De modo algum! O nosso ATUAL sim, tem muitos pontos em comum...alcmartin escreveu:Cupincha, uma coisa: é coincidencia ou o seu modelo é cópia do antigo sistema soviético?![]()

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Vamos lá!alcmartin escreveu:Meus comentários:

Na verdade, tentei usar de bom senso apenas. Eis que praticamente NINGUÉM se dá ao trabalho de PENSAR no índio dentro da farda. Todos nós (ou a grande maioria), paisanos, os vemos como robôs que, na paz, só fazem sugar recursos e, na guerra, vão morrer dando vivas e hurras.alcmartin escreveu:Não obstante suas idéias serem senso comum, com muitos adeptos e racionais, esbarram em alguns obstaculos, dentro do que presenciei:
Excelente argumento. Vi isso eu mesmo, primeiro como AP comum reclamando que o Chefe de Segurança se achava, depois como Chefe de Segurança achando que o Diretor se achava (e sabendo que os colegas achavam que EU me achava) e finalmente como Diretor, com todo mundo achando que eu me achava e eu não tendo de quem reclamar.alcmartin escreveu:Primeiro, sobre o fato de que se o sujeito fosse soldado primeiro, agiria diferente depois. Ao contrario do que a gente acha inicialmente, a maioria acaba por fazer a mesma coisa que reclamava dos outros. Tal como voce citou dos cadetes. Infelizmente. Sei lá, deve ser personalidade.Eu achava que isso era mais forte entre os milicos. Recalque. Balela. Aqui, na aviação civil, é a mesma coisa. Copiloto reclama de cmte e depois faz a mesma coisa...
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Mas creio que não fui claro nesta parte de minha explanação: não quis dizer que, por ter sido um dia soldado raso, um major iria ser mãezinha dos outros soldados rasos. Apenas ele teria melhores condições de entender o porquê de eles serem como são, agirem como agem (ou não) e principalmente, de saber o que pode esperar (ou não) deles. Sun Tzu afirma que quando conhecemos a nós mesmos e aos outros nunca estamos em perigo; quando conhecemos a nós mesmos, mas não aos outros, temos cinquenta por cento de possibilidade de vencer, e quando não conhecemos a nós próprios nem aos outros, estamos em perigo em qualquer batalha. Gostaria muito de poder perguntar ao Grande General como seria quando conhecemos aos outros mas não a nós mesmos...
A 'longa' parada seria de um mês, devidamente 'indenizado'. Isso evitaria a praga da 'efetivação' ou 'estabilidade', com os efeitos que já descrevi e vejo no serviço público CIVIL. Passou o 'probatório' e os índios - ou vários, melhor dizendo - caem na vagabagem (há os que não, claro, os chamados 'de fé').alcmartin escreveu:Segundo, o problema das seleções, dos contratos. As FA´s operam sob a égide da constituição. Ingresso, somente por concurso, que sempre são altamente disputados. E a maioria passa através de cursinhos. Então, no teu esquema de entra-sai,haveria obrigatoriamente uma parada longa, porque o cara teria que estudar e bem, para passar para o proximo estagio.
Precisamente. A maior praga é esse lance de 'todos iguais perante a lei'. Como todos sabemos que isso é, na prática, uma falácia (perante a lei eu sou igual a um deputado federal? Quá!), que se criasse um dispositivo LEGAL para que os concursos públicos se fizessem preferencialmente entre os já servidores. Contaria necessariamente com isso para o que esbocei acima. A inexistência de um dispositivo assim está diretamente na raiz do hiperinchaço da emperradíssima máquina pública.alcmartin escreveu:Pareceu-me que a sua idéia é que a estabilidade gera a "preguiça", o conformismo e com isso, a falta de forma física. Acho, minha opinião, que não é por aí. Aquele sujeito, o concurseiro, é que entra nisso. Estes que são os primeiros a reclamarem de salário, de localidades ruins, etc. Nada contra os concurseiros, mas pela constituição, passam no concurso por terem ido melhor na prova teórica, aguentam aos trancos e barrancos a doutrinação militar e se formam. Aí, querem encostar. Isso é comum em todas as profissões, mas é altamente sensível na militar, na operacionalidade. E a solução para isso é lá na seleção. Deve-se buscar aquele cara vibrador, ainda que não fosse tão bom nas provas intelectuais, mas que tivesse atitude. Mas esbarra-se na dificuldade de se extrair isso de milhares de candidatos e o maior obstaculo, a lei, na forma que é hoje.
Tropas de elite são minorias em qualquer Exército (o EB, p. ex., tem apenas UMA Bda Op. Esp. num universo de bem mais de 200 mil homens e mulheres). Eu busco uma MÉDIA equivalente e que não seja tão cara.alcmartin escreveu:Quando o cara já é militar aí é mais fácil e é por isso que as tropas de elite já pegam o cara pronto, em termos de formação militar, internamente e só precisam se preocupar em achar ATITUDE. Isso é que querem e não precisa o cara ser o mais esperto, ou o mais forte. A atitude, a vontade é que vai destacar o candidato.
É um dos problemas que quero evitar com meus interregnos e especializações.alcmartin escreveu:Para ter uma idéia, pelo que me falaram meus colegas da ativa da FAB, hoje, 75 % do efetivo de cabos e S1 da FAB estão na justiça contra ela!!
Porque houve uma modificação no planejamento e redução de pessoal. Como estes já eram "profissionais", concursados, o sujeito acaba por tornar isso uma profissao, casa, tem familia e aí... a foice!! E desemprego!
Isso gera um trauma no cara, porque ela já se acostumou e passou boa parte da juventude, de seus 16,18 anos, até 23,24 e devolvem ele a rua, mas do zero, de novo. É traumatizante para ele. Para quem já é mais velho, a gente sabe que é muito jovem ainda e dá para começar de novo, mas para eles, é trauma e perderam um tempo em termos de formação se tivessem escolhido outra carreira.
E o SINHOZINHO? Motiva quem a quê?alcmartin escreveu:A formação humana, o potencial humano numa FA, é baseado num tri-pé: conhecimento, motivação e treinamento. Conhecimento é a instrução inicial na atividade. Mole.A motivação, é aquele problema que já citamos, o cara já DEVERIA entrar motivado e aí caberia a FA mante-lo motivado, através de uma boa carreira, bons equipamentos, com bom salário, onde ele precisaria só se aplicar para atingir seu sonho profissional. Começou a complicar...
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Finalmente, treinamento: manutenção de sua capacidade operacional. Aí phudeu...$$ puro. Aí, aquele que já não estava motivado...
alcmartin escreveu:Opinião rapidinha demorada, antes de sair! Para o mangue, a la CM...![]()
Abraço!!
Não, excelente opinião e me fez pensar. Aliás, ainda vou pensar mais nisso, pois o que não posso mais aceitar é que se discuta tranquilamente MBTs, fuzis, miras, sofisticados sistemas de todos os tipos para serem operados por um Exército moralmente (motivação) capenga, dividido em castas. Isso nunca vai funcionar se e quando cairmos na mão de quem entende do riscado...
Abração e obrigado pela instigante opinião.



