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quinta-feira, 20 de Março de 2014
Era uma vez ...
Tentarei vos contar uma estorinha interessante. Há mais de uma década, a mais poderosa nação do planeta sofreu um ataque de terroristas sauditas. Pouco depois, o presidente da tal nação, o Sr. W, invadiu, ou melhor, libertou o Afeganistão e o Iraque.
O Sr. W, filho de um antigo presidente e chefe dos serviços de inteligência, muito bem conectado com os sauditas, tinha por “ideólogos” uma espécie de grupo de sábios conhecido por neo-cons, que, por coincidência, é majoritariamente composta por indivíduos do mesmo grupo étnico do qual sairam os últimos presidentes da Reserva Federal, criada em 1913 por pressão de um outro cavalheiro pertencente ao mesmo grupo étnico.
Para além de ordenar as tais invasões, ou melhor, libertações, é importante referir que o mesmo aprovou um pacote de leis que subverteram a ordem constitucional que ficou conhecido como Patriot Act, que o presidente anterior, muito amigo da família apesar de pertencer a um club de cavalheiros rival, havia tentado aprovar duas vezes, sob outros nomes, após um nebuloso episódio envolvendo uma seita qualquer que se preparava para o fim do mundo e depois de um atentado esquisito, oficialmente perpetrado por um ex-militar fã de um homem conhecido pelo bigode quadrado.
O resultado das suas acções pode ser resumido assim: começaram a desaparecer pessoas más ao mesmo tempo que vôos secretos - ou melhor, grátis - para Guantánamo, Marrocos e outros destinos paradisíacos aumentaram, o livre mercado foi imposto, ou melhor, oferecido ao Afeganistão, que agora vivencia um boom económico em meio ao caos, graças à produção de papoilas, provando que o livre-mercado é imbatível, e a democracia foi imposta, ou melhor, presenteada ao Iraque, fazendo com que centenas de milhares de cristãos, ou melhor, de nazis e fascistas fossem expulsos de uma terra por eles conspurcada há quase dois milénios. O povo local está contente e demonstra a sua gratidão, diariamente, com fogo real, afinal, fogos de artifício fazem pouco barulho e há que se comemorar a Aurora de um Novo Mundo em grande.
Terminada a sua obra, chega a hora de, democraticamente, o povo do tal Destino Manifesto escolher um presidente de outro club, elegando, pela primeira vez em sua história, um sujeito do qual ninguém havia ouvido falar até poucos meses antes das eleições, elemento que, por acaso, era financiado por sauditas e por gente daquela mesma etnia à qual pertenciam os tais neo-cons e o cavalheiro responsável pela fundação da Reserva Federal, que apesar do nome, não é federal.
Eleito o novo presidente, Mr. Droneman, cuja mais excelsa qualidade é ler textos em voz alta e possuir uma tez diversa dos presidentes que o precederam, numa eleição que mais pareceu a eleição do presidente do mundo do que outra coisa, eis que ele vence, ainda sem nada ter feito, um famoso prémio concebido por um bilionário, que fez fortuna graças à guerra, por tudo o que ele havia feito pela paz, apesar de nada ter feito. Para provar que era digno desse prémio, fez tal e qual quase todos os chefes de estado que o venceram e passou a fazer guerras pela paz. Nem o ursinho Teddy, um bonacheirão amigo da natureza, fez melhor.
Atacou a Líbia, castigou um tipo qualquer, que rapidamente jogaram ao mar, que de acordo com os meios oficiais, que nunca mentem, era o tal que organizou o atentado sofrido nos anos de presidência do Sr. W desde umas cavernas perdidas no meio do nada (por coincidência, todos os membros da equipa envolvida na operação morreram), promoveu revoltas nos estados menos alinhados do mundo árabe, conduzindo, num gesto magnânimo, os inimigos de ontem ao poder e abrindo as portas para o massacre, ou melhor, para a punição justa de comunidades cristãs, ou melhor, fascistas, e se juntou à “islamista” Turquia, à pérfida Albion, à amiga Arábia Saudita, à entidade criada na Terra Santa e à maçónica França, para além de outras nações sob o jugo de gente acima de qualquer suspeita, para atacar a maldita Síria, um campo de concentração a céu aberto comandado pelo implacável Assad, o Empalador, ajudando directamente os guerreiros pertencentes ao mesmo grupo que havia antes atacado os EUA e agora demonstra a sua gratidão eliminando os criminosos cristãos, ou melhor, os fascistas sírios, apoiados por outros bandidos como os terroristas do Hezbollah e os malucos de Teerão, que, como todos sabemos graças aos nossos queridos jornalistas, têm por intenção acabar com o mundo.
Mr. Droneman só não fez mais pela paz e pela democracia pois o bicho papão, ou seja, Putin, o Terrível, disse basta, ameaçando o paladino da paz com a guerra (que horror!), o que motivou Mr. Droneman, que no seu quintal quer obrigar umas freiras fascistas a financiar abortos de forma a torna o mundo um lugar mais respirável e mais sustentável, a pedir ajuda aos seus bons amigos para desestabilizar a Ucrânia recorrendo a uns tipos que, estranhamente, nutrem admiração pelo homenzinho do bigode que encarna todos os males do mundo, especialmente a perseguição ao povo da etnia que, apesar de constituir menos de 1% da população do planeta, dita a agenda de quase 100% dos governos ocidentais e de todos os seus satélites e acusa, com toda a razão, todos os que ousam falar desses factos de serem apoiantes do fascimos.
Moral da história: é tudo coincidência, a verdade vem estampada nos grandes jornais e a única infabilidade é a do tal povo que constitui menos de 1% da humanidade e manda em quase todas as nações do mundo.
P.S: Felizmente, os maus estão a ser eliminados. Vejam no link a seguir a justiça a ser feita contra os cristãos, ou melhor, contra os fascistas da Síria:
Nota:
GRÁFICO!