PRATELEIRA para a FAB

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

Moderadores: Glauber Prestes, Conselho de Moderação

Qual caça você escolhe na prateleira para a FAB ?

F-16 (dos homens bons)
29
13%
F-18 (dos homens bons)
14
6%
Mais F-5 de algum deserto aí (modernização rules)
12
5%
Eurofighter Typhoon
12
5%
Rafale
19
8%
JAS 39 Gripen
39
17%
J-10 (atenção: é COMMUNNA BERMEIO)
11
5%
Alguma daquelas porcarias russas que são feitas em fábricas têxteis e que não voam (Su-30, Su-35)
58
25%
Eu acredito que o FX-2 sai antes de 2016
35
15%
 
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Re: PRATELEIRA para a FAB

#451 Mensagem por GDA_Fear » Sex Fev 10, 2012 12:44 pm

Andre Correa escreveu:
GDA_Fear escreveu:Acho que essa realidade orçamentaria pode ser beem melhor basta ter vontade.


Acredito que se o Brasil quiser pode manter no mínimo 150 SHs ou Rafales. caso contrário,

vamos de F-16 C/D Block 50/52 com um Mix de F-16E/F Block 60
Se for por realidade orçamentária, poderiamos operar 300 caças, mas e a vontade pra isso?

é triste...

[009]

exatamente !


triste ver F-5 no céu :(


[009]




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LeandroGCard
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Re: PRATELEIRA para a FAB

#452 Mensagem por LeandroGCard » Sex Fev 10, 2012 12:58 pm

Andre Correa escreveu:Mas nem todos tem estilo não é CM 8-] :lol:

Eu acho que, dificilmente, veremos mais do que 60 Rafales ou Super Hornets na FAB... e olha que estou a chutar um nº alto.
Um mix com um T-50 ou HAL Tejas seria óptimo para a FAB, pois permitiria voar e treinar os pilotos decentemente, sem grandes custos, e o país estaria muito bem protegido com os caças Rafale sendo a ponta de lança, até a chegada de caças 5G ou UCAV 6G (futurologia).

Agora, qualquer coisa acima dos 60 Rafales ou Super Hornets, seria um lucro tremendo. Mas operar um vector mais em conta, mas tão bem capaz, seria a situação perfeita para um país tão grande como o Brasil, mas que não consegue investir muito nas suas FFAA, pois já ficaram muito para trás no tempo, pois o GF tem que dar atenção a MB/CFN e ao EB também, que também estão muito defasados devido aos largos anos de quase abandono...

A minha FAB ideal seria:

60 Rafale/Super Hornet
120 T-50/HAL Tejas
40 A-1M
120 A-29B Super Tucano

Assim teriamos 180 aeronaves de caça, e no total, 340 aeronaves de caça e ataque, dentro da realidade orçamentária do Brasil.

[009]
Não nos esqueçamos que o objetivo do FX-1/2 SEMPRE foi o de substituir os caças do GDA, que eram DOZE M-III (agora M-2000). Se pensarmos assim, mesmo 24 Rafales (o que acho mais provável ser adquirido) já seria um aumento de 100% na capacidade da FAB, e ainda permitiria formar mais um GDA para a defesa da fronteira norte, uma verdadeira revolução em termos de Brasil !!! [009] ( :wink: :cry: )

O resto é A1-M e F-5M pelos próximos 20 anos, sendo paulatinamente substituídos por alguma outra sucata comprada baratinha e enviada para retrofit na "oficina de tunagem" da Embraer. Eu aposto em F-16 neste papel, não apenas por ser adequado para isso como para minimizar o desagrado dos EUA (e certamente de alguns brigadeiros) por não comprarmos um produto Made-in-USA no F-X.


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Re: PRATELEIRA para a FAB

#453 Mensagem por henriquejr » Sex Fev 10, 2012 1:10 pm

Se for pensar num projeto de caça leve (low) para ser construído no Brasil acho que a melhor opção seria adquirir o projeto do EADS MAKO que, até onde eu sei, não foi adiante por que os países europeus não conseguiram chegar num consenso para sua produção, a maioria preferiu modernizar seus Alfa Jets e a Itália entrou no projeto do MIG AT (M-346).
Acho que se houvesse interesse por parte da FAB a EADS faria um acordo para desenvolvimento do projeto em conjunto ou até poderia vender o projeto ao Brasil.
O Mako é considerado um caça leve, supersônico e com características furtivas, podendo também ser utilizado como LIFT avançado. É quase um caça de 5ª geração!!

Abaixo algumas fotos:

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.
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Re: PRATELEIRA para a FAB

#454 Mensagem por Túlio » Sex Fev 10, 2012 1:34 pm

Eu acreditava precisamente NESTE conceito HI-LO (ou seja, um caça da Short-List como HI e outro menor como LO) até um debate com o Orestes aqui, onde, à luz da END, me provou, no seu característico modo professoral, que o atual FX-2 é que é o LO! Leiam o documento: o HI é/será um 5G!!!

Assim, ao menos pela END, o FX-2 (4G) seria a segunda linha da FAB, atrás do FX-3 (5G). Botar mais uma nessa equação seria criar uma indesejável TERCEIRA linha; este conceito HI-LO descrito pelos colegas é algo que os Sul-Africanos já têm (Gripen + Bae Hawk) e é provável que fique nisso, dada sua desnecessidade de um 5G, o que é BEM diferente do nosso caso... 8-]




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Re: PRATELEIRA para a FAB

#455 Mensagem por Bourne » Sex Fev 10, 2012 1:42 pm

LeandroGCard escreveu:Não nos esqueçamos que o objetivo do FX-1/2 SEMPRE foi o de substituir os caças do GDA, que eram DOZE M-III (agora M-2000). Se pensarmos assim, mesmo 24 Rafales (o que acho mais provável ser adquirido) já seria um aumento de 100% na capacidade da FAB, e ainda permitiria formar mais um GDA para a defesa da fronteira norte, uma verdadeira revolução em termos de Brasil !!! [009] ( :wink: :cry: )

O resto é A1-M e F-5M pelos próximos 20 anos, sendo paulatinamente substituídos por alguma outra sucata comprada baratinha e enviada para retrofit na "oficina de tunagem" da Embraer. Eu aposto em F-16 neste papel, não apenas por ser adequado para isso como para minimizar o desagrado dos EUA (e certamente de alguns brigadeiros) por não comprarmos um produto Made-in-USA no F-X.


Leandro G. Card
Em uma discussão de mestrado em 2010 o FX veio a tona. Argumentei algo parecido contra os que defendiam a transferência de tecnologia irrestrita como a pílula mágica e que em poucos anos o país fabricariam um caça novo nacional e tales. Depois citei a quantidade e densidade da indústria de defesa dos EUA, Europa e Rússia para chegar em casos semelhantes da Coreia, China e Índia. Achar que comprar 36 caças muda o mundo, dá a tecnologia para construir um caça novo como todos os componentes nacionais em pouco tempo é ingenuidade. Se fosse assim Índia, Coreia e China não estariam a 30 anos sofrendo para fazer um investindo caminhões de dinheiro em pesquisa e desenvolvimento, mais aquisições de equipamentos e alianças com países mais avançados. Agora que começam a ter resultados palpáveis. Só juntar componentes estrangeiro como nos projetos da EMBRAER é bem mais fácil do que desenvolver os componentes, sistemas e armamentos sensíveis e não-comercializáveis que vem nos caças. O que exige uma política estratégia de suporte e investimentos de algumas décadas. Fiz o paralelo de querer correr uma maratona sem ter treinado. Não pode dar certo.




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Re: PRATELEIRA para a FAB

#456 Mensagem por sapao » Sex Fev 10, 2012 1:47 pm

Luís Henrique escreveu: O FDB começou em 2003 e eu faço parte desde 2004.
Também estou "esperando" faz tempo. :( :(
Mas como já disse várias vezes, os planos da MB são MUITO mais ambiciosos que os planos da FAB.
Se a MB conseguir realizar METADE do que almeja, a FAB não terá problemas para adquirir e operar 120 FX2. :twisted:

Eu tenho fé. :lol: :mrgreen:
Eu discordo.
Como podemos ver aqui:
http://www.fab.mil.br/portal/docs/pemaer.pdf
e aqui:
http://www.defesabr.com/MD/md_legislativo_CRE_MB.htm

os planos de ambas as forças são bastante ambiciosos, ou melhor, eu diria que são IMPRESCINDIVEIS para que ambas possam cumprir A CONTENTO a sua missão, baseado nos cenarios futuros.

E acho que dificilmente ambos serão atingidos, a menos que se mude muito a mentalidade nacional após a Copa e as Olimpiadas (porque até lá, essas serão as prioridades).




[justificar]“ Se não eu, quem?
Se não agora, quando?”[/justificar]
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Re: PRATELEIRA para a FAB

#457 Mensagem por marcelo l. » Sex Fev 10, 2012 5:51 pm

Túlio escreveu:Eu acreditava precisamente NESTE conceito HI-LO (ou seja, um caça da Short-List como HI e outro menor como LO) até um debate com o Orestes aqui, onde, à luz da END, me provou, no seu característico modo professoral, que o atual FX-2 é que é o LO! Leiam o documento: o HI é/será um 5G!!!

Assim, ao menos pela END, o FX-2 (4G) seria a segunda linha da FAB, atrás do FX-3 (5G). Botar mais uma nessa equação seria criar uma indesejável TERCEIRA linha; este conceito HI-LO descrito pelos colegas é algo que os Sul-Africanos já têm (Gripen + Bae Hawk) e é provável que fique nisso, dada sua desnecessidade de um 5G, o que é BEM diferente do nosso caso... 8-]
Vejo que pelo viés do orçamento e pelas necessidades de todas as forças inclusive a FAB até de repor a defasagem dos salários, o ideal seria essa de LO que seja bem mais barato que o Rafale.

Agora a END fala de uma situação que o PPA que é o principal documento de planejamento não demonstra esse otimismo de Rafale ser a versão LO, só se for em 2035.




"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
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Re: PRATELEIRA para a FAB

#458 Mensagem por Túlio » Sex Fev 10, 2012 6:12 pm

Bueno, na edição a que tive acesso, o termo "quinta geração" era explícito. 8-]




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Re: PRATELEIRA para a FAB

#459 Mensagem por faterra » Sex Fev 10, 2012 6:24 pm

Os planos das 3 forças falam em um período de até 30 a 35 anos para cumprirem todas as suas metas. Em um primeiro momento, dado o sucateamento de todos os equipamentos, temos os primeiros lotes de 36 caças, 4 submarinos e 1 subnuc, 5/t fragatas, mais os blindados (não sei quanto será o primeiro lote) até por volta de 2020/2021. A partir daí se dará a complementação. A END já deve ser hoje um planejamento de Estado. Sem isto, o primeiro candidato "pacifista" que ganhar a eleição cuspirá sobre todo o planejamento. No momento, está faltando ativar o FX-2 e as fragatas. O tempo ruge nos calcanhares de nossos militares e autoridades, mas, ainda não está de todo perdido. E até agora não tem nada que contradiz as diretrizes da END. No que diz respeito aos caças, também sempre pensei neste mix Hi-Lo como sendo o FX-2 + 5ª geração até o teto de 120 caças.




Editado pela última vez por faterra em Sex Fev 10, 2012 6:30 pm, em um total de 1 vez.
Imagem

Um abraço!
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Re: PRATELEIRA para a FAB

#460 Mensagem por Penguin » Sex Fev 10, 2012 8:31 pm

Túlio escreveu:Eu acreditava precisamente NESTE conceito HI-LO (ou seja, um caça da Short-List como HI e outro menor como LO) até um debate com o Orestes aqui, onde, à luz da END, me provou, no seu característico modo professoral, que o atual FX-2 é que é o LO! Leiam o documento: o HI é/será um 5G!!!

Assim, ao menos pela END, o FX-2 (4G) seria a segunda linha da FAB, atrás do FX-3 (5G). Botar mais uma nessa equação seria criar uma indesejável TERCEIRA linha; este conceito HI-LO descrito pelos colegas é algo que os Sul-Africanos já têm (Gripen + Bae Hawk) e é provável que fique nisso, dada sua desnecessidade de um 5G, o que é BEM diferente do nosso caso... 8-]
Na END não há menção a caças de "quarta geração". O intervalo entre 2015 e 2025 será preenchido pelo que ela designa como caça “de quinta geração”. E nesse período, a FAB só poderá ser atendida pelo selecionado no F-X2.

Conclusão: para os formuladores do END, os caças do F-X2 são designados como de "quinta geração".


Observações em azul:
4.Dentre todas as preocupações a enfrentar no desenvolvimento da Força Aérea, a que inspira
cuidados mais vivos e prementes é a maneira de substituir os atuais aviões de combate no intervalo entre
2015 e 2025
, uma vez esgotada a possibilidade de prolongar-lhes a vida por modernização de seus
sistemas de armas, de sua aviônica e de partes de sua estrutura e fuselagem.

O Brasil confronta, nesse particular, dilema corriqueiro em toda a parte: manter a prioridade das
capacitações futuras sobre os gastos atuais, sem tolerar desproteção aérea. Precisa investir nas
capacidades que lhe assegurem potencial de fabricação independente de seus meios aéreos de defesa.

Não pode, porém, aceitar ficar desfalcado de um escudo aéreo enquanto reúne as condições para ganhar
tal independência. A solução a dar a esse problema é tão importante, e exerce efeitos tão variados sobre a
situação estratégica do País na América do Sul e no mundo, que transcende uma mera discussão de
equipamento e merece ser entendida como parte integrante da Estratégia Nacional de Defesa.

O princípio genérico da solução é a rejeição das soluções extremas - simplesmente (1) comprar no
mercado internacional um caça “de quinta geração”
ou sacrificar a compra para (2) investir na modernização
dos aviões existentes, nos projetos de aviões não-tripulados, no desenvolvimento, junto com outro país, do
protótipo de um caça tripulado do futuro e na formação maciça de quadros científicos e técnicos
. Convém
solução híbrida, que providencie o avião de combate dentro do intervalo temporal necessário mas que o
faça de maneira a criar condições para a fabricação nacional de caças tripulados avançados.


<Ou seja, a solução hibrida envolve um mix das soluções (1) e (2).>

Tal solução híbrida poderá obedecer a um de dois figurinos. Embora esses dois figurinos possam
coexistir em tese, na prática um terá de prevalecer sobre o outro. Ambos ultrapassam de muito os limites
convencionais de compra com transferência de tecnologia ou “off-set” e envolvem iniciativa substancial de
concepção e de fabricação no Brasil. Atingem o mesmo resultado por caminhos diferentes.

De acordo com o primeiro figurino, estabelecer-se-ia parceria com outro país ou países para (3) projetar
e fabricar no Brasil, dentro do intervalo temporal relevante, um sucedâneo a um caça de quinta geração à
venda no mercado internacional. Projeta-se e constrói-se o sucedâneo de maneira a superar limitações
técnicas e operacionais significativas da versão atual daquele avião (por exemplo, seu raio de ação, suas
limitações em matéria de empuxo vetorado, sua falta de baixa assinatura radar). A solução em foco daria
resposta simultânea aos problemas das limitações técnicas e da independência tecnológica.


<sucedâneo segundo o dicionário a lingua portuguesa significa substituto e não sucessor. Para os formuladores da END "quinta geração" é na realidade os caças de "quarta geração participantes do F-X2. Logo a opção (3) seria um caça do qual o Brasil participaria do projeto. No F-X2 o único que se encaixaria nesse figurino seria o projeto Gripen NG. Essa solução superaria as limitações técnicas e operacionais da versão atual daquele avião (Gripen C) a venda no mercado internacional. Na minha opinião esse trecho da END explica a razão do Gripen NG estar no short list>

De acordo com o (4) segundo figurino, seria comprado um caça de quinta geração, em negociação que
contemplasse a transferência integral de tecnologia, inclusive as tecnologias de projeto e de fabricação do
avião e os “códigos-fonte”.
A compra seria feita na escala mínima necessária para facultar a transferência
integral dessas tecnologias. Uma empresa brasileira começa a produzir, sob orientação do Estado
brasileiro, um sucedâneo <(=substituto)> àquele avião comprado, autorizado por negociação antecedente com o país e a
empresa vendedores. A solução em foco dar-se-ia por seqüenciamento e não por simultaneidade.

<Esse segundo figurino (4) se encaixaria nas propostas da Dassault e a Boeing. Se compraria uma quantidade minima para garantir as ToTs necessarias para que depois a Embraer (única empresa capacitada para tal) fabrique um "substituto" (sucedâneo) do mesmo, que poderia ser uma versão BR>.

A escolha entre os dois figurinos é questão de circunstância e de negociação. Consideração que
poderá ser decisiva é a necessidade de preferir a opção que minimize a dependência tecnológica ou política
em relação a qualquer fornecedor que, por deter componentes do avião a comprar ou a modernizar, possa
pretender, por conta dessa participação, inibir ou influir sobre iniciativas de defesa desencadeadas pelo
Brasil.
OBS.: Texto confuso esse!

http://www.fab.mil.br/portal/defesa/est ... tugues.pdf




Editado pela última vez por Penguin em Sex Fev 10, 2012 9:04 pm, em um total de 3 vezes.
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Re: PRATELEIRA para a FAB

#461 Mensagem por Luís Henrique » Sex Fev 10, 2012 8:53 pm

sapao escreveu:
Luís Henrique escreveu: O FDB começou em 2003 e eu faço parte desde 2004.
Também estou "esperando" faz tempo. :( :(
Mas como já disse várias vezes, os planos da MB são MUITO mais ambiciosos que os planos da FAB.
Se a MB conseguir realizar METADE do que almeja, a FAB não terá problemas para adquirir e operar 120 FX2. :twisted:

Eu tenho fé. :lol: :mrgreen:
Eu discordo.
Como podemos ver aqui:
http://www.fab.mil.br/portal/docs/pemaer.pdf
e aqui:
http://www.defesabr.com/MD/md_legislativo_CRE_MB.htm

os planos de ambas as forças são bastante ambiciosos, ou melhor, eu diria que são IMPRESCINDIVEIS para que ambas possam cumprir A CONTENTO a sua missão, baseado nos cenarios futuros.

E acho que dificilmente ambos serão atingidos, a menos que se mude muito a mentalidade nacional após a Copa e as Olimpiadas (porque até lá, essas serão as prioridades).
Poderia resumir a capacidade de combate que a FAB almeja com seu plano?

Eu entendo que são 120 caças. Mas realmente não sei.
Saberia dizer se é isto mesmo?




Su-35BM - 4ª++ Geração.
Simplesmente um GRANDE caça.
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Re: PRATELEIRA para a FAB

#462 Mensagem por Túlio » Sex Fev 10, 2012 8:59 pm

Santiago, devo não ter sido claro, só para variar: a END falava em 5G num momento em que não havia nenhum à venda - nem em horizonte próximo - então fica claro que o Projeto FX (anterior à END) preconiza um 4G, que é o que havia e há.

E todo esse apego a ToTs, é para fazer um MAKO, um LO? Não me parece, nem vi menção a nada assim na END. Então as ditas ToTs seriam para o SUCEDÂNEO que, mais moderno e capaz, seria o HI. Como não se iria jogar no lixo caças ainda modernos e sofisticados e com milhares horas de voo pela frente, se tornariam, após uma MLU, os LO. Foi só isso que eu quis dizer... :wink: 8-]




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Re: PRATELEIRA para a FAB

#463 Mensagem por sapao » Sex Fev 10, 2012 9:40 pm

Luís Henrique escreveu:
Poderia resumir a capacidade de combate que a FAB almeja com seu plano?

Eu entendo que são 120 caças. Mas realmente não sei.
Saberia dizer se é isto mesmo?
A curto prazo, basta olhar a visão sintetica na pagina 47 do PEMAER:
4.1 Visão Sintética 2011
A proposta deste item é tentar apresentar uma visão sintética (fotografia)
do COMAER em 2011, considerando o transcorrer do primeiro quadriênio de
execução do PEMAER.
Esta análise é orientada por premissa muito simples: “profecias devem ser
deixadas aos profetas”. Por conseguinte, o presente texto, redigido sob os
signos da cautela e da incerteza, não objetiva “adivinhar” o porvir. Busca apenas
alinhavar algumas considerações que consigam, quiçá, dar uma visibilidade,
ao longo do tempo, da evolução do perfil operacional da Força, conforme
a cadência de implantação dos produtos (bens e serviços), decorrentes dos
projetos estratégicos estabelecidos para o período.
A modernização/revitalização das aeronaves nos campos da aeroeletrônica
embarcada, da aviônica, do armamento e da motorização, colocará os meios
aéreos da Força num estado da arte tal que irá acelerar o crescimento da
Aeronáutica, em todos os setores, sejam técnico-operacionais, sejam técnicoadministrativos.
Com efeito, estas medidas trazem no seu bojo um maior envolvimento
da Engenharia e da indústria nacional de defesa, que estarão participando
do processo, ganhando foros de competência técnica/gerencial na visão da
indústria aeronáutica/aeroespacial local e mundial.
Com um olhar mais detalhado, a modernização dos F-5 e A-1 proverá
estas aeronaves com tecnologias que equipam as mais modernas forças
aéreas do mundo, ampliando a sua capacidade de combate, ofensiva e
defensivamente, em ambientes severamente hostis. Acompanhando este
avanço, a modernização dos C-95 e dos KC-130 permitirá prolongar a vida
desses vetores que ainda ocupam posição de destaque, principalmente no cenário amazônico.
A implantação de tecnologias como o “Helmet Mounted Display”;
armamentos inteligentes e “BVR”, integrados com o “POD” designador laser,
com possibilidade de acoplamento via “DATA LINK”; “POD” de interferência
eletrônica (CME); radares multimodo de última geração; e mísseis de 5ª geração,
dentre outros refinamentos tecnológicos, capacitará a Força Aérea a operar
em ambientes de ameaças severas e hostis, aumentando a possibilidade de
sobrevivência de suas equipagens, além de equilibrar o balanço de forças no
cenário sul-americano.
A capacidade bélica da Força estará abandonando os armamentos
convencionais, não inteligentes, para sistemas de armas precisos, com
destruição seletiva de alvos e redução de risco para as equipagens, como os
mísseis anti-radiação e as bombas de penetração.
Estas inovações capacitam as aeronaves a realizar ataques de precisão
contra alvos de superfície, terrestres e navais, com o mínimo de perdas e de
danos colaterais.
Nesse contexto, estão inseridas as aeronaves A-29A/B, cujo conceito
de aviônica digital aplicado aos F-5M e A-1M facilitará, sobremaneira, a
contratação de um apoio logístico integrado e, principalmente, a doutrina
de operação das aeronaves, uma vez que as equipagens de combate estarão
sendo treinadas com a mesma lógica e simbologia dos equipamentos de
bordo.
Não somente a tarefa de Superioridade Aérea será contemplada, como,
também, as tarefas de Interdição e Sustentação ao Combate, que contarão
com aeronaves P-3 modernizadas, uma frota de KC-130 com seus aviônicos
padronizados, com o recebimento das demais aeronaves C-105 do programa
CL-X, com algumas aeronaves C-95 já modernizadas e com mais aeronaves
C-97, C-98 e C-99A incorporadas.
Estes meios aéreos potencializam a capacidade da Força nas missões de
Patrulha Marítima e Anti-Submarino no Teatro de Operações Marítimo; e nas
missões de Assalto Aeroterrestre, Exfiltração e Infiltração Aérea, Ressuprimento
Aéreo, Transporte Aéreo Logístico e Evacuação Aeromédica, elevando o
atendimento às necessidades logísticas e de ligação de Forças Militares nas
ações de combate.
A aviação de asas rotativas estará mais bem equipada para o cumprimento
de missões associadas às tarefas de Superioridade Aérea e Interdição, assim
como de missões de C-SAR/Busca e Resgate, da tarefa de Sustentação ao
Combate, com a incorporação à frota de aeronaves dos programas AH-X e
com a aquisição de H-60L, proporcionando aos pilotos o acesso à operação
com óculos de visão noturna, aos sensores “FLIR”, IFF, lançamento de mísseis, aos canhões de torreta direcionável e a um nível elevado de consciência
operacional.
Em adição, a aquisição e a implantação de esquadrões de veículos
aéreos não-tripulados - VANT traz em seu bojo o acesso do País à vanguarda
tecnológica, possibilitando à indústria nacional o desenvolvimento destes
artefatos.
A Força Aérea ganhará em eficiência nas ações de reconhecimento,
de vigilância e de inteligência, com o aumento da preservação das suas
aeronaves de combate, um ponto muito importante para as Forças Aéreas na
atualidade. No campo científico e tecnológico, a absorção de tecnologia de
sistemas eletrônicos e de navegação digital colocará os nossos institutos de
pesquisa em posição de destaque no cenário de produtos de tecnologia de
vanguarda.
Também inserido nesse contexto operacional está o conceito de enlaces de
dados em pequenas plataformas - “DATA LINK” - com o desenvolvimento do
“Link BR-2” para integração nas aeronaves da FAB, por meio de um protocolo
padronizado, dentro de uma ou mais redes de dados simultâneas.
Por intermédio deste sistema será possível transmitir todas as informações
de voo das aeronaves integradas à rede em determinado momento, com
o acompanhamento, em tempo real, da evolução da situação tática por
estações de comando e controle em terra, dentro do mais alto grau de
segurança, seja por meio de chaves criptográficas, seja por meio de técnicas
de salto de frequências.
Busca-se com estas medidas a inserção em um sistema de enlace de dados
do Ministério da Defesa, em que seja possível a interoperabilidade entre as
três Forças Armadas, além de outros operadores de interesse do Governo
brasileiro.
Destaca-se, ainda, no preparo e emprego, a elaboração de cenários visuais
customizados para o A-29 e F-5, e a ampliação e modernização do escopo das
ferramentas de planejamento de comando e controle de operações aéreas e
de missões aéreas.
A implementação dos projetos estratégicos de desenvolvimento da
espoleta laser, de materiais altamente resistentes a impacto balístico, de
materiais absorvedores de radiação eletromagnética, de plataforma orbital
recuperável, de tecnologias em optoeletrônica e óptica integrada, dentre
outros, tem como objetivo principal fortalecer a capacidade de emprego da
Força, independente do apoio de parceiros internacionais, além de promover
a capacitação do País para desenvolver e utilizar os recursos e técnicas
aeroespaciais na solução de problemas nacionais e em benefício da sociedade
brasileira, bem como estabelecer no País competência técnico-científica na
área da indústria de defesa.

fonte:http://www.fab.mil.br/portal/docs/pemaer.pdf




[justificar]“ Se não eu, quem?
Se não agora, quando?”[/justificar]
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Re: PRATELEIRA para a FAB

#464 Mensagem por Penguin » Sex Fev 10, 2012 9:53 pm

Túlio escreveu:Santiago, devo não ter sido claro, só para variar: a END falava em 5G num momento em que não havia nenhum à venda - nem em horizonte próximo - então fica claro que o Projeto FX (anterior à END) preconiza um 4G, que é o que havia e há.

E todo esse apego a ToTs, é para fazer um MAKO, um LO? Não me parece, nem vi menção a nada assim na END. Então as ditas ToTs seriam para o SUCEDÂNEO que, mais moderno e capaz, seria o HI. Como não se iria jogar no lixo caças ainda modernos e sofisticados e com milhares horas de voo pela frente, se tornariam, após uma MLU, os LO. Foi só isso que eu quis dizer... :wink: 8-]
A END foi lançada depois do short list ter sido selecionado.

A END diz:
Dentre todas as preocupações a enfrentar no desenvolvimento da Força Aérea, a que inspira
cuidados mais vivos e prementes é a maneira de substituir os atuais aviões de combate no intervalo entre
2015 e 2025
Qual o programa que substituiria os atuais aviões de combate da FAB neste intervalo? Até onde se sabe, seria F-X2.
Se o F-X2 tivesse sido selecionado como o planejado, as primeiras unidades seriam recebidas em 2015.

Esse outro trecho é interessante:
projetar e fabricar no Brasil, dentro do intervalo temporal relevante, um sucedâneo a um caça de quinta geração à
venda no mercado internacional. Projeta-se e constrói-se o sucedâneo de maneira a superar limitações
técnicas e operacionais significativas da versão atual daquele avião (por exemplo, seu raio de ação, suas
limitações em matéria de empuxo vetorado, sua falta de baixa assinatura radar). A solução em foco daria
resposta simultânea aos problemas das limitações técnicas e da independência tecnológica.
Aqui claramente a END designa caça de 4a geração à venda no mercado internacional como um caça de 5a geração.
Um sucedâneo/substituto de um caça a venda no mercado internacional (uma nova versão desse caça) de modo a superar
suas "limitações técnica e operacionais significativas" da versào ATUAL. Menciona inclusive raio de ação como uma limitação!

Um aperfeiçoamento de um uma versão ATUAL de caça a venda no mercado internacional não pode ser um caça de 5a geração. No momento em que a END foi elaborada não havia caças de 5a geração a venda no mercado internacional. Logo essa opção é uma versão aperfeiçoada de um caça de 4a geração cuja versão atual possui uma serie de limitações inclusive raio de ação.

[]s




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Re: PRATELEIRA para a FAB

#465 Mensagem por sapao » Sex Fev 10, 2012 9:56 pm

Túlio escreveu:Santiago, devo não ter sido claro, só para variar: a END falava em 5G num momento em que não havia nenhum à venda - nem em horizonte próximo - então fica claro que o Projeto FX (anterior à END) preconiza um 4G, que é o que havia e há.

E todo esse apego a ToTs, é para fazer um MAKO, um LO? Não me parece, nem vi menção a nada assim na END. Então as ditas ToTs seriam para o SUCEDÂNEO que, mais moderno e capaz, seria o HI. Como não se iria jogar no lixo caças ainda modernos e sofisticados e com milhares horas de voo pela frente, se tornariam, após uma MLU, os LO. Foi só isso que eu quis dizer... :wink: 8-]
Faz sentido. Teriamos uma "prateleira" para suprir um GAP até 2025 (chute meu), que seria o prazo para um "HI" nacional pudesse ser poduzido aqui utlizando-se a transferencia de tecnologia do F-X.

E vamos lembrar que essa terminologia 4G, 5G, 4+, etc..., já é um prato cheio de discussões porque cada lugar usa seu criterio.
O que eu entendo é que seria feita uma compra do melhor que nos servisse e fosse oferecido na epoca, e que com ele iniciariamos o processo de contrução de outro para cumprir o que está previsto no PEMAER, independente da geração que fosse.
O que importaria seriam as caracteristicas nele embarcadas e não a sua "classificação" em qualquer geração.

E eu concordo que se é para ser produzido depois não tem como ser menos capaz; a menos que estejamos falando de 2 coisas distintas:
1- Um caça barato para ser produzido e vendido (seria nosso F-5) como alternativa barata no mercado internacional e ser utilizado pela FAB como um substituto do AT-26;
2- Um caça desenvolvido aqui para atender as nossas necessidades (clima, topografia, missão, geografia) para entrar em utilização na proxima decada que poderia contar com a ajuda de parceiros e provaveis compradores nos moldes do KC-390.




[justificar]“ Se não eu, quem?
Se não agora, quando?”[/justificar]
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