PRIMAVERA BRASILEIRA

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

Moderador: Conselho de Moderação

VC É CONTRA OU A FAVOR DAS MANIFESTAÇÕES?

Contra porque sou contra qualquer tipo de manifestação popular
1
1%
Contra porque acho que é contra o PT
10
7%
A favor mas sem baderna nem vandalismo
89
62%
A favor, mesmo que incendeiem o Brasil inteiro
34
24%
Não sei
2
1%
Não sei nem quero saber
7
5%
 
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Re: PRIMAVERA BRASILEIRA

#571 Mensagem por Lirolfuti » Sex Jun 28, 2013 5:05 pm

Rodrigoiano escreveu:
rodrigo escreveu:Está havendo um pacto de não se informar tudo. Ontem em Fortaleza as manifestações foram mais graves e danosas do que os meios de comunicação estão mostrando. A inteligência militar assumiu totalmente, deixando as PMs e DPF de lado. Já são monitorados líderes, e planejadas restrições em transportes públicos para diminuir o número de manifestantes em diversas cidades.
Mas prejuízo igual ao daquela concessionária da Kia em BH nunca tinha visto. Na casa dos milhões! :shock: Mais grave então foi a gerente de marketing ter dito no Sbt Brasil que pediu ajuda à polícia e esta disse que o foco era o Mineirão! :twisted: Se for comprovado isso tem que haver punição por parte do governo mineiro. Segurança pública é para todos!
Mais ate o final da copa será isso, a prioridade será os estádios, e o povo que se fo... afinal na area de 3 quilômetros no entorno não e mais território brasileiro e da Fifa :roll:




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Re: PRIMAVERA BRASILEIRA

#572 Mensagem por Rodrigoiano » Sex Jun 28, 2013 5:11 pm

É perímetro de segurança. O território é brasileiro. Somente dentro dos estádios, ostensivamente, é que ficam a vista só os seguranças da Fifa. Escondidos para qualquer eventualidade, forças policiais e militares brasileiras. A rua é responsabilidade integral das forças de segurança da catraca para fora dos estádios.




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Re: PRIMAVERA BRASILEIRA

#573 Mensagem por Paisano » Sáb Jun 29, 2013 12:29 am

O poder se mexe

Fonte: http://www.istoe.com.br/reportagens/311 ... ternalPage
Num processo iniciado pela presidenta Dilma, Executivo, Legislativo e Judiciário respondem às manifestações, mas ainda há muito o que fazer

Paulo Moreira Leite, Izabelle Torres, Josie Jeronimo e Laura Daudén


Depois de atravessar o País inteiro em passeatas memoráveis, confrontos duros com a polícia e embalar cenas lamentáveis de baderna, o terremoto político iniciado com o Movimento Passe Livre de São Paulo obrigou o poder de Brasília a se mover. Entre medidas de subsídio e investimentos diretos no transporte público, gastos definidos para saúde e educação e outras rubricas do Estado brasileiro, encaminharam-se demandas estimadas R$ 115 bilhões anuais, grandeza que só costuma ocorrer após grandes catástrofes e situações de guerra.

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UMA VITÓRIA DAS RUAS
Sob pressão dos manifestantes que lotavam as
galerias da Câmara, parlamentares derrubam a PEC 37,
mantendo o poder de o Ministério Público investigar


Enquanto deputados, senadores e governadores mantinham absoluto silêncio, em meio às pressões das ruas, a presidenta deu às caras, foi à televisão, e concorde-se ou não com as medidas adotadas ao longo da semana para dar resposta efetivas às manifestações, ela chamou a responsabilidade para si. Tomou atitudes de quem compreende a gravidade da situação e seu lugar dentro dela. Cancelou uma viagem de sete dias ao Japão e, criticada por conversar pouco e mandar muito, passou a semana em diálogos variados. Recebeu prefeitos e governadores na segunda-feira 24, mas também conversou com a garotada que começou as mobilizações em São Paulo. Ainda reuniu-se com Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal, encontrou-se com sindicalistas e a oposição e, na sexta-feira 28, estava em audiência com lideranças do movimento gay. Do mesmo modo que o aumento da tarifa de transporte público foi a faísca que deflagrou os protestos no País, Dilma foi quem detonou a reação dos Três Poderes, até então desorientados e atônitos. Só, a partir daí, que Executivo, Legislativo e Judiciário passaram a se mexer. No capítulo das medidas de moralização do Estado, o Senado aprovou uma lei que define a corrupção como crime hediondo, reservando, para autoridades condenadas, penas que agravam sua condenação em um terço. Numa virada impressionante de humores na Câmara de Deputados, os parlamentares derrotaram a PEC 37 – que garantia exclusividade para a polícia realizar investigações criminais, diminuindo o papel do Ministério Público – por 430 votos a 9. Quinze dias antes, a aprovação da PEC 37 era vista como favas contadas pelos estudiosos do Congresso. Numa decisão que facilitará a punição de parlamentares condenados por corrupção, suspendeu-se o voto secreto na cassação de mandatos. O Supremo Tribunal Federal, por sua vez, mostrou estar em sintonia com o clamor popular ao pedir a prisão do deputado federal Natan Donadon (PMDB-RO), que já estava entrando no último ano de mandato. Acusado de peculato, o parlamentar estava condenado desde 2010. Depois de passar mais de 24h desaparecido, Donadon se entregou à polícia na sexta-feira 28 em Brasília.

Reforma política

A prisão de Donadon foi considerada um marco, além de mais uma vitória dos movimentos das ruas, já que desde a redemocratização nenhum parlamentar havia sido preso. Mas o que dominou os debates ao longo da semana foi a proposta de reformulação do sistema político-eleitoral brasileiro. Na segunda-feira 24, numa nova aparição pela TV em 72 horas, Dilma anunciou medidas para encaminhar uma reforma política, talvez a mais antiga quimera da democracia brasileira desde o fim do regime militar. Reelaborada várias vezes ao longo da semana, a proposta do governo consiste em duas etapas. Submeter um rascunho de possíveis mudanças em nosso sistema político a um plebiscito, cuja data esperada pelo Planalto é 18 de agosto, terceiro domingo daquele mês. Com este rascunho em mãos, o Congresso seria encarregado de formular uma nova lei eleitoral, com regras novas para financiamento de campanha, para eleições parlamentares – voto proporcional, como hoje, ou voto distrital – e outras medidas. Trabalhando em prazos acelerados, o governo espera que os trabalhos estejam concluídos a tempo das novas regras já se encontrarem em vigor no ano eleitoral de 2014, quando os eleitores irão às urnas durante a sucessão de Dilma Rousseff.

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SAINDO DA INÉRCIA
Dilma Rousseff reúne prefeitos e governadores no Palácio do Planalto
na segunda-feira 24. Começava ali a reação dos Três Poderes


Considerando o tamanho monstruoso da crise que envolveu Brasília na semana passada, forçando o Congresso a tomar medidas insólitas – o Senado chegou a votar a lei que estabelece corrupção como crime hediondo durante o jogo Brasil x Uruguai pela Copa das Confederações -- pode-se dizer que a reação do governo foi apropriada. Diante de tremores de alcance imprevisível sobre o regime democrático, o Planalto foi buscar a saída na soberania popular e no voto dos brasileiros. Nem todos os encaminhamentos foram bem sucedidos, mas a presidenta teve capacidade para corrigir a rota quando achou necessário.

Trilhando caminhos jurídicos que foram experimentados, em seu devido tempo, pelos ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva, que também cogitaram reformar o sistema político por uma estratégica parecida, a presidenta entrou nos debates com a proposta de realizar um plebiscito para convocar uma Constituinte destinada, exclusivamente, a aprovar reformas definidas por parlamentares eleitos especialmente para este fim. O problema desta ideia não era o que fazer, somente. Mas como.

Adversário conhecido da tese de Constituinte exclusiva, o vice-presidente Michel Temer não foi consultado. Outros integrantes da cúpula do governo, inclusive os ministros que em tese seriam os mais próximos da presidenta, só receberam a notícia quando parecia um fato consumado. Dentro e fora do Planalto, criou-se um ambiente que podia ser de aplauso ou de crítica, mas sempre exibia algum grau de perplexidade. Vinte e quatro horas depois, durante um encontro com entidades que haviam preparado um projeto de lei eleitoral, a Constituinte foi abandonada.

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Na manhã de terça feira, num encontro que reuniu onze pessoas no Planalto, entre elas Marcus Vinícius Furtado Coelho, presidente do Conselho Nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, e o juiz Marlon Reis, principal liderança do movimento Ficha Limpa, a presidenta declarou-se animada com um dos itens do projeto apresentado pelos dois – que prevê eleição em dois turnos para escolha de deputados, numa primeira rodada por listas partidárias e, numa segunda, por voto nominal. Com isso, o eleitor é atendido em seu costume de votar em indivíduos, tradição bem brasileira e, ao mesmo tempo, os partidos políticos são fortalecidos. “Vocês colocaram o ovo em pé,” elogiou a presidenta. Discutindo como se poderia avançar em direção das mudanças pretendidas, os visitantes demonstraram que seria possível aprovar tudo sem passar por uma Constituinte – nem mesmo por uma PEC, ou proposta de emenda constitucional. Tudo poderia passar por lei comum, disseram. Voltando-se para Michel Temer e José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça, a presidenta consultou os dois pelos olhos. Não se falou mais em Constituinte.

Na quinta-feira 27, a bancada do governo no Senado estava tão animada com a ideia que já discutia até a formação de grupos temáticos, mas o ambiente de Brasília não justificava otimismo quanto a ritmos e prazos. As relações entre o governo e o PT continuam delicadas, enquanto o convívio entre o Planalto e o PMDB atingiu a fronteira entre civilização e barbárie. Se quiser levar a proposta de plebiscito em frente, o governo irá precisar do apoio do PMDB, mais do que nunca. Embora ninguém possa prever como o Congresso vai se comportar depois do terremoto de protestos, o PSDB, o DEM e o PPS já se colocaram como adversários do plebiscito. Eles querem debater a reforma política dentro do Congresso, entre senadores e parlamentares, e só então submeter o resultado final à aprovação popular. Num debate a portas fechadas pelo Congresso, será mais difícil aprovar proposições que agradam ao governo e ao PT, como o financiamento público de campanha. As medidas de caráter administrativo o governo Dilma pode resolver em conjunto com os ministros. As mudanças ocorridas em outras áreas são naturalmente mais fáceis de realizar. Foi ali que ocorreram os maiores avanços ao longo da semana.

Educação

Em ruas de todo o Brasil se ouviu o grito “Da Copa eu abro mão. Eu quero mais dinheiro para saúde educação”. O pedido foi atendido. Primeiro pela presidenta Dilma Rousseff, que, em pronunciamento na sexta-feira 21, pediu que o Congresso votasse a proposta destinava 100% dos royalties da exploração do petróleo para a educação. Depois pela própria Câmara dos Deputados, que seguiu as orientações do governo e aprovou a medida, ainda que com alterações: 75% dos recursos irão para as escolas e 25% serão destinados à saúde. Além disso, os deputados também decidiram reservar à educação 50% dos recursos do Fundo Social do Pré-Sal. O projeto segue agora para o Senado, onde será votado em regime de urgência.

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É certo, como lembra Priscila Cruz, da ONG Todos pela Educação (TPE), que a vinda de mais recursos não resolve, sozinha, o problema dos estudantes brasileiros. A grande questão consiste em definir prioridades corretas. “O Brasil é um país que contém diversos países. Temos a Suíça, mas também a África do Sul.” Ela aponta, como um dos grandes desafios, a melhoria do Ensino Médio. “Dobramos o investimento por aluno nessa fase do ciclo escolar, mas não conseguimos reverter a estagnação dos resultados em Matemática, por exemplo, ao contrário dos anos iniciais do Ensino Fundamental, onde conseguimos grandes avanços nos últimos anos”, diz.

Estima-se que apenas 5,2% dos alunos da rede pública terminam o terceiro ano do Ensino Médio com os conhecimentos adequados na disciplina. Situação similar se verifica no 9º ano do Ensino Fundamental: apenas 22% dos alunos da rede pública demonstraram possuir conhecimentos adequados em Português. Segundo o relatório divulgado na terça-feira 25 pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), os investimentos em educação no Brasil passaram de 3,5% do PIB em 200º para 5,6% em 2010 – a média dos países membros da organização é de 6,3% do PIB. Ainda assim, o gasto com cada aluno do Ensino Médio foi de US$ 2,5 mil, o que equivale a 28,5% do gasto que os países desenvolvidos têm com seus estudantes na mesma série.

Saúde

Sem um sistema de saúde coerente para atender toda população, o País ameaça reunir deficiências dos dois mundos, o da saúde privada e o da saúde pública. Com um pouco mais de dinheiro no bolso, e a convicção de que jamais serão bem atendidos na rede pública, um número cada vez maior de famílias tornou-se cliente de planos privados de saúde capazes de atrair as pessoas pelo baixo preço – e que pelo mesmo motivo não consegue oferecer o atendimento prometido.

Num quadro que não será resolvido do dia para a noite, a saúde recebeu duas boas notícias, nos últimos dias. Ao garantir 25% dos royalties do petróleo a saúde, a Câmara destinou-lhe R$ 70 bilhões nos próximos dez anos.

Num esforço para produzir efeitos rápidos, o governo está convencido de que a saúde da população mais pobre, que reside longe dos centros urbanos, pode melhorar, e muito, se tiver um médico por perto. Para tanto, o Planalto decidiu comprar uma briga para trazer médicos estrangeiros, mas mudou de tática. Irá, primeiro, levantar todos os empregos disponíveis, onde ficam e o salário oferecido. Numa primeira etapa, as vagas serão oferecidas aos médicos brasileiros. Os postos restantes serão ocupados por estrangeiros interessados em mudar-se para o País.

Transporte Público

Se tarifas fossem o único problema do transporte público, o problema estaria bem encaminhado. Nos últimos dias, doze capitais reduziram o preço do transporte e um número incalculável de municípios menores fez o mesmo. A realidade é que faltam investimentos de fôlego, para criar um sistema eficiente, com um mínimo de conforto para atrair cidadãos que, na primeira oportunidade, preferem sentar-se no volante de seu automóvel. Para Maurício Broinizi, coordenador executivo da Rede Nossa São Paulo, vivemos, nesse âmbito, uma situação limite. “Nada contra o direito de ter um carro, mas o problema é o uso intensivo sem que haja uma alternativa.”
Quem esperava que a realização da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas em 2016 poderia reverter esse quadro também se frustrou. Conforme o TCU, até agora houve desembolso de apenas 27% dos valores já contratados, que somam R$ 4,8 bilhões. A previsão de investimentos nessa área é de 11,8 bilhões. “Em um determinado momento as autoridades desistiram de fazer os investimentos em mobilidade e só se preocuparam em fazer estádios”, afirma o engenheiro Jaime Waisman, professor da Escola Politécnica da USP. “O que seria o legado desses eventos simplesmente não vai acontecer.”

Diante da insatisfação, a presidenta Dilma Rousseff anunciou a criação de um Conselho Nacional de Transporte Público e instou as cidades a fazerem o mesmo – algumas, como São Paulo e Florianópolis já possuem esse órgão. A proposta veio acompanhada de uma promessa: Dilma prometeu disponibilizar R$ 50 bilhões para obras de mobilidade. O esforço do Executivo foi acompanhado pelo Legislativo. A Câmara aprovou na quarta-feira 26 a redução para zero do PIS/Pasep e do COFINS, impostos que incidem sobre o transporte coletivo e podem ajudar na redução das tarifas. A proposta segue para o Senado. Já nas cidades, a preção por mais transparência surtiu efeito imediato. Em São Paulo, o prefeito Fernando Haddad suspendeu a licitação que renovaria por mais 15 anos os contratos das empresas de transporte público da capital. O valor da licitação é de R$ 46 bilhões. Quase ao mesmo tempo, a Câmara de Vereadores aprovou a instalação de uma CPI para investigar o setor – o mesmo aconteceu na cidade do Rio de Janeiro – o que pode ajudar a mapear o encontro entre verbas de campanhas e interesses políticos.

Corrupção

Além da prisão de Natan Donadon, Legislativo e Judiciário tiraram da gaveta medidas que dormitavam há anos. Proposição que transforma a corrupção em crime hediondo também foi aprovada pelo Senado. A Câmara votou o fim do voto secreto para cassação de mantados.

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Re: PRIMAVERA BRASILEIRA

#574 Mensagem por Boss » Sáb Jun 29, 2013 12:34 am

Que reforma tributária, hein. Sabemos que o governo é medíocre, só faz PDFs e coisas pela metade, mas lei para taxar fortunas como ponta pé de reforma tributária é o auge.




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Re: PRIMAVERA BRASILEIRA

#575 Mensagem por Bourne » Sáb Jun 29, 2013 8:13 am

Prevejo as passeatas dos milionários e classe média oprimida quando tiver que pagar imposto sobre heranças e elevação do imposto de renda de 27,5% para horríveis 40%. Vão chamar de coisa de comunista, do governo dos petralhas e mandar morar em cuba. :mrgreen:

Entretanto, o Brasil é um dos países com a carga tributária mais injusta do mundo e extremamente favorável aos mais ricos. Por não cobrar imposto de renda e jogar tudo na tributação da produção e consumo. É uma aberração criada por comodidade política ao longo do tempo. Além de criar uma estrutura difícil de fiscalizar e garantir que os impostos sejam pagos.

Enquanto em outros o peso bem maior é tributar riqueza e alta renda. Por exemplo, o imposto de renda para as faixas mais altas da população consegue ser menor do que nos EUA que creio ser 45% (ou 35% :lol: ), além de ser bem mais abrangente e malvado. O Helio Castroneves, o piloto de indy, sabe como é. Foi processado, quase preso e teve que ressarcir o fisco por não ter pago alguns milhões sem impostos. Na maioria dos países desenvolvidos é na casa de 40 a 50% ou mais, também tem a vantagem de ser mais fácil fiscalizar e punir os sonegadores. Essa é uma das explicações por que os produtos em geral são mais baratos em países desenvolvimento e em desenvolvimento do que os similares brasileiras.

Sem realizar a realocação do peso dos impostos para riqueza e alta renda não tem como baixar a carga tributária e desonerar o consumo e produção. Assim prevalecendo os 30, 40, 60 e 70% de impostos sobre os produtos diversos, difícil fiscalizar e quem consegue enganar a receita se dá bem. Depois não venham reclamar que o governo é malvado e deixa os produtos mais caros que o mundo todo. Não tem mágica, o dinheiro para manter a máquina estatal têm que sair de algum lugar. E prefiro pagar 40% e ter todos os bens que consumo mais barato do que pagar 27,5% e comprar bens carregados de impostos.




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Re: PRIMAVERA BRASILEIRA

#576 Mensagem por LeandroGCard » Sáb Jun 29, 2013 9:23 am

Bourne escreveu:Prevejo as passeatas dos milionários e classe média oprimida quando tiver que pagar imposto sobre heranças e elevação do imposto de renda de 27,5% para horríveis 40%. Vão chamar de coisa de comunista, do governo dos petralhas e mandar morar em cuba. :mrgreen:

Entretanto, o Brasil é um dos países com a carga tributária mais injusta do mundo e extremamente favorável aos mais ricos. Por não cobrar imposto de renda e jogar tudo na tributação da produção e consumo. É uma aberração criada por comodidade política ao longo do tempo. Além de criar uma estrutura difícil de fiscalizar e garantir que os impostos sejam pagos.

Enquanto em outros o peso bem maior é tributar riqueza e alta renda. Por exemplo, o imposto de renda para as faixas mais altas da população consegue ser menor do que nos EUA que creio ser 45% (ou 35% :lol: ), além de ser bem mais abrangente e malvado. O Helio Castroneves, o piloto de indy, sabe como é. Foi processado, quase preso e teve que ressarcir o fisco por não ter pago alguns milhões sem impostos. Na maioria dos países desenvolvidos é na casa de 40 a 50% ou mais, também tem a vantagem de ser mais fácil fiscalizar e punir os sonegadores. Essa é uma das explicações por que os produtos em geral são mais baratos em países desenvolvimento e em desenvolvimento do que os similares brasileiras.

Sem realizar a realocação do peso dos impostos para riqueza e alta renda não tem como baixar a carga tributária e desonerar o consumo e produção. Assim prevalecendo os 30, 40, 60 e 70% de impostos sobre os produtos diversos, difícil fiscalizar e quem consegue enganar a receita se dá bem. Depois não venham reclamar que o governo é malvado e deixa os produtos mais caros que o mundo todo. Não tem mágica, o dinheiro para manter a máquina estatal têm que sair de algum lugar. E prefiro pagar 40% e ter todos os bens que consumo mais barato do que pagar 27,5% e comprar bens carregados de impostos.
O pior é que eu, que não sou nenhum milionário, vou acabar tendo que pagar este IR de 40%! Mas DUVIDO que algum banqueiro ou empresário vá pagar um centavo de imposto a mais, já que eles não recebem salário e tem milhares de "jeitinhos" para fugir dos impostos. Mesmo artistas e jogadores de futebol acabarão dando algum jeito, como receber fora do Brasil.

No final é a classe média que vai bancar a conta, como sempre. E o país cada vez mais vai se caracterizar por uma sociedade dos muito ricos e os muito pobres, ao contrário do que acontece em todos os países que são ou estão se tornando desenvolvidos.


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Re: PRIMAVERA BRASILEIRA

#577 Mensagem por Lirolfuti » Sáb Jun 29, 2013 9:30 am

Nestas propostas so fico faltando o imposto único ( que além de ajudar no combate a sonegação também ajudaria na inflação ) a reforma trabalhista, previdenciária e do código penal.




Editado pela última vez por Lirolfuti em Sáb Jun 29, 2013 9:30 am, em um total de 1 vez.
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Re: PRIMAVERA BRASILEIRA

#578 Mensagem por Pedro Gilberto » Sáb Jun 29, 2013 9:30 am

Bourne escreveu:Prevejo as passeatas dos milionários e classe média oprimida quando tiver que pagar imposto sobre heranças e elevação do imposto de renda de 27,5% para horríveis 40%. Vão chamar de coisa de comunista, do governo dos petralhas e mandar morar em cuba. :mrgreen:

Entretanto, o Brasil é um dos países com a carga tributária mais injusta do mundo e extremamente favorável aos mais ricos. Por não cobrar imposto de renda e jogar tudo na tributação da produção e consumo. É uma aberração criada por comodidade política ao longo do tempo. Além de criar uma estrutura difícil de fiscalizar e garantir que os impostos sejam pagos.

Enquanto em outros o peso bem maior é tributar riqueza e alta renda. Por exemplo, o imposto de renda para as faixas mais altas da população consegue ser menor do que nos EUA que creio ser 45% (ou 35% :lol: ), além de ser bem mais abrangente e malvado. O Helio Castroneves, o piloto de indy, sabe como é. Foi processado, quase preso e teve que ressarcir o fisco por não ter pago alguns milhões sem impostos. Na maioria dos países desenvolvidos é na casa de 40 a 50% ou mais, também tem a vantagem de ser mais fácil fiscalizar e punir os sonegadores. Essa é uma das explicações por que os produtos em geral são mais baratos em países desenvolvimento e em desenvolvimento do que os similares brasileiras.

Sem realizar a realocação do peso dos impostos para riqueza e alta renda não tem como baixar a carga tributária e desonerar o consumo e produção. Assim prevalecendo os 30, 40, 60 e 70% de impostos sobre os produtos diversos, difícil fiscalizar e quem consegue enganar a receita se dá bem. Depois não venham reclamar que o governo é malvado e deixa os produtos mais caros que o mundo todo. Não tem mágica, o dinheiro para manter a máquina estatal têm que sair de algum lugar. E prefiro pagar 40% e ter todos os bens que consumo mais barato do que pagar 27,5% e comprar bens carregados de impostos.
O grande nó nesta questão é que são os estados os maiores arrecadadores de imposto via consumo através do ICMS e o governo federal seria o maior beneficiário com aumento de alíquotas do IR. Claro que parte deste aumento voltará as UF via FPE e FPM mas aí os estados perderão poder fiscal que é tudo que eles não desejam.

Alternativas para isso poderiam ser a instituição de imposto de renda estaduais como nos Estados Unidos com alíquotas adicionais às existentes, ou a instituição de um IMF (ex-CPMF) cuja arrecadação seria vinculada ao estado de origem e alíquota definida pelo Congresso fora da alçada do Executivo Federal. Em troca os estados permitiriam a reforma do ICMS com menor tributação sobre produção e consumo.

[]´s




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Re: PRIMAVERA BRASILEIRA

#579 Mensagem por Bourne » Sáb Jun 29, 2013 9:32 am

Na verdade não importa se recebem por fora. A movimentação financeira nacional, bens imóveis e riqueza em geral acaba sendo tributada. A não ser que o individuo mude de país permanentemente. Nesse caso se vê com o fisco do exterior. Como no caso do Helio Castroneves.




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Re: PRIMAVERA BRASILEIRA

#580 Mensagem por Sávio Ricardo » Sáb Jun 29, 2013 9:50 am

Bom, posso estar errado, e sei que isso acontece na maioria dos países, ricos ou pobres; desenvolvidos, emergentes ou subdesenvolvidos; mas o nome IMPOSTO DE RENDA deveria se chamar IMPOSTO SOBRE SALÁRIO... Porr@... salário não é renda, é subsidio (ao menos na minha maneira de pensar, de quem não entende nada de economia). Se querem tributar uma herança, um prêmio na loteria, os rendimentos da minha poupança (que não existe), os rendimentos sobre algum investimento, etc. OK, mas meu salário??? Fico P. da vida em ter que "ceder" mais de 1/4 do meu "suado" salário ao governo e depois, em determinada época do ano, ter que provar que gastei com a minha saúde ou com a minha educação, ou dos meus dependentes, pra receber uma mixaria de volta do salário que eu mesmo conquistei, lutei pra ganhar. Concordo que é necessário existir impostos para o estado se sustentar (e também sustentar as mordomias de políticos), mas 27,5% sobre um trabalhador que ganha pouco mais de 50 mil por ano é demais, é um absurdo.




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Re: PRIMAVERA BRASILEIRA

#581 Mensagem por delmar » Sáb Jun 29, 2013 11:18 am

SURGIMENTO DE MILICIAS POPULARES

Um fato que poderá ocorrer se os atos de vandalismo persistirem por mais tempo é o surgimento de milicias organizadas por moradores e comerciantes das áreas mais afetadas para defenderem suas propriedades e negócios. Em Porto Alegre, na cidade baixa, zona de bares e restaurantes alvo preferencial dos vândalos, na última manifestação os moradores locais já organizaram grupos para enfrentar os marginais. Se as autoridades nada fizerem para coibir as depredações, estes grupos vão crescer até tornarem-se milicias pagas pelos moradores pra reprimirem as manifestações, com violência, à margem da lei. Foi assim que surgiram os paramilitares na Colômbia.
Ao estado cabe proteger a vida e o patrimônio dos cidadãos. Se ele não cumprir a tarefa, poderá surgir um poder paralelo para faze-lo. O problema será, no final, desmontar este poder paralelo. Assim o melhor é não deixar que ele apareça.




Todas coisas que nós ouvimos são uma opinião, não um fato. Todas coisas que nós vemos são uma perspectiva, não a verdade. by Marco Aurélio, imperador romano.
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Re: PRIMAVERA BRASILEIRA

#582 Mensagem por Sterrius » Sáb Jun 29, 2013 11:30 am

os protestos devem começar a diminuir quando o plebiscito ficar +definido. Até la o jeito é esperar.




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Re: PRIMAVERA BRASILEIRA

#583 Mensagem por P44 » Sáb Jun 29, 2013 1:51 pm

Popularidade de Dilma caiu para metade desde o início de Junho

PÚBLICO

29/06/2013 - 16:17

Presidente brasileira desistiu de ir ao Maracanã no domingo assistir à final da Taça das Confederações, entre o Brasil e a Espanha


A popularidade da Presidente brasileira Dilma Rousseff caiu 27 pontos percentuais desde a primeira semana de Junho, quando começaram os protestos na rua: de 57% passou para 30%, revela uma sondagem do Instituto Datafolha publicada este sábado.

Esta queda pode ser considerada a maior redução na taxa de aprovação de um Presidente entre um estudo de opinião e outro desde o plano económico do ex-Presidente Collor de Mello, em 1990, quando foram bloqueados os depósitos bancários, realça o jornal O Globo. Este índice de aprovação de 30% é semelhante ao pior desempenho do ex-Presidente Lula da Silva (28%) quando foi conhecido o escândalo do Mensalão, no fim de 2005.

Dado este clima, a Presidente Dilma Rousseff desistiu de assistir à final da Taça das Confederações, que se joga esta noite no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, entre Brasil e Espanha, noticiou a Agência Estado. Na abertura da competição, em Brasília, recebeu uma sonora vaia, e não quer arriscar novas manifestações de descontentamento. Afinal, até Lula foi vaiado em 2007, no Maracanã, na abertura dos Jogos Pan-Americanos.

O total de entrevistados que consideram a gestão da Presidente como “má ou péssima” disparou de 9% para 25% em relação à sondagem anterior e, numa escala de 0 a 10, a nota média dada à sua administração caiu de 7,1 para 5,8. Sobre a forma como Dilma Rousseff reagiu aos protestos que começaram por ser contra o aumento dos transportes públicos e se transformaram num movimento mais vasto contra a corrupção e as desigualdades que persistem na sociedade brasileira, 32% acharam a sua postura foi óptima ou boa. Mas 26% avaliaram-na como má ou péssima.

A avaliação positiva da gestão económica também sofreu uma forte queda: de 49% para 27%. Mais pessoas ficaram convencidas de que a taxa de inflação vai subir (51% para 54%) e disparou o número dos que acham que o desemprego vai crescer (de 36% para 44%) e o poder de compra vai cair (27% para 38%).

http://www.publico.pt/mundo/noticia/pop ... ho-1598746




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Re: PRIMAVERA BRASILEIRA

#584 Mensagem por Boss » Sáb Jun 29, 2013 2:34 pm

Aécio e Marina rindo a toa.

Ao menos o debate em 2014 vai ser acalorado, já que o PT não vai estar deitado na poltrona da alta popularidade.




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Re: PRIMAVERA BRASILEIRA

#585 Mensagem por Boss » Sáb Jun 29, 2013 2:36 pm

LeandroGCard escreveu:
Bourne escreveu:Prevejo as passeatas dos milionários e classe média oprimida quando tiver que pagar imposto sobre heranças e elevação do imposto de renda de 27,5% para horríveis 40%. Vão chamar de coisa de comunista, do governo dos petralhas e mandar morar em cuba. :mrgreen:

Entretanto, o Brasil é um dos países com a carga tributária mais injusta do mundo e extremamente favorável aos mais ricos. Por não cobrar imposto de renda e jogar tudo na tributação da produção e consumo. É uma aberração criada por comodidade política ao longo do tempo. Além de criar uma estrutura difícil de fiscalizar e garantir que os impostos sejam pagos.

Enquanto em outros o peso bem maior é tributar riqueza e alta renda. Por exemplo, o imposto de renda para as faixas mais altas da população consegue ser menor do que nos EUA que creio ser 45% (ou 35% :lol: ), além de ser bem mais abrangente e malvado. O Helio Castroneves, o piloto de indy, sabe como é. Foi processado, quase preso e teve que ressarcir o fisco por não ter pago alguns milhões sem impostos. Na maioria dos países desenvolvidos é na casa de 40 a 50% ou mais, também tem a vantagem de ser mais fácil fiscalizar e punir os sonegadores. Essa é uma das explicações por que os produtos em geral são mais baratos em países desenvolvimento e em desenvolvimento do que os similares brasileiras.

Sem realizar a realocação do peso dos impostos para riqueza e alta renda não tem como baixar a carga tributária e desonerar o consumo e produção. Assim prevalecendo os 30, 40, 60 e 70% de impostos sobre os produtos diversos, difícil fiscalizar e quem consegue enganar a receita se dá bem. Depois não venham reclamar que o governo é malvado e deixa os produtos mais caros que o mundo todo. Não tem mágica, o dinheiro para manter a máquina estatal têm que sair de algum lugar. E prefiro pagar 40% e ter todos os bens que consumo mais barato do que pagar 27,5% e comprar bens carregados de impostos.
O pior é que eu, que não sou nenhum milionário, vou acabar tendo que pagar este IR de 40%! Mas DUVIDO que algum banqueiro ou empresário vá pagar um centavo de imposto a mais, já que eles não recebem salário e tem milhares de "jeitinhos" para fugir dos impostos. Mesmo artistas e jogadores de futebol acabarão dando algum jeito, como receber fora do Brasil.

No final é a classe média que vai bancar a conta, como sempre. E o país cada vez mais vai se caracterizar por uma sociedade dos muito ricos e os muito pobres, ao contrário do que acontece em todos os países que são ou estão se tornando desenvolvidos.


Leandro G. Card
Eu acho que a proposta nem passa. Ela foi esquecida antes, vai ser esquecida agora. Os intere$$es lá no Congresso impedem uma coisa assim.




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