Ministério da Defesa
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Re: Ministério da Defesa
bom é o seguinte, alguém viu a entrevista do Ministro da defesa no "Diálogos" da globo news?(quando eu achar a entrevista no you tube posto aqui) ele disse com todas as letras que a crise chegou, mas que os projetos importantes das três forças não serão paralisados, ao invés disso, os projetos sofrerão adequação de tempo ou seja, o dinheiro vai continuar a fluir para os projetos das três forças, mas não na velocidade esperada, mas não serão abandonados e nem congelados.
Isso corrobora com que o colega disse, que ele conseguiu evitar boa parte da tesoura.
O cara é um político e nesse momento nossas forças precisam de um cara assim, por mais que eu prefira outros nomes para o cargo, mas ele tem feito um bom trabalho diante da situação, isso é notável.
Isso corrobora com que o colega disse, que ele conseguiu evitar boa parte da tesoura.
O cara é um político e nesse momento nossas forças precisam de um cara assim, por mais que eu prefira outros nomes para o cargo, mas ele tem feito um bom trabalho diante da situação, isso é notável.
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Re: Ministério da Defesa
Aqui está a entrevista...
http://www.youtube.com/watch?v=6CF_kRIh5g4
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"Todos pensam em mudar o mundo, mas ninguém pensa em mudar a si mesmo."
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- cassiosemasas
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- FCarvalho
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Re: Ministério da Defesa
07 de Maio, 2015 - 20:24 ( Brasília )
Defesa
Nota Ministério da Defesa
A A A
Nota Ministério da Defesa
Brasília DF, 07 Maio 2015
O ministro da Defesa, Jaques Wagner, que se encontra em viagem oficial à Europa para as comemorações dos 70 anos da vitória dos aliados sobre o nazifascismo, esclareceu hoje, que não esteve reunido com os comandantes das Forças Armadas, na semana passada, para tratar de contingenciamento do orçamento em até 50%.
Wagner informou não há nenhuma definição sobre os referidos cortes, e que aguarda a assinatura do decreto presidencial que estabelecerá o novo orçamento.
O ministro informou que tem conversado com a presidenta Dilma Rousseff sobre os principais projetos tocados pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica na tentativa de preservá-los.
Lembrou ainda que o setor de Defesa tem recebido os maiores volumes de investimentos nos últimos 12 anos em comparação ao passado atingindo a marca de 1,5% do PIB (Produto Interno Bruto).
Para ele, é necessário entender a necessidade do ajuste fiscal do governo, e visualizar a que possibilidade de contingenciamento de recursos é um desafio que será enfrentado pelo Ministério da Defesa, e todos os demais ministérios.
Para o ministro é necessário aguardar o decreto presidencial e evitar especulações sobre valores.
http://www.defesanet.com.br/defesa/noti ... da-Defesa/
Defesa
Nota Ministério da Defesa
A A A
Nota Ministério da Defesa
Brasília DF, 07 Maio 2015
O ministro da Defesa, Jaques Wagner, que se encontra em viagem oficial à Europa para as comemorações dos 70 anos da vitória dos aliados sobre o nazifascismo, esclareceu hoje, que não esteve reunido com os comandantes das Forças Armadas, na semana passada, para tratar de contingenciamento do orçamento em até 50%.
Wagner informou não há nenhuma definição sobre os referidos cortes, e que aguarda a assinatura do decreto presidencial que estabelecerá o novo orçamento.
O ministro informou que tem conversado com a presidenta Dilma Rousseff sobre os principais projetos tocados pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica na tentativa de preservá-los.
Lembrou ainda que o setor de Defesa tem recebido os maiores volumes de investimentos nos últimos 12 anos em comparação ao passado atingindo a marca de 1,5% do PIB (Produto Interno Bruto).
Para ele, é necessário entender a necessidade do ajuste fiscal do governo, e visualizar a que possibilidade de contingenciamento de recursos é um desafio que será enfrentado pelo Ministério da Defesa, e todos os demais ministérios.
Para o ministro é necessário aguardar o decreto presidencial e evitar especulações sobre valores.
http://www.defesanet.com.br/defesa/noti ... da-Defesa/
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Re: Ministério da Defesa
A respeito daquele corte de orçamento previsto de até 50 % para a pasta da defesa, que estava a noticia rolando no poder aereo, alguem tem alguma noticia a mais? realmente a tesoura vai pegar pesado e termos algum programa estratégico congelado?
- cassiosemasas
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Re: Ministério da Defesa
não tenho fontes fiáveis, mas posso afirmar que por hora, o corte pode até ser de 50% mas vinculado à coisas menores e não aos projetos de grande envergadura, esses seguirão, sem tanta velocidade, mas não deixaram de serem abastecidos monetariamente.Frederico Vieira escreveu:A respeito daquele corte de orçamento previsto de até 50 % para a pasta da defesa, que estava a noticia rolando no poder aereo, alguem tem alguma noticia a mais? realmente a tesoura vai pegar pesado e termos algum programa estratégico congelado?
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Re: Ministério da Defesa
Como sempre...
http://www.contasabertas.com.br/website ... 1247#.dpuf
Ministério da Defesa é o mais afetado nos cortes orçamentários do governo
A Pasta aplicou R$ 2,8 bilhões a menos no primeiro quadrimeste deste ano, em relação ao mesmo período de 2014
Marina Dutra
O ajuste fiscal atingiu em cheio os repasses para a Política Nacional de Defesa (PND), programa coordenado pelo Ministério da Defesa que engloba as ações destinadas à defesa nacional. Até o fim de abril, apenas R$ 2,2 bilhões foram destinados às iniciativas da PND, valor que corresponde a 12% do orçamento autorizado para o programa durante todo o exercício – R$ 18 bilhões.
A quantia repassada ao Ministério da Defesa para a gestão do PND é inferior em mais de 50% ao transferido para o órgão até o mês quatro de 2014. No exercício passado, R$ 4,7 bilhões já haviam sido aplicado nas iniciativas do programa.
Voltada essencialmente para ameaças externas, a Política Nacional de Defesa estabelece objetivos e orientações para o preparo e o emprego dos setores militar e civil em todas as esferas do Poder, em prol da defesa nacional.
Questionado sobre a queda nas aplicações, o Ministério da Defesa não respondeu a solicitação do Contas Abertas. No entanto, o impacto do corte pode ser notado na execução orçamentária de várias ações.
O Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB), por exemplo, recebeu até abril apenas 2% (R$ 32,4 milhões) do valor autorizado para a iniciativa no Orçamento – R$ 1,7 bilhão. O restante do recursos repassados ao SISCEAB (R$ 296,1 milhões) corresponde a quitação de despesas de exercícios passados (restos a pagar).
O atraso nos pagamentos à iniciativa compromete a circulação segura do tráfego aéreo civil e militar no espaço aéreo brasileiro, pois a iniciativa tem como objetivo a ampliação da capacidade de defesa aérea, o controle do espaço e a segurança do voo.
Outra iniciativa cujos repasses estão praticamente parados é a que prevê a implantação de estaleiro e base naval para construção e manutenção de submarinos convencionais e nucleares. Dos R$ 1,1 bilhão autorizados pela Lei Orçamentária para a ação, apenas 8% foram desembolsados até abril (R$ 89 milhões). O valor inclui os restos a pagar pagos. No ano passado, R$ 776,4 milhões já haviam sido aplicados na iniciativa no mesmo período.
As ações de aquisição e desenvolvimento do Cargueiro Tático de 10 a 20 toneladas, em sua versão de reabastecedor aéreo (Projeto KC-X), também foram prejudicadas pelos cortes. A iniciativa recebeu até abril R$ 114 milhões, valor que corresponde a 7% dos R$ 1,6 bilhão liberados para o projeto. No mesmo período do ano passado, R$ 260,5 milhões já haviam sido repassados. Na versão civil, o cargueiro destina-se ao atendimento da necessidade de transporte de carga das empresas aéreas comerciais nacionais e da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) na reformulação da Rede Postal Noturna (RPN).
Os R$ 1 bilhão autorizados no Orçamento de 2015 para a aquisição de 36 aeronaves de caça com armamentos, simuladores de voo e outros serviços de integração de sistemas nem chegaram a ser empenhados (comprometidos para pagamento posterior). Os recursos têm como finalidade a manutenção da capacidade da Força Aérea Brasileira de realizar suas missões constitucionais de defesa do espaço aéreo nacional. Confira aqui tabela com outras ações da PND.
Investimentos
Considerados apenas os investimentos, o Ministério da Defesa foi o mais afetado pelas retrações que atingiram 23 órgãos. A Pasta aplicou R$ 2,8 bilhões a menos no primeiro quadrimeste deste ano, em relação ao mesmo período de 2014. As aplicações passaram de R$ 4,4 bilhões para R$ 1,6 bilhão. O órgão afirmou que o atraso na aprovação do orçamento teve impacto na redução dos investimentos, mas não respondeu se o corte atrapalhou o andamento das ações do Ministério.
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Re: Ministério da Defesa
Para quem achava que o JW iria segurar a onda... parece que a onda foi maior que ele podia surfar.
A prancha do Levy é maior.
abs.
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Re: Ministério da Defesa
o tamanho da tesoura do Levy...
União reduz pela metade gastos com Politica Nacional de Defesa.
http://www.defesaaereanaval.com.br/unia ... de-defesa/
E ainda pode piorar a partir de amanhã.
abs.
União reduz pela metade gastos com Politica Nacional de Defesa.
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Re: Ministério da Defesa
Matéria de 19 de agosto de 2014.Paisano escreveu:Exclusivo - Brasil abre novas parcerias
http://www.defesanet.com.br/defesa/noti ... parcerias/
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Re: Ministério da Defesa
Adivinhem que ministério recebeu a maior tesourada proporcional e individual? Isso mesmo. É o ministério da defesa.
Investimento público janeiro a maio de 2015
17 de junho de 2015 por mansueto
De janeiro a maio de 2015, o investimento púbico do governo central (exclui estatais) apresentou queda real de 35,9%, equivalente a R$ 13,7 bilhões. A média mensal de corte do investimento público do governo central foi de R$ 2,75 bilhões. Se essa média se mantiver até agosto, em oito meses deste ano o governo conseguirá cortar toda a expansão real do investimento público do primeiro governo Dilma.
Se continuar com essa média de corte até o final do ano, em 12 meses o corte do investimento será um pouco acima de R$ 30 bilhões, corte de 0,6% do PIB, o que levará o investimento para 0,8% do PIB; valor do investimento público do governo central de 2008. Mas não me surpreenderia com um corte ainda maior. Assim, o maior esforço de ajuste fiscal este ano é corte do investimento púbico.
Mesmo com um corte dessa magnitude do investimento ainda será difícil, ou melhor, impossível, o governo cumprir com a meta programada de superávit primário de 1,2% (setor público consolidado) e de 1% do PIB para o governo central. O problema este ano tem sido a grande frustração de receita, que já foi abordada em newsletter enviada no ultimo domingo para clientes.
Investimento Público por Órgão Superior – JAN-MAIO – 2014 e 2015 – R$ milhões de maio de 2015
https://mansueto.wordpress.com/2015/06/ ... o-de-2015/
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Re: Ministério da Defesa
OS INÚTEIS.
David Coimbra - ClicRBS_Montedo.com, 5.10.15.
Quando Renato Janine Ribeiro foi escolhido ministro da Educação, escrevi uma coluna elogiando-o. Pelo que sabia, tratava-se de homem bem-intencionado, principalmente no principal, que é o ensino básico.
Isso, essa coluna, faz menos de seis meses que a escrevi. Agora Janine Ribeiro está sendo substituído por Mercadante, e me sinto um otário por ter consumido tempo e tinta com tamanha nulidade, que é um posto de ministro no Brasil.
Seis meses.
Estão debochando de nós.
Essa reforma ministerial deixa claro que o único cargo de ministro que tem alguma importância é o da Fazenda. Seu ocupante, hoje, manda não apenas na presidente aflita para se manter no emprego, mas também no messias venerado do PT, o Pai Lula. Todos os outros ministérios passariam muito bem sem ministros. Funcionariam melhor, inclusive. Os ministros tão somente atrapalham os funcionários de carreira, sobretudo se têm ideias acerca do seu ministério.
Um ministro com ideias é perigoso. Vamos pegar um dos preferidos do governo: Aldo Rebelo. Ele já foi ministro das Relações Institucionais, seja lá o que for isso, da Ciência e Tecnologia, dos Esportes e, agora, está na Defesa.
Se você tiver mais de 40 anos, vai se lembrar de um personagem de Hanna-Barbera, o Multi-Homem, do grupo de heróis, Os Impossíveis. É o Aldo Rebelo. Só que ele é do grupo de heróis, Os Supérfluos.
Aldo Rebelo, por seus múltiplos interesses, é o nosso Leonardo da Vinci. Suas ideias também são do tempo de Leonardo. Aldo Rebelo concebeu um projeto para proibir o setor público de adquirir “tecnologia poupadora de mão de obra”. Coisas como… computador. A intenção era ótima, de dar emprego para as pessoas. Que bonzinho. Para isso, ele obrigaria o Estado a ser obsoleto. Milhares de funcionários prescindíveis passariam o dia escrevendo em máquinas de datilografia, usando mata-borrão e se deslocando em carruagens.
Outro de seus projetos tentou proibir estrangeirismos na língua portuguesa. O YouTube, por exemplo, deveria ser chamado de “Tutubo”.
Durante a Copa, Aldo Rebelo era ministro dos Esportes. Ele foi entrevistado no Sala de Redação. Perguntei sobre o despautério de o país ter 12 sedes, em vez de oito ou 10, de construir estádios em lugares em que o futebol não tem público, como Natal, Brasília, Manaus e Cuiabá, e de um desses estádios, o de Brasília, ter custado quase US$ 1 bilhão. Ele respondeu que o Flamengo havia lotado o estádio de Brasília, provando que lá existe futebol, e que a Alemanha também teve 12 sedes. Rebati:
– Mas, ministro, foi o Flamengo que lotou o estádio, não o Brasiliense! E o senhor está comparando o Brasil com a Alemanha?
Ele ficou brabo, e o Pedro Ernesto tocou o programa em frente, no que fez muito bem.
Aldo Rebelo, naturalmente, é do PC do B, o partido apoiador do democrático regime da Coreia do Norte.
A nossa sorte é que, em geral, os ministros não têm tantas ideias como Aldo Rebelo, nem sentem interesse algum por seus ministérios. Eles só estão pensando na sinecura para a qual foram nomeados e em nomear seus apadrinhados para outras sinecuras, e assim formar uma rede de apaniguados que os manterá empregados por longo tempo.
Outra boa notícia é que a presidente da República e seu chefe, Levy, também não se interessam pelo trabalho dos ministros. Eles só querem que os ministros carreiem votos no Congresso para impedir o impeachment e, se der, aprovar seus projetos.
Ufa.
O único novo ministro que teve ideias, pelo que percebi, foi aquele da Saúde: a ideia do homem é dobrar um imposto. Viram que perigo?
Temos de pedir em uníssono:
“Por favor, ministros queridos, façam a coisa direito: não façam nada”.
David Coimbra - ClicRBS_Montedo.com, 5.10.15.
Quando Renato Janine Ribeiro foi escolhido ministro da Educação, escrevi uma coluna elogiando-o. Pelo que sabia, tratava-se de homem bem-intencionado, principalmente no principal, que é o ensino básico.
Isso, essa coluna, faz menos de seis meses que a escrevi. Agora Janine Ribeiro está sendo substituído por Mercadante, e me sinto um otário por ter consumido tempo e tinta com tamanha nulidade, que é um posto de ministro no Brasil.
Seis meses.
Estão debochando de nós.
Essa reforma ministerial deixa claro que o único cargo de ministro que tem alguma importância é o da Fazenda. Seu ocupante, hoje, manda não apenas na presidente aflita para se manter no emprego, mas também no messias venerado do PT, o Pai Lula. Todos os outros ministérios passariam muito bem sem ministros. Funcionariam melhor, inclusive. Os ministros tão somente atrapalham os funcionários de carreira, sobretudo se têm ideias acerca do seu ministério.
Um ministro com ideias é perigoso. Vamos pegar um dos preferidos do governo: Aldo Rebelo. Ele já foi ministro das Relações Institucionais, seja lá o que for isso, da Ciência e Tecnologia, dos Esportes e, agora, está na Defesa.
Se você tiver mais de 40 anos, vai se lembrar de um personagem de Hanna-Barbera, o Multi-Homem, do grupo de heróis, Os Impossíveis. É o Aldo Rebelo. Só que ele é do grupo de heróis, Os Supérfluos.
Aldo Rebelo, por seus múltiplos interesses, é o nosso Leonardo da Vinci. Suas ideias também são do tempo de Leonardo. Aldo Rebelo concebeu um projeto para proibir o setor público de adquirir “tecnologia poupadora de mão de obra”. Coisas como… computador. A intenção era ótima, de dar emprego para as pessoas. Que bonzinho. Para isso, ele obrigaria o Estado a ser obsoleto. Milhares de funcionários prescindíveis passariam o dia escrevendo em máquinas de datilografia, usando mata-borrão e se deslocando em carruagens.
Outro de seus projetos tentou proibir estrangeirismos na língua portuguesa. O YouTube, por exemplo, deveria ser chamado de “Tutubo”.
Durante a Copa, Aldo Rebelo era ministro dos Esportes. Ele foi entrevistado no Sala de Redação. Perguntei sobre o despautério de o país ter 12 sedes, em vez de oito ou 10, de construir estádios em lugares em que o futebol não tem público, como Natal, Brasília, Manaus e Cuiabá, e de um desses estádios, o de Brasília, ter custado quase US$ 1 bilhão. Ele respondeu que o Flamengo havia lotado o estádio de Brasília, provando que lá existe futebol, e que a Alemanha também teve 12 sedes. Rebati:
– Mas, ministro, foi o Flamengo que lotou o estádio, não o Brasiliense! E o senhor está comparando o Brasil com a Alemanha?
Ele ficou brabo, e o Pedro Ernesto tocou o programa em frente, no que fez muito bem.
Aldo Rebelo, naturalmente, é do PC do B, o partido apoiador do democrático regime da Coreia do Norte.
A nossa sorte é que, em geral, os ministros não têm tantas ideias como Aldo Rebelo, nem sentem interesse algum por seus ministérios. Eles só estão pensando na sinecura para a qual foram nomeados e em nomear seus apadrinhados para outras sinecuras, e assim formar uma rede de apaniguados que os manterá empregados por longo tempo.
Outra boa notícia é que a presidente da República e seu chefe, Levy, também não se interessam pelo trabalho dos ministros. Eles só querem que os ministros carreiem votos no Congresso para impedir o impeachment e, se der, aprovar seus projetos.
Ufa.
O único novo ministro que teve ideias, pelo que percebi, foi aquele da Saúde: a ideia do homem é dobrar um imposto. Viram que perigo?
Temos de pedir em uníssono:
“Por favor, ministros queridos, façam a coisa direito: não façam nada”.
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Re: Ministério da Defesa
Quando a gente pensa que já chegou no fundo do poço... alguém vem e nos mostra uma pá.
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