NOTÍCIAS POLÍTICAS
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- delmar
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Não se pode tentar encobrir uma safadeza que está acontecendo neste momento com o argumento de que, 18 anos atras, também houve algo similar. Muitos eleitores nem tinham nascido naquela época. Vamos resolver o que está acontecendo neste momento e que pode ser corrigido.
Todas coisas que nós ouvimos são uma opinião, não um fato. Todas coisas que nós vemos são uma perspectiva, não a verdade. by Marco Aurélio, imperador romano.
- LeandroGCard
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Na minha opinião deve-se ir atrás de AMBOS os casos.delmar escreveu:Não se pode tentar encobrir uma safadeza que está acontecendo neste momento com o argumento de que, 18 anos atras, também houve algo similar. Muitos eleitores nem tinham nascido naquela época. Vamos resolver o que está acontecendo neste momento e que pode ser corrigido.
Os eventuais crimes de 18 anos atrás não prescreveram.
Leandro G. Card
- delmar
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Leandro, tenho alguma experiência em averiguações e inquéritos. Quanto mais tempo demora-se para iniciar uma investigação, menores são as possibilidades de obter-se resultados concretos. O PT está no governo desde 2003, se nestes 11 anos de governo ainda não apurou os fatos ( e se estes existiram claramente) foi relapso com o bem público. Considero, assim, que os fatos foram analisados sim pela administração petista e só não iniciaram os devidos procedimentos pela ausência de dados concretos.LeandroGCard escreveu:Na minha opinião deve-se ir atrás de AMBOS os casos.delmar escreveu:Não se pode tentar encobrir uma safadeza que está acontecendo neste momento com o argumento de que, 18 anos atras, também houve algo similar. Muitos eleitores nem tinham nascido naquela época. Vamos resolver o que está acontecendo neste momento e que pode ser corrigido.
Os eventuais crimes de 18 anos atrás não prescreveram.
Leandro G. Card
De outra parte trazer na véspera de nova eleição fatos ocorridos num passado já distante e nunca apurados devidamente, seja pelo governo do PSDB ou seja pelo governo do PT, uma tentativa de minimizar a atuação de alguns políticos corruptos da atualidade.
Devo ressaltar, no entanto, que a volta de tais fatos ao noticiário, em véspera de eleição, não partem do governo atual ou passado. É coisa de cabo eleitoral.
Todas coisas que nós ouvimos são uma opinião, não um fato. Todas coisas que nós vemos são uma perspectiva, não a verdade. by Marco Aurélio, imperador romano.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Parecido com trazer a tona em ano eleitoral informações manipuladas sobre um caso que ocorreu em 2006.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Na minha opinião tudo tem que ser apurado.
E para os críticos da Petrobrás, aliás dos anos em que o governo atual está no poder, só conta o suposto prejuízo (grave que repito tem que ser apurado) de Pasadena, mas, convenientemente, diga-se de passagem, esquecem quanto valia a Petrobrás (no início do governo do Lula pouco tempo depois de quase ter virado petrobrax...) e quanto valia até alguns meses atrás. Deve ser por sorte, pelo mercado, pelo preço do petróleo etc, mas, obviamente, nunca por causa do governo e dos dirigentes e empregados da empresa!...
E para os críticos da Petrobrás, aliás dos anos em que o governo atual está no poder, só conta o suposto prejuízo (grave que repito tem que ser apurado) de Pasadena, mas, convenientemente, diga-se de passagem, esquecem quanto valia a Petrobrás (no início do governo do Lula pouco tempo depois de quase ter virado petrobrax...) e quanto valia até alguns meses atrás. Deve ser por sorte, pelo mercado, pelo preço do petróleo etc, mas, obviamente, nunca por causa do governo e dos dirigentes e empregados da empresa!...
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
A campanha midiática de desinformação sobre a Petrobras está tão forte que teve gente querendo apostar comigo que em quatro meses ela iria falir.
E não são pessoas burras que acreditam nisso, a lavagem cerebral desse mundo esquizofrênico é forte.
E não são pessoas burras que acreditam nisso, a lavagem cerebral desse mundo esquizofrênico é forte.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Não vi nada manipulado. Tudo que foi noticiado até agora se confirmou. Não há como burlar a matemática.Grep escreveu:Parecido com trazer a tona em ano eleitoral informações manipuladas sobre um caso que ocorreu em 2006.
Não é nada meu. Não é nada meu. Excelência eu não tenho nada, isso é tudo de amigos meus.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
A antiga compradora não pagou $42 milhões e nem a Petrobras pagou $ 1 bilhão. Ai já estão duas mentiras que vem sido ditas.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Não vi Dilma e muito menos Graça Foster desmentirem os valores. Só disseram que foram enganados e que foi mal negócio. Se vc tem informações privilegiadas, fontes por favor.Grep escreveu:A antiga compradora não pagou $42 milhões e nem a Petrobras pagou $ 1 bilhão. Ai já estão duas mentiras que vem sido ditas.
Não é nada meu. Não é nada meu. Excelência eu não tenho nada, isso é tudo de amigos meus.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Pois é...Grep escreveu:A antiga compradora não pagou $42 milhões e nem a Petrobras pagou $ 1 bilhão. Ai já estão duas mentiras que vem sido ditas.
A apresentação de slides abaixo é bem esclarecedora e recheada de dados técnicos, mas pra que se dar ao trabalho interpretar gráficos, fluxogramas, projeções e dados técnicos? Ah... isso dá muito trabalho, tem que pensar racionalmente... Mais fácil deixar a veja pensar e formar minha opinião em meu lugar ...
http://pt.slideshare.net/encontrocomgab ... v20130801#
"Toda vez que falta luz, o invisível nos salta aos olhos."
Humberto Gessinger
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Devia ter apostado, ia ganhar uma cervas fácil, fácil.Grep escreveu:A campanha midiática de desinformação sobre a Petrobras está tão forte que teve gente querendo apostar comigo que em quatro meses ela iria falir.
E não são pessoas burras que acreditam nisso, a lavagem cerebral desse mundo esquizofrênico é forte.
Aposto que pra esse pessoal, não tem nem noção quanto do percentual de faturamento da Petrobras esse compra travestida de "prejuízo" representa. Repetem manchetes dos tabloides sem nenhum discernimento critico.
[]´s
"O homem erra quando se convence de ver as coisas como não são. O maior erro ainda é quando se persuade de que não as viu, tendo de fato visto." Alexandre Dumas
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
"O homem erra quando se convence de ver as coisas como não são. O maior erro ainda é quando se persuade de que não as viu, tendo de fato visto." Alexandre DumasPedro Gilberto escreveu:Devia ter apostado, ia ganhar uma cervas fácil, fácil.Grep escreveu:A campanha midiática de desinformação sobre a Petrobras está tão forte que teve gente querendo apostar comigo que em quatro meses ela iria falir.
E não são pessoas burras que acreditam nisso, a lavagem cerebral desse mundo esquizofrênico é forte.
Aposto que pra esse pessoal, não tem nem noção quanto do percentual de faturamento da Petrobras esse compra travestida de "prejuízo" representa. Repetem manchetes dos tabloides sem nenhum discernimento critico.
[]´s
Pois é. Esta sua frase na assinatura reflete bem as coisas. Lula nunca viu e nunca soube de nada. Dilma não sabia e foi enganada. Só não explica por que, depois que soube, quando não se podia mais negar a merda porque a ação judicial já estava em curso nos EUA, ainda ministra, nomeou Cerveró para a Petrobrás Distribuidora e só demitiu Gabrilelli quando já era Presidanta.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Bravo escreveu:Pois é...Grep escreveu:A antiga compradora não pagou $42 milhões e nem a Petrobras pagou $ 1 bilhão. Ai já estão duas mentiras que vem sido ditas.
A apresentação de slides abaixo é bem esclarecedora e recheada de dados técnicos, mas pra que se dar ao trabalho interpretar gráficos, fluxogramas, projeções e dados técnicos? Ah... isso dá muito trabalho, tem que pensar racionalmente... Mais fácil deixar a veja pensar e formar minha opinião em meu lugar ...
http://pt.slideshare.net/encontrocomgab ... v20130801#
Para todos os advogados e administradores que conversei sobre o assunto a opinião é unânime, o conselho fez m****, vai falir a companhia? Não, é a pior coisa já feita à Petrobras? Também não, alias, congelar o preço da gasolina (advinha por quem) é muito mais prejudicial a empresa do que a compra da tal refinaria, o prejuízo com a refinaria foi tão alto quanto da a entender nas notícias? Também não.Pedro Gilberto escreveu:Devia ter apostado, ia ganhar uma cervas fácil, fácil.Grep escreveu:A campanha midiática de desinformação sobre a Petrobras está tão forte que teve gente querendo apostar comigo que em quatro meses ela iria falir.
E não são pessoas burras que acreditam nisso, a lavagem cerebral desse mundo esquizofrênico é forte.
Aposto que pra esse pessoal, não tem nem noção quanto do percentual de faturamento da Petrobras esse compra travestida de "prejuízo" representa. Repetem manchetes dos tabloides sem nenhum discernimento critico.
[]´s
Mas apesar de tudo isso ainda foi uma puta burrada indefensável do conselho que não leu a porcaria do contrato e nem buscou mais informações, não vai quebrar o país mas um bilhão (ou que seja meio bilhão!) é muito dinheiro, muito desrespeito com o dinheiro público e acionistas da empresa e uma grandissíssima burrada, era mais fácil pedir desculpas do que tentar justificar.
E por favor... Chega de discutir o tamanho da merda, foi uma merda muito grande sob qualquer parâmetro e não há nada que isente os envolvidos disso.
"Quando um rico rouba, vira ministro" (Lula, 1988)
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Refinaria Pasadena teve saque milionário sem registro Share on biggerpockets Share on facebook Share on twitter Share on email More Sharing Services
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Retirada de US$ 10 milhões de uma conta de unidade da Petrobras nos Estados Unidos teve só autorização verbal. Empresa disse em nota que considera a ação uma 'atividade usual' e que não houve irregularidade no caso.
A Petrobras afirmou ontem que considera "normal" um saque de US$ 10 milhões feito em 2010 em uma conta da refinaria de Pasadena em uma corretora. O valor foi retirado apenas com base em uma autorização verbal, sem registro contábil.
A realização do saque foi revelada pelo jornal "O Globo", na edição de ontem, com base em relatório de auditoria feita pela empresa em 2011, ao qual a publicação teve acesso.
O documento relatava "falta de autorização documental para saque em corretora". A retirada teria ocorrido em 5 de fevereiro de 2010.
Naquele período, a Astra ainda era sócia da Petrobras, a quem vendeu 50% da refinaria em 2006. Os sócios estavam em disputa judicial havia oito meses, mas os representantes da empresa belga já tinham deixado o dia a dia de Pasadena.
Segundo a reportagem, o documento não traz os nomes de quem autorizou e de quem realizou o saque, ou qual foi o destino do dinheiro. O valor estava depositado na corretora MP Global, que entrou em falência em 2011.
A auditoria, segundo "O Globo", foi realizada pela Gerência de Auditoria de Abastecimento, para verificar a gestão dos combustíveis produzidos e comercializados.
De acordo com a reportagem, foi detectada ainda diferença de US$ 2 milhões no estoque em maio de 2010, devido a lançamento incorreto.
A auditoria teria apontado, ainda, operações simultâneas de entrada e saída de combustíveis nos tanques, dificultando o controle, e falta de integração entre sistemas financeiro e de estoque.
Ao ser procurada pela Folha para falar do caso, a Petrobras emitiu nota em que diz considerar "normal" o saque autorizado verbalmente, por ser "uma atividade usual de trading (comercialização de combustíveis)". "Não foram constatadas quaisquer irregularidades no saque."
Apesar disso, a empresa diz que "foi acatada a recomendação de formalizar e arquivar a documentação de suporte relativa aos saques efetuados em contas mantidas em corretoras".
Em relação a estoques, a Petrobras diz estar providenciando a resolução dos problemas apontados.
Há duas semanas, em depoimento ao Senado, a presidente da Petrobras, Graça Foster, disse que a compra de Pasadena, entre 2006 e 2012, "não foi um bom negócio".
A aquisição custou, no total, US$ 1,25 bilhão à Petrobras. O grupo belga CNP, dono da Astra, divulgou, em 2005, ter pago US$ 42,5 milhões pela refinaria. A Petrobras contesta o valor. Diz que a Astra pagou US$ 360 milhões, considerando investimentos e estoques.
O negócio é investigado pelo TCU (Tribunal de Contas da União), pela CGU (Controladoria Geral da União), pela Polícia Federal, pelo Ministério Público Federal e por auditoria interna. Também deverá ser alvo preferencial da CPI da Petrobras no Senado.
Em março, a presidente Dilma Rousseff alegou ter se baseado em um documento "falho" como justificativa para ter aprovado a compra da refinaria, em 2006, quando presidia o conselho de administração da Petrobras (Folha de S.Paulo, 25/4/14)
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Retirada de US$ 10 milhões de uma conta de unidade da Petrobras nos Estados Unidos teve só autorização verbal. Empresa disse em nota que considera a ação uma 'atividade usual' e que não houve irregularidade no caso.
A Petrobras afirmou ontem que considera "normal" um saque de US$ 10 milhões feito em 2010 em uma conta da refinaria de Pasadena em uma corretora. O valor foi retirado apenas com base em uma autorização verbal, sem registro contábil.
A realização do saque foi revelada pelo jornal "O Globo", na edição de ontem, com base em relatório de auditoria feita pela empresa em 2011, ao qual a publicação teve acesso.
O documento relatava "falta de autorização documental para saque em corretora". A retirada teria ocorrido em 5 de fevereiro de 2010.
Naquele período, a Astra ainda era sócia da Petrobras, a quem vendeu 50% da refinaria em 2006. Os sócios estavam em disputa judicial havia oito meses, mas os representantes da empresa belga já tinham deixado o dia a dia de Pasadena.
Segundo a reportagem, o documento não traz os nomes de quem autorizou e de quem realizou o saque, ou qual foi o destino do dinheiro. O valor estava depositado na corretora MP Global, que entrou em falência em 2011.
A auditoria, segundo "O Globo", foi realizada pela Gerência de Auditoria de Abastecimento, para verificar a gestão dos combustíveis produzidos e comercializados.
De acordo com a reportagem, foi detectada ainda diferença de US$ 2 milhões no estoque em maio de 2010, devido a lançamento incorreto.
A auditoria teria apontado, ainda, operações simultâneas de entrada e saída de combustíveis nos tanques, dificultando o controle, e falta de integração entre sistemas financeiro e de estoque.
Ao ser procurada pela Folha para falar do caso, a Petrobras emitiu nota em que diz considerar "normal" o saque autorizado verbalmente, por ser "uma atividade usual de trading (comercialização de combustíveis)". "Não foram constatadas quaisquer irregularidades no saque."
Apesar disso, a empresa diz que "foi acatada a recomendação de formalizar e arquivar a documentação de suporte relativa aos saques efetuados em contas mantidas em corretoras".
Em relação a estoques, a Petrobras diz estar providenciando a resolução dos problemas apontados.
Há duas semanas, em depoimento ao Senado, a presidente da Petrobras, Graça Foster, disse que a compra de Pasadena, entre 2006 e 2012, "não foi um bom negócio".
A aquisição custou, no total, US$ 1,25 bilhão à Petrobras. O grupo belga CNP, dono da Astra, divulgou, em 2005, ter pago US$ 42,5 milhões pela refinaria. A Petrobras contesta o valor. Diz que a Astra pagou US$ 360 milhões, considerando investimentos e estoques.
O negócio é investigado pelo TCU (Tribunal de Contas da União), pela CGU (Controladoria Geral da União), pela Polícia Federal, pelo Ministério Público Federal e por auditoria interna. Também deverá ser alvo preferencial da CPI da Petrobras no Senado.
Em março, a presidente Dilma Rousseff alegou ter se baseado em um documento "falho" como justificativa para ter aprovado a compra da refinaria, em 2006, quando presidia o conselho de administração da Petrobras (Folha de S.Paulo, 25/4/14)
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
O dia em que o Ministro Cardozo, o Richelieu do Planalto, falou
Luis Nassif
Quando teve início a grande crise, com os bárbaros se aproximando das muralhas palacianas, o comando da resistência procurou o Ministro Cardozo, ansioso por suas palavras sábias. Ele coçou o queixo e balançou a cabeça com aquele movimento lento e profundo do vero Richelieu do Planalto. Mas nada disse. E todos se acalmaram com seu estilo, próprio dos que não necessitam da palavras para transmitir segurança.
Mas os bárbaros não se acalmavam, querendo derrubar as muralhas do Palácio. E tornavam-se cada vez mais ousados, não entendendo que a falta de ação do Ministro não era inação, mas fruto de um intenso processo mental de análise da situação. Com o conhecimento jurídico, a sabedoria política, a voz poderosa, ele certamente estava esperando que todas as peças do jogo se encaixassem no seu cérebro privilegiado para montar o quebra-cabeça, a estratégia definitiva.
Seus companheiros entenderam e respeitaram seu silêncio.
Enquanto pensava, uma promotora atrevida avançou além das barreiras e pediu a quebra de sigilo do Palácio. Todos correram de volta à sala do mestre.
- Mestre Cardozo, e agora o que faremos? indagavam auxiliares aflitos.
E ele continuava no mutismo dos grandes estrategistas, balançando solenemente a cabeça, mas com tanta physique du rôle que alguns dos presentes juravam que dos cabelos revoltos saíam chamas de erudição, fagulhas de esperteza, lampejos de tirocínio. Seus discípulos se acalmaram, certos de que ele não iria gastar seu brilho em episódios menores. E mais uma vez respeitaram seu silêncio:
- Quando ele falar, será para apresentar a estratégia definitiva.
No quartel aliado, a Polícia Federal - subordinada ao Ministro - disparava tiros para todo lado, sempre contra o governo. O Senado se agitava, a Câmara regurgitava rebeliões encruadas, os inimigos lançavam setas flamejantes, até que finalmente conseguiram invadir a cidadela emplacando a CPI da Petrobras.
Naquela noite, trancados em uma sala, os estrategistas do Palácio indagavam-se sobre o que fazer.
Um estrategista político mais afoito imaginou a saída:
- Vamos encher essa CPI com temas que atinjam nossos inimigos. Nossas denúncias abafarão as deles.
Alguém ponderou:
- Isso é um tema jurídico: a CPI não precisa ter foco? E se eles derrubarem no Supremo alegando que precisa ter um objeto definido?
Todos os olhares se voltaram para a referência jurídica, o Ministro Cardozo, que levantou-se de sua poltrona, caminhou em direção ao corredor, sem nada dizer, apenas pensando profundamente, mas tão profundamente que parecia que o pensamento ganhava forma física e descia do espaço como fiapos de ectoplasma diretamente para seu cérebro privilegiado
- Mestre, o que nos recomenda?
O Ministro nem consultou seus alfarrábios. Interrompeu a caminhada, e, com o dom dos que têm a jurisprudência inteira armazenada no cérebro, voltou-se lentamente para o grupo e levantou a mão com o indicador como se apontasse alguma coisa na abóbada da sala. Os olhares se voltaram para a direção apontada, até se darem conta de que era um indicação mental, um sinal apaziguador, tipo "orai e vigiai". E todos interpretaram como de apoio à tática.
À noite, a Ministra Rosa Weber, do STF, vetou a multi-CPI.
Voltaram todos para o Palácio. E aí finalmente o Ministro Cardozo pediu a palavra.
Houve um murmúrio de emoção. Finalmente, ele exporia a estratégia final, o golpe fatal que derrotaria de vez a oposição, expulsaria os inimigos para longe das muralhas, trazendo a paz de volta ao reino.
Houve um silêncio absoluto, tão grande que era possível ouvir o radinho do caseiro do Palácio sintonizado na cobertura da última greve da polícia. Um psiu coletivo calou o rádio, impedindo a conspurcação daquele momento único, em que, pela primeira vez, o Ministro Cardozo iria se pronunciar.
Ele levantou-se lenta e solenemente, jogou para trás os cabelos, como um autêntico Brossard remoçado, pigarreou levemente, no estilo histórico de Evandro, aguçou o olhar penetrante, como um Mangabeira saindo das brumas do tempo, vestiu-se com a autoridade moral de um Aleixo, a coragem cívica de um Almino, voltou-se para as janelas do Palácio e contemplou o mundo, como fizeram gerações e gerações de juristas que, das Arcadas, ajudaram a construir a República.
Fez-se o silêncio sagrado e o Ministro Cardozo finalmente falou:
- Decisão do Supremo é para ser cumprida!
E nada mais disse, nem lhe foi perguntado, dado o fato de que todos os presentes perderam, eles também, a voz.
Na saída, um amigo intrigado lhe perguntou:
- Mas porque você nunca falava nada antes?
E ele, em tom de confidência:
- É porque não tinha o que dizer. E quando não tenho o que dizer fico nervoso e perco a fala.
http://jornalggn.com.br/noticia/o-dia-e ... alto-falou
Luis Nassif
Quando teve início a grande crise, com os bárbaros se aproximando das muralhas palacianas, o comando da resistência procurou o Ministro Cardozo, ansioso por suas palavras sábias. Ele coçou o queixo e balançou a cabeça com aquele movimento lento e profundo do vero Richelieu do Planalto. Mas nada disse. E todos se acalmaram com seu estilo, próprio dos que não necessitam da palavras para transmitir segurança.
Mas os bárbaros não se acalmavam, querendo derrubar as muralhas do Palácio. E tornavam-se cada vez mais ousados, não entendendo que a falta de ação do Ministro não era inação, mas fruto de um intenso processo mental de análise da situação. Com o conhecimento jurídico, a sabedoria política, a voz poderosa, ele certamente estava esperando que todas as peças do jogo se encaixassem no seu cérebro privilegiado para montar o quebra-cabeça, a estratégia definitiva.
Seus companheiros entenderam e respeitaram seu silêncio.
Enquanto pensava, uma promotora atrevida avançou além das barreiras e pediu a quebra de sigilo do Palácio. Todos correram de volta à sala do mestre.
- Mestre Cardozo, e agora o que faremos? indagavam auxiliares aflitos.
E ele continuava no mutismo dos grandes estrategistas, balançando solenemente a cabeça, mas com tanta physique du rôle que alguns dos presentes juravam que dos cabelos revoltos saíam chamas de erudição, fagulhas de esperteza, lampejos de tirocínio. Seus discípulos se acalmaram, certos de que ele não iria gastar seu brilho em episódios menores. E mais uma vez respeitaram seu silêncio:
- Quando ele falar, será para apresentar a estratégia definitiva.
No quartel aliado, a Polícia Federal - subordinada ao Ministro - disparava tiros para todo lado, sempre contra o governo. O Senado se agitava, a Câmara regurgitava rebeliões encruadas, os inimigos lançavam setas flamejantes, até que finalmente conseguiram invadir a cidadela emplacando a CPI da Petrobras.
Naquela noite, trancados em uma sala, os estrategistas do Palácio indagavam-se sobre o que fazer.
Um estrategista político mais afoito imaginou a saída:
- Vamos encher essa CPI com temas que atinjam nossos inimigos. Nossas denúncias abafarão as deles.
Alguém ponderou:
- Isso é um tema jurídico: a CPI não precisa ter foco? E se eles derrubarem no Supremo alegando que precisa ter um objeto definido?
Todos os olhares se voltaram para a referência jurídica, o Ministro Cardozo, que levantou-se de sua poltrona, caminhou em direção ao corredor, sem nada dizer, apenas pensando profundamente, mas tão profundamente que parecia que o pensamento ganhava forma física e descia do espaço como fiapos de ectoplasma diretamente para seu cérebro privilegiado
- Mestre, o que nos recomenda?
O Ministro nem consultou seus alfarrábios. Interrompeu a caminhada, e, com o dom dos que têm a jurisprudência inteira armazenada no cérebro, voltou-se lentamente para o grupo e levantou a mão com o indicador como se apontasse alguma coisa na abóbada da sala. Os olhares se voltaram para a direção apontada, até se darem conta de que era um indicação mental, um sinal apaziguador, tipo "orai e vigiai". E todos interpretaram como de apoio à tática.
À noite, a Ministra Rosa Weber, do STF, vetou a multi-CPI.
Voltaram todos para o Palácio. E aí finalmente o Ministro Cardozo pediu a palavra.
Houve um murmúrio de emoção. Finalmente, ele exporia a estratégia final, o golpe fatal que derrotaria de vez a oposição, expulsaria os inimigos para longe das muralhas, trazendo a paz de volta ao reino.
Houve um silêncio absoluto, tão grande que era possível ouvir o radinho do caseiro do Palácio sintonizado na cobertura da última greve da polícia. Um psiu coletivo calou o rádio, impedindo a conspurcação daquele momento único, em que, pela primeira vez, o Ministro Cardozo iria se pronunciar.
Ele levantou-se lenta e solenemente, jogou para trás os cabelos, como um autêntico Brossard remoçado, pigarreou levemente, no estilo histórico de Evandro, aguçou o olhar penetrante, como um Mangabeira saindo das brumas do tempo, vestiu-se com a autoridade moral de um Aleixo, a coragem cívica de um Almino, voltou-se para as janelas do Palácio e contemplou o mundo, como fizeram gerações e gerações de juristas que, das Arcadas, ajudaram a construir a República.
Fez-se o silêncio sagrado e o Ministro Cardozo finalmente falou:
- Decisão do Supremo é para ser cumprida!
E nada mais disse, nem lhe foi perguntado, dado o fato de que todos os presentes perderam, eles também, a voz.
Na saída, um amigo intrigado lhe perguntou:
- Mas porque você nunca falava nada antes?
E ele, em tom de confidência:
- É porque não tinha o que dizer. E quando não tenho o que dizer fico nervoso e perco a fala.
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"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
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