Enquanto tivermos navios mais antigos operando na força, principalmente as corvetas Inhaúma/Barroso e as Type-22, este míssil terá aplicação. Isso porque estes navios não deverão ser modificados para transportar nada diferente (simplesmente não vale à pena). Como eu disse, a versão naval é um míssil de pobre, e a MB é uma marinha de um país pobre (pelo menos de espírito militar ).Skyway escreveu:Pois é, existe esse boato, e eu fui bem direto ao Fiuza quanto a isso, ainda mais por que desde a data desse post citado acima até a entrevista com o Vice Almirante que realizei mais de um mês depois, muitas coisas foram ditas afirmando que o projeto teria micro-turbina, e que seria isso e aquilo. Juntei tudo que foi dito e questionei. A resposta foi o que está no artigo, o MAN SUP não foi revisto justamente para manter o foco do programa já que muitas coisas já foram desenvolvidas para o míssil com as características previstas desde o início, ou seja, propulsão sólida e 70km de alcance. A Mectron e a Avibras discutiram sim a utilização de GPS, Micro-turbina e etc com a Marinha, mas para essa primeira versão do MAN SUP, nada disso será empregado.
Agora tem esse detalhe, "para essa primeira versão". Dai questionei sobre uma segunda versão do MAN SUP que poderia fazer uso de tais tecnologias, e ele foi bem claro afirmando que não existe desenvolvimento desta segunda versão no momento, mas que exite sim a intenção. Ao final da entrevista questionei se com essas capacidades, o MAN SUP seria adquirido pela MB apenas para pagar o desenvolvimento, e ele afirmou também que não, que o míssil é bastante útil e será operacional na força.
Por outro lado, minha opinião pessoal é que para o futuro nem deveríamos pensar em um MAN-1 com turbina, bem mais adequado seria um AV-TM com o sistema de guiagem do MAN-1. Isso porque além do alcance do míssil da Avibras ser maior até que os 170 Km possíveis com um MAN-1 movido a turbina, a ogiva do MAN-1 também é pequena se comparada com a prática mais atual. O AV-TM tem bem mais o perfil de um míssil anti-navio de penúltima geração (a última geração é ramjet supersônica), inclusive pela provável maior manobralidade da célula em 3 eixos (característica de um míssil seguidor de terreno), que pode ser usada para introduzir trajetórias finais de ataque mais sofisticadas em uma eventual versão naval.
Leandro G. Card