APAGÃO DE ESCOLTAS: SUGESTÕES?
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Re: APAGÃO DE ESCOLTAS: SUGESTÕES?
Apesar do tópico não ser sobre OPV, postei aqui para quem interessar, nova matéria sobre OPV.
http://www.planobrazil.com/furo-da-colu ... o-o-querem
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- Túlio
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Re: APAGÃO DE ESCOLTAS: SUGESTÕES?
JL escreveu:A Tailândia usa uma versão do Amazonas com canhão de 76 mm, quem quiser conferir aqui vai o link, olha podem falar o quiserem, mas o navio ficou mais bonito. E os canhões laterais de meia nau ao invés de 25 mm, são de 30 mm como o que vai na proa do nosso.
http://www.defesaaereanaval.com.br/como ... m-na-proa/
Sei lá, as condições geopolíticas da Tailândia não parecem ter nada a ver com as nossas. Eles têm problemas com separatismo e disputas territoriais (incluindo ilhas) pendentes com os vizinhos. Num caso desses é plenamente justificado manter qualquer naviozeco armado até os dentes. Já nós...
Pessoalmente, acredito que a menor peça de proa de uma belonave de Escolta seja o Oto 76 ou similar; já para um Patrulha, 40 já dá e até sobra, para as missões que um Patrulha precisaria enfrentar (sempre no nosso caso), que são basicamente missões de Polícia (incluindo contraterrorismo e antipirataria). E qual lancha com terroristas/contrabando ou traineira de pesca ilegal teria algum armamento capaz de encarar sequer um 30? A coisa mais poderosa (em capacidade de destruição) que conseguem levar é um RPG, que é limitado pelo alcance, muito menor até que o de uma simples .50; aliás, a arma com maior alcance que um barquinho desses levaria seria, E NO MÁXIMO, uma Mtr 14,5 apontada a olho e disparada na mão, que não dá nem para a saída contra um 30, quanto mais um 40, com optrônicos/radar e disparada mecanicamente (e ainda tem o heli, como Lynx com Sea Skua). Qualquer coisa acima disso é o que disseste, pra ficar bonito. E só.
Assim, CV-03 - sempre do meu ponto de vista - é a partir de 76 (na verdade considero a peça ideal para ela), já Amazonas é manter o 30 ou aproveitar as torres 40 que já temos e instalar em novas unidades a serem eventualmente construídas. Passar disso é sobrearmar um barco, algo como botar um Barret em cada VTR da Polícia: para quê?
É o que penso.
PS.: vi a notícia do OPV para o UY, o favorito usa originalmente peça 40, embora possa aumentar para 76...
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Re: APAGÃO DE ESCOLTAS: SUGESTÕES?
Oi Leandro, desculpe a demora em responder.LeandroGCard escreveu:Não, é um pouco mais complicado que isso.Super Flanker escreveu:Leandro, desculpa me intrometer na conversa de vocês, mas me interessei no assunto.
Não entendi bem essa passagem: os motores de maior rotação são menores por serem motores 4 tempos? Porque essa diferença de tamanho/peso entre motores 2 e 4 tempos?
Obrigado.
No geral os motores de dois tempos tenderiam a ser MENORES que os de 4 tempos, porque eles tem uma detonação a cada volta do girabrequim (nos de 4 tempos é uma a cada duas voltas) e, portanto, produzem mais energia na mesma unidade de tempo (ou seja, mais potência) para uma dada rotação. Contudo, por não terem a parte do ciclo de exaustão os motores de 2 tempos tendem a misturar ar novo da admissão com um pouco do ar já queimado da detonação anterior, e isso diminui sua eficiência além de aumentar as suas emissões de poluentes. E isso piora quanto menor for o curso e maior o diâmetro dos cilindros, porque o volume de ar queimado retido é maior (já que a área acima do pistão é também maior, e mesmo no ponto morto inferior ainda resta um volume grande de ar queimado na câmara de combustão).
Mas para que um motor possa girar mais rápido o curso do pistão precisa ser reduzido, caso contrário a velocidade média do pistão dentro do cilindro teria que aumentar muito, levando a problemas com atrito, inércia e etc... . Assim, o aumento da rotação em motores dois tempos fica limitado pela comprimento do curso, que não pode ser muito reduzido para evitar a perda de eficiência e aumento das emissões. Já os motores de 4 tempos, que tem a parte de exaustão do ciclo (expulsão dos gases queimados sem a presença de ar novo no cilindro), não apresentam este problema e pode ter o diâmetro muito aumentado e o curso dos pistões bem mais reduzido, e assim a rotação muito aumentada sem tanta perda de eficiência ou aumento das emissões.
A consequência disso é que, nos projetos de motores navais atuais, os de dois tempos são limitados a rotações bastante baixas (alguns até com menos de 100 RPM) para garantir sua eficiência e limitar suas emissões, ao passo que os de quatro tempos vão para 1000 ou mais RPM. Agora considere por exemplo um motor de 2 tempos girando a 200 RPM (um valor já elevado para os de dois tempos). Ele terá 200 detonações por minuto. Já um de 4 tempos a 1000 RPM terá 500 detonações no mesmo intervalo, 2,5 vezes a mais que o primeiro. Isso quer dizer que ele gerará 2,5 vezes mais energia para um mesmo deslocamento (cilindrada), ou poderá ter 2,5 menos cilindradas (e consequentemente também menos volume e peso) para a mesma potência. Ou seja, para uma dada potência o de 4 tempos será bem menor e mais leve.
Existem outras considerações que devem ser feitas aí, como os requisitos de refrigeração, a presença de válvulas e seus acionamentos e etc..., mas grosso modo é isso mesmo o que acontece, para uma mesma potência os motores de 4 tempos e alta rotação são bem mais compactos e leves que os de 2 tempos e baixa rotação. A sua desvantagem é necessitar de caixas de redução para o acionamento dos hélices, mas elas via de regra pesam bem menos que os motores em si, então em termos de espaço e peso a vantagem permanece.
Acho que agora ficou mais claro. Mas se sua dúvida persistir é só avisar, e eu tento ser ainda mais didático.
Um abraço,
Leandro G. Card
Eu entendi quase tudo o que você me explicou, o que fiquei meio na dúvida foi a respeito dessa comparação que você fez que deixei em negrito. Quando fazemos uma comparação que nem essa, o correto não seria pensarmos em uma situação igual para ambos os motores (mesma rotação ou mesma quantidade de explosôes? Pois quando você fala "Isso quer dizer que ele gerará 2,5 vezes mais energia para um mesmo deslocamento (cilindrada)", na verdade não é o mesmo deslocamento, ou estou pensando errado?
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Re: APAGÃO DE ESCOLTAS: SUGESTÕES?
Desculpe Túlio, o meu pensamento é diferente, estes OPV são navios bem grandes, muito diferentes dos outros patrulheiros menores. São navios com tendência por exemplo a operarem na fronteira norte de forma isolada ou de até serem empregados em outras missões de maior demanda, em caso de conflito. Neste ponto, se você observar existe a tendência dos navios das guardas costeira serem melhor armados, pois eles acabam tendo papel militar em caso de conflito. Assim eu vejo estes vasos mais como Avisos, com proximidade por exemplo com a classe Flóreal francesa.
Outro ponto é a tendência é de termos cada vez um menor número de navios de escolta e de meios. Considere também as paradas técnicas, reparos, tempo que o navio fica inoperante e com a diminuição crescente corremos o risco de não termos escoltas suficientes quando precisarmos delas. E os OPV melhor armados tampar o buraco de forma a remediar a situação e deixando eles sub-armados, iremos perder 3 classe Amazonas e sei-lá quantos mais outros OPV. Talvez até 08 navios no futuro, tudo porque vai se economizar uns 25 milhões de dólares em um canhão e mira optrônica por unidade e uns 5 milhões de dólares (estimando) em outros equipamentos militares como MAGE básico e CHAFF.
Gosto da ideia de armar melhor os OPV's e não vou mudar de opinião. Não substituem corvetas, mas se fosse estrategista naval gostaria que todos os meus navios estivessem bem armados.
Outro ponto é a tendência é de termos cada vez um menor número de navios de escolta e de meios. Considere também as paradas técnicas, reparos, tempo que o navio fica inoperante e com a diminuição crescente corremos o risco de não termos escoltas suficientes quando precisarmos delas. E os OPV melhor armados tampar o buraco de forma a remediar a situação e deixando eles sub-armados, iremos perder 3 classe Amazonas e sei-lá quantos mais outros OPV. Talvez até 08 navios no futuro, tudo porque vai se economizar uns 25 milhões de dólares em um canhão e mira optrônica por unidade e uns 5 milhões de dólares (estimando) em outros equipamentos militares como MAGE básico e CHAFF.
Gosto da ideia de armar melhor os OPV's e não vou mudar de opinião. Não substituem corvetas, mas se fosse estrategista naval gostaria que todos os meus navios estivessem bem armados.
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Re: APAGÃO DE ESCOLTAS: SUGESTÕES?
Não, porque o que se está comparando aqui é exatamente o regime de operação normal de cada motor.Super Flanker escreveu:Oi Leandro, desculpe a demora em responder.
Eu entendi quase tudo o que você me explicou, o que fiquei meio na dúvida foi a respeito dessa comparação que você fez que deixei em negrito. Quando fazemos uma comparação que nem essa, o correto não seria pensarmos em uma situação igual para ambos os motores (mesma rotação ou mesma quantidade de explosôes? Pois quando você fala "Isso quer dizer que ele gerará 2,5 vezes mais energia para um mesmo deslocamento (cilindrada)", na verdade não é o mesmo deslocamento, ou estou pensando errado?
Se você projetar um motor diesel naval de 2 tempos com digamos 10 litros de deslocamento por ciclo (ou seja, 10.000 cilindradas no jargão comum) e para rodar a 1000 RPM, irá enfrentar problemas seríssimos de refrigeração, desgaste e perda de eficiência, porque nesta rotação o número de detonações por segundo será o dobro (gerando mais calor e desgaste) e não haverá tempo para o ar queimado ser expulso completamente. Soluções para tudo isso podem ser possíveis, mas levariam a um motor maior, mais pesado e feito com materiais e técnicas bem mais sofisticadas, e consequentemente muito mais caro, apenas para no final acabar com a mesma potência nem tão maior assim (já que uma proporção maior seria perdida na refrigeração). É possível sacrificar algum ou alguns destes itens (por exemplo a eficiência e a durabilidade, como ocorre em muitos motores 2 tempos de motocicleta), mas ninguém que precise usar um motor assim para ganhar dinheiro iria comprá-lo. Ou pode-se obter boa eficiência, durabilidade e baixo peso, mas com custos muito elevados, como ocorre em alguns motores de uso aeronáutico.
Já em um motor naval de 4 tempos com mesma cilindrada pode-se sem muitos problemas trabalhar com esta rotação de 1000 RPM, devido às existência da parte de exaustão do ciclo, sendo possível obter um equilíbrio bem melhor entre os requisitos de custo, peso, eficiência e durabilidade.
Mas isto não encerra a questão, pois se fosse assim todos os navios utilizariam apenas motores de 4 tempos. Mas isso não acontece na prática. É assim porque existe outro ponto importante, que advém do fato de que rodando a 1000 RPM o motor não poderá ser acoplado diretamente ao hélice, que precisa girar em rotações muito mais baixas. Para embarcações muito grandes, que usam hélices enormes rodando a menos de 100 RPM, o tamanho e a complexidade da redução tornaria o acoplamento mecânico impossível. Nestes casos torna-se mais vantajoso construir motores com baixa rotação, o que elimina os problemas de refrigeração, desgaste e eficiência. Mas torna-se necessário construir motores muito maiores, por conta da questão que você grifou no meu outro post.
O próprio tamanho destes motores gigantes seria um ponto negativo para eles, mas o fato de permitirem eliminar a complexidade, o custo e a perda de rendimento de um sistema de redução (que também precisaria ser gigante) mais do que compensam esta dificuldade. Então nestes casos eles são amplamente adotados.
Espero que eu tenha conseguido ser claro.
Um abraço,
Leandro G. Card
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Re: APAGÃO DE ESCOLTAS: SUGESTÕES?
JL escreveu:Desculpe Túlio, o meu pensamento é diferente, estes OPV são navios bem grandes, muito diferentes dos outros patrulheiros menores. São navios com tendência por exemplo a operarem na fronteira norte de forma isolada ou de até serem empregados em outras missões de maior demanda, em caso de conflito. Neste ponto, se você observar existe a tendência dos navios das guardas costeira serem melhor armados, pois eles acabam tendo papel militar em caso de conflito. Assim eu vejo estes vasos mais como Avisos, com proximidade por exemplo com a classe Flóreal francesa.
Outro ponto é a tendência é de termos cada vez um menor número de navios de escolta e de meios. Considere também as paradas técnicas, reparos, tempo que o navio fica inoperante e com a diminuição crescente corremos o risco de não termos escoltas suficientes quando precisarmos delas. E os OPV melhor armados tampar o buraco de forma a remediar a situação e deixando eles sub-armados, iremos perder 3 classe Amazonas e sei-lá quantos mais outros OPV. Talvez até 08 navios no futuro, tudo porque vai se economizar uns 25 milhões de dólares em um canhão e mira optrônica por unidade e uns 5 milhões de dólares (estimando) em outros equipamentos militares como MAGE básico e CHAFF.
Gosto da ideia de armar melhor os OPV's e não vou mudar de opinião. Não substituem corvetas, mas se fosse estrategista naval gostaria que todos os meus navios estivessem bem armados.
Não precisas te desculpar, sem dissenso não há debate, hôme véio.
E creio que ainda não expliquei direito o meu ponto, ou seja, que há diferenças demais entre uma Corveta e um Patrulha, mesmo este tendo até maior tonelagem e tamanho que aquela. Algumas deixei claro, como as diferentes missões (daí a diferença nas armas e equipamentos: a CV foca na capacidade de Escolta, então precisa de MAN, AAM, sonar, lançadores triplos de torpedos, ECMs físicas e eletrônicas & quetales; já o OPV, precisamente pela enorme diferença na missão, não usa nada disso. Em compensação, sendo maior pode levar coisas que a CV não leva, como lanchas armadas menores para abordagem, alojamento e estações de tiro para FNs, etc), outras foram explicadas por outros colegas, como as grandes diferenças estruturais dos navios. Por mais que se queira, um Patrulha não vira Escolta e esta, se for usada na mesma função, será um baita desperdício de recursos. Se fosse este último caso, melhor construir e operar fitted for but not with, ou seja, é casco de CV, tem propulsão e sensores básicos de CV mas o resto a gente só instala se for preciso.
Aliás, não deixei de notar (e achar curiosa) a estimativa de aumento de custos que fizeste: seguindo aqueles números e comparando com os OPVs à venda por aí, cujo preço normal fica na faixa entre USD 50 a 60 mi, complica legal o planejamento de uma Armada tipo "pires na mão", como a nossa. Ou seja, para equipar dois barcos assim como propões (e com os custos que citaste), deixa-se de construir um terceiro, notaste? Fora isso - e aí fui EU que notei, no caso do Amazonas, que anda operando só com mira optrônica e sem radar de pontaria, como fica se o mar estiver encoberto por neblina? Isso é comum, vai mirar como? Se não tem radar de pontaria, não tem alvo, POWS - e querendo encher o barco com sensores e armas de corveta, será que sobra espaço para lancha(s) e FNs?
Num dá, cupincha, Patrulha é Patrulha, Escolta é Escolta...
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Re: APAGÃO DE ESCOLTAS: SUGESTÕES?
Não concordo Túlio.Túlio escreveu:JL escreveu:Desculpe Túlio, o meu pensamento é diferente, estes OPV são navios bem grandes, muito diferentes dos outros patrulheiros menores. São navios com tendência por exemplo a operarem na fronteira norte de forma isolada ou de até serem empregados em outras missões de maior demanda, em caso de conflito. Neste ponto, se você observar existe a tendência dos navios das guardas costeira serem melhor armados, pois eles acabam tendo papel militar em caso de conflito. Assim eu vejo estes vasos mais como Avisos, com proximidade por exemplo com a classe Flóreal francesa.
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Não precisas te desculpar, sem dissenso não há debate, hôme véio.
E creio que ainda não expliquei direito o meu ponto, ou seja, que há diferenças demais entre uma Corveta e um Patrulha, mesmo este tendo até maior tonelagem e tamanho que aquela. Algumas deixei claro, como as diferentes missões (daí a diferença nas armas e equipamentos: a CV foca na capacidade de Escolta, então precisa de MAN, AAM, sonar, lançadores triplos de torpedos, ECMs físicas e eletrônicas & quetales; já o OPV, precisamente pela enorme diferença na missão, não usa nada disso. Em compensação, sendo maior pode levar coisas que a CV não leva, como lanchas armadas menores para abordagem, alojamento e estações de tiro para FNs, etc), outras foram explicadas por outros colegas, como as grandes diferenças estruturais dos navios. Por mais que se queira, um Patrulha não vira Escolta e esta, se for usada na mesma função, será um baita desperdício de recursos. Se fosse este último caso, melhor construir e operar fitted for but not with, ou seja, é casco de CV, tem propulsão e sensores básicos de CV mas o resto a gente só instala se for preciso.
Aliás, não deixei de notar (e achar curiosa) a estimativa de aumento de custos que fizeste: seguindo aqueles números e comparando com os OPVs à venda por aí, cujo preço normal fica na faixa entre USD 50 a 60 mi, complica legal o planejamento de uma Armada tipo "pires na mão", como a nossa. Ou seja, para equipar dois barcos assim como propões (e com os custos que citaste), deixa-se de construir um terceiro, notaste? Fora isso - e aí fui EU que notei, no caso do Amazonas, que anda operando só com mira optrônica e sem radar de pontaria, como fica se o mar estiver encoberto por neblina? Isso é comum, vai mirar como? Se não tem radar de pontaria, não tem alvo, POWS - e querendo encher o barco com sensores e armas de corveta, será que sobra espaço para lancha(s) e FNs?
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Um navio de patrulha será somente um navio de patrulha, enquanto as possibilidades o permitirem. Ou seja, enquanto vivemos na paz ele será somente isso. Mas na Guerra, tudo pode acontecer. Na 2 Grande Guerra, se armou tudo o que se flutuava: traineiras, rebocadores, chatas etc. Na falta de meios muitos comboios tiveram nas suas escoltas navios sem a mínima capacidade e em lutas desiguais. Já citei o exemplo da Guerra das Malvinas, onde o Aviso Alferes Sobral, armado com um mero canhão Borfos L/60 de 40 mm foi alvo de Sea Skua por Lynx, depois que abriu fogo contra os helicópteros, citei a lancha Rio Iguazu, que operou no Canal San Carlos, sendo um navio de patrulha da Prefectura Naval.
O que define que um OPV não assumirá uma tarefa militar, se digamos as corvetas estiverem em parte danificadas ou afundadas.
Bem é tudo uma decisão estratégica, algumas forças optam por navios praticamente sem armamento outras procuram armar eles da melhor maneira possível com os limites de custo. Peças de artilharia de 76 e 57 mm estão presentes em muitas classes.
Também considere que um OPV melhor armado, mantém as características que enumeraste, com o acréscimo do poder de fogo, mas nunca será uma corveta.
Bem como também considere que os Amazonas foram adquiridos por oportunidade e vieram com armamento fora do padrão do que a MB usa, agora imagine se tivessem vindo dotados de canhões de 76 mm, com lançadores de chaff/flares e previsão para MM 40, na minha opinião seriam hoje um reforço ao apagão das escoltas.
Por fim e pare encerrar, miras optrônicas tem FLIR, que deve funcionar muito bem em neblinas e chuvas fortes, mas se quiser existem radares mais baratos como o Thales Pharos.
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Re: APAGÃO DE ESCOLTAS: SUGESTÕES?
Não, FLIR é ZERO em chuva forte e neblina. Aprendi com PROs na SKYDRONE.
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Re: APAGÃO DE ESCOLTAS: SUGESTÕES?
Não posso dizer que sim ou não, talvez alguém da Marinha, possa dizer melhor qual a limitação dos sistemas optrônicos das diretoras de tiro que se usam hoje na Niterói por exemplo.
Se os Amazonas tivessem vindo com os 76 mm provavelmente usariam esta diretora de tiro Lirod Mk2
https://www.thalesgroup.com/sites/defau ... mk2_hr.pdf
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Re: APAGÃO DE ESCOLTAS: SUGESTÕES?
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Re: APAGÃO DE ESCOLTAS: SUGESTÕES?
Desculpe os postes repetidos mas para quem interessar o radar de busca do HTMS KRABI
https://www.thalesgroup.com/sites/defau ... ant_hr.pdf
Túlio da uma olhada nos patrulheiros do México, todos tem canhão de proa.
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Re: APAGÃO DE ESCOLTAS: SUGESTÕES?
Pura Física: desceu o nevoeiro, morreu a mira optrônica. Na dúvida, perguntes aos colegas que mais discordam de mim, o Leandro e o Marechal...
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Re: APAGÃO DE ESCOLTAS: SUGESTÕES?
Em minha opinião patrulhas tem que ser baratos e não competir com corvetas e fragatas, cada um no seu quadrado. Mas em caso de guerra a maior contribuição que um patrulha poderia fazer seria acompanhar um comboio evitando ataque de barcos mal armados e fornecendo um convoo e hangar para helicopteros pousarem. Se pensarmos desta maneira, como navio auxiliar de uma frota de escoltas eles teriam que ser projetados já com determinado tamanho para a execução desta missão. Acho que a MB pensa da mesma maneira pelos requisitos do seu NAPAOC e compra dos Amazonas. Nada impede que houvesse mais um tipo intermediario (mais barato) entre os Macaé e os Amazonas.
Mas o JL está certo sobre algumas marinhas estarem incrementando as funções de seus patrulhas, vejam os russos lançando misseis tipo tomahawk de navios patrulhas.
Quanto a canhões e sensores escolhidos isto depende da grana de cada respectiva marinha.
Mas o JL está certo sobre algumas marinhas estarem incrementando as funções de seus patrulhas, vejam os russos lançando misseis tipo tomahawk de navios patrulhas.
Quanto a canhões e sensores escolhidos isto depende da grana de cada respectiva marinha.
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Re: APAGÃO DE ESCOLTAS: SUGESTÕES?
Aqui vai um poste longo, coisa de maluco que acorda e resolve escrever, começei com os patrulheiros mexicanos, fonte é a wiki em língua inglesa. Depois abordei o patrulheiro da Venezuela, bem para complementar deixei link's para os catalogos em pdf dos fabricantes dos equipamentos. Todos os navios citados tem canhão de proa.Túlio escreveu:Pura Física: desceu o nevoeiro, morreu a mira optrônica. Na dúvida, perguntes aos colegas que mais discordam de mim, o Leandro e o Marechal...
A classe OAXACA é a mais armada de todas, tem 04 unidades.
1680 toneladas por 86 m de comprimento e 10, 46 m de boca e 2 motores diesel.
Pode levar 39 fuzileiros ou forças especiais. Ele tem uma velocidade máxima de mais de 20 nós e uma velocidade de cruzeiro de 14 nós.
Radar principal: 1 Terma Scanter 2001
Observem o armamento:
1 canhão Oto Melara de 76 mm com diretora de tiro Selex NA-25
2 reparos remotamente controlados OTO Melara Mod. 517 com metralhadora M2 de 12,7 milímetros (.50)
1 canhão OTO Melara de 30 mm na popa.
Hangar e convés de voo para um helicóptero do porte do Panther
Tem duas outras classes que tem um desenho bem bonito
A classe Durango
Tem 1554 toneladas e 81,7 m de comprimento, 10,5 m de boca e calado de 3,90 m
Tem um desenho bem interessante, parecendo ter características furtivas
Armada com um Bofors Mk 2 de 57 mm, mísseis Igla e capacidade para helicóptero.
A Classe Sierra
Esta com 1.335 toneladas e 75 m de comprimento
Armas: 1 canhão Bofors Mk 2 de 57 mm com a diretora Optronica DAFCO
Tem hangar para um helicóptero MBB Bo 105
Interessante que esta aqui a mira é optronica
O sistema DAFCO é israelense, fabricado pela Rafael.
Segundo o site do fabricante o sistema foi projetado para armas de 40, 57 e 76 mm. Combina detecção e rastreamento de longo alcance com capacidade de controle de fogo precisos e é altamente letal contra alvos de superfície e aéreos. E ainda:
Estado da arte da tecnologia
Integração com uma variedade de armas navais e sistemas on-board
A experiência operacional implementado no projeto do sistema
Operação dia e noite
Capaz de suportar condições adversas do mar e do tempo
Baixos custos de ciclo de vida
Fonte: http://www.rafael.co.il/Marketing/351-1 ... eting.aspx
Agora se é verdade eu não sei, nunca testei ok !!!
Link para foto do Sierra: https://en.wikipedia.org/wiki/Sierra-cl ... C3%A1n.jpg
Link para foto do Durango https://en.wikipedia.org/wiki/Durango-c ... urango.jpg
Continuando para chegar no OPV mais poderoso da América Latina
O PC-21 Guaiquerí
Deslocando 2419 toneladas, mas que os Amazonas, com 99 metros de comprimento
Propulsão: 4 diesel MTU 12V chega a 24 nós, cruzeiro de 22 nós!!!??? e econômico de 18 nós, um barco muito veloz.
Armament:
1 × Oto Melara 76 mm apontado por diretora com radar Thales Sting 1.2
1 × Oerlikon Millennium 35 mm com mira optrônica Thales Mirador EOTS
2 × metralhadoras 12,7 mm
Para chaff (sistema de primeira) SKWS da TERMA
Conta com hangar e instalações para helicópteros.
Mas o equipamento de sensores e sistemas é um luxo:
Radar principal: Thales SMART-S Mk-2 multifunction radar
Radar secundário: Thales Scout Mk2 LPI
MAGE: Thales Vigile 100 ESM
COC: Thales TACTICOS CMS
Isso sem falar na diretora de tiro Thales Sting 1.2 para o 76 mm e na optronica Thales Mirador EOTS para o 35 mm
Quem tiver interesse, deixo os link para os pdf dos catalogos dos equipamentos, aí dar para sentir a categoria deles.
Thales SMART-S Mk-2
https://www.thalesgroup.com/sites/defau ... screen.pdf
Thales Scout Mk2 LPI
https://www.thalesgroup.com/sites/defau ... _12_HR.pdf
Thales Vigile 100 ESM
https://www.thalesgroup.com/sites/defau ... _100_2.pdf
Thales Mirador EOTS
https://www.thalesgroup.com/sites/defau ... dor_hr.pdf
CHAFF: http://www.terma.com/media/118849/skws_022007.pdf
Agora, pensando em você amigo Túlio, deixo links para OPV bem armados
Olha o Navantia AVANTE 2200
LINK https://www.navantia.es/ckfinder/userfi ... ant(1).pdf
Navantia AVANTE 1800
https://www.navantia.es/ckfinder/userfi ... r01(1).pdf
Navantia AVANTE 1400
https://www.navantia.es/ckfinder/userfi ... 00_BVL.pdf
Dos cosas te pido señor, la victoria y el regreso, pero si una sola haz de darme, que sea la victoria.
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Re: APAGÃO DE ESCOLTAS: SUGESTÕES?
Certeza disso?Túlio escreveu:Não, FLIR é ZERO em chuva forte e neblina. Aprendi com PROs na SKYDRONE.
http://www.flir.com/uploadedFiles/CS_EM ... agt_EN.pdf
http://www.flir.com/surveillance/display/?id=64674
http://www.flir.com/marine/display/?id=59963
Para resumir:
Infrared energy doesn’t travel as far through heavy atmospheric moisture as it does through drier air. When it’s raining heavily, or when you’re enveloped by heavy fog, a thermal imager won’t see as far. It will still help you to see, just not as far.
[centralizar]Mazel Tov![/centralizar]