ascensão das tensões na Europa

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Re: ascensão das tensões na Europa

#271 Mensagem por Boss » Qui Dez 12, 2013 9:25 pm

E o Fourth Reich vai crescendo... :lol:




REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
Lirolfuti
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Re: ascensão das tensões na Europa

#272 Mensagem por Lirolfuti » Qui Dez 12, 2013 9:33 pm

Boss escreveu:E o Fourth Reich vai crescendo... :lol:
Dessa vez sem disparar 1 único tiro.




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Bourne
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Re: ascensão das tensões na Europa

#273 Mensagem por Bourne » Qui Dez 12, 2013 10:26 pm

Ucrânia apresenta o seu preço para a UE: 20 mil milhões de euros

Fonte: http://www.publico.pt/mundo/noticia/ucr ... os-1615892

REUTERS e AFP 11/12/2013 - 13:10 (actualizado às 15:55)
Porta-voz da Comissão recusa renegociar acordo e diz que a UE não vai entrar em "leilão".


O primeiro-ministro Mikola Azarov cumprimenta os deputados numa sessão do Parlamento GLEB GARANICH/REUTERS

A Ucrânia quer 20 mil milhões de euros em ajuda da União Europeia em troca da assinatura de um acordo de comércio e cooperação, disse o primeiro-ministro, Mikola Azarov, na quarta-feira. A União Europeia já rejeitou.

Numa reunião de Governo, enquanto milhares protestavam em Kiev depois da decisão do Executivo não assinar o acordo, Azarov pediu à UE que considerasse a posição da indústria ucraniana. Disse que os 28 deveriam juntar-se ao seu país em projectos mutuamente lucrativos na antiga república soviética de 46 milhões de pessoas, que ainda está dependente de produção de aço e produtos químicos da era soviética.

Em vez de assinar o acordo com a UE no mês passado, uma acção que significaria um afastamento simbólico de Moscovo, a Ucrânia decidiu construir laços económicos com a Rússia, levando a protestos de manifestantes que querem a saída do Presidente, Viktor Ianukovich.

“Sugerimos que a União Europeia invista em projectos mutuamente lucrativos como a modernização e desenvolvimento de corredores de transporte europeus, e a criação de um novo corredor para o Cáucaso", disse. “Agora os responsáveis europeus olham para os protestos em Maidan [Praça da Independência, na capital] e não estão a apressar-se a considerar estes projectos e questões sobre a dimensão da ajuda. E quem beneficiaria destes protestos: responsáveis europeus ou o povo ucraniano, que precisa urgentemente de ajuda económica e financeira?”

A crise política juntou-se às dificuldades de um país à beira da bancarrota. Mas a Ucrânia também não se juntou a uma união a que a Rússia a está a tentar formar. A Ucrânia deve agora cerca de 4 mil milhões de dólares (cerca de 2,9 mil milhões de euros) em gás e pagamentos de dívida nos primeiros três meses de 2014, e depois disso poderá ter dificuldade em pagar custos crescentes por causa de reservas que estão a diminuir.

Para o primeiro-ministro, 20 mil milhões iriam ajudar a economia europeia a adaptar-se a uma integração maior com a União Europeia e compensaria as potenciais perdas no mercado russo.

Ianukovich diz que a Ucrânia precisa de 20 mil milhões de dólares (cerca de 14,5 mil milhões de euros) por ano até 2017, e de uma soma total de 160 mil milhões de dólares (mais de 115 mil milhões de euros). A UE deixou de lado 610 milhões de euros do que chama assistência para a Ucrânia depois de esta ter deixado suspenso um acordo com o Fundo Monetário Internacional, que deixou de dar crédito ao país por este não conseguir pôr em prática reformas necessárias.

No mês passado, em comentários a uma televisão local, o Presidente classificou esta quantia como “humilhante” . “Não estamos a esperar nem a pedir que nos dêem uma prenda ou que nos compensem, nem estamos a falar da União Europeia nos dar o apoio técnico necessário para que a nossa indústria cresça e atinja padrões europeus”, disse. “Estamos a falar do envolvimento em projectos grandes, com proveito mútuo, que têm criado novos empregos nas nossas empresas nos últimos anos.”

A União Europeia tem uma visão diferente: "Estes acordos são bons para a prosperidade da Ucrânia. Não vamos brincar com os números. A prosperidade da Ucrânia não pode ser objecto de ofertas de leilão onde o melhor ganha o prémio", declarou um porta-voz da Comissão Europeia, Olivier Bailly, numa conferência de imprensa.

A UE sublinha que o acordo recusado por Kiev "continua em cima da mesa" e que está pronta a "pô-lo em prática", mas não a "reabrir as negociações".
Uma mixaria para o Reich. Isso a Merkel tem de no limite do cartão de crédito.




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Re: ascensão das tensões na Europa

#274 Mensagem por Wingate » Sex Dez 13, 2013 12:40 am

Bourne escreveu:
Ucrânia apresenta o seu preço para a UE: 20 mil milhões de euros

Fonte: http://www.publico.pt/mundo/noticia/ucr ... os-1615892

REUTERS e AFP 11/12/2013 - 13:10 (actualizado às 15:55)
Porta-voz da Comissão recusa renegociar acordo e diz que a UE não vai entrar em "leilão".


O primeiro-ministro Mikola Azarov cumprimenta os deputados numa sessão do Parlamento GLEB GARANICH/REUTERS

A Ucrânia quer 20 mil milhões de euros em ajuda da União Europeia em troca da assinatura de um acordo de comércio e cooperação, disse o primeiro-ministro, Mikola Azarov, na quarta-feira. A União Europeia já rejeitou.

Numa reunião de Governo, enquanto milhares protestavam em Kiev depois da decisão do Executivo não assinar o acordo, Azarov pediu à UE que considerasse a posição da indústria ucraniana. Disse que os 28 deveriam juntar-se ao seu país em projectos mutuamente lucrativos na antiga república soviética de 46 milhões de pessoas, que ainda está dependente de produção de aço e produtos químicos da era soviética.

Em vez de assinar o acordo com a UE no mês passado, uma acção que significaria um afastamento simbólico de Moscovo, a Ucrânia decidiu construir laços económicos com a Rússia, levando a protestos de manifestantes que querem a saída do Presidente, Viktor Ianukovich.

“Sugerimos que a União Europeia invista em projectos mutuamente lucrativos como a modernização e desenvolvimento de corredores de transporte europeus, e a criação de um novo corredor para o Cáucaso", disse. “Agora os responsáveis europeus olham para os protestos em Maidan [Praça da Independência, na capital] e não estão a apressar-se a considerar estes projectos e questões sobre a dimensão da ajuda. E quem beneficiaria destes protestos: responsáveis europeus ou o povo ucraniano, que precisa urgentemente de ajuda económica e financeira?”

A crise política juntou-se às dificuldades de um país à beira da bancarrota. Mas a Ucrânia também não se juntou a uma união a que a Rússia a está a tentar formar. A Ucrânia deve agora cerca de 4 mil milhões de dólares (cerca de 2,9 mil milhões de euros) em gás e pagamentos de dívida nos primeiros três meses de 2014, e depois disso poderá ter dificuldade em pagar custos crescentes por causa de reservas que estão a diminuir.

Para o primeiro-ministro, 20 mil milhões iriam ajudar a economia europeia a adaptar-se a uma integração maior com a União Europeia e compensaria as potenciais perdas no mercado russo.

Ianukovich diz que a Ucrânia precisa de 20 mil milhões de dólares (cerca de 14,5 mil milhões de euros) por ano até 2017, e de uma soma total de 160 mil milhões de dólares (mais de 115 mil milhões de euros). A UE deixou de lado 610 milhões de euros do que chama assistência para a Ucrânia depois de esta ter deixado suspenso um acordo com o Fundo Monetário Internacional, que deixou de dar crédito ao país por este não conseguir pôr em prática reformas necessárias.

No mês passado, em comentários a uma televisão local, o Presidente classificou esta quantia como “humilhante” . “Não estamos a esperar nem a pedir que nos dêem uma prenda ou que nos compensem, nem estamos a falar da União Europeia nos dar o apoio técnico necessário para que a nossa indústria cresça e atinja padrões europeus”, disse. “Estamos a falar do envolvimento em projectos grandes, com proveito mútuo, que têm criado novos empregos nas nossas empresas nos últimos anos.”

A União Europeia tem uma visão diferente: "Estes acordos são bons para a prosperidade da Ucrânia. Não vamos brincar com os números. A prosperidade da Ucrânia não pode ser objecto de ofertas de leilão onde o melhor ganha o prémio", declarou um porta-voz da Comissão Europeia, Olivier Bailly, numa conferência de imprensa.

A UE sublinha que o acordo recusado por Kiev "continua em cima da mesa" e que está pronta a "pô-lo em prática", mas não a "reabrir as negociações".
Uma mixaria para o Reich. Isso a Merkel tem de no limite do cartão de crédito.
O problema é que um certo urso tem uma tradicional fome por terras a oeste e é muito cioso de seu território.... :|

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Re: ascensão das tensões na Europa

#275 Mensagem por hades767676 » Dom Dez 15, 2013 5:00 pm

Presidente ucraniano está brincando com a UE, ora diz que vai assinar e ora diz que não. Como ele não quer perder a UE nem a Rússia, fica com joguetes. Mas brinca só com Bruxelas, já que sabe que não é recomendado brincar com o Kremlin.




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Re: ascensão das tensões na Europa

#276 Mensagem por Sterrius » Dom Dez 15, 2013 5:42 pm

Presidente ucraniano está brincando com a UE, ora diz que vai assinar e ora diz que não. Como ele não quer perder a UE nem a Rússia, fica com joguetes. Mas brinca só com Bruxelas, já que sabe que não é recomendado brincar com o Kremlin.


Qualquer país faria o mesmo. Jogar 1 contra o outro e obter o melhor preço possível. A um risco de falha e vc blefar demais mas quando da certo costuma ter boas recompensas e valer o risco.

Até pq a Ukrania está decidindo suas próximas décadas de geopolítica e não um acordo qualquer que que sumirá do coletivo em 5 anos.

E se ele quer mesmo ir pra russia ele precisa cozinhar a oposição do país. Pra dar tempo dos apoiadores (Que compoem 40% do país) possam se mobilizar. Como se mobilizaram ontem na praça fazendo um protesto rival ao pro UE.




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Re: ascensão das tensões na Europa

#277 Mensagem por Wingate » Dom Dez 15, 2013 6:30 pm

hades767676 escreveu:Presidente ucraniano está brincando com a UE, ora diz que vai assinar e ora diz que não. Como ele não quer perder a UE nem a Rússia, fica com joguetes. Mas brinca só com Bruxelas, já que sabe que não é recomendado brincar com o Kremlin.
É como diz o velho provérbio..."Passarinho que come pedra....". :wink:

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Re: ascensão das tensões na Europa

#278 Mensagem por FCarvalho » Sex Jan 31, 2014 1:31 pm

Este texto relativamente antigo, mas dá bema dimensão da complicada realidade das fronteiras da Europa Oriental, e das consequências de uma má resolução, ou, de um passo em falso na direção "errada".

ALARGAMENTO:
A UE alarga-se sorrateiramente
16 agosto 2010 LE FIGARO PARIS

Um funcionário da alfândega romena no posto de controlo de Sculeni, na fronteira com a Moldávia.Um funcionário da alfândega romena no posto de controlo de Sculeni, na fronteira com a Moldávia.
AFP
São moldavos, macedónios, sérvios, ucranianos, turcos. Graças à política de vistos de certos países fronteiriços da União, conseguem passaporte europeu. E estamos apenas no início.

Arielle Thedrel
Sujeita a uma pressão migratória indesmentível e a opiniões públicas assombradas pela síndrome da invasão, a União Europeia teria dispensado perfeitamente as iniciativas de três dos seus novos membros. A Hungria, a Roménia e a Bulgária, mandatadas por Bruxelas para proteger as fronteiras orientais da UE, resolveram transgredir um pouco a sua missão, decidindo abrir as portas da fortaleza europeia. Cinco milhões de moldavos, macedónios, sérvios, ucranianos e turcos já tiveram ou vão ter a possibilidade de adquirir um passaporte europeu legal. A história e as suas injustiças permitem-lhes tomar caminhos enviesados. Um presente inesperado, de que os dirigentes húngaros, romenos e búlgaros esperam secretamente tirar dividendos políticos. Pondo muitos dentes a ranger nas capitais da velha Europa.

O texto adotado em 26 de maio passado pelo Parlamento húngaro, instigado pelo primeiro-ministro de direita, Viktor Orban, com o apoio da extrema-direita, soa a vingança. Ou provocação. A Hungria nunca se recompôs do traumatismo infligido pelo Tratado de Trianon. Assinado em 4 de junho de 1920, amputou-lhe dois terços do território e metade da população.

A lei da dupla nacionalidade abrange 3,5 milhões de pessoas e entrará em vigor em janeiro próximo. Oferecerá as chaves do Eldorado europeu a cerca de 300 mil sérvios de origem húngara radicados na província autónoma da Voivodina e a 150 mil ucranianos pertencentes à minoria húngara. E contribui também para semear o mal-estar com dois outros Estados-membros da UE: 1,4 milhões de magiares vivem na Roménia e 520 mil húngaros na Eslováquia (ou seja, 10% da população deste país). As autoridades eslovacas não gostaram nada da iniciativa. Como represália, o Parlamento de Bratislava adotou uma lei que estipula que quem optar pela nacionalidade húngara perde no mesmo instante a nacionalidade eslovaca.

Laços de sangue

Prudentes, as autoridades romenas não desejam, por seu lado, atiçar os ânimos. Primeiro, porque uma parte da minoria húngara da Transilvânia sonha, às vezes em voz alta, com a autonomia para a “Terra dos Sículas”. Além disso, Bucareste tem dificuldade em criticar a Hungria depois de ter feito o mesmo que ela.

Com efeito, em abril de 2009, Traian Basescu decidiu atribuir a cidadania romena aos moldavos que a desejem e que possam provar a sua ascendência. “Os laços de sangue tornam nossa obrigação apoiá-los”, declarou o Presidente romeno, para justificar a sua decisão. A Moldávia tem uma história complicada. Foi criada por Estaline, a partir de um território que pertencia à ex-URSS e à Bessarábia – que foi uma província romena de 1918 a 1940 e, depois, de 1941 a 1944. Dois terços dos moldavos expressam-se em romeno e um terço são russófonos. Com cerca de quatro milhões de habitantes, é um pequeno país carenciado e muito pobre. Um terço da sua população ativa tem de emigrar para arranjar trabalho, em geral clandestinamente.

Este abrir de portas miraculoso pode ter um efeito perverso para a UE, nomeadamente a desintegração desse frágil Estado em plena crise de identidade, que há muito levantava dúvidas sobre a sua viabilidade. Cerca de 120 mil moldavos têm já passaporte romeno, outros 800 mil apresentaram o pedido e tudo leva a crer que esse número pode aumentar. Aliás, Bucareste abriu, com dinheiro da UE, dois novos consulados nas cidades de Balti e de Cahul.

Refugiados búlgaros na Turquia

À semelhança da Hungria, a Bulgária facilitou os procedimentos de aquisição de nacionalidade búlgara aos cerca de 2,5 milhões de búlgaros de cepa que vivem no estrangeiro. Encontram-se dispersos pela Ucrânia, Moldávia, Albânia e Grécia, mas sobretudo na Macedónia e Turquia. Cerca de 1,4 milhões de macedónios (ou seja, três quartos da população) podem vir a beneficiar de um passaporte europeu. Segundo certos historiadores, a Macedónia constitui um dos patamares da nação búlgara. A língua macedónia não é mais do que um dialeto búlgaro.

Sófia preocupa-se também com os pomaques, búlgaros islamizados durante a ocupação otomana. Esta minoria, calculada em 900 mil pessoas antes da queda do comunismo, foi vítima de uma política de assimilação forçada, que culminou no final dos anos 1980. Cerca de 350 mil pomaques refugiaram-se na Turquia e não teriam, assim, de esperar por uma eventual adesão de Ancara, para obterem passaporte europeu.

http://www.presseurop.eu/pt/content/art ... teiramente




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Re: ascensão das tensões na Europa

#279 Mensagem por FCarvalho » Sex Fev 07, 2014 11:20 pm

Não é na democrática Alemanha que seria proibido qualquer tipo de manifestação político-ideológica de cunho nazista? :roll:
E se é, parece não estar surtindo muito efeito.
Ou então os alemães estão precisando fazer um estágio aqui no Brasil de como "remendar" seus presos nos presídios...

07 de Fevereiro de 2014•16h35

Alemanha contabiliza mais de 11 mil delitos de extrema direita em 2013
Só no ano passado, foram cometidos 788 crimes por motivos de antissemitismo, 753 deles relacionados com movimentos neonazistas

A Alemanha registrou no ano passado 11.761 delitos de extrema direita, entre os quais foram contabilizados 574 ataques que deixaram um saldo de 561 feridos, segundo publicou nesta sexta-feira o jornal alemão Tagesspiegel.

De acordo com a publicação, a polícia averiguou por este motivo mais de 5.600 suspeitos e efetuou 126 detenções sob acusação de ter cometido delitos relacionados com a extrema direita, embora só tenham sido produzidas 11 sentenças de prisão.

saiba mais
Justiça ordena prisão de dois deputados neonazistas na Grécia
Papa pede luta contra intolerância, antissemitismo e racismo
Alemanha: oficial nazista de 92 anos morre cumprindo prisão perpétua
Candidato na Alemanha, brasileiro é alvo de campanha de partido neonazista
Segundo cálculos do Tagesspiegel, baseados em um relatório governamental realizado em resposta às perguntas da deputada da Esquerda, Petra Pau, em 2013 ocorreram 788 crimes por motivos de antissemitismo, incluindo 32 agressões físicas.

Destes casos, 753 estiveram relacionados com movimentos neonazistas, enquanto só um foi protagonizado por membros de organizações extrema esquerda.

Segundo a mesma publicação, o número de membros de agrupamentos neonazistas caiu no último ano, embora os registros sejam de cerca de 22 mil seguidores. No entanto, este dado tem uma tendência decrescente dos últimos anos, desde que em 2008 foram registrados 30 mil membros filiados aos movimentos inspirados em ideologia neonazista.

http://noticias.terra.com.br/mundo/euro ... aRCRD.html




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Re: ascensão das tensões na Europa

#280 Mensagem por FCarvalho » Sex Fev 07, 2014 11:28 pm

Mais uma da Alemanha. 8-]

19 de Setembro de 2013•14h51 •atualizado em 20 de Setembro de 2013 às 12h25

Candidato na Alemanha, brasileiro é alvo de campanha de partido neonazista
Candidato nas eleições alemãs pelos Piratas de Berlim, gaúcho recebeu bilhete aéreo fictício só de ida e pedido para "voltar para casa"

Tristeza. Foi esse o primeiro sentimento do brasileiro com cidadania alemã Fabricio do Canto quando ele recebeu aquele "bilhete aéreo" só de ida. O candidato dos Piratas em Berlim nas eleições parlamentares alemãs já havia ouvido falar da campanha do ultradireitista Partido Nacional Democrático da Alemanha (NPD), que tem provocado indignação no país, mas não sabia que estava na "lista negra" dos xenófobos.

A poucos dias da votação deste domingo, o diretório regional berlinense do NPD enviou passagens de avião fictícias só de ida para políticos com raízes estrangeiras. Nela, pedia que voltassem "para casa".

Nesta semana, depois de membros dos Verdes e do partido A Esquerda, também chegou a vez também do gaúcho, que mora desde 2010 em Berlim, mas que vive na Alemanha desde 1994, com temporadas no Brasil e na Ásia. "Após o primeiro momento, já comecei a ficar preocupado", reconheceu o gaúcho, de 42 anos, em entrevista à Deutsche Welle.

Apoio a imigrantes
Além de estar iniciando carreira política, Fabricio trabalha voluntariamente em Berlim no apoio a imigrantes recém-chegados ao país. O brasileiro está não só aflito por causa de sua própria segurança e a de sua mulher, indiana, e seus três filhos.

"Estou mais empenhado agora também em defender as pessoas que estão chegando e em lutar para que os próprios nativos desse país sejam melhor educados", afirma. Ele diz ser necessário mais investimento em educação e esclarecimento, para coisas parecidas deixarem de acontecer.

Após receber a carta, Fabricio deu queixa à polícia e passou a ficar mais cauteloso, temendo ser vítima de um atentado racista. "Um colega meu, que trabalha no apoio a asilados, já chegou a levar um soco ao sair de casa. Foi xingado e ficou com os óculos quebrados", lembra. "Agora, tenho que pensar duas vezes antes de sair para passear de bicicleta ou fazer um passeio com a família."

Assim como o brasileiro, o candidato do Partido Verde Özcan Mutlu recebeu o "convite" do NPD e também registrou queixa junto às autoridades policiais. "As ameaças como essas são antidemocráticas e não devem ficar sem resposta", sublinhou Mutlu.

As passagens aéreas fictícias, enviadas pelo escritório regional do NPD de Berlim, são rotuladas como da RückflugAirlines ("aerolíneas voo de volta") e são "one way (só de ida) para casa". Ela especifica o destino como "país de origem " e a data do voo como "imediatamente". Mais abaixo, a cédula traz a frase: "Esperamos que o senhor tenha tido uma estada agradável na Alemanha e desejamos um bom voo de retorno".

Uma carta acompanha o "bilhete", assinada pelo membro do partido em Berlim Jan Sturm, acusando políticos de raízes estrangeiras de tentarem "influenciar politicamente os alemães étnicos".

Série de controvérsias
O NPD tem uma longa lista de controversas campanhas xenófobas. No mês passado, a agremiação causou discussão novamente, após alguns de seus membros terem protestado agressivamente contra um novo centro de refugiados políticos em Berlim. O lugar abriga principalmente famílias de regiões afetadas pela guerra, como Afeganistão e Síria, assim como Sérvia.

Brasileiro recebeu passagem fictícia "só de ida" de partido de ultra-direita alemão Foto: Metalvlate Berlin / Deutsche Welle
Brasileiro recebeu passagem fictícia "só de ida" de partido de ultra-direita alemão
Foto: Metalvlate Berlin / Deutsche Welle
Até agora nenhum partido de extrema direita conseguiu chegar à marca dos 5% de votos para entrar no Parlamento da Alemanha. Entretanto, o NPD está representado nas assembleias legislativas de dois Estados, Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental e Saxônia.

A proibição da legenda vem sendo discutida há anos. Uma primeira tentativa de proibição do NPD fracassou em 2003, mas por razões formais, no Tribunal Federal Constitucional alemão. Os juízes duvidaram da credibilidade das provas, porque grande parte do material provinha de altos funcionários do NPD, os quais eram ao mesmo tempo informantes do Departamento de Proteção à Constituição da Alemanha.

http://noticias.terra.com.br/mundo/euro ... aRCRD.html




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Re: ascensão das tensões na Europa

#281 Mensagem por Bourne » Sex Fev 07, 2014 11:36 pm

Isso é antigo. Tinha postado em 2013 direto do DW.

Interessante como são tratados essa minoria "neonazistas". Ser nazista na Alemanha é crime. O partido só existe por que ainda não conseguiram provas de que realmente são nazista. Por outro lado são insignificantes na política alemã.




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Re: ascensão das tensões na Europa

#282 Mensagem por FCarvalho » Sex Fev 07, 2014 11:37 pm

03 de Dezembro de 2013•18h43

Partido de extrema-direita pode se tornar ilegal na Alemanha
Manifestação de simpatizantes do NPD em maio de 2013 em Berlim Foto: Reuters
Manifestação de simpatizantes do NPD em maio de 2013 em Berlim
Foto: Reuters

O ultradireitista Partido Nacional Democrático (NPD), principal partido desse espectro político, enfrenta desde esta terça-feira um processo de ilegalização, amparado pelas semelhanças ideológicas com o nazismo.

Com apenas seis mil militantes, fundos públicos bloqueados por causa de irregularidades contábeis e com resultados eleitorais mínimos (1,3% nas eleições gerais de setembro), o NPD mantém, segundo seus críticos, afinidade com as ideias de Adolf Hitler.

Assim é apresentado no processo apresentado hoje no Tribunal Constitucional (TC) do Senado, dez anos depois do fracasso de um primeiro processo, então apoiado pela Câmarados Deputados e pelo governo federal. Os "Länder" (Estados federados) apoiaram a reivindicação apontando pontos do programa do NPD, como os que defendem a tese de "Alemanha para os alemães" e o que "lamenta" a estrangeirização do país atribuída à imigração.

A isso se unem declarações xenófobas e antissemitas em comícios ou atos semiclandestinos de seus membros, muitos dos quais têm um amplo histórico criminal por negação do Holocausto - crime passível de prisão na Alemanha - agitação e atos violentos.

Ameaça à democracia

O processo considera que tanto sua ideologia como sua militância atentam contra os princípios de um Estado democrático, perseguem metas anticonstitucionais e defendem, em suas revistas ou comícios, questões como a deportação forçada de estrangeiros.

O NP representa a versão mais agressiva da xenofobia e sua militância se estende por todas as camadas sociais e em todo o país, embora publicamente estejam mais presentes na metade leste da Alemanha, onde o desemprego é quase o dobro do resto do país.

Os "Länder" optaram por lançar esta segunda iniciativa após o escândalo em torno de Clandestinidade Nacionalsocialista (NSU), uma célula integrada por três neonazistas que durante uma década assassinou impunemente nove imigrantes em vários pontos do país.

A existência dessa facção foi descoberta em 2011 por causa do suicídio de dois de seus membros - encurralados pela polícia após um ataque, ao que seguiu um processo por terrorismo contra a sobrevivente do grupo, Beate Zschäpe.

Terrorismo
Pela primeira vez na Alemanha moderna se aplicou o termo terrorismo à extrema-direita em um caso manchado pelas múltiplas negligências na investigação policial, que também revelou luz os vínculos do NPD com este e outros grupos.

O NPD sofre de uma queda de militância há anos, e o mesmo acontece com a irmanada União do Povo Alemão (DVU), enquanto proliferam outras 200 "camaradagens" ou organizações locais, com 25 mil militantes catalogados como potencialmente violentos.

O propósito dos estados federados é afogar financeiramente o NPD, que apesar de nunca ter obtido nunca cadeiras no Bundestag, recebe financiamento público pelos postos que tem em duas câmaras regionais e mais algumas municipais.

Há algumas semanas esses fundos foram bloqueados por falta de pagamento de multas, mas só uma ilegalização será o sufocamento definitivo ao financiamento público de um partido cuja mera existência envergonha à Alemanha.

Os "Länder" fundamentam a ação nos paralelismos do NPD com o partido nazista, cujo sucessor, o SRP, foi ilegalizado na década de 50. Este é o único precedente de ilegalização de um partido na República Federal da Alemanha (Alemanha), além da do Partido Comunista da Alemanha (KPD) no pós-guerra.

O risco de fracasso inibiu tanto o Bundestag como o governo de Angela Merkel de respaldar a reivindicação do Bundesrat. A chanceler adotou esta decisão na legislatura passada, à frente de uma coalizão de centro-direita, e não se espera uma mudança na próxima, previsivelmente com os social-democratas. Apesar disso, seu Executivo expressou seu desejo de que prospere o requerimento no Tribunal, único órgão na Alemanha que pode proibir a existência de um partido em escala nacional.

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Re: ascensão das tensões na Europa

#283 Mensagem por cabeça de martelo » Sáb Fev 08, 2014 9:05 am

Tanto na Alemanha como em Portugal é proibido haver partidos de extrema-direita, já os de extrema-esquerda são mais do que às mães e são legais. :roll:

Ambos os lados defendem uma ditadura, mas depois só uma das partes é ilegal. Dizer que é cinismo é pouco!




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

O insulto é a arma dos fracos...

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Re: ascensão das tensões na Europa

#284 Mensagem por FCarvalho » Sáb Fev 08, 2014 9:37 am

Pra ser sincero, eu tenho muito mais receio daqueles partidos que se dizem de centro, do que assumidamente se dizem ser de esquerda, direita, meio de campo, zaga ou na lateral.

Para mim, nenhum deles é bom para qualquer país. Mas como não podemos nos ver livres deles todos, fiquemos então com os que menos nos causam mal.

abs.




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Re: ascensão das tensões na Europa

#285 Mensagem por suntsé » Sáb Fev 08, 2014 11:41 am

cabeça de martelo escreveu:Tanto na Alemanha como em Portugal é proibido haver partidos de extrema-direita, já os de extrema-esquerda são mais do que às mães e são legais. :roll:

Ambos os lados defendem uma ditadura, mas depois só uma das partes é ilegal. Dizer que é cinismo é pouco!
Mas estes partido de extrema direita tem que ser reprimidos mesmo. Ser nacionalista é uma coisa, mas ser um retardado de estrema-direita que acredita no etino-centrismo é outra coisa totalmente diferente. Vários países da Europa já sofreram muito com o racismo e ideologias próximas do nazismo, vide a Iugoslávia que deixou de existir em uma guerra civil tenebrosa.

Os erros de uns não significam tolerar os erros de outros.




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