Relações Sino-Brasileiras
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Re: Relações Sino-Brasileiras
China e Brasil reforçarão a cooperação na área de energia
2011/04/15
Beijing, 15 abr (Xinhua) -- "A China e o Brasil reforçarão a cooperação na área de energia, especialmente na exploração de energia hidrelétrica", informou Sun Yanfeng, especialista chinês em Brasil, em uma entrevista com a Xinhua.
Sun, especialista do Instituto de Pesquisa da América Latina, subordinado ao Instituto das Relações Internacionais Contemporâneas da China, apontou que a presidente brasileira, Dilma Rousseff, em visita à China, foi ministra de Minas e Energia, e tem dedicado bastante atenção ao setor.
O Brasil possui forte potencial hidrelétrico, enquanto a China tem capacidade de levantar recursos financeiros e experiência de construção. Os dois países têm um grande potencial de colaboração na área de energia hidrelétrica, apontou.
Ao participar do Fórum de Energia para o Desenvolvimento da Cidade Brasileira, realizado durante a Expo de Shanghai em julho passado, o então ministro brasileiro de Minas e Energia, Márcio Pereira Zimmermann, expressou a esperança de receber mais empresas chinesas do setor.
No final de 2010, a Companhia Nacional de Eletricidade da China obteve o direito de administração de 3% das linhas de transmissão da rede elétrica brasileira, que se concentram nos quatro estados desenvolvidos no Sudeste e atenderão cidades importantes como Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo.
Isto era inimaginável, afirmou Chen Duqing, ex-embaixador chinês no Brasil.
O Brasil possui hoje duas usinas nucleares em funcionamento e uma em construção. De acordo com os dados do Ministério de Minas e Energia do Brasil, a energia hidrelétrica responde por 90% da matriz energética nacional, enquanto a energia nuclear responde por 4%. Para o Brasil, o desenvolvimento da energia nuclear não é uma demanda premente. Sob a influência de crise na usina japonesa de Fukushima, o Brasil provavelmente considerará o uso de outros tipos de energia, como a biológica, para substituir a fonte nuclear, indicou Sun.
O Brasil tem grande capacidade de desenvolver a energia biológica, acrescentou.
Segundo as estatísticas oficiais do Brasil, até 2009, as fontes renováveis respondiam por 47,2% do consumo total de energia do país, incluindo 18% de cana de açúcar e 10,1% de energia biológica tradicional.
Em 12 de abril, o presidente chinês, Hu Jintao, e a presidente Rousseff, assinaram em Beijing o Comunicado Conjunto China-Brasil, segundo o qual as duas nações têm grande potencial de cooperação no setor energético, especialmente nas energias hidrelétrica, nuclear e biológica.
http://br.china-embassy.org/por/zbgx/t815738.htm
2011/04/15
Beijing, 15 abr (Xinhua) -- "A China e o Brasil reforçarão a cooperação na área de energia, especialmente na exploração de energia hidrelétrica", informou Sun Yanfeng, especialista chinês em Brasil, em uma entrevista com a Xinhua.
Sun, especialista do Instituto de Pesquisa da América Latina, subordinado ao Instituto das Relações Internacionais Contemporâneas da China, apontou que a presidente brasileira, Dilma Rousseff, em visita à China, foi ministra de Minas e Energia, e tem dedicado bastante atenção ao setor.
O Brasil possui forte potencial hidrelétrico, enquanto a China tem capacidade de levantar recursos financeiros e experiência de construção. Os dois países têm um grande potencial de colaboração na área de energia hidrelétrica, apontou.
Ao participar do Fórum de Energia para o Desenvolvimento da Cidade Brasileira, realizado durante a Expo de Shanghai em julho passado, o então ministro brasileiro de Minas e Energia, Márcio Pereira Zimmermann, expressou a esperança de receber mais empresas chinesas do setor.
No final de 2010, a Companhia Nacional de Eletricidade da China obteve o direito de administração de 3% das linhas de transmissão da rede elétrica brasileira, que se concentram nos quatro estados desenvolvidos no Sudeste e atenderão cidades importantes como Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo.
Isto era inimaginável, afirmou Chen Duqing, ex-embaixador chinês no Brasil.
O Brasil possui hoje duas usinas nucleares em funcionamento e uma em construção. De acordo com os dados do Ministério de Minas e Energia do Brasil, a energia hidrelétrica responde por 90% da matriz energética nacional, enquanto a energia nuclear responde por 4%. Para o Brasil, o desenvolvimento da energia nuclear não é uma demanda premente. Sob a influência de crise na usina japonesa de Fukushima, o Brasil provavelmente considerará o uso de outros tipos de energia, como a biológica, para substituir a fonte nuclear, indicou Sun.
O Brasil tem grande capacidade de desenvolver a energia biológica, acrescentou.
Segundo as estatísticas oficiais do Brasil, até 2009, as fontes renováveis respondiam por 47,2% do consumo total de energia do país, incluindo 18% de cana de açúcar e 10,1% de energia biológica tradicional.
Em 12 de abril, o presidente chinês, Hu Jintao, e a presidente Rousseff, assinaram em Beijing o Comunicado Conjunto China-Brasil, segundo o qual as duas nações têm grande potencial de cooperação no setor energético, especialmente nas energias hidrelétrica, nuclear e biológica.
http://br.china-embassy.org/por/zbgx/t815738.htm
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Re: Relações Sino-Brasileiras
China e Brasil terão centro conjunto de nanotecnologia
Sabine Righetti
Enviada Especial a Campinas
O governo vai firmar no final deste mês um convênio com a China para implantação de um centro binacional de nanotecnologia, o campo da ciência que envolve a manipulação de objetos muito pequenos, com dimensões de bilionésimos de metro.
A ideia é que os dois países entrem com a mesma quantidade de dinheiro no projeto. Ontem, em uma reunião em Campinas, o MCT (Ministério da Ciência e Tecnologia) propôs R$ 4,7 milhões para os dois anos iniciais. Mas a China quer mais.
O valor final será acordado em viagem que o ministro Aloizio Mercadante (MCT) fará à China no próximo dia 22.
Como inicialmente o centro será virtual, a ideia é que o dinheiro seja gasto com infraestrutura e com a troca de pesquisadores entre os países –pelo menos 30 por ano.
“O valor parece pequeno. Mas pode ser um primeiro passo para começarmos uma série de parcerias com a China”, diz Adalberto Fazzio, coordenador da área de nanotecnologia do MCT.
SUSTENTÁVEL
Uma das áreas de interesse da China é o grafeno, material obtido quando o grafite é fatiado em camadas muito finas, com apenas um átomo de espessura. Os eletrônicos do futuro poderão ter como base o grafeno.
Já o Brasil está interessado em nanotecnologia aplicada à sustentabilidade, como novas abordagens para o tratamento de resíduos agrícolas.
“É uma vantagem cooperar com o Brasil. Esse projeto tem futuro”, definiu Chunli Bai, presidente da Academia Chinesa de Ciências (que tem status de ministro no país), em entrevista à Folha durante visita que fez a Campinas.
A China é o país que mais produz artigos científicos em nanotecnologia. “Queremos aumentar essa produção com parcerias internacionais e dar mais peso a áreas estratégicas”, completou Bai.
Fernando Galembeck, diretor de um dos laboratórios que integrarão a parceria, diz que a nanotecnologia “poderia ter avançado mais no Brasil”. “Um centro como esse poderá alavancar a área.”
O centro binacional terá a colaboração de pelo menos quatro laboratórios, localizados em São Paulo, em Minas Gerais e no Rio de Janeiro.
No lado chinês estarão alguns dos 117 institutos de pesquisa da Academia Chinesa de Ciências.
empate técnico
A academia gerencia hoje um orçamento de mais de R$ 6 bilhões por ano, ou seja, praticamente a mesma quantidade de recursos anuais do Ministério da Ciência e Tecnologia no Brasil.
“O governo chinês está investindo muito em ciência. Hoje temos 1,78% do PIB em pesquisas”, diz Bai –a porcentagem brasileira foi de 1,3% no ano passado.
A agenda de Bai no Brasil incluiu visitas a instituições de pesquisa nas áreas de saúde, energia, espaço e agricultura. Os chineses já sinalizaram interesse pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), o que pode render novas parcerias.
Fonte: BOL
http://planobrasil.com/2011/08/03/china ... ecnologia/
Sabine Righetti
Enviada Especial a Campinas
O governo vai firmar no final deste mês um convênio com a China para implantação de um centro binacional de nanotecnologia, o campo da ciência que envolve a manipulação de objetos muito pequenos, com dimensões de bilionésimos de metro.
A ideia é que os dois países entrem com a mesma quantidade de dinheiro no projeto. Ontem, em uma reunião em Campinas, o MCT (Ministério da Ciência e Tecnologia) propôs R$ 4,7 milhões para os dois anos iniciais. Mas a China quer mais.
O valor final será acordado em viagem que o ministro Aloizio Mercadante (MCT) fará à China no próximo dia 22.
Como inicialmente o centro será virtual, a ideia é que o dinheiro seja gasto com infraestrutura e com a troca de pesquisadores entre os países –pelo menos 30 por ano.
“O valor parece pequeno. Mas pode ser um primeiro passo para começarmos uma série de parcerias com a China”, diz Adalberto Fazzio, coordenador da área de nanotecnologia do MCT.
SUSTENTÁVEL
Uma das áreas de interesse da China é o grafeno, material obtido quando o grafite é fatiado em camadas muito finas, com apenas um átomo de espessura. Os eletrônicos do futuro poderão ter como base o grafeno.
Já o Brasil está interessado em nanotecnologia aplicada à sustentabilidade, como novas abordagens para o tratamento de resíduos agrícolas.
“É uma vantagem cooperar com o Brasil. Esse projeto tem futuro”, definiu Chunli Bai, presidente da Academia Chinesa de Ciências (que tem status de ministro no país), em entrevista à Folha durante visita que fez a Campinas.
A China é o país que mais produz artigos científicos em nanotecnologia. “Queremos aumentar essa produção com parcerias internacionais e dar mais peso a áreas estratégicas”, completou Bai.
Fernando Galembeck, diretor de um dos laboratórios que integrarão a parceria, diz que a nanotecnologia “poderia ter avançado mais no Brasil”. “Um centro como esse poderá alavancar a área.”
O centro binacional terá a colaboração de pelo menos quatro laboratórios, localizados em São Paulo, em Minas Gerais e no Rio de Janeiro.
No lado chinês estarão alguns dos 117 institutos de pesquisa da Academia Chinesa de Ciências.
empate técnico
A academia gerencia hoje um orçamento de mais de R$ 6 bilhões por ano, ou seja, praticamente a mesma quantidade de recursos anuais do Ministério da Ciência e Tecnologia no Brasil.
“O governo chinês está investindo muito em ciência. Hoje temos 1,78% do PIB em pesquisas”, diz Bai –a porcentagem brasileira foi de 1,3% no ano passado.
A agenda de Bai no Brasil incluiu visitas a instituições de pesquisa nas áreas de saúde, energia, espaço e agricultura. Os chineses já sinalizaram interesse pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), o que pode render novas parcerias.
Fonte: BOL
http://planobrasil.com/2011/08/03/china ... ecnologia/
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Re: Relações Sino-Brasileiras
Os chineses que vêm aí .
Para quem está acostumado a ver a China apenas como o gigante manufatureiro que ameaça a indústria nacional, será uma experiência instrutiva acompanhar a reunião, nesta semana, da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível (Cosban), em Brasília, comandada, pelo lado chinês, por um dos mais influentes dirigentes do país, o vice-primeiro-ministro Wang Qishan.
De fumo a aviões, a agenda de interesses do Brasil a ser levada aos representantes chineses ultrapassa facilmente a casa do bilhão de dólares. Os brasileiros se equilibrarão entre defender as mais recentes medidas protecionistas no Brasil e demandar parceria aos asiáticos.
A Cosban, criada para garantir fôlego às conversas dos dois países e evitar que sejam abafadas pelos atritos comerciais, tem 11 subcomissões distintas, que tratam de temas como finanças, comércio, cooperação espacial, agricultura e educação. Algumas dessas comissões não conseguiram sequer se reunir, como a de cultura. Outras avançaram, como a de educação, que pode levar ao envio de estudantes brasileiros aos centros tecnológicos chineses, e a de finanças, que abençoa a cooperação entre a BM&F Bovespa com a bolsa de Xangai.
China faz anúncios e diversifica áreas de investimentos
Brasil e China vão discutir um plano para orientar a relação dos dois países nos próximos dez anos, e há muito em jogo para certos setores nesses encontros de alto nível. Os produtores de fumo, por exemplo, já têm na China, que lhes comprou US$ 380 milhões em 2011, seu maior freguês, e grande investidor no país.
No ano passado, durante a viagem da presidente Dilma Rousseff, foi anunciada autorização de venda de fumo da Bahia e Alagoas ao mercado chinês. Mas a venda, mesmo, depende de análises técnicas, cuja demora será discutida agora em Brasília.
Os exportadores de carnes também enfrentam problemas com a burocracia na China. Paciência e construção de confiança são duas das exigências sempre lembradas pelos especialistas para quem se interessa em fazer negócio com o mercado mais vibrante do mundo, hoje. A Embraer poderia ministrar seminários sobre esse tema.
Depois de montar uma fábrica em sociedade com os chineses para construir lá seu EMB 145 e ser golpeada com a decisão chinesa de não mais comprar aeronaves daquele tamanho, a companhia brasileira tentou sem sucesso autorização para fazer na China seu avião de maior porte, o EMB 190, que concorreria com uma aeronave chinesa e, claro, não teve sinal verde das autoridades locais.
Durante a viagem de Dilma a Pequim, negociou-se a permissão para fabricar, lá, jatos executivos da Embraer. Mas falta a isenção de taxas para importação de componentes, o que viabilizaria a fábrica - tema para a Cosban.
Também vai se pedir aos chineses para apressar a burocracia, que retém a compra, por duas companhias chinesas de aviação, de 20 aviões 190 da Embraer, anunciada também durante a visita da presidente.
Outra multinacional brasileira, a Marcopolo, também exercita sua paciência oriental à espera de autorização chinesa para instalar fábricas numa zona especial de processamento de exportações, em Changzhou.
Na sexta-feira, Dilma reuniu seus ministros com interesses nas 11 subcomissões da Cosban, para decidir o que será prioritário e o que nem entrará nas conversas com a missão liderada por Wang Qishan, a " pessoa a quem os líderes chineses recorrem para entender os mercados e a economia global", nas palavras do ex-secretário do Tesouro americano Henry Paulson, ao comentar sua eleição como uma das cem pessoas mais influentes de 2009, pela revista "Time" (esse detalhe faz parte das instruções para a Cosban recebidas pelos integrantes do governo brasileiro). A Vale, e suas atribulações com os chineses, foi citada na reunião do Planalto.
Após investir US$ 2,35 bilhões na compra de 19 supercargueiros Valemax, 12 dos quais encomendados a um estaleiro chinês, a Vale foi golpeada com a notícia de que seus barcos de 400 mil toneladas de capacidade não teriam autorização para atracar nos portos chineses, para onde destina quase metade de suas vendas ao exterior.
Será difícil contornar o problema, justificado por preocupações ambientais e ancorado no temor dos cargueiros chineses em relação ao que consideram uma tentativa de domínio do mercado de fretes mundiais de minério.
Os chineses vêm anunciando investimentos bilionários no Brasil, e diversificaram sua área de atuação, antes concentrada em mineração, agricultura e petróleo. Pretendem fabricar carros, caminhões e motocicletas e entram pesadamente no setor de linhas de transmissão de eletricidade. É crescente a presença econômica dos chineses, que em janeiro foram momentaneamente ultrapassados como maior mercado brasileiro pelos Estados Unidos.
É ingenuidade imaginar que se pode ganhar a boa vontade dos chineses escancarando o mercado brasileiro a seus produtos baratos; mas demonizar a China e editar medidas abertamente concebidas e anunciadas para prejudicar empresas chinesas - como o recente aumento do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis - é uma maneira também pouco madura de administrar uma parceria, que já é um fato, não uma invenção ideológica ou diplomática.
A existência da Cosban pode dar instrumentos para acordos ou aumentar a insatisfação de lado a lado, caso seja incapaz de se sobrepor ao ritmo natural das forças do mercado e ao peso dos interesses particulares em jogo.
Instalada em 2006, a Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível deveria reunir-se a cada dois anos, mas só agora faz sua segunda reunião, quando deverá avaliar o que se conseguiu no plano de metas dos dois países para 2010 a 2014. O tom da autoridades deve ser otimista. Mas as medidas concretas que anunciarem darão a medida das atuais relações entre China e Brasil.
http://www.defesanet.com.br/brasilchina ... ue-vem-ai-
Para quem está acostumado a ver a China apenas como o gigante manufatureiro que ameaça a indústria nacional, será uma experiência instrutiva acompanhar a reunião, nesta semana, da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível (Cosban), em Brasília, comandada, pelo lado chinês, por um dos mais influentes dirigentes do país, o vice-primeiro-ministro Wang Qishan.
De fumo a aviões, a agenda de interesses do Brasil a ser levada aos representantes chineses ultrapassa facilmente a casa do bilhão de dólares. Os brasileiros se equilibrarão entre defender as mais recentes medidas protecionistas no Brasil e demandar parceria aos asiáticos.
A Cosban, criada para garantir fôlego às conversas dos dois países e evitar que sejam abafadas pelos atritos comerciais, tem 11 subcomissões distintas, que tratam de temas como finanças, comércio, cooperação espacial, agricultura e educação. Algumas dessas comissões não conseguiram sequer se reunir, como a de cultura. Outras avançaram, como a de educação, que pode levar ao envio de estudantes brasileiros aos centros tecnológicos chineses, e a de finanças, que abençoa a cooperação entre a BM&F Bovespa com a bolsa de Xangai.
China faz anúncios e diversifica áreas de investimentos
Brasil e China vão discutir um plano para orientar a relação dos dois países nos próximos dez anos, e há muito em jogo para certos setores nesses encontros de alto nível. Os produtores de fumo, por exemplo, já têm na China, que lhes comprou US$ 380 milhões em 2011, seu maior freguês, e grande investidor no país.
No ano passado, durante a viagem da presidente Dilma Rousseff, foi anunciada autorização de venda de fumo da Bahia e Alagoas ao mercado chinês. Mas a venda, mesmo, depende de análises técnicas, cuja demora será discutida agora em Brasília.
Os exportadores de carnes também enfrentam problemas com a burocracia na China. Paciência e construção de confiança são duas das exigências sempre lembradas pelos especialistas para quem se interessa em fazer negócio com o mercado mais vibrante do mundo, hoje. A Embraer poderia ministrar seminários sobre esse tema.
Depois de montar uma fábrica em sociedade com os chineses para construir lá seu EMB 145 e ser golpeada com a decisão chinesa de não mais comprar aeronaves daquele tamanho, a companhia brasileira tentou sem sucesso autorização para fazer na China seu avião de maior porte, o EMB 190, que concorreria com uma aeronave chinesa e, claro, não teve sinal verde das autoridades locais.
Durante a viagem de Dilma a Pequim, negociou-se a permissão para fabricar, lá, jatos executivos da Embraer. Mas falta a isenção de taxas para importação de componentes, o que viabilizaria a fábrica - tema para a Cosban.
Também vai se pedir aos chineses para apressar a burocracia, que retém a compra, por duas companhias chinesas de aviação, de 20 aviões 190 da Embraer, anunciada também durante a visita da presidente.
Outra multinacional brasileira, a Marcopolo, também exercita sua paciência oriental à espera de autorização chinesa para instalar fábricas numa zona especial de processamento de exportações, em Changzhou.
Na sexta-feira, Dilma reuniu seus ministros com interesses nas 11 subcomissões da Cosban, para decidir o que será prioritário e o que nem entrará nas conversas com a missão liderada por Wang Qishan, a " pessoa a quem os líderes chineses recorrem para entender os mercados e a economia global", nas palavras do ex-secretário do Tesouro americano Henry Paulson, ao comentar sua eleição como uma das cem pessoas mais influentes de 2009, pela revista "Time" (esse detalhe faz parte das instruções para a Cosban recebidas pelos integrantes do governo brasileiro). A Vale, e suas atribulações com os chineses, foi citada na reunião do Planalto.
Após investir US$ 2,35 bilhões na compra de 19 supercargueiros Valemax, 12 dos quais encomendados a um estaleiro chinês, a Vale foi golpeada com a notícia de que seus barcos de 400 mil toneladas de capacidade não teriam autorização para atracar nos portos chineses, para onde destina quase metade de suas vendas ao exterior.
Será difícil contornar o problema, justificado por preocupações ambientais e ancorado no temor dos cargueiros chineses em relação ao que consideram uma tentativa de domínio do mercado de fretes mundiais de minério.
Os chineses vêm anunciando investimentos bilionários no Brasil, e diversificaram sua área de atuação, antes concentrada em mineração, agricultura e petróleo. Pretendem fabricar carros, caminhões e motocicletas e entram pesadamente no setor de linhas de transmissão de eletricidade. É crescente a presença econômica dos chineses, que em janeiro foram momentaneamente ultrapassados como maior mercado brasileiro pelos Estados Unidos.
É ingenuidade imaginar que se pode ganhar a boa vontade dos chineses escancarando o mercado brasileiro a seus produtos baratos; mas demonizar a China e editar medidas abertamente concebidas e anunciadas para prejudicar empresas chinesas - como o recente aumento do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis - é uma maneira também pouco madura de administrar uma parceria, que já é um fato, não uma invenção ideológica ou diplomática.
A existência da Cosban pode dar instrumentos para acordos ou aumentar a insatisfação de lado a lado, caso seja incapaz de se sobrepor ao ritmo natural das forças do mercado e ao peso dos interesses particulares em jogo.
Instalada em 2006, a Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível deveria reunir-se a cada dois anos, mas só agora faz sua segunda reunião, quando deverá avaliar o que se conseguiu no plano de metas dos dois países para 2010 a 2014. O tom da autoridades deve ser otimista. Mas as medidas concretas que anunciarem darão a medida das atuais relações entre China e Brasil.
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Re: Relações Sino-Brasileiras
Agenda de Dilma 13/02/2012
11h - Wang Qishan
Vice-Primeiro Ministro da China
Palácio do Planalto
11h - Wang Qishan
Vice-Primeiro Ministro da China
Palácio do Planalto
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
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Re: Relações Sino-Brasileiras
Pimentel no caminho
Parte significativa do PIB brasileiro vai começar esta semana enfurecida com Fernando Pimentel. Tudo porque o comandante do Desenvolvimento conseguiu jogar areia em uma conversa que um grupo de megaempresários brasileiros (Embraer, Odebrecht, Bradesco, Marcopolo) teria com o vice-primeiro-ministro chinês Wang Qishan nesta tarde, em razão da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível (Cosban).
Com tantos atritos comerciais envolvendo Brasil e China, ninguém no palácio sabe o que deu em Pimentel para vetar a conversa, mas o fato é que tudo estava encaminhado para que os empresários conseguissem um tempo com Qishan, logo após o primeiro-ministro se reunir com Dilma Rousseff e almoçar no Itamaraty. O encontro virou fumaça.
(Atualização às 15h10: Fernando Pimentel entrou em contato e informou que a agenda de Wang Qishan estava a cargo da embaixada da China e do Itamaraty, sem ter sofrido qualquer interferência do Ministério do Desenvolvimento.)
O China reclama
Causou constrangimento no governo a fala do vice-primeiro-ministro chinês Wang Qishan, hoje, durante solenidade da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível (Cosban), no Itamaraty.
Sem rodeios, Qishan deixou claro a insatisfação em não conseguir encontrar empresários brasileiros na sua passagem por Brasília.
O chinês argumentou que a conversa com empresários teria “mais peso” do que o encontro com ministros de Dilma Rousseff.
http://veja.abril.com.br/blog/radar-on-line/
Parte significativa do PIB brasileiro vai começar esta semana enfurecida com Fernando Pimentel. Tudo porque o comandante do Desenvolvimento conseguiu jogar areia em uma conversa que um grupo de megaempresários brasileiros (Embraer, Odebrecht, Bradesco, Marcopolo) teria com o vice-primeiro-ministro chinês Wang Qishan nesta tarde, em razão da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível (Cosban).
Com tantos atritos comerciais envolvendo Brasil e China, ninguém no palácio sabe o que deu em Pimentel para vetar a conversa, mas o fato é que tudo estava encaminhado para que os empresários conseguissem um tempo com Qishan, logo após o primeiro-ministro se reunir com Dilma Rousseff e almoçar no Itamaraty. O encontro virou fumaça.
(Atualização às 15h10: Fernando Pimentel entrou em contato e informou que a agenda de Wang Qishan estava a cargo da embaixada da China e do Itamaraty, sem ter sofrido qualquer interferência do Ministério do Desenvolvimento.)
O China reclama
Causou constrangimento no governo a fala do vice-primeiro-ministro chinês Wang Qishan, hoje, durante solenidade da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível (Cosban), no Itamaraty.
Sem rodeios, Qishan deixou claro a insatisfação em não conseguir encontrar empresários brasileiros na sua passagem por Brasília.
O chinês argumentou que a conversa com empresários teria “mais peso” do que o encontro com ministros de Dilma Rousseff.
http://veja.abril.com.br/blog/radar-on-line/
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aperta e daí afrouxa,
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Re: Relações Sino-Brasileiras
Governo pede para a China limitar suas exportações ao Brasil
Noticiário cotidiano - Geral
Ter, 14 de Fevereiro de 2012 07:52
Pressionado pelas empresas brasileiras e preocupado com o crescimento das importações de produtos da China, o governo brasileiro pediu ao vice-primeiro ministro chinês Wang Qishang, em visita ao país, a criação de mecanismos de "restrição voluntária" de exportações por parte de empresas chinesas de têxteis, confecções, calçados e eletroeletrônicos. A alternativa, argumentam as autoridades brasileiras, seria lançar mão de salvaguardas (barreiras temporárias à importação) a importações nesses setores, uma medida muito mais restritiva ao comércio.
"Nos preocupamos com o aumento maciço e indiscriminado de produtos chineses no mercado brasileiro, o que ocasiona o deslocamento da produção brasileira", discursou, durante almoço com os chineses, no Palácio do Itamaraty, o vice-presidente Michel Temer, que, com Wang Qishan, preside a Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível (Cosban), reunida ontem. "Daí porque falamos em um dimensionamento voluntário das exportações chinesas."
Coube à presidente Dilma Rousseff, que recebeu Wang Qishan no Palácio do Planalto, dar o tom político à visita. "Somos contra qualquer política de contenção em relação à China", disse, em referência explícita às tentativas dos Estados Unidos e União Europeia de conter a expansão geopolítica do país asiático. A missão de Wang Qishan integra os preparativos para visita do primeiro-ministro chinês, Hu Jintao, em junho, para a Rio+20.
Temer, à saída do almoço da Cosban, admitiu informalmente que usou o termo "dimensionamento" como um substituto para "restrição" de exportações chinesas. O mecanismo se assemelharia ao adotado no comércio entre Brasil e Argentina, a pedido dos argentinos, que criaram, por exemplo, limites "voluntários" para as exportações de sapatos brasileiros ao mercado vizinho.
Apesar das pressões de associações empresariais e de especialistas em comércio para que o Brasil aplique salvaguardas específicas contra a China, previstas pela Organização Mundial do Comércio (OMC), as autoridades brasileiras comentam reservadamente que a alternativa em análise é o recurso a salvaguardas gerais, que seriam impostas a produtos escolhidos, independentemente do país de origem da importação. Essa medida evitaria discriminar a China., que considera inaceitável a adoção da salvaguarda contra ela, alternativa imposta durante seu processo de adesão à OMC.
Os chineses, ontem, elegeram como primeiro ponto de discussão da Cosban suas queixas contra a elevação de IPI para automóveis importados, que criticaram duramente. Ouviram argumentos dos brasileiros em defesa da medida como uma saída temporária para o excesso de importações no setor, a ser eliminada no fim do ano. Em março, o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, deve ir à China tratar das questões de comércio bilateral e discutir a proposta de "dimensionamento voluntário" das exportações chinesas
Nos próximos dias, o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, deve aproveitar uma viagem à Europa e incluir uma escala na China, para conversar com autoridades chinesas sobre a ampliação dos frigoríficos autorizados a exportar carne para o mercado chinês. Depois da reunião da Cosban, ele anunciou que os chineses se mostraram dispostos a acelerar a autorização para importar tabaco do Nordeste e para ampliar o número de frigoríficos autorizados a exportar carne à China (mais 15 para a carne suína ainda neste semestre, mais nove para carne bovina e parte dos 47 estabelecimentos de carne de frango, que devem receber até abril missões de fiscalização). Os chineses se queixam de demora no envio de documentos pedidos aos brasileiros.
Os chineses, segundo relato de autoridades brasileiras, aceitaram, ainda, estudar a autorização, caso a caso, para atracamento dos megacargueiros de minério da Vale, de 400 toneladas, proibidos de desembarcar em portos da China "por razões técnicas e de segurança", segundo argumentam as autoridades locais. Armadores chineses acusam a Vale de querer dominar o transporte de minério.
A reunião da Cosban, realizada ontem após quatro anos de sucessivos adiamentos, foi comemorada por brasileiros e chineses como demonstração de força da "parceira estratégica". Temer, que cobrou publicamente dos chineses medidas para aumentar o valor agregado das exportações do Brasil à China, elogiou a disposição dos visitantes e anunciou que anteciparão, de 2014 para o ano que vem a próxima reunião da Cosban.
Weng Qishan, ao discursar durante o almoço, sorridente, improvisou parte do discurso, convidou empresários a visitá-lo na China ("prefiro empresários a ministros", brincou) e garantiu ter interesse em ampliar o comércio de produtos de maior valor. Após a reunião, ao falar à imprensa, defendeu "conter em conjunto o protecionismo", e elogiando o "bom ambiente de cooperação", prometeu "continuar a aumentar a importação de bens de alto valor agregado do Brasil."
Fonte: Valor / Sergio Leo
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Noticiário cotidiano - Geral
Ter, 14 de Fevereiro de 2012 07:52
Pressionado pelas empresas brasileiras e preocupado com o crescimento das importações de produtos da China, o governo brasileiro pediu ao vice-primeiro ministro chinês Wang Qishang, em visita ao país, a criação de mecanismos de "restrição voluntária" de exportações por parte de empresas chinesas de têxteis, confecções, calçados e eletroeletrônicos. A alternativa, argumentam as autoridades brasileiras, seria lançar mão de salvaguardas (barreiras temporárias à importação) a importações nesses setores, uma medida muito mais restritiva ao comércio.
"Nos preocupamos com o aumento maciço e indiscriminado de produtos chineses no mercado brasileiro, o que ocasiona o deslocamento da produção brasileira", discursou, durante almoço com os chineses, no Palácio do Itamaraty, o vice-presidente Michel Temer, que, com Wang Qishan, preside a Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível (Cosban), reunida ontem. "Daí porque falamos em um dimensionamento voluntário das exportações chinesas."
Coube à presidente Dilma Rousseff, que recebeu Wang Qishan no Palácio do Planalto, dar o tom político à visita. "Somos contra qualquer política de contenção em relação à China", disse, em referência explícita às tentativas dos Estados Unidos e União Europeia de conter a expansão geopolítica do país asiático. A missão de Wang Qishan integra os preparativos para visita do primeiro-ministro chinês, Hu Jintao, em junho, para a Rio+20.
Temer, à saída do almoço da Cosban, admitiu informalmente que usou o termo "dimensionamento" como um substituto para "restrição" de exportações chinesas. O mecanismo se assemelharia ao adotado no comércio entre Brasil e Argentina, a pedido dos argentinos, que criaram, por exemplo, limites "voluntários" para as exportações de sapatos brasileiros ao mercado vizinho.
Apesar das pressões de associações empresariais e de especialistas em comércio para que o Brasil aplique salvaguardas específicas contra a China, previstas pela Organização Mundial do Comércio (OMC), as autoridades brasileiras comentam reservadamente que a alternativa em análise é o recurso a salvaguardas gerais, que seriam impostas a produtos escolhidos, independentemente do país de origem da importação. Essa medida evitaria discriminar a China., que considera inaceitável a adoção da salvaguarda contra ela, alternativa imposta durante seu processo de adesão à OMC.
Os chineses, ontem, elegeram como primeiro ponto de discussão da Cosban suas queixas contra a elevação de IPI para automóveis importados, que criticaram duramente. Ouviram argumentos dos brasileiros em defesa da medida como uma saída temporária para o excesso de importações no setor, a ser eliminada no fim do ano. Em março, o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, deve ir à China tratar das questões de comércio bilateral e discutir a proposta de "dimensionamento voluntário" das exportações chinesas
Nos próximos dias, o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, deve aproveitar uma viagem à Europa e incluir uma escala na China, para conversar com autoridades chinesas sobre a ampliação dos frigoríficos autorizados a exportar carne para o mercado chinês. Depois da reunião da Cosban, ele anunciou que os chineses se mostraram dispostos a acelerar a autorização para importar tabaco do Nordeste e para ampliar o número de frigoríficos autorizados a exportar carne à China (mais 15 para a carne suína ainda neste semestre, mais nove para carne bovina e parte dos 47 estabelecimentos de carne de frango, que devem receber até abril missões de fiscalização). Os chineses se queixam de demora no envio de documentos pedidos aos brasileiros.
Os chineses, segundo relato de autoridades brasileiras, aceitaram, ainda, estudar a autorização, caso a caso, para atracamento dos megacargueiros de minério da Vale, de 400 toneladas, proibidos de desembarcar em portos da China "por razões técnicas e de segurança", segundo argumentam as autoridades locais. Armadores chineses acusam a Vale de querer dominar o transporte de minério.
A reunião da Cosban, realizada ontem após quatro anos de sucessivos adiamentos, foi comemorada por brasileiros e chineses como demonstração de força da "parceira estratégica". Temer, que cobrou publicamente dos chineses medidas para aumentar o valor agregado das exportações do Brasil à China, elogiou a disposição dos visitantes e anunciou que anteciparão, de 2014 para o ano que vem a próxima reunião da Cosban.
Weng Qishan, ao discursar durante o almoço, sorridente, improvisou parte do discurso, convidou empresários a visitá-lo na China ("prefiro empresários a ministros", brincou) e garantiu ter interesse em ampliar o comércio de produtos de maior valor. Após a reunião, ao falar à imprensa, defendeu "conter em conjunto o protecionismo", e elogiando o "bom ambiente de cooperação", prometeu "continuar a aumentar a importação de bens de alto valor agregado do Brasil."
Fonte: Valor / Sergio Leo
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Re: Relações Sino-Brasileiras
China investe no Brasil o triplo do que revela
Aplicações visam a diminuir dependência dos produtos brasileiros e são feitas por meio de outros paraísos fiscais
Vivian Oswald e Regina Alvarez
BRASÍLIA. Enquanto o mundo está se armando contra a invasão dos produtos chineses, o dragão prepara sem alarde o contra-ataque. Para garantir a sua independência futura, a China está investindo maciçamente em países com recursos naturais abundantes, como o Brasil. Estudo inédito elaborado pela Apex-Brasil, ao qual O GLOBO teve acesso, traz uma radiografia dos investimentos chineses diretos (no setor produtivo) no mundo, mostrando que no Brasil eles são cinco vezes maiores do que mostram as estatísticas oficiais do país. Entre 2009 e 2011, chegaram a US$ 16,7 bilhões, enquanto o Banco Central registra US$ 3 bilhões no período entre 2005 e 2011.
É que o levantamento também capta investimentos feitos pela China de forma indireta, por meio de Hong Kong e outros paraísos fiscais. Para obter uma radiografia completa dos investimentos chineses no Brasil e no mundo, a Unidade de Inteligência Comercial e Competitiva da Apex consultou todas as fontes de informação reconhecidas internacionalmente. A fonte desses números robustos relativos aos investimentos no Brasil é a Heritage Foundation.
No mundo, recursos já chegam a US$ 300 bi
O estudo, denominado “A internacionalização da economia chinesa – A dimensão do investimento direto”, mostra que o foco dos investimentos chineses está na América Latina e também na África. O projeto é, no futuro, depender o mínimo possível das importações de produtos primários (matérias-primas) de um único país.
O volume de investimentos chineses no mundo impressiona. Os fluxos acumulados no período de 2005 a 2010 excederam US$ 200 bilhões e o estoque atual estaria na casa de US$ 300 bilhões. Esses investimentos estão concentrados nos setores de energia, mineração, metalurgia e siderurgia.
A China – que hoje depende de vários produtos brasileiros, sobretudo de minérios – intensificou seus aportes no Brasil, a partir de 2009, para garantir as suas minas e reduzir a sua dependência econômica.
- A China tem uma estratégia bem clara. Precisa de recursos naturais para manter o crescimento econômico e como não dispõe desses recursos busca o controle dessas riquezas em outros territórios – explica o economista Marcos Lelis, coordenador Unidade de Inteligência Comercial e Competitiva da Apex .
Os investimentos chineses no exterior tiveram um boom a partir de 2005 e não sofreram abalo nem mesmo com a crise financeira global. Pelo contrário, a crise criou a oportunidade de aquisição de ativos depreciados.
Na visão de Marcos Lelis, as estatísticas que consideram também os investimentos chineses feitos de forma indireta servem para mostrar que o país está muito avançado na estratégia de ocupar espaço em países com recursos naturais disponíveis, como o Brasil e os países africanos.
- Isso mostra que os chineses avançaram muito nesse processo e aproveitaram a janela de oportunidade da crise econômica, quando os ativos se desvalorizaram – destaca o economista.
Acesse também: Câmara Brasil-China (CCIBC)
Fonte: O Globo via infinityfoods
http://planobrasil.com/2012/03/07/china ... ue-revela/
Aplicações visam a diminuir dependência dos produtos brasileiros e são feitas por meio de outros paraísos fiscais
Vivian Oswald e Regina Alvarez
BRASÍLIA. Enquanto o mundo está se armando contra a invasão dos produtos chineses, o dragão prepara sem alarde o contra-ataque. Para garantir a sua independência futura, a China está investindo maciçamente em países com recursos naturais abundantes, como o Brasil. Estudo inédito elaborado pela Apex-Brasil, ao qual O GLOBO teve acesso, traz uma radiografia dos investimentos chineses diretos (no setor produtivo) no mundo, mostrando que no Brasil eles são cinco vezes maiores do que mostram as estatísticas oficiais do país. Entre 2009 e 2011, chegaram a US$ 16,7 bilhões, enquanto o Banco Central registra US$ 3 bilhões no período entre 2005 e 2011.
É que o levantamento também capta investimentos feitos pela China de forma indireta, por meio de Hong Kong e outros paraísos fiscais. Para obter uma radiografia completa dos investimentos chineses no Brasil e no mundo, a Unidade de Inteligência Comercial e Competitiva da Apex consultou todas as fontes de informação reconhecidas internacionalmente. A fonte desses números robustos relativos aos investimentos no Brasil é a Heritage Foundation.
No mundo, recursos já chegam a US$ 300 bi
O estudo, denominado “A internacionalização da economia chinesa – A dimensão do investimento direto”, mostra que o foco dos investimentos chineses está na América Latina e também na África. O projeto é, no futuro, depender o mínimo possível das importações de produtos primários (matérias-primas) de um único país.
O volume de investimentos chineses no mundo impressiona. Os fluxos acumulados no período de 2005 a 2010 excederam US$ 200 bilhões e o estoque atual estaria na casa de US$ 300 bilhões. Esses investimentos estão concentrados nos setores de energia, mineração, metalurgia e siderurgia.
A China – que hoje depende de vários produtos brasileiros, sobretudo de minérios – intensificou seus aportes no Brasil, a partir de 2009, para garantir as suas minas e reduzir a sua dependência econômica.
- A China tem uma estratégia bem clara. Precisa de recursos naturais para manter o crescimento econômico e como não dispõe desses recursos busca o controle dessas riquezas em outros territórios – explica o economista Marcos Lelis, coordenador Unidade de Inteligência Comercial e Competitiva da Apex .
Os investimentos chineses no exterior tiveram um boom a partir de 2005 e não sofreram abalo nem mesmo com a crise financeira global. Pelo contrário, a crise criou a oportunidade de aquisição de ativos depreciados.
Na visão de Marcos Lelis, as estatísticas que consideram também os investimentos chineses feitos de forma indireta servem para mostrar que o país está muito avançado na estratégia de ocupar espaço em países com recursos naturais disponíveis, como o Brasil e os países africanos.
- Isso mostra que os chineses avançaram muito nesse processo e aproveitaram a janela de oportunidade da crise econômica, quando os ativos se desvalorizaram – destaca o economista.
Acesse também: Câmara Brasil-China (CCIBC)
Fonte: O Globo via infinityfoods
http://planobrasil.com/2012/03/07/china ... ue-revela/
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Re: Relações Sino-Brasileiras
Restrição chinesa a cargueiros da Vale preocupa governo
Por Monica Ciarelli
Rio - O embaixador do Brasil na China, Clodoaldo Hugueney, admitiu hoje que o governo vê com preocupação a restrição imposta pela gigante asiática a entrada dos supergraneleiros da Vale, com capacidade para até 400 mil de toneladas. Segundo ele, a questão foi discutida com a delegação chinesa, em fevereiro, durante a reunião da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban).
No evento, contou Hugueny, a China ressaltou que a decisão teve como pano de fundo preocupações com a segurança nos portos, que teriam capacidade apenas para receber navios de até 300 mil toneladas. Mas, segundo ele, a delegação chinesa não fechou a porta para a mineradora brasileira e admitiu rever a restrição caso a segurança dos portos possa ser garantida.
O embaixador disse ainda que a Vale também está diretamente discutindo com o governo local formas de resolver esse entrava. "Não vejo que haja um problema maior com essa questão", disse.
Agência Estado - Uma empresa do Grupo Estado - Copyright © 2012 - Todos os direitos reservados.
http://veja.abril.com.br/noticia/econom ... pa-governo
Por Monica Ciarelli
Rio - O embaixador do Brasil na China, Clodoaldo Hugueney, admitiu hoje que o governo vê com preocupação a restrição imposta pela gigante asiática a entrada dos supergraneleiros da Vale, com capacidade para até 400 mil de toneladas. Segundo ele, a questão foi discutida com a delegação chinesa, em fevereiro, durante a reunião da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban).
No evento, contou Hugueny, a China ressaltou que a decisão teve como pano de fundo preocupações com a segurança nos portos, que teriam capacidade apenas para receber navios de até 300 mil toneladas. Mas, segundo ele, a delegação chinesa não fechou a porta para a mineradora brasileira e admitiu rever a restrição caso a segurança dos portos possa ser garantida.
O embaixador disse ainda que a Vale também está diretamente discutindo com o governo local formas de resolver esse entrava. "Não vejo que haja um problema maior com essa questão", disse.
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Re: Relações Sino-Brasileiras
Brasil deve diversificar exportações para a China, diz embaixador brasileiro
O Brasil deve diversificar as exportações para a China, alertou nesta quinta-feira (8) o embaixador do Brasil na China, Clodoaldo Hugueney, durante evento na Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) no Rio de Janeiro.
As exportações brasileiras para a China dependem basicamente de três commodities, que são a soja, o minério de ferro e o petróleo. O embaixador disse que o Brasil precisa passar a vender produtos agrícolas mais processados, como carnes, ou produtos manufaturados, de maior valor agregado.
“Não há nada de errado em exportar commodities”, disse Hugueney, mas ressaltou que “o nosso dever de casa é trabalhar na diversificação da pauta e pensar em exportar mais produtos manufaturados para a China”.
O embaixador lembrou que o Brasil já exporta para a China os aviões da Embraer, um grande produto manufaturado. Segundo ele, a empresa brasileira detém mais de 75% do mercado da aviação regional chinês. Ele também lembrou do anúncio, nesta semana, do contrato entre a companhia BRF Foods com uma grande rede chinesa de carnes e outros produtos “vai aumentar ainda mais a nossa presença no mercado chinês de carnes processadas, de frangos e de bovinos, onde o Brasil já tem uma posição de liderança”.
Segundo o embaixador, o preço das commodities segue elevado e a demanda por produtos básicos, como a soja e o minério de ferro, por exemplo, tende a aumentar. No setor de carnes, as vendas brasileiras para a China estão crescendo. “Eu não vejo uma perspectiva de que haja uma desaceleração brusca, nem na economia nem nas exportações brasileiras”.
Hugueney disse que o governo brasileiro está trabalhando na diversificação da pauta, para dar um salto qualitativo. Ele deixou claro, porém, que esse não é um esforço só do governo.
Mesmo com a pauta de commodities, as exportações brasileiras para a China vêm aumentando ano a ano, gerando superávits significativos, como no ano passado, da ordem de US$ 11 bilhões.
http://www.exportnews.com.br/2012/03/br ... rasileiro/
O Brasil deve diversificar as exportações para a China, alertou nesta quinta-feira (8) o embaixador do Brasil na China, Clodoaldo Hugueney, durante evento na Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) no Rio de Janeiro.
As exportações brasileiras para a China dependem basicamente de três commodities, que são a soja, o minério de ferro e o petróleo. O embaixador disse que o Brasil precisa passar a vender produtos agrícolas mais processados, como carnes, ou produtos manufaturados, de maior valor agregado.
“Não há nada de errado em exportar commodities”, disse Hugueney, mas ressaltou que “o nosso dever de casa é trabalhar na diversificação da pauta e pensar em exportar mais produtos manufaturados para a China”.
O embaixador lembrou que o Brasil já exporta para a China os aviões da Embraer, um grande produto manufaturado. Segundo ele, a empresa brasileira detém mais de 75% do mercado da aviação regional chinês. Ele também lembrou do anúncio, nesta semana, do contrato entre a companhia BRF Foods com uma grande rede chinesa de carnes e outros produtos “vai aumentar ainda mais a nossa presença no mercado chinês de carnes processadas, de frangos e de bovinos, onde o Brasil já tem uma posição de liderança”.
Segundo o embaixador, o preço das commodities segue elevado e a demanda por produtos básicos, como a soja e o minério de ferro, por exemplo, tende a aumentar. No setor de carnes, as vendas brasileiras para a China estão crescendo. “Eu não vejo uma perspectiva de que haja uma desaceleração brusca, nem na economia nem nas exportações brasileiras”.
Hugueney disse que o governo brasileiro está trabalhando na diversificação da pauta, para dar um salto qualitativo. Ele deixou claro, porém, que esse não é um esforço só do governo.
Mesmo com a pauta de commodities, as exportações brasileiras para a China vêm aumentando ano a ano, gerando superávits significativos, como no ano passado, da ordem de US$ 11 bilhões.
http://www.exportnews.com.br/2012/03/br ... rasileiro/
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Re: Relações Sino-Brasileiras
Vamos diversificar !
Além de ferro e soja, enviaremos laranjas e bauxita.
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REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
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Re: Relações Sino-Brasileiras
8/3/2012 - 19:22 - ( Nacional )
China quer importar 300 mil jegues do RN e demais Estados do NE
Até um sistema de linha de crédito, o Projegue, já criaram - mas não deslanchou; no pais asiático, asno é utilizado na indústria de alimentação e cosmético.
Por Dinarte Assunção, com informações do Jornal do Commercio
Em meio a tantos produtos brasileiros exportados para a China, surgiu, recentemente, um novo objeto do desejo que não faz parte das nossas riquezas naturais, nem da cultura agrícola.
Trata-se do popular jegue nordestino. Há cerca de um mês, um acordo o Brasil e o país asiático liberou o intercâmbio de asnos, que são utilizados na China na induústria de alimentos - isso mesmo, eles comem carne de burro - e na de cosmético.
Os chineses pretendem importar 300 mil jumentos por ano do Nordeste, onde o animal é encontrado em abundância. Além de movimentar a economia local, a iniciativa ainda vai resolver o problema de excesso de oferta de jegues na região. Com as facilidades de financiamento, houve um crescimento muito grande do uso de motos para o transporte local e os jegues estão perdendo espaço para a concorrência.
Em junho de 2011, um grupo de empresários chineses percorreu o Nordeste, desde a Bahia até o Rio Grande do Norte, conversando com fazendeiros e políticos. Aos políticos locais, o grupo propôs um programa de garantia de compra dos burros a preços de mercado, envolvendo até linhas de crédito, por meio de um sistema batizado de Projegue. Mas o projeto ainda não deslanchou.
A China abate 1,5 milhão de burros ao ano, produzidos no país, na Índia e na Zâmbia. O processo envolve tecnologia de ponta, com melhoria genética, cuidados na produção de alimentos específicos e assistência técnica.
Segundo o secretário-adjunto de Agricultura do rio grande do norte, José Simplício Holanda, a exportação dos jumentos resolveria um problema local, principalmente na região do Alto Oeste, onde a expansão econômica recente fez os moradores trocarem o uso histórico do jegue como meio de transporte para adotar as motocicletas.
“Naquela região os prefeitos lotam caminhões para levar os jumentos da sua cidade para os vizinhos. Já teve jumento que fez o mesmo percurso três vezes. O asno hoje só serve para causar acidentes na estrada”, diz Holanda.
http://www.ariquemesonline.com.br/texto ... digo=26575
China quer importar 300 mil jegues do RN e demais Estados do NE
Até um sistema de linha de crédito, o Projegue, já criaram - mas não deslanchou; no pais asiático, asno é utilizado na indústria de alimentação e cosmético.
Por Dinarte Assunção, com informações do Jornal do Commercio
Em meio a tantos produtos brasileiros exportados para a China, surgiu, recentemente, um novo objeto do desejo que não faz parte das nossas riquezas naturais, nem da cultura agrícola.
Trata-se do popular jegue nordestino. Há cerca de um mês, um acordo o Brasil e o país asiático liberou o intercâmbio de asnos, que são utilizados na China na induústria de alimentos - isso mesmo, eles comem carne de burro - e na de cosmético.
Os chineses pretendem importar 300 mil jumentos por ano do Nordeste, onde o animal é encontrado em abundância. Além de movimentar a economia local, a iniciativa ainda vai resolver o problema de excesso de oferta de jegues na região. Com as facilidades de financiamento, houve um crescimento muito grande do uso de motos para o transporte local e os jegues estão perdendo espaço para a concorrência.
Em junho de 2011, um grupo de empresários chineses percorreu o Nordeste, desde a Bahia até o Rio Grande do Norte, conversando com fazendeiros e políticos. Aos políticos locais, o grupo propôs um programa de garantia de compra dos burros a preços de mercado, envolvendo até linhas de crédito, por meio de um sistema batizado de Projegue. Mas o projeto ainda não deslanchou.
A China abate 1,5 milhão de burros ao ano, produzidos no país, na Índia e na Zâmbia. O processo envolve tecnologia de ponta, com melhoria genética, cuidados na produção de alimentos específicos e assistência técnica.
Segundo o secretário-adjunto de Agricultura do rio grande do norte, José Simplício Holanda, a exportação dos jumentos resolveria um problema local, principalmente na região do Alto Oeste, onde a expansão econômica recente fez os moradores trocarem o uso histórico do jegue como meio de transporte para adotar as motocicletas.
“Naquela região os prefeitos lotam caminhões para levar os jumentos da sua cidade para os vizinhos. Já teve jumento que fez o mesmo percurso três vezes. O asno hoje só serve para causar acidentes na estrada”, diz Holanda.
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Re: Relações Sino-Brasileiras
Hehehe, vamos exportar nossos burros... principalmente os que vivem esquentando as cadeiras no Congresso, nas Assembleias e câmaras!akivrx78 escreveu:8/3/2012 - 19:22 - ( Nacional )
China quer importar 300 mil jegues do RN e demais Estados do NE
Até um sistema de linha de crédito, o Projegue, já criaram - mas não deslanchou; no pais asiático, asno é utilizado na indústria de alimentação e cosmético.
Por Dinarte Assunção, com informações do Jornal do Commercio
Em meio a tantos produtos brasileiros exportados para a China, surgiu, recentemente, um novo objeto do desejo que não faz parte das nossas riquezas naturais, nem da cultura agrícola.
Trata-se do popular jegue nordestino. Há cerca de um mês, um acordo o Brasil e o país asiático liberou o intercâmbio de asnos, que são utilizados na China na induústria de alimentos - isso mesmo, eles comem carne de burro - e na de cosmético.
Os chineses pretendem importar 300 mil jumentos por ano do Nordeste, onde o animal é encontrado em abundância. Além de movimentar a economia local, a iniciativa ainda vai resolver o problema de excesso de oferta de jegues na região. Com as facilidades de financiamento, houve um crescimento muito grande do uso de motos para o transporte local e os jegues estão perdendo espaço para a concorrência.
Em junho de 2011, um grupo de empresários chineses percorreu o Nordeste, desde a Bahia até o Rio Grande do Norte, conversando com fazendeiros e políticos. Aos políticos locais, o grupo propôs um programa de garantia de compra dos burros a preços de mercado, envolvendo até linhas de crédito, por meio de um sistema batizado de Projegue. Mas o projeto ainda não deslanchou.
A China abate 1,5 milhão de burros ao ano, produzidos no país, na Índia e na Zâmbia. O processo envolve tecnologia de ponta, com melhoria genética, cuidados na produção de alimentos específicos e assistência técnica.
Segundo o secretário-adjunto de Agricultura do rio grande do norte, José Simplício Holanda, a exportação dos jumentos resolveria um problema local, principalmente na região do Alto Oeste, onde a expansão econômica recente fez os moradores trocarem o uso histórico do jegue como meio de transporte para adotar as motocicletas.
“Naquela região os prefeitos lotam caminhões para levar os jumentos da sua cidade para os vizinhos. Já teve jumento que fez o mesmo percurso três vezes. O asno hoje só serve para causar acidentes na estrada”, diz Holanda.
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Re: Relações Sino-Brasileiras
Realmente os jegues se transformaram numa verdadeira praga aqui no RN. Muitos foram abandonados pelos seus donos e estão procriando rapidamente. É muito comum se ver, nas periferias, jumentos com filhotes abandonados! O pior é que geralmente eles gostam de ficar nas margens das estradas, onde o capim cresce em abundância, o que termina resultando e muitas mortes e ferimentos graves provocados por acidentes de carros que batem nesses animais.
Mas não deixa de ser uma pena esses animais que ajudaram tanto no desenvolvimento do nordeste, principalmente do sertão, onde outros animais não resistiriam as adversidades do local, servindo para o transporte de pessoas e de carga e até como alimento (carne e leite).
Nunca tive a oportunidade de provar mas dizem que a charque feita de carne de jegue é uma iguaria! Parece que os espanhóis consomem bastante esse tipo de carne!
Mas não deixa de ser uma pena esses animais que ajudaram tanto no desenvolvimento do nordeste, principalmente do sertão, onde outros animais não resistiriam as adversidades do local, servindo para o transporte de pessoas e de carga e até como alimento (carne e leite).
Nunca tive a oportunidade de provar mas dizem que a charque feita de carne de jegue é uma iguaria! Parece que os espanhóis consomem bastante esse tipo de carne!
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