VENEZUELA
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Re: CHAVEZ: de novo.
Vice venezuelano afirma ser leal a Hugo Chávez 'além da vida'
Nicolás Maduro foi indicado pelo presidente como seu sucessor político.
Chávez está em Cuba para nova cirurgia contra o câncer.
O vice-presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, reafirmou nesta segunda-feira (11) sua lealdade "além da vida" ao presidente Hugo Chávez, na primeira reação após ser apontado herdeiro político do chefe de Estado, que chegou a Cuba para se submeter a uma nova cirurgia contra o câncer.
"Até além desta vida vamos ser leais a Hugo Chávez", disse Maduro ao se unir em um ato a Elías Jaua, candidato da situação ao governo do estado Miranda para as eleições estaduais de domingo, transmitido pelo canal oficial VTV.
Maduro, de 50 anos, acompanhou Chávez na madrugada desta segunda-feira até o avião que o levou a Havana, onde se submeterá nos próximos dias à quarta operação contra um câncer diagnosticado em 2011.
No sábado, o presidente anunciou que a intervenção era "absolutamente imprescindível" devido ao aparecimento de células malignas na mesma área onde está o câncer.
Neste ato, apontou Maduro a assumir a presidência interina e ser candidato da situação às eleições que deverão ser convocadas em 30 dias, caso Chávez fique "incapacitado" de governar após a cirurgia.
O vice-presidente já tinha apoiado os candidatos do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV, governista), uma atitude que Chávez costuma adotar, mas esta foi a primeira vez após a nomeação do presidente.
"Chávez tem um povo, tem a nós e nos terá sempre nesta batalha de vitória em vitória com nossa lealdade", disse Maduro, visivelmente emocionado, chegando a ficar sem voz em alguns momentos.
"Vamos superar com coragem, com amor, com oração esta circunstância que estamos vivendo", acrescentou.
"Viva Nicolás!", gritou uma mulher entre os presentes.
O governo trata com absoluto sigilo os detalhes do câncer de Chávez, cuja localização se desconhece e cujo tratamento vem fazendo quase exclusivamente em Havana, afastado dos meios de comunicação.
O presidente, de 58 anos e 14 à frente do país com as maiores reservas mundiais de petróleo, não antecipou nenhuma data para seu retorno. Em 10 de janeiro, deve reassumir o cargo após sua reeleição, em outubro.
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2012/ ... -vida.html
Nicolás Maduro foi indicado pelo presidente como seu sucessor político.
Chávez está em Cuba para nova cirurgia contra o câncer.
O vice-presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, reafirmou nesta segunda-feira (11) sua lealdade "além da vida" ao presidente Hugo Chávez, na primeira reação após ser apontado herdeiro político do chefe de Estado, que chegou a Cuba para se submeter a uma nova cirurgia contra o câncer.
"Até além desta vida vamos ser leais a Hugo Chávez", disse Maduro ao se unir em um ato a Elías Jaua, candidato da situação ao governo do estado Miranda para as eleições estaduais de domingo, transmitido pelo canal oficial VTV.
Maduro, de 50 anos, acompanhou Chávez na madrugada desta segunda-feira até o avião que o levou a Havana, onde se submeterá nos próximos dias à quarta operação contra um câncer diagnosticado em 2011.
No sábado, o presidente anunciou que a intervenção era "absolutamente imprescindível" devido ao aparecimento de células malignas na mesma área onde está o câncer.
Neste ato, apontou Maduro a assumir a presidência interina e ser candidato da situação às eleições que deverão ser convocadas em 30 dias, caso Chávez fique "incapacitado" de governar após a cirurgia.
O vice-presidente já tinha apoiado os candidatos do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV, governista), uma atitude que Chávez costuma adotar, mas esta foi a primeira vez após a nomeação do presidente.
"Chávez tem um povo, tem a nós e nos terá sempre nesta batalha de vitória em vitória com nossa lealdade", disse Maduro, visivelmente emocionado, chegando a ficar sem voz em alguns momentos.
"Vamos superar com coragem, com amor, com oração esta circunstância que estamos vivendo", acrescentou.
"Viva Nicolás!", gritou uma mulher entre os presentes.
O governo trata com absoluto sigilo os detalhes do câncer de Chávez, cuja localização se desconhece e cujo tratamento vem fazendo quase exclusivamente em Havana, afastado dos meios de comunicação.
O presidente, de 58 anos e 14 à frente do país com as maiores reservas mundiais de petróleo, não antecipou nenhuma data para seu retorno. Em 10 de janeiro, deve reassumir o cargo após sua reeleição, em outubro.
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2012/ ... -vida.html
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a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
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Re: CHAVEZ: de novo.
O triste é que o Chavismo não se encerra com Chávez. Vai virar uma espécie de Perón e continuar a destruir o país mesmo 40 anos depois de morto, como na Argentina.
- Algus
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Re: CHAVEZ: de novo.
Não sou chavista, mas espero que não ocorra nenhuma mudança drástica na política venezuelana. Pelo menos até se firmarem melhor no mercosul.
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Re: CHAVEZ: de novo.
Isso soa a profecia...wagnerm25 escreveu:O triste é que o Chavismo não se encerra com Chávez. Vai virar uma espécie de Perón e continuar a destruir o país mesmo 40 anos depois de morto, como na Argentina.
Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
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Re: CHAVEZ: de novo.
J.Ricardo escreveu:Isso soa a profecia...wagnerm25 escreveu:O triste é que o Chavismo não se encerra com Chávez. Vai virar uma espécie de Perón e continuar a destruir o país mesmo 40 anos depois de morto, como na Argentina.
Profecia não, já diria realidade, a Venezuelização da Argentina é REAL.
Brava Gente, Brasileira!!!
- augustoviana75
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Re: CHAVEZ: de novo.
wagnerm25 escreveu:O triste é que o Chavismo não se encerra com Chávez. Vai virar uma espécie de Perón e continuar a destruir o país mesmo 40 anos depois de morto, como na Argentina.
Realmente será triste se isso acontecer.
- NettoBR
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Re: CHAVEZ: de novo.
Chávez está com infecção respiratória, diz governo
Atualizado 19 de dezembro, 2012 - 07:52 (Brasília) 09:52 GMT
O governo da Venezuela disse que o presidente Hugo Chávez sofreu uma infecção respiratória e que sua condição é estável. O líder venezuelano está em Cuba se recuperando de uma cirurgia para retirada de um câncer na região geopélvica.
É a quarta operação a que Chávez é submetido para tratar o câncer.
A posse de Chávez, marcando o início de seu quarto mandato, estava prevista para janeiro. Mas ainda não se sabe se ele estará presente.Chávez já indicou o atual vice-presidente do país, Nicolás Maduro, como seu potencial sucessor.
Caso a sua saúde permanece frágil, a Constituição determina que uma nova eleição seja convocada.
Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/ultimas ... o_bg.shtml
Atualizado 19 de dezembro, 2012 - 07:52 (Brasília) 09:52 GMT
O governo da Venezuela disse que o presidente Hugo Chávez sofreu uma infecção respiratória e que sua condição é estável. O líder venezuelano está em Cuba se recuperando de uma cirurgia para retirada de um câncer na região geopélvica.
É a quarta operação a que Chávez é submetido para tratar o câncer.
A posse de Chávez, marcando o início de seu quarto mandato, estava prevista para janeiro. Mas ainda não se sabe se ele estará presente.Chávez já indicou o atual vice-presidente do país, Nicolás Maduro, como seu potencial sucessor.
Caso a sua saúde permanece frágil, a Constituição determina que uma nova eleição seja convocada.
Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/ultimas ... o_bg.shtml
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Re: CHAVEZ: de novo.
Ouvi na Band News agora pouco que a família dele embarcou para Cuba. Acho que a coisa tá feia.
- Brasileiro
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Re: CHAVEZ: de novo.
Está na hora de procurarmos saber quem é este tal de Maduro. Dizem ser um homem moderado.
abraços]
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amor fati
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- rodrigo
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Re: CHAVEZ: de novo.
Conheça Nicolás Maduro, possível sucessor de Chávez
http://exame.abril.com.br/mundo/noticia ... -de-chavez
Conheça Nicolás Maduro, ex-motorista de ônibus que pode suceder a Chávez
http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/bb ... havez.html
http://exame.abril.com.br/mundo/noticia ... -de-chavez
Conheça Nicolás Maduro, ex-motorista de ônibus que pode suceder a Chávez
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Re: CHAVEZ: de novo.
Brasil diz que não há razão para suspeitar da ordem democrática venezuelana
Por EFE Brasil | Atualizado: 21/12/2012 21:34
São Paulo, 21 dez (EFE).- O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse nesta sexta-feira que 'não há razões' para suspeitar da ordem democrática na Venezuela e destacou que as questões constitucionais a respeito da data da posse de Hugo Chávez devem ser resolvidas por consenso.
'Não há razões para suspeitar que na Venezuela não haja uma plena vigência democrática', declarou Patriota, citado pela 'Agência Brasil'.
O chefe da diplomacia brasileira destacou que existem 'questões constitucionais que compete aos venezuelanos resolver de forma consensual e que contemple a ordem democrática' em referência à incerteza perante a possibilidade de o presidente Chávez não ter condições de comparecer à posse no próximo dia 10 de janeiro.
O líder se encontra desde o último dia 10 de dezembro em Cuba, onde foi operado pela quarta vez de um câncer na região pélvica que foi diagnosticado em meados de 2011.
Na opinião de Patriota se trata de 'uma situação inusitada que exigirá, em primeiro lugar, uma análise da sociedade venezuelana'.
'O importante é que o processo seja transparente', insistiu Patriota.
A hipótese que as complicações de saúde do líder venezuelano lhe impeçam de participar do ato de posse abriu o debate sobre a constitucionalidade ou não de adiar essa cerimônia.
O artigo 231 da Constituição venezuelana indica que o candidato eleito tomará posse no dia 10 de janeiro do primeiro ano de seu período constitucional, por meio de um juramento perante a Assembleia Nacional.
No entanto, o mesmo artigo assinala que 'se por qualquer motivo sobrevindo o presidente não puder tomar posse perante a Assembleia Nacional, o fará perante a Suprema Corte de Justiça' sem especificar um dia ou período.
A Carta Magna também contempla que se o presidente não tomar posse no dia 10, o titular do Parlamento, neste caso Diosdado Cabello, deve assumir o poder e convocar uma eleição em 30 dias.
Fonte: http://noticias.br.msn.com/brasil/story ... =255281443
Por EFE Brasil | Atualizado: 21/12/2012 21:34
São Paulo, 21 dez (EFE).- O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse nesta sexta-feira que 'não há razões' para suspeitar da ordem democrática na Venezuela e destacou que as questões constitucionais a respeito da data da posse de Hugo Chávez devem ser resolvidas por consenso.
'Não há razões para suspeitar que na Venezuela não haja uma plena vigência democrática', declarou Patriota, citado pela 'Agência Brasil'.
O chefe da diplomacia brasileira destacou que existem 'questões constitucionais que compete aos venezuelanos resolver de forma consensual e que contemple a ordem democrática' em referência à incerteza perante a possibilidade de o presidente Chávez não ter condições de comparecer à posse no próximo dia 10 de janeiro.
O líder se encontra desde o último dia 10 de dezembro em Cuba, onde foi operado pela quarta vez de um câncer na região pélvica que foi diagnosticado em meados de 2011.
Na opinião de Patriota se trata de 'uma situação inusitada que exigirá, em primeiro lugar, uma análise da sociedade venezuelana'.
'O importante é que o processo seja transparente', insistiu Patriota.
A hipótese que as complicações de saúde do líder venezuelano lhe impeçam de participar do ato de posse abriu o debate sobre a constitucionalidade ou não de adiar essa cerimônia.
O artigo 231 da Constituição venezuelana indica que o candidato eleito tomará posse no dia 10 de janeiro do primeiro ano de seu período constitucional, por meio de um juramento perante a Assembleia Nacional.
No entanto, o mesmo artigo assinala que 'se por qualquer motivo sobrevindo o presidente não puder tomar posse perante a Assembleia Nacional, o fará perante a Suprema Corte de Justiça' sem especificar um dia ou período.
A Carta Magna também contempla que se o presidente não tomar posse no dia 10, o titular do Parlamento, neste caso Diosdado Cabello, deve assumir o poder e convocar uma eleição em 30 dias.
Fonte: http://noticias.br.msn.com/brasil/story ... =255281443
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Re: CHAVEZ: de novo.
Plano de chavista para adiar posse é 'golpe institucional', diz ex-aliado
28/12/2012 - 06h25
Enquanto a Venezuela debate que caminho legal seguir caso Hugo Chávez não assuma seu novo mandato em 10 de janeiro, um influente ex-aliado do governo acusa o presidente da Assembleia Nacional, o chavista Diosdado Cabello, de planejar um "golpe institucional" para adiar ao máximo novas eleições.
Heinz Dieterich, cientista político alemão e ideólogo do dito "socialismo do século 21", atacou Cabello num conhecido site do chavismo, provocando dezenas de reações, incluindo a do próprio.
Na TV, Cabello chamou Dieterich de "chulo" (parasita) da revolução. Ontem, o alemão radicado no México desafiou o chavista a aceitar auditoria sobre seu patrimônio -- Cabello é acusado de ter enriquecido no governo.
Em entrevista à Folha, por e-mail, Dieterich, que rompeu com o chavismo em 2007 por discordar da reeleição indefinida, diz que Cabello "inspira temor" até no próprio Chávez por ter comandado serviços de inteligência e tenta "ignorar" o "testamento político" do presidente, que designou o vice Nicolás Maduro como seu sucessor.
Folha - Por que o sr. comparou Cabello a Stálin? De onde vem o poder dele de que falam?
Heinz Dieterich - Comparei a manipulação do testamento político do fundador da revolução soviética [Lênin] por Stálin com a tentativa de manipulação do testamento político de Hugo Chávez por Cabello. Parte do poder de Cabello vem de sua participação nas estruturas formais de poder do Estado e do partido (PSUV), nas quais ocupou ministérios de muito poder, informação e dinheiro. Hoje é presidente da Assembleia e vice-presidente do PSUV.
A outra parte vem de estruturas informais de poder e de seu modus operandi. Em algum momento, há que se falar disso com mais detalhe.
Agora, basta dizer que, como ministro do Interior, foi chefe dos serviços de inteligência (2002-3) e que, sendo tenente reformado, teve forte influência nas listas de promoção de altos oficiais.
Se Chávez não confiava nele, por que permitiu que ele fosse presidente da Assembleia?
Pelo que disse: Cabello tinha informação e não tinha escrúpulos em usá-la. Quer dizer: inspirava temor. Podia controlar a direita na Casa.
Como descreveria as facções no chavismo? Onde os cubanos ficam nesse cenário?
As facções decisivas são os governadores, os ministros, a Assembleia, o Tribunal Supremo de Justiça e as Forças Armadas. Cabello lidera o que era a fração mais poderosa. O testamento político do presidente neutralizou esse monopólio criando um poder equivalente, com Maduro à frente. Usando um conceito estatístico: a cena política venezuelana agora é bimodal. As demais figuras, como Rafael Ramírez [presidente da PDVSA], se colarão a um dos polos. Ramírez ao de Maduro.
Os cubanos não têm influência na sucessão, não têm poder real na Venezuela. Os militares são fiéis a Chávez. Este é o fator chave.
O que esperar do 10 de janeiro na Venezuela?
Maduro não pode aceitar a tentativa de golpe de Estado institucional de Cabello. E é provável que Chávez imponha Maduro contra Cabello. Não é uma crise constitucional, é um conflito hegemônico dentro do partido.
O Mercosul deveria reagir se a posse for adiada?
O Mercosul não necessita nem deve se meter. É um problema interno que os venezuelanos são perfeitamente capazes de resolver.
Há chavismo sem Chávez?
Não. Hugo Chávez é o fundador do projeto, que é integral, e ninguém pode substitui-lo. É igual ao fenômeno do peronismo. Todos os que substituíram Perón e Evita não foram mais que sombras dos próceres fundadores.
Há "socialismo do século 21" na Venezuela?
Não. De jeito nenhum. Há um Estado desenvolvimentista democrático-burguês. É a versão do desenvolvimentismo-corporativo de Perón.
Na ausência de Chávez, quem ocuparia seu lugar na região?
O único que reúne as condições subjetivas de Chávez é Rafael Correa. Mas o Equador não tem o peso objetivo que Correa requer para ser o herdeiro de Chávez. No momento, não há ninguém.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1207 ... iado.shtml
28/12/2012 - 06h25
Enquanto a Venezuela debate que caminho legal seguir caso Hugo Chávez não assuma seu novo mandato em 10 de janeiro, um influente ex-aliado do governo acusa o presidente da Assembleia Nacional, o chavista Diosdado Cabello, de planejar um "golpe institucional" para adiar ao máximo novas eleições.
Heinz Dieterich, cientista político alemão e ideólogo do dito "socialismo do século 21", atacou Cabello num conhecido site do chavismo, provocando dezenas de reações, incluindo a do próprio.
Na TV, Cabello chamou Dieterich de "chulo" (parasita) da revolução. Ontem, o alemão radicado no México desafiou o chavista a aceitar auditoria sobre seu patrimônio -- Cabello é acusado de ter enriquecido no governo.
Em entrevista à Folha, por e-mail, Dieterich, que rompeu com o chavismo em 2007 por discordar da reeleição indefinida, diz que Cabello "inspira temor" até no próprio Chávez por ter comandado serviços de inteligência e tenta "ignorar" o "testamento político" do presidente, que designou o vice Nicolás Maduro como seu sucessor.
Folha - Por que o sr. comparou Cabello a Stálin? De onde vem o poder dele de que falam?
Heinz Dieterich - Comparei a manipulação do testamento político do fundador da revolução soviética [Lênin] por Stálin com a tentativa de manipulação do testamento político de Hugo Chávez por Cabello. Parte do poder de Cabello vem de sua participação nas estruturas formais de poder do Estado e do partido (PSUV), nas quais ocupou ministérios de muito poder, informação e dinheiro. Hoje é presidente da Assembleia e vice-presidente do PSUV.
A outra parte vem de estruturas informais de poder e de seu modus operandi. Em algum momento, há que se falar disso com mais detalhe.
Agora, basta dizer que, como ministro do Interior, foi chefe dos serviços de inteligência (2002-3) e que, sendo tenente reformado, teve forte influência nas listas de promoção de altos oficiais.
Se Chávez não confiava nele, por que permitiu que ele fosse presidente da Assembleia?
Pelo que disse: Cabello tinha informação e não tinha escrúpulos em usá-la. Quer dizer: inspirava temor. Podia controlar a direita na Casa.
Como descreveria as facções no chavismo? Onde os cubanos ficam nesse cenário?
As facções decisivas são os governadores, os ministros, a Assembleia, o Tribunal Supremo de Justiça e as Forças Armadas. Cabello lidera o que era a fração mais poderosa. O testamento político do presidente neutralizou esse monopólio criando um poder equivalente, com Maduro à frente. Usando um conceito estatístico: a cena política venezuelana agora é bimodal. As demais figuras, como Rafael Ramírez [presidente da PDVSA], se colarão a um dos polos. Ramírez ao de Maduro.
Os cubanos não têm influência na sucessão, não têm poder real na Venezuela. Os militares são fiéis a Chávez. Este é o fator chave.
O que esperar do 10 de janeiro na Venezuela?
Maduro não pode aceitar a tentativa de golpe de Estado institucional de Cabello. E é provável que Chávez imponha Maduro contra Cabello. Não é uma crise constitucional, é um conflito hegemônico dentro do partido.
O Mercosul deveria reagir se a posse for adiada?
O Mercosul não necessita nem deve se meter. É um problema interno que os venezuelanos são perfeitamente capazes de resolver.
Há chavismo sem Chávez?
Não. Hugo Chávez é o fundador do projeto, que é integral, e ninguém pode substitui-lo. É igual ao fenômeno do peronismo. Todos os que substituíram Perón e Evita não foram mais que sombras dos próceres fundadores.
Há "socialismo do século 21" na Venezuela?
Não. De jeito nenhum. Há um Estado desenvolvimentista democrático-burguês. É a versão do desenvolvimentismo-corporativo de Perón.
Na ausência de Chávez, quem ocuparia seu lugar na região?
O único que reúne as condições subjetivas de Chávez é Rafael Correa. Mas o Equador não tem o peso objetivo que Correa requer para ser o herdeiro de Chávez. No momento, não há ninguém.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1207 ... iado.shtml
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Re: CHAVEZ: de novo.
Chávez sofre insuficiência respiratória, diz governo venezuelano
O líder bolivariano tem uma infecção pulmonar 'grave', em mais uma complicação após a cirurgia em Cuba
04 de janeiro de 2013 | 7h 12
http://www.estadao.com.br/noticias/inte ... 0483,0.htm
Reuters
(Texto atualizado às 11h50) CARACAS - O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, sofre de insuficiência respiratória como consequência da infecção pulmonar "grave" que o atingiu, afirmou na quinta-feira o governo venezuelano. O líder bolivariano passa por uma nova complicação depois da operação a que foi submetido há três semanas, em Cuba, para tratar um câncer que ameaça tirá-lo do poder.
Chávez sofre mais uma complicação após cirurgia
Chávez, de 58 anos, não tem sido visto ou ouvido em público desde que viajou para Cuba para a operação e tem enfrentado vários problemas pós-operatórios derivados de uma hemorragia já controlada e nos pulmões, que estão sendo tratados.
"Depois da delicada cirurgia em 11 de dezembro, o comandante Chávez tem enfrentado complicações como consequência de uma grave infecção pulmonar", disse o ministro da Comunicação, Ernesto Villegas, lendo um comunicado oficial no palácio do governo, em Caracas.
"Esta infecção derivou em uma insuficiência respiratória que requer do comandante Chávez um severo cumprimento do tratamento médico", acrescentou o ministro, que pediu para que os venezuelanos não deem importância para rumores infundados.
Hora antes, o vice-presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, indicado por Chávez como seu potencial sucessor antes de passar pela quarta operação em 18 meses, assegurou que o presidente lutava por sua saúde "com força e energia de sempre".
A delicada situação de Chávez tem levantado dúvidas sobre sua capacidade em assumir o governo, como está previsto para 10 de janeiro, em um novo mandato conquistado em eleições realizadas em outubro.
- cassiosemasas
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Re: CHAVEZ: de novo.
eu teno pra mim que o Chavez já subiu no telhado(ou desceu para o porão) só estão preparando o terreno para dar a notícia.
...
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Re: CHAVEZ: de novo.
Se tiver outra eleição
. E saiu os números do Ministério do Plano e Finanças mostram que a dívida total do governo central terminou 2012 com um saldo de EUA $ 100.964.000, o que representa um aumento de 27,3% em relação ao final de 2011 situava-se em 79,282 milhões de dólares.
Acho que a Venezuela dos grandes exportadores de Petróleo foi o único país que piorou do desempenho da dívida.

Acho que a Venezuela dos grandes exportadores de Petróleo foi o único país que piorou do desempenho da dívida.
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant