Iraque - Noticias de Guerra

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Re: Iraque - Noticias de Guerra

#1471 Mensagem por marcelo l. » Dom Fev 19, 2012 10:58 am

Texto antigo do Ricks e do recém-falecido Shadid.

Um Conto de Duas Baghdads
Por Thomas E. Ricks e Anthony Shadid

http://www.washingtonpost.com/ac2/wp-dyn/A1151-2003Jun1




"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
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Re: Iraque - Noticias de Guerra

#1472 Mensagem por FoxHound » Qui Fev 23, 2012 3:39 pm

Ataques no Iraque matam 60 e causam temor de violência sectária.
Ataques simultâneos no início da manhã em alvos predominantemente xiitas em todo o Iraque mataram ao menos 60 pessoas e feriram dezenas nesta quinta-feira, em um dos dias mais violentos desde que as tropas norte-americanas se retiraram do país em meados de dezembro.

Os ataques, que aparentemente tinham de lados opostos insurgentes muçulmanos sunitas ligados à Al Qaeda contra xiitas, levantaram temores de um retorno da matança sectária disseminada que dividiu o Iraque e custou milhares de vidas em 2006 e 2007.

A violência pôs fim a semanas de relativa calma, quando o primeiro-ministro xiita, Nuri al-Maliki, e os líderes sunitas buscaram resolver a crise política que ameaçava desfazer o acordo de divisão de forças no governo depois da retirada norte-americana.

Pelo menos 32 pessoas morreram em explosões em Bagdá, onde 10 bombas foram detonadas em bairros de maioria xiita durante a hora do rush, enquanto outros ataques tiveram por alvo patrulhas policiais, trabalhadores e pessoas aglomeradas em áreas comerciais.

"Estávamos sentados em um restaurante, tomando sopa no café da manhã, quando a bomba explodiu. Perdi a consciência e então vi fumaça e poeira quando acordei. Vi pessoas e pedaços de corpos por toda parte", disse o policial Ahmed Kadhim à Reuters.

Kadhim sofreu ferimentos de estilhaços em sua perna esquerda e nas costas quando um carro-bomba explodiu perto de um restaurante, matando seis pessoas e ferindo 18 no bairro Kadhimiya, no norte de Bagdá.

O Ministério do Interior culpou a Al Qaeda e grupos armados afiliados pelos ataques que disse ser uma tentativa de mostrar que a situação de segurança do Iraque continua instável.

As explosões acontecem a semanas de uma planejada cúpula da Liga Árabe em Bagdá, que havia sido adiada por causa dos tumultos regionais e pela aspereza entre o governo iraquiano liderado pelos xiitas e alguns Estados sunitas do Golfo.

"O objetivo dos ataques era espalhar a disputa sectária entre o povo iraquiano, e impedir que o encontro da Liga Árabe fosse realizado", disse o presidente do Parlamento, Osama al-Nujaifi.

Mais de uma dezena de explosões e ataques atingiram outras cidades em todo o Iraque, de Mosul no norte até Hilla no sul, muitos atingindo policiais.

A violência visava bairros xiitas, mas também as forças de segurança, um alvo frequente de insurgentes sunitas. Autoridades iraquianas previram que tais grupos iriam tentar provocar a tensão sectária com ataques depois que as forças norte-americanas voltassem para casa.
http://www.estadao.com.br/noticias/inte ... 9498,0.htm




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Re: Iraque - Noticias de Guerra

#1473 Mensagem por romeo » Qui Mar 01, 2012 2:03 am

Em um forum sobre o Iran, se afirma que Por ocasião da invasão, os EUA teriam localizado e bombardeado instalações iraquianas com mais facilidade, em virtude de aparelhos GPS instalados em equipamentos de escritório anteriormente vendidos !!!!
Será plausível ?
.......

I remember posting here how at the beginning of the recent Iraq military expedition of the US, US bombers were able to quickly locate and destroy highly sensitive targets and HQ of the Iraqi military.
The reason this happened is because a decade before the US sold photocopiers to Iraq containing hidden chips that allowed them to be located by some GPS or some other means.

Iraq suffered a great defeat and the US was helped greatly because Iraq bought some pieces of office equipment from them a decade before.

...............

Bondades americanas para Saddan....




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Re: Iraque - Noticias de Guerra

#1474 Mensagem por Sterrius » Qui Mar 01, 2012 3:00 am

mesmo que fosse verdade. (E olha que isso é teoria da conspiração da pesada).

O Iran nao importa nada relevante dos EUA desde 1979. O que sobrou ja foi tão desmontado e remontado que so tem a carcaça de original provavelmente.




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Re: Iraque - Noticias de Guerra

#1475 Mensagem por P44 » Sáb Mar 10, 2012 5:38 pm

Guerra no Iraque aumentou em 80% suicídios no Exército americano
France Presse

07/03/2012 17h30 - Atualizado em 07/03/2012 17h30


France Presse

PARIS, 8 Mar 2012 (AFP) -O número de suicídios no Exército americano saltou 80% desde que os Estados Unidos iniciaram a guerra no Iraque, informaram médicos militares dos Estados Unidos em artigo publicado na imprensa especializada.

Entre 1977 e 2003, o número de suicídios no exército tendia sutilmente para o declínio e era bem inferior às taxas civis.

Mas, segundo análise dos especialistas, divulgada na edição desta quinta-feira do periódico britânico Injury Prevention, a curva começou a subir em 2004, um ano após a invasão do Iraque, comandada pelos Estados Unidos.

Em 2008, 140 militares do exército cometeram suicídio, um número 80% superior ao de 2004 segundo a proporção "pessoas-anos", referência utilizada por especialistas em saúde, e muito mais alto do que na sociedade civil, acrescentaram.

"Este aumento, sem precedentes em mais de 30 anos de registros do Exército americano, sugere que 30% dos suicídios que ocorreram em 2008 podem estar associados a eventos pós-2003, que se seguiram ao engajamento maior de tropas do Iraque, somado às operações realizadas no Afeganistão", destacou o artigo.

Os mortos eram, esmagadoramente, homens, jovens, brancos, pertencentes aos escalões mais baixos do exército e mais propensos a históricos de depressão e outros distúrbios mentais.

Estes dados refletiram ainda um aumento nas consultas e hospitalizações devido a problemas de saúde mental. A partir de 2003, estes índices quase que dobraram.

"A taxa de 2008 indica que mais de um quinto de todos os soldados na ativa fizeram uma visita ambulatorial por distúrbio de saúde mental, sugerindo um problema de saúde pública", destacou o estudo.

Ainda em 2008, quase um terço dos suicídios ocorreu entre soldados que nunca tinham sido enviados em missões de combate, o que destaca a necessidade de se disponibilizar aconselhamento para jovens militares sofrendo os efeitos do estresse anterior a um combate, acrescentou.

A pesquisa foi liderada por Michelle Canham-Chervak, do Comando de Saúde Pública do Exército Americano, com base em informações do Ambiente de Dados Integrados Comportamentais do Exército.

Trata-se de um banco de dados que combina várias fontes militares americanas, e inclui detalhes sobre consultas médicas, diagnósticos e tratamentos.

O estudo analisou os números de 2007 e 2008 e os comparou com os de anos anteriores. Mas não incluiu outros ramos das Forças Armadas ou examinou as tendências após a decisão do presidente Barack Obama de retirar as tropas do Iraque, operação concluída em dezembro do ano passado.




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Re: Iraque - Noticias de Guerra

#1476 Mensagem por Enlil » Ter Mar 20, 2012 1:38 pm

Série de explosões mata dezenas em várias cidades do Iraque
Atualizado em 20 de março, 2012 - 07:43 (Brasília) 10:43 GMT

Mais de 40 pessoas morreram nesta terça-feira após uma série de ataques a bomba em várias cidades do Iraque.

O maior ataque ocorreu na cidade de Karbala, onde dois carros-bomba teriam provocado a morte de 13 pessoas.

Também houve ataques em Kirkuk e na capital, Bagdá, com uma explosão ouvida perto do Ministério das Relações Exteriores.

Nenhum grupo havia assumido a autoria dos atentados até o início da tarde.

Segundo um correspondente da BBC no Iraque, os ataques poderiam ter a intenção de prejudicar a confiança no governo do país, que se prepara para abrigar uma reunião de cúpula da Liga Árabe na semana que vem.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/ultimas ... w_rn.shtml



[]'s.




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Re: Iraque - Noticias de Guerra

#1477 Mensagem por marcelo l. » Qua Mar 21, 2012 11:07 am

http://www.foreignpolicy.com/articles/2 ... ?page=full

Top 10 Lessons of the Iraq War
BY STEPHEN M. WALT




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Re: Iraque - Noticias de Guerra

#1478 Mensagem por marcelo l. » Sáb Abr 07, 2012 11:25 am

http://lynch.foreignpolicy.com/posts/20 ... dnt_matter

On December 15, 2011, U.S. Secretary of Defense Leon Panetta announced the formal end of America's military presence in Iraq. The withdrawal came after the inability to reach agreement on a revised Status of Forces Agreement which would have allowed a limited number of troops to remain under legal conditions acceptable to the Pentagon. While the vast majority of Iraqis and Americans supported the departure of America's military presence, some supporters of a long-term U.S. military presence warned of disaster. Some, like Senator John McCain and the Romney campaign, continue to fume that we no longer occupy Iraq and complain that Obama has lost what Bush gained. But in fact, the American departure has hardly mattered at all -- and that's a good thing.

This isn't to say that Iraq has emerged as a peaceful, democratic paradise or an enthusiastic pro-American ally. Hardly. That was never in the cards, after the disastrous invasion and bungled occupation led to a horrific civil war and a near-failed state. Iraq today remains a violent, poorly institutionalized place with deep societal fissures and unresolved political tensions. But little has happened in the months since the U.S. withdrawal which differs significantly from what had been happening while the U.S. remained. The negative trends are the same ones which plagued Iraq despite the presence of U.S. troops in 2007, 2008, 2009, 2010, and 2011. The U.S. presence contributed to some of those problems, helped deal with some, and failed to resolve others. But it had always struggled to convert its military presence into political leverage, and by 2011 it had become almost completely irrelevant.

The real story of America's withdrawal from Iraq is how little impact it has really had on either Iraq or the region. There are even signs that the withdrawal has helped to nudge Iraqis onto the right path, though not as quickly or directly as I might have hoped. This month's death toll was the lowest on record since the 2003 invasion, while Iraqi oil exports are at their highest level since 1980. Baghdad successfully hosted an Arab Summit meeting, which may have done little for Syria but did go further to bring Iraq back into the Arab fold than anything since 2003. Maliki's jousting with his domestic foes and efforts to balance Iraq's ties with Tehran with improved Arab relations are what needs to happen for Iraq to regain a semblance of normality. It isn't pretty, and probably won't be any time soon, but there's absolutely no reason to believe that it would look any better with American troops still encamped in the country. Thus far, Obama's risky but smart gamble to end the U.S. military presence in Iraq is paying off.

This is not to say that there aren't reasons to worry about Iraq's future. There are many. It is troubling that Maliki has driven Vice President Tareq al-Hashemi into exile on terrorism charges and has rebuffed all efforts at meaningful cooperation with his political rivals. It is troubling that core constitutional issues such as the oil law and the limits of federalism remain unresolved. It is troubling that violence and terrorism continues to claim Iraqi lives and unsettle its politics. It is troubling that the Iraqi Parliament appears inept and incompetent, as tirelessly chronicled by Reidar Visser, and that the rule of law has gained little purchase.

But what's striking is that these problems are the same ones which kept us all up nights in previous years. None of these trends is remotely new, and few have become palpably worse since the American departure. Iraqis have been worried about the centralization of power in Maliki's office and his authoritarian tendencies for the last four years. Iraq's political and sectarian factions have failed to reconcile or achieve meaningful political unity despite intense U.S. pressure to do so for years. Various militant groups have been carrying out bombings, revenge killings, assassinations, and acts of terrorism for years.

But the key point is that extending the U.S. presence beyond 2011 would likely have had almost no impact on any of these trends. By serving as a lightning rod for political criticism in a very hostile Iraqi political arena, an unpopular extension might well have made them worse. The argument that the U.S. would have more influence over Iraqi politics if it had not withdrawn its troops simply has very little foundation. A stronger argument can be made that a residual U.S. force would have provided a needed safety net in the difficult political battles to come, for instance in the relationship between Baghdad and the Kurdish areas. But even there it isn't obvious that troops inside of Iraq would make a significant difference --- and the safety net itself might have retarded progress towards the necessary compromises.

All told, Obama's decision to complete the withdrawal from Iraq along his original timeline has been largely vindicated. Disaster has yet to occur, and some positive signs can be glimpsed from within the haze of a hotly contentious and murky political scene. And American troops are no longer trapped in the middle. That's probably the best that could have been hoped for out of the disastrous invasion and occupation of Iraq --- a mistake which we should all hope is not repeated in Syria, Iran or anywhere else.




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Re: Iraque - Noticias de Guerra

#1479 Mensagem por mmatuso » Sáb Abr 07, 2012 12:20 pm

Um modo padrão de operar, invade, destroi parte da infraestrutura, "reconstrói"(Halliburton agradece), garante o petróleo e sai do país deixando o caos social.




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Re: Iraque - Noticias de Guerra

#1480 Mensagem por binfa » Qui Abr 26, 2012 12:09 pm

Uma brasileira na Guerra do Iraque

Brasileira no exército americano é a única a participar da Guerra do Iraque

Como milhares de imigrantes latinos, Fernanda Marney trocou a cidade de Cabedelo, na Paraíba, pelo sonho de viver nos Estados Unidos. Nove anos depois, divorciada e sem emprego fixo, viu no US Army uma forma rápida de conseguir a estabilidade financeira e a cidadania americana que tanto almejava. Resultado: virou sargento no Exército americano Mariana Kneipp

Notícia ruim não chega pelo telefone, bate à porta. A advogada Maria Lucia Pinheiro, 60 anos, tem uma razão para acreditar nisso: sua filha, Fernanda Marney, 35, é sargento do exército americano e a única brasileira a ter ido em missão ao Iraque, em 2010.

“Quando ela me ligou para contar que tinha sido convocada, entrei em depressão”, diz Maria Lucia. Por conta disso, a filha resolveu passar uns dias com a mãe no Brasil antes de embarcar para a guerra. “Foi quando ela me explicou que eu era a beneficiária de seu seguro de vida e que se acontecesse alguma coisa a ela, dois soldados viriam pessoalmente me contar, aqui no Brasil. Como nos filmes.”

As cenas da aventura começam em 1999, quando Fernanda, aos 23 anos, foi para os Estados Unidos pela primeira vez. Na época, ela era funcionária pública em João Pessoa e vivia com a mãe em Cabedelo, a poucos quilômetros da capital. De lá, acompanhava o processo de separação do irmão, um ano mais novo, que acabara de se divorciar na Flórida. Na tentativa de acalmá-lo, decidiu ir vistá-lo e nunca mais voltou. Como no clássico enredo dos imigrantes latinos que vão tentar a vida nos EUA, a adaptação de Fernanda foi difícil: muito trabalho e dinheiro suficiente apenas para pagar as contas e alimentar o sonho de que a vida, uma hora, daria uma guinada. E deu. Em dois anos, Fernanda ficou fluente no inglês e, de camareira, foi promovida a gerente do hotel onde trabalhava. Ali, conheceu o ex-marido, um ex-militar da marinha, de quem se separou cinco anos depois, quando seu american dream começou a ganhar contornos realísticos.

“Eu já tinha o Greencard (permissão para morar e trabalhar nos Estados Unidos), mas estava triste, sozinha. Pensava muito em voltar para o Brasil”, diz Fernanda. “Mas ouvi falar sobre os benefícios de se alistar: bons salários, carteira assinada, auxílio moradia e plano de saúde. Fui até lá ver como a coisa funcionava”. Na ocasião, Fernanda sofria não apenas com a separação, mas com uma Flórida que amargava o pior momento da crise econômica americana. Ou seja, vibrou tanto com as condições que o US Army oferecia que se esqueceu de um detalhe: as guerras.

"Um sargento americano ganha U$ 5 mil, o triplo do que se paga no Brasill"

Yes, we can
Animada com a ideia de melhorar de vida e ainda ganhar a cidadania americana (que, ao contrário do Green Card, é definitiva), Fernanda se alistou no exército em 2008, aos 32 anos. Não se imaginava vestindo uma farda, mas cumpriu uma a uma as etapas do processo. Entregou a documentação necessária e passou nos testes físicos (polichinelos, abdominais e corrida) e na prova de conhecimentos gerais. Em menos de um mês lá estava ela na base do Kansas, no Centro-Oeste dos EUA, e com a cidadania americana nas mãos.

No dia em que foi aceita, Fernanda teve de assinar um termo de confidencialidade que a proíbe de dar detalhes experiências durante o tempo de serviço, o que explica sua dificuldade em detalhar o que viveu (e ainda vive) na instituição. “Vendi meu corpo e alma. No documento que assinei estava escrito com todas as letras: ‘você é propriedade do governo americano’. Ou seja, uma vez recrutada para uma missão, não posso me recusar a ir ou irei para a cadeia”, afirma. Ainda assim, Fernanda preferiu se deixar guiar pelas boas impressões da corporação hoje, como sargento, ela ganha cerca de US$ 5 mil por mês, o triplo do que se paga pela mesma patente no Brasil – e, animada, ligou para a mãe para contar a novidade.

D. Maria Lucia andava preocupada com a voz triste da filha desde a separação e não queria mais vê-la trabalhando em hotel. Então, apesar de surpresa com a notícia, resolveu apoiá-la. “Pensei: ‘vamos ver se em um ano ela não está de volta’. E errei”, diz. Fernanda não só não regressou ao Brasil como, em meados de 2009, descobriu que, em seis meses, embarcaria para o Iraque. “Fiz de tudo para não ir. Não me sentia pronta para a guerra” , diz. “Minha única opção de dispensa seria uma gravidez. Até tentei, mas não consegui”, assume a brasileira, que a esta altura namorava Joshua, um soldado americano que havia conhecido no Kansas. Bastou chegar no campo de treinamento, ainda nos EUA, que Fernanda mudou de opinião. “Eu achava que a guerra era sórdida. Depois, comecei a discernir melhor as coisas. Mudei minha cabeça de civil, passei a ver a nobreza de defender uma nação”.

"Vendi minha alma”, pensou Fernanda ao assinar o termo de adesão ao exército"

Coração de mãe
Do lado de cá do Equador, o sentimento era outro. D. Maria Lucia estava em depressão. “Não dormia e mal saía de casa”, diz. “Sentia raiva de mim por tê-la estimulado a se alistar. Meu peito doía, tomava remédios e até tentei fazer terapia, mas não consegui. Não funcionou para mim”. Foi por meio da internet que ela conseguiu se perdoar por ter incentivado a filha a se alistar . “Criei blogs e vi nisso uma forma de me distrair”, conta. O principal deles, http://paraibananaarmydosestadosunidos.blogspot.com/, foi construído com fotos e trechos de e-mails que Fernanda enviava para a mãe e transformou-se no diário virtual de uma paraibana nas trincheiras do Iraque.

Chamada de supply specialist, Fernanda era uma das responsáveis por organizar o material que chegava ao seu batalhão (armas, munição, comida e equipamentos de grande porte, como trailers e caminhões). Antes de partir para a missão, ela passou por um treinamento de choque de seis meses com o que chama de “o máximo de realidade”. Além de andar armada 24 horas por dia, aprendeu a inspecionar suspeitos e a aplicar primeiros socorros. Dentro de sua base no Kansas, havia um centro de treinamento, com recriações de vilas iraquianas, como num cenário de filme. “Você brinca de exército. Tem ataques-surpresa, homens, crianças e até grávidas-bomba”, diz, com a naturalidade de quem aprendeu “a bloquear as emoções” durante os treinos.

Destino: Kuwait
Dia 1° de janeiro de 2010, chegou a hora de embarcar. Para despistar inimigos, o caminho até o Iraque durou 48 horas. Foram ao todo oito grupos de soldados cada um com 200 homens e mulheres e três escalas: na Irlanda, na Alemanha e no Kuwait, onde se dividiram. Para Fernanda, “o primeiro mês foi terrível”, sob uma temperatura de 55ºC. “Muita gente desmaiou e precisou receber soro. No dia seguinte, o sargento verificava se tínhamos condições de sair. Eles controlam tudo. Até a quantidade de água.”

Marie Claire/montedo.com




att, binfa
DOE VIDA, DOE MEDULA!
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UMA VIDA SEM DESAFIOS NÃO VALE A PENA SER VIVIDA. Sócrates
Depoimento ABRALE :arrow: http://www.abrale.org.br/apoio_paciente ... php?id=771
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Re: Iraque - Noticias de Guerra

#1481 Mensagem por marcelo l. » Qua Mai 23, 2012 8:34 pm





Editado pela última vez por marcelo l. em Qua Mai 23, 2012 9:30 pm, em um total de 1 vez.
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Re: Iraque - Noticias de Guerra

#1482 Mensagem por jumentodonordeste » Qua Mai 23, 2012 8:47 pm

É iraque velho de guerra...

...Achava que o Saddam era seu grande problema.




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Re: Iraque - Noticias de Guerra

#1483 Mensagem por FOXTROT » Qua Mai 23, 2012 9:05 pm

Saddam foi a solução........pode não ter sido a melhor, porém, longe de ser a pior.

Saudações




"Só os mortos conhecem o fim da guerra" Platão.
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Re: Iraque - Noticias de Guerra

#1484 Mensagem por marcelo l. » Sex Mai 25, 2012 11:09 pm

Matéria com imagens fortes (por isso não aconselho a quem tenha como dizem os árabes coração fraco) sobre o Iraque e as consequências das armas utilizadas no conflito.

http://www.vice.com/pt_br/read/as-crian ... -iraquiana




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Re: Iraque - Noticias de Guerra

#1485 Mensagem por marcelo l. » Ter Mai 29, 2012 8:48 am

http://www.estadao.com.br/noticias/inte ... 9175,0.htm

BAGDÁ - Não fosse pelos buracos de bala nos edifícios do centro de Bagdá, ninguém diria que o Iraque enfrentou nove anos de conflito. Após a retirada das tropas americanas, os iraquianos voltaram a frequentar os núcleos comerciais e os números do varejo cresceram.

"As explosões diminuíram, mas ainda falta segurança", disse a funcionária pública Adil Sabah, de 23 anos, que trabalha na cidade de Al-Mansour. A mesma opinião tem a grande maioria dos moradores de Bagdá ouvidos pelo Estado nos últimos dias.

Meqsad al-Obardi, de 60 anos, disse que, após a retirada dos americanos, "a confiança entre o povo e o governo aumentou". "Antes, ninguém saía de casa, isso era impossível. Agora, não há mais explosões."

No mercado de Shorja, no centro de Bagdá, onde praticamente todos os produtos do varejo são postos à venda, o clima de otimismo em relação a um possível crescimento econômico – em razão da saída dos EUA do país – é evidente.

"Meu movimento melhorou. Estamos nos tornando livres. Era muito ruim quando estávamos cercados por americanos o tempo todo. Eles eram alvos de ataques que acabavam atingindo o povo. Naquele tempo, era impossível trazer minha mercadoria de outras regiões do país, pois ruas e estradas sempre estavam bloqueadas", disse o ambulante Abbas Abid al-Kaab, de 54 anos, que vende maçãs e amoras em Shorja.

A maioria do que é comercializado no mercado – exceto os peixes do Rio Tigre – vem da Turquia. "Nosso comércio está crescendo muito rapidamente. Os conceitos modernos de economia estão chegando ao Iraque. A maioria dos produtos, porém, vem dos países vizinhos", disse o vice-diretor do Banco Central iraquiano, Mudher Kasim.

Estabilidade. Segundo Kasim, o governo gastou 8% de seu último orçamento em estímulos econômicos – o resultado deve ser registrado em junho, que é quando serão divulgados dados oficiais sobre o crescimento do comércio.

Para Al-Haj Abdul Jabbar al-Juburi, de 70 anos, dono de uma fábrica de artigos metálicos que ontem fazia suas compras em Shorja, "a segurança melhorou muito". "Antes, quando vinha ao mercado, sentia medo, porque os americanos sempre nos faziam revistas completas."

Sob a condição de anonimato, dois militares que faziam a segurança do mercado Jamila, em Sadr City, afirmaram que se sentem aliviados após a retirada dos americanos. De acordo com eles, a segurança melhorou "muito". "Não somos mais alvos. Ninguém nos associa mais com os EUA, por isso, não somos mais atacados", afirmou um dos militares.




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