O futuro da AAAe no Brasil
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Carvalho, excelente comentario.
Espero que o mesmo dê respostas interessantes.
Bacchi
Espero que o mesmo dê respostas interessantes.
Bacchi
- Marino
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
As Forças ALOCAM meios ao COMDABRA.
Os meios não alocados são responsáveis pela auto defesa.
Assim, a MB, p. Ex, pode alocar uma Fragata para realizar a função de piquete radar para o COMDABRA; o EB pode alocar alguma outra unidade, além daquela já designada, etc.
Mas nao é verdade que todos os meios AA estejam alocados previamente.
Isto tiraria a capacidade de auto defesa das Forças.
As fragatas da MB, que possuem capacidade de detecção e defesa AA, nao são alocadas ao COMDABRA.
Os Gepard, nao serão alocados ao COMDABRA.
Os meios não alocados são responsáveis pela auto defesa.
Assim, a MB, p. Ex, pode alocar uma Fragata para realizar a função de piquete radar para o COMDABRA; o EB pode alocar alguma outra unidade, além daquela já designada, etc.
Mas nao é verdade que todos os meios AA estejam alocados previamente.
Isto tiraria a capacidade de auto defesa das Forças.
As fragatas da MB, que possuem capacidade de detecção e defesa AA, nao são alocadas ao COMDABRA.
Os Gepard, nao serão alocados ao COMDABRA.
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- Paulo Bastos
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Caro FCarvalho,FCarvalho escreveu:Paulo, não sei se tu leste o meu último post aqui, mas ele vai no sentido de avaliarmos justamente esta questão da organização e posse dos meios de AAe no país. Se realmente a atual forma como administramos a questão da defesa AAe no país é cabível e corresponde a modernidade da guerra atual.
Neste sentido, não me parece vantajoso que uma estrutura fora do EB possa simplesmente assumir o controle de suas bia's orgânicas das grandes unidades, que por si, pelo que sei, tem a função primária de defender as próprias om's de que são parte, quando estas estiverem evoluindo no seu TO. Então, se o comdabra "pega" estes meios para si, afim de atender as suas necessidades, o que sobra então para defender as bgdas do EB, e/ou as Unidades Anfíbias do CFN?
Acho que seria bom explicar melhor esta, e outras possibilidade, até porque, não temos, e nem nunca tivemos na verdade, uma estrutura de defesa AAe com recursos e estrutura de tamanho e forma a poder operar da mesma maneira, ou semelhantemente, por exemplo, às forças de defesa aérea estratégicas da Russia, que ao final acabaram sendo uma ffaa dentro das ffaa's daquele país.
abs.
Acredito que as respostas para todas a as suas dúvidas estão aqui: Manual de Campanha - EMPREGO DA ARTILHARIA ANTIAÉREA, do EB
Ao analisar esse texto, verá coisas interessantes como:
1. Esquematicamente, o SISDABRA compõe-se de um órgão central denominado Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA) e de meios especificamente alocados para exercerem atividades relacionadas com a defesa aeroespacial pelas Forças Armadas, pelas Forças Auxiliares, pelos órgãos e serviços da administração pública, direta ou indireta, de âmbito federal, estadual ou municipal, e por organizações governamentais;
2. O Comandante do COMDABRA é um Oficial-General do quadro de Oficiais-Aviadores da Força Aérea Brasileira e é auxiliado por um Estado Maior composto por integrantes das demais forças;
3. Em caso de conflito dentro do Território Nacional, o COMDABRA detém o controle operacional de toda a AAAe, incluindo aí todas as Bia AAAe e a Bda AAAe; Quando fora este pode-se manter sob o comando do EB (No manual acima existe um organograma onde isso fica claro);
4. As prioridades de Defasa AAe devem ser levantadas com o assessoramento do Cmt AAAe e devem atender aos interesses do COMDABRA, no Território Nacional, e das forças das quais são orgânicas, ou seja, o Comandante do COMDABRA estabelecerá as prioridades de D AAe, assessorado pelo EM Combinado.
Com isso dá para se ter uma ideia da limitação do poder decisório do EB sobre seus meios AAe, em caso de conflito.
Marino, não sei quanto a MB, mas em relação ao EB o COMDABRA será o responsável por todos os meios AAe pertencentes ao EB, incluindo aí canhões, EDT e misseis (inclusive o Gepard, caso seja adquirido) e caberá ao seu Cmte, auxiliado pelo seu EM, a decisão sobre o seu emprego.Marino escreveu:As Forças ALOCAM meios ao COMDABRA.
Os meios não alocados são responsáveis pela auto defesa.
Assim, a MB, p. Ex, pode alocar uma Fragata para realizar a função de piquete radar para o COMDABRA; o EB pode alocar alguma outra unidade, além daquela já designada, etc.
Mas nao é verdade que todos os meios AA estejam alocados previamente.
Isto tiraria a capacidade de auto defesa das Forças.
As fragatas da MB, que possuem capacidade de detecção e defesa AA, nao são alocadas ao COMDABRA.
Os Gepard, nao serão alocados ao COMDABRA.
Abraços,
Paulo
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Paulo, a defesa AA do território é responsabilidade do COMDABRA.
A defesa das instalações próprias é de responsabilidade de cada Força.
Se as forças alocassem todos os meios AA ao CONDABRA, nao poderiam fazer auto defesa.
As colunas blindadas do EB, p. ex, nao poderiam ser defendidas.
A defesa de uma força de FN, outro exemplo, nao poderia ser feita, pois os Mistrais seriam alocados.
Os BINFA, nao poderiam defender as bases aéreas, pois estariam alocados a defesa de algum outro ponto vital.
Esta é a questão principal da AA.
As brigadas do EB alocadas a defesa AA do território serão mobiliadas, agora, com material que permita a defesa de pontos vitais do território.
Li que uma segunda brigada poderia ser criada para este fim, alocada ao COMDABRA, claro.
Mas as unidades de auto defesa tb necessitam ser mobiliadas.
A defesa das instalações próprias é de responsabilidade de cada Força.
Se as forças alocassem todos os meios AA ao CONDABRA, nao poderiam fazer auto defesa.
As colunas blindadas do EB, p. ex, nao poderiam ser defendidas.
A defesa de uma força de FN, outro exemplo, nao poderia ser feita, pois os Mistrais seriam alocados.
Os BINFA, nao poderiam defender as bases aéreas, pois estariam alocados a defesa de algum outro ponto vital.
Esta é a questão principal da AA.
As brigadas do EB alocadas a defesa AA do território serão mobiliadas, agora, com material que permita a defesa de pontos vitais do território.
Li que uma segunda brigada poderia ser criada para este fim, alocada ao COMDABRA, claro.
Mas as unidades de auto defesa tb necessitam ser mobiliadas.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Boletim do Exército de 21/12/2012, dia do fim do mundo
abraços]
Isto não coincide com a época em que se espera que uma comissão do Min. Def. e da Odebrecht Defesa e Tecnologia, ODT, viagem à Rússia para acordos em defesa antiaérea?PORTARIA Nº 1.048, DE 11 DE DEZEMBRO DE 2012.
Nomeia Comissão Especial a fim de emitir parecer
sobre a dispensa de licitação para a contratação da
empresa para apoiar a implantação, monitoramento e
execução no âmbito do Projeto Estratégico do
Exército Defesa Antiaérea (PEE DAAe), que prevê a
aquisição de bens e contratação de serviços e dá
outras providências.
O COMANDANTE DO EXÉRCITO, no uso das atribuições que lhe conferem o art. 4º, da Lei Complementar nº 97, de 9 de julho de 1999, alterada pela Lei Complementar nº 136, de 25 de agosto de 2010; os incisos I e XVI do art. 20 da Estrutura Regimental do Comando do Exército, aprovada pelo Decreto nº 5.751, de 12 de abril de 2006, e em conformidade com o inciso XXVIII do art. 24 da Lei
nº 8.666, de 21 de junho de 1993, resolve:
Art. 1º Nomear Comissão Especial a fim de emitir parecer, até o dia 25 de janeiro de 2013, sobre a dispensa de licitação para a contratação da empresa para apoiar a implantação, monitoramento e execução do PEE DAAe, que prevê a aquisição de bens e contratação de serviços que envolvam, cumulativamente, alta complexidade tecnológica e defesa nacional, adequados às hipóteses de emprego da Força Terrestre.
abraços]
----------------
amor fati
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Sim Marino, as instalações prórias, colunas blindadas, concentrações de tropas, etc... tem que ser defendidas, mas o que estou apresentando aqui é que, em caso de guerra, por norma, quem define o que será defendido é o COMDABRA, atravez de seu Comandante, e não o Comando do EB. entendeu?Marino escreveu:Paulo, a defesa AA do território é responsabilidade do COMDABRA.
A defesa das instalações próprias é de responsabilidade de cada Força.
Se as forças alocassem todos os meios AA ao CONDABRA, nao poderiam fazer auto defesa.
As colunas blindadas do EB, p. ex, nao poderiam ser defendidas.
A defesa de uma força de FN, outro exemplo, nao poderia ser feita, pois os Mistrais seriam alocados.
Os BINFA, nao poderiam defender as bases aéreas, pois estariam alocados a defesa de algum outro ponto vital.
Esta é a questão principal da AA.
As brigadas do EB alocadas a defesa AA do território serão mobiliadas, agora, com material que permita a defesa de pontos vitais do território.
Li que uma segunda brigada poderia ser criada para este fim, alocada ao COMDABRA, claro.
Mas as unidades de auto defesa tb necessitam ser mobiliadas.
De acordo com o que existe hoje, todo do comando das unidades AAe do EB passam para o COMDABRA.
Abraços,
Paulo
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
O que ocorre, na realidade, é que as forças ALOCAM o possível ao COMDABRA.
Alocam tudo o que seja possível, o que nao seja imprescindível.
O Comandante do COMDABRA tem a responsabilidade da defesa AA do território, e nao o EB, ou a MB, ou a FAB.
As forças sempre alocarão o possível e o impossível para esse Comando Conjunto, mas nao desguarnecerão suas áreas de responsabilidade.
Imagine a MB abrindo mão de suas fragatas em caso de guerra, para servirem de alerta AA.
Os BINFA desguarnecendo as bases aéreas.
Sobre o EB caiu a nobre e principal responsabilidade da defesa AA dos pontos vitais do território nacional.
Por causa desta responsabilidade criou as brigadas AA subordinadas operacionalmente, veja bem, ao COMDABRA.
E são estas unidades que serão mobiliadas com material moderno, em vias de ser comprado.
Alocam tudo o que seja possível, o que nao seja imprescindível.
O Comandante do COMDABRA tem a responsabilidade da defesa AA do território, e nao o EB, ou a MB, ou a FAB.
As forças sempre alocarão o possível e o impossível para esse Comando Conjunto, mas nao desguarnecerão suas áreas de responsabilidade.
Imagine a MB abrindo mão de suas fragatas em caso de guerra, para servirem de alerta AA.
Os BINFA desguarnecendo as bases aéreas.
Sobre o EB caiu a nobre e principal responsabilidade da defesa AA dos pontos vitais do território nacional.
Por causa desta responsabilidade criou as brigadas AA subordinadas operacionalmente, veja bem, ao COMDABRA.
E são estas unidades que serão mobiliadas com material moderno, em vias de ser comprado.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Paulo, em tempo de paz acho que já está esclarecido.
Aogra em caso de guerra lembrar que o COMDABRA seria UM dos comandos Combinados/Conjuntos ativados, cabendo a MB, ao EB e a FAB prover meios para esses comandos.
Na verdade, os comandantes atuais das forças NÃO teriam poder nenhum sobre as tropas empregadas, esse poder caberia aos comandantes das operações; tal como já acontece nas Operações Ágata.
Seria então cada um apresentando seus argumentos ao comando superior (Presidência) e cabendo a este(a) decidir quem vai ficar com o quê, não só na parte de AAe como todo o restante.
Aogra em caso de guerra lembrar que o COMDABRA seria UM dos comandos Combinados/Conjuntos ativados, cabendo a MB, ao EB e a FAB prover meios para esses comandos.
Na verdade, os comandantes atuais das forças NÃO teriam poder nenhum sobre as tropas empregadas, esse poder caberia aos comandantes das operações; tal como já acontece nas Operações Ágata.
Seria então cada um apresentando seus argumentos ao comando superior (Presidência) e cabendo a este(a) decidir quem vai ficar com o quê, não só na parte de AAe como todo o restante.
[justificar]“ Se não eu, quem?
Se não agora, quando?”[/justificar]
Se não agora, quando?”[/justificar]
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Paulo obrigado pela indicação do site.
D'outra forma, lendo as respostas até aqui, o que se pode depreender da organização do nosso sistema de defesa AAe é que estamos em uma situação dúbia, porque:
1. não temos material AAe em quantidade e qualidade suficiente para apor ao Comdabra os meios necessários e indispensáveis a sua melhor operação;
2. da mesma forma, em relação aos meios de auto-defesa das ffaa's; e
3. a organização doutrinal do sistema me parece identificar em termos equitativos a defesa AAe à defesa aérea.
Bom, ao menos para a minha ignorância, se é assim, ou tentamos fazer um modelo nacionalizado imitando as forças de defesa aéreas estratégicas russas, mas só na organização, sem a autonomia operacional correspondente, ou ainda não temos claramente em mente qual a melhor forma de fazer esta defesa sem necessariamente descaracterizar as om's de AAe das forças.
Enfim, me parece que o atual modelo pode até ser, no papel, e doutrinariamente, muito bom, mas na realidade, e efetivamente, se nós viermos a nos enfiar em algum conflito real cá no Brasil, vamos estar em maus lençóis, pois nem o COMDABRA terá as condições de executar integralmente o seu papel por falta ou exiguidade de recursos, assim como as ffaa's individualmente estarão limitadas a tentar prover o mais que possível as suas próprias defesas AAe, não podendo abrir mão do que possui, sob o risco de desguarnecer-se.
Então, acho eu, que se queremos que este modelo funcione corretamente, é preciso decidir o que fazer de fato com a organização do AAe nas ffaa's, de forma a prover-lhes não só a capacidade de auto-defesa necessária e indispensável, e ao mesmo tempo, prover-lhes também, a capacidade de auferir, quando e onde necessário, ao Comdabra, os recursos de que ele precisará. Porque de momento, nós não temos condições de uma coisa e outra.
Aliás, seria na minha opinião, interessante começarmos mesmo, a rever esta divisão em setores e altitudes sobre a defesa anti-aérea. Até porque, com a evolução dos atuais sistemas, todas as tres ffaa's poderiam/podem, se quiserem, fazer defesa AAe da curtíssima a grandes altitudes, segundo suas próprias necessidades. E a permanecer a atual doutrina, tanto EB como MB estariam limitados a pura auto-defesa de si, ao passo que a FAB caberia, por exemplo, visto a doutrina vigente, a operação de sistemas como o S-300/400, PAC-3 e ou Aster 30. Assim, acho que a revisão da doutrina seria não só interessante, como necessária, a fim de adaptá-la a atualidade de sistemas, como a melhor organização da defesa estratégica e tática do país, de forma a cada força poder utilizar-se dos meios que entenda necessários e mais indicados as suas necessidades. E claro, todos eles sob a perspectiva do uso operacional pelo Comdabra.
abs
D'outra forma, lendo as respostas até aqui, o que se pode depreender da organização do nosso sistema de defesa AAe é que estamos em uma situação dúbia, porque:
1. não temos material AAe em quantidade e qualidade suficiente para apor ao Comdabra os meios necessários e indispensáveis a sua melhor operação;
2. da mesma forma, em relação aos meios de auto-defesa das ffaa's; e
3. a organização doutrinal do sistema me parece identificar em termos equitativos a defesa AAe à defesa aérea.
Bom, ao menos para a minha ignorância, se é assim, ou tentamos fazer um modelo nacionalizado imitando as forças de defesa aéreas estratégicas russas, mas só na organização, sem a autonomia operacional correspondente, ou ainda não temos claramente em mente qual a melhor forma de fazer esta defesa sem necessariamente descaracterizar as om's de AAe das forças.
Enfim, me parece que o atual modelo pode até ser, no papel, e doutrinariamente, muito bom, mas na realidade, e efetivamente, se nós viermos a nos enfiar em algum conflito real cá no Brasil, vamos estar em maus lençóis, pois nem o COMDABRA terá as condições de executar integralmente o seu papel por falta ou exiguidade de recursos, assim como as ffaa's individualmente estarão limitadas a tentar prover o mais que possível as suas próprias defesas AAe, não podendo abrir mão do que possui, sob o risco de desguarnecer-se.
Então, acho eu, que se queremos que este modelo funcione corretamente, é preciso decidir o que fazer de fato com a organização do AAe nas ffaa's, de forma a prover-lhes não só a capacidade de auto-defesa necessária e indispensável, e ao mesmo tempo, prover-lhes também, a capacidade de auferir, quando e onde necessário, ao Comdabra, os recursos de que ele precisará. Porque de momento, nós não temos condições de uma coisa e outra.
Aliás, seria na minha opinião, interessante começarmos mesmo, a rever esta divisão em setores e altitudes sobre a defesa anti-aérea. Até porque, com a evolução dos atuais sistemas, todas as tres ffaa's poderiam/podem, se quiserem, fazer defesa AAe da curtíssima a grandes altitudes, segundo suas próprias necessidades. E a permanecer a atual doutrina, tanto EB como MB estariam limitados a pura auto-defesa de si, ao passo que a FAB caberia, por exemplo, visto a doutrina vigente, a operação de sistemas como o S-300/400, PAC-3 e ou Aster 30. Assim, acho que a revisão da doutrina seria não só interessante, como necessária, a fim de adaptá-la a atualidade de sistemas, como a melhor organização da defesa estratégica e tática do país, de forma a cada força poder utilizar-se dos meios que entenda necessários e mais indicados as suas necessidades. E claro, todos eles sob a perspectiva do uso operacional pelo Comdabra.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Nao Carvalho.
Ao EB caberá a operação dos sistemas como o S-300.
Ao COMDABRA caberá estabelecer o que será defendido, qual a prioridade.
Ao EB caberá a operação dos sistemas como o S-300.
Ao COMDABRA caberá estabelecer o que será defendido, qual a prioridade.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Certo, entendo. Mas e quanto a tal divisão de quem cobre as mais altas altitudes é a FAB e de 3000mts para baixo é problema do EB e MB?
abs.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
NÃo marino o carvalho falou mais claramente o que eu estava dizendo. Pela regra a ante-aerea e dividida em altitudes de responsabilidades.
Ao exerito e a marinha no maximo 9 ou 10 km, acima disso e com a FAB. Por isso os sistemas de longo alcance que operam em altitudes superiores ficaam sobe o comando e operação da FAB. Infelismante e assim.
Ao exerito e a marinha no maximo 9 ou 10 km, acima disso e com a FAB. Por isso os sistemas de longo alcance que operam em altitudes superiores ficaam sobe o comando e operação da FAB. Infelismante e assim.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Nao.
Defesa AÉREA é diferente de defesa ANTI-AÉREA.
A FAB pode, e deve, intervir em qualquer incursão inimiga, em que altura a mesma aconteça.
O COMDABRA existe para fazer com que as Forças atuem conjuntamente.
Códigos de IFF comuns, designação de alvos em tempo real, treinamento conjunto, etc, é o que pretendemos.
Quando a FAB, e sua atuação AÉREA nao for suficiente, entra a defesa AA, que por mais que escrevam para mim será a última opção, nao importa a altitude será a defesa de ponto, quando nada mais puder ser feito.
A Prioridade TEM que ser os caças da FAB.
No mar, os caças embarcados.
Defesa AÉREA é diferente de defesa ANTI-AÉREA.
A FAB pode, e deve, intervir em qualquer incursão inimiga, em que altura a mesma aconteça.
O COMDABRA existe para fazer com que as Forças atuem conjuntamente.
Códigos de IFF comuns, designação de alvos em tempo real, treinamento conjunto, etc, é o que pretendemos.
Quando a FAB, e sua atuação AÉREA nao for suficiente, entra a defesa AA, que por mais que escrevam para mim será a última opção, nao importa a altitude será a defesa de ponto, quando nada mais puder ser feito.
A Prioridade TEM que ser os caças da FAB.
No mar, os caças embarcados.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
E, me corrijam se eu estiver errado, essas regras são estabelecidas por leis, não?
Por que diabos leis tem que definir a doutrina militar? Isso não deveria ser decidido pelo próprio ministro da defesa e militares?
Por que diabos leis tem que definir a doutrina militar? Isso não deveria ser decidido pelo próprio ministro da defesa e militares?
"Quando um rico rouba, vira ministro" (Lula, 1988)
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Prezado Marino esta questão de prioridade de atuação não dependerá do tipo de ameaça? Por exemplo a incursão de uma aeronave inimiga seria combatida por caças; um míssil cruise pela aae?Marino escreveu:Nao.
Defesa AÉREA é diferente de defesa ANTI-AÉREA.
A FAB pode, e deve, intervir em qualquer incursão inimiga, em que altura a mesma aconteça.
O COMDABRA existe para fazer com que as Forças atuem conjuntamente.
Códigos de IFF comuns, designação de alvos em tempo real, treinamento conjunto, etc, é o que pretendemos.
Quando a FAB, e sua atuação AÉREA nao for suficiente, entra a defesa AA, que por mais que escrevam para mim será a última opção, nao importa a altitude será a defesa de ponto, quando nada mais puder ser feito.
A Prioridade TEM que ser os caças da FAB.
No mar, os caças embarcados.
Gde abraço