio financeiro ao Exército Brasileiro para investimentos na última etapa de desenvolvimento do radar SABER M200 Multimissão.
O apoio do BNDES ocorrerá por meio de financiamento, pela linha de inovação, no valor de R$ 3,74 milhões, destinado ao desenvolvimento do software multimodo do radar, e de recursos não reembolsáveis, por meio do Fundo Tecnológico (BNDES Funtec), no valor de R$ 52,8 milhões.
Os recursos do Funtec serão repassados à Fundação de Apoio à Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação – Exército Brasileiro (FAPEB), para que sejam aplicados sob coordenação do Centro Tecnológico do Exército (CTEx) no desenvolvimento do SABER M200, radar de defesa antiaérea de longo alcance, que também tem potencial para ser utilizado no controle de tráfego aéreo.
O SABER M200, um radar transportável, de média altura, será um produto de defesa de características inovadoras, desenvolvido no estado da arte da tecnologia mundial. Trata-se de um dispositivo capaz de operar em vigilância, busca e orientação de tiro, com capacidade de acompanhar múltiplos alvos aéreos simultâneos voando a distâncias de até 200 km, em altitudes de até 20 km.
O principal diferencial do SABER M200 será seu sistema de varredura 100% eletrônica, que permite atribuir a um único radar diferentes funções. Por suas características, poderá desempenhar tarefas de três ou quatro radares diferentes. O M200 será capaz de rastrear 200 alvos simultaneamente. Seu porte também permitirá que possa ser embarcado em um contêiner padrão de 20 pés e transportado em avião cargueiro.
O projeto tem entre seus méritos o desenvolvimento de tecnologia inédita no País, em parceria com a Bradar Indústria S.A., empresa do Grupo Embraer, do segmento de defesa e segurança, e o alinhamento com os objetivos da Estratégia Nacional de Defesa, com o domínio nacional de tecnologias utilizadas na vigilância do espaço aéreo brasileiro.
Os investimentos também elevam o desenvolvimento tecnológico nacional no setor de eletrônica, com aplicações para as Forças Armadas, bem como para o mercado civil, fortalecendo a base industrial brasileira de defesa.
Investimentos – O desenvolvimento do SABER M200 Multimissão contou, desde 2008, com investimentos de cerca de R$ 67 milhões nas etapas anteriores em recursos financeiros da FINEP, além de R$ 1,5 milhão de recursos financeiros do Exército Brasileiro. Nesta etapa, o projeto também deverá contar com recursos orçamentários de cerca de R$ 17 milhões provenientes do Ministério da Defesa.
Participam do desenvolvimento do projeto apoiado pelo BNDES o CTEx, que realiza pesquisas científicas, e a Bradar Indústria S.A, que desenvolve projetos e produtos de alta tecnologia em radares de defesa. A FAPEB, entidade credenciada junto ao Ministério da Ciência e Tecnologia, tem por finalidade fomentar, coordenar e executar programas de pesquisa científica e tecnológica para o Exército Brasileiro.
http://www.defesanet.com.br/bid/noticia ... ltimissao/
SCBR - DEFESA NACIONAL Reportagens, vídeos e notícias sobre as Forças Armadas do Brasil e sua Base Industria de Defesa.
-
Canal no Youtube: https://www.youtube.com/c/SCBRDefesaNacional
-
Canal no Youtube: https://www.youtube.com/c/SCBRDefesaNacional
- Ilya Ehrenburg
- Sênior
- Mensagens: 2449
- Registrado em: Ter Set 08, 2009 5:47 pm
- Agradeceram: 1 vez
Re: O futuro da AAAe no Brasil
Não se tem razão quando se diz que o tempo cura tudo: de repente, as velhas dores tornam-se lancinantes e só morrem com o homem.
Ilya Ehrenburg
Uma pena incansável e combatente, contra as hordas imperialistas, sanguinárias e assassinas!
Ilya Ehrenburg
Uma pena incansável e combatente, contra as hordas imperialistas, sanguinárias e assassinas!
-
- Sênior
- Mensagens: 2427
- Registrado em: Sex Mai 18, 2012 6:12 pm
- Agradeceu: 40 vezes
- Agradeceram: 205 vezes
Re: O futuro da AAAe no Brasil
SISTEMA RBS 70 NA ARTILHARIA ANTIAÉREA DO EXÉRCITO BRASILEIRO
Reconhecido mundialmente, o sistema Míssil de Baixa Altura Telecomandado RBS 70 compõe a Artilharia Antiaérea de mais de 20 países, dentre eles, o Brasil (veja, abaixo, a lista completa), que em 2014 assinou contrato com a Saab, após uma licitação internacional.
Desenvolvido na década de 1970, mais de 1,6 mil postos de tiro e 17 mil mísseis já foram entregues aos respectivos usuários. Com eficácia superior a 94%, ou seja, a cada 100 mísseis disparados, mais de 94 alvos são abatidos, o RBS 70 utiliza um facho laser como sistema de direção do míssil, o que o torna imune a interferências, em qualquer ambiente operacional. Portátil, pode ser montado e operado com facilidade por uma guarnição composta por três homens.
Além de postos de tiro, o contrato com o Brasil incluiu simuladores de adestramento, equipamentos de visão noturna e de testes, sobressalentes, cursos de capacitação e mísseis MK2, que têm alcance de 7 quilômetros, teto de emprego de 4.000 metros e velocidade máxima de Mach 2, ou seja, duas vezes a velocidade do som.
“Ficamos muito satisfeitos em atender aos requisitos da Estratégia Nacional de Defesa com o RBS 70”, afirmou Bo Torrestedt, presidente da Saab na América Latina.
“O sistema RBS 70 proverá a defesa antiaérea das tropas da Força Terrestre e das infraestruturas estratégicas do País”, explicou o Comandante da 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea, General de Brigada João Chalella Júnior, informando também que o sistema dotará as unidades de Artilharia Antiaérea Orgânicas da 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea e das Baterias de Artilharia Antiaérea das Brigadas de Infantaria e Cavalaria Mecanizada.
De acordo com o General Chalella, a Artilharia Antiaérea do Exército é empregada em situações de crise, guerra ou quando não há combate tradicional, mas uma ação efetiva do poder militar,
conhecida como situação de não-guerra. “Os Jogos Olímpicos de 2016 enquadram-se em situação de não-guerra, portanto, há a previsão de emprego da Artilharia Antiaérea no evento”, explicou.
Guarnição treinada
A Saab Dynamics ministrou cursos de operador/atirador, com duração de cinco semanas, para três turmas compostas, cada uma, por nove militares do Exército Brasileiro, na cidade de Karlskoga (Suécia).
Durante o treinamento, cada militar disparou mais de dois mil tiros no simulador de adestramento. Outra turma, composta por seis militares, recebeu um treinamento sobre a manutenção do sistema. De volta ao Brasil, tornaram-se multiplicadores do conhecimento.
Países que já contam com o RBS 70
Argentina, Austrália, Bahrein, Brasil, Cingapura, Emirados Árabes, Estados Unidos, Finlândia, França, Indonésia, Irlanda, Letônia, Lituânia, Noruega, Paquistão, República Checa, Suécia, Tailândia, Tunísia e Venezuela.
http://www.assuntosmilitares.jor.br/201 ... aerea.html
Reconhecido mundialmente, o sistema Míssil de Baixa Altura Telecomandado RBS 70 compõe a Artilharia Antiaérea de mais de 20 países, dentre eles, o Brasil (veja, abaixo, a lista completa), que em 2014 assinou contrato com a Saab, após uma licitação internacional.
Desenvolvido na década de 1970, mais de 1,6 mil postos de tiro e 17 mil mísseis já foram entregues aos respectivos usuários. Com eficácia superior a 94%, ou seja, a cada 100 mísseis disparados, mais de 94 alvos são abatidos, o RBS 70 utiliza um facho laser como sistema de direção do míssil, o que o torna imune a interferências, em qualquer ambiente operacional. Portátil, pode ser montado e operado com facilidade por uma guarnição composta por três homens.
Além de postos de tiro, o contrato com o Brasil incluiu simuladores de adestramento, equipamentos de visão noturna e de testes, sobressalentes, cursos de capacitação e mísseis MK2, que têm alcance de 7 quilômetros, teto de emprego de 4.000 metros e velocidade máxima de Mach 2, ou seja, duas vezes a velocidade do som.
“Ficamos muito satisfeitos em atender aos requisitos da Estratégia Nacional de Defesa com o RBS 70”, afirmou Bo Torrestedt, presidente da Saab na América Latina.
“O sistema RBS 70 proverá a defesa antiaérea das tropas da Força Terrestre e das infraestruturas estratégicas do País”, explicou o Comandante da 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea, General de Brigada João Chalella Júnior, informando também que o sistema dotará as unidades de Artilharia Antiaérea Orgânicas da 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea e das Baterias de Artilharia Antiaérea das Brigadas de Infantaria e Cavalaria Mecanizada.
De acordo com o General Chalella, a Artilharia Antiaérea do Exército é empregada em situações de crise, guerra ou quando não há combate tradicional, mas uma ação efetiva do poder militar,
conhecida como situação de não-guerra. “Os Jogos Olímpicos de 2016 enquadram-se em situação de não-guerra, portanto, há a previsão de emprego da Artilharia Antiaérea no evento”, explicou.
Guarnição treinada
A Saab Dynamics ministrou cursos de operador/atirador, com duração de cinco semanas, para três turmas compostas, cada uma, por nove militares do Exército Brasileiro, na cidade de Karlskoga (Suécia).
Durante o treinamento, cada militar disparou mais de dois mil tiros no simulador de adestramento. Outra turma, composta por seis militares, recebeu um treinamento sobre a manutenção do sistema. De volta ao Brasil, tornaram-se multiplicadores do conhecimento.
Países que já contam com o RBS 70
Argentina, Austrália, Bahrein, Brasil, Cingapura, Emirados Árabes, Estados Unidos, Finlândia, França, Indonésia, Irlanda, Letônia, Lituânia, Noruega, Paquistão, República Checa, Suécia, Tailândia, Tunísia e Venezuela.
http://www.assuntosmilitares.jor.br/201 ... aerea.html
- Energys
- Sênior
- Mensagens: 1131
- Registrado em: Seg Dez 10, 2012 4:16 pm
- Agradeceu: 55 vezes
- Agradeceram: 172 vezes
Re: O futuro da AAAe no Brasil
Ao fim, e na ponta do lápis das contas públicas, se o Pantsyr não for o sistema escolhido, que ninguém se espante, sofra um infarto ou tenha problemas psicológicos advindos da "síndrome de corno"!
Att.
Att.
- FCarvalho
- Sênior
- Mensagens: 37910
- Registrado em: Sex Mai 02, 2003 6:55 pm
- Localização: Manaus
- Agradeceu: 5725 vezes
- Agradeceram: 3264 vezes
Re: O futuro da AAAe no Brasil
Temos de ser pragmáticos. Compra uns 3 mil destes aqui para todo mundo, e pede para produzir sob licença e voalá, temos a nossa indefectível e quase impenetrável defesa AAe.
abs.
abs.
Carpe Diem
-
- Intermediário
- Mensagens: 190
- Registrado em: Qui Ago 27, 2009 8:46 pm
- Agradeceram: 2 vezes
Re: O futuro da AAAe no Brasil
Estava devagando aqui, e raciocinando o que falta ao Brasil, com a capacidade fabril instalada, se aventurar a produzir um sistema antiaereo nos moldes do pantsyr, ou quem sabe, algo ate mesmo estilo igla.
Veja, ja temos mao de obra qualificada e estrutura para ter um bom começo em diversas areas e tecnologias.
* A bradar poderia atuar com o know-how adquirido com o radar Saber, no sistema de aquisição de alvos.
* A avibras com seu conhecimento em motores juntamente com o CTA, poderia atuar no sistema propulsor (imagino que algo decente vá precisar de um screamjet ou algo que alcance velocidade supersonicas de modo mais versatil);
* A mectron com o conhecimento em guiamento adquirido com o A-darter, fecharia alguns dos principais requisitos para uma sistema antiaereo nada modesto.
A clientela em grande parte teria de ficar por conta das exportações ja que nao temos como manter uma frequencias de encomendas aqui dentro. Os tradicionais clientes do sistema astros, poderia se interessar, pois saberiam que poderiam contar com o pos venda da avibras.
E o que vcs acham? Qual o maior gargalo que nossa indústria e capacidade fabril tem para viabilizar um sistema desse porte?
Frederico
Veja, ja temos mao de obra qualificada e estrutura para ter um bom começo em diversas areas e tecnologias.
* A bradar poderia atuar com o know-how adquirido com o radar Saber, no sistema de aquisição de alvos.
* A avibras com seu conhecimento em motores juntamente com o CTA, poderia atuar no sistema propulsor (imagino que algo decente vá precisar de um screamjet ou algo que alcance velocidade supersonicas de modo mais versatil);
* A mectron com o conhecimento em guiamento adquirido com o A-darter, fecharia alguns dos principais requisitos para uma sistema antiaereo nada modesto.
A clientela em grande parte teria de ficar por conta das exportações ja que nao temos como manter uma frequencias de encomendas aqui dentro. Os tradicionais clientes do sistema astros, poderia se interessar, pois saberiam que poderiam contar com o pos venda da avibras.
E o que vcs acham? Qual o maior gargalo que nossa indústria e capacidade fabril tem para viabilizar um sistema desse porte?
Frederico
- LeandroGCard
- Sênior
- Mensagens: 8754
- Registrado em: Qui Ago 03, 2006 9:50 am
- Localização: S.B. do Campo
- Agradeceu: 69 vezes
- Agradeceram: 812 vezes
Re: O futuro da AAAe no Brasil
Possível e perfeitamente factível.Frederico Vieira escreveu:Estava devagando aqui, e raciocinando o que falta ao Brasil, com a capacidade fabril instalada, se aventurar a produzir um sistema antiaereo nos moldes do pantsyr, ou quem sabe, algo ate mesmo estilo igla.
Veja, ja temos mao de obra qualificada e estrutura para ter um bom começo em diversas areas e tecnologias.
* A bradar poderia atuar com o know-how adquirido com o radar Saber, no sistema de aquisição de alvos.
* A avibras com seu conhecimento em motores juntamente com o CTA, poderia atuar no sistema propulsor (imagino que algo decente vá precisar de um screamjet ou algo que alcance velocidade supersonicas de modo mais versatil);
* A mectron com o conhecimento em guiamento adquirido com o A-darter, fecharia alguns dos principais requisitos para uma sistema antiaereo nada modesto.
A clientela em grande parte teria de ficar por conta das exportações ja que nao temos como manter uma frequencias de encomendas aqui dentro. Os tradicionais clientes do sistema astros, poderia se interessar, pois saberiam que poderiam contar com o pos venda da avibras.
E o que vcs acham? Qual o maior gargalo que nossa indústria e capacidade fabril tem para viabilizar um sistema desse porte?
Frederico
- A Bradar já está terminando o desenvolvimento do Saber-200, e até para manter sua equipe de engenheiros ativa (para não dizer empregada) deveria já estar trabalhando em um novo modelo. Um radar de direção de tiro de uns 120-150 Km seria algo bem interessante, juntando as características do Saber-60 e do Saber-200.
- A Avibrás está trabalhando em diversos foguetes e mísseis, bem como em seus motores e sistemas de lançamento instalados em veículos. E já possui também uma razoável tradição no mercado internacional de armas. Na minha opinião seria o integrador ideal do sistema. Não é absolutamente necessário que se utilizem desde o princípio sistemas de propulsão mais avançados, como o scramjet, bastam os velhos e conhecidos motores de combustível sólido cuja tecnologia a Avibrás já domina completamente. Mais para a frente se poderia desenvolver não apenas o scramjet, mas também motores híbridos, que tem bom potencial para reduzir os custos e aumentar a segurança dos mísseis.
- A Mectron tem conhecimentos na área de cabeças de busca IR e IIR (Piranha-I e II e A-Darter), receptores de radar direcionais (MAR-1), eletrônica embarcada e aerodinâmica e controle de mísseis supersônicos com alta manobralidade. A concepção dos mísseis em si seria responsabilidade dela.
Um sistema para ter aceitação hoje no mercado internacional precisaria seguir os conceitos atuais de defesa AAe, e não os idiossincráticos requisitos de nossas FA´s. Na minha opinião o MD precisaria assumir a responsabilidade diretamente (basicamente para garantir os recursos necessários para o desenvolvimento), sem se subordinar a quaisquer exigências das FA´s, e o projeto deveria focar no mercado internacional. As FA´s poderiam dar sugestões, mas não interferir diretamente do projeto.
Se fosse eu o responsável pela concepção do sistema imaginaria algo com um lançador conteirável (para simplificar os mísseis) capaz de ser instalado em um container padrão, e capaz de disparar dois mísseis distintos: Um menor (digamos com 350 Kg), com alcance de até 50 km, guiado por sinais de rádio e um sistema inercial até próximo ao alvo onde a aquisição final seria feita por sensores de bordo, com versões IR (derivada do Piranha ou do A-Darter) e radar-passivo (derivada do MAR-1). O outro míssil seria maior, com até 1 ton no lançamento, alcance até 120 Km, e também seria orientado até próximo ao alvo por sinais de rádio e inercial, onde os sistemas on-boar assumiriam a guiagem final. Haveria versões IR (com o mesmo sistema do míssil menor) e com radar ativo (se fosse o caso este inicialmente poderia ser adquirido de algum fornecedor internacional - a Rússia tem um oferecido no mercado). Ambos os mísseis deveriam ser mono-estágio, mas prever a instalação de booster para lançamento vertical, visando versões posteriores para uso naval.
O maior gargalo para o desenvolvimento de um sistema assim é visão .
Leandro G. Card
- ABULDOG74
- Sênior
- Mensagens: 2273
- Registrado em: Dom Jan 05, 2014 2:01 pm
- Agradeceu: 203 vezes
- Agradeceram: 153 vezes
Re: O futuro da AAAe no Brasil
Olá camaradas, minha opinião, é que as empresas de defesa tem que possuir produtos que tenham competitividade no mercado externo e não fiquem presas somente aos requisito da FA`S pois só assim não ficarão tão expostas as crises financeiras do país.
ADSUMUS
ADSUMUS
-
- Intermediário
- Mensagens: 190
- Registrado em: Qui Ago 27, 2009 8:46 pm
- Agradeceram: 2 vezes
Re: O futuro da AAAe no Brasil
Confesso que estou ansioso para saber qual novo projeto o corpo de pesquisa e desenvolvimento da Bradar ira se empenhar daqui em diante, depois do Saber 200 certificado e em linha de produção. Resta saber quais os planos da Embraer.
Tomara tbm que alguem , do ramo pense nesse proposito, (ou ate esteja lendo esse forum rs) em desenvolver produtos de modo a gerar empregos e receita aqui. Com a avibras batendo recordes de faturamento e um dolar vantajoso, ao meu ver não haveria momento melhor pra se investir em num novo segmento.
Agora em relação a outras empresas do setor, acho dificil haverem investimentos, como disse o colega Leandro, as vezes falta um pouco de visão as pessoas que detêm o poder nesse pais.
Por falar em empresas, na Mectron, alguem tem alguma novidade sobre ela?
Bom no aguardo do desenrolar desse 2016 e novidades.
Frederico
Tomara tbm que alguem , do ramo pense nesse proposito, (ou ate esteja lendo esse forum rs) em desenvolver produtos de modo a gerar empregos e receita aqui. Com a avibras batendo recordes de faturamento e um dolar vantajoso, ao meu ver não haveria momento melhor pra se investir em num novo segmento.
Agora em relação a outras empresas do setor, acho dificil haverem investimentos, como disse o colega Leandro, as vezes falta um pouco de visão as pessoas que detêm o poder nesse pais.
Por falar em empresas, na Mectron, alguem tem alguma novidade sobre ela?
Bom no aguardo do desenrolar desse 2016 e novidades.
Frederico
-
- Sênior
- Mensagens: 5309
- Registrado em: Ter Ago 01, 2006 12:36 pm
- Localização: Barra Velha, SC.
- Agradeceu: 212 vezes
- Agradeceram: 610 vezes
Re: O futuro da AAAe no Brasil
Base de Apoio Logístico do Exército – Desembarque de Mísseis Igla
Rio de Janeiro (RJ) – No dia 27 de Janeiro de 2016, a Divisão de Importação e Exportação de Material (DIEM), da Base de Apoio Logístico do Exército, realizou uma Operação de Desembarque de Mísseis Igla oriundos da Federação Russa. O processo alfandegário levou sete dias para ser consolidado.
Rio de Janeiro (RJ) – No dia 27 de Janeiro de 2016, a Divisão de Importação e Exportação de Material (DIEM), da Base de Apoio Logístico do Exército, realizou uma Operação de Desembarque de Mísseis Igla oriundos da Federação Russa. O processo alfandegário levou sete dias para ser consolidado.
"A disciplina militar prestante não se aprende senhor, sonhando e na fantasia, mas labutando e pelejando." (CAMÕES)
Jauro.
Jauro.
- Túlio
- Site Admin
- Mensagens: 61482
- Registrado em: Sáb Jul 02, 2005 9:23 pm
- Localização: Tramandaí, RS, Brasil
- Agradeceu: 6309 vezes
- Agradeceram: 6658 vezes
- Contato:
Re: O futuro da AAAe no Brasil
Estaria errado ao supor que toda essa demora alfandegária se prende mais à periculosidade do equipamento (sonho de consumo de onze entre cada dez terroristas) do que à costumeira buRRocracia?
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
Re: O futuro da AAAe no Brasil
Amigo Jauro voce pode nos dizer quantos lançador do missil igla o EB tem atualmente,e quantos misseis?
2-Jauro o EB ja comprou o MSS 1.2?
2-Jauro o EB ja comprou o MSS 1.2?