Revolução Francesa, Revolução Russa etc.
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- gingerfish
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Revolução Francesa, Revolução Russa etc.
Bom, vejo alguns autores falarem que a Revolução Russa foi feita com a mesma ideia da Revolução Francesa 'em termos', porque foi uns 200 anos depois, e as pessoas que controlavam as sociedades secretas, segundo Nicholas Hagger, a ideia deles era uma sociedade em que houvesse meia-dúzia de comandantes (que eram eles, no caso), e todos os outros, eles não seriam donos de nada, e as pessoas estariam sem censo de propriedades. É como se eles criassem uma grande avassalagem em níveis globais, ou seja, você nasce na terra, mas não é dono da terra, e você paga para morar na terra, trabalha na empresa que eu quiser, em suma, você não é dono de nada. A ideia do Comunismo seria mais ou menos essa.
Segundo o autor, o negócio do Priorado de Sião existe, mesmo - uma outra sociedade de judeus, e ela teria exatamente a ideia de serem donos das coisas e manipulando todo mundo. Os judeus na Europa, por exemplo, eram mal vistos por causa daquele negócio de que os judeus mataram Cristo, e a Igreja Católica sacaneava-os, mas o fato é que eles não eram pessoas bem vistas, e então eles tinham que fazer isso, controlar a economia, porque eles tinham banco, empresas, pedras preciosas, ouro, dinheiro, de forma que, com isso, conseguiriam manipular o poder.
Então, a ideia 'genial' deles era controlar 'economia' e 'propriedades'. E o mundo todo estaria limitando naquilo que era deles... só que, com o passar do tempo, entre a Revolução Francesa e a Revolução Russa aconteceram outras revoluções, como a prussiana, a queda do sacro-império-romano, e outras guerras, e elas aconteceram por influência desse tipo de pensamento, e nem sempre eles conseguiam que as coisas saíssem da maneira como eles queriam.
Mas a ideia da Revolução Russa era por aí. Apareceu um cara, o Lênin, que era um cara carismático, ele era marxista, e o Marx tinha umas ideias que, unidas às de Engels e outros teóricos da época, era a ideia de fazer a ditadura do proletariado, só que o Marx também era da Franco-Maçonaria do Oriente (segundo o autor Nicholas Hagger), e essa ideia que ele tinha era uma ideia que vinha lá do Adam Weishaupt, só que esse Weishaupt já tinha ido dessa pra outra há muito tempo, mas as ideias dele estavam presentes na Europa, na América do Norte, na Revolução Americana, na Revolução Francesa, na revolução prussiana, e todas essas revoluções tinham, segundo Nicholas Hagger, tinham influência da Franco-Maçonaria do oriente, da Franco-Maçonaria Illuminati, e do Priorado de Sião, que eram todas sociedades secretas que reuniam mais ou menos o mesmo número de famílias.
Na época da Revolução Francesa, os donos do mundo eram mais ou menos 13 famílias. Aí incluem-se Rotschields, Rockfellers etc., e Wall Street, que era um conjunto de acionistas e financistas que aplicavam dinheiro e criavam sociedades anônimas e criavam empresas, inclusive a empresa do petróleo, e eles tinham uma ideia de que deveriam fazer uma revolução em algum lugar que fosse numa quantidade boa de terras - no caso, a União Soviética.
Então, a ideia deles era manter o mundo dividido em duas ideologias opostas, mas extremamente opostas, por exemplo, 'nazismo' e 'socialismo', em que o nazismo era o 'nacional socialismo', quer dizer, tudo é socializado, mas tem dono! E o socialismo seria tudo socializado, e o dono falando em nome do povo, como se tudo fosse do povo. Então, há uma divisão.
Para que se criasse esse tipo de 'antagonismo', de forma que se pudesse manipular o mundo maniqueistamente, ou seja, mais ou menos assim: "Oh!, você está do lado de cá... toma cuidado com o lado de lá, hein!!!, eu te defendo, te ajudo, e o lado de lá quer te sacanear, hein..." - dividir para governar. Então, eles governavam o mundo assim.
Bom, essa é uma ideia... ideia principalmente do autor Nicholas Haggger.
A Revolução Russa foi financiada, o Lênin estava na Inglaterra, quando viraram para ele, a casa Rotschield, através de amigos comuns e pessoas da Maçonaria que tinham contato com Lênin, mas Lênin não conhecia a fundo, ele não sabia que eram o império financeiro e tal que estava financiando-o, ele pensava que eram 'simpatizantes', mas, aí, os 'simpatizantes' falavam com ele:
"Pô, cara, você precisa fazer essa revolução, aí... você precisa de tropa!" "Ah!, eu preciso de tanto!", e os caras do império financeiro "Olha, vai fazendo, e a gente vai te dando..." e deram grana pro cara, o cara saiu de lá, foi e reuniu-se a um grupo, começou a conversar, fez e aconteceu, estourou aqui e ali, deu porrada aqui, tentou matar não sei quem lá, ... dominou! E conseguiu fazer a Revolução Russa.
Bom, aí, havia Lênin, Trotsky e Stalin. Stalin era uma figura meio apagada, além de outros teóricos que foram expurgados por Stálin, que eram pessoas mais inteligentes que o Stalin, e o Stalin era um cara de força-bruta, um cara de exército, um cara de tropas! Era um cara sem escrúpulos. E eles precisavam de pessoas que tivessem esse tipo de força, que não tivesse 'pena', que o que tivesse que fazer, ele fazia impiedosamente. Stalin era esse tipo de cara.
Lênin morreu prematuramente de câncer na cabeça. Stalin começou a se mostrar aos amigos que ele era uma opção viável, e o Trotsky também fazia a mesma coisa, mas o Stalin conseguiu dar um golpe, lá, e conseguiu mandar o Trotsky para o esgoto do inferno, chefiou a revolução e foi matando um a um... inclusive, o Trotsky ele mandou matá-lo lá no México. Mas não sei se foi o Stalin ou os próprios financiadores da revolução que ele, de repente, não sabia. Bom, o fato é que o Trotsky foi morto.
Eu acho que existe um comando mundial, sim. Mas eu não acho que ele seja feito por essas sociedades secretas distantes. Eu acho que as sociedades secretas existem, mas elas não conseguem ser tão influentes. Mas é claro que os donos do petróleo, os donos do governo, os donos da CIA existem. Os nazistas foram estimulados pelas nações que viviam regimes de liberdade
contrariando a União Soviética, achando que Hitler seria a grande personalidade que iria se defrontar contra Stalin etc. Isso realmente aconteceu. Só que eu não sei se isso aí foi programado para ser assim.
Já numa opinião minha, eu desconfio que, por exemplo, é fato histórico que Wall Street e os financistas, os banqueiros financiaram a Revolução Russa.
Das duas, uma: ou eles estariam financiando uma coisa que eles não sabiam o que era (muito pouco provável); ou eles estavam financiando uma coisa que eles achavam que era bom para eles, e por que seria bom para eles? Porque o mundo, na virada do século XIX, já estava com mais de um bilhão de habitantes, sendo que essa população, em grande parte, concentrava-se na
Europa, principalmente na China. Essa massa trabalhadoras camponesa, em sua tendência, porque a Rússia estava se 'europeizando', tornando-se mais europeia, ela já tinha monarquia, já tinha os reis que conheciam os reis da Europa e tal, mas ela ainda tinha um bom pedaço de campos e de lugares desconhecidos a que ninguém ia, e havia camponeses. A tendência deles era vir para os centros... e, ao virem para os burgos, eles precisariam de trabalho... e eles estavam passando fome na
terra deles, porque eles não tinham ajuda de governo nenhum, e a população só aumentava, e é aí que eu acho que eles pensavam que, se eles criassem um regime que desse um salto do setor agrário para o setor industrial, em que esses caras se sintam amparados e calados, eles (chefia) não teriam problema de reivindicação, não teriam problemas de greves, não teriam um aventureiro para virar o sistema. Essa era uma ideia...
Então quando eles fizeram a Revolução Russa, eles fizeram uma mega-ditadura em que o sujeito não poderia levantar a cabeça, porque o Estado dizia que representava todo mundo... e o próprio Estado ficava assim: 'por que você quer mais do que você tem? O que você tem é o suficiente para você'. "Se você está com dificuldades, não há ninguém com facilidades, então ninguém tira nada de você, quer dizer, você não está sendo explorado... a dificuldade que você está sentindo é a dificuldade inerente do homem na Terra e blá blá blá". Foi o que o Stalin fez com a Ucrânia. Na Ucrânia estava havendo fome, e o pessoal estava pedindo que mandassem alimentos para lá. E Stalin falou: "Tenho que mandar comida para aí o cacete, rapaz! Vocês são os traidores da revolução. Vocês não podem passar fome sem encher o saco?" Em outras palavras: 'você está morrendo? Dane-se... eu já fiz uma revolução, e você não vai querer estragar todo o resto da União Soviética em função do seu problema'. Olha só, hein... Stalin tratava o cara que estava sofrendo como 'egoísta', como se o Estado não tivesse que mandar nada para ele. E Stalin estava gastando dinheiro com arma. Ele gastava dinheiro com o que lhe interessava.
Ele estava alimentando indústrias, tentando fazer a União Soviética crescer. Ele não ia enfiar dinheiro na Ucrãnia para ela ficar mais confortável. Na cabeça dele, ele tinha que continuar seguindo as razões do Estado, porque aquilo era preponderante para ele. Era importante para ele, e, na cabeça dele, importante para o Estado. Então, não havia problema algum, para Stalin, morrer por causa do Estado. 'Morrer por todos', e quem se insurgia era fuzilado. E ele fuzilou uma porrada de gente.
Essa ideia de que, se você vai morrer, você tem que morrer, mesmo, porque há gente demais e comida de menos, essa foi uma das ideias da Revolução Francesa.
Na Revolução Francesa, quando fizeram aquelas comunas, a ideia era diminuir a população na França de 25 milhões de habitantes para 8 milhões. Aí, depois apareceram outros caras lá na França e não toparam fazer isso, mas iriam conquistar outros países e puxar a riqueza para a França.
Na União Soviética simplesmente controlaram o Estado e governavam-no com os recursos que ele tinha. E, obviamente, aqueles recursos que ele tinha eram recursos que, na cabela deles, se não suficientes, os caras tinham que aceitar aquilo, e não havia outra forma. Era a mesma ideia do Nazismo, por exemplo, em que o cidadão tem isso, está sob as ordens do Estado, e, se o cidadão quiser alguma coisa a mais, o Estado não dá e ainda leva o cara à cadeia...
Wall Street, através da União Soviética, financiou a Revolução de Mao. Mao também tinha a ideia de que as pessoas tinham que ficar na terra, e quietas, e o Estado representava.
Então, se você pegar 39, 40, até o final da guerra, a União Soviética toda e mais a China, você tinha mais da metade da humanidade sob controle de um regime socialista. E eles não eram estados pujantes quem poderiam competir com o capitalismo ocidental. Até porque no capitalismo ocidental você tinha muito dinheiro nos lugares principais, como a França, a Inglaterra, principalmente Estados Unidos e Canadá, um pouco na Itália, principalmente na Alemanha etc., havia o grosso do dinheiro. A
'Europa' estava destruída pela SGM, mas o Plano Marshall levantaria a Europa, e a população da Europa havia se diminuído substancialmente, e, então, havia muita riqueza, com dinheiro chegando, e 'pouca' gente. E esses são estados mais estáveis.
Então, eu acho que era mais fácil controlar o mundo depois da Segunda Guerra Mundial - o mundo ocidental -, porque, por exemplo, na América Latina estava um vazio de gente, e as sociedades que havia, mais ou menos organizadas, eram ditaduras pró-fascistas... e que acabaram naquele momento.
Os Estados Unidos eram dominantes em termos de ideologia, foi visto como o grande herói do mundo, tinha livrado o mundo do Nazismo e peitado o Comunismo. Disseram até que os americanos explodiram as bombas atômicas no Japão para acabar com a guerra definitivamente, para dar um 'lembrete' para os soviéticos de que eles, os americanos, é que eram os chefes, eles comandavam, tinham bombas atômicas, e a União Soviética não deveria levantar a cabeça.
Aí, nesse ínterim, o grande capital começou a financiar a Rússia, inclusive para ela construir armas, ter foguetes, e haver um competidor mais ou menos 'pau a pau', porque, senão, não haveria a bipolaridade.
O problema de confiar nesse autor é que ele não traz documentação...
[[]]'s, Danilo.
Segundo o autor, o negócio do Priorado de Sião existe, mesmo - uma outra sociedade de judeus, e ela teria exatamente a ideia de serem donos das coisas e manipulando todo mundo. Os judeus na Europa, por exemplo, eram mal vistos por causa daquele negócio de que os judeus mataram Cristo, e a Igreja Católica sacaneava-os, mas o fato é que eles não eram pessoas bem vistas, e então eles tinham que fazer isso, controlar a economia, porque eles tinham banco, empresas, pedras preciosas, ouro, dinheiro, de forma que, com isso, conseguiriam manipular o poder.
Então, a ideia 'genial' deles era controlar 'economia' e 'propriedades'. E o mundo todo estaria limitando naquilo que era deles... só que, com o passar do tempo, entre a Revolução Francesa e a Revolução Russa aconteceram outras revoluções, como a prussiana, a queda do sacro-império-romano, e outras guerras, e elas aconteceram por influência desse tipo de pensamento, e nem sempre eles conseguiam que as coisas saíssem da maneira como eles queriam.
Mas a ideia da Revolução Russa era por aí. Apareceu um cara, o Lênin, que era um cara carismático, ele era marxista, e o Marx tinha umas ideias que, unidas às de Engels e outros teóricos da época, era a ideia de fazer a ditadura do proletariado, só que o Marx também era da Franco-Maçonaria do Oriente (segundo o autor Nicholas Hagger), e essa ideia que ele tinha era uma ideia que vinha lá do Adam Weishaupt, só que esse Weishaupt já tinha ido dessa pra outra há muito tempo, mas as ideias dele estavam presentes na Europa, na América do Norte, na Revolução Americana, na Revolução Francesa, na revolução prussiana, e todas essas revoluções tinham, segundo Nicholas Hagger, tinham influência da Franco-Maçonaria do oriente, da Franco-Maçonaria Illuminati, e do Priorado de Sião, que eram todas sociedades secretas que reuniam mais ou menos o mesmo número de famílias.
Na época da Revolução Francesa, os donos do mundo eram mais ou menos 13 famílias. Aí incluem-se Rotschields, Rockfellers etc., e Wall Street, que era um conjunto de acionistas e financistas que aplicavam dinheiro e criavam sociedades anônimas e criavam empresas, inclusive a empresa do petróleo, e eles tinham uma ideia de que deveriam fazer uma revolução em algum lugar que fosse numa quantidade boa de terras - no caso, a União Soviética.
Então, a ideia deles era manter o mundo dividido em duas ideologias opostas, mas extremamente opostas, por exemplo, 'nazismo' e 'socialismo', em que o nazismo era o 'nacional socialismo', quer dizer, tudo é socializado, mas tem dono! E o socialismo seria tudo socializado, e o dono falando em nome do povo, como se tudo fosse do povo. Então, há uma divisão.
Para que se criasse esse tipo de 'antagonismo', de forma que se pudesse manipular o mundo maniqueistamente, ou seja, mais ou menos assim: "Oh!, você está do lado de cá... toma cuidado com o lado de lá, hein!!!, eu te defendo, te ajudo, e o lado de lá quer te sacanear, hein..." - dividir para governar. Então, eles governavam o mundo assim.
Bom, essa é uma ideia... ideia principalmente do autor Nicholas Haggger.
A Revolução Russa foi financiada, o Lênin estava na Inglaterra, quando viraram para ele, a casa Rotschield, através de amigos comuns e pessoas da Maçonaria que tinham contato com Lênin, mas Lênin não conhecia a fundo, ele não sabia que eram o império financeiro e tal que estava financiando-o, ele pensava que eram 'simpatizantes', mas, aí, os 'simpatizantes' falavam com ele:
"Pô, cara, você precisa fazer essa revolução, aí... você precisa de tropa!" "Ah!, eu preciso de tanto!", e os caras do império financeiro "Olha, vai fazendo, e a gente vai te dando..." e deram grana pro cara, o cara saiu de lá, foi e reuniu-se a um grupo, começou a conversar, fez e aconteceu, estourou aqui e ali, deu porrada aqui, tentou matar não sei quem lá, ... dominou! E conseguiu fazer a Revolução Russa.
Bom, aí, havia Lênin, Trotsky e Stalin. Stalin era uma figura meio apagada, além de outros teóricos que foram expurgados por Stálin, que eram pessoas mais inteligentes que o Stalin, e o Stalin era um cara de força-bruta, um cara de exército, um cara de tropas! Era um cara sem escrúpulos. E eles precisavam de pessoas que tivessem esse tipo de força, que não tivesse 'pena', que o que tivesse que fazer, ele fazia impiedosamente. Stalin era esse tipo de cara.
Lênin morreu prematuramente de câncer na cabeça. Stalin começou a se mostrar aos amigos que ele era uma opção viável, e o Trotsky também fazia a mesma coisa, mas o Stalin conseguiu dar um golpe, lá, e conseguiu mandar o Trotsky para o esgoto do inferno, chefiou a revolução e foi matando um a um... inclusive, o Trotsky ele mandou matá-lo lá no México. Mas não sei se foi o Stalin ou os próprios financiadores da revolução que ele, de repente, não sabia. Bom, o fato é que o Trotsky foi morto.
Eu acho que existe um comando mundial, sim. Mas eu não acho que ele seja feito por essas sociedades secretas distantes. Eu acho que as sociedades secretas existem, mas elas não conseguem ser tão influentes. Mas é claro que os donos do petróleo, os donos do governo, os donos da CIA existem. Os nazistas foram estimulados pelas nações que viviam regimes de liberdade
contrariando a União Soviética, achando que Hitler seria a grande personalidade que iria se defrontar contra Stalin etc. Isso realmente aconteceu. Só que eu não sei se isso aí foi programado para ser assim.
Já numa opinião minha, eu desconfio que, por exemplo, é fato histórico que Wall Street e os financistas, os banqueiros financiaram a Revolução Russa.
Das duas, uma: ou eles estariam financiando uma coisa que eles não sabiam o que era (muito pouco provável); ou eles estavam financiando uma coisa que eles achavam que era bom para eles, e por que seria bom para eles? Porque o mundo, na virada do século XIX, já estava com mais de um bilhão de habitantes, sendo que essa população, em grande parte, concentrava-se na
Europa, principalmente na China. Essa massa trabalhadoras camponesa, em sua tendência, porque a Rússia estava se 'europeizando', tornando-se mais europeia, ela já tinha monarquia, já tinha os reis que conheciam os reis da Europa e tal, mas ela ainda tinha um bom pedaço de campos e de lugares desconhecidos a que ninguém ia, e havia camponeses. A tendência deles era vir para os centros... e, ao virem para os burgos, eles precisariam de trabalho... e eles estavam passando fome na
terra deles, porque eles não tinham ajuda de governo nenhum, e a população só aumentava, e é aí que eu acho que eles pensavam que, se eles criassem um regime que desse um salto do setor agrário para o setor industrial, em que esses caras se sintam amparados e calados, eles (chefia) não teriam problema de reivindicação, não teriam problemas de greves, não teriam um aventureiro para virar o sistema. Essa era uma ideia...
Então quando eles fizeram a Revolução Russa, eles fizeram uma mega-ditadura em que o sujeito não poderia levantar a cabeça, porque o Estado dizia que representava todo mundo... e o próprio Estado ficava assim: 'por que você quer mais do que você tem? O que você tem é o suficiente para você'. "Se você está com dificuldades, não há ninguém com facilidades, então ninguém tira nada de você, quer dizer, você não está sendo explorado... a dificuldade que você está sentindo é a dificuldade inerente do homem na Terra e blá blá blá". Foi o que o Stalin fez com a Ucrânia. Na Ucrânia estava havendo fome, e o pessoal estava pedindo que mandassem alimentos para lá. E Stalin falou: "Tenho que mandar comida para aí o cacete, rapaz! Vocês são os traidores da revolução. Vocês não podem passar fome sem encher o saco?" Em outras palavras: 'você está morrendo? Dane-se... eu já fiz uma revolução, e você não vai querer estragar todo o resto da União Soviética em função do seu problema'. Olha só, hein... Stalin tratava o cara que estava sofrendo como 'egoísta', como se o Estado não tivesse que mandar nada para ele. E Stalin estava gastando dinheiro com arma. Ele gastava dinheiro com o que lhe interessava.
Ele estava alimentando indústrias, tentando fazer a União Soviética crescer. Ele não ia enfiar dinheiro na Ucrãnia para ela ficar mais confortável. Na cabeça dele, ele tinha que continuar seguindo as razões do Estado, porque aquilo era preponderante para ele. Era importante para ele, e, na cabeça dele, importante para o Estado. Então, não havia problema algum, para Stalin, morrer por causa do Estado. 'Morrer por todos', e quem se insurgia era fuzilado. E ele fuzilou uma porrada de gente.
Essa ideia de que, se você vai morrer, você tem que morrer, mesmo, porque há gente demais e comida de menos, essa foi uma das ideias da Revolução Francesa.
Na Revolução Francesa, quando fizeram aquelas comunas, a ideia era diminuir a população na França de 25 milhões de habitantes para 8 milhões. Aí, depois apareceram outros caras lá na França e não toparam fazer isso, mas iriam conquistar outros países e puxar a riqueza para a França.
Na União Soviética simplesmente controlaram o Estado e governavam-no com os recursos que ele tinha. E, obviamente, aqueles recursos que ele tinha eram recursos que, na cabela deles, se não suficientes, os caras tinham que aceitar aquilo, e não havia outra forma. Era a mesma ideia do Nazismo, por exemplo, em que o cidadão tem isso, está sob as ordens do Estado, e, se o cidadão quiser alguma coisa a mais, o Estado não dá e ainda leva o cara à cadeia...
Wall Street, através da União Soviética, financiou a Revolução de Mao. Mao também tinha a ideia de que as pessoas tinham que ficar na terra, e quietas, e o Estado representava.
Então, se você pegar 39, 40, até o final da guerra, a União Soviética toda e mais a China, você tinha mais da metade da humanidade sob controle de um regime socialista. E eles não eram estados pujantes quem poderiam competir com o capitalismo ocidental. Até porque no capitalismo ocidental você tinha muito dinheiro nos lugares principais, como a França, a Inglaterra, principalmente Estados Unidos e Canadá, um pouco na Itália, principalmente na Alemanha etc., havia o grosso do dinheiro. A
'Europa' estava destruída pela SGM, mas o Plano Marshall levantaria a Europa, e a população da Europa havia se diminuído substancialmente, e, então, havia muita riqueza, com dinheiro chegando, e 'pouca' gente. E esses são estados mais estáveis.
Então, eu acho que era mais fácil controlar o mundo depois da Segunda Guerra Mundial - o mundo ocidental -, porque, por exemplo, na América Latina estava um vazio de gente, e as sociedades que havia, mais ou menos organizadas, eram ditaduras pró-fascistas... e que acabaram naquele momento.
Os Estados Unidos eram dominantes em termos de ideologia, foi visto como o grande herói do mundo, tinha livrado o mundo do Nazismo e peitado o Comunismo. Disseram até que os americanos explodiram as bombas atômicas no Japão para acabar com a guerra definitivamente, para dar um 'lembrete' para os soviéticos de que eles, os americanos, é que eram os chefes, eles comandavam, tinham bombas atômicas, e a União Soviética não deveria levantar a cabeça.
Aí, nesse ínterim, o grande capital começou a financiar a Rússia, inclusive para ela construir armas, ter foguetes, e haver um competidor mais ou menos 'pau a pau', porque, senão, não haveria a bipolaridade.
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Re: Revolução Francesa, Revolução Russa etc.
Bem. Quando vejo referências ao priorado do Sião e coisas do género, enfim...
A revolução russa, a primeira, foi apenas uma explosão resultado de vários factores.
Por um lado a decadência de um regime arcáico em que ainda existia um regime de servidão em algumas propriedades agricolas.
Este sistema suportava e sustentava uma oligarquia conservadora que não queria mudar nada.
Por outro lado as tensões dentro do Império Russo foram ajudadas pelo império alemão, que fez tudo para minar a Russia por dentro para a retirar da guerra.
Os alemães financiaram Lenine e os bolchevistas e assinaram com ele um tratado. Se Lenine conseguise chegar ao poder os bolchevistas sairiam da guerra.
Como sabemos, foi o que aconteceu. Os bolchevistas conseguiram derrubar o Czar e remover a Russia da guerra.
Depois é história. Toda a estrutura do império começou a soçobrar. A Russia começava a desmembrar-se e a implodir. A Finlandia, os estados bálticos eram os casos mais graves, mas havia tensões por todo o império.
A guerra civil que se seguiu e que matou 15 milhões de russos é que foi importante, não a revolução.
A guerra civil garantiu a manutençao do império russo.
A diferença é que o Czar deixou de se chamar Czar. A estrutura imperial repressiva foi substituida pela coisa mais parecida e capaz de manter o império, o Partido Comunista.
Não há absolutamente nada de novo que tenha saído da revolução russa. A revolução russa não mudou absolutamente nada. Manteve uma estrutura oligarquica, substituiu os boiardos pelos funcionários do partido.
A revolução russa foi uma revolução conservadora. Deixou tudo na mesma, depois de matar 15 milhões de pessoas.
A Russia em 1914, era já a maior economia da Europa (algo que muita gente esquece). A ideia de que após a revolução e o comunismo a Russia se modernizou não é correcta.
A maior parte das industrias russas já existiam. A Russia já tinha industria pesada e fabricava as suas próprias armas e navios.
A revolução russa não foi por isso fonte de nada que não existisse já.
Há quem diga que as revoluções que realmente são importantes no século XVIII são a revolução francesa e a revolução americana. Afinal, as duas revoluções ocorrem com 13 anos de separação entre elas.
Os europeus dão mais importância à revolução francesa e os americanos naturalmente dão mais importância à americana.
Os dois lados têm razões fortes.
Os americanos alegam que a revolução americana foi importante porque ocorreu primeiro. Os americanos enviaram embaixadores à França ainda durante a monarquia e os embaixadores eram vistos como exemplo de como uma república poderia funcionar.
Os americanos alegam que a revolução deles lançou os fundamentos do homem novo e que abriu caminho para a queda dos impérios europeus na América.
Já os franceses dizem que a revolução americana se limitou a criar uma aristocracia copiada da britânica e que manteve regras completamente contrárias aos principios da revolução francesa.
Embora a constituição americana afirmasse que todos os homens nasceram iguais, a américa manteve a escravatura.
Já a revolução francesa abriu novos caminhos às ideias que haveriam de conformar as sociedades europeias no século XIX.
O problema, dizem os americanos, é que ao contrário da revolução americana, que depois de ocorrer manteve a paz, a revolução francesa entrou num período revolucionário (le terror) que levou ao poder um ditador criminoso, Napoleão.
Portanto, as duas revoluções são realmente importantes, mas as duas têm areia no sapato.
A revolução russa, a primeira, foi apenas uma explosão resultado de vários factores.
Por um lado a decadência de um regime arcáico em que ainda existia um regime de servidão em algumas propriedades agricolas.
Este sistema suportava e sustentava uma oligarquia conservadora que não queria mudar nada.
Por outro lado as tensões dentro do Império Russo foram ajudadas pelo império alemão, que fez tudo para minar a Russia por dentro para a retirar da guerra.
Os alemães financiaram Lenine e os bolchevistas e assinaram com ele um tratado. Se Lenine conseguise chegar ao poder os bolchevistas sairiam da guerra.
Como sabemos, foi o que aconteceu. Os bolchevistas conseguiram derrubar o Czar e remover a Russia da guerra.
Depois é história. Toda a estrutura do império começou a soçobrar. A Russia começava a desmembrar-se e a implodir. A Finlandia, os estados bálticos eram os casos mais graves, mas havia tensões por todo o império.
A guerra civil que se seguiu e que matou 15 milhões de russos é que foi importante, não a revolução.
A guerra civil garantiu a manutençao do império russo.
A diferença é que o Czar deixou de se chamar Czar. A estrutura imperial repressiva foi substituida pela coisa mais parecida e capaz de manter o império, o Partido Comunista.
Não há absolutamente nada de novo que tenha saído da revolução russa. A revolução russa não mudou absolutamente nada. Manteve uma estrutura oligarquica, substituiu os boiardos pelos funcionários do partido.
A revolução russa foi uma revolução conservadora. Deixou tudo na mesma, depois de matar 15 milhões de pessoas.
A Russia em 1914, era já a maior economia da Europa (algo que muita gente esquece). A ideia de que após a revolução e o comunismo a Russia se modernizou não é correcta.
A maior parte das industrias russas já existiam. A Russia já tinha industria pesada e fabricava as suas próprias armas e navios.
A revolução russa não foi por isso fonte de nada que não existisse já.
Há quem diga que as revoluções que realmente são importantes no século XVIII são a revolução francesa e a revolução americana. Afinal, as duas revoluções ocorrem com 13 anos de separação entre elas.
Os europeus dão mais importância à revolução francesa e os americanos naturalmente dão mais importância à americana.
Os dois lados têm razões fortes.
Os americanos alegam que a revolução americana foi importante porque ocorreu primeiro. Os americanos enviaram embaixadores à França ainda durante a monarquia e os embaixadores eram vistos como exemplo de como uma república poderia funcionar.
Os americanos alegam que a revolução deles lançou os fundamentos do homem novo e que abriu caminho para a queda dos impérios europeus na América.
Já os franceses dizem que a revolução americana se limitou a criar uma aristocracia copiada da britânica e que manteve regras completamente contrárias aos principios da revolução francesa.
Embora a constituição americana afirmasse que todos os homens nasceram iguais, a américa manteve a escravatura.
Já a revolução francesa abriu novos caminhos às ideias que haveriam de conformar as sociedades europeias no século XIX.
O problema, dizem os americanos, é que ao contrário da revolução americana, que depois de ocorrer manteve a paz, a revolução francesa entrou num período revolucionário (le terror) que levou ao poder um ditador criminoso, Napoleão.
Portanto, as duas revoluções são realmente importantes, mas as duas têm areia no sapato.
Editado pela última vez por pt em Sex Set 20, 2013 8:24 am, em um total de 1 vez.
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Re: Revolução Francesa, Revolução Russa etc.
Uma das mais sucintas e melhores definições da Revolução Francesa foi dada por Margareth Thatcher.
Em 1989, ela foi convidada para participar das comemorações do bicentenário da Queda da Bastilha. Em Paris, ao ser perguntada qual o sentido ela via na Revolução ela respondeu (mais ou menos assim):
E tem gente que ainda não gosta de Tia Maggie...
Em 1989, ela foi convidada para participar das comemorações do bicentenário da Queda da Bastilha. Em Paris, ao ser perguntada qual o sentido ela via na Revolução ela respondeu (mais ou menos assim):
É mole? Dizer isso no meio de Paris, quando convidada para comemorar os duzentos anos da Revolução?"Primeiro, veio a guerra; depois, o Terror e, finalmente, a ditadura de Bonaparte. Realmente, a Revolução não tem sentido algum."
E tem gente que ainda não gosta de Tia Maggie...
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Re: Revolução Francesa, Revolução Russa etc.
Todas as revoluções são por natureza violentas.
A questão é se a revolução e a violência que lhe está associada podem ou não podem ser aproveitadas pela sociedade.
Na França, como nos Estados Unidos, a revolução alterou as cúpulas do poder e colocou no poder pessoas e acima de tudo ideias revolucionárias.
Não podemos esquecer que Napoleão era um ditador criminoso mas o que ele «vendia» era a expansão da revolução francesa, do desenvolvimento e das novas ideias revolucionárias.
Na américa, chega ao poder um grupo de pessoas, com ligações maçónicas é verdade, mas que também têm novas ideias para o funcionamento da sociedade, alterando o equilibrio existente.
Na Russia, o que aconteceu é digno de estudos muito mais profundos do que os que foram feitos até agora, porque não os querem fazer.
Ou seja, a revolução foi um processo que conduziu a uma violência de tal forma brutal, destruiu tanta coisa, que para reconstruir os russos acabaram fazendo o que faziam antes.
O sistema russo por isso não mudou. A revolução existiu, mas o país continuou como antes, profundamente conservador e profundamente retrógrado.
Como as revoluções na Russia acabaram mantendo tudo na mesma, os russos ficaram ainda mais conservadores e avessos a qualquer mudança. Esse conservadorismo retrógrado afetou o país e afeta até hoje, em absolutamente todos os setores da sociedade.
Um dos exemplos discutido aqui até à exaustão, é o do campo dos sistemas militares. Os russos têm boas ideias, mas a dificuldade em passa-las à prática e o conservadorismo acaba fazendo com que as armas russas em vez de mudarem, sejam apenas versões modernizadas de versões modernizadas de versões modernizadas.
A questão é se a revolução e a violência que lhe está associada podem ou não podem ser aproveitadas pela sociedade.
Na França, como nos Estados Unidos, a revolução alterou as cúpulas do poder e colocou no poder pessoas e acima de tudo ideias revolucionárias.
Não podemos esquecer que Napoleão era um ditador criminoso mas o que ele «vendia» era a expansão da revolução francesa, do desenvolvimento e das novas ideias revolucionárias.
Na américa, chega ao poder um grupo de pessoas, com ligações maçónicas é verdade, mas que também têm novas ideias para o funcionamento da sociedade, alterando o equilibrio existente.
Na Russia, o que aconteceu é digno de estudos muito mais profundos do que os que foram feitos até agora, porque não os querem fazer.
Ou seja, a revolução foi um processo que conduziu a uma violência de tal forma brutal, destruiu tanta coisa, que para reconstruir os russos acabaram fazendo o que faziam antes.
O sistema russo por isso não mudou. A revolução existiu, mas o país continuou como antes, profundamente conservador e profundamente retrógrado.
Como as revoluções na Russia acabaram mantendo tudo na mesma, os russos ficaram ainda mais conservadores e avessos a qualquer mudança. Esse conservadorismo retrógrado afetou o país e afeta até hoje, em absolutamente todos os setores da sociedade.
Um dos exemplos discutido aqui até à exaustão, é o do campo dos sistemas militares. Os russos têm boas ideias, mas a dificuldade em passa-las à prática e o conservadorismo acaba fazendo com que as armas russas em vez de mudarem, sejam apenas versões modernizadas de versões modernizadas de versões modernizadas.
Re: Revolução Francesa, Revolução Russa etc.
Não há absolutamente nada de novo que tenha saído da revolução russa. A revolução russa não mudou absolutamente nada. Manteve uma estrutura oligarquica, substituiu os boiardos pelos funcionários do partido.
A revolução russa foi uma revolução conservadora. Deixou tudo na mesma, depois de matar 15 milhões de pessoas.
A revolução russa foi uma revolução conservadora. Deixou tudo na mesma, depois de matar 15 milhões de pessoas.
Terminator
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Re: Revolução Francesa, Revolução Russa etc.
Como foi dito, toda revolução é violenta porque aqueles que controlam o jogo farão tudo que for possível para evitar perder o poder.Clermont escreveu:Uma das mais sucintas e melhores definições da Revolução Francesa foi dada por Margareth Thatcher.
Em 1989, ela foi convidada para participar das comemorações do bicentenário da Queda da Bastilha. Em Paris, ao ser perguntada qual o sentido ela via na Revolução ela respondeu (mais ou menos assim):
É mole? Dizer isso no meio de Paris, quando convidada para comemorar os duzentos anos da Revolução?"Primeiro, veio a guerra; depois, o Terror e, finalmente, a ditadura de Bonaparte. Realmente, a Revolução não tem sentido algum."
E tem gente que ainda não gosta de Tia Maggie...
Sobre o "Terror": Um período da revolução francesa recebeu este nome porque mais ou menos 20.000 foram gilhotinados. Mas olha só que interessante, esta revolução foi dividida em vários períodos, o do terror foi apenas um deles e definitivamente não foi o que envolveu mais mortos. Então por que este nome? Pra mim é porque quem mais morreu neste período foram girondinos, os proprietários de terras, assim o termo "terror" é um discurso daqueles que detinham poder na época. Antes da revolução o povo estava literalmente morrendo de fome, mas quando gente rica começa a morrer só aí é que é hora de chamar de terror.
É natural esperar que a Rainha da Inglaterra tenha essa aversão à Revolução Francesa. Sua dinastia foi uma das poucas que se manteve no mundo todo depois disso e muitos reis se organizaram para tentar derrubar a França justamente por medo que esta revolução se espalhasse pela Europa (inclusive o da Inglaterra). Burrice foi terem convidado uma rainha a participar deste tipo de evento. O que eles esperavam que ela fosse dizer? Que adorou a ideia?
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Re: Revolução Francesa, Revolução Russa etc.
Estudos sobre a revolução russa é que não faltam, alguns muito bons, principalmente após a queda do regime soviético e a liberação dos arquivos das décadas de 10, 20 e 30. Mas eles procuram mostrar a verdade e não defender posições pré-definidas por afinidade ideológica, e por isso podem não satisfazer algumas opiniões.pt escreveu:Na Russia, o que aconteceu é digno de estudos muito mais profundos do que os que foram feitos até agora, porque não os querem fazer.
Ou seja, a revolução foi um processo que conduziu a uma violência de tal forma brutal, destruiu tanta coisa, que para reconstruir os russos acabaram fazendo o que faziam antes.
O sistema russo por isso não mudou. A revolução existiu, mas o país continuou como antes, profundamente conservador e profundamente retrógrado.
O que acontece é que se costuma referir hoje como revolução russa ao que de fato foi a revolução de outubro, quando as forças bolcheviques de inspiração marxista, comandadas por Lênin, derrubaram o vacilante governo de Lvov e Kerenski, que já havia destituído o Czar e pretendia trazer a democracia à Rússia sem alterar de forma significativa a estrutura da sociedade russa do momento. Na revolução de outubro o governo foi assumido pelos bolcheviques, que dominavam a maioria dos sovietes e logo impuseram o seu controle sobre o exército e a maior parte do território. Houve reação principalmente dos demais partidos de inspiração socialista, e esta etapa da revolução acabou tendo também episódios de violência que incluíram a morte do Czar e sua família e culminaram com a dissolução de uma assembleia constituinte eleita de forma livre após a derrubada do governo anterior.
Mas ao contrário do que se dizia durante a guerra fria e do que muita gente diz até hoje a revolução de outubro não trouxe imediatamente um período de trevas e repressão das liberdades individuais, e muito menos de violência e fome. Testemunhos de diversos estrangeiros que viviam ou visitavam a Rússia naquele período, bem como relatórios feitos por autoridades de todas as tendências políticas que ainda lá existiam à época deixam bem claro que o espírito da sociedade russa logo após a revolução de outubro (ou revolução vermelha) era exatamente o contrário, as pessoas estavam animadas, participavam ativamente da condução dos negócios de governo de forma que provavelmente não se viu mais até hoje em lugar algum do mundo e o mais desconcertante para os anti-comunistas de carteirinha, eram INCENTIVADAS pelo governo comandado por Lênin a se manifestar, a criar livremente associações que defendessem seus interesses, a apresentar e defender estes interesses perante às autoridades e mesmo a se tornarem autoridades elas mesmas, entrando para os sovietes locais através de eleições livres em cada região. Pessoas ficavam pelas ruas à noite debatendo os mais diversos assuntos (inclusive política) e se reuniam em galpões e igrejas para discutir desde as relações de trabalho nas fazendas até a pesquisa científica, sem interferência do governo. E suas conclusões eram depois apresentadas aos representantes locais (sovietes), avaliadas e conforme fosse o caso levadas às instâncias superiores para discussão e aprovação. Neste período, infelizmente muito curto, houve um crescimento da produção e da economia russas, e os avanços nos mais diversos campos científicos ou artísticos foram notáveis. A grande maioria das pessoas do país estava realmente contente com o modo como as coisas estavam sendo encaminhadas, inclusive reportagens publicadas nos países ocidentais feitas por correspondentes de meios de comunicação estrangeiros mostravam bem isso, fato inclusive reconhecido e citado por gente até dos EUA que não tem nenhum interesse ou simpatia política específica. Havia problemas é claro, não podia ser diferente em um país se recuperando da primeira Guerra Mundial sem nenhum apoio de outras nações e enfrentando ainda a gripe espanhola. Mas no geral a coisa até que não ia mal.
Mas então veio a contra-revolução, com o Exército Branco iniciando lutas em várias partes do país contra o governo bolchevique e o Exército Vermelho. Composto por anti-bolchevistas de todos os matizes, desde socialistas ligados ao governo Lvov-Kerenski a monarquistas-restauradores, passando por legítimos democratas-burgueses que queriam um governo liberal ao molde das democracias ocidentais e por um grande contingente que lutava apenas por interesses pessoais e locais, o Exército Branco teve desde o princípio apoio e inspiração das potências ocidentais, assustadas pelo fantasma do comunismo, que inclusive enviaram unidades de seus exércitos para lutar em várias partes do território russo. O caos e a violência que se seguiu e durou até meados da década de 20, matando pelo menos 15 milhões de pessoas, produziu a ascensão ao topo da cúpula bolchevista dos elementos mais radicais e violentos (com particular destaque para Stálin), e uma radicalização do governo soviético que passou a centralizar o poder e a criar diversos mecanismos de patrulhamento vigilância e repressão da população, já que a partir de certo ponto qualquer um passou a ser suspeito de apoiar o inimigo naquela guerra civil que dividia populações e mesmo famílias, colocando irmão contra irmão em lados opostos.
Quando a poeira assentou finalmente Stálin era o homem forte do governo, comandando com sua personalidade ignorante, dogmática, paranóica e violenta as forças de vigilância e repressão, o que lhe permitiu em pouco tempo derrubar todos os seus antigos companheiros agora vistos como rivais na sua luta pelo poder ilimitado, e a finalmente a assumir mesmo como um novo Czar absolutista de uma sociedade sem liberdade ou qualquer resquício de democracia e controlada pelo terror, que é a imagem que ficou até hoje associada ao regime soviético.
E o resto é história.
Leandro G. Card
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Re: Revolução Francesa, Revolução Russa etc.
A organização da nobreza e distribuição do poder britânico era totalmente diferente do francês. Era uma sociedade moderna que soube se adaptar as demandas que surgiam com o desmonte do sistema feudal. Depois, no século XIX, foi um dos grandes patrocinadores da limitação da concentração de poder real. Herança do projeto nacional para a resolução da instabilidade e guerras internas britânicas que datam de 1500-1600. As soluções funcionaram tão bem que ajudaram a Inglaterra a ser a superpotência do século XIX, ainda ser um exemplo de estabilidade até hoje.
Ao contrário da França que era uma bomba relógio com a apressão da maior parte da população, inclusive os burgueses que estavam enriquecendo. O que surgiu depois de tudo isso foi o mundo que vemos hoje. A revolução francesa foi fundamental para desmontar o antigo regime em todos os sentidos, mesmo que tenha voltado, não era igual. Mesmo a França se tornou um país muito diferente em relação ao antigo regime.
Ao contrário da França que era uma bomba relógio com a apressão da maior parte da população, inclusive os burgueses que estavam enriquecendo. O que surgiu depois de tudo isso foi o mundo que vemos hoje. A revolução francesa foi fundamental para desmontar o antigo regime em todos os sentidos, mesmo que tenha voltado, não era igual. Mesmo a França se tornou um país muito diferente em relação ao antigo regime.