Canhão naval brasileiro
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Canhão naval brasileiro
Qual é a real capacidade do Brasil de produzir canhões?
Conforme o site Estratégia Global, a Ares Aeroespacial deverá passar a fabricar canhões navais de 40mm a partir de transferência de tecnologia da BAE Systems, atual proprietária da Bofors:
http://naargrosbar.blogspot.com.br/2014 ... k4-da.html
A empresa Friuli, contudo, desde antes já vinha anunciando uma parceria com a mesma BAE, também via ToT:
http://friuli.ind.br/projetos/MK40L70.php
http://friuli.ind.br/projetos/MK340L70.php
Quem procura saber mais sobre o assunto, encontra um artigo no informativo do CTEx (do ano de 2008), onde se afirma ter a FAB anteriormente desenvolvido um canhão ar-ar de 30mm, industrializado por uma empresa chamada Target, para equipar seus F-103 (Mirage) e A1 (AMX):
http://platao.ctex.eb.br/jornal_ctex/jo ... 9_ctex.pdf
O autor do artigo, oficial do EB, também declara que a documentação técnica e os direitos de fabricação estariam atualmente com a Ares.
O assunto parece controverso, já que que também há informações de que tais canhões (Mk 146) foram na realidade fabricados pela Bernardini, sob licença da IAI israelense, sendo de fato cópias dos DEFA 553 franceses, da Giat:
http://sistemasdearmas.com.br/amx/amx05guiadas.html
De todo modo, um canhão de fabricação nacional tem valor estratégico não somente por suas aplicações navais e aéreas, referidas acima. Por exemplo, a TORC-30, desenvolvida pelo CTEx, utilizará o dispositivo da Rheinmetal, mas quantos outros sistemas não poderiam incorporar armas de produção local?
E então, quais são os fatos sobre a produção de canhões brasileiros? O Brasil efetivamente tem ou teve domínio das tecnologias envolvidas? Hoje em dia, existem projetos em andamento, relativamente a tais armamentos, em algum órgão das FFAA? Será que as FFAA brasileiras fabricarão somente munições, ou ajudarão a prover alguma fração do significativo mercado interno de canhões?
Conforme o site Estratégia Global, a Ares Aeroespacial deverá passar a fabricar canhões navais de 40mm a partir de transferência de tecnologia da BAE Systems, atual proprietária da Bofors:
http://naargrosbar.blogspot.com.br/2014 ... k4-da.html
A empresa Friuli, contudo, desde antes já vinha anunciando uma parceria com a mesma BAE, também via ToT:
http://friuli.ind.br/projetos/MK40L70.php
http://friuli.ind.br/projetos/MK340L70.php
Quem procura saber mais sobre o assunto, encontra um artigo no informativo do CTEx (do ano de 2008), onde se afirma ter a FAB anteriormente desenvolvido um canhão ar-ar de 30mm, industrializado por uma empresa chamada Target, para equipar seus F-103 (Mirage) e A1 (AMX):
http://platao.ctex.eb.br/jornal_ctex/jo ... 9_ctex.pdf
O autor do artigo, oficial do EB, também declara que a documentação técnica e os direitos de fabricação estariam atualmente com a Ares.
O assunto parece controverso, já que que também há informações de que tais canhões (Mk 146) foram na realidade fabricados pela Bernardini, sob licença da IAI israelense, sendo de fato cópias dos DEFA 553 franceses, da Giat:
http://sistemasdearmas.com.br/amx/amx05guiadas.html
De todo modo, um canhão de fabricação nacional tem valor estratégico não somente por suas aplicações navais e aéreas, referidas acima. Por exemplo, a TORC-30, desenvolvida pelo CTEx, utilizará o dispositivo da Rheinmetal, mas quantos outros sistemas não poderiam incorporar armas de produção local?
E então, quais são os fatos sobre a produção de canhões brasileiros? O Brasil efetivamente tem ou teve domínio das tecnologias envolvidas? Hoje em dia, existem projetos em andamento, relativamente a tais armamentos, em algum órgão das FFAA? Será que as FFAA brasileiras fabricarão somente munições, ou ajudarão a prover alguma fração do significativo mercado interno de canhões?
Editado pela última vez por Fabricio Tavares em Ter Out 28, 2014 12:04 am, em um total de 1 vez.
Re: Canhão naval brasileiro
A máquina de raiamento de tubos da imbel tem capacidade de raiar até 1 polegada. Eu fiz esta pergunta em uma de minhas visitas à fábrica de itajubá.
- FCarvalho
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Re: Canhão naval brasileiro
O problema não nem tanto a capacidade de projetar, mas a de dar sustentabilidade e rentabilidade ao investimento necessário a tal empreitada.
A tecnologia do canhão em si, não é tão complexa que não possa ser absorvida e/ou desenvolvida por aqui mesmo. Mas fica sempre o problema de saber: quem vai pagar por isso? E se pagarem, quais projetos nacionais poderiam dar sustentabilidade ao mesmo?
Com os indefectíveis cortes na área de defesa, dificilmente alguma industria nacional irá se meter a bancar este tipo de desenvolvimento. Ainda mais quando na prática não existem requisitos das próprias ffaa's para isso.
Seia interessante ler a entrevista com o engenheiro da Opto na ultima T&D Ed 137, que é bastante esclarecedora da situação da BID.
abs
A tecnologia do canhão em si, não é tão complexa que não possa ser absorvida e/ou desenvolvida por aqui mesmo. Mas fica sempre o problema de saber: quem vai pagar por isso? E se pagarem, quais projetos nacionais poderiam dar sustentabilidade ao mesmo?
Com os indefectíveis cortes na área de defesa, dificilmente alguma industria nacional irá se meter a bancar este tipo de desenvolvimento. Ainda mais quando na prática não existem requisitos das próprias ffaa's para isso.
Seia interessante ler a entrevista com o engenheiro da Opto na ultima T&D Ed 137, que é bastante esclarecedora da situação da BID.
abs
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- Marino
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Re: Canhão naval brasileiro
Ares fabricará canhão Bofors 40 Mk4 da BAE para os NPas da MB
No início de agosto deste ano uma foto do Gerson Victorio (reproduzida acima), editor do Portaldefesa.com, revelou que um dos NPas 200 da MB tinha trocado seu canhão de 40mm original por um BAE Systems Bofors 40 Mk4. Este canhão inclusive vinha instalado em um característico reparo com cúpula facetada de características stealth. Agora ALIDE conseguiu descobrir mais pistas sobre o que realmente representa este teste do canhão Mk4 no P-45 Guaporé.
Na década de 80 a empresa CBV Indústria Mecânica tentou montar uma linha do canhão 40L70 no país, mas o projeto não resistiu ao colapso sistemático da indústria de defesa nacional no fim daquela década. Mais recentemente a Ares assinou um contrato com a Singapore Technologies para fabricar aqui o canhão deles derivado do Bofors que foi usado em todos os navios patrulha Grajaú (200t) e Macaé (500t). Divergências entre a empresa oriental e a Marinha acabaram levando ao cancelamento deste contrato. Como a demanda persistia foi realizada uma concorrência internacional entre a Oto Melara italiana e a BAE Systems britânica visando encontrar outro modelo para se tornar o canhão padrão dos navios leves da MB. A BAE Systems britânica acabou se tornando a proprietária de toda a linha de tubo da sueca Bofors através de um longo processo de fusões e aquisições. A empresa Jaraguá que, até recentemente, era a parceira dos italianos na área de canhões no Brasil acabou forçada a rescindir o contrato assinado com a Oto Melara devido ao fato de terem entrado em processo de recuperação judicial.
O próprio site brasileiro da BAE diz: “Um total de 75 canhões [Bofors] de 40 mm já foram fabricados e vendidos ao Brasil (incluindo peças estratégicas como tubos-alma, montagem e testes finais). Hoje, estamos no processo de iniciar à transferência de tecnologia para empresas brasileiras para a produção, no Brasil, de nossos canhões navais de 40 mm e 57 mm, assim como de nossas Estações Remotas de Armas. Para esta finalidade, criamos um Grupo Brasileiro de Produção de Canhões e estamos buscando desenvolver relações com empresas brasileiras para tratar de certas áreas de tecnologia/produção”. Como os britânicos ofereceram as melhores condições, o canhão Bofors 40 Mk4, a versão mais recente da linha Bofors 40/70, saiu como vencedor da concorrência com sua manufatura sendo progressivamente nacionalizada pela própria Ares aqui no Brasil. O canhão naval Mk4 é uma versão atualizada do canhão Bofors e como o modelo de Cingapura trocou o sistema originalmente hidráulico de acionamento por um outro elétrico muito mais simples, barato e rápido.
O Bofors Mk-40 tem arquitetura modular 100% digitalizada. Permitindo usar munição 3P [de “Prefragmented, Programmable and Proximity-fuze” ] programável o que reduz o número de tipos de munições, e por isso reduz também o transporte, armazenamento, peso e espaço necessários. Muito em breve esta decisão será divulgada através de um anúncio formal do Comando da Marinha.
No início de agosto deste ano uma foto do Gerson Victorio (reproduzida acima), editor do Portaldefesa.com, revelou que um dos NPas 200 da MB tinha trocado seu canhão de 40mm original por um BAE Systems Bofors 40 Mk4. Este canhão inclusive vinha instalado em um característico reparo com cúpula facetada de características stealth. Agora ALIDE conseguiu descobrir mais pistas sobre o que realmente representa este teste do canhão Mk4 no P-45 Guaporé.
Na década de 80 a empresa CBV Indústria Mecânica tentou montar uma linha do canhão 40L70 no país, mas o projeto não resistiu ao colapso sistemático da indústria de defesa nacional no fim daquela década. Mais recentemente a Ares assinou um contrato com a Singapore Technologies para fabricar aqui o canhão deles derivado do Bofors que foi usado em todos os navios patrulha Grajaú (200t) e Macaé (500t). Divergências entre a empresa oriental e a Marinha acabaram levando ao cancelamento deste contrato. Como a demanda persistia foi realizada uma concorrência internacional entre a Oto Melara italiana e a BAE Systems britânica visando encontrar outro modelo para se tornar o canhão padrão dos navios leves da MB. A BAE Systems britânica acabou se tornando a proprietária de toda a linha de tubo da sueca Bofors através de um longo processo de fusões e aquisições. A empresa Jaraguá que, até recentemente, era a parceira dos italianos na área de canhões no Brasil acabou forçada a rescindir o contrato assinado com a Oto Melara devido ao fato de terem entrado em processo de recuperação judicial.
O próprio site brasileiro da BAE diz: “Um total de 75 canhões [Bofors] de 40 mm já foram fabricados e vendidos ao Brasil (incluindo peças estratégicas como tubos-alma, montagem e testes finais). Hoje, estamos no processo de iniciar à transferência de tecnologia para empresas brasileiras para a produção, no Brasil, de nossos canhões navais de 40 mm e 57 mm, assim como de nossas Estações Remotas de Armas. Para esta finalidade, criamos um Grupo Brasileiro de Produção de Canhões e estamos buscando desenvolver relações com empresas brasileiras para tratar de certas áreas de tecnologia/produção”. Como os britânicos ofereceram as melhores condições, o canhão Bofors 40 Mk4, a versão mais recente da linha Bofors 40/70, saiu como vencedor da concorrência com sua manufatura sendo progressivamente nacionalizada pela própria Ares aqui no Brasil. O canhão naval Mk4 é uma versão atualizada do canhão Bofors e como o modelo de Cingapura trocou o sistema originalmente hidráulico de acionamento por um outro elétrico muito mais simples, barato e rápido.
O Bofors Mk-40 tem arquitetura modular 100% digitalizada. Permitindo usar munição 3P [de “Prefragmented, Programmable and Proximity-fuze” ] programável o que reduz o número de tipos de munições, e por isso reduz também o transporte, armazenamento, peso e espaço necessários. Muito em breve esta decisão será divulgada através de um anúncio formal do Comando da Marinha.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
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Re: Canhão naval brasileiro
Será que, com este projeto, a Ares estará habilitada para prestar serviços de modernização dos canhões AAe Bofors do EB e dos FN?
abraços
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Re: Canhão naval brasileiro
Sou cheio de hellman´s com esse canhão 40mm... Pra mim toda a artilharia AAe de tubo do EB/MB(e FN)/FAB deveria ser composta por esse canhão em torretas sobre caminhões e blindados, em grandes quantidades.
http://www.tireoide.org.br/tireoidite-de-hashimoto/
Cuidado com os sintomas.
Você é responsável pelo ambiente e a qualidade do fórum que participa. Faça sua parte.
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Re: Canhão naval brasileiro
http://www.tecnodefesa.com.br/materia.php?materia=1884
Bofors 40 MK4 - Marinha do Brasil testa nova arma (Roberto Caiafa - 13/8/2014)
O P-45 "Guaporé", Navio Patrulha da Marinha do Brasil, está testando um novo armamento recentemente instalado em sua proa, o canhão naval BAE Systems Sweden Bofors 40 MK4. Essa arma, de projeto avançado, teve seu desenvolvimento concluído no final de 2012 e ainda não possui clientes. Utilizando esse canhão e seus sistemas eletrônicos associados, mais a munição inteligente que ele pode disparar, o "Guaporé" torna-se um formidável adversário, tanto em missões de patrulhamento do mar territorial, incluindo aí o combate a pirataria marítima, quanto na guerra naval, pois com essa arma o navio pode lutar na arena anti-superfície e anti-aérea com grande eficiência, tanto de dia quanto a noite, em qualquer condição climática.
Não se sabe ainda se o canhão instalado no P-45 "Guaporé" para a realização de testes resultará em encomendas por parte da Marinha do Brasil. O "Guaporé" é o quinto navio-patrulha da Classe "Grajaú" e o segundo a ser construído no estaleiro Peene-Warft, na Alemanha. Foi incorporado à Marinha do Brasil em 29 de agosto de 1995. Atualmente está sediado no 1º Distrito Naval, subordinado ao Comando do Grupamento Naval do Sudeste.
Armamento moderno
A munição 3P (pré-fragmentável, programável, proximamente detonada) utilizada pelo Bofors 40 Mk4 pode ser programada para efeito otimizado contra qualquer alvo, incluindo padrões airburst (explosão no ar) para eliminar novas ameaças antes impossíveis de se engajar, como mísseis antinavio, UAS e armamentos stand-off. As munições empregadas pelos vetustos Bofors 40mm/L70 podem ser aproveitadas no novo sistema, que opera com uma cadência de disparo entre 30 e 300 tiros por minuto. Sem munição, o sistema pesa menos de 2,3 toneladas, em comparação com o antigo 40 mm/L70, com cerca de 4 toneladas. Isso deve ao fato da nova arma possuir energização elétrica ao invés de hidráulica, diminuindo peso, facilitando a automatização e a manutenção. O Bofors 40 Mk4 pode ir do tiro de advertência a tiro de destruição em menos de 0,5 segundos. O canhão é controlado remotamente por um avançado sistema de guiamento dotado de optrônicos, e carregado automaticamente, podendo ser controlado manualmente na própria peça, como backup emergencial.
Bofors 40 MK4 - Marinha do Brasil testa nova arma (Roberto Caiafa - 13/8/2014)
O P-45 "Guaporé", Navio Patrulha da Marinha do Brasil, está testando um novo armamento recentemente instalado em sua proa, o canhão naval BAE Systems Sweden Bofors 40 MK4. Essa arma, de projeto avançado, teve seu desenvolvimento concluído no final de 2012 e ainda não possui clientes. Utilizando esse canhão e seus sistemas eletrônicos associados, mais a munição inteligente que ele pode disparar, o "Guaporé" torna-se um formidável adversário, tanto em missões de patrulhamento do mar territorial, incluindo aí o combate a pirataria marítima, quanto na guerra naval, pois com essa arma o navio pode lutar na arena anti-superfície e anti-aérea com grande eficiência, tanto de dia quanto a noite, em qualquer condição climática.
Não se sabe ainda se o canhão instalado no P-45 "Guaporé" para a realização de testes resultará em encomendas por parte da Marinha do Brasil. O "Guaporé" é o quinto navio-patrulha da Classe "Grajaú" e o segundo a ser construído no estaleiro Peene-Warft, na Alemanha. Foi incorporado à Marinha do Brasil em 29 de agosto de 1995. Atualmente está sediado no 1º Distrito Naval, subordinado ao Comando do Grupamento Naval do Sudeste.
Armamento moderno
A munição 3P (pré-fragmentável, programável, proximamente detonada) utilizada pelo Bofors 40 Mk4 pode ser programada para efeito otimizado contra qualquer alvo, incluindo padrões airburst (explosão no ar) para eliminar novas ameaças antes impossíveis de se engajar, como mísseis antinavio, UAS e armamentos stand-off. As munições empregadas pelos vetustos Bofors 40mm/L70 podem ser aproveitadas no novo sistema, que opera com uma cadência de disparo entre 30 e 300 tiros por minuto. Sem munição, o sistema pesa menos de 2,3 toneladas, em comparação com o antigo 40 mm/L70, com cerca de 4 toneladas. Isso deve ao fato da nova arma possuir energização elétrica ao invés de hidráulica, diminuindo peso, facilitando a automatização e a manutenção. O Bofors 40 Mk4 pode ir do tiro de advertência a tiro de destruição em menos de 0,5 segundos. O canhão é controlado remotamente por um avançado sistema de guiamento dotado de optrônicos, e carregado automaticamente, podendo ser controlado manualmente na própria peça, como backup emergencial.