Ameaça REAL ao Brasil

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

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Re: Ameaça REAL ao Brasil

#886 Mensagem por suntsé » Sex Mar 23, 2012 9:02 am

Sterrius escreveu:O problema rodrigo que o executivo é muito mais vulneravel a lobbys e achismos que o legislativo o que o leva rapidamente a tb ter erros de julgamento para mais ou para menos.

Legislativo é justamente isso. Pra evitar a vitoria dos extremos. Eles podem ter dificuldade em ganhar o que consideram justo mas dificilmente tb não ganharão nada.
Também penso o mesmo.

Até hoje não engoli a SONHORA CAGADA DA RAPOZA SERRA DO SOL. :|




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Re: Ameaça REAL ao Brasil

#887 Mensagem por Marino » Sex Mar 23, 2012 11:02 am

Correio Braziliense             
Defesa apoiou PEC contra índios

O Ministério da Defesa já se posicionou a favor do esvaziamento de órgãos da União na delimitação de terras indígenas, unidades de conservação e comunidades quilombolas. Pareceres técnicos do ministério foram favoráveis à aprovação da PEC nº 215, de 2000. A proposta atribui ao Congresso a função de delimitar as terras. Hoje, essa é uma atribuição da Funai, no caso das terras indígenas; ICMBio, responsável por parques federais; e Fundação Cultural Palmares, a quem cabe os estudos sobre os quilombolas. A demarcação é determinada por decreto.

“A participação do Congresso no processo de demarcação das terras indígenas poderá ampliar o fórum de discussão, inserindo novos atores diretamente relacionados com o tema”, cita o parecer, elaborado em 2009. O ministro da Defesa na ocasião era Nelson Jobim. A assessoria de imprensa da pasta informou ao Correio que o atual ministro, Celso Amorim, ainda não analisou o conteúdo da PEC 215, aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara na última quarta-feira. “O Ministério da Defesa seguirá a posição do governo. O parecer de 2009 se restringiu à adequação constitucional e refletia a posição do ministro Nelson Jobim”, diz a assessoria.

No ano seguinte ao parecer do Ministério da Defesa, o Ministério da Justiça, também por meio de pareceres técnicos, se posicionou contrário à PEC 215. “A demarcação de terras indígenas não se confunde com o exercício da função legislativa. Submeter as demarcações à aprovação do Congresso Nacional é subverter por completo o sistema de freios e contrapesos estabelecidos pelo princípio da separação de poderes”, cita um parecer de 2010, que conclui pela inconstitucionalidade da PEC




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Re: Ameaça REAL ao Brasil

#888 Mensagem por Clermont » Sex Abr 06, 2012 8:11 am

(Que nome devemos dar a brasileiros que tem a coragem de denunciar sua própria pátria para uma organização internacional? E isto em plena vigência das regras democráticas, quando o país não está debaixo de um regime de exceção.)

Conselho indigenista denuncia Brasil à ONU e pede intervenção.

Tatiana Farah - Globo.com - 5.04.12.

SÃO PAULO - O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) denunciou o Brasil à Organização das Nações Unidas (ONU), pedindo sua intervenção junto ao governo para solucionar os conflitos com os povos indígenas. De acordo com a entidade religiosa, ligada à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em condições precárias de vida, entre 2003 e 2010 morreram 250 índios guarani kaiowá no Mato Grosso do Sul e outros 300 indígenas no Vale do Javari, no Amazonas.

A denúncia e o pedido de intervenção foram feitos esta semana, em uma reunião de entidades sociais com a subsecretária-geral para Asssuntos Humanitários da ONU, Valerie Amos. De acordo com o Cimi, o encontro foi realizado na sede do Itamaraty no Rio de Janeiro.

- Decidimos denunciar o Brasil às Nações Unidas porque já levamos ao conhecimento do órgãos federais as constantes violações de direitos humanos no Vale do Javari e no Mato Grosso do Sul, mas nada foi feito - disse o representante do Cimi no encontro, Adelar Cupsinski.

No Vale do Javari, segundo a entidade, 8% da população indígena foi morta por doenças controláveis, como os diversos tipos de hepatite e a diarreia infantil.

- Há um genocídio silencioso no Vale do Javari. São 300 mortes por doenças como a hepatite, uma situação que o governo brasileiro conhece desde os anos 80 - denunciou Cupsinski.

Ele afirmou ainda que as denúncias sobre as condições de vida dos guarani kaiowá já foram levadas à Organização dos Estados Americanos (OEA):

- Na OEA, o Brasil já apresentou contestação, e o processo está em análise. No Mato Grosso do Sul, há uma situação de confinamento dos povos indígenas em pequenas reservas.




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Re: Ameaça REAL ao Brasil

#889 Mensagem por henriquejr » Sex Abr 06, 2012 9:32 am

Os índios só se consideram brasileiros quando lhes convém!




.
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Re: Ameaça REAL ao Brasil

#890 Mensagem por FCarvalho » Sex Abr 06, 2012 9:34 am

Não que eu goste do CIMI, e de muitas de suas atitudes, mas quanto ao acima exposto, sinto dizer que eles estão, no presente caso, com a razão, e que esta situação no Vali do Javari, da qual sou testemunha indireta, seria perfeitamente contornável se as autoridades brasileiras que responsáveis fizessem o seu trabalho corretamente. Mas o que se vê e constata, é justamente o contrário. Não só o abandono como a completa negligência sobre a saúde daqueles povos, vida as não poucas dificuldades logísticas encontradas naquela região. Quanto aos Kaiowá, não é a primeira vez que se faz este tipo de denúncia quanto a precariedade da situação daquela comunidade, tendo sido, inclusive, já relatada em mais de uma reportagem em diversas tv's nacionais, sem que nada efetivamente tivesse sido feito.

Funai e outros órgãos do governo, estão de tal modo aparelhados ideológica e politicamente ao GF e ao PT, que é quase impossível se esperar qualquer tipo de resposta mais propositiva em relação as denúncias aqui postuladas.

Ainda em tempo, é preciso que se diga também que esta mesma denúncia já havia sido feita anteriormente tanto aos órgãos responsáveis do governo quanto ao MP e MJ, sem que nenhuma providência efetiva tivesse sido levada a efeito.

Se a coisa foi parar na ONU/OEA é porque irresponsavelmente quem de direito no Brasil não assumiu as suas responsabilidades como deveria ter feito. O preço da nossa omissão e irresponsabilidade é a intervenção, ainda que não bem vinda, de estrangeiros.

Volto a repetir uma frase muito simples mas, também muito valiosa em relações internacionais... "o poder é inimigo de espaços vazios."

De vazios, infelizmente, nós temos até de sobra neste país.

abs.




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Re: Ameaça REAL ao Brasil

#891 Mensagem por FCarvalho » Sex Abr 06, 2012 9:38 am

henriquejr escreveu:Os índios só se consideram brasileiros quando lhes convém!
Os índios, de resto como qualquer um de nós, se sentem, ou se sentirão, tão mais brasileiros, quanto o Estado brasileiro os trata como tal, enquanto sujeitos de direitos e deveres.

Sem ideologismos, sem partidarismos, sem fisiologismos.

abs.




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Re: Ameaça REAL ao Brasil

#892 Mensagem por Marino » Seg Abr 09, 2012 12:46 pm

O interesse nacional
DENIS LERRER ROSENFIELD
O mundo atual se caracteriza, cada vez mais, por uma percepção aguda de que os recursos do planeta são finitos. Cabe, evidentemente, a pergunta de se essa percepção corresponde ou não à realidade, pois a própria vigência do capitalismo tem mostrado, no decurso de sua história, o surgimento de novas formas de exploração da terra e a invenção de novos instrumentos científicos e tecnológicos. Em todo caso, nossos governantes orientam-se por essa percepção, que se torna uma espécie de guia da ação política.
Surge, daí, uma preocupação legítima desses governantes em relação à propriedade de terras, pois ela termina sendo inserida dentro de um contexto não somente econômico, mas, também, geopolítico. Ela vem a ser identificada à soberania nacional. No entanto, convém distinguir entre uma política legítima de defesa do interesse nacional de posições nacionalistas estreitas, que podem vir a ser um empecilho para o desenvolvimento econômico nacional.
O mundo globalizado não dá guarida para nenhum tipo de nacionalismo estreito, sob pena de o país que implantá-lo vir a ser o mais prejudicado. O Brasil faz parte desse mundo, vindo a ocupar nele a sexta posição internacional em termos de PIB. Mais precisamente, o país necessita desses capitais internacionais para o seu desenvolvimento, condição essa de criação de empregos, aumento da renda e da competitividade.
O novo parecer da AGU, que regulamenta a compra de terra por estrangeiros e redefine o que é empresa nacional, inscreve-se em uma preocupação legítima de defesa do interesse nacional, ao voltar-se, por exemplo, para a questão de propriedade de terras brasileiras por governos estrangeiros. Consequentemente, torna-se necessário regulamentar o investimento na compra de terras de tal modo que obedeça a critérios que ordenem a especulação de terras e o investimento de empresas estatais em nosso país. Caberia, aliás, distinguir entre empresas estrangeiras privadas e empresas estrangeiras estatais, pois seguem objetivos claramente distintos.
Contudo, o parecer da AGU, alterando o anterior, distinguiu empresas brasileiras de capital nacional de empresas brasileiras de capital estrangeiro. Até então, no contexto anterior, as duas tinham sido equiparadas, usufruindo dos mesmos benefícios e obrigações, sempre em claro respeito à lei nacional.
A situação terminou por complicar-se ainda mais, pois a referida mudança de legislação se fez tão somente por um ato administrativo da AGU, não tendo passado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado. Foi introduzida, por assim dizer, da noite para o dia, uma nova regra que alterou completamente a área de atuação das empresas brasileiras
de capital estrangeiro. Note-se que elas operavam normalmente no país e, de repente, foram remetidas a uma completa insegurança.
O governo está, agora, debruçado sobre essa questão, assim como a Câmara dos Deputados está elaborando um novo projeto de lei visando a equacionar o imbróglio criado. As idas e vindas têm se multiplicado nesses últimos meses, sem que uma solução satisfatória, até agora, tenha sido apresentada.
Conviria, assim, fazer a distinção entre duas ordens de questões: a) o estabelecimento de uma regra de transição; b) critérios para uma solução definitiva do problema.
A necessidade de uma regra de transição diz respeito à insegurança jurídica criada. A imagem mesma do país está em questão, pois não se deve, administrativamente, por um parecer que contradiz um parecer anterior do mesmo órgão estatal, alterar abruptamente as regras do jogo mediante uma legislação infralegal. Empresas brasileiras de capital estrangeiro, com investimentos em curso, não sabem mais como agir. Empresas com investimentos previstos, licenças ambientais já concedidas e negócios em andamento vêm-se, assim, impedidas de seguir adiante. Os prejuízos econômicos para o país montam a dezenas de bilhões de dólares, incluindo, entre outros, os setores florestais, de papel e celulose, cana de açúcar e etanol.
Logo, seria necessária a formulação de uma regra de transição, que poderia ser feita administrativamente ou mesmo por medida provisória, que contemplasse as empresas brasileiras de capital estrangeiro com investimentos em curso. As empresas em pauta deveriam comprovar esses investimentos por projetos, licenças ambientais, licenças de instalação, protocolos de intenções junto a governos municipais e estadual ou negociações de compra de terras (contratos particulares de compra e venda). O parecer da AGU a elas não se aplicaria e a segurança jurídica seria restabelecida, tendo, ainda, como efeito um grande ganho de imagem para o país.
Uma vez restabelecida a segurança jurídica, em um trabalho que se apresenta, atualmente, como conjunto entre o governo e a Câmara dos Deputados, conviria estabelecer alguns critérios que, ao mesmo tempo em que assegurassem a soberania nacional, sinalizassem para uma abertura para o mundo.
É necessário fazer a distinção entre empresas brasileiras de capital estrangeiro, com investimentos produtivos, diretos, no país, e investimentos especulativos ou operados por empresas estrangeiras de capital estatal.
O país necessita, por exemplo, ter um cadastro nacional de propriedades, instrumento confiável que permita não somente a regulamentação do setor, mas torne transparente, publicamente, uma base de dados da estrutura fundiária nacional.
Poder-se-ia, igualmente, pensar na aplicação do princípio da reciprocidade. Ou seja, países que não permitem que empresas privadas brasileiras comprem terras não poderiam exigir um tratamento diferente de nosso país. Inversamente, países que acolhem empresas brasileiras na compra de terra teriam um tratamento equivalente no Brasil. Com isto, evitar-se-ia qualquer retórica antiempresarial, mostrando um país aberto a tratamentos internacionais equitativos. Exceções seriam tratadas como tais, em função do interesse nacional. Trata-se, aliás, de um princípio amplamente utilizado no mundo diplomático.
O Brasil precisa, urgentemente, do equacionamento dessa questão.
DENIS LERRER ROSENFIELD é professor de filosofia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul




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Re: Ameaça REAL ao Brasil

#893 Mensagem por Marino » Seg Abr 09, 2012 12:47 pm

Índios suruís venderão carbono com selo verde
Tribo de Rondônia é a primeira no mundo a obter certificação do gênero
CLAUDIO ANGELO
DE BRASÍLIA
Uma tribo amazônica que até a década passada entregava suas terras à exploração ilegal de madeira será a primeira nação indígena do mundo a faturar com uma nova commodity: o carbono da floresta mantida em pé.
Os paiter-suruís, de Rondônia, receberam na semana passada duas certificações internacionais que lhes permitirão fechar contratos para gerar créditos de carbono pelo desmatamento que evitarem em seu território.
O projeto explora o chamado Redd (Redução de Emissões por Desmatamento), mecanismo que visa compensar financeiramente a manutenção de florestas tropicais, mitigando o gás carbônico que causa o aquecimento global.
O líder da tribo, Almir Narayamoga Suruí, estima que o negócio possa gerar de R$ 2 milhões a R$ 4 milhões por ano até 2038. O dinheiro será aplicado em uma espécie de "fundo soberano" para alavancar atividades econômicas sustentáveis, como o turismo e a produção agrícola nas terras já desmatadas.
O Projeto de Carbono Florestal Suruí, fruto de quatro anos de negociação, é o primeiro esquema indígena de Redd a receber os selos VCS (Verified Carbon Standard) e CCB (Climate, Community and Biodiversity).
Segundo Mariano Cenamo, do Idesan, ONG de Manaus que elaborou o projeto, o VCS dá a garantia aos investidores de que a tribo segue uma metodologia criteriosa para avaliar a redução das emissões. O CCB atesta que o projeto não afeta a biodiversidade ou os direitos dos índios.
O mercado mundial de Redd ainda é voluntário; sua regulamentação deve ocorrer em 2020. Apesar disso, só em 2010, ele cresceu 35% e hoje é estimado em US$ 250 milhões por ano no mundo.
Segundo Michael Jenkins, diretor da ONG americana Forest Trends, os potenciais clientes dos suruís incluem empresas em busca de "créditos carismáticos" para neutralizar emissões de seu processo produtivo. Quinze países estão regulamentando mercados de carbono, e o Redd deve fazer parte deles.
A validação do projeto ocorre no momento em que o Redd em terras indígenas anda na berlinda no país.
A Funai (Fundação Nacional do Índio) e a Advocacia-Geral da União investigam 30 contratos de compra de créditos de carbono fechados por aventureiros com índios Amazônia afora. Um deles, entre a empresa irlandesa Celestial Green e os líderes mundurucus, do Pará, proíbe a tribo de usar a própria terra.
O único projeto apoiado pelo órgão federal é o dos suruís -porque a etnia resolveu esperar a validação antes de assinar contratos.
"Não faltou gente interessada", diz Almir Suruí. "Mas nunca recebemos um centavo. O projeto foi todo bancado com dinheiro de doação."
O responsável por levantar a verba foi Jenkins. Ele estima em US$ 1 milhão o custo da montagem do projeto. O dinheiro foi usado em parte para contratar o Idesam, que inventariou o carbono estocado nas florestas da terra suruí e criou um modelo computacional para simular o desmatamento que ocorreria até 2038 sem o Redd.
Outra parte bancou um escritório de advocacia para determinar se os índios tinham direito ao carbono de suas terras - têm. "Saiu caro, mas agora temos uma análise jurídica para 15% do território brasileiro", diz Jenkins, em alusão à área total das terras indígenas no país.




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Re: Ameaça REAL ao Brasil

#894 Mensagem por Paisano » Seg Abr 09, 2012 1:02 pm

Os indígenas brasileiros não são os donos das terras onde vivem, que legalmente pertencem a União, mas apenas usufrutuários das mesmas.

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Re: Ameaça REAL ao Brasil

#895 Mensagem por Marino » Qua Abr 11, 2012 8:06 pm

Mais uma declaração de direitos dos povos indígenas, agora da OEA?
Mais uma vez vamos cometer crime de lesa-pátria e assinar esta bosta?


Indígenas reivindicam papel pela democracia nas Américas
11 de abril de 2012 • 19h34 • atualizado às 19h48
Terra
Líderes indígenas de 14 países do continente americano reivindicaram nesta quarta-feira no Fórum Social prévio à 6ª Cúpula das Américas seu papel de atores sociais e políticos para deixar de ser o "folclore" das democracias continentais.
Os 150 representantes dos povos indígenas iniciaram seu dia em Cartagena das Indias com uma homenagem à folha de coca como símbolo sagrado "de vida e não de morte" e um ritual de agradecimento à Mãe Terra.
Porém, imediatamente depois passaram a exercer seu papel social e político em uma série de debates nos quais anteciparam qual é sua mensagem para a Organização dos Estados Americanos (OEA) e para os chefes de Estado de 33 países que se reunirão neste final de semana na cidade colombiana.
O peruano Miguel Palacín, líder da Coordenadora Andina de Organizações Indígenas (CAOI), expôs em entrevista coletiva seu desejo que a cúpula traga a inclusão dos povos nas sociedades não só "para ser o folclore das democracias, mas para garantir uma participativa ação em sua formação".
O caminho para isso é, segundo o presidente da Organização Nacional Indígena da Colômbia (ONIC), Luis Evelis Andrade, que se abram espaços reais para o diálogo com os países e que se aprove urgentemente a Declaração Americana dos Direitos Indígenas na qual a OEA trabalha há mais de seis anos.
Esse documento, como sustentou Andrade durante um encontro com o secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, "não pode estar abaixo do padrão de uma declaração similar das Nações Unidas" aprovada em 2007.
Insulza lamentou a demora na aprovação do texto que, segundo assegurou, ganha complexidade e dimensões com o tempo, até o ponto de estar projetado como um tratado.
Todas estas reivindicações fazem parte do documento de conclusões "Tecendo alianças pela defesa da Mãe Terra" que os índios apresentarão na sexta-feira e no qual fazem várias recomendações aos países a respeito dos cinco eixos temáticos oficiais da cúpula.
São estes a segurança, a luta contra a pobreza, a prevenção e resposta a desastres naturais, o fomento do uso e acesso à tecnologia e a integração física mediante monumentais obras de infraestrutura no continente.
É este último ponto o que mais preocupa os povos aborígines, na medida em que está associado com a extração de recursos naturais localizados em seus territórios.
Por esse motivo, Palacín pediu aos governos que se comprometam com os diferentes tratados internacionais que assinaram para que não executem megaprojetos "se não são plenamente consultados" com os povos locais.
Porém, a voz dos indígenas não só observa os temas oficiais, mas também põe o foco em um dos assuntos que tratarão de forma informal os chanceleres e os chefes de Estado, que é a discussão sobre novas estratégias de luta contra o narcotráfico, alternativas a um modelo que se considera fracassado.
"Nós estamos de acordo com que se debata e se busquem mecanismos mais efetivos", disse Andrade, antes de pedir "o compromisso dos governos para não satanizar a folha de coca".
Precisamente foi Andrade o encarregado de entregar à chanceler da Colômbia, María Ángela Holguín, de um maço de folha de coca, após esclarecer que lhe oferecia "uma folha sagrada que deve contribuir ao desenvolvimento e não às violações".
Também os representantes de organizações civis reunidos hoje no marco do Fórum Social se referiram a este debate, mas foram além, ao sugerir descriminalizar a posse e o consumo pessoal de maconha, e que o uso de qualquer tipo de droga seja tratado como um assunto de saúde pública e não penal.
Embora esteja previsto que as atuais políticas antidrogas sejam debatidas pelos líderes na cúpula, Insulza já adiantou que não cabe esperar que haja conclusões nem acordos, dado que o debate terá um caráter informal.
 




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Re: Ameaça REAL ao Brasil

#896 Mensagem por FCarvalho » Qui Abr 12, 2012 2:29 pm

Esperemos que também neste presente caso a sensatez e parcimônia da Presta. DR revele um certo nível de maturidade e civismo da parte dela, tal qual o "engavetamento branco" da declaração dos povos indígenas da ONU.

abs.




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Re: Ameaça REAL ao Brasil

#897 Mensagem por Túlio » Qui Abr 12, 2012 2:45 pm

Não entendi: o que têm os índios Brasileiros a ver com folha de coca???




“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”

P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: Ameaça REAL ao Brasil

#898 Mensagem por FCarvalho » Qui Abr 12, 2012 3:23 pm

O problema não é a folha, mas o papel por de trás da folha... :D

abs.




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Re: Ameaça REAL ao Brasil

#899 Mensagem por Marino » Qui Abr 19, 2012 8:31 pm

A própria FUNAI anuncia na BBC ameaça de genocídio indígena no Acre:

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticia ... o_jf.shtml




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Re: Ameaça REAL ao Brasil

#900 Mensagem por Marino » Dom Abr 22, 2012 2:28 pm

Estudo feito nos EUA apontam ameaça ecológica grave das hidrelétricas na Amazônia:

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticia ... a_fn.shtml




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