Super Hornet News
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Re: Super Hornet News
Briga 1X1 só no Super Trunfo.
Capaz de se chegar perto disso, o comandante dos dois lados manda recuar e/ou usar as aeronaves de reserva.
Capaz de se chegar perto disso, o comandante dos dois lados manda recuar e/ou usar as aeronaves de reserva.
- andrelemos
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Re: Super Hornet News
Marechal,Marechal-do-ar escreveu:Então todos sabemos que ele tem motores fracos mas secretamente ele é rápido?andrelemos escreveu:Uma informação como esta pode ser amplamente divulgada na internet como propaganda, ou pode ser considerada secreta.
Ah conta outra...
Pois é, supercruise é um efeito colateral de motores potentes, o que o SH não tem.andrelemos escreveu:Li em algum lugar que no MMRCA os indianos não tinham ficado satisfeitos com a "demonstração" do supercruise do Rafale, que pelo jeito só será realmente possível com turbinas mais potentes.
Primeiro, por que o supercruise é militarmente relevante? É o simples resultado de motores potentes levando o avião a velocidade maior que a velocidade do som sem pós-combustor e não, não tem nada de especial nessa velocidade.andrelemos escreveu:Não acho que o SH seja capaz de um supercruise militarmente relevante, mas é interessante notar que ele consegue uma velocidade bastante razoável (.96 Mach) com uma configuração ar-ar e sem nem ter que forçar tanto os motores.
Militarmente, qual a diferença entre Mach 0.96 e Mach 1.05? Não existe grande diferença, a "barreira" do som só é importante para humanos, de preferência os que surpreendem com marcas, um pouco mais rápido ou um pouco mais lento na guerra não faz tanta diferença assim.
Em outras palavras, é um marketing e tanto, sendo assim, só servindo mesmo para marketing, por que essa informação seria secreta? Se um avião é capaz de supercruise, mesmo que para isso tenah que ser com 10% de combustível e sem armas, o fabricante vai gritar isso aos quatro ventos, que nem a Dassault e SAAB fazem, porque isso tem um grande impacto no marketing, mesmo sem muita aplicação militar.
O supercruise do Rafale em si é importante? Não, basicamente isso só mostra que ele tem melhor relação peso/empuxo que o Super Hornet, os indianos acharam pouco? Também acharia, só seria realmente relevante se fosse Mach 1.5 por exemplo, diria que não foi por causa do supercruise que os indianos escolheram o Rafale ao invés do Super Hornet...
Dados de fabricantes geralmente são confiáveis o problema é que muitas vezes são incompletos não dizendo como chegaram naquele valor, o fabricante se interessa em mostrar os pontos positivos do seu produto e tenta esconder ou minimizar os negativos, a Boing faz isso com o Super Hornet, sempre falam do angulo de ataque e a velocidade de posicionamento do bico, a baixa velocidade de estol, etc, eles também evitam falar dos pontos ruins do SH, limite de força G, velocidade, etc. E para mim fica a impressão, se existe algo que o fabricante não quer falar, então não deve ser bom, no caso do SH, a Boing não fala a velocidade dele sem pós-combustor...andrelemos escreveu:Frequentemente debates na internet sobre estes caças se baseiam em dados de fabricantes que podem ou não ser confiáveis (às vezes são estimativas), então é bom encontrar uma fonte que coloque dados operacionais reais, incluindo os custos de operação devidamente detalhados.
Eu sei disso, a missão é muito simples, voar até um ponto e voltar, sei que o SH não tem um alcance excepcional mas o valor no documento é baixo demais.andrelemos escreveu: Quanto ao alcance, os dados na tabela estão em milhas náuticas (nm) o que equivale a cerca de 1,85 km...
Fato, o SH perdeu e o Rafale ganhou, criticar a relação peso-potência é quase o mesmo que criticar diretamente o desempenho baixo já que o desempenho é um resultado dessa relação.andrelemos escreveu:Algum outro forista aqui (acho que foi o Knigh7 ou o Penguin) postou uma avaliação do Carnegie Endowment sobre o MMRCA que colocava o SH em pé de igualdade com os outros concorrentes em termos de manobrabilidade, criticando somente a sua relação peso-potência relativamente baixa (e portanto dificuldades de recuperar energia).
No caso da India eu entenderia se tivessem escolhido um caça russo... Mas um francês? E o SH não foi nem para a final...andrelemos escreveu:Que eu saiba, estes tipos de concorrências têm diversos componentes, incluindo um fortíssimo componente político/estratégico que não pode ser ignorado...
Por "militarmente relevante" quis dizer exatamente o que você falou, ou seja, algo em torno de 1,5 Mach. Algo somente possível em aeronaves com baias internas de armamentos (ou seja 5a geração), no meu modo de ver. Senão não confere grande vantagem em termos de ganho de alcance e/ou mais energia entrando em combate...
E cada empresa tem sua própria estratégia de marketing, procurando maximizar as qualidades e diminuir os defeitos dos seus caças. A meu ver, o que define se um caça é bom ou não é se ele cumpre a missão que lhe foi designada, preenchendo as necessidades da força que o adota. A US Navy com o SH queria um avião com a mesma agilidade do Hornet C/D com maior alcance, carga de armas, e facilidade de operação em porta-aviões. Pelo jeito a aceleração e taxa de subida ficaram em segundo plano, senão a Boeing teria que ter projetado o caça de outra forma e a US Navy estaria clamando por um novo avião, o que até onde eu sei não ocorre. E segundo as outras fontes que citei, mesmo sem ser o caça mais potente do mundo, é um avião muito perigoso em um dogfight e cumpre muito bem missões ar-solo. Em combate BVR tem um dos melhores radares do mundo e carrega uma boa quantidade de mísseis, então também satisfaz.
O que eu acho que não podemos fazer aqui, para não cometer injustiças, é bater em um caça por não fazer algo para qual não foi projetado. O SH substituiu a contento uma grande variedade de aviões nos Nae's da USN e está poupando bilhões de dólares em custos de operação ao fazê-lo. Se ele é melhor que o caça x ou é a melhor opção para o Brasil são outros 500.
Bom, intermediate = intermediário. Por mais que possamos ficar aqui discutindo semântica, pra mim ou isto que dizer 50% da potência total da turbina contando o afterburner, ou 50% do military thrust, mas certamente algo abaixo de "full afterburner". Cada um tira as conclusões que lhe convém...E nem o que é "Intermediate Thrust"... Mesmo assim você assumiu que algo menos que "Military Thrust".andrelemos escreveu: O problema desta tabela é que justamente ela não divulga que configuração ar-ar é esta, apenas para as missões de Interdição.
Finalmente, os Indianos operam aviões franceses a muito tempo, e de fato gostam de ter aviões de diversas procedências para não ficarem dependentes de um único fornecedor. Como os finalistas do MMRCA foram o EF-2000 e o Rafale, o que podemos concluir é que ou o avião que os Indianos tinham na cabeça quando fizeram os requerimentos era diferente do SH (ou seja, prioridade para missões de superioridade aérea), ou então eles ficaram com um pé atrás com relação às garantias de ToT da Boeing. Mas só podemos especular, e como no F-X2 o SH, Rafale e Gripen NG foram para a short-list, os requisitos da FAB devem ser bem diferentes e portanto talvez o SH seja o melhor avião para nós.... ou não
Re: Super Hornet News
As impressões dos que voam o SH são muito semelhantes...
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Muito interessante e informativo o relato do piloto Vianney Gonçalves Jr (abaixo):
10 de Maio, 2012 - 00:09 ( Brasília )
VOO – PARTE 3 - UM ENVELOPE COM O “SELO” DA MANOBRABILIDADE
http://www.defesanet.com.br/hornet/noti ... abilidade/
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Artigo sobre o SH de autoria de Alfredo Salvatore Leta* (ex-Tenente-Coronel-Aviador da FAB), que testou o F/A-18F para a Revista Forca Aérea (Gripen e Rafale tb) em 2009:
* Participou como Comandante do 1°/16° GAv do Red Flag 98-3.
Flying the F/A-18F Super Hornet
Parts 1 and 2
Dr Carlo Kopp, MAIAA, MIEEE
http://www.ausairpower.net/SuperBug.html
(...)
2.7 Observations
The Super Hornet is a fighter with exceptional handling qualities, even by modern fighter standards, which even a novice can handle comfortably and with confidence at the edge of the low speed manoeuvre envelope.
The point which Boeing and the US Navy have made most convincingly, is that the aircraft's flight control software is so robust that even a beginner on the type can fly it without embarrassing himself too badly. Sceptics should note that test pilot comments about fighters with this generation of flight controls being as easy to fly as a Cessna 172 are indeed correct. There is no room for argument here, as I had the opportunity to observe first hand!
In the hands of an experienced combat pilot, such flight control software means that the pilot can be wholly focussed on the furball in progress, and need not devote any thought to pushing the aircraft past the edge into a uncontrolled departure and resulting risk of a ground impact or successful enemy missile shot. The importance of a substantially departure resistant aircraft, especially if encumbered with stores, cannot be understated - carefree handling translates directly into combat effectiveness.
In a low speed post-merge manoeuvring fight, with a high off-boresight 4th generation missile and Helmet Mounted Display, the Super Hornet will be a very difficult opponent for any current Russian fighter, even the Su-27/30. The analogue and early generation digital flight controls with hard-wired or hard-coded AoA limiters used in the Russian aircraft are a generation behind the Super Hornet and a much more experienced pilot will be required for the Russian types to match the ease with which the Super Hornet handles high alpha flight regimes.
The reports emanating from carrier landing trials performed in the US cannot be disputed, the aircraft is a sheer delight in the circuit and will take much of the anxiety out of night and bad weather traps, especially for nugget fighter-attack pilots.
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Muito interessante e informativo o relato do piloto Vianney Gonçalves Jr (abaixo):
10 de Maio, 2012 - 00:09 ( Brasília )
VOO – PARTE 3 - UM ENVELOPE COM O “SELO” DA MANOBRABILIDADE
http://www.defesanet.com.br/hornet/noti ... abilidade/
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Artigo sobre o SH de autoria de Alfredo Salvatore Leta* (ex-Tenente-Coronel-Aviador da FAB), que testou o F/A-18F para a Revista Forca Aérea (Gripen e Rafale tb) em 2009:
* Participou como Comandante do 1°/16° GAv do Red Flag 98-3.
“Observacoes finais
Possuindo superficies de comando bem dimensionadas, um FCS (Flight Control System) de ultima geracao e com motorizacao adequada, o Super Hornet capitalizou excepcionais qualidades de voo, no envelope de manobras com baixas velocidades e altos angulos de ataque. Sem restricoes de manobrabilidade e com diminuto risco de ingressar em situacoes anormais de voo, a carga de trabalho foi substancialmente diminuida, permitindo ao piloto devotar maior tempo no acompanhamento da evolucao do cenario de combate, aumentando a sua consciencia situacional.
Em arena de combate com baixas velocidades, equipado com misseis all-aspect (AIM-9X) e com o JHMCS (capacete designador de alvos), aliado a sua excepcional manobrabilidade, o F/A-18E/F sera um oponente dificil de ser batido.
Com as potencialidades anunciadas do radar AN/APG-79, a elevada capacidade de carregamento de armamento stand-off (pode ser configurado com 14 misseis, sendo 12 BVR), com a integrada e atualizada suite de equipamentos de guerra eletronica e reduzida RCS, o Super Hornet eh um vetor com surpreendente capacidade de sobrevivencia, alta letalidade e baixa vulnerabilidade.”
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
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Re: Super Hornet News
Sim, existem muitas variáveis e, na variável "desempenho" o SH não é muito bom, simples, não?Carlos Lima escreveu:O SH é uma aeronave que conta com uma eletrônica ultra moderna, e pode carregar uma quantidade estúpida de armamentos, mas tem os seus problemas aerodinâmicos, não que honestamente isso venha a ser uma diferença absurda em um combate porque nesse caso uma aeronave está sujeita a todo o tipo de configurações, e existem tantas outras variáveis no meio disso que contam tanto... (clima, altitude, ambiente tático, disponibilidade, inteligência, apoio, etc).
De tempos em tempos sempre aparece alguém com aqueles argumentos "ganha quem atira primeiro", "o importante é radar", "manobrilidade só em dogfight", etc, se tudo isso fosse verdade os caças de hoje seriam um E-3 AWACS e caregados de mísseis, o que não é o caso, o que elimina o F-15 muitas vezes é a manobrilidade, o SH sofre com o desempenho, talvez o desempenho não precise ser extremo como o F-15 mas ao menos algo razoável "pra não se atrasar", o F-16 não é o mais rápido mas não lembro de ter visto alguém reclamar.Carlos Lima escreveu:Acho que naquela situação "canhão x canhão" 1 x 1 o SHornet pode ter algumas desvantagens contra outras aeronaves, mas quem é que vai para a briga assim hoje em dia?
E a manobrilidade é um assunto a parte, não, não é só dogfight, no combate BVR posicionamento e evasão também contam, não tenho dados em relação a combates aéreos (até porque esses combates ainda não aconteceram) mas tenho de mísseis anti-navios (sim, aqueles negócios lentos que flutuam) em guerras recentes de Israel que provam que não é sempre que disparar primeiro significa vitória, de 73 pra ca (ou seria 80? Preguiça de procurar a porcaria do documento...) apesar de muitos disparos nenhum míssel atingiu navios israelenses, o que evitou os mísseis em ordem foram: 1) Contramedidas eletrônicas, 2) Manobras evasivas *(!) e 3) CIWS
* Sim, manobras evasivas, até com um alvo grande e lento como um navio o posicionamento evitou mísseis, imaginem com aviões? No fim existe um motivo para F-22 e Su 35 terem TVC e Gripen, Rafale e EF2000 terem Canards.
"Quando um rico rouba, vira ministro" (Lula, 1988)
Re: Super Hornet News
Algumas observações:Carlos Lima escreveu:Sem querer ser chato, mas tem muita gente na Índia que não ficou satisfeito com o desempenho do SH em Leh.
E esse é um Sr teste porque a altitude desse aeroporto é de 10.500 pés e as temperaturas no inverno chegam a -20 Celsius. A densidade do ar naquela região é aproximadamente 1/9 do nível do mar (o ar é bem mais rarefeito o que impoe uma série de dificuldades de operação para aeronaves).
Essa é uma base aonde os M2k operam muito bem porque são otimizados para esse tipo de operação, assim como os Su-30MKI.
Uma aeronave com problemas na sua relação peso/potência certamente não vai operar em condições ideais nesse ambiente.
Para ilustração, o aeroporto mais "alto" aonde o SHornet já operou em testes foi o da Base Aérea de Peterson no Colorado a altitudes de 6000 pés e mesmo lá teve alguns problemas quando comparado ao F-16 B50. Operou... mas não com a mesma facilidade.
Com relação a temperaturas, até aonde consta a mais fria foi no Alaska (em torno de -25C), mas também sofreu um pouco mais do que o F-15/6 nesse ambiente.
O SH é uma aeronave que conta com uma eletrônica ultra moderna, e pode carregar uma quantidade estúpida de armamentos, mas tem os seus problemas aerodinâmicos, não que honestamente isso venha a ser uma diferença absurda em um combate porque nesse caso uma aeronave está sujeita a todo o tipo de configurações, e existem tantas outras variáveis no meio disso que contam tanto... (clima, altitude, ambiente tático, disponibilidade, inteligência, apoio, etc).
Acho que naquela situação "canhão x canhão" 1 x 1 o SHornet pode ter algumas desvantagens contra outras aeronaves, mas quem é que vai para a briga assim hoje em dia?
[]s
CB_Lima
- A razão Potência/Peso do SH é superior ao do Mirage 2000.
- O HAL Tejas MK 1 equipado com a GE F404 (equipa o Hornet) passou nos testes em Leh. Os indianos selecionaram a GE F414, a mesma que equipa o SH, para equipar o Tejas MK 2.
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
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Re: Super Hornet News
Amigos,Penguin escreveu: ...
Muito interessante e informativo o relato do piloto Vianney Gonçalves Jr ...
Também gosto muito dos relatos do Vianney. São muito profissionais.
O relatório dele sobre o Rafale teria três partes, parece.
Alguém sabe por que a Defesa Net publicou só a primeira? Onde podemos encontrar as outras?
Abraços,
Justin
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Re: Super Hornet News
O problema não é esse.Penguin escreveu:Algumas observações:Carlos Lima escreveu:Sem querer ser chato, mas tem muita gente na Índia que não ficou satisfeito com o desempenho do SH em Leh.
E esse é um Sr teste porque a altitude desse aeroporto é de 10.500 pés e as temperaturas no inverno chegam a -20 Celsius. A densidade do ar naquela região é aproximadamente 1/9 do nível do mar (o ar é bem mais rarefeito o que impoe uma série de dificuldades de operação para aeronaves).
Essa é uma base aonde os M2k operam muito bem porque são otimizados para esse tipo de operação, assim como os Su-30MKI.
Uma aeronave com problemas na sua relação peso/potência certamente não vai operar em condições ideais nesse ambiente.
Para ilustração, o aeroporto mais "alto" aonde o SHornet já operou em testes foi o da Base Aérea de Peterson no Colorado a altitudes de 6000 pés e mesmo lá teve alguns problemas quando comparado ao F-16 B50. Operou... mas não com a mesma facilidade.
Com relação a temperaturas, até aonde consta a mais fria foi no Alaska (em torno de -25C), mas também sofreu um pouco mais do que o F-15/6 nesse ambiente.
O SH é uma aeronave que conta com uma eletrônica ultra moderna, e pode carregar uma quantidade estúpida de armamentos, mas tem os seus problemas aerodinâmicos, não que honestamente isso venha a ser uma diferença absurda em um combate porque nesse caso uma aeronave está sujeita a todo o tipo de configurações, e existem tantas outras variáveis no meio disso que contam tanto... (clima, altitude, ambiente tático, disponibilidade, inteligência, apoio, etc).
Acho que naquela situação "canhão x canhão" 1 x 1 o SHornet pode ter algumas desvantagens contra outras aeronaves, mas quem é que vai para a briga assim hoje em dia?
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- O HAL Tejas MK 1 equipado com a GE F404 (equipa o Hornet) passou nos testes em Leh. Os indianos selecionaram a GE F414, a mesma que equipa o SH, para equipar o Tejas MK 2.
O SH tem problemas aerodinâmicos que em determinados regimes de operação se mostram mais claros do que em outros (por exemplo alta altitude).
Além disso não é o fato de uma aeronave utilizer o motor do Hornet ou SHornet que significa que irá funcionar igual a ela
Se fosse isso, por exemplo, o Viggen voava igual a um 707 ... (o que não é o caso).
[]s
CB_Lima
CB_Lima = Carlos Lima
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Re: Super Hornet News
Marechal-do-ar escreveu:Sim, existem muitas variáveis e, na variável "desempenho" o SH não é muito bom, simples, não?Carlos Lima escreveu:O SH é uma aeronave que conta com uma eletrônica ultra moderna, e pode carregar uma quantidade estúpida de armamentos, mas tem os seus problemas aerodinâmicos, não que honestamente isso venha a ser uma diferença absurda em um combate porque nesse caso uma aeronave está sujeita a todo o tipo de configurações, e existem tantas outras variáveis no meio disso que contam tanto... (clima, altitude, ambiente tático, disponibilidade, inteligência, apoio, etc).
De tempos em tempos sempre aparece alguém com aqueles argumentos "ganha quem atira primeiro", "o importante é radar", "manobrilidade só em dogfight", etc, se tudo isso fosse verdade os caças de hoje seriam um E-3 AWACS e caregados de mísseis, o que não é o caso, o que elimina o F-15 muitas vezes é a manobrilidade, o SH sofre com o desempenho, talvez o desempenho não precise ser extremo como o F-15 mas ao menos algo razoável "pra não se atrasar", o F-16 não é o mais rápido mas não lembro de ter visto alguém reclamar.Carlos Lima escreveu:Acho que naquela situação "canhão x canhão" 1 x 1 o SHornet pode ter algumas desvantagens contra outras aeronaves, mas quem é que vai para a briga assim hoje em dia?
E a manobrilidade é um assunto a parte, não, não é só dogfight, no combate BVR posicionamento e evasão também contam, não tenho dados em relação a combates aéreos (até porque esses combates ainda não aconteceram) mas tenho de mísseis anti-navios (sim, aqueles negócios lentos que flutuam) em guerras recentes de Israel que provam que não é sempre que disparar primeiro significa vitória, de 73 pra ca (ou seria 80? Preguiça de procurar a porcaria do documento...) apesar de muitos disparos nenhum míssel atingiu navios israelenses, o que evitou os mísseis em ordem foram: 1) Contramedidas eletrônicas, 2) Manobras evasivas *(!) e 3) CIWS
* Sim, manobras evasivas, até com um alvo grande e lento como um navio o posicionamento evitou mísseis, imaginem com aviões? No fim existe um motivo para F-22 e Su 35 terem TVC e Gripen, Rafale e EF2000 terem Canards.
Entendo e concordo,
Mas só uma pequena correção que ou foi no ano passado ou em 2011 que um míssil anti-navio lançado de terra atingiu uma fragata israelense.
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Re: Super Hornet News
Marechal-do-ar escreveu:Sim, existem muitas variáveis e, na variável "desempenho" o SH não é muito bom, simples, não?Carlos Lima escreveu:O SH é uma aeronave que conta com uma eletrônica ultra moderna, e pode carregar uma quantidade estúpida de armamentos, mas tem os seus problemas aerodinâmicos, não que honestamente isso venha a ser uma diferença absurda em um combate porque nesse caso uma aeronave está sujeita a todo o tipo de configurações, e existem tantas outras variáveis no meio disso que contam tanto... (clima, altitude, ambiente tático, disponibilidade, inteligência, apoio, etc).
De tempos em tempos sempre aparece alguém com aqueles argumentos "ganha quem atira primeiro", "o importante é radar", "manobrilidade só em dogfight", etc, se tudo isso fosse verdade os caças de hoje seriam um E-3 AWACS e caregados de mísseis, o que não é o caso, o que elimina o F-15 muitas vezes é a manobrilidade, o SH sofre com o desempenho, talvez o desempenho não precise ser extremo como o F-15 mas ao menos algo razoável "pra não se atrasar", o F-16 não é o mais rápido mas não lembro de ter visto alguém reclamar.Carlos Lima escreveu:Acho que naquela situação "canhão x canhão" 1 x 1 o SHornet pode ter algumas desvantagens contra outras aeronaves, mas quem é que vai para a briga assim hoje em dia?
E a manobrilidade é um assunto a parte, não, não é só dogfight, no combate BVR posicionamento e evasão também contam, não tenho dados em relação a combates aéreos (até porque esses combates ainda não aconteceram) mas tenho de mísseis anti-navios (sim, aqueles negócios lentos que flutuam) em guerras recentes de Israel que provam que não é sempre que disparar primeiro significa vitória, de 73 pra ca (ou seria 80? Preguiça de procurar a porcaria do documento...) apesar de muitos disparos nenhum míssel atingiu navios israelenses, o que evitou os mísseis em ordem foram: 1) Contramedidas eletrônicas, 2) Manobras evasivas *(!) e 3) CIWS
* Sim, manobras evasivas, até com um alvo grande e lento como um navio o posicionamento evitou mísseis, imaginem com aviões? No fim existe um motivo para F-22 e Su 35 terem TVC e Gripen, Rafale e EF2000 terem Canards.
Razão pela qual o SH tem LERX e os Eurocarand têm canards...
Fonte: Fundamentals of Fighter Design, Ray Whitford
Editado pela última vez por Penguin em Qua Ago 21, 2013 9:55 pm, em um total de 2 vezes.
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
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Re: Super Hornet News
Ah... Não estava ciente dessa, tem mais informações?Carlos Lima escreveu:Mas só uma pequena correção que ou foi no ano passado ou em 2011 que um míssil anti-navio lançado de terra atingiu uma fragata israelense.
"Quando um rico rouba, vira ministro" (Lula, 1988)
Re: Super Hornet News
Engraçado...tem várias matérias sobre o Rafale, mas a continuação parece que realmente está desaparecida....Justin Case escreveu:Amigos,Penguin escreveu: ...
Muito interessante e informativo o relato do piloto Vianney Gonçalves Jr ...
Também gosto muito dos relatos do Vianney. São muito profissionais.
O relatório dele sobre o Rafale teria três partes, parece.
Alguém sabe por que a Defesa Net publicou só a primeira? Onde podemos encontrar as outras?
Abraços,
Justin
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Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
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Re: Super Hornet News
Carlos Lima escreveu:O problema não é esse.Penguin escreveu: Algumas observações:
- A razão Potência/Peso do SH é superior ao do Mirage 2000.
- O HAL Tejas MK 1 equipado com a GE F404 (equipa o Hornet) passou nos testes em Leh. Os indianos selecionaram a GE F414, a mesma que equipa o SH, para equipar o Tejas MK 2.
O SH tem problemas aerodinâmicos que em determinados regimes de operação se mostram mais claros do que em outros (por exemplo alta altitude).
Lima, na boa, isso para mim é total novidade. Por que o SH teria problema em alta altitude? Qual o problema aerodinâmico dele que causaria isso? Nunca li nada a respeito na literatura.
Não sei quais suas fontes, mas segundo os indianos, 4 dos competidores do MMRCA falharam em Leh, que não foi um simples teste de altitude: http://www.livefistdefence.com/2010/03/ ... rials.html
Em Leh operam regulamente até 737 e A320:
Além disso não é o fato de uma aeronave utilizer o motor do Hornet ou SHornet que significa que irá funcionar igual a ela
Se fosse isso, por exemplo, o Viggen voava igual a um 707 ... (o que não é o caso).
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Re: Super Hornet News
Olá Santiago,Penguin escreveu:Carlos Lima escreveu: O problema não é esse.
O SH tem problemas aerodinâmicos que em determinados regimes de operação se mostram mais claros do que em outros (por exemplo alta altitude).
Lima, na boa, isso para mim é total novidade. Por que o SH teria problema em alta altitude? Qual o problema aerodinâmico dele que causaria isso? Nunca li nada a respeito na literatura.
Não sei quais suas fontes, mas segundo os indianos, 4 dos competidores do MMRCA falharam em Leh, que não foi um simples teste de altitude: http://www.livefistdefence.com/2010/03/ ... rials.html
Em Leh operam regulamente até 737 e A320:
Além disso não é o fato de uma aeronave utilizer o motor do Hornet ou SHornet que significa que irá funcionar igual a ela
Se fosse isso, por exemplo, o Viggen voava igual a um 707 ... (o que não é o caso).
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Como eu disse o problema é a relação peso/potência do SH que causa mais problemas quando você tem menos ar para sugar nas entradas de ar (o caso de Leh a 10500 pés e -20 Celsius), com isso a aeronave come uma pista desgraçada para poder operar.
Um dos critérios de avaliação indianos naquele teste em especial, foi a aeronave pousar, "desligar", ligar de novo e decolar com uma carga "x" de combustível / "armas".
O SH tem uma ótima capacidade de estol, mas o problema é que em ambientes aonde o ar é mais rarefeito, essa capacidade quase que desaparece, o que no caso dos testes de Leh, realçaram alguns problemas do SH naquele ambiente em especial.
Ou seja, ao nível do mar ele opera muito bem (ele foi criado para isso afinal), mas em ambientes como Leh a coisa complica um pouo mais.
Mas é bom realçar que no Brasil não temos tais ambientes. Só citei o caso por conta da conversa do MMRCA.
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Re: Super Hornet News
Não tinha sido um vant que havia acertado um barco israelense?Marechal-do-ar escreveu:Ah... Não estava ciente dessa, tem mais informações?Carlos Lima escreveu:Mas só uma pequena correção que ou foi no ano passado ou em 2011 que um míssil anti-navio lançado de terra atingiu uma fragata israelense.
Re: Super Hornet News
Foi em 2006, no sul do Líbano... um C-802 (uma especie de Exocet chinês) iraniano lançado pelo Hezbollah acertou a INS Hanit.Rodrigoiano escreveu:Não tinha sido um vant que havia acertado um barco israelense?Marechal-do-ar escreveu: Ah... Não estava ciente dessa, tem mais informações?
http://en.wikipedia.org/wiki/INS_Hanit
"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)