Crise Econômica Mundial
Moderador: Conselho de Moderação
- Túlio
- Site Admin
- Mensagens: 61497
- Registrado em: Sáb Jul 02, 2005 9:23 pm
- Localização: Tramandaí, RS, Brasil
- Agradeceu: 6317 vezes
- Agradeceram: 6667 vezes
- Contato:
Re: Crise Econômica Mundial
Euler Hermes: Insolvências de empresas vão aumentar 50% em Portugal
13 Agosto 2012 | 19:51
Lusa
As insolvências de empresas vão aumentar 50% em Portugal este ano, segundo um estudo da empresa especializada em seguros de crédito Euler Hermes, que afirma que no mundo estas vão crescer 4%.
As previsões realizadas pela empresa precisam que o continente americano será a excepção, com as insolvências a caírem 9% este ano. Já nos países mediterrâneos as insolvências deverão registar um recorde, ao aumentarem 20%.
Os países analisados por este estudo da Euler Hermes representam 86% do Produto Interno Bruto (PIB) do mundo, revela a empresa, para quem a desaceleração da economia mundial e as medidas orçamentais e monetárias tomadas não sugerem "nenhuma melhora" no curto prazo nas insolvências de empresas.
Segundo estes dados, a Europa é o principal responsável pela subida das insolvências. Portugal destaca-se com um aumento estimado de 50% em 2012, acima do crescimento de 19%registado o ano passado.
O valor estimado para a economia portuguesa está em linha com o divulgado recentemente de que, até Junho, o número de empresas que iniciou processos de falência aumentou 46,7%, segundo o barómetro empresarial da Informa/D&B. No primeiro semestre, o número de falências atingiu 3.183 sociedades, a uma média superior a 500 por mês, concentradas sobretudo nos sectores da construção, indústrias transformadoras e retalho.
Já na Grécia as insolvências devem crescer 30% e em Espanha 20%.
Holanda (mais 25%) e o Brasil (mais 28%) são outros dois países que vão impulsionar o aumento do número de insolvências, o que para a Euler Hermes demonstra que ainda não foi alcançado o crescimento económico mundial necessário para levar à queda das insolvências.
O Índice Global elaborado pela empresa, que resume a evolução de insolvências empresariais no mundo, acrescenta que "há um intervalo de tempo entre a decisão política económica e o seu impacto na economia real".
"O tecido industrial está em perigo e reconstituí-lo vai levar tempo", disse o economista-chefe da Euler Hermes, para quem a queda nas insolvências não vai abrandar, a menos que haja novos incentivos à economia e diminua a turbulência nos mercados financeiros.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=573211
13 Agosto 2012 | 19:51
Lusa
As insolvências de empresas vão aumentar 50% em Portugal este ano, segundo um estudo da empresa especializada em seguros de crédito Euler Hermes, que afirma que no mundo estas vão crescer 4%.
As previsões realizadas pela empresa precisam que o continente americano será a excepção, com as insolvências a caírem 9% este ano. Já nos países mediterrâneos as insolvências deverão registar um recorde, ao aumentarem 20%.
Os países analisados por este estudo da Euler Hermes representam 86% do Produto Interno Bruto (PIB) do mundo, revela a empresa, para quem a desaceleração da economia mundial e as medidas orçamentais e monetárias tomadas não sugerem "nenhuma melhora" no curto prazo nas insolvências de empresas.
Segundo estes dados, a Europa é o principal responsável pela subida das insolvências. Portugal destaca-se com um aumento estimado de 50% em 2012, acima do crescimento de 19%registado o ano passado.
O valor estimado para a economia portuguesa está em linha com o divulgado recentemente de que, até Junho, o número de empresas que iniciou processos de falência aumentou 46,7%, segundo o barómetro empresarial da Informa/D&B. No primeiro semestre, o número de falências atingiu 3.183 sociedades, a uma média superior a 500 por mês, concentradas sobretudo nos sectores da construção, indústrias transformadoras e retalho.
Já na Grécia as insolvências devem crescer 30% e em Espanha 20%.
Holanda (mais 25%) e o Brasil (mais 28%) são outros dois países que vão impulsionar o aumento do número de insolvências, o que para a Euler Hermes demonstra que ainda não foi alcançado o crescimento económico mundial necessário para levar à queda das insolvências.
O Índice Global elaborado pela empresa, que resume a evolução de insolvências empresariais no mundo, acrescenta que "há um intervalo de tempo entre a decisão política económica e o seu impacto na economia real".
"O tecido industrial está em perigo e reconstituí-lo vai levar tempo", disse o economista-chefe da Euler Hermes, para quem a queda nas insolvências não vai abrandar, a menos que haja novos incentivos à economia e diminua a turbulência nos mercados financeiros.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=573211
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
- marcelo l.
- Sênior
- Mensagens: 6097
- Registrado em: Qui Out 15, 2009 12:22 am
- Agradeceu: 138 vezes
- Agradeceram: 66 vezes
Re: Crise Econômica Mundial
Crise já nem dá para comentar...bancos da Espanha e Grécia dureza...
Espanha -
http://ftalphaville.ft.com/blog/2012/08 ... n-ecb-drip
grécia
http://economistmeg.com/2012/08/16/bewa ... in-greece/
Espanha -
http://ftalphaville.ft.com/blog/2012/08 ... n-ecb-drip
grécia
http://economistmeg.com/2012/08/16/bewa ... in-greece/
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
- marcelo l.
- Sênior
- Mensagens: 6097
- Registrado em: Qui Out 15, 2009 12:22 am
- Agradeceu: 138 vezes
- Agradeceram: 66 vezes
Re: Crise Econômica Mundial
A zona do euro ampliou para 14,9 bilhões de euros o superávit de sua balança comercial em junho, na comparação com o saldo positivo de apenas 200 milhões de euros registrado no mesmo mês do ano passado, segundo dados preliminares divulgados nesta sexta-feira pelo escritório de estatística do bloco europeu.
O Eurostat anunciou que as exportações cresceram 12% nos países da moeda única, na comparação com junho de 2011, enquanto as importações aumentaram 2%. Frente a maio, e corrigidas as variações sazonais, as vendas aumentaram 2,4% e as compras se mantiveram praticamente estáveis. As exportações dos países do euro, liderados pela Alemanha, alcançaram 161,5 bilhões em junho, enquanto as importações somaram 146,6 bilhões.
No conjunto da União Europeia (UE), o superávit do comércio exterior em junho foi de 400 milhões de euros, frente ao déficit de 15,3 bilhões registrado em junho de 2011. Neste caso, as exportações aumentaram 2,1% entre maio e junho e as importações cresceram 0,9%. Entre janeiro e maio, a Alemanha registrou o maior superávit comercial do bloco (74,7 bilhões de euros), seguida por Holanda (20,4 bilhões) e Irlanda (16,9 bilhões).
Por outro lado, o maior déficit foi o do Reino Unido (60,9 bilhões de euros), à frente de França (36,1 bilhões) e Espanha (16,8 bilhões). As exportações dos países europeus aos seus principais parceiros cresceram na maior parte dos casos.
Os maiores incrementos aconteceram nas vendas a Rússia (18% frente aos cinco primeiros meses de 2011), Coreia do Sul (16%), Brasil (15%) e Japão (14%). As importações, por outro lado, aumentaram nas transações com Noruega (12%) e Estados Unidos (9%), enquanto caíram nas negociações com Índia (10%) e Japão (6%).
http://economia.ig.com.br/criseeconomic ... junho.html
O Eurostat anunciou que as exportações cresceram 12% nos países da moeda única, na comparação com junho de 2011, enquanto as importações aumentaram 2%. Frente a maio, e corrigidas as variações sazonais, as vendas aumentaram 2,4% e as compras se mantiveram praticamente estáveis. As exportações dos países do euro, liderados pela Alemanha, alcançaram 161,5 bilhões em junho, enquanto as importações somaram 146,6 bilhões.
No conjunto da União Europeia (UE), o superávit do comércio exterior em junho foi de 400 milhões de euros, frente ao déficit de 15,3 bilhões registrado em junho de 2011. Neste caso, as exportações aumentaram 2,1% entre maio e junho e as importações cresceram 0,9%. Entre janeiro e maio, a Alemanha registrou o maior superávit comercial do bloco (74,7 bilhões de euros), seguida por Holanda (20,4 bilhões) e Irlanda (16,9 bilhões).
Por outro lado, o maior déficit foi o do Reino Unido (60,9 bilhões de euros), à frente de França (36,1 bilhões) e Espanha (16,8 bilhões). As exportações dos países europeus aos seus principais parceiros cresceram na maior parte dos casos.
Os maiores incrementos aconteceram nas vendas a Rússia (18% frente aos cinco primeiros meses de 2011), Coreia do Sul (16%), Brasil (15%) e Japão (14%). As importações, por outro lado, aumentaram nas transações com Noruega (12%) e Estados Unidos (9%), enquanto caíram nas negociações com Índia (10%) e Japão (6%).
http://economia.ig.com.br/criseeconomic ... junho.html
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
- manuel.liste
- Sênior
- Mensagens: 4056
- Registrado em: Seg Set 12, 2005 11:25 am
- Localização: Vigo - Espanha
- Agradeceu: 7 vezes
- Agradeceram: 8 vezes
Re: Crise Econômica Mundial
El superavit comercial y por cuenta corriente de la Eurozona va a seguir creciendo. La Eurozona exportó al resto del mundo por 921 mil millones de euros durante el primer semestre de 2012, un 8% más que igual periodo del año anterior
- Bourne
- Sênior
- Mensagens: 21087
- Registrado em: Dom Nov 04, 2007 11:23 pm
- Localização: Campina Grande do Sul
- Agradeceu: 3 vezes
- Agradeceram: 21 vezes
Re: Crise Econômica Mundial
Nada mau para um país desenvolvido e estável como Alemanha. Superávit de apenas 74 bilhões em quatro meses.
- marcelo l.
- Sênior
- Mensagens: 6097
- Registrado em: Qui Out 15, 2009 12:22 am
- Agradeceu: 138 vezes
- Agradeceram: 66 vezes
Re: Crise Econômica Mundial
Algum dia ... as nações da Europa pode estar pronto para fundir suas identidades nacionais e criar uma nova União Europeia -, os Estados Unidos da Europa. Se e quando o fazem, um Governo Europeu assumirá todas as funções que o governo federal fornece agora em os EUA, ou no Canadá ou Austrália. Isso vai envolver a criação de uma "união económica e monetária". Mas é um erro perigoso acreditar que a união económica e monetária, pode preceder uma união política, ou que ele vai agir (nas palavras do relatório Werner) "como um fermento para a evolução de uma união política que, no longo prazo, vai em qualquer caso, ser incapaz de fazer sem ". Porque, se a criação de uma união monetária e de controle comunitário sobre os orçamentos nacionais gera pressões que levam a um colapso de todo o sistema que vai impedir o desenvolvimento de uma união política, não promovê-lo.
[Grifos no original]
Isso foi escrito em 1971! Em Efeitos dinâmicos do mercado comum publicado no New Statesman, 12 de março, 1971 e também reeditado (como o capítulo 12, pp 187-220), em Ensaios adicionais em Economia Aplicada - volume 6 da série ensaios reunidos Econômico de Nicholas Kaldor.
http://www.concertedaction.com/2012/08/ ... on-market/
aqui tem um link com um dos trabalhos do Kandor no final.
http://www.concertedaction.com/2012/08/ ... owth-plan/
========================
[Grifos no original]
Isso foi escrito em 1971! Em Efeitos dinâmicos do mercado comum publicado no New Statesman, 12 de março, 1971 e também reeditado (como o capítulo 12, pp 187-220), em Ensaios adicionais em Economia Aplicada - volume 6 da série ensaios reunidos Econômico de Nicholas Kaldor.
http://www.concertedaction.com/2012/08/ ... on-market/
aqui tem um link com um dos trabalhos do Kandor no final.
http://www.concertedaction.com/2012/08/ ... owth-plan/
========================
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
- marcelo l.
- Sênior
- Mensagens: 6097
- Registrado em: Qui Out 15, 2009 12:22 am
- Agradeceu: 138 vezes
- Agradeceram: 66 vezes
Re: Crise Econômica Mundial
O presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, é esperado nesta quarta-feira em Atenas, onde o primeiro-ministro grego, Antonis Samaras, tentará convencê-lo de que a Grécia precisa de mais tempo para cumprir seus compromissos de austeridade. A reunião com Juncker dá início a uma série de encontros considerados cruciais para a permanência da Grécia na zona do euro, e que incluem uma viagem a Berlim e a Paris no fim desta semana.
Veja : Grécia nega corte adicional de 1,9 bilhão de euros
Segundo a agenda prevista, Juncker chegou à capital grega às 7h (horário de Brasília) e se reunirá com Samaras às 11h30. Ele deverá apresentar a Juncker uma série de novos cortes, no valor total de 11,5 bilhões de euros, exigida pelo trio de credores formado por Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional.
A princípio, esse pacote de ajuste devia se desenrolar nos próximos dois anos, mas o Governo grego quer mais tempo. Em entrevista publicada hoje pelo jornal alemão "Bild", Samaras lembra que nos últimos três anos a economia grega "encolheu 20%, o padrão de vida caiu um terço, os aposentados perderam um quinto de sua renda e metade da juventude está desempregada".
Também : Grécia quer fechar acordo sobre cortes em setembro
O Governo grego espera que Juncker respalde sua posição e envie hoje aos países europeus uma clara mensagem a favor da permanência da Grécia na zona do euro, visto que o chefe do Eurogrupo até agora rejeitou a possibilidade da volta do dracma. Após a visita, Juncker deverá anunciar a data da reunião extraordinária do Eurogrupo, prevista para a primeira semana de setembro, quando serão avaliadas as situações de Grécia e Espanha.
http://economia.ig.com.br/criseeconomic ... ustes.html
Veja : Grécia nega corte adicional de 1,9 bilhão de euros
Segundo a agenda prevista, Juncker chegou à capital grega às 7h (horário de Brasília) e se reunirá com Samaras às 11h30. Ele deverá apresentar a Juncker uma série de novos cortes, no valor total de 11,5 bilhões de euros, exigida pelo trio de credores formado por Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional.
A princípio, esse pacote de ajuste devia se desenrolar nos próximos dois anos, mas o Governo grego quer mais tempo. Em entrevista publicada hoje pelo jornal alemão "Bild", Samaras lembra que nos últimos três anos a economia grega "encolheu 20%, o padrão de vida caiu um terço, os aposentados perderam um quinto de sua renda e metade da juventude está desempregada".
Também : Grécia quer fechar acordo sobre cortes em setembro
O Governo grego espera que Juncker respalde sua posição e envie hoje aos países europeus uma clara mensagem a favor da permanência da Grécia na zona do euro, visto que o chefe do Eurogrupo até agora rejeitou a possibilidade da volta do dracma. Após a visita, Juncker deverá anunciar a data da reunião extraordinária do Eurogrupo, prevista para a primeira semana de setembro, quando serão avaliadas as situações de Grécia e Espanha.
http://economia.ig.com.br/criseeconomic ... ustes.html
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
- cabeça de martelo
- Sênior
- Mensagens: 39536
- Registrado em: Sex Out 21, 2005 10:45 am
- Localização: Portugal
- Agradeceu: 1137 vezes
- Agradeceram: 2858 vezes
Re: Crise Econômica Mundial
http://www.fundforpeace.org/global/?q=fsi-grid2012
Portugal em melhor lugar que EUA, RU, Espanha, etc? Estranho não?!
Portugal em melhor lugar que EUA, RU, Espanha, etc? Estranho não?!
- marcelo l.
- Sênior
- Mensagens: 6097
- Registrado em: Qui Out 15, 2009 12:22 am
- Agradeceu: 138 vezes
- Agradeceram: 66 vezes
Re: Crise Econômica Mundial
Não, por que você está medindo as instituições, Portugal tem baixa violência, é um Estado de bem estar, direitos de propriedade estão assegurados, tem instituições inclusivas, o governo central controla o Estado através de regras claras.cabeça de martelo escreveu: http://www.fundforpeace.org/global/?q=fsi-grid2012
Portugal em melhor lugar que EUA, RU, Espanha, etc? Estranho não?!
Vocês são um país que funciona muito bem em termos de instituição, se a economia estivesse normal estariam dois postos na frente, mas mesmo assim existiram falhas.
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
- NettoBR
- Sênior
- Mensagens: 2773
- Registrado em: Sáb Abr 28, 2012 10:36 am
- Localização: Ribeirão Preto-SP
- Agradeceu: 1085 vezes
- Agradeceram: 320 vezes
Re: Crise Econômica Mundial
Indústria da China registra contração e governo pode promover estímulo
DA REUTERS, EM PEQUIM, 23/08/2012 - 07h51
O setor industrial da China se contraiu em agosto no maior ritmo em nove meses, de acordo com a pesquisa Índice de Gerentes de Compra (PMI), que mostrou queda nas exportações e alta de estoques, um sinal de que mais estímulo político pode ser necessário para garantir um avanço do crescimento no segundo semestre.
De acordo com dados divulgados nesta quinta-feira, o PMI de indústria da China compilado pelo instituto Markit --uma leitura preliminar que fornece uma avaliação para agosto-- caiu para 47,8 neste mês, o menor nível desde novembro e bem abaixo do número final de julho, de 49,3.
O PMI tem ficado abaixo da marca de 50 --que divide expansão de contração-- há dez meses seguidos, e o índice agora está em níveis raramente vistos desde a crise financeira global de 2008/2009.
Mas a China se mostra relutante em apresentar um pacote de estímulo massivo como fez em 2008. Em vez disso, optou por abrir mais setores ao capital privado para ajudar a financiar novos projetos de investimento.
"Para alcançar a meta política de estabilizar o crescimento e o mercado de trabalho, Pequim tem que acelerar o afrouxamento político para levantar o investimento em infraestrutura nos próximos meses", disse Qu Hongbin, economista-chefe do HSBC, patrocinador da pesquisa.
INJEÇÃO
Ao mesmo tempo em que analistas e investidores pedem mais suporte de Pequim à economia, o banco central da China completou nesta quinta a maior injeção semanal de fundos no sistema financeiro em sete meses, totalizando 278 bilhões de iuanes (43,77 bilhões de dólares) --medida que operadores viram como uma substituição para um corte na taxa de compulsório.
"É muito difícil dar uma interpretação positiva a qualquer coisa dentro dos dados", disse o estrategista-chefe de câmbio do Westpac Bank, Robert Rennie.
Pequim tem acelerado os gastos fiscais em projetos importantes, reduziu o depósito compulsório para liberar estimados 1,2 trilhão de iuanes (190 bilhões de dólares) para empréstimos e reduziu duas vezes as taxas de juros no espaço de quatro semanas em junho e julho.
A queda da demanda da Europa, maior mercado de exportação da China, colocou a economia chinesa sob pressão, com os problemas agora sendo sentidos pelo leste asiático.
O Japão informou na quarta-feira que as exportações tinham recuado em julho no maior ritmo em seis meses devido à queda dos embarques para Europa e China.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1141 ... mulo.shtml
DA REUTERS, EM PEQUIM, 23/08/2012 - 07h51
O setor industrial da China se contraiu em agosto no maior ritmo em nove meses, de acordo com a pesquisa Índice de Gerentes de Compra (PMI), que mostrou queda nas exportações e alta de estoques, um sinal de que mais estímulo político pode ser necessário para garantir um avanço do crescimento no segundo semestre.
De acordo com dados divulgados nesta quinta-feira, o PMI de indústria da China compilado pelo instituto Markit --uma leitura preliminar que fornece uma avaliação para agosto-- caiu para 47,8 neste mês, o menor nível desde novembro e bem abaixo do número final de julho, de 49,3.
O PMI tem ficado abaixo da marca de 50 --que divide expansão de contração-- há dez meses seguidos, e o índice agora está em níveis raramente vistos desde a crise financeira global de 2008/2009.
Mas a China se mostra relutante em apresentar um pacote de estímulo massivo como fez em 2008. Em vez disso, optou por abrir mais setores ao capital privado para ajudar a financiar novos projetos de investimento.
"Para alcançar a meta política de estabilizar o crescimento e o mercado de trabalho, Pequim tem que acelerar o afrouxamento político para levantar o investimento em infraestrutura nos próximos meses", disse Qu Hongbin, economista-chefe do HSBC, patrocinador da pesquisa.
INJEÇÃO
Ao mesmo tempo em que analistas e investidores pedem mais suporte de Pequim à economia, o banco central da China completou nesta quinta a maior injeção semanal de fundos no sistema financeiro em sete meses, totalizando 278 bilhões de iuanes (43,77 bilhões de dólares) --medida que operadores viram como uma substituição para um corte na taxa de compulsório.
"É muito difícil dar uma interpretação positiva a qualquer coisa dentro dos dados", disse o estrategista-chefe de câmbio do Westpac Bank, Robert Rennie.
Pequim tem acelerado os gastos fiscais em projetos importantes, reduziu o depósito compulsório para liberar estimados 1,2 trilhão de iuanes (190 bilhões de dólares) para empréstimos e reduziu duas vezes as taxas de juros no espaço de quatro semanas em junho e julho.
A queda da demanda da Europa, maior mercado de exportação da China, colocou a economia chinesa sob pressão, com os problemas agora sendo sentidos pelo leste asiático.
O Japão informou na quarta-feira que as exportações tinham recuado em julho no maior ritmo em seis meses devido à queda dos embarques para Europa e China.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1141 ... mulo.shtml
"Todos pensam em mudar o mundo, mas ninguém pensa em mudar a si mesmo."
Liev Tolstói
Liev Tolstói
- Sterrius
- Sênior
- Mensagens: 5140
- Registrado em: Sex Ago 01, 2008 1:28 pm
- Agradeceu: 115 vezes
- Agradeceram: 323 vezes
Re: Crise Econômica Mundial
Dificil pros BRICS pq o problema não é falta de produção.
È falta de clientes! E não pq eles estão comprando de 3º. E sim pq simplesmente estão sem dinheiro.
È falta de clientes! E não pq eles estão comprando de 3º. E sim pq simplesmente estão sem dinheiro.
Re: Crise Econômica Mundial
Ricos franceses ameaçam deixar o país se taxa sobre fortunas for aprovada
Proposta de tributar em 75% parte da renda que esteja acima de um milhão de euros anuais começa a ser estudada pelo Parlamento em setembro
The New York Times - Luz Alderman | 23/08/2012 05:05:35
O tributarista Vincent Grandil: presidentes de grandes corporações e executivos bem remunerados têm consultado-o sobre a hipótese de terem de deixar a França
Paris – O telefonema para o escritório de advocacia de Vincent Grandil, na capital francesa, começou como muitos outros ocorridos recentemente. Na linha estava o bem pago CEO de uma das empresas mais lucrativas da França, e ele estava nervoso.
O presidente François Hollande prometeu tributar em 75% a parte da renda de qualquer pessoa que esteja acima de um milhão de euros anuais. "Devo me preparar para deixar o país?", o executivo perguntou a Grandil.
A orientação do advogado: esperar para ver. Ao menos por enquanto.
"Estamos recebendo muitos telefonemas de pessoas com altos ganhos perguntando se devem deixar a França", disse Grandil, sócio da Altexis, empresa especializada em questões tributárias para as corporações e os ricos. "Até mesmo pessoas jovens e dinâmicas que ganham 200 mil euros estão se perguntando se devem continuar num país onde ganhar dinheiro não é considerado uma coisa boa."
O calafrio está se espalhando pela classe executiva da França enquanto Hollande, o primeiro presidente socialista desde François Mitterrand, na década de 1980, divulgou um manifesto patriótico para "pagar mais imposto e botar o país de volta nos trilhos". A proposta de imposto de 75%, que o Parlamento pretende começar a estudar em setembro, tem o propósito ostensivo de estimular as finanças francesas enquanto se intensifica a longa crise da dívida soberana europeia.
Contudo, como existem relativamente poucas pessoas na França cuja renda seria afetada pelo imposto (talvez, não mais de 30 mil num país com 65 milhões de habitantes), o ganho pode contribuir apenas com uma pequena parcela para os 33 bilhões de euros em receitas novas que o governo pretende arrecadar no ano que vem para ajudar a equilibrar o orçamento. O Ministério das Finanças francês não respondeu ao pedido de uma estimativa da receita que o imposto pode vir a produzir.
Diane Segalen, recrutadora internacional de executivos: o governo afasta as pessoas que podem melhorar a economia do país
Embora a quantia seja baixa, para alguns analistas, a taxação dos ricos daria cobertura política para os cortes dolorosos de que Hollande pode necessitar no ano que vem em programas sociais, os quais provavelmente serão muito menos populares entre os cidadãos comuns.
Sob esse aspecto, o imposto poderia ter um valor simbólico enorme com um golpe contra a "égalité" (igualdade), vindo de um novo presidente que declarou não gostar dos ricos.
"Os franceses têm um relacionamento desconfortável com o dinheiro", disse Grandil. "Aqui, a pessoa que se fez sozinha, criou empregos e acabou ficando milionária é vista com suspeita. Essa é uma grande diferença cultural entre a França e os Estados Unidos."
Muitas empresas estudam planos de contingência para tirar do país os executivos com altos salários, segundo consultores, advogados, contabilistas e corretores de imóveis, os quais protegem bastante os clientes e se recusam a identificá-los pelo nome. Para eles, alguns executivos e ricos já fizeram as malas para destinos como Grã-Bretanha, Bélgica, Suíça e EUA, levando consigo a receita tributável.
Eles também conhecem empresas, de startups a multinacionais, que estão retardando os planos de investir na França, transferir funcionários ou contratar novos.
Sem dúvida, ainda não está claro se os residentes ricos irão mesmo embora e as empresas mudarão sua estratégia. Parte da crítica poderia ser dissimulação política, visando dissuadir o governo de levar a cabo o aumento do imposto. Porém, alguns ricos foram embora depois que Mitterrand elevou as taxas na década de 1980. Mais recentemente, Laetetia Casta, ex-modelo da Victoria's Secret, o "restaurateur" Alain Ducasse e o cantor Johnny Hallyday causaram comoção ao se mudarem para países do outro lado da fronteira para fugir da mão pesada do tesouro francês.
Não resta dúvida de que Hollande está sob pressão fiscal. Ele prometeu reduzir o déficit orçamentário francês, atualmente na casa dos 4,5% do Produto Interno Bruto, para 3%, para obedecer às regras da zona do euro.
Entretanto, qual a melhor forma de atingir esse alvo é tanto uma questão política quanto fiscal.
Hollande foi eleito em maio em meio a uma onda de ressentimento contra "les riches", os executivos, banqueiros, astros do esporte e celebridades cujos contracheques tendem a ser a vistos como escandalosos num país onde a divisão crescente entre ricos e pobres atinge um ponto sensível com raízes que antecedem a Robespierre.
Metade das famílias francesas ganha menos de 19 mil euros anuais; somente cerca de 10% dos lares ganham mais de 60 mil euros por ano, segundo a agência francesa de estatísticas, Insee.
Atualmente, não existe plano para modificar a alíquota dos impostos da maioria das pessoas, que é de 14% para os mais pobres e de 30% para o nível seguinte. Para as pessoas com renda mais alta (acima de 70.830 euros por ano), a alíquota em breve subirá de 41% para 44%, uma mudança estabelecida antes da eleição de Hollande.
Steve Horton, contador tributário de Paris com muitos clientes ricos, calculou que um casal com dois filhos e renda anual tributável de um pouco mais de 2,22 milhões de euros embolsa 1,1 milhão de euros líquidos no atual sistema tributário francês.
De acordo com Horton, essa família terminaria com 780 mil euros se o aumento proposto por Hollande fosse aprovado.
Os impostos são altos na França por um motivo: eles bancam um dos sistemas de bem-estar social mais generosos da Europa e um governo grande. Como Hollande o descreveu, o imposto pretende fazer "justiça" e "enviar um sinal, uma mensagem de coesão social".
Essa questão toca num ponto nevrálgico de eleitores irritados com a divisão da riqueza. E é apoiada por economistas como Thomas Piketty, professor da Escola de Economia de Paris, o qual realizou estudos indicando que quem ganha muito não vai trabalhar com menos afinco se for mais tributado. Mas há quem diga que a França estaria dando um sinal errado.
De acordo com Horton, o contabilista, "as pessoas têm um quantidade aceitável de impostos que estão dispostas a pagar e se passar disso, elas vão se mudar para outro lugar onde a coisa seja mais razoável".
"Os políticos franceses parecem não compreender ou não se importar com o fato de que quando, por meio de impostos, você tira dois terços dos ganhos de alguém para agradar os eleitores, as pessoas produtivas que podem enriquecer as empresas e a economia não virão para cá ou simplesmente irão embora", afirmou Diane Segalen, recrutadora de executivos.
Ela relata que estava prestes a fechar um acordo com um executivo tarimbado de Londres para trabalhar numa das maiores empresas francesas no começo do ano, quando Hollande fez a promessa dos 75%.
"Quando o cara ouviu aquilo, ele disse que não viria mais e se retirou do processo", contou Segalen, diretora da consultoria Segalen et Associes.
Para Segalen, a proposta é o mais recente sinal de alerta num país que há tempos funciona sob a imagem de ser um local complicado para se fazer negócios.
A França cobra uma alíquota de 33% sobre as empresas; a segunda mais alta da zona do euro, atrás de Malta, com 35%. O valor contrasta com a taxa de 12,5% na Irlanda, que manteve baixos os impostos para atrair empresas.
"É uma proposta ridícula, mas é ótima para nós", afirmou Jean Dekerchove, gerente da Immobilier Le Lion, imobiliária sofisticada de Bruxelas. Segundo ele, os telefonemas para sua firma cresceram nos últimos meses, enquanto os ricos franceses buscam investir ou simplesmente se mudar para o outro lado da fronteira em meio a preocupações sobre o último imposto.
"É uma perda enorme para a França porque as pessoas e os negócios vêm para a Bélgica e trazem sua riqueza com eles", declarou Dekerchove. "Contudo, estamos empolgados porque eles criam empregos, compram casas e gastam dinheiro, e é a nossa economia que lucra."
Proposta de tributar em 75% parte da renda que esteja acima de um milhão de euros anuais começa a ser estudada pelo Parlamento em setembro
The New York Times - Luz Alderman | 23/08/2012 05:05:35
O tributarista Vincent Grandil: presidentes de grandes corporações e executivos bem remunerados têm consultado-o sobre a hipótese de terem de deixar a França
Paris – O telefonema para o escritório de advocacia de Vincent Grandil, na capital francesa, começou como muitos outros ocorridos recentemente. Na linha estava o bem pago CEO de uma das empresas mais lucrativas da França, e ele estava nervoso.
O presidente François Hollande prometeu tributar em 75% a parte da renda de qualquer pessoa que esteja acima de um milhão de euros anuais. "Devo me preparar para deixar o país?", o executivo perguntou a Grandil.
A orientação do advogado: esperar para ver. Ao menos por enquanto.
"Estamos recebendo muitos telefonemas de pessoas com altos ganhos perguntando se devem deixar a França", disse Grandil, sócio da Altexis, empresa especializada em questões tributárias para as corporações e os ricos. "Até mesmo pessoas jovens e dinâmicas que ganham 200 mil euros estão se perguntando se devem continuar num país onde ganhar dinheiro não é considerado uma coisa boa."
O calafrio está se espalhando pela classe executiva da França enquanto Hollande, o primeiro presidente socialista desde François Mitterrand, na década de 1980, divulgou um manifesto patriótico para "pagar mais imposto e botar o país de volta nos trilhos". A proposta de imposto de 75%, que o Parlamento pretende começar a estudar em setembro, tem o propósito ostensivo de estimular as finanças francesas enquanto se intensifica a longa crise da dívida soberana europeia.
Contudo, como existem relativamente poucas pessoas na França cuja renda seria afetada pelo imposto (talvez, não mais de 30 mil num país com 65 milhões de habitantes), o ganho pode contribuir apenas com uma pequena parcela para os 33 bilhões de euros em receitas novas que o governo pretende arrecadar no ano que vem para ajudar a equilibrar o orçamento. O Ministério das Finanças francês não respondeu ao pedido de uma estimativa da receita que o imposto pode vir a produzir.
Diane Segalen, recrutadora internacional de executivos: o governo afasta as pessoas que podem melhorar a economia do país
Embora a quantia seja baixa, para alguns analistas, a taxação dos ricos daria cobertura política para os cortes dolorosos de que Hollande pode necessitar no ano que vem em programas sociais, os quais provavelmente serão muito menos populares entre os cidadãos comuns.
Sob esse aspecto, o imposto poderia ter um valor simbólico enorme com um golpe contra a "égalité" (igualdade), vindo de um novo presidente que declarou não gostar dos ricos.
"Os franceses têm um relacionamento desconfortável com o dinheiro", disse Grandil. "Aqui, a pessoa que se fez sozinha, criou empregos e acabou ficando milionária é vista com suspeita. Essa é uma grande diferença cultural entre a França e os Estados Unidos."
Muitas empresas estudam planos de contingência para tirar do país os executivos com altos salários, segundo consultores, advogados, contabilistas e corretores de imóveis, os quais protegem bastante os clientes e se recusam a identificá-los pelo nome. Para eles, alguns executivos e ricos já fizeram as malas para destinos como Grã-Bretanha, Bélgica, Suíça e EUA, levando consigo a receita tributável.
Eles também conhecem empresas, de startups a multinacionais, que estão retardando os planos de investir na França, transferir funcionários ou contratar novos.
Sem dúvida, ainda não está claro se os residentes ricos irão mesmo embora e as empresas mudarão sua estratégia. Parte da crítica poderia ser dissimulação política, visando dissuadir o governo de levar a cabo o aumento do imposto. Porém, alguns ricos foram embora depois que Mitterrand elevou as taxas na década de 1980. Mais recentemente, Laetetia Casta, ex-modelo da Victoria's Secret, o "restaurateur" Alain Ducasse e o cantor Johnny Hallyday causaram comoção ao se mudarem para países do outro lado da fronteira para fugir da mão pesada do tesouro francês.
Não resta dúvida de que Hollande está sob pressão fiscal. Ele prometeu reduzir o déficit orçamentário francês, atualmente na casa dos 4,5% do Produto Interno Bruto, para 3%, para obedecer às regras da zona do euro.
Entretanto, qual a melhor forma de atingir esse alvo é tanto uma questão política quanto fiscal.
Hollande foi eleito em maio em meio a uma onda de ressentimento contra "les riches", os executivos, banqueiros, astros do esporte e celebridades cujos contracheques tendem a ser a vistos como escandalosos num país onde a divisão crescente entre ricos e pobres atinge um ponto sensível com raízes que antecedem a Robespierre.
Metade das famílias francesas ganha menos de 19 mil euros anuais; somente cerca de 10% dos lares ganham mais de 60 mil euros por ano, segundo a agência francesa de estatísticas, Insee.
Atualmente, não existe plano para modificar a alíquota dos impostos da maioria das pessoas, que é de 14% para os mais pobres e de 30% para o nível seguinte. Para as pessoas com renda mais alta (acima de 70.830 euros por ano), a alíquota em breve subirá de 41% para 44%, uma mudança estabelecida antes da eleição de Hollande.
Steve Horton, contador tributário de Paris com muitos clientes ricos, calculou que um casal com dois filhos e renda anual tributável de um pouco mais de 2,22 milhões de euros embolsa 1,1 milhão de euros líquidos no atual sistema tributário francês.
De acordo com Horton, essa família terminaria com 780 mil euros se o aumento proposto por Hollande fosse aprovado.
Os impostos são altos na França por um motivo: eles bancam um dos sistemas de bem-estar social mais generosos da Europa e um governo grande. Como Hollande o descreveu, o imposto pretende fazer "justiça" e "enviar um sinal, uma mensagem de coesão social".
Essa questão toca num ponto nevrálgico de eleitores irritados com a divisão da riqueza. E é apoiada por economistas como Thomas Piketty, professor da Escola de Economia de Paris, o qual realizou estudos indicando que quem ganha muito não vai trabalhar com menos afinco se for mais tributado. Mas há quem diga que a França estaria dando um sinal errado.
De acordo com Horton, o contabilista, "as pessoas têm um quantidade aceitável de impostos que estão dispostas a pagar e se passar disso, elas vão se mudar para outro lugar onde a coisa seja mais razoável".
"Os políticos franceses parecem não compreender ou não se importar com o fato de que quando, por meio de impostos, você tira dois terços dos ganhos de alguém para agradar os eleitores, as pessoas produtivas que podem enriquecer as empresas e a economia não virão para cá ou simplesmente irão embora", afirmou Diane Segalen, recrutadora de executivos.
Ela relata que estava prestes a fechar um acordo com um executivo tarimbado de Londres para trabalhar numa das maiores empresas francesas no começo do ano, quando Hollande fez a promessa dos 75%.
"Quando o cara ouviu aquilo, ele disse que não viria mais e se retirou do processo", contou Segalen, diretora da consultoria Segalen et Associes.
Para Segalen, a proposta é o mais recente sinal de alerta num país que há tempos funciona sob a imagem de ser um local complicado para se fazer negócios.
A França cobra uma alíquota de 33% sobre as empresas; a segunda mais alta da zona do euro, atrás de Malta, com 35%. O valor contrasta com a taxa de 12,5% na Irlanda, que manteve baixos os impostos para atrair empresas.
"É uma proposta ridícula, mas é ótima para nós", afirmou Jean Dekerchove, gerente da Immobilier Le Lion, imobiliária sofisticada de Bruxelas. Segundo ele, os telefonemas para sua firma cresceram nos últimos meses, enquanto os ricos franceses buscam investir ou simplesmente se mudar para o outro lado da fronteira em meio a preocupações sobre o último imposto.
"É uma perda enorme para a França porque as pessoas e os negócios vêm para a Bélgica e trazem sua riqueza com eles", declarou Dekerchove. "Contudo, estamos empolgados porque eles criam empregos, compram casas e gastam dinheiro, e é a nossa economia que lucra."
- marcelo l.
- Sênior
- Mensagens: 6097
- Registrado em: Qui Out 15, 2009 12:22 am
- Agradeceu: 138 vezes
- Agradeceram: 66 vezes
Re: Crise Econômica Mundial
HEN BROWN E ANDREAS RINKE - Angela Merkel e François Hollande vão apresentar uma posição unificada com relação à Grécia em suas conversas nesta quinta-feira, dizendo a Atenas para não esperar nenhuma tolerância em relação a seu resgate financeiro a menos que cumpra os termos.
Os líderes da Alemanha e da França estão reunidos para afinarem sua mensagem ao primeiro-ministro grego, Antonis Samaras, que começa na sexta-feira uma viagem a Berlim e Paris na esperança de convencer as grandes potências europeias de que a Grécia merece paciência.
Samaras tem dado entrevistas à imprensa alemã salientando que, embora Atenas possa pedir mais tempo para atingir metas de austeridade, não está pedindo mais dinheiro dos seus parceiros. Mas o ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schaeuble, soou um alerta.
"Mais tempo não é uma solução para os problemas", disse Schaeuble a uma rádio alemã, em resposta à proposta de Samaras para que a Grécia tenha quatro anos, em vez de dois, para implantar as dolorosas medidas econômicas exigidas no pacote de resgate da União Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional. Segundo Schaeuble, a ajuda à Grécia já "chegou aos limites do que é economicamente viável".
Líderes europeus dizem que qualquer decisão sobre a Grécia dependerá de um relatório sobre o progresso do país a ser apresentado na semana que vem pela "troika" de credores.
Samaras visita Merkel na sexta-feira e Hollande no sábado, num momento de raro otimismo dos mercados europeus quanto às ações da Europa contra a crise da dívida.
A própria Merkel afastou na quarta-feira qualquer chance de concessões abrangentes, dizendo durante viagem à Moldávia que tem "a consciência de que precisamos fazer com que cada parceiro mantenha seus compromissos".
Mas, por trás da posição rígida, Berlim e Paris têm poucas opções a não ser dar à Grécia "um pouco de ar para respirar" - expressão usada por Samaras. Nas duas capitais, há pouco interesse em expulsar a Grécia da zona do euro.
Hollande e Merkel farão apenas uma breve declaração à imprensa às 14h (hora de Brasília), antes da sua reunião, em vez de concederem entrevista coletiva posterior.
(Reportagem adicional de Brian Love, Catherine Bremer, Sarah Marsh e Alexandra Hudson)
http://economia.estadao.com.br/noticias ... 4172,0.htm
Continua a brincadeira empurra, segura, empurra, segura...ops errei e caiu no abismo, a Grécia sem investimentos sérios para levantar a economia não tem muito o que fazer, as contas não fecham com ou sem dívida.
Os líderes da Alemanha e da França estão reunidos para afinarem sua mensagem ao primeiro-ministro grego, Antonis Samaras, que começa na sexta-feira uma viagem a Berlim e Paris na esperança de convencer as grandes potências europeias de que a Grécia merece paciência.
Samaras tem dado entrevistas à imprensa alemã salientando que, embora Atenas possa pedir mais tempo para atingir metas de austeridade, não está pedindo mais dinheiro dos seus parceiros. Mas o ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schaeuble, soou um alerta.
"Mais tempo não é uma solução para os problemas", disse Schaeuble a uma rádio alemã, em resposta à proposta de Samaras para que a Grécia tenha quatro anos, em vez de dois, para implantar as dolorosas medidas econômicas exigidas no pacote de resgate da União Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional. Segundo Schaeuble, a ajuda à Grécia já "chegou aos limites do que é economicamente viável".
Líderes europeus dizem que qualquer decisão sobre a Grécia dependerá de um relatório sobre o progresso do país a ser apresentado na semana que vem pela "troika" de credores.
Samaras visita Merkel na sexta-feira e Hollande no sábado, num momento de raro otimismo dos mercados europeus quanto às ações da Europa contra a crise da dívida.
A própria Merkel afastou na quarta-feira qualquer chance de concessões abrangentes, dizendo durante viagem à Moldávia que tem "a consciência de que precisamos fazer com que cada parceiro mantenha seus compromissos".
Mas, por trás da posição rígida, Berlim e Paris têm poucas opções a não ser dar à Grécia "um pouco de ar para respirar" - expressão usada por Samaras. Nas duas capitais, há pouco interesse em expulsar a Grécia da zona do euro.
Hollande e Merkel farão apenas uma breve declaração à imprensa às 14h (hora de Brasília), antes da sua reunião, em vez de concederem entrevista coletiva posterior.
(Reportagem adicional de Brian Love, Catherine Bremer, Sarah Marsh e Alexandra Hudson)
http://economia.estadao.com.br/noticias ... 4172,0.htm
Continua a brincadeira empurra, segura, empurra, segura...ops errei e caiu no abismo, a Grécia sem investimentos sérios para levantar a economia não tem muito o que fazer, as contas não fecham com ou sem dívida.
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
- NettoBR
- Sênior
- Mensagens: 2773
- Registrado em: Sáb Abr 28, 2012 10:36 am
- Localização: Ribeirão Preto-SP
- Agradeceu: 1085 vezes
- Agradeceram: 320 vezes
Re: Crise Econômica Mundial
Espanha usará € 60 bilhões para ajudar os bancos, diz ministro
27/08/2012 - 08h01
A Espanha pretende utilizar € 60 bilhões dos até € 100 bilhões oferecidos pela zona do euro para recapitalizar seus bancos, afirmou o ministro da Economia, Luis de Guindos, em entrevista ao jornal "International Herald Tribune" desta segunda-feira.
O representante do governo espanhol afirmou que, caso existam discrepâncias entre o pedido pelos bancos e o calculado pelos auditores, a estimativa dos analistas será a considerada.
Ele acredita que as necessidades dos banqueiros espanhóis não serão muito maiores que a estimativa feita pelas consultoras, que calcularam em junho em € 62 bilhões o valor necessário para o resgate. "Não acredito que seja muito diferente dos 62 bilhões de euros", disse.
De Guindos descarta que o processo de reestruturação bancária termine com o fechamento de algumas instituições financeiras. Em relação aos compromissos adquiridos pelo Estado espanhol, indicou que o governo cumprirá as metas de consolidação fiscal estabelecidas, mesmo com recessão econômica.
Ao comentar a hipótese da Espanha apresentar um novo pedido de ajuda à zona do euro, o ministro afirmou que "é algo que está completamente aberto". O pedido é a única forma de fazer com que o Banco Central Europeu compre títulos da dívida pública espanhola com recursos dos fundos de resgate.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1143 ... stro.shtml
27/08/2012 - 08h01
A Espanha pretende utilizar € 60 bilhões dos até € 100 bilhões oferecidos pela zona do euro para recapitalizar seus bancos, afirmou o ministro da Economia, Luis de Guindos, em entrevista ao jornal "International Herald Tribune" desta segunda-feira.
O representante do governo espanhol afirmou que, caso existam discrepâncias entre o pedido pelos bancos e o calculado pelos auditores, a estimativa dos analistas será a considerada.
Ele acredita que as necessidades dos banqueiros espanhóis não serão muito maiores que a estimativa feita pelas consultoras, que calcularam em junho em € 62 bilhões o valor necessário para o resgate. "Não acredito que seja muito diferente dos 62 bilhões de euros", disse.
De Guindos descarta que o processo de reestruturação bancária termine com o fechamento de algumas instituições financeiras. Em relação aos compromissos adquiridos pelo Estado espanhol, indicou que o governo cumprirá as metas de consolidação fiscal estabelecidas, mesmo com recessão econômica.
Ao comentar a hipótese da Espanha apresentar um novo pedido de ajuda à zona do euro, o ministro afirmou que "é algo que está completamente aberto". O pedido é a única forma de fazer com que o Banco Central Europeu compre títulos da dívida pública espanhola com recursos dos fundos de resgate.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1143 ... stro.shtml
"Todos pensam em mudar o mundo, mas ninguém pensa em mudar a si mesmo."
Liev Tolstói
Liev Tolstói
- akivrx78
- Sênior
- Mensagens: 6525
- Registrado em: Dom Fev 08, 2009 8:16 am
- Agradeceu: 115 vezes
- Agradeceram: 343 vezes
Re: Crise Econômica Mundial
Posted on 27 de agosto de 2012 by Antonio Martins
China: o último motor da economia mundial declinará?
Primeiro-ministro tenta reanimar exportadores, mas números continuam sugerindo que país sofre efeitos da retração no Ocidente. Congresso do PC encontrará saídas?
Dois novos sinais acabam de indicar que a queda na atividade econômica na Europa e Estados Unidos está afetando a China; e que, a poucos meses de um novo congresso do Partido Comunista, o governo de Beijing está crescentemente preocupado com o fenômeno. O primeiro-ministro Wen Jiabao viajou no fim-de-semana para a província de Guangdong, o principal polo exportador do país, onde prometeu medidas pontuais para facilitar as vendas externas. No entanto, estatísticas revelaram que o crescimento das exportações e do conjunto da economia está se aprofundando.
Para continuar gerando um grande número de empregos industriais, num país onde milhões de pessoas emigram para as cidades a cada ano, o governo esperava um aumento de 10% no comércio exterior. As dificuldades para cumprir a meta surgiram já no primeiro semestre, quando as compras e vendas externas subiram 9,2%. Mas os números de julho, que acabam de ser divulgados, soaram o alarme: o crescimento do comércio internacional caiu para 1%, reduzindo para 7,8% a evolução nos sete primeiros meses do ano e tornando quase impossível a meta estipulada para 2012. Em consequência, as previsões para o aumento do PIB no ano caíram para 8% — bem acima da média mundial, mas substancialmente abaixo dos 10%, em média, registrados nas últimas décadas.Durante este período, as exportações foram essenciais para que a China se transformasse na “fábrica do mundo”, e na segunda maior economia do planeta. A partir de 2008, a China respondeu à crise mundial com um vasto programa de incentivo ao consumo interno. Ele baseou-se num plano trilionário de investimento em obras públicas, mas também em atitudes pouco usuais, como discreto apoio estatal a greves de trabalhadores.
Embora efetivo, o esforço foi insuficiente. União Europeia e Estados Unidos, onde a economia está em recessão ou crescimento muito reduzido, têm cortado as compras de bens chineses. Segundo dados do banco britânico HSBC, a atividade industrial pode ter caído, em julho, para o patamar mais baixo em nove meses. Em alguns setores muito dependentes das compras externas, como a construção de navios, a atividade caiu 50%. Teme-se que milhões de empregos estarão ameaçados, caso a tendência persista. Uma redução importante da atividade econômica chinesa poderia, por sua vez, repercutir rapidamente em outros países periféricos. Entre eles, o Brasil, que vende parte importante de sua produção agrícola e mineral para a China — há anos, o principal parceiro comercial do país.
Em sua visita a Guangdong, o primeiro-ministro Wen Jiabao acenou, segundo a Agência Xinhua, com medidas capazes de baratear o preço das exportações chinesas — como impostos e taxas portuárias menores. Teme-se, porém, que sejam meros paliativos, pouco capazes de influir na capacidade de compra dos países ocidentais, caso estes permaneçam em dificuldades.
A liderança chinesa terá um plano mais ousado? Os sinais de desaceleração, no país que vem funcionando como o grande motor econômico do planeta, em tempos de crise, amplia o interesse pelo congresso do Partido Comunista. Marcado para o segundo semestre (embora ainda sem data precisa), ele deverá iniciar um amplo processo de transição de lideranças. Caberia a ele, também, encontrar saídas para as dificuldades crescentes da economia.
http://rede.outraspalavras.net/pontodec ... declinara/
China: o último motor da economia mundial declinará?
Primeiro-ministro tenta reanimar exportadores, mas números continuam sugerindo que país sofre efeitos da retração no Ocidente. Congresso do PC encontrará saídas?
Dois novos sinais acabam de indicar que a queda na atividade econômica na Europa e Estados Unidos está afetando a China; e que, a poucos meses de um novo congresso do Partido Comunista, o governo de Beijing está crescentemente preocupado com o fenômeno. O primeiro-ministro Wen Jiabao viajou no fim-de-semana para a província de Guangdong, o principal polo exportador do país, onde prometeu medidas pontuais para facilitar as vendas externas. No entanto, estatísticas revelaram que o crescimento das exportações e do conjunto da economia está se aprofundando.
Para continuar gerando um grande número de empregos industriais, num país onde milhões de pessoas emigram para as cidades a cada ano, o governo esperava um aumento de 10% no comércio exterior. As dificuldades para cumprir a meta surgiram já no primeiro semestre, quando as compras e vendas externas subiram 9,2%. Mas os números de julho, que acabam de ser divulgados, soaram o alarme: o crescimento do comércio internacional caiu para 1%, reduzindo para 7,8% a evolução nos sete primeiros meses do ano e tornando quase impossível a meta estipulada para 2012. Em consequência, as previsões para o aumento do PIB no ano caíram para 8% — bem acima da média mundial, mas substancialmente abaixo dos 10%, em média, registrados nas últimas décadas.Durante este período, as exportações foram essenciais para que a China se transformasse na “fábrica do mundo”, e na segunda maior economia do planeta. A partir de 2008, a China respondeu à crise mundial com um vasto programa de incentivo ao consumo interno. Ele baseou-se num plano trilionário de investimento em obras públicas, mas também em atitudes pouco usuais, como discreto apoio estatal a greves de trabalhadores.
Embora efetivo, o esforço foi insuficiente. União Europeia e Estados Unidos, onde a economia está em recessão ou crescimento muito reduzido, têm cortado as compras de bens chineses. Segundo dados do banco britânico HSBC, a atividade industrial pode ter caído, em julho, para o patamar mais baixo em nove meses. Em alguns setores muito dependentes das compras externas, como a construção de navios, a atividade caiu 50%. Teme-se que milhões de empregos estarão ameaçados, caso a tendência persista. Uma redução importante da atividade econômica chinesa poderia, por sua vez, repercutir rapidamente em outros países periféricos. Entre eles, o Brasil, que vende parte importante de sua produção agrícola e mineral para a China — há anos, o principal parceiro comercial do país.
Em sua visita a Guangdong, o primeiro-ministro Wen Jiabao acenou, segundo a Agência Xinhua, com medidas capazes de baratear o preço das exportações chinesas — como impostos e taxas portuárias menores. Teme-se, porém, que sejam meros paliativos, pouco capazes de influir na capacidade de compra dos países ocidentais, caso estes permaneçam em dificuldades.
A liderança chinesa terá um plano mais ousado? Os sinais de desaceleração, no país que vem funcionando como o grande motor econômico do planeta, em tempos de crise, amplia o interesse pelo congresso do Partido Comunista. Marcado para o segundo semestre (embora ainda sem data precisa), ele deverá iniciar um amplo processo de transição de lideranças. Caberia a ele, também, encontrar saídas para as dificuldades crescentes da economia.
http://rede.outraspalavras.net/pontodec ... declinara/