EB - E O MATERIAL HUMANO?

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Túlio
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Re: EB - E O MATERIAL HUMANO?

#16 Mensagem por Túlio » Seg Dez 19, 2011 8:19 pm

alcmartin escreveu:Cupincha, uma coisa: é coincidencia ou o seu modelo é cópia do antigo sistema soviético? :mrgreen:
De modo algum! O nosso ATUAL sim, tem muitos pontos em comum... :wink: 8-]
alcmartin escreveu:Meus comentários:
Vamos lá! :D
alcmartin escreveu:Não obstante suas idéias serem senso comum, com muitos adeptos e racionais, esbarram em alguns obstaculos, dentro do que presenciei:
Na verdade, tentei usar de bom senso apenas. Eis que praticamente NINGUÉM se dá ao trabalho de PENSAR no índio dentro da farda. Todos nós (ou a grande maioria), paisanos, os vemos como robôs que, na paz, só fazem sugar recursos e, na guerra, vão morrer dando vivas e hurras.

alcmartin escreveu:Primeiro, sobre o fato de que se o sujeito fosse soldado primeiro, agiria diferente depois. Ao contrario do que a gente acha inicialmente, a maioria acaba por fazer a mesma coisa que reclamava dos outros. Tal como voce citou dos cadetes. Infelizmente. Sei lá, deve ser personalidade. :? Eu achava que isso era mais forte entre os milicos. Recalque. Balela. Aqui, na aviação civil, é a mesma coisa. Copiloto reclama de cmte e depois faz a mesma coisa... :?
Excelente argumento. Vi isso eu mesmo, primeiro como AP comum reclamando que o Chefe de Segurança se achava, depois como Chefe de Segurança achando que o Diretor se achava (e sabendo que os colegas achavam que EU me achava) e finalmente como Diretor, com todo mundo achando que eu me achava e eu não tendo de quem reclamar.

Mas creio que não fui claro nesta parte de minha explanação: não quis dizer que, por ter sido um dia soldado raso, um major iria ser mãezinha dos outros soldados rasos. Apenas ele teria melhores condições de entender o porquê de eles serem como são, agirem como agem (ou não) e principalmente, de saber o que pode esperar (ou não) deles. Sun Tzu afirma que quando conhecemos a nós mesmos e aos outros nunca estamos em perigo; quando conhecemos a nós mesmos, mas não aos outros, temos cinquenta por cento de possibilidade de vencer, e quando não conhecemos a nós próprios nem aos outros, estamos em perigo em qualquer batalha. Gostaria muito de poder perguntar ao Grande General como seria quando conhecemos aos outros mas não a nós mesmos...

alcmartin escreveu:Segundo, o problema das seleções, dos contratos. As FA´s operam sob a égide da constituição. Ingresso, somente por concurso, que sempre são altamente disputados. E a maioria passa através de cursinhos. Então, no teu esquema de entra-sai, :mrgreen: haveria obrigatoriamente uma parada longa, porque o cara teria que estudar e bem, para passar para o proximo estagio.
A 'longa' parada seria de um mês, devidamente 'indenizado'. Isso evitaria a praga da 'efetivação' ou 'estabilidade', com os efeitos que já descrevi e vejo no serviço público CIVIL. Passou o 'probatório' e os índios - ou vários, melhor dizendo - caem na vagabagem (há os que não, claro, os chamados 'de fé').
alcmartin escreveu:Pareceu-me que a sua idéia é que a estabilidade gera a "preguiça", o conformismo e com isso, a falta de forma física. Acho, minha opinião, que não é por aí. Aquele sujeito, o concurseiro, é que entra nisso. Estes que são os primeiros a reclamarem de salário, de localidades ruins, etc. Nada contra os concurseiros, mas pela constituição, passam no concurso por terem ido melhor na prova teórica, aguentam aos trancos e barrancos a doutrinação militar e se formam. Aí, querem encostar. Isso é comum em todas as profissões, mas é altamente sensível na militar, na operacionalidade. E a solução para isso é lá na seleção. Deve-se buscar aquele cara vibrador, ainda que não fosse tão bom nas provas intelectuais, mas que tivesse atitude. Mas esbarra-se na dificuldade de se extrair isso de milhares de candidatos e o maior obstaculo, a lei, na forma que é hoje.
Precisamente. A maior praga é esse lance de 'todos iguais perante a lei'. Como todos sabemos que isso é, na prática, uma falácia (perante a lei eu sou igual a um deputado federal? Quá!), que se criasse um dispositivo LEGAL para que os concursos públicos se fizessem preferencialmente entre os já servidores. Contaria necessariamente com isso para o que esbocei acima. A inexistência de um dispositivo assim está diretamente na raiz do hiperinchaço da emperradíssima máquina pública.

alcmartin escreveu:Quando o cara já é militar aí é mais fácil e é por isso que as tropas de elite já pegam o cara pronto, em termos de formação militar, internamente e só precisam se preocupar em achar ATITUDE. Isso é que querem e não precisa o cara ser o mais esperto, ou o mais forte. A atitude, a vontade é que vai destacar o candidato.
Tropas de elite são minorias em qualquer Exército (o EB, p. ex., tem apenas UMA Bda Op. Esp. num universo de bem mais de 200 mil homens e mulheres). Eu busco uma MÉDIA equivalente e que não seja tão cara.
alcmartin escreveu:Para ter uma idéia, pelo que me falaram meus colegas da ativa da FAB, hoje, 75 % do efetivo de cabos e S1 da FAB estão na justiça contra ela!!
:shock: Porque houve uma modificação no planejamento e redução de pessoal. Como estes já eram "profissionais", concursados, o sujeito acaba por tornar isso uma profissao, casa, tem familia e aí... a foice!! E desemprego! [001] Isso gera um trauma no cara, porque ela já se acostumou e passou boa parte da juventude, de seus 16,18 anos, até 23,24 e devolvem ele a rua, mas do zero, de novo. É traumatizante para ele. Para quem já é mais velho, a gente sabe que é muito jovem ainda e dá para começar de novo, mas para eles, é trauma e perderam um tempo em termos de formação se tivessem escolhido outra carreira.
É um dos problemas que quero evitar com meus interregnos e especializações.
alcmartin escreveu:A formação humana, o potencial humano numa FA, é baseado num tri-pé: conhecimento, motivação e treinamento. Conhecimento é a instrução inicial na atividade. Mole. :D A motivação, é aquele problema que já citamos, o cara já DEVERIA entrar motivado e aí caberia a FA mante-lo motivado, através de uma boa carreira, bons equipamentos, com bom salário, onde ele precisaria só se aplicar para atingir seu sonho profissional. Começou a complicar... :?
Finalmente, treinamento: manutenção de sua capacidade operacional. Aí phudeu... :( $$ puro. Aí, aquele que já não estava motivado...
E o SINHOZINHO? Motiva quem a quê?
alcmartin escreveu:Opinião rapidinha demorada, antes de sair! Para o mangue, a la CM... :mrgreen:

Abraço!! :D

Não, excelente opinião e me fez pensar. Aliás, ainda vou pensar mais nisso, pois o que não posso mais aceitar é que se discuta tranquilamente MBTs, fuzis, miras, sofisticados sistemas de todos os tipos para serem operados por um Exército moralmente (motivação) capenga, dividido em castas. Isso nunca vai funcionar se e quando cairmos na mão de quem entende do riscado...

Abração e obrigado pela instigante opinião. :D :D :D :D




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Re: EB - E O MATERIAL HUMANO?

#17 Mensagem por Guerra » Seg Dez 19, 2011 9:43 pm

Túlio escreveu:Pergunto: como é que o Cmt do Btl sabe se o Sd está comendo bem ou mal? Já dizia Napoleão: "Os exércitos marcham sobre seus estômagos". O Cmt vai ter que perguntar a alguém, porque tem seu rancho diferenciado, com garçom & quetales.
Tulio, é preciso separar o que real e o que é mito na caserna. Eu não conheço quartel no Brasil que tem condições de fazer uma comida separada para oficiais, sgt e soldados. Não existe estrutura para isso.
O S4 que faz parte do estado-maior do Btl todo dia tem que comer e aprovar a comida feita pelo rancho.
Mas peraí, o índio então se alistou para ser GARÇOM???
Não existem garçons. Existem rancheiros. Esse pessoal faz a comida e coloca numa panela. Eu vou lá sirvo meu prato, como e coloco num balcão para ser lavado. Para mim isso não é nada demais do que é feito em qualquer empresa.

"Ah, mas o general tem o taifeiro"
Sim, tem. É por isso que os oficais fazem de tudo para ser general.
Quem engraxa as botas do major?

Mas peraí, o índio então se alistou para ser ENGRAXATE?

Quem lava e passa o uniforme do capitão, lhe limpa o alojamento?

Mas peraí, o índio então se alistou para ser EMPREGADA DOMÉSTICA?
Tulio, vou te contra uma história. Um cmt de btl limpou um terreno que ele comprou. Dai ele pegou uns 5 soldados e mandou uma viatura recolher o mato que ficou na calçada. Ele foi punido e exonerado.
Isso não me contaram. Eu vi. Inclusive já coloquei aqui até a reportagem sobre esse caso.
Pegar soldado para fazer algo particular é arriscado o cara levar uma bordoada.

Quando a limpar alojamento. Eu servi numa OM que a limpeza era terceirizada. A guarda limpava só so alojamentos da guarda e só.
Eu acho inviavel numa OM grande terceirizar faxina. E tem que ser o soldado memso, afinal quem vai querer ser capitão para limpar banheiro?

É bom lembrar que o exército americano para cada soldado na linha defrente, tem 10 limpando banheiro, fazendo comida e servindo general.




A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!
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Re: EB - E O MATERIAL HUMANO?

#18 Mensagem por Super Flanker » Seg Dez 19, 2011 9:57 pm

Túlio escreveu:Exato! O Canadá gastou os tubos - por sorte, à época o dinheiro sobrava - para fazer e depois desfazer a baita kgada aquela.
Super Flanker escreveu: Mas me parece que isso é muito bonito na teoria, na prática...
Bueno, a ATUAL prática é bem triste. A gente pode ver pela DISPONIBILIDADE, tempos atrás foi noticiado que o EB não podia trocar parte da tropa no Haiti porque seu pessoal estava engajado no controle de favelas no Rio.

Mas como assim, um Exército com bem mais de 200 MIL homens não tem uns meros mil (menos de 0,5%) para desdobrar numa operação que já dura há anos? A resposta é ÓBVIA: não dá para mandar guri mal adestrado fazer trabalho de HOMEM...
Isso é uma coisa que nunca entendi, o certo não era os nossos soldados estarem prontos e treinados o tempo todo para uma eventual guerra e mesmo uma missão de paz? Como assim tem que treinar bastante tempo antes de embarcarem?




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Re: EB - E O MATERIAL HUMANO?

#19 Mensagem por Túlio » Seg Dez 19, 2011 10:32 pm

No momento estou torrando neurônios. O Guerra faz parte da tropa, conhece por dentro como rolam as kôzaz, se eu quiser/puder responder a ele, até pelo respeito mútuo que mantemos desde anos, não vou sair 'prickiando' (by CM, o TURRÃO), ou argumento de modo crível ou calo a boca e reconheço que estive a dizer despropósitos...

Assim, estou dando uma pequena folga a este tópico até pensar melhor. 8-]




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Re: EB - E O MATERIAL HUMANO?

#20 Mensagem por Paulo Lavorato » Seg Dez 19, 2011 11:06 pm

Tulio, é preciso separar o que real e o que é mito na caserna. Eu não conheço quartel no Brasil que tem condições de fazer uma comida separada para oficiais, sgt e soldados. Não existe estrutura para isso.
O S4 que faz parte do estado-maior do Btl todo dia tem que comer e aprovar a comida feita pelo rancho.
Eu só conheço uma OM do EB que é onde servi e era assim (vide minha assinatura).

Rancho dos soldados e cabos (boi ralado ou músculo de boi ou pedaços de galinha que eram só pele e osso - eram só essas as carnes servidas - um pedaço para cada um sem direito a repetições) e o cassino dos sargentos e subs onde também se faziam as comidas do cassino dos oficiais, mas com um cardápio totalmente variado, completamente diferente, com comida a vontade e sem comparações com o do rancho dos soldados.
Com direito a sucos e refrigerantes contra chá brochante ou Ki-suco ou só água mesmo. Eram dois mundos completamente diferentes.

Os bandeijões ficavam com os soldados e eram lavados só com água, porque não havia buchas ou sabão a nossa disposição para lavar bandejas e talheres. Quando havia músculo ensopado (molho muito gorduroso) nós passávamos areia do chão para retirar a gordura.

Nunca vi um S4 ou qualquer outro oficial falar nada sobre essa situação. E sinceramente espero que as coisas tenham mudado desde que servi em 84.




Editado pela última vez por Paulo Lavorato em Ter Dez 20, 2011 8:00 am, em um total de 1 vez.
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Re: EB - E O MATERIAL HUMANO?

#21 Mensagem por Clermont » Ter Dez 20, 2011 7:39 am

Paulo Lavorato escreveu:Rancho dos soldados e cabos (boi ralado ou músculo de boi ou cudiguim de galinha - eram só essas as carnes servidas - um pedaço para cada um sem direito a repetições) e o cassino dos sargentos e subs onde também se faziam as comidas do cassino dos oficiais, mas com um cardápio totalmente variado, completamente diferente, com comida a vontade e sem comparações com o do rancho dos soldados.
Com direito a sucos e refrigerantes contra chá brochante ou Ki-suco ou só água mesmo. Eram dois mundos completamente diferentes.

Os bandeijões ficavam com os soldados e eram lavados só com água, porque não havia buchas ou sabão a nossa disposição para lavar bandejas e talheres. Quando havia músculo ensopado (molho muito gorduroso) nós passávamos areia do chão para retirar a gordura.

Nunca vi um S4 ou qualquer outro oficial falar nada sobre essa situação. E sinceramente espero que as coisas tenham mudado desde que servi em 84.
Tem certeza que vc serviu em 1984?

Não estará confundindo as datas? Talvez tenha sido em 1948? Afinal, é só trocar o "4" pelo "8"?

E, por um acaso, vc não é um ex-combatente da FEB?

:mrgreen:




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Re: EB - E O MATERIAL HUMANO?

#22 Mensagem por Paulo Lavorato » Ter Dez 20, 2011 8:06 am

Não me confundi Clermont. :)
Apesar de ter alguns equipamentos que pareciam ser da 2ª Guerra...




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Re: EB - E O MATERIAL HUMANO?

#23 Mensagem por RobsonBCruz » Ter Dez 20, 2011 8:24 am

Meu pitaco:

Tudo começaria com o SMO, que seria prestado em Centros de Formação de Reserva - CFR (atuais TG) por 6 meses, onde os recrutas teríam a formação básica.

Cada unidade do EB em sua estrutura de paz seria composta por uma SU operacional e por uma SU de formação. Em situação de guerra, a estrutura evoluiría com a mobilização de reserva para 4 SU operacionais e 1 SU de formação.

Superada a etapa da formação básica nos CFR, os voluntários, após processo de seleção, ingressariam nas SU de formação, onde prestariam serviços de 1 a 2 anos, recebendo uma formação especializada, conforme o tipo da unidade.

Superado esse cíclo de formação especializada, os interessados e de acordo com a avaliação que receberam, iríam para as SU operacionais.

Cabe esclarecer que para maior profissionalização e retenção por mais tempo do pessoal mais capacitado, as SU operacionais abrigariam em tempo de paz um quadro com graduação superior ao padrão na estrutura de guerra.

Exemplo: se um GC padrão é composto por 1 3ºSgt, 2 Cbo e 7 Sdo, em tempo de paz o GC poderia ser composto po 1 2º Sgt, 2 2ºSct 4 Cbo e 3 Sdo.

Na hipótese de mobilização com ativação das SU necessárias para aa completação da unidade, esse quadro seria redistribuídos entre as SU, buscando um maior equílibrios entre pessoal profissional e reserva e entre as SU.

Ressalto ainda que esse quadro mais graduado das SU operacionais periodicamente seria movimentado para as SU de formação, como instrutores ou para os cursos de progressão (cabos e sargentos).




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Re: EB - E O MATERIAL HUMANO?

#24 Mensagem por Wingate » Ter Dez 20, 2011 9:46 am

Não estará confundindo as datas? Talvez tenha sido em 1948? Afinal, é só trocar o "4" pelo "8"?

Meu pai serviu ao EB em 1949. Pela descrição do colega do DB e pelo que meu pai me contava, o velho tinha um rancho muuuito melhor do que aquele servido em 1984.

Eu, na década de setenta, enfrentei a "gororoba" com chá brochante e tudo (e aquele pão prensado, ainda é assim?).


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Re: EB - E O MATERIAL HUMANO?

#25 Mensagem por J.Ricardo » Ter Dez 20, 2011 10:23 am

Túlio escreveu:Mas será tão pouco interessante o NOSSO Exército a ponto de uma fracassada unificação das FFAA Canadenses despertar muito maior atenção? Não vai aparecer ao menos UM que me diga ao menos:

- Se dobrarem as verbas e soldos e EB estará à altura dos maiores e melhores do mundo!

Nem isso?
Discordo de seu ponto de vista, discutir novas práticas de administração fazem milagres em estruturas arcaicas, principalmente se tratarmos de racionalização dos meios burocráticos economizando em trabalhos duplicados e agilizando tomadas de decisão. Se economiza com a atividade meio e sobra para a atividade fim!
Não é pq o Canadá não foi feliz nesta proposta (o que para mim foi novidade cfe minha mensagem anterior) que o Brasil não possa partir para algo inovador, eficiente e principalmente eficaz!!! Um centro de serviço compartilhado por exemplo, unificando as atividades meio como fazem as grandes corporações seria um grande avanço para as FA!




Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
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Re: EB - E O MATERIAL HUMANO?

#26 Mensagem por binfa » Ter Dez 20, 2011 10:36 am

Prezados(as) bom dia!

Servi na AFA m 87, por ser uma organização militar de ensino não tinha o que reclamar do rancho:
- café da manhã: leite, café, pão, omelete, salsicha, linguiça, geléia, iogurte, suco e mingau de aveia
- almoço: arroz, feijão, carnes (boi, ave, peixe), linguiça e salsicha que sobrava do café, sucos, vitaminado de abacate e salada
- jantar: mesmo cardápio do almoço só que com um caldo a mais sendo servido (aqui a salsicha e linguiça já tinha acabado)
- ceia: leite, café, bolachas e os famosos pão de mel

Caso você quisesse uma alimentação mais saudável, no almoço e janta você podia optar por comida macrobiótica.....

Essa fartura toda era em virtude da FAYS.




att, binfa
DOE VIDA, DOE MEDULA!
REgistro Nacional de DOadores de MEdula nº 1.256.762
UMA VIDA SEM DESAFIOS NÃO VALE A PENA SER VIVIDA. Sócrates
Depoimento ABRALE :arrow: http://www.abrale.org.br/apoio_paciente ... php?id=771
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Re: EB - E O MATERIAL HUMANO?

#27 Mensagem por Clermont » Ter Dez 20, 2011 10:38 am

Wingate escreveu:Eu, na década de setenta, enfrentei a "gororoba" com chá brochante e tudo (e aquele pão prensado, ainda é assim?).
Mas a questão é:

E o seu comandante de pelotão? E o seu comandante de companhia? E o seu comandante de batalhão?

Eles também enfrentavam a mesma "gororoba com chá brochante e tudo" que os soldados?




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Re: EB - E O MATERIAL HUMANO?

#28 Mensagem por Wingate » Ter Dez 20, 2011 10:47 am

Clermont escreveu: Mas a questão é:

E o seu comandante de pelotão? E o seu comandante de companhia? E o seu comandante de batalhão?

Eles também enfrentavam a mesma "gororoba com chá brochante e tudo" que os soldados?

Não. Onde servi existia (não sei se existe ainda) aquela "instituição" então denominada "Cantina dos Oficiais", se bem que, durante manobras e exercícios eles também se alimentavam do nosso "grude" de cada dia....

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Re: EB - E O MATERIAL HUMANO?

#29 Mensagem por alcmartin » Ter Dez 20, 2011 11:07 am

binfa escreveu:Prezados(as) bom dia!

Servi na AFA m 87, por ser uma organização militar de ensino não tinha o que reclamar do rancho:
- café da manhã: leite, café, pão, omelete, salsicha, linguiça, geléia, iogurte, suco e mingau de aveia
- almoço: arroz, feijão, carnes (boi, ave, peixe), linguiça e salsicha que sobrava do café, sucos, vitaminado de abacate e salada
- jantar: mesmo cardápio do almoço só que com um caldo a mais sendo servido (aqui a salsicha e linguiça já tinha acabado)
- ceia: leite, café, bolachas e os famosos pão de mel

Caso você quisesse uma alimentação mais saudável, no almoço e janta você podia optar por comida macrobiótica.....
Essa fartura toda era em virtude da FAYS.
Olá, Binfa!

Eu lembro bem desse episódio, quando o oficial intendente era adepto dessa dieta macrobiótica. Ele colocou todo o corpo de cadetes no cinema e anunciou que o nosso rancho agora seria macrobiótico, após uma palestra sobre os beneficios dessa dieta e sobre os malefícios dos sampaco, ou sampaku, sei lá... [101] :mrgreen:
Após dois dias dessa dieta, uns 4 caíram na formatura do paradão e mais uma meia dúzia durante a suga! [002] Fim da dieta macrobiótica no corpo de cadetes... :mrgreen:

Abração!! :D




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Re: EB - E O MATERIAL HUMANO?

#30 Mensagem por Marino » Ter Dez 20, 2011 12:11 pm

Porra, que inveja.
Na EN era "carnaval na zona", "arroz de paquete", fígado verde, etc.
Tomara que tenha melhorado hoje em dia.




"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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