NOTÍCIAS POLÍTICAS
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
A Veja e seus asseclas já provaram a que vieram em tempos de governo PT. Suas páginas são pura propaganda e ranço da nossa direita Estado-minimalista, fazem política rasteira, não jornalismo. É o maior exemplo de anti-jornalismo dos senhores da nossa mídia corporativa. Está mais preocupada em defender interesses corporativos e excusos de indivíduos do naipe de Daniel Dantas, Carlinhos Cachoeira, Demóstenes Torres e toda a esculha do PSDB, o partido dos "homens bons".Guerra escreveu:Ninguém acredita. Nem na versão da PF que o mensalão existiu. Os unicos de confiança no Brasil são os politicos. Esses ai são santos, e não fazem nada para se manter no poder.Enlil escreveu:Veja como fonte? Quem ainda "acredita"...
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E o caso do Gilmar Mendes só um dos exemplos de suas práticas. E seu envolvimento com o crime organizado está nos AUTOS do Operação Monte Carlo, ou seja, são PROVAS com tanta credibilidade quanto o que está nos AUTOS no julgamento dos mensaleiros no STF. Essa é a grande diferença. Enquanto isso o "governo dos homens bons" passa incólume...
Mas como sempre isso não pareçe lhe incomodar, só a roubalheira do PT é suja; deve ser porque do Maluf ao Serra o dinheiro foi lavado em paraísos fiscais; tudo "clean", nos AUTOS do processo nas Ilhas Jersey e nos DOCUMENTOS do livro Privataria Tucana.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
A Carta Capital não se esconde em falsos moralismos e sempre deixa muito bem claro em EDITORIAL seu POSICIONAMENTO. Esta há anos-luz em qualidade editorial da atual Veja. Quem não gosta de sua parte política que não leia, já que também é uma revista sobre economia, cultura e variedades e nesse sentido não tem nem comparação. A Veja atual é uma mistura de ranço, assassinatos políticos de reputação e propaganda, cujo nível chegou ao ponto de ter indivíduos do naipe de Diogo Mainardi e Reinaldo Azevedo em suas páginas e no seu site.Guerra escreveu:Esse sinhozinho em plena ditadura militar era colaborador da veja, e agora fica dando uma de defensor da esquerda. Esse negocio de ficar só batendo na globo, veja e PSDB vende revista, já que seu público é a esquerda. Mas nem de longe faz dele o cara mais imparcial do pais. Para isso a revista dele precisa derrubar um pouco de corrupto, mas isso não vai agradar o público alvo. Melhor ficar assim. Cada um defendendo seus interesses.Enlil escreveu:Como diria Mino Carta: Os senhores da Casa Grande se detestam mas prontamente defende seus interesses quando ameaçados...
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Mas pelos visto é fã da Veja, já que reverberas EXATAMENTE o que Demétrio Magnoli escreveu contra Mino Carta no Estado de São Paulo e foi reproduzido na revista no auge das denúncias contra seu jornalismo anti-ético, rasteiro, cujo único objetivo é promover a visão de mundo de uma oposição acéfala que se apega a idolatria de um zumbi político como FHC e uma utopia mesquinha e falida que levou a Europa e os EUA para o buraco.
Simples assim. Sem emoções, para quem sabe o que significa interpretação de texto e tem uma relação de aprendizagem com a leitura, não um passatempo de quem só lê o que reproduz seu própio mundinho e "que vive com a certeza de que o mundo fora da bolha onde lacrou seu refúgio é um mundo de perigos, pronto para tirar dele o que acumulou em suposta dignidade de homem bom".
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Se você prestar bem atenção ao que diz, concluirá que, imprensa golpista é aquela que denuncia o roubo de uns e não de outros. Eu tenho uma posição muito cômoda, porque acho que todos roubam. Assim sendo, não defendo ninguém, e penso que em nada acrescenta alegar, perante os homens de bem, que não fui só eu quem roubou.Enlil escreveu:A Carta Capital não se esconde em falsos moralismos e sempre deixa muito bem claro em EDITORIAL seu POSICIONAMENTO. Esta há anos-luz em qualidade editorial da atual Veja. Quem não gosta de sua parte política que não leia, já que também é uma revista sobre economia, cultura e variedades e nesse sentido não tem nem comparação. A Veja atual é uma mistura de ranço, assassinatos políticos de reputação e propaganda, cujo nível chegou ao ponto de ter indivíduos do naipe de Diogo Mainardi e Reinaldo Azevedo em suas páginas e no seu site.Guerra escreveu: Esse sinhozinho em plena ditadura militar era colaborador da veja, e agora fica dando uma de defensor da esquerda. Esse negocio de ficar só batendo na globo, veja e PSDB vende revista, já que seu público é a esquerda. Mas nem de longe faz dele o cara mais imparcial do pais. Para isso a revista dele precisa derrubar um pouco de corrupto, mas isso não vai agradar o público alvo. Melhor ficar assim. Cada um defendendo seus interesses.
Mas pelos visto é fã da Veja, já que reverberas EXATAMENTE o que Demétrio Magnoli escreveu contra Mino Carta no Estado de São Paulo e foi reproduzido na revista no auge das denúncias contra seu jornalismo anti-ético, rasteiro, cujo único objetivo é promover a visão de mundo de uma oposição acéfala que se apega a idolatria de um zumbi político como FHC e uma utopia mesquinha e falida que levou a Europa e os EUA para o buraco.
Simples assim. Sem emoções, para quem sabe o que significa interpretação de texto e tem uma relação de aprendizagem com a leitura, não um passatempo de quem só lê o que reproduz seu própio mundinho e "que vive com a certeza de que o mundo fora da bolha onde lacrou seu refúgio é um mundo de perigos, pronto para tirar dele o que acumulou em suposta dignidade de homem bom".
Não é nada meu. Não é nada meu. Excelência eu não tenho nada, isso é tudo de amigos meus.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Se prestares bem atenção no que ESCREVO concluirá que o que me indigna é a HIPOCRISIA de quem ovula em tópicos do fórum inteiro criticando o governo, inegavelmente corrupto e clientelista, mas cala-se diante da corrupção da oposição. E só conferir neste mesmo tópico, quando lançaram o Privataria Tucana, quando dados oficiais do gasto com anúncios e assinaturas do GF e do Estado de São Paulo foram divulgados AQUI ou quando apareceram as práticas de revistas como a Veja nos AUTOS da Operação Monte Carlo. Curiosamente esses arautos indignados com a "coisa pública", com a corrupção, somem.nveras escreveu:Se você prestar bem atenção ao que diz, concluirá que, imprensa golpista é aquela que denuncia o roubo de uns e não de outros. Eu tenho uma posição muito cômoda, porque acho que todos roubam. Assim sendo, não defendo ninguém, e penso que em nada acrescenta alegar, perante os homens de bem, que não fui só eu quem roubou.Enlil escreveu: A Carta Capital não se esconde em falsos moralismos e sempre deixa muito bem claro em EDITORIAL seu POSICIONAMENTO. Esta há anos-luz em qualidade editorial da atual Veja. Quem não gosta de sua parte política que não leia, já que também é uma revista sobre economia, cultura e variedades e nesse sentido não tem nem comparação. A Veja atual é uma mistura de ranço, assassinatos políticos de reputação e propaganda, cujo nível chegou ao ponto de ter indivíduos do naipe de Diogo Mainardi e Reinaldo Azevedo em suas páginas e no seu site.
Mas pelos visto é fã da Veja, já que reverberas EXATAMENTE o que Demétrio Magnoli escreveu contra Mino Carta no Estado de São Paulo e foi reproduzido na revista no auge das denúncias contra seu jornalismo anti-ético, rasteiro, cujo único objetivo é promover a visão de mundo de uma oposição acéfala que se apega a idolatria de um zumbi político como FHC e uma utopia mesquinha e falida que levou a Europa e os EUA para o buraco.
Simples assim. Sem emoções, para quem sabe o que significa interpretação de texto e tem uma relação de aprendizagem com a leitura, não um passatempo de quem só lê o que reproduz seu própio mundinho e "que vive com a certeza de que o mundo fora da bolha onde lacrou seu refúgio é um mundo de perigos, pronto para tirar dele o que acumulou em suposta dignidade de homem bom".
A questão em pauta é justamente as práticas e os fins desse tipo de jornalismo: político. Que não dispensa NENHUMA linha contra o maior assalto ao Patrimônio Público da história do país, cujos agentes hoje desfrutam incólumes de seus desvios bilionários, propinas e comissões. Sua função é uma: promover assasinatos políticos em prol de um projeto de poder elitista, concentrador de renda e sem um pingo de respeito aos interesses e dignidades nacionais. E para isso se envolve até o com o CRIME ORGANIZADO.
Não estou aqui para se porta-voz de defesa da imprensa que apoia o GF, até porque tem tão tanto lixo por aí quanto a Veja, revista que já LI MUITO, assim como a Folha de SP ou Zero Hora, por exemplo. No entanto, não há como comparar veículos de circulação limitada e regional com as grandes corporações de mídia nacional que historicamente sustentaram nossa ditadura e as políticas que nos legaram uma sociedade de ignorantes e excluídos. É fato, é história. Sempre foram um câncer no imaginário nacional, tal a manipulação e absoluta falta de isenção para formar uma opinião pública conservadora de umas das maiores desigualdades sociais do mundo. Agora eles gritam e mesmo se odiando defendem seus interesses corporativos feridos já que perderam o monopólio de formação de opinião.
Sendo assim, vejo claramente que há uma imensa e histórica diferença entre as novas mídias e os barões de nossa velha mídia. São o que há de pior e mais reacionário, junto com os políticos, das velhas oligarquias da nossa direita. Ques antes fosse progressista e defendesse os interesses e dignidades nacionais, mas não, é elitista e tem um profundo recalque que seu "príncipe" bem cheiroso só tem assédio dentro de sua bolha prateada que os separa da "ralé", tem nojinho e o sonho de não ter que cruzar mais com o "populacho".
Não sou hipócrita e a corrupção desse governo me dá tanta ojeriza quanto qualquer cidadão que tem escrúpulos; ninguém paga as minhas contas e não vivo de "jeitinhos". Logo, o que me farta e me indigna é justamente a HIPOCRISIA e absoluto TEDENCIONISMO de alguns travestido de preocupação moral ou ética com a coisa pública.
É quem se cala diante das evidências da podridão da bolha que costruiu para se hospedar.
Não vou compactuar com isso. E quem quiser dar nome aos bois é só lher este mesmo tópico.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
x2Enlil escreveu:Se prestares bem atenção no que ESCREVO concluirá que o que me indigna é a HIPOCRISIA de quem ovula em tópicos do fórum inteiro criticando o governo, inegavelmente corrupto e clientelista, mas cala-se diante da corrupção da oposição. E só conferir neste mesmo tópico, quando lançaram o Privataria Tucana, quando dados oficiais do gasto com anúncios e assinaturas do GF e do Estado de São Paulo foram divulgados AQUI ou quando apareceram as práticas de revistas como a Veja nos AUTOS da Operação Monte Carlo. Curiosamente esses arautos indignados com a "coisa pública", com a corrupção, somem.nveras escreveu: Se você prestar bem atenção ao que diz, concluirá que, imprensa golpista é aquela que denuncia o roubo de uns e não de outros. Eu tenho uma posição muito cômoda, porque acho que todos roubam. Assim sendo, não defendo ninguém, e penso que em nada acrescenta alegar, perante os homens de bem, que não fui só eu quem roubou.
A questão em pauta é justamente as práticas e os fins desse tipo de jornalismo: político. Que não dispensa NENHUMA linha contra o maior assalto ao Patrimônio Público da história do país, cujos agentes hoje desfrutam incólumes de seus desvios bilionários, propinas e comissões. Sua função é uma: promover assasinatos políticos em prol de um projeto de poder elitista, concentrador de renda e sem um pingo de respeito aos interesses e dignidades nacionais. E para isso se envolve até o com o CRIME ORGANIZADO.
Não estou aqui para se porta-voz de defesa da imprensa que apoia o GF, até porque tem tão tanto lixo por aí quanto a Veja, revista que já LI MUITO, assim como a Folha de SP ou Zero Hora, por exemplo. No entanto, não há como comparar veículos de circulação limitada e regional com as grandes corporações de mídia nacional que historicamente sustentaram nossa ditadura e as políticas que nos legaram uma sociedade de ignorantes e excluídos. É fato, é história. Sempre foram um câncer no imaginário nacional, tal a manipulação e absoluta falta de isenção para formar uma opinião pública conservadora de umas das maiores desigualdades sociais do mundo. Agora eles gritam e mesmo se odiando defendem seus interesses corporativos feridos já que perderam o monopólio de formação de opinião.
Sendo assim, vejo claramente que há uma imensa e histórica diferença entre as novas mídias e os barões de nossa velha mídia. São o que há de pior e mais reacionário, junto com os políticos, das velhas oligarquias da nossa direita. Ques antes fosse progressista e defendesse os interesses e dignidades nacionais, mas não, é elitista e tem um profundo recalque que seu "príncipe" bem cheiroso só tem assédio dentro de sua bolha prateada que os separa da "ralé", tem nojinho e o sonho de não ter que cruzar mais com o "populacho".
Não sou hipócrita e a corrupção desse governo me dá tanta ojeriza quanto qualquer cidadão que tem escrúpulos; ninguém paga as minhas contas e não vivo de "jeitinhos". Logo, o que me farta e me indigna é justamente a HIPOCRISIA e absoluto TEDENCIONISMO de alguns travestido de preocupação moral ou ética com a coisa pública.
É quem se cala diante das evidências da podridão da bolha que costruiu para se hospedar.
Não vou compactuar com isso. E quem quiser dar nome aos bois é só lher este mesmo tópico.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
EU PERGUNTO:
Qual a razão dessa necessidade de atacar, achincalhar colega que não compartilha uma determinada linha? Se é contra o governo então é ENERGÚMENO, ANALFABETO, ESTÁ OVULANDO.
Qual a necessidade disso?
Lembro novamente que o nosso voto vale igual, a nossa liberdade de expressão é a mesma, o nosso dinheiro vale o mesmo, pagamos igualmente nossas contas. Por que uns se arrogam o "direito" de pensar pelos outros, de julgar suas idéias e preferências?
E quero ainda lembrar que atacar sistematicamente quem ataca algo é DEFENDER esse algo, sim! E, baseado no acima quero lembrar que em uma Democracia as pessoas têm CONSTITUCIONALMENTE o Direito de se expressarem sem serem atacadas por suas preferências.
Se uma colega gosta da Veja, que goste; se outro prefere a Hora do Povo, que assim seja.
Mas que a PAZ oriunda do RESPEITO seja mantida.
Qual a razão dessa necessidade de atacar, achincalhar colega que não compartilha uma determinada linha? Se é contra o governo então é ENERGÚMENO, ANALFABETO, ESTÁ OVULANDO.
Qual a necessidade disso?
Lembro novamente que o nosso voto vale igual, a nossa liberdade de expressão é a mesma, o nosso dinheiro vale o mesmo, pagamos igualmente nossas contas. Por que uns se arrogam o "direito" de pensar pelos outros, de julgar suas idéias e preferências?
E quero ainda lembrar que atacar sistematicamente quem ataca algo é DEFENDER esse algo, sim! E, baseado no acima quero lembrar que em uma Democracia as pessoas têm CONSTITUCIONALMENTE o Direito de se expressarem sem serem atacadas por suas preferências.
Se uma colega gosta da Veja, que goste; se outro prefere a Hora do Povo, que assim seja.
Mas que a PAZ oriunda do RESPEITO seja mantida.
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Se quer gostar da Veja que goste, que ser defende-la que faça. O que mais incomoda é que normalmente os colegas que são adeptos do "não to nem ai se atacam só determinado partido ou se usam isso para ganhos políticos escusos, o que importa é que ataquem políticos" normalmente também tem a péssima mania de simplificar, generalizar distorcer e tirar de contexto tudo que é escrito criticando esse tipo de comportamento, além disso, ainda adoram rotular quem não compactua com isso de governista, petista, comunista, propagandista e assim por diante.
Argumentos tentando mostrar que essa simplificação de defensores do governo x defensores da moral é falha e que o assunto é muito mais complexo são completamente ignorados.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
O recado foi dado e vale para TODOS.
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P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Então estamos os dois em uma posição muito cômoda. Só queria lembra ao colega uma coisa. Corrupção da oposição não dá manchete. Corrupção no âmbito dos estados gera uma nota no canto da página. Corrupção no âmbito federal vende jornal e revista, muito mais ainda as de âmbito nacional. Aconteceu quando o governo era de direita e continuará assim, qualquer que seja o ocupante do poder. Resumindo, basta estar no poder para ser alvo de denúncias e investigação. Largue o poder e te deixarão em paz.Enlil escreveu:Se prestares bem atenção no que ESCREVO concluirá que o que me indigna é a HIPOCRISIA de quem ovula em tópicos do fórum inteiro criticando o governo, inegavelmente corrupto e clientelista, mas cala-se diante da corrupção da oposição. E só conferir neste mesmo tópico, quando lançaram o Privataria Tucana, quando dados oficiais do gasto com anúncios e assinaturas do GF e do Estado de São Paulo foram divulgados AQUI ou quando apareceram as práticas de revistas como a Veja nos AUTOS da Operação Monte Carlo. Curiosamente esses arautos indignados com a "coisa pública", com a corrupção, somem.nveras escreveu: Se você prestar bem atenção ao que diz, concluirá que, imprensa golpista é aquela que denuncia o roubo de uns e não de outros. Eu tenho uma posição muito cômoda, porque acho que todos roubam. Assim sendo, não defendo ninguém, e penso que em nada acrescenta alegar, perante os homens de bem, que não fui só eu quem roubou.
A questão em pauta é justamente as práticas e os fins desse tipo de jornalismo: político. Que não dispensa NENHUMA linha contra o maior assalto ao Patrimônio Público da história do país, cujos agentes hoje desfrutam incólumes de seus desvios bilionários, propinas e comissões. Sua função é uma: promover assasinatos políticos em prol de um projeto de poder elitista, concentrador de renda e sem um pingo de respeito aos interesses e dignidades nacionais. E para isso se envolve até o com o CRIME ORGANIZADO.
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Sendo assim, vejo claramente que há uma imensa e histórica diferença entre as novas mídias e os barões de nossa velha mídia. São o que há de pior e mais reacionário, junto com os políticos, das velhas oligarquias da nossa direita. Ques antes fosse progressista e defendesse os interesses e dignidades nacionais, mas não, é elitista e tem um profundo recalque que seu "príncipe" bem cheiroso só tem assédio dentro de sua bolha prateada que os separa da "ralé", tem nojinho e o sonho de não ter que cruzar mais com o "populacho".
Não sou hipócrita e a corrupção desse governo me dá tanta ojeriza quanto qualquer cidadão que tem escrúpulos; ninguém paga as minhas contas e não vivo de "jeitinhos". Logo, o que me farta e me indigna é justamente a HIPOCRISIA e absoluto TEDENCIONISMO de alguns travestido de preocupação moral ou ética com a coisa pública. É quem se cala diante das evidências da podridão da bolha que costruiu para se hospedar.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
É o mesmo chororô de sempre. Depois do julgamento do mensalão vai ficar pior.
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Cuidado, bobear e vira em PIZZA...
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Acho que vale para mais gente...
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Acabei de ver no Terra, se alguém já postou, peço desculpas.
Mas eu penso que é só mais uma a querer 15 minutos de fama...
Estudante lidera movimento para refundar partido do regime militar
Mais de três décadas depois de extinto o bipartidarismo no Brasil, um grupo com representantes em mais de 10 Estados brasileiros quer tirar dos porões do passado a Aliança Nacional Renovadora (Arena), criada em 1965 para sustentar a então incipiente ditadura militar. Mas engana-se quem pensa que o líder dessa iniciativa veste uniforme das Forças Armadas e penteia cabelos brancos. As mais de 150 pessoas comprometidas com o projeto são presididas por Cibele Bumbel Baginski, 22 anos, estudante de Direito na Universidade de Caxias do Sul, na serra gaúcha. A nova Arena, avisa Cibele, responde a um cenário em que a política brasileira está desmoralizada, com 30 siglas em atividade entre as quais "não existe partido de direita".
Aos apressados em reprochar a empreitada, Cibele ensina: o que a Arena professava era uma coisa, e o que os arenistas faziam nas rédeas do País era outra. "No período pós-64, havia a Arena, o MDB (Movimento Democrático Brasileiro) e o governo. O que o governo ou o que os eleitos fizeram são atos dessas pessoas, não dos partidos - porque eles não têm autonomia jurídica para torturar ninguém, censurar ninguém, matar ninguém. Foi o sistema que fez, e não o partido. O partido político faz política, que é outra coisa."
De fato, não foi "política", e sim "Ato Institucional número 5" o nome de batismo da licença jurídica que permitiu ao Estado cassar os direitos dos cidadãos. Se a ordem legal frustrava o combate à militância de esquerda ainda em 1968, o AI-5 calhou como álibi para a censura e o assassinato, práticas em que Cibele não vê o dedo da Arena. "O partido não foi o executor, e com certeza a tortura é uma coisa muito errada, triste e lamentável, qualquer idiota sabe disso, mas o partido, em si, fazia política", sustenta a jovem, reconhecendo que Executivo e Legislativo andavam de mãos dadas: "O que os governantes faziam, eles estavam endossados pela lei para fazer."
Mas Cibele diz que não pretende voltar os olhos para trás. É mirando o futuro que ela juntou os amigos para dar vida nova à Arena. "A História do Brasil - a Revolução de 1964 e outros fatos - deve ser respeitada, mas um partido político não é uma instituição histórica para ficar remoendo fatos do passado. Deve-se respeitá-los, sim, conhecê-los, mas deve-se focar em propostas para mudar o País, que é o que um partido político faz: propor e fazer", ela diz, com a sabedoria de quem foi filiada ao DEM, circulou pelo PP e estudou o PCdoB.
E foi justamente munida de amizades com comunistas que a estudante teria descoberto, entre familiares de vítimas, o sentimento de que a Lei da Anistia quitou as dívidas da ditadura. "Conversei com um senhor que teve um parente sequestrado na época. Ele estava indignado - ele é de um partido de esquerda, aliás - e me disse o seguinte: 'Tudo que eu quero é que deixem o meu parente morto em paz para que eu possa rezar por ele. Eu não quero arrancar dinheiro do governo para enriquecer às custas dos cofres públicos, eu quero paz.' E, realmente, alguém assim quer paz, não quer ficar fazendo mídia às custas de quem morreu, sofreu e teve a sua história triste. Eles querem tranquilidade."
Como Arena alguma patrocina autoritarismo que não esteja previsto em lei, o alento de rezar no sossego de casa serve também aos saudosos de coturno: "Respeitamos a Constituição Federal de 1988, assim como a antiga Arena respeitava a Constituição da época." A nova Arena não está interessada em romper com a ordem democrática, mas em resgatar valores como o nacionalismo e o conservadorismo.
"A Arena de agora não é a recuperação daquele partido. Eu, por exemplo, não vivi naquela época. Tem muita gente nova. É um movimento dinâmico que resgata valores de conservadorismo, nacionalismo e tecnoprogressismo", afirma Cibele, anunciando mecanismos de consulta popular e de democracia interna: "Temos tópicos no programa que preveem pesquisas para ver o que a população realmente acha que vai ser mais eficiente - questões de maioridade, penas, aprimoramento do sistema educativo, desenvolvimento de tecnologias em várias áreas. É um programa amplo e, ao mesmo tempo, bem sintético, porque a Arena de agora, assim como a antiga, se fores reparar, é uma aliança de várias tendências diferentes."
Se o presidente deposto pelo Exército, João Goulart, propunha controlar as remessas de dinheiro ao exterior e nacionalizar refinarias estrangeiras, Cibele adverte que nacionalismo também é questão de firmar baluarte em favor dos costumes locais. "Tem várias pessoas que não gostam da invasão em excesso de outros países aqui dentro, porque a gente vai perdendo a cultura própria do Brasil. Se tu vais perguntar, por exemplo, para uma pessoa mais jovem do Nordeste se ela conhece aquela música, Luar do Sertão, do Catullo da Paixão Cearense, a criatura não conhece. Agora, axé tem um monte. Tu perdes a cultura porque tu vais botando Lady Gaga no lugar, às vezes, de um Teixeirinha da vida", lamenta.
Brasil sem direita
Para Cibele, a Arena vem suprir a vacância de uma representação de direita em um contexto de pragmatismo ideológico. "Eu diria que, entre os que estão por aí, não existe partido de direita. Existem centristas, um tanto governistas, na sua maior parte social-democratas (como o PSDB) ou liberais (como era o PFL, hoje Democratas, e o PP). O perfil do nosso partido não é focado no liberalismo. Como programa, a gente não defende o Estado mínimo nem o Estado máximo, porque o Estado máximo seria implantar uma ditadura aos moldes comunistas e marxistas, e o Estado mínimo seria simplesmente criar um anarquismo", ela pondera, exaltando a moderação como virtude própria do conservador.
Sem citar nomes, a jovem confirma ter sido procurada por políticos e militares. "Há assim, vamos dizer, pessoas interessadas que atuam no meio militar. Conversei com um general aposentado que me falou ser maravilhosa essa organização dos jovens. O pessoal mais velho tem restrições para participar, até mesmo por motivos de saúde, mas há interessados."
Ainda que o site provisório da legenda conclame a participação de militares e servidores públicos, Cibele rechaça abrir portas a toda a velha guarda arenista. "O (deputado federal Paulo) Maluf (PP) é o tipo de pessoa que eu gostaria de ver muito longe da Arena. Não é o tipo de pessoa adequada, que tenha o perfil de querer ser diferente de todo esse interessismo, dessa situação no Brasil. Uma pessoa procurada por 'n' crimes não tem o menor currículo para estar num partido que se propõe a ser honesto. Tem que fazer política, e não politicagem."
A líder da nova Arena não recua ao tratar de temas controversos, embora se preocupe com o arejamento das opiniões dentro do partido em assuntos como o aborto. "Estamos defendendo a conscientização ao controle de natalidade, mas isso não é um tema pacificado. Tenho uma opinião até complicada de expor porque, na posição em que estou, vou influenciar a opinião dos outros."
O recato é menor quando vem à baila o Bolsa-Família: "Os programas assistencialistas são ridículos. O que tu vês é uma mãe tendo uma penca de filhos e recebendo R$ 50 para dar comida para cada um. Tu achas que ela consegue alimentar um filho com R$ 50 um mês inteiro? Garanto que não. Com meu irmão aqui em casa, gasto bem mais que R$ 50 para alimentá-lo no mês", revela, preocupada também com o ócio dos beneficiários: "Daqui a pouco a criatura vai achar que é mais fácil ganhar bolsa do governo que trabalhar. O que o governo tem que fazer para distribuir renda é capacitar as pessoas e dar emprego para elas."
Sobre a Copa do Mundo de 2014, Cibele encontra no deputado federal Romário (PSB-RJ) um discurso a ser seguido. A estudante apoia uma petição que pretende enviar o evento para a Inglaterra. "A Copa no Brasil vai ser, depois de Brasília, o maior roubo ao contribuinte que tu vais ver na História. O Romário disse, e ele entende do assunto por ter sido jogador: 'manda essa Copa embora, vai ser uma roubalheira'. Não consegui conversar com ele a respeito do partido, e até gostaria de convidá-lo no futuro, mas enfim, a questão da Copa é que estão fazendo tudo em cima da hora e, daqui a pouco, vão dizer que não há prazo para fazer licitação - e, sem licitação, como é que tu vais controlar quanto dinheiro foi roubado?", ela pergunta.
Repelir a Copa vem também por coerência com a cartilha nacionalista, já que o evento estaria orientado para "os gringos virem aqui se divertir". "Porque o pobre não vai ver a Copa, o pobre não vai ter dinheiro para isso", antecipa, apontando problemas irresolvidos no País, como a falta de computadores na escola do irmão e a superlotação das UTIs.
Demonstrando conviver em harmonia com divergências, Cibele reconhece os méritos de dar a cara a tapa por suas convicções. "Simbolicamente, algumas pessoas vão remeter à época. Tu podes observar que vai acontecer uma coisa: as pessoas ou vão simpatizar muito ou não vão gostar, como amigos meus de partidos de esquerda que disseram 'bah, isso é terrível, tu podias ter inventado outra coisa'. É que nem sushi - ou tu gostas ou tu não gostas. É importante ter aquela sinceridade de dizer 'olha, eu acredito nisso, e não naquilo' e não precisar ficar agradando todo mundo com um discurso hipócrita. Tentar ser legal com todo mundo é estar mentindo. Ser sincero é uma coisa que ninguém faz hoje na política, e a gente precisa disso."
Fonte: http://noticias.terra.com.br/eleicoes/2 ... litar.html
Mas eu penso que é só mais uma a querer 15 minutos de fama...
Estudante lidera movimento para refundar partido do regime militar
Mais de três décadas depois de extinto o bipartidarismo no Brasil, um grupo com representantes em mais de 10 Estados brasileiros quer tirar dos porões do passado a Aliança Nacional Renovadora (Arena), criada em 1965 para sustentar a então incipiente ditadura militar. Mas engana-se quem pensa que o líder dessa iniciativa veste uniforme das Forças Armadas e penteia cabelos brancos. As mais de 150 pessoas comprometidas com o projeto são presididas por Cibele Bumbel Baginski, 22 anos, estudante de Direito na Universidade de Caxias do Sul, na serra gaúcha. A nova Arena, avisa Cibele, responde a um cenário em que a política brasileira está desmoralizada, com 30 siglas em atividade entre as quais "não existe partido de direita".
Aos apressados em reprochar a empreitada, Cibele ensina: o que a Arena professava era uma coisa, e o que os arenistas faziam nas rédeas do País era outra. "No período pós-64, havia a Arena, o MDB (Movimento Democrático Brasileiro) e o governo. O que o governo ou o que os eleitos fizeram são atos dessas pessoas, não dos partidos - porque eles não têm autonomia jurídica para torturar ninguém, censurar ninguém, matar ninguém. Foi o sistema que fez, e não o partido. O partido político faz política, que é outra coisa."
De fato, não foi "política", e sim "Ato Institucional número 5" o nome de batismo da licença jurídica que permitiu ao Estado cassar os direitos dos cidadãos. Se a ordem legal frustrava o combate à militância de esquerda ainda em 1968, o AI-5 calhou como álibi para a censura e o assassinato, práticas em que Cibele não vê o dedo da Arena. "O partido não foi o executor, e com certeza a tortura é uma coisa muito errada, triste e lamentável, qualquer idiota sabe disso, mas o partido, em si, fazia política", sustenta a jovem, reconhecendo que Executivo e Legislativo andavam de mãos dadas: "O que os governantes faziam, eles estavam endossados pela lei para fazer."
Mas Cibele diz que não pretende voltar os olhos para trás. É mirando o futuro que ela juntou os amigos para dar vida nova à Arena. "A História do Brasil - a Revolução de 1964 e outros fatos - deve ser respeitada, mas um partido político não é uma instituição histórica para ficar remoendo fatos do passado. Deve-se respeitá-los, sim, conhecê-los, mas deve-se focar em propostas para mudar o País, que é o que um partido político faz: propor e fazer", ela diz, com a sabedoria de quem foi filiada ao DEM, circulou pelo PP e estudou o PCdoB.
E foi justamente munida de amizades com comunistas que a estudante teria descoberto, entre familiares de vítimas, o sentimento de que a Lei da Anistia quitou as dívidas da ditadura. "Conversei com um senhor que teve um parente sequestrado na época. Ele estava indignado - ele é de um partido de esquerda, aliás - e me disse o seguinte: 'Tudo que eu quero é que deixem o meu parente morto em paz para que eu possa rezar por ele. Eu não quero arrancar dinheiro do governo para enriquecer às custas dos cofres públicos, eu quero paz.' E, realmente, alguém assim quer paz, não quer ficar fazendo mídia às custas de quem morreu, sofreu e teve a sua história triste. Eles querem tranquilidade."
Como Arena alguma patrocina autoritarismo que não esteja previsto em lei, o alento de rezar no sossego de casa serve também aos saudosos de coturno: "Respeitamos a Constituição Federal de 1988, assim como a antiga Arena respeitava a Constituição da época." A nova Arena não está interessada em romper com a ordem democrática, mas em resgatar valores como o nacionalismo e o conservadorismo.
"A Arena de agora não é a recuperação daquele partido. Eu, por exemplo, não vivi naquela época. Tem muita gente nova. É um movimento dinâmico que resgata valores de conservadorismo, nacionalismo e tecnoprogressismo", afirma Cibele, anunciando mecanismos de consulta popular e de democracia interna: "Temos tópicos no programa que preveem pesquisas para ver o que a população realmente acha que vai ser mais eficiente - questões de maioridade, penas, aprimoramento do sistema educativo, desenvolvimento de tecnologias em várias áreas. É um programa amplo e, ao mesmo tempo, bem sintético, porque a Arena de agora, assim como a antiga, se fores reparar, é uma aliança de várias tendências diferentes."
Se o presidente deposto pelo Exército, João Goulart, propunha controlar as remessas de dinheiro ao exterior e nacionalizar refinarias estrangeiras, Cibele adverte que nacionalismo também é questão de firmar baluarte em favor dos costumes locais. "Tem várias pessoas que não gostam da invasão em excesso de outros países aqui dentro, porque a gente vai perdendo a cultura própria do Brasil. Se tu vais perguntar, por exemplo, para uma pessoa mais jovem do Nordeste se ela conhece aquela música, Luar do Sertão, do Catullo da Paixão Cearense, a criatura não conhece. Agora, axé tem um monte. Tu perdes a cultura porque tu vais botando Lady Gaga no lugar, às vezes, de um Teixeirinha da vida", lamenta.
Brasil sem direita
Para Cibele, a Arena vem suprir a vacância de uma representação de direita em um contexto de pragmatismo ideológico. "Eu diria que, entre os que estão por aí, não existe partido de direita. Existem centristas, um tanto governistas, na sua maior parte social-democratas (como o PSDB) ou liberais (como era o PFL, hoje Democratas, e o PP). O perfil do nosso partido não é focado no liberalismo. Como programa, a gente não defende o Estado mínimo nem o Estado máximo, porque o Estado máximo seria implantar uma ditadura aos moldes comunistas e marxistas, e o Estado mínimo seria simplesmente criar um anarquismo", ela pondera, exaltando a moderação como virtude própria do conservador.
Sem citar nomes, a jovem confirma ter sido procurada por políticos e militares. "Há assim, vamos dizer, pessoas interessadas que atuam no meio militar. Conversei com um general aposentado que me falou ser maravilhosa essa organização dos jovens. O pessoal mais velho tem restrições para participar, até mesmo por motivos de saúde, mas há interessados."
Ainda que o site provisório da legenda conclame a participação de militares e servidores públicos, Cibele rechaça abrir portas a toda a velha guarda arenista. "O (deputado federal Paulo) Maluf (PP) é o tipo de pessoa que eu gostaria de ver muito longe da Arena. Não é o tipo de pessoa adequada, que tenha o perfil de querer ser diferente de todo esse interessismo, dessa situação no Brasil. Uma pessoa procurada por 'n' crimes não tem o menor currículo para estar num partido que se propõe a ser honesto. Tem que fazer política, e não politicagem."
A líder da nova Arena não recua ao tratar de temas controversos, embora se preocupe com o arejamento das opiniões dentro do partido em assuntos como o aborto. "Estamos defendendo a conscientização ao controle de natalidade, mas isso não é um tema pacificado. Tenho uma opinião até complicada de expor porque, na posição em que estou, vou influenciar a opinião dos outros."
O recato é menor quando vem à baila o Bolsa-Família: "Os programas assistencialistas são ridículos. O que tu vês é uma mãe tendo uma penca de filhos e recebendo R$ 50 para dar comida para cada um. Tu achas que ela consegue alimentar um filho com R$ 50 um mês inteiro? Garanto que não. Com meu irmão aqui em casa, gasto bem mais que R$ 50 para alimentá-lo no mês", revela, preocupada também com o ócio dos beneficiários: "Daqui a pouco a criatura vai achar que é mais fácil ganhar bolsa do governo que trabalhar. O que o governo tem que fazer para distribuir renda é capacitar as pessoas e dar emprego para elas."
Sobre a Copa do Mundo de 2014, Cibele encontra no deputado federal Romário (PSB-RJ) um discurso a ser seguido. A estudante apoia uma petição que pretende enviar o evento para a Inglaterra. "A Copa no Brasil vai ser, depois de Brasília, o maior roubo ao contribuinte que tu vais ver na História. O Romário disse, e ele entende do assunto por ter sido jogador: 'manda essa Copa embora, vai ser uma roubalheira'. Não consegui conversar com ele a respeito do partido, e até gostaria de convidá-lo no futuro, mas enfim, a questão da Copa é que estão fazendo tudo em cima da hora e, daqui a pouco, vão dizer que não há prazo para fazer licitação - e, sem licitação, como é que tu vais controlar quanto dinheiro foi roubado?", ela pergunta.
Repelir a Copa vem também por coerência com a cartilha nacionalista, já que o evento estaria orientado para "os gringos virem aqui se divertir". "Porque o pobre não vai ver a Copa, o pobre não vai ter dinheiro para isso", antecipa, apontando problemas irresolvidos no País, como a falta de computadores na escola do irmão e a superlotação das UTIs.
Demonstrando conviver em harmonia com divergências, Cibele reconhece os méritos de dar a cara a tapa por suas convicções. "Simbolicamente, algumas pessoas vão remeter à época. Tu podes observar que vai acontecer uma coisa: as pessoas ou vão simpatizar muito ou não vão gostar, como amigos meus de partidos de esquerda que disseram 'bah, isso é terrível, tu podias ter inventado outra coisa'. É que nem sushi - ou tu gostas ou tu não gostas. É importante ter aquela sinceridade de dizer 'olha, eu acredito nisso, e não naquilo' e não precisar ficar agradando todo mundo com um discurso hipócrita. Tentar ser legal com todo mundo é estar mentindo. Ser sincero é uma coisa que ninguém faz hoje na política, e a gente precisa disso."
Fonte: http://noticias.terra.com.br/eleicoes/2 ... litar.html