NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#5416 Mensagem por sapao » Seg Mar 04, 2013 10:07 pm

Marino escreveu:Não respondi sobre o processo caso a ordem fosse dada.
O normal seria a Força encaminhar para o MD a resposta que julga adequada e a decisão de enviar para os jornais seria do Ministério.
Em outras situações, o MD pede subsídios para a resposta.
Mas em todos os casos, com a ordem dada, não se manifestaria.
Hipoteticamente falando (caso fosse dada a ordem), obviamente...
Grato pelo exemplo e pela resposta comandante.




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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#5417 Mensagem por Carlos Lima » Seg Mar 04, 2013 10:17 pm

Arataca escreveu:
Carlos Lima escreveu:Alguém não parece feliz na foto...

http://s2.glbimg.com/JkVZX_Kmpy7Up1ehRFXZF5L3rUvykkGw6yIpBsTEJ7NIoz-HdGixxa_8qOZvMp3w/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2013/03/01/dilma-submarina.jpg

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Salve Carlos,

Se eu entendi a direito a sua interrogação, deve ser o representante da DCNS a esquerda, depois o o Amirante enfiou o dedo no olho dele! Tô certo?

Ou então aquele grandão de olheiras, que deve ser o Vice governador PÉZÃO, pois o MD está pisando no pezinho dele! Acertei?

É a isto que você se refere?

1 abraço,

Foooogooooo! kkkkkk, matou a urubuzada no aniversário do Grande Galinho! (esse era bom!)
:lol: :lol:

Correto!!!!

:D

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CB_Lima = Carlos Lima :)
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#5418 Mensagem por sapao » Seg Mar 04, 2013 10:24 pm

Paisano escreveu: Escrevi que não iria tocar mais no assunto, mas...

Peço, por gentileza, que aponte em qualquer um dos meus posts onde eu afirmo e/ou insinuo que houve má fé por parte de quem quer que seja, aí incluso o Brigadeiro Saito.

Escrevi e repito: No fatídico 7 de setembro a FAB não assessorou, não apoiou o ex-Presidente da República... Apenas ficou em um profundo silêncio.

Não assessorou porque a compra anunciada não foi concretizada e ficou em silêncio porque não emitiu uma única nota sequer, apoiando o anúncio feito pelo ex-Presidente Lula.

Portanto, existe uma enorme diferença entre o que eu escrevi e uma acusação de má-fé.
Não estou acusando de nada Paisano, deixei bem claro que temos entendimentos diferentes sobre o mesmo assunto.

Um subordinado direto que NÃO assessora tendo conhecimento para tal (mais do que seu superior) e NÃO apoia a decisão tomada por ele ( e com isso sabotando uma decisão tomada e indo contra a maxima de que decisão tomada não se discute); e isso para mim é sim um claro ato de má fé para com seu superior, previsto inclusive no codigo penal militar.
Isso é o EU penso.

Sobre o que você pensa:
Não assessorou porque a compra não foi concretizada.
Talvez seja exatamente o contrario, ela não foi efetivada devido ao assessoramento; coloquei aqui um caso bem semelhante onde houve uma postura inicial do GF que mudou radicalmente apos uma assessoria.
Será que saber de algo que seu superior não sabe que vai influenciar no processo e deixá-lo a par disso é o que deve ser feito?


não emitiu uma nota sequer

Sobre a nota, já disse o que penso.
Se mesmo assim você ainda acha que a culpa é da FAB, ok.




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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#5419 Mensagem por sapao » Seg Mar 04, 2013 10:27 pm

Andre Correa escreveu:
Brasil agora é parte do seleto grupo de países com submarino nuclear, diz Dilma Rousseff

A inauguração da Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (Ufem) faz com que o Brasil entre no seleto grupo de países que têm submarinos de propulsão nuclear, e que integram o Conselho de Segurança das Nações Unidas. A avaliação foi feita pela presidenta Dilma Rousseff, nesta sexta-feira, em cerimônia de inauguração da fábrica que integra o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB) e reaquece a indústria naval brasileira.

“Nós podemos dizer, com orgulho, que essa obra, ela é produto da iniciativa de várias, de múltiplas instituições privadas e públicas. Podemos dizer que, de fato, com ela nós entramos no seleto grupo que é aquele dos integrantes do Conselho de Segurança das Nações Unidas – únicas nações que têm acesso ao submarino nuclear: Estados Unidos, China, França, Inglaterra e Rússia”, disse.

O ministro da Defesa, Celso Amorim, que participou da solenidade, endossou o discurso da presidenta Dilma. Amorim lembrou que o Brasil tem incrementado sua indústria de defesa e, como resultado, o setor tem proporcionado a geração de milhares de postos de trabalho. O ministro lembrou também a recente vitória da Embraer para a venda de aviões Super Tucano aos Estados Unidos.

“Estamos todos emocionados em poder estar aqui numa obra que é símbolo desse Brasil que está sendo criado”, afirmou.

Submarinos

A presidenta Dilma iniciou o discurso informando que estivera no mesmo local há três anos, e que naquele instante “era um momento especial para todos nós – naquela época eu era ministra-chefe da Casa Civil da Presidência da República, durante o governo do presidente Lula”. E lembrou: “De lá para cá, toda essa fantástica estrutura foi construída, e aqui neste lugar se erigiu um projeto que é muito importante para o Brasil.”

E continuou: “E eu me refiro tanto à unidade de fabricação de estruturas metálicas que está nesse momento sendo inaugurada, como a toda a infraestrutura construída aqui nessa região. Foram três anos e, por isso, é muito importante que a gente dirija uma saudação especial à Marinha do Brasil, aos seus oficiais, a todos aqueles da Marinha que contribuíram para que isso, junto com o Ministério da Defesa, ficasse de pé.”

No discurso, Dilma Rousseff enfatizou a parceria com o governo fluminense e o empenho da Odebrecht, que ergueu a estrutura física da obra. “Junto com o programa nuclear da Marinha, nós estamos vendo que aqui também se cria um polo de referência. Um polo de referência baseado nesse contrato que nós firmamos com a França em dezembro de 2008. E esse contrato tem por objetivo garantir a transferência de tecnologia e a formação de profissionais brasileiros na construção de submarinho”, contou.

A presidenta também fez menção ao desenvolvimento da indústria nacional. “Eu gostaria de louvar um fato que é muito importante: uma indústria da defesa, como disse o ministro Celso [Amorim], é uma indústria da paz. Mas eu acho que a indústria da defesa é, sobretudo, a indústria do conhecimento. Aqui se produz tecnologia, aqui tem também um poder imenso de difundir tecnologia”, afirmou.

Segundo Dilma, o fato de o Brasil viver em paz com seus vizinhos e de não se envolver em disputas bélicas não afasta a noção de que o mundo é complexo. Esse cenário exige do país a capacidade de se inserir no contexto internacional de forma cada vez mais pacífica e dissuasória.

“Todos nós temos consciência, no entanto, que o mundo é um mundo complexo. O Brasil assumiu, nos últimos anos, uma grande relevância. Um país como o Brasil tem esse mérito de ser um país pacífico. Isso não nos livra de termos uma indústria da defesa e temos toda uma contribuição a dar na garantia da nossa soberania, e nos inserirmos cada vez de forma mais pacífica e dissuasória preventivamente no cenário internacional”, disse.

Cerimônia

Logo pela manhã, era intensa a movimentação nas imediações da Nuclebrás. Pessoas chegavam apressadamente para participar da cerimônia de inauguração da Ufem. Políticos, empresários e operários se movimentavam. Tropas da Marinha circulavam pelo local para ordenar o fluxo de pessoas.

Em poucas horas, o pátio central da unidade fabril estava tomado pelo público, que aguardava a chegada da presidenta Dilma e das demais autoridades. O ato foi iniciado com a saudação do prefeito de Itaguaí (RJ), Luciano Mota, que destacou a importância do empreendimento para o desenvolvimento econômico do município.

Coube ao comandante da Marinha, almirante Julio Soares de Moura Neto, elencar as características do programa de construção de submarinos naquela base. O empreendimento iniciado em 2011 prevê investimentos de R$ 7,8 bilhões e deve estar concluído em 2017, quando entrará em operação o primeiro dos quatro submarinos convencionais. O PROSUB vai empregar 9 mil pessoas e produzir outros 32 mil postos de trabalho indiretos.

O governador do Rio, Sergio Cabral, destacou em discurso a importância da parceria com o governo federal e disse que os resultados permitem alavancar a economia fluminense. Ao término do evento, os jornalistas presentes visitaram as obras de Itaguaí.
FONTE

Comemorar o ovo antes da galinha não dá azar? :|
Azar eu não sei, mas VOTO com certeza dá!!!




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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#5420 Mensagem por WalterGaudério » Ter Mar 05, 2013 1:14 pm

Arataca escreveu:
Carlos Lima escreveu:Alguém não parece feliz na foto...

http://s2.glbimg.com/JkVZX_Kmpy7Up1ehRFXZF5L3rUvykkGw6yIpBsTEJ7NIoz-HdGixxa_8qOZvMp3w/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2013/03/01/dilma-submarina.jpg

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Se eu entendi a direito a sua interrogação, deve ser o representante da DCNS a esquerda, depois o o Amirante enfiou o dedo no olho dele! Tô certo?

Ou então aquele grandão de olheiras, que deve ser o Vice governador PÉZÃO, pois o MD está pisando no pezinho dele! Acertei?

É a isto que você se refere?

1 abraço,

Foooogooooo! kkkkkk, matou a urubuzada no aniversário do Grande Galinho! (esse era bom!)
Boa tentativa arataca. Mas tu erraste todas...
O triste é o Brig. Saito.

Ele devia estar pensativo:
"putzgrila!, olha tudo isso aqui, o pessoal da Marinha está prestes a botar a mão nos seus brinquedinhos, enquanto a gente na aeronáutica está chupando o dedo sem os benditos 36 caças"...




Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...

Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.


Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#5421 Mensagem por FCarvalho » Qua Mar 06, 2013 4:29 pm

Triste mesmo vai ser a cara dos almirantes vendo isto tudo um dia indo, literalmente, pelos ares por falta de uma marinha para defendê-la de verdade.
mas pra que esquadra, se nós teremos a melhor força de patrulha naval do mundo.
Afinal, como dizem lá pelas bandas de lá: "Pelo pré-sal? tudo. E pela MB? Nadaaaa...hahahaha"

abs.




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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#5422 Mensagem por Boss » Qua Mar 06, 2013 11:32 pm

É, quando não acha o que reclamar (até que tentam) do PROSUB, tem que apelar para um post ridículo como esse... :lol: :roll: :lol:




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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#5423 Mensagem por FCarvalho » Qui Mar 07, 2013 10:32 am

Mais ridículo ainda é abaixar a cabeça e abanar o rabo para qualquer coisa que se faça em defesa no Brasil, só por achar que "qualquer coisa é melhor do que coisa nenhuma". É a nova mania nacional do pensamente bolsa esmola. Então tá. :roll: :wink:

abs




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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#5424 Mensagem por Paisano » Qui Mar 07, 2013 10:46 am

Prezado Boss,

Você tem todo o direito de discordar das opiniões do colega FCarvalho.

No entanto, o que não pode acontecer é você tentar desqualificá-lo.

Ou seja, o debate é de idéias e não sobre pessoas.

E repetindo o já conhecido e velho adágio: Em um debate, o que deve ser contraditado é a MENSAGEM e não o MENSAGEIRO.

Um abraço.




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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#5425 Mensagem por Paisano » Qui Mar 07, 2013 10:48 am

FCarvalho escreveu:Mais ridículo ainda é abaixar a cabeça e abanar o rabo para qualquer coisa que se faça em defesa no Brasil, só por achar que "qualquer coisa é melhor do que coisa nenhuma". É a nova mania nacional do pensamente bolsa esmola. Então tá. :roll: :wink:

abs
Quando não se tem nada, "qualquer coisa é melhor do que coisa nenhuma". :wink:




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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#5426 Mensagem por FCarvalho » Qui Mar 07, 2013 11:03 am

Não quando 'qualquer coisa' vai ser tornar 'coisa nenhuma' depois de amanhã. :wink:
Acho que já vimos esse vale apena ver de novo. Estou cansado de reprises de trinta anos atrás.

abs.




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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#5427 Mensagem por Lirolfuti » Qui Mar 07, 2013 2:36 pm

"A importância da construção do submarino de propulsão nuclear brasileiro"

Por Julio Soares de Moura Neto, Almirante-de-Esquadra e comandante da Marinha do Brasil


A grandeza e a abrangência dessa construção obrigam que sua análise seja desdobrada segundo, pelo menos, três vertentes principais: a estratégica, que estabelece sua razão de ser; a tecnológica, que significa uma mudança de patamar para o Brasil; e sua contribuição para o desenvolvimento de uma indústria nacional de defesa, que levará o País à auto-suficiência no projeto e na fabricação do seu próprio material militar.

I. ASPECTOS ESTRATÉGICOS

No contexto da guerra naval, o submarino é o meio que, dentre todos, apresenta a melhor razão custo / benefício. Sua vantagem determinante resulta da capacidade de ocultação, o que, em termos bélicos, significa surpresa, um dos grandes fatores de força em qualquer confronto. Radares nada detectam abaixo d’água e, das formas conhecidas de energia, a única que consegue se propagar significativamente na massa líquida é a energia acústica. Assim, somente as ondas sonoras emitidas por sonares podem, em tese, permitir a detecção do submarino. Entretanto, por força das próprias leis da física, a propagação acústica, no mar, não se dá em linha reta, mas segundo determinados padrões, em função de parâmetros mensuráveis, gerando grandes “zonas de sombra”, onde o som não penetra com intensidade apreciável. A diligente exploração do fenômeno permite ao submarino confundir-se com o meio ambiente em que opera, preservando a ocultação e desequilibrando a contenda a seu favor, de tal sorte que é necessário um conjunto de meios navais de superfície e aeronavais para se contrapor, com alguma chance, a um único submarino.

É por causa dessa superioridade intrínseca, resultante da capacidade de ocultação, que o submarino se tornou, historicamente, a arma de quem tinha que enfrentar um oponente que dominava os mares, como bem exemplifica a opção alemã, em duas guerras mundiais, e a da União Soviética, durante a Guerra Fria. Releva notar, no entanto, que, se por um lado, o submarino pode neutralizar forças navais muito superiores, não pode substituí-las em seus respectivos misteres.

Submarinos convencionais e submarinos nucleares
Quando se fala em submarinos, há que separá-los em duas grandes categorias: a dos convencionais e a dos nucleares.

Para os convencionais, a fonte de energia é o óleo diesel, combustível que faz funcionar os conjuntos de motores diesel e geradores elétricos. A energia por eles gerada é, então, armazenada em grandes baterias, que, no total, pesam 250 toneladas. Além de atender a todas as demandas da vida a bordo, essa energia é aplicada em um Motor Elétrico de Propulsão, garantindo o deslocamento do submarino.

No caso dos convencionais, a capacidade de ocultação tem que ser periodicamente quebrada, uma vez que necessitam, a intervalos, recarregar suas baterias. Para tanto, devem se posicionar próximo à superfície do mar e, por meio de equipamento especial, denominado esnorquel, aspirar o ar atmosférico, para permitir o funcionamento dos motores diesel e a renovação do ar ambiente. Nessas horas, em função das partes expostas acima d’água, tornam-se vulneráveis, podendo ser detectados por radares de aeronaves ou navios. Para limitar tal exposição, devem economizar energia ao máximo, o que lhes limita a mobilidade. Por isso, são empregados segundo uma estratégia de posição, isto é, são posicionados em uma área limitada, onde permanecem em patrulha, a baixa velocidade. Em razão disso e graças a suas reduzidas dimensões, que lhes permitem manobrar em águas muito rasas, são normalmente empregados em áreas litorâneas. A dependência do ar atmosférico e a baixa mobilidade são as grandes limitações dos submarinos convencionais.

Para os nucleares, a fonte de energia é um reator nuclear, cujo calor gerado vaporiza água, possibilitando o emprego desse vapor em turbinas. Dependendo do arranjo peculiar de cada submarino, as turbinas podem acionar geradores elétricos ou o próprio eixo propulsor. Naturalmente, em qualquer caso, produzem toda a energia necessária à vida a bordo.

Diferentemente dos submarinos convencionais, os nucleares dispõem de elevada mobilidade. São fundamentais para a defesa distante das águas oceânicas (águas profundas). Por possuírem fonte virtualmente inesgotável de energia e poderem desenvolver altas velocidades, por tempo ilimitado, cobrindo rapidamente áreas geográficas consideráveis, são empregados segundo uma estratégia de movimento. Em face dessas características, podem chegar a qualquer lugar em pouco tempo, o que, na equação do oponente, significa poder estar em todos os lugares ao mesmo tempo. O submarino nuclear é simplesmente o “senhor dos mares”.

- Submarinos na estratégia naval brasileira
Logo cedo, a Marinha do Brasil (MB) entendeu a importância desses meios, tanto que possui submersíveis em seu inventário desde 1914, o que coloca nossa Força de Submarinos entre as mais antigas do mundo. Ao longo dos primeiros 75 anos, nossas unidades eram construídas em outros países: inicialmente, na Itália, do princípio até os anos 1950, quando passamos a operar submarinos americanos. A partir da década de 1970, tendo os Estados Unidos descontinuado a produção de convencionais, passamos a adquiri-los da Grã-Bretanha; e, desde o final dos anos 1980, operamos submarinos de modelo alemão, um deles, fabricado na Alemanha e quatro, no Brasil.

Considerando a vastidão do Atlântico Sul, natural teatro de nossas operações navais e a magnitude de nossos interesses no mar, a Marinha constatou, desde logo, que, no que tangia a submarinos, a posse de convencionais não era o bastante. Para o cumprimento de sua missão constitucional de defender a soberania, a integridade territorial e os interesses marítimos do País, tornava-se mister dispor, também, de submarinos nucleares. Aqueles, em face de suas peculiaridades, para emprego preponderante em áreas litorâneas, em zonas de patrulha limitadas. Estes, graças à excepcional mobilidade, para a garantia da defesa avançada da fronteira marítima mais distante.

Em face da necessidade estratégica, por um lado e, por outro, do “apartheid” tecnológico que sempre negou a países periféricos o desenvolvimento das tecnologias associadas ao domínio do átomo, a MB decidiu desenvolver, de maneira autóctone, a tecnologia de construção de submarinos nucleares.

Assim, desde o final da década de 1970, conduz, nas dependências de seu Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo, um programa de desenvolvimento de tecnologia nuclear, visando, por um lado, o domínio do ciclo do combustível nuclear, que logrou êxito em 1982; por outro, a construção de um protótipo de reator nuclear capaz de gerar energia para fazer funcionar a planta de propulsão de um submarino nuclear, o que ainda não está pronto, com operação prevista para 2013.

Paralelamente, para capacitar-se a construir submarinos, na mesma época cuidou de obter, na Alemanha, a transferência de tecnologia de construção de submarinos, empregando, para tanto, o projeto do submarino IKL-209, à época o modelo mais vendido no mundo. Foram, assim, construídos um submersível nos estaleiros da HDW, em Kiel, e quatro deles no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ), colocando a MB no limitado rol dos países construtores desses engenhos.

Não obstante ter logrado êxito na construção, falta à Marinha a capacidade de desenvolver projetos de submarinos. O caminho seguido pelas potências que produzem submarinos nucleares foi o de, a partir do pleno domínio do projeto de convencionais, evoluir, por etapas, para um submarino nuclear, cujos requisitos, em termos de tecnologia e controle de qualidade, superam em muito aqueles de um convencional. Assim, o caminho natural para o Brasil seria, da mesma forma, o de desenvolver sucessivos protótipos, até que se chegasse a um projeto adequado, para abrigar uma planta nuclear. Como não se dispõe do tempo nem dos recursos necessários para tanto, a solução delineada pela MB, no intuito de, com segurança, saltar etapas, foi a de buscar parcerias estratégicas com países detentores de tais tecnologias e que estivessem dispostos a transferi-las. No nosso caso, tendo em vista o processo evolutivo indispensável, a parceria teria que ser buscada junto a países que produzissem, simultaneamente, submarinos convencionais e nucleares. Depois de longo e acurado processo de escolha, a França foi o país selecionado.

O significado da posse do submarino nuclear
Desde a divulgação das notícias referentes ao petróleo existente no pré-sal, é comum que se pergunte se tais descobertas influíram na retomada do investimento no submarino nuclear.

Ora, releva notar que, desde o início, o programa jamais foi interrompido pela Marinha. Mesmo entre os anos de 1994 a 2006, quando se constatou a insuficiência de recursos de outras fontes governamentais, a MB cuidou de mantê-lo vivo, ainda que em estado quase vegetativo, com o sacrifício exclusivo do orçamento da Força. Se tivesse sido descontinuado, o custo da retomada seria simplesmente impagável. A mudança havida, a partir de 2007, foi o aporte de mais recursos governamentais, fruto de nova visão política da atual administração de mais alto nível do País.

Mesmo assim, a mencionada alteração no “status quo” é anterior à revelação das descobertas do pré-sal que, no entanto, só fazem enfatizar, ainda mais, sua necessidade. Mais de 90% do nosso petróleo – dois milhões de barris por dia – são extraídos do mar. Da mesma forma, mais de 95% do nosso comércio exterior – cerca de US$ 300 bilhões, entre exportações e importações – são transportados por via marítima. Também, as nossas águas jurisdicionais, que costumamos chamar de Amazônia Azul, contém, na imensidão da massa líquida e do vasto território submerso, de milhões de quilômetros quadrados, riquezas biológicas e minerais, largamente ameaçadas pelas exploração predatória e cobiça internacional.

Como se vê, os interesses marítimos do Brasil são de tal magnitude, que exigem ficar confiados à proteção da Marinha . A falta de meios de defesa, para tanta riqueza, pode acabar se constituindo em convite a determinadas ações lesivas à soberania nacional. Daí, a necessidade de uma Força Naval capaz de desencorajá-las.

No caso do submarino nuclear, é evidente que sua ação específica não deverá ser a de permanecer como “sentinela” ao redor dos campos, como eventualmente se especula. Na verdade, o relevante não é nem o que ele vai fazer, mas o que pode fazer. E pode tanto, que sua simples existência é suficiente para produzir boa parte dos efeitos desejados com sua posse. Como dito, nossa Zona Econômica Exclusiva cobre cerca de 4,4 milhões de quilômetros quadrados. É para estar, a tempo e a hora, presente em qualquer ponto dessa vastidão oceânica, que se necessita de um submarino nuclear. Mais ainda, os interesses do Brasil, no mar, não terminam nos limites da Amazônia Azul. Eles se estendem a qualquer lugar onde um navio navegue sob nossa bandeira, cuja proteção é dever inalienável do Estado Brasileiro.

Essa, a importância estratégica da construção do submarino nuclear.

II. O SALTO TECNOLÓGICO

Um dos aspectos mais notáveis do programa de construção do submarino de propulsão nuclear diz respeito ao salto tecnológico a ser vivido pelo País, em função da transferência de tecnologia, que garantirá ao Brasil a capacidade de desenvolver e construir seus próprios projetos no futuro.

Para facilidade de entendimento, o projeto, em linhas gerais, seguirá o seguinte esquema básico:

1) Transferência de Tecnologia de Projeto de Submarinos

a) Ao entrar em eficácia o contrato, serão enviados, para a França, alguns projetistas navais brasileiros que, juntamente com os franceses, ao longo de um ano, introduzirão ajustes no projeto do submarino convencional brasileiro (S-BR) (versão nacional do modelo “Scorpène” francês), para que este venha a atender determinados requisitos operacionais da MB, relativamente a maior autonomia e a maiores intervalos entre os períodos de manutenção. Isso tornará suas características mais compatíveis com as vastidões do Atlântico Sul;

b) A partir de seis meses depois da data de eficácia do contrato, serão enviados à França outros engenheiros navais brasileiros, que farão cursos de 18 meses de projeto, culminando com um trabalho constituído de um projeto real de submarino convencional, depois de retornarem ao Brasil;

c) Um pequeno grupo de engenheiros fará estágios de três anos na Empresa “Thales”, fabricante do sistema de combate do submarino (sonares, direção de tiro, etc ), onde receberão toda a tecnologia necessária ao desenvolvimento e manutenção do sistema;

d) Da mesma forma, teremos engenheiros que permanecerão dois anos na fábrica de torpedos, para absorção de tecnologia de projeto; e

e) Depois do retorno do segundo grupo (alínea b), engenheiros e técnicos franceses permanecerão no Brasil por cinco anos, participando do desenvolvimento do projeto do primeiro submarino nuclear brasileiro. Observação: a parte referente ao reator nuclear e seu compartimento será de responsabilidade do Brasil.
2) Transferência de Tecnologia de Construção de Submarinos

a) O submarino é construído em 4 seções. A primeira seção do primeiro submarino será construída no estaleiro de Cherbourg, na França, com a participação da equipe de construção de submarinos do AMRJ, que absorverá os métodos, normas e processos franceses de construção, algo diferente do sistema alemão, a que já estão acostumados;

b) De volta ao Brasil, esse grupo constituirá o núcleo de transferência de tecnologia para a Sociedade de Propósito Específico (SPE), que será constituída para operar o novo estaleiro para a fabricação dos novos submarinos; e

c) Depois dessa fase, o grupo atuará, pela MB, como fiscais das obras e garantidores do controle de qualidade.
3) Transferência de Tecnologia Mediante a Nacionalização

a) Cerca de 20 por cento de todo o material a ser empregado nos submarinos serão produzidos no Brasil, inclusive sistemas complexos. São cerca de 36.000 itens a serem fabricados aqui;

b) No curso das negociações, ficou acertado que tudo o que pudesse ser produzido no Brasil, a custo equivalente ou inferior ao da França, seria fabricado aqui. Caso o produto já fosse comercializado, seria simplesmente adquirido e incorporado ao conjunto de materiais. Caso contrário, a tecnologia de produção seria transferida à empresa selecionada, que, então, o fabricaria; e

c) Nesse processo, desde o início, a MB adotou a postura de não indicar qualquer empresa. Caberia aos franceses selecioná-las, de acordo com critérios próprios, qualificá-las e homologá-las. A MB não privilegiaria ou rejeitaria qualquer empresa, evitando intermináveis controvérsias futuras. De outra forma, caberia abrir uma licitação pública, para o processo seletivo que, no mínimo, demoraria demasiado, dada a quantidade de recursos e embargos legalmente possíveis de ser interpostos por empresas desqualificadas ou perdedoras.

O resultado foi tão bom que, de um universo inicial de mais de duzentas empresas, a França já selecionou e está negociando com mais de trinta, e há outras dezenas de candidatas.

Em linhas bastante gerais, esse será o processo de transferência de tecnologia. Entretanto, o que vai aqui descrito em poucas linhas, ocupa mais de 300 páginas de um anexo específico do contrato firmado entre as partes.

III. O DESENVOLVIMENTO DE UMA INDÚSTRIA NACIONAL DE DEFESA

Em todos os países desenvolvidos, existe uma indústria de defesa, responsável pelo desenvolvimento e construção do material bélico, atendendo aos requisitos estabelecidos pelos Ministérios da Defesa e Estados-Maiores das respectivas Forças Armadas. As próprias Forças desenvolvem, em alguns casos, protótipos daquilo que desejam, mas a produção cabe sempre à indústria.

Países que não possuem tal parque industrial específico, veem-se na contingência de importar material fabricado por outros, segundo especificações que poderão atender no todo ou em parte suas necessidades e, em lugar do custo, pagarão o preço, muitas vezes, político, do produto.

O Brasil vive uma situação intermediária, segundo a qual adquire meios usados, em compras de oportunidade, ou constrói meios novos, mediante aquisição do direito de uso do projeto, como aconteceu no Arsenal da Marinha no Rio de Janeiro (AMRJ), no caso das Fragatas Classe Niterói (modelo Vosper MK-10, britânico) e dos Submarinos Classe Tupi e Tikuna (modelo IKL-209, alemão).

No caso dos novos submarinos, inclusive nucleares, em lugar da construção se dar no AMRJ, ocorrerá em um novo estaleiro dedicado, atendendo a todos os requisitos ambientais e de controle de qualidade para a construção de um submarino nuclear, como é prática entre os poucos países que os fabricam. A operação desse estaleiro ficará a cargo de uma Sociedade de Propósito Específico (SPE), formada pelo Consórcio Construtor, isto é, as Empresas “Direction des Constructions Navales Services” (DCNS) e ODEBRECHT (parceira selecionada pela DCNS) e o Governo Federal, representado pela Marinha, que possuirá uma ação, no valor simbólico de 1% que, no entanto, constituirá uma “Golden Share”, conferindo-lhe o poder de veto sobre eventuais decisões com as quais não esteja de acordo. Ficam, então, criadas as condições necessárias para o desenvolvimento de uma indústria nacional de defesa, particularmente com o elevado e crescente índice de nacionalização pretendido.

IV. CONCLUSÃO

Não há dúvida de que, como País, o Brasil está no limiar de uma nova era.

Durante a Guerra Fria, com sua característica bipolaridade, a importância estratégica de um país periférico estava diretamente associada às possíveis consequências de sua adesão ao outro bloco, o que só teria real significado em função de sua localização geográfica em áreas estratégicas ou da disponibilidade de determinadas matérias-primas. Não era o caso do Brasil que, durante a segunda metade do século XX, encontrava-se fora do eixo estratégico do mundo. Na década que se seguiu à bipolaridade, houve um período de transformações, indefinições, globalização, que pouco alteraram a nossa situação.

Entretanto, neste início de século XXI, inaugurado com o ataque às torres do World Trade Center e com a presente crise financeira internacional, cujos desdobramentos ainda não estão suficientemente claros, parece haver uma mudança no eixo estratégico do mundo, de modo a envolver mais profundamente o Brasil. Ainda que, ao final dessa crise, reste apenas uma superpotência militar, os Estados Unidos da América (EUA) como de resto, parece certo, em outras dimensões deverá haver alguma redistribuição de poder, particularmente na área financeira, com a entrada em cena de atores que ganharam peso e passaram a influenciar a economia, as finanças e o comércio mundiais, como o Brasil, a Rússia, a Índia, a China (conhecidos como BRIC) e a Coréia do Sul, por exemplo. Com isso, o Brasil adquire maior importância, deslocando-se da periferia para mais próximo do centro.

Há outros fatores, relacionados à escassez de determinadas matérias-primas e produtos, que parecem acentuar ainda mais essa força gravitacional que nos arrasta para o centro, posto que, em larga medida, as soluções envolvem significativamente o Brasil.

A primeira delas é a água doce, que vem se tornando um dos bens mais escassos do mundo, com reflexos na produção de alimentos e ensejando conflitos entre nações. Em determinadas áreas, como o Oriente Médio e a África, já é motivo de contendas. Enquanto isso, o Brasil concentra, em rios, em torno de 12% da água doce do mundo (sem contar lençóis freáticos), além de abrigar o maior rio em extensão e volume do planeta, o Amazonas.

Diretamente ligado ao problema da água, há a questão da escassez de alimentos. Ora, mais de 90% do território brasileiro recebe chuvas abundantes, durante o ano, e as condições climáticas e geológicas propiciam a formação de uma extensa e densa rede de rios, o que, associado à abundância do sol tropical, contribui para uma agricultura de produção em grande escala, realmente capaz de tornar o Brasil um dos grandes produtores mundiais.

Outra crise que já se faz aguda é a energética. A despeito da momentânea queda do preço do petróleo, sua escassez, em breve, deverá restabelecer o quadro anterior ao atual. Durante o século XX, fomos importadores, com graves consequências em nossa balança de pagamentos e da economia nacional. Hoje, além de vivermos relativa auto-suficiência, criamos uma nova realidade no cômputo das reservas mundiais, com o descobrimento do óleo existente no pré-sal.

Ainda no contexto energético, de uns anos para cá, a energia nuclear passou a ser considerada “uma forma de energia limpa”, por não contribuir para o efeito estufa. E o Brasil possui consideráveis reservas de urânio e domina o seu processo de enriquecimento.

Como se não bastasse, somos detentores de tecnologia de ponta, temos solo, clima e sol em abundância, para a produção de biocombustíveis.

Finalmente, mas não por último, temos a Amazônia, permanentemente em foco, quer por sua biodiversidade, quer por sua influência sobre o clima mundial e, sobre a qual, a soberania brasileira não aceita contestações e que representa um enorme compromisso nacional em preservá-la, coibindo qualquer devastação.

Como se observa, o Brasil periférico da segunda metade do século XX não existe mais. O Brasil do século XXI ocupa uma posição mais próxima dos pólos estratégicos do mundo, o que significa que, cada vez mais, independentemente de sua vontade, ver-se-á, com alguma frequência, envolvido por turbulências mundiais.

Em face disso, será indispensável dispor de meios suficientes, capazes de tornar a via diplomática mais atraente, para a solução de controvérsias, do que o caminho da pressão inaceitável, da ameaça ou da imposição.

Nesse particular, a posse de submarinos nucleares é apenas um primeiro passo. O dimensionamento das Forças Armadas não poderá ficar em descompasso com a grandeza e o significado econômico do País no concerto das nações, sob pena de privarmos as gerações futuras de um porvir à altura da História da Nação.

Em resumo, essa análise apresenta, na visão da Marinha, a importância da construção do submarino de propulsão nuclear brasileiro.
http://codinomeinformante.blogspot.com. ... ao-do.html




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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#5428 Mensagem por Boss » Qui Mar 07, 2013 3:31 pm

FCarvalho escreveu:Mais ridículo ainda é abaixar a cabeça e abanar o rabo para qualquer coisa que se faça em defesa no Brasil, só por achar que "qualquer coisa é melhor do que coisa nenhuma". É a nova mania nacional do pensamente bolsa esmola. Então tá. :roll: :wink:

abs
Claro, enquanto algum governo não comprar 600 caças de 5ª geração, 800 baterias antiaéreas, 60 submarinos nucleares, 5 porta aviões, etc, vamos ficar arrastando as correntes pelo fórum... :lol:

Ou mais que isso, afinal, os EUA ainda poderiam nos derrotar... :roll:

E claro, para um país sem ameaça clara, visível, explícita, do nível "Irã x Israel/EUA (que mesmo com toda superioridade do lado amerikwano, não saiu nada até hoje)", ou mesmo "China x Japão", e derivados (tirando as paranóias que vão da tosca Venezuela até a OTAN e a China juntos), com a indústria em problemas, a agropecuária sendo sufocada pela infraestrutura porca, vastas áreas esquecidas pelo governo tanto socialmente quanto economicamente, a educação um lixo, a saúde idem, vamos sim gastar uns US$ 100 bi/ano (ou até mais, já que querem que alguém chegue ao Planalto e em míseros anos cubra quase 200 anos de incompetência na área) para satisfazer as idéias megalomaníacas de alguns... :roll:

É melhor pedir cidadania americana ou chinesa então, do que passar a vida nesse martírio depressivo-apocalíptico.

E não, não estou falando que o governo olha para essas áreas (se olhasse, não estaria tudo na merda), e nem que eu estou satisfeito com o que faz pela defesa, mas eu acho que o nível de exigência para um país com a nossa situação geopolítica e nossos problemas internos, não deveria ser tão alto. O cumprimento (que já não cumpriram, enfim) de todos os programas propostos já estaria de bom tamanho para a realidade, ainda com a torcida para upgrades (nos projetos) posteriores.

Se isso é mentalidade de aceitar bolsa-esmola, prefiro isso do que viver num mundinho paralelo.




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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#5429 Mensagem por talharim » Sex Mar 08, 2013 8:56 am

DIRETORIA-GERAL DO MATERIAL
CENTRO TECNOLÓGICO DA MARINHA
EM SÃO PAULO
EXTRATO DE INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO
Contratada: Vulkan do Brasil Ltda; OBJETO: Projeto, fabricação e
teste de um acoplamento para motor elétrico de propulsão;
JUSTIFICATIVA:
Inviabilidade de Competição; FUNDAMENTO: artigo
25, caput, da Lei nº 8.666/93; ORDENADOR DE DESPESAS: CMG
(RM1-IM) FÁBIO FORNAZIER VOLPINI; PROCESSO:
DL/0056/2012; VALOR: R$ 1.863.886,56; Ratifica o ato de inexigibilidade
de licitação, nos termos do art. 26 da lei nº 8666/93.




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one behind me."

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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#5430 Mensagem por Marino » Sex Mar 08, 2013 9:56 am

Talha, é o acoplamento do motor.
Só para chamar a atenção. :mrgreen:




"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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