Irã tem como se defender de Israel?
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- romeo
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Re: Irã tem como se defender de Israel?
pt escreveu:O problema na questão entre os religiosos iranianos e Israel, resulta de que Israel nunca colocou em causa o direito de existir do estado Persa, enquanto que o regime religioso iraniano, por várias vezes afirmou que pretende remover Israel da face da terra.
Dar aos aiatolás as armas que lhe permitem cumprir a ameaça, é a mesma coisa dar uma pistola a um vizinho que ameaçou matar o outro.
Eu... Por exemplo... Estou cheio da roubalheira descarada de quadrilhas de marginais abrigados sob a bandeira do PT no Brasil...
Como gosta de dizer o Lula... Nunca antes ( acrescento: se roubou tanto ) neste país...
Acho que esses FDP tem que ser colocados do "paredon" e exterminados... Acho mesmo !
Mas algum vermelho ( por conveniência ou inocência ) pode dizer que eu estou pregando uma nova revolução de direita, bla, bla, bla...
Esquerda / direita é o escambau... O problema é a roubalheira sem fim.
Mas voltando ao tópico... Esta mesma distorção ( confundindo revolta contra o roubo com revolta de direita ) do exemplo se percebe no discurso dos que defendem a continuação da política do governo de Israel.
Se vc reler o discurso citado acima neste tópico pelo Rodrigo, vai ver que a expressão usada pelo presidente do Irã foi : "Remover o regime sionista..."
Também acho... É de bom alvitre remover esta vertente política ( sionismo ) radicalmente agressiva do governo de Israel, assim como devem ser removidos os radicais descaradamente corruptos do PT do governo brasileiro, que já macularam todas as nossas instituições, e manda-los para o lixo da história.
Por conveniência de argumentação se embaralha com " Remover Israel ".... Paciência.
- FOXTROT
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Re: Irã tem como se defender de Israel?
Aproximação EUA - Irã causando calafrios nos sionistas, o PM soltou o verbo com essas anedotas de lobos que se fazem passar por cordeiros, perseguição na II WW e por fim, "estamos prontos e podemos atacar sozinhos".
Hoje em nível mundial, o PM sionista é uma das figuras mais desacreditadas, Israel se exilou por culpa dos seus governantes!
Saudações
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- rodrigo
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Re: Irã tem como se defender de Israel?
O projeto Daniel foi completamente colocado em prática.
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
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Re: Irã tem como se defender de Israel?
rodrigo escreveu:O projeto Daniel foi completamente colocado em prática.
- rodrigo
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Re: Irã tem como se defender de Israel?
Eu não sei as datas corretamente, mas aproximadamente a 10 anos atrás, o governo israelense montou uma comissão mista, militar/acadêmica, para analisar quais seriam as hipóteses de conflito no médio prazo, e em quais cenários Israel poderia ser derrotado de forma convencional. A conclusão foi de que apenas uma ampla aliança árabe, apoiada por um fornecedor de armamento externo (1973??), poderia derrotar Israel. Nas conclusões e sugestões de como evitar isso, era necessária uma constante instabilidade dos vizinhos. O que vemos atualmente? Egito, Iraque e Síria estão fora do jogo por décadas, Jordânia e Turquia são aliados norte americanos, e o Irã vive sob embargo, constante pressão e ameaça de ataques.prp escreveu:rodrigo escreveu:O projeto Daniel foi completamente colocado em prática.
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Re: Irã tem como se defender de Israel?
Israel Air Force holds long-range drill over Mediterranean
Exercises over Greek waters included air-to-air refueling and dogfights against foreign combat planes, Israeli army says. Reports on army and air force sites hint it was related to Iran.
Israeli Air Force fighter squadrons have carried out exercises testing their capability to conduct missions at long ranges from base, the Israeli military said Thursday. The drills included air-to-air refueling and dogfights against foreign combat planes.
A report on New Greek TV last Friday, citing the Hellenic Air Force, said the Greek air force took part in the exercises "under a joint military cooperation program."
The drill, with the participation of Israeli F-15s and F-16s and Greek aircraft and naval units, will be carried out in the western Peloponnese and the Myrtoon Pelagos on October 8-9, the report said.
The drill was also reported on the Israel Defense Forces and IAF websites, which hinted that it was related to Iran. In five days, Iran and the so-called P5+1 countries begin talks in Geneva about Tehran’s nuclear program. Prime Minister Benjamin Netanyahu embarked on a series of interviews with European media Thursday, in which he urged to mobilize European public opinion against easing sanctions on Iran.
"All options on the table implies military options as well," the sites said.
"The Israel Air Force, known as the IDF’s 'long arm,' plays a central role in carrying out Israel’s military option if necessary. For this reason, the squadron is exercising and strengthening its range of capabilities through long-range flights as well as other exercises. The IAF must develop these capabilities as appropriate -- whether for focused missions or broad operations," they said.
"During the flight the teams practiced aerial refueling and examined the capability to fly long distances" the site says, without mentioning where the drill is being held.
A film clip on the IAF site shows several F-16I planes that have resumed flying only some two months ago, after being grounded following a plane crash opposite the Gaza shore. In the clip, the planes are being refueled in the air by Boeing 707 Reem tankers.
The IDF blog said the drill was similar to others conducted in recent years to examine "all aspects of a given situation, from its planning stages to the flight itself. This includes mid-flight refueling and the management of the air force control center."
The blog cites a squadron commander who participated in the drill. "Challenges stemming from these long-range flights continue as the plane moves further from its point of origin. These challenges include difficult weather conditions, unfamiliar terrain and threats that could emerge during the flight," he said.
Pilots participating in the exercise said long-range flying demands several hours of concentration and exceptional physical preparation.
The Iranian site PressTV also carried a report of the joint Israeli-Greek drills on Sunday, citing the Greek Hellenic Air Force.
http://www.haaretz.com/news/diplomacy-defense/1.551822
Exercises over Greek waters included air-to-air refueling and dogfights against foreign combat planes, Israeli army says. Reports on army and air force sites hint it was related to Iran.
Israeli Air Force fighter squadrons have carried out exercises testing their capability to conduct missions at long ranges from base, the Israeli military said Thursday. The drills included air-to-air refueling and dogfights against foreign combat planes.
A report on New Greek TV last Friday, citing the Hellenic Air Force, said the Greek air force took part in the exercises "under a joint military cooperation program."
The drill, with the participation of Israeli F-15s and F-16s and Greek aircraft and naval units, will be carried out in the western Peloponnese and the Myrtoon Pelagos on October 8-9, the report said.
The drill was also reported on the Israel Defense Forces and IAF websites, which hinted that it was related to Iran. In five days, Iran and the so-called P5+1 countries begin talks in Geneva about Tehran’s nuclear program. Prime Minister Benjamin Netanyahu embarked on a series of interviews with European media Thursday, in which he urged to mobilize European public opinion against easing sanctions on Iran.
"All options on the table implies military options as well," the sites said.
"The Israel Air Force, known as the IDF’s 'long arm,' plays a central role in carrying out Israel’s military option if necessary. For this reason, the squadron is exercising and strengthening its range of capabilities through long-range flights as well as other exercises. The IAF must develop these capabilities as appropriate -- whether for focused missions or broad operations," they said.
"During the flight the teams practiced aerial refueling and examined the capability to fly long distances" the site says, without mentioning where the drill is being held.
A film clip on the IAF site shows several F-16I planes that have resumed flying only some two months ago, after being grounded following a plane crash opposite the Gaza shore. In the clip, the planes are being refueled in the air by Boeing 707 Reem tankers.
The IDF blog said the drill was similar to others conducted in recent years to examine "all aspects of a given situation, from its planning stages to the flight itself. This includes mid-flight refueling and the management of the air force control center."
The blog cites a squadron commander who participated in the drill. "Challenges stemming from these long-range flights continue as the plane moves further from its point of origin. These challenges include difficult weather conditions, unfamiliar terrain and threats that could emerge during the flight," he said.
Pilots participating in the exercise said long-range flying demands several hours of concentration and exceptional physical preparation.
The Iranian site PressTV also carried a report of the joint Israeli-Greek drills on Sunday, citing the Greek Hellenic Air Force.
http://www.haaretz.com/news/diplomacy-defense/1.551822
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Re: Irã tem como se defender de Israel?
IRGC denies developing ICBM
Iran's Islamic Revolution Guards Corps (IRGC) has released a statement refuting media reports that cited the commander of its aerospace division as saying his forces have missiles with a range of 12,000 km.
The 12 October statement said Brigadier General Amir Ali Hajizadeh actually said: "At present, the range of our long-range missiles is 2,000 km." He added that there was no point committing resources to the development of a longer-range missile because "our enemies are within this range".
Iranian officials say that its Shahab-3 liquid-fuel and Sejil (also spelt Sejjil or Sajil) solid-fuel ballistic missiles have a range of 2,000 km that can be used to target Israel.
Nevertheless, there have been signs that Iran is working on a missile that is capable of targeting the United States. The unclassified version of the annual report on Iranian military power that the US Department of Defense submitted to Congress in 2012 noted that "Iran may be technically capable of flight-testing an intercontinental ballistic missile [ICBM] by 2015".
Indeed, there have been signs that Iran has continued to work on new missiles after the Sejil tests in November 2008 and May 2009.
For example, satellite imagery previously published by IHS Jane's showed a surge of activity at the Bid Ganeh missile development facility from 2009 until it was largely destroyed by an explosion on 12 November 2011.
More recently, IHS Jane's revealed in August that Iran has invested significant resources into building a new facility near the city of Shahrud that could be used to test longer-range, solid-fuel missiles.
http://www.janes.com/article/28404/irgc ... oping-icbm
Iran's Islamic Revolution Guards Corps (IRGC) has released a statement refuting media reports that cited the commander of its aerospace division as saying his forces have missiles with a range of 12,000 km.
The 12 October statement said Brigadier General Amir Ali Hajizadeh actually said: "At present, the range of our long-range missiles is 2,000 km." He added that there was no point committing resources to the development of a longer-range missile because "our enemies are within this range".
Iranian officials say that its Shahab-3 liquid-fuel and Sejil (also spelt Sejjil or Sajil) solid-fuel ballistic missiles have a range of 2,000 km that can be used to target Israel.
Nevertheless, there have been signs that Iran is working on a missile that is capable of targeting the United States. The unclassified version of the annual report on Iranian military power that the US Department of Defense submitted to Congress in 2012 noted that "Iran may be technically capable of flight-testing an intercontinental ballistic missile [ICBM] by 2015".
Indeed, there have been signs that Iran has continued to work on new missiles after the Sejil tests in November 2008 and May 2009.
For example, satellite imagery previously published by IHS Jane's showed a surge of activity at the Bid Ganeh missile development facility from 2009 until it was largely destroyed by an explosion on 12 November 2011.
More recently, IHS Jane's revealed in August that Iran has invested significant resources into building a new facility near the city of Shahrud that could be used to test longer-range, solid-fuel missiles.
http://www.janes.com/article/28404/irgc ... oping-icbm
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Re: Irã tem como se defender de Israel?
INTERNACIONAL
O ESTADO DE S. PAULO 17/10/2013
Irã aceita inspeção-surpresa a usinas nucleares e EUA indicam apoiar plano
Casa Branca qualifica negociação em Genebra como ‘a mais séria e franca’ já realizada com Teerã
sobre seu programa atômico, elevando otimismo sobre fim de impasse em até 1 ano
Jamil Chade, correspondente em Genebra
GENEBRA - O Irã aceitou na quarta-feira, 16, que inspeções-surpresa sejam feitas em suas
usinas nucleares em troca da suspensão das sanções econômicas ao país. A oferta foi bem recebida
pelas potências reunidas em Genebra para uma negociação que a Casa Branca qualificou como "a mais
séria e franca" já realizada com Teerã sobre seu programa atômico. As partes voltarão a se encontrar
nos dias 7 e 8 de novembro.
No encontro, Irã e o grupo P5+1 (China, EUA, Alemanha, França, Grã-Bretanha e Rússia)
anunciaram os próximos passos. Na prática, ao conseguirem pela primeira vez emitir um comunicado
final conjunto, os dois lados abriram caminho para um acordo.
A meta é conseguir garantias que impeçam que o Irã possa caminhar para uma bomba atômica.
Não por acaso, o encontro era visto como um teste da capacidade do Irã de traduzir em realidade o
discurso moderado de Hassan Rohani. A mudança de tom era visível em todas as delegações, com um
comunicado final confirmando que o pacote apresentado pelos iranianos era "uma importante
contribuição" que passaria a ser considerada.
Num sinal de que as concessões foram bem recebidas, a chefe da diplomacia europeia,
Catherine Ashton, anunciou que técnicos continuarão a debater os pontos do acordo. Segundo ela, os
iranianos apresentaram uma "base para a negociação". Ela insistiu que o debate foi "substantivo e
olhando ao futuro". "Esse foi certamente o debate mais detalhado que jamais tivemos", disse.
Uma alta funcionária do governo americano, falando sob condição de anonimato, confirmou o
tom de "otimismo cauteloso". "Nunca tive uma conversa tão intensa, detalhada, direta e cândida com a
delegação iraniana", disse. No entanto, ela criticou o fato de que partes substanciais do projeto ainda são
"vagas". O americanos esperam que, nas próximas semanas, esses detalhes sejam esclarecidos.
Oficialmente, a ordem de todas as delegações é a de não revelar detalhes do projeto. Ainda
assim, diversos pontos acabaram vazando durante o dia. O primeiro é a possibilidade de que, no último
estágio de um acordo, o Irã permita que suas instalações sejam inspecionadas sem aviso prévio -
mesmo locais não listados na Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
O chanceler Mohamed Javad Zarif indicou que isso não significará que o Irã vá aderir a novos
protocolos da AIEA antes do fim do processo. "Houve uma séria barganha e um processo de dar e
receber", disse.
Outro ponto substancial é a redução do número de centrífugas em funcionamento, o que
reduziria o ritmo de enriquecimento de urânio no Irã. Hoje, existem 19 mil máquinas instaladas no país,
ainda que apenas metade esteja funcionando.
No pacote, Teerã ainda aceitou a possibilidade de congelar as atividades de enriquecimento em
20% e converter parte do estoques em óxido de urânio. "Nenhuma dessas medidas ocorreria na primeira
etapa do acordo, mas no fim", disse Abbas Araqchi, vice-chanceler.
Zarif deixou claro que não está sobre a mesa a renúncia ao programa nuclear e todas as ofertas
dependeriam de como as sanções serão retiradas. Outra exigência seria o reconhecimento de que o Irã
tem direito a energia nuclear para fins pacíficos. "Insistimos em nossos direitos e não vamos abrir mão
deles", disse.
O ESTADO DE S. PAULO 17/10/2013
Irã aceita inspeção-surpresa a usinas nucleares e EUA indicam apoiar plano
Casa Branca qualifica negociação em Genebra como ‘a mais séria e franca’ já realizada com Teerã
sobre seu programa atômico, elevando otimismo sobre fim de impasse em até 1 ano
Jamil Chade, correspondente em Genebra
GENEBRA - O Irã aceitou na quarta-feira, 16, que inspeções-surpresa sejam feitas em suas
usinas nucleares em troca da suspensão das sanções econômicas ao país. A oferta foi bem recebida
pelas potências reunidas em Genebra para uma negociação que a Casa Branca qualificou como "a mais
séria e franca" já realizada com Teerã sobre seu programa atômico. As partes voltarão a se encontrar
nos dias 7 e 8 de novembro.
No encontro, Irã e o grupo P5+1 (China, EUA, Alemanha, França, Grã-Bretanha e Rússia)
anunciaram os próximos passos. Na prática, ao conseguirem pela primeira vez emitir um comunicado
final conjunto, os dois lados abriram caminho para um acordo.
A meta é conseguir garantias que impeçam que o Irã possa caminhar para uma bomba atômica.
Não por acaso, o encontro era visto como um teste da capacidade do Irã de traduzir em realidade o
discurso moderado de Hassan Rohani. A mudança de tom era visível em todas as delegações, com um
comunicado final confirmando que o pacote apresentado pelos iranianos era "uma importante
contribuição" que passaria a ser considerada.
Num sinal de que as concessões foram bem recebidas, a chefe da diplomacia europeia,
Catherine Ashton, anunciou que técnicos continuarão a debater os pontos do acordo. Segundo ela, os
iranianos apresentaram uma "base para a negociação". Ela insistiu que o debate foi "substantivo e
olhando ao futuro". "Esse foi certamente o debate mais detalhado que jamais tivemos", disse.
Uma alta funcionária do governo americano, falando sob condição de anonimato, confirmou o
tom de "otimismo cauteloso". "Nunca tive uma conversa tão intensa, detalhada, direta e cândida com a
delegação iraniana", disse. No entanto, ela criticou o fato de que partes substanciais do projeto ainda são
"vagas". O americanos esperam que, nas próximas semanas, esses detalhes sejam esclarecidos.
Oficialmente, a ordem de todas as delegações é a de não revelar detalhes do projeto. Ainda
assim, diversos pontos acabaram vazando durante o dia. O primeiro é a possibilidade de que, no último
estágio de um acordo, o Irã permita que suas instalações sejam inspecionadas sem aviso prévio -
mesmo locais não listados na Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
O chanceler Mohamed Javad Zarif indicou que isso não significará que o Irã vá aderir a novos
protocolos da AIEA antes do fim do processo. "Houve uma séria barganha e um processo de dar e
receber", disse.
Outro ponto substancial é a redução do número de centrífugas em funcionamento, o que
reduziria o ritmo de enriquecimento de urânio no Irã. Hoje, existem 19 mil máquinas instaladas no país,
ainda que apenas metade esteja funcionando.
No pacote, Teerã ainda aceitou a possibilidade de congelar as atividades de enriquecimento em
20% e converter parte do estoques em óxido de urânio. "Nenhuma dessas medidas ocorreria na primeira
etapa do acordo, mas no fim", disse Abbas Araqchi, vice-chanceler.
Zarif deixou claro que não está sobre a mesa a renúncia ao programa nuclear e todas as ofertas
dependeriam de como as sanções serão retiradas. Outra exigência seria o reconhecimento de que o Irã
tem direito a energia nuclear para fins pacíficos. "Insistimos em nossos direitos e não vamos abrir mão
deles", disse.
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
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Re: Irã tem como se defender de Israel?
Muito legal esta noticia, espero que tudo de certo.Penguin escreveu:INTERNACIONAL
O ESTADO DE S. PAULO 17/10/2013
Irã aceita inspeção-surpresa a usinas nucleares e EUA indicam apoiar plano
Casa Branca qualifica negociação em Genebra como ‘a mais séria e franca’ já realizada com Teerã
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Re: Irã tem como se defender de Israel?
Valeu!rodrigo escreveu:Eu não sei as datas corretamente, mas aproximadamente a 10 anos atrás, o governo israelense montou uma comissão mista, militar/acadêmica, para analisar quais seriam as hipóteses de conflito no médio prazo, e em quais cenários Israel poderia ser derrotado de forma convencional. A conclusão foi de que apenas uma ampla aliança árabe, apoiada por um fornecedor de armamento externo (1973??), poderia derrotar Israel. Nas conclusões e sugestões de como evitar isso, era necessária uma constante instabilidade dos vizinhos. O que vemos atualmente? Egito, Iraque e Síria estão fora do jogo por décadas, Jordânia e Turquia são aliados norte americanos, e o Irã vive sob embargo, constante pressão e ameaça de ataques.prp escreveu:
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Re: Irã tem como se defender de Israel?
http://noticias.terra.com.br/mundo/orie ... aRCRD.html
Exército de Israel acusa Turquia de repassar informações ao Irã
Comandantes do alto escalão das Forças Armadas de Israel acusaram à Turquia de ter repassado ao Irã informações sobre a rede de espionagem israelense no país do Golfo Pérsico, informou nesta sexta-feira o jornal Yedioth Ahronoth.
"Sempre soubemos que o chefe da Inteligência turca fornecia informação aos iranianos", afirmou um alto comandante israelense ao jornal, depois que o Washington Post revelou ontem que o Irã capturou uma dezena de espiões israelenses, graças a essa informação.
Os agentes, aparentemente curdos e que agiam a partir do território turco pela relativa facilidade de cruzarem a fronteira, foram descobertos no ano passado.
A informação foi revelada na quarta-feira pelo jornalista David Ignatius, mas o governo israelense não confirmou, nem desmentiu os fatos.
Somente hoje, altos comandantes confirmaram, em condição de anonimato, que as estreitas relações que os serviços de inteligência israelenses tinham com seus pares turcos se transformou em um "bumerangue", que informações cruciais em poder da Turquia foram repassadas ao Irã, um arqui-inimigo de Israel.
"(A rede) começa a partir do primeiro-ministro, Recep Tayyip Erdogan, que é anti-semita e simpatizante da Irmandade Muçulmana, e se projeta para baixo, a todos os (funcionários) que Erdogan introduziu (no governo)", garantiram as fontes.
Após décadas de cooperação secreta entre seus serviços de inteligência, que viam os mesmos inimigos na região, Israel e Turquia assinaram uma aliança estratégica em meados dos anos 1990, que foi sendo desmontada pouco a pouco desde a chegada de Erdogan ao poder em 2003.
Foi a ofensiva militar israelense em Gaza em 2008-2009 e o ataque israelense em 2010 ao Mavi Marmara, uma embarcação de uma pequena frota de ativistas internacionais que se dirigiam à Faixa de Gaza com ajuda humanitária, o que estremeceu as relações entre os dois países.
Em março, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, conseguiu que Israel pedisse perdão a Erdogan pela morte de dez ativistas turcos naquele fato, mas, na prática, as relações continuam no nível mais baixo.
Há três anos, em um comentário gravado por erro, o então ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, revelou que seu país temia que informações altamente sensíveis compartilhadas pelos dois países, assim como a tecnologia de equipamentos militares avançados, acabassem no Irã e acusou o chefe da Inteligência turca, Hakan Fidan, de ser o responsável pelos vazamentos.
"É simpatizante do Irã, (os turcos) têm bastantes segredos nossos em suas mãos, e só de pensar que podem cair nas mãos do Irã nos preocupa bastante", disse Barak.
Outras fontes asseguraram ao jornal que a cooperação com a Turquia e a venda de equipamentos sensíveis foi suspensa desde o momento em que Israel soube que Fidan "estava se encontrando com o maior de nossos inimigos (Irã)".
Desde então as relações de confiança se transformaram em suspeita e Israel deixou de confiar nele, com quem, de todas as formas, o Mossad seguiu trabalhando até recentemente em outros planos de interesse comum, como a ameaça da guerra civil na Síria.
Uma fonte diplomática advertiu também ao jornal que os EUA, aliado dos dois países, deveriam repensar sua política de cooperação militar e segurança com Ancara, sobretudo por causa "do apoio velado ao Irã, apesar das sanções (pelo programa nuclear), e do apoio da Turquia a organizações terroristas como o Hamas em Gaza e a Al Qaeda na Síria".
Exército de Israel acusa Turquia de repassar informações ao Irã
Comandantes do alto escalão das Forças Armadas de Israel acusaram à Turquia de ter repassado ao Irã informações sobre a rede de espionagem israelense no país do Golfo Pérsico, informou nesta sexta-feira o jornal Yedioth Ahronoth.
"Sempre soubemos que o chefe da Inteligência turca fornecia informação aos iranianos", afirmou um alto comandante israelense ao jornal, depois que o Washington Post revelou ontem que o Irã capturou uma dezena de espiões israelenses, graças a essa informação.
Os agentes, aparentemente curdos e que agiam a partir do território turco pela relativa facilidade de cruzarem a fronteira, foram descobertos no ano passado.
A informação foi revelada na quarta-feira pelo jornalista David Ignatius, mas o governo israelense não confirmou, nem desmentiu os fatos.
Somente hoje, altos comandantes confirmaram, em condição de anonimato, que as estreitas relações que os serviços de inteligência israelenses tinham com seus pares turcos se transformou em um "bumerangue", que informações cruciais em poder da Turquia foram repassadas ao Irã, um arqui-inimigo de Israel.
"(A rede) começa a partir do primeiro-ministro, Recep Tayyip Erdogan, que é anti-semita e simpatizante da Irmandade Muçulmana, e se projeta para baixo, a todos os (funcionários) que Erdogan introduziu (no governo)", garantiram as fontes.
Após décadas de cooperação secreta entre seus serviços de inteligência, que viam os mesmos inimigos na região, Israel e Turquia assinaram uma aliança estratégica em meados dos anos 1990, que foi sendo desmontada pouco a pouco desde a chegada de Erdogan ao poder em 2003.
Foi a ofensiva militar israelense em Gaza em 2008-2009 e o ataque israelense em 2010 ao Mavi Marmara, uma embarcação de uma pequena frota de ativistas internacionais que se dirigiam à Faixa de Gaza com ajuda humanitária, o que estremeceu as relações entre os dois países.
Em março, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, conseguiu que Israel pedisse perdão a Erdogan pela morte de dez ativistas turcos naquele fato, mas, na prática, as relações continuam no nível mais baixo.
Há três anos, em um comentário gravado por erro, o então ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, revelou que seu país temia que informações altamente sensíveis compartilhadas pelos dois países, assim como a tecnologia de equipamentos militares avançados, acabassem no Irã e acusou o chefe da Inteligência turca, Hakan Fidan, de ser o responsável pelos vazamentos.
"É simpatizante do Irã, (os turcos) têm bastantes segredos nossos em suas mãos, e só de pensar que podem cair nas mãos do Irã nos preocupa bastante", disse Barak.
Outras fontes asseguraram ao jornal que a cooperação com a Turquia e a venda de equipamentos sensíveis foi suspensa desde o momento em que Israel soube que Fidan "estava se encontrando com o maior de nossos inimigos (Irã)".
Desde então as relações de confiança se transformaram em suspeita e Israel deixou de confiar nele, com quem, de todas as formas, o Mossad seguiu trabalhando até recentemente em outros planos de interesse comum, como a ameaça da guerra civil na Síria.
Uma fonte diplomática advertiu também ao jornal que os EUA, aliado dos dois países, deveriam repensar sua política de cooperação militar e segurança com Ancara, sobretudo por causa "do apoio velado ao Irã, apesar das sanções (pelo programa nuclear), e do apoio da Turquia a organizações terroristas como o Hamas em Gaza e a Al Qaeda na Síria".
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- rodrigo
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Re: Irã tem como se defender de Israel?
Israel: David’s Sling missile interceptor passes important test
Designed to counter mid-range ballistic missiles, system could be operational as soon as next year.
Israel's new missile defense system against short- and mid-range ballistic missiles passed its second successful live test Wednesday morning, the Defense Ministry announced.
http://www.haaretz.com/news/diplomacy-d ... m-1.559159
Designed to counter mid-range ballistic missiles, system could be operational as soon as next year.
Israel's new missile defense system against short- and mid-range ballistic missiles passed its second successful live test Wednesday morning, the Defense Ministry announced.
http://www.haaretz.com/news/diplomacy-d ... m-1.559159
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
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Re: Irã tem como se defender de Israel?
Assim fica realmente difícil. De que adianta se dar ao trabalho de negociar então, se depois o congresso dos EUA pode fazer o que bem entender e o governo tem que mudar tudo aos sabores da política interna americana? Depois uma guerra estoura e a culpa é sempre dos outros . Um país com a influência e os envolvimentos que tem os EUA deveriam no mínimo mostrar maior responsabilidade .
Leandro G. CardApós novas sanções dos EUA, Irã interrompe diálogo nuclear
'Medida contradiz a verdadeira essência do acordo alcançado em Genebra', diz diplomata
O Estado de S. Paulo - 13 de dezembro de 2013
VIENA - Um dia depois de os Estados Unidos adotarem novas sanções contra indivíduos e empresas que fizeram transações financeiras com o Irã, o país persa interrompeu nesta sexta-feira, 13, os contatos técnicos que eram realizados em Viena com o grupo 5+1 (EUA, China, Rússia, Alemanha, Grã-Bretanha e França) e a Agência Nuclear de Energia Atômica (AIEA).
Os diplomatas iranianos retornaram para Teerã para consultas com o governo local. A próxima rodada das negociações entre Irã e o G5+1 está prevista para o próximo 21 de janeiro em Teerã.O vice-chanceler Abbas Aragchi, no entanto, fez críticas duras à decisão dos EUA, em declarações à agência estatal Irna.
"Estamos avaliando a situação e o Irã reagirá de acordo com as novas sanções impostas a 19 empresas e indivíduos", disse o diplomata "Essa medida contradiz a verdadeira essência do acordo alcançado em Genebra",
Por meio de um porta-voz , a chefe da diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton, afirmou que o G5+1 e o Irã precisam de mais tempo para implementar o acordo. "Refletindo a complexidade das questões técnicas discutidas, ficou claro que é necessário mais trabalho", disse o representante de Ashton, Michael Mann. Segundo ele, haverá consultas entre os governos envolvidos nas conversas e que novas reuniões devem ocorrer em breve.
O porta-voz não entrou em detalhes sobre questões específicas que podem ter criado problemas. Mais cedo, diplomatas disseram que era uma questão muito complicada transformar o acordo provisório fechado em 24 de novembro em um plano de ação concreto.
As conversas em Viena pretendem colocar em prática o acordo de Genebra, que prevê um congelamento parcial das atividades nucleares do Irã em troca de um levantamento limitado das sanções internacionais.
Sob pressão do Congresso para mostrar que não está aliviando a pressão sobre o programa nuclear iraniano, a Casa Branca anunciou na quinta-feira a expansão da lista de empresas e indivíduos ligados ao governo do Irã com transações financeiras bloqueadas no mundo todo. Entre as novas empresas colocadas na lista negra do governo americano estão duas empresa com base em Cingapura, que ajudam a transferir dinheiro para firmas iranianas. / EFE, REUTERS e NYT