Caso pressionem muito a Síria, acredito que vai ser pelos lados da Ásia Central e Cáspio
A Russia está exactamente a pagar pela ousadia de ter invadido a Georgia.
Quanto a operações nas antigas republicas da Ásia Central, é melhor nem pensar.
Aquilo é território em fase de absorção pelo império do meio.
A Russia já era.
Eles têm mais é que se preocupar com o que resta do extremo oriente russo, que segundo algumas fontes já tem 40% de população chinesa.
O extremo oriente russo depende da China e os países da Ásia central então nem se fala. Na última década eles têm sido engolidos pelo fluxo de produtos chineses.
O problema da Russia, que já tem aqui sido discutido de forma inutil com indefetíveis e adoradores religiosos, é que não tem a capacidade que muitos lhe dão e que alguns russos parece que ainda acham que podem ter e que os entusiastas lhe atribuem, esquecendo a enorme diferença entre projetos e a realidade.
A Russia é um país com uma dimensão militar ao nível da Espanha ou da França, que tem um arsenal nuclear muito grande.
Mas o arsenal nuclear não adianta de nada nestes casos.
É por isso que há almirantes russos que não querem gastar dinheiro na reconstrução dos gloriosos cruzadores nucleares, quando a Russia muitas vezes não tem sequer uma corveta em estado de prontidão para enviar para o mar.
É claro que este tema já foi mais que discutido e explicado, mas quando as coisas se tornam óbvias, parece que toda a gente já esqueceu.
Assad provavelmente foi levado a crer que a Russia estaria lado a lado na defesa da Síria.
Ora quem olhar para o mapa percebe o principal problema.
No Iraque estão os americanos, que ainda conseguem controlar parte da coisa (embora seja um país xiita, que é provavelmente a melhor carta do Bashar).
Depois, todos os países são hostis ou muito pouco aliados, com a excepção dos terroristas do Hassan Nasralah no Líbano.
Se o mar fica fechado, então fica muito mais dificil de abastecer as tropas sírias.
O apoio do Nasralah, não podemos esquecer, vinha da Síria. O Nasrallah pode até gastar algumas das suas reservas, mas ele não é uma potência industrial-militar.
Se ajuda demasiado o Bashar na Síria, ele pode ter problemas se o conflito descamba para uma intervenção por parte de Israel.
Bashar Al Assad e o Partido Socialista que mantém os alauitas no poder há décadas, chegou ao fim da linha e não aceita isso.
E é esse o problema.