Guerra assimétrica com armamento e táticas convencionais?! Quanto tempo aguentaríamos?Túlio escreveu:Não leste tudo: pressupõe também a capacidade de enfrentar potências (ou coligações de) EXTRACONTINENTAIS...![]()
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
USAntiago (
), se eu vejo um índio comer metade do sanduíche lambendo os beiços, pressuponho que ele assim procederá com a OUTRA metade...
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
Não discordo. Não mesmo.Túlio escreveu:USAntiago (), se eu vejo um índio comer metade do sanduíche lambendo os beiços, pressuponho que ele assim procederá com a OUTRA metade...
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Apenas não consigo ver tal preocupação e comprometimento com uma outra linha de ação nas altas e nas baixas esferas políticas de uma forma geral (em todos os grandes partidos).
Texto interessante:
13/12/2011
MONITOR MERCANTIL DIGITAL
Perspectivas para a Defesa no período 2012-2015
Os Estados permanecem como principais atores das relações internacionais, e as relações entre Estados são basicamente relações de poder. No Brasil, pouco se investe nas Forças Armadas - embora investimentos em Defesa sejam essenciais à obtenção da autonomia tecnológica de um país. E ainda há quem queira redirecionar recursos dessa área para "programas sociais".
Em valores atualizados até 28/11/2011, a dotação orçamentária autorizada do Comando da Marinha era de R$ 16,595 bilhões, dos quais R$ 11,541 bilhões haviam sido pagos. Até aquela data, a dotação do Comando do Exército era de R$ 26,669 bilhões (R$ 20,173 bilhões pagos), e a do Comando da Aeronáutica era de R$ 14,282 bilhões (R$ 10,308 bilhões pagos).
A dotação dos órgãos centrais do Ministério da Defesa, até 28/11/2011, era de R$ 1,762 bilhão (R$ 0,673 bilhão pago), enquanto que as demais rubricas somadas totalizavam R$ 4,289 bilhões (R$ 2,053 bilhões pagos). Até aquela dada, o total atualizado da dotação autorizada do MD era de R$ 63,597 bilhões (R$ 44,748 bilhões pagos).
O Decreto nº 7.622, de 22/11/2011, liberou parte dos recursos contingenciados no inicio do ano, mas a situação orçamentária da Defesa é preocupante. De acordo com os dados acima, faltando 18 dias para o encerramento do exercício fiscal (previsto para 16/12/2011), o total desembolsado correspondia a apenas 70,4% da dotação autorizada.
Os limites de movimentação e empenho, assim como a incerteza quanto à liberação de recursos adicionais para enfrentar situações emergenciais (como catástrofes humanitárias ou ameaças à lei e à ordem), indicam certa tendência em adiar para o final dos exercícios anuais o início de novos programas de reequipamento militar.
No início de dezembro, aguardam decisão o futuro caça polivalente (Programa F-X2) da Força Aérea Brasileira e a construção dos 11 navios previstos no Programa de Obtenção de Meios de Superfície (PROSUPER) da Marinha do Brasil. Outros programas, inclusive o Programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear (PROSUB) da Marinha, prosseguem dentro dos cronogramas.
O Projeto de Lei Orçamentária (PLO) para 2012, em tramitação no Congresso, dificilmente será aprovado até o encerramento dos trabalhos deste ano. Da previsão inicial de R$ 63,707 bilhões para o MD, apenas R$ 16,044 bilhões destinam-se a custeio e investimentos, estando os R$ 47,663 bilhões restantes comprometidos com despesas de pessoal e encargos financeiros.
Em 2012, as obrigações e os encargos devem corresponder a 89,1% do Orçamento da União, e as despesas discricionárias a apenas 10,9%. A Defesa deve ficar com apenas 7% do total previsto para o Executivo. O Plano Plurianual (PPA) para 2012-2015 destina ao setor um total de R$ 52,823 bilhões. Contudo, devido aos orçamentos não-impositivos, não há como garantir tais recursos.
No Brasil, a falta de continuidade dos investimentos em Defesa tem sido um problema. Os políticos confirmam que tais investimentos dependem da estabilidade e do crescimento da economia - podendo, portanto, ser inviabilizados por novo ciclo de "austeridade fiscal", resultante do prolongamento da atual crise financeira internacional.
Apesar dos índices de crescimento modestos, o Brasil chegou à posição de 7ª ou 8ª economia mundial em 2010. Estima-se que, até o final da década, poderá estar entre os cinco países com maior Produto Interno Bruto (PIB). Nesse novo contexto, sua fraqueza militar - herança histórica de um país periférico - será um fator debilitante.
Ainda que suas pretensões com relação ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) não se concretizem, o Brasil está prestes a se tornar potência média mundial - com ampliação de sua capacidade de influência no sistema internacional. Não pode, portanto, permanecer na condição de "anão político-militar".
O País será considerado rico quando for admitido na Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), não quando for membro permanente do Conselho de Segurança da ONU. Para isso, deve procurar ampliar todas as expressões do Poder Nacional - principalmente a econômica e a militar, que constituem o "hard power" (poder duro).
Para solucionar problemas sociais, educacionais ou de outra natureza, há necessidade de recursos - e tais recursos (inclusive os naturais) devem ser protegidos. A garantia das fronteiras e a proteção dos recursos naturais, localizados no território nacional e nas águas sob jurisdição brasileira, demandarão investimentos significativos.
A Amazônia e o Atlântico Sul são áreas vitais para a Defesa. Pressões adversas à segurança do País poderiam resultar do desmembramento de estados da Federação em áreas próximas às fronteiras (caso do Pará), ou de controvérsias sobre direitos relativos à exploração de recursos naturais na plataforma continental brasileira (reservas petrolíferas do "pré-sal").
O "efeito dominó" da derrubada (com apoio externo velado) de regimes autoritários no Oriente Médio pode levar a novas intervenções militares em países periféricos - inclusive na América Latina. O petróleo comprovadamente atrai atenção das grandes potências. Toda cautela é pouca, quando estão em jogo interesses que afetem a soberania.
O velho argumento do "país amante da paz" é tão falso quanto perigoso. Além de petróleo, o Brasil possui abundantes recursos (minérios estratégicos, biodiversidade ou água potável) que podem ser alvo de cobiça externa. Mesmo sem identificar prováveis inimigos ou ameaças, não deve descuidar de sua Defesa.
A fim de neutralizar ameaças à segurança do Brasil, é preciso manter possíveis conflitos armados (inclusive irregulares) à distância - procurando evitar que atinjam o território nacional. No século XX, os conflitos externos dos quais participaram as Forças Armadas brasileiras ocorreram no mar ou em outros continentes.
No Século XXI, nossas Forças Armadas devem ser capazes não só de defender o território, o espaço aéreo e o mar patrimonial, mas também de projetar poder e influência no exterior. O Brasil necessita de uma verdadeira Marinha oceânica, um Exército com capacidade expedicionária e uma Força Aérea com capacidade de pronta resposta a longas distâncias.
Eduardo Italo Pesce
Pós-graduado em Relações Internacionais, professor no Centro de Produção da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (CEPUERJ) e colaborador permanente do Centro de Estudos Político-Estratégicos da Escola de Guerra Naval (CEPE/EGN.
Iberê Mariano da Silva
General-de-brigada engenheiro militar da reserva, pós-graduado pelo Instituto Militar de Engenharia (IME) e pela École Nationale Supérieure de l"Aeronautique et l"Espace (França) e diplomado pelo Curso de Política, Estratégia e Alta Administração do Exército (CPEAEx).
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
Ano que vem não vai sair nada. Dizem que o PIB ano que vem conseguirá crescer MENOS que o desse ano (o "pibão" do Mantega durou um ano e olhe lá - isso porque tombamos em 2009), então a charla da "crise" não vai faltar.
Então, vamos nos contentar com as migalhas que saírem. Talvez o máximo que teremos é o PROSUPER.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
Ou seja, exactamente aquilo que não é capaz hoje...Penguin escreveu:No Século XXI, nossas Forças Armadas devem ser capazes não só de defender o território, o espaço aéreo e o mar patrimonial, mas também de projetar poder e influência no exterior. O Brasil necessita de uma verdadeira Marinha oceânica, um Exército com capacidade expedicionária e uma Força Aérea com capacidade de pronta resposta a longas distâncias.
Eu acho uma fronteira complicada de se romper, pois com o orçamento actual, mal é possível garantir a soberania nacional, quanto mais projectar poder e manter os conflictos longe do próprio quintal... Da maneira como se faz contas no Brasil, somente um orçamento anual da ordem dos 100 bilhões seria suficiente para começar a projectar poder e influência no exterior, pois participar de um conflicto demanda muita manutenção, suprimentos, armamentos e meios capacitados o tempo todo...
O problema é levar isso a debate...
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
2 coisas que não gosto no planejamento da MB:Penguin escreveu:Isso é planejamento. O da FAB vai até 2030 e o da MB vai até 2047.Luís Henrique escreveu:120 caças para a FAB é MUITO POUCO.
Analise o que a MB pretende e verá que existe uma ENORME diferença entre um plano e outro.
A MB pretende ficar entre as 5 maiores marinhas do mundo. A FAB pretende ficar entre as 50 maiores...![]()
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Planejamentos podem se materializar ou não.
A grande interrogação desses planejamentos me parece estar relacionado com as garantias. Se os governos investirão as verbas necessárias conforme as necessidades planejadas.
Apenas um complemento: 120 NOVOS caças até 2030. Ou seja, a partir de 2015 teriam que ser entregues 8 caças novos por ano, todos os anos, até 2030. Não me parece nada mal.
Em 2030, se esses 120 forem efetivamente recebidos pela FAB, pode se fazer um novo planejamento até 2047 por exemplo. Se essa boa cadência de entregas for mantida, a FAB poderia chegar teoricamente a uma frota de caças de 120 + 8*17 = 247 caças.
O problema é que planejamento de longo prazo no Brasil, na área pública, teima em não ser levado a sério.
1) 2047 é muito distante. Teriamos que ter os meios no máximo em 2030
2) 6 submarinos nucleares é muito pouco. Deveriamos igualar o número de submarinos convencionais. Ou seja, 15 subs convencionais e 15 subs nucleares.
A FAB mesmo se chegar a este número de 247 ainda é pouco.
Agora, já que a MB fez um planejamento de longo prazo, porque a FAB não fez o mesmo.
Pelo menos deveriam informar que são 120 FX2 até 2030 e + 120 FX3 (5ª geração) sei lá.
Você está supondo que a FAB vai continuar adquirindo caças até 2047, mas isto não está nos planos...este é o problema maior.
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Simplesmente um GRANDE caça.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
Você acha que devemos nos basear nos outros países da América do Sul para nos armarmos???Penguin escreveu:120 caças de 4a geração seriam mais do que suficiente para a nossa localização geográfica, na America do Sul.
Teríamos superioridade numérica absoluta por muito tempo quando comparado com a soma dos caças de 4a geração baseados em nossos vizinhos: Uruguai, Argentina, Paraguai, Bolivia, Peru, Colombia, Venezuela, Guiana, Suriname e Guiana Francesa.
Tirando a Guiana Francesa que é França (e OTAN), apenas Argentina, Peru, Colômbia e Venezuela teriam possibilidade de operar caças equivalentes aos do F-X2. Desses, apenas a Venezuela tem mostrado "diposição" para investir altas somas em caças avançados.
AI pode cancelar o FX2, só dobrar o número de Super Tucano e estaremos tranquilos....
Veja um país INFINITAMENTE menor que o Brasil que possui economia BEM MENOR como os UAE possuem 140 caças de alta performance.
A Turquia possui mais de 200 F-16.
A França (que já ficou para trás de nós em PIB) tem + 300
A Inglaterra (que seguiu o mesmo caminho da França) tem + 300
A Índia que é um grande emergente, como nós, tem um plano ambicioso para sua marinha, parecido com o nosso, mas o plano para sua força aérea é BEM DIFERENTE do nosso.
aproximadamente 250 Su-30MKI + 250 Pak Fa + 126-200 Rafale/Eurofighter + 150-200 Tejas...Total aproximado de + 750 caças de alta performance.
Se analisarmos nosso tamanho territorial, populacional e econômico verá que 120 caças é POUQUÍSSIMO.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
Se formos analisar assim, nossos números deveriam ser próximos da Índia, com pelo menos 230 FX-2, 200 AMX e 120 ST, e estaríamos bem armados com 550 aeronaves de caça e ataque, o que estaria dentro da realidade Brasileira em termos de tamanho e PIB, penso eu...
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
No mundo real a quantidade de caças normalmente não é função do tamanho do país. A localização geográfica e a vizinhança é que acabam ditando o tamanho da frota. A menos que alguma ameaça especifica ou interesse sejam percebidos claramente pela sociedade.Luís Henrique escreveu:Você acha que devemos nos basear nos outros países da América do Sul para nos armarmos???Penguin escreveu:120 caças de 4a geração seriam mais do que suficiente para a nossa localização geográfica, na America do Sul.
Teríamos superioridade numérica absoluta por muito tempo quando comparado com a soma dos caças de 4a geração baseados em nossos vizinhos: Uruguai, Argentina, Paraguai, Bolivia, Peru, Colombia, Venezuela, Guiana, Suriname e Guiana Francesa.
Tirando a Guiana Francesa que é França (e OTAN), apenas Argentina, Peru, Colômbia e Venezuela teriam possibilidade de operar caças equivalentes aos do F-X2. Desses, apenas a Venezuela tem mostrado "diposição" para investir altas somas em caças avançados.
AI pode cancelar o FX2, só dobrar o número de Super Tucano e estaremos tranquilos....
Veja um país INFINITAMENTE menor que o Brasil que possui economia BEM MENOR como os UAE possuem 140 caças de alta performance.
A Turquia possui mais de 200 F-16.
A França (que já ficou para trás de nós em PIB) tem + 300
A Inglaterra (que seguiu o mesmo caminho da França) tem + 300
A Índia que é um grande emergente, como nós, tem um plano ambicioso para sua marinha, parecido com o nosso, mas o plano para sua força aérea é BEM DIFERENTE do nosso.
aproximadamente 250 Su-30MKI + 250 Pak Fa + 126-200 Rafale/Eurofighter + 150-200 Tejas...Total aproximado de + 750 caças de alta performance.
Se analisarmos nosso tamanho territorial, populacional e econômico verá que 120 caças é POUQUÍSSIMO.
Turquia, Índia, Israel, Paquistão, Coreia do Sul, Japão, Arabia Saudita estão localizados nas áreas mais quentes e sensíveis em termos militares e geoestratégicas do mundo. São países que estão cercados por vizinhos potencialmente hostis.
Se o Brasil estivesse localizado ao lado do Paquistão, Índia, China, Irã, etc o nosso softpower teria pouca serventia sem um poder militar adequado. Aposto que o Brasil teria forças armadas equivalentes a dos seus vizinhos. Ainda bem que estamos na America Latina.
OBS.: As frotas atuais da Europa ainda são reflexos da Guerra Fria. Estão sofrendo ajustes dolorosos e reduzindo de tamanho. Se uma ameaça russa (ou outra) não se materializar, vão continuar encolhendo durante um bom tempo.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
Penguin escreveu:
No mundo real a quantidade de caças normalmente não é função do tamanho do país. A localização geográfica e a vizinhança é que acabam ditando o tamanho da frota. A menos que alguma ameaça especifica ou interesse sejam percebidos claramente pela sociedade.
Não é APENAS isso: faz-se uma Estratégia e com base nela se adquire os meios. Enquanto ela dite que devemos estar prontos para lutar em duas frentes com a vizinhança, o que temos basta. Uns 120 Rafales/SHs então, seriam quase um desperdício de recursos. Mas se levarmos em conta as vastas riquezas que temos e que tem gente muito bem armada por aí e empobrecendo a olhos vistos, a DETERRÊNCIA se faz mister e não é com 120 caças que se faz isso. É com muito mas MUITO mais...
Obs.: a Europa se encontra sob o 'guarda-chuva' da OTAN, o que significa EUA. Podem se dar ao luxo de reduzir suas FFAA porque, se engrossar, o Big Daddy segura as pontas. Nosso caso é BEM diverso...
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
Se por hipótese fosse recebido 8 novos caças por ano a partir de 2015, a partir de 2030 ou 2035 estariamos apenas substituindo os mais antigos, ou seja, não passariamos de 120-160 caças operacionais.Penguin escreveu:Isso é planejamento. O da FAB vai até 2030 e o da MB vai até 2047.Luís Henrique escreveu:120 caças para a FAB é MUITO POUCO.
Analise o que a MB pretende e verá que existe uma ENORME diferença entre um plano e outro.
A MB pretende ficar entre as 5 maiores marinhas do mundo. A FAB pretende ficar entre as 50 maiores...![]()
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Planejamentos podem se materializar ou não.
A grande interrogação desses planejamentos me parece estar relacionado com as garantias. Se os governos investirão as verbas necessárias conforme as necessidades planejadas.
Apenas um complemento: 120 NOVOS caças até 2030. Ou seja, a partir de 2015 teriam que ser entregues 8 caças novos por ano, todos os anos, até 2030. Não me parece nada mal.
Em 2030, se esses 120 forem efetivamente recebidos pela FAB, pode se fazer um novo planejamento até 2047 por exemplo. Se essa boa cadência de entregas for mantida, a FAB poderia chegar teoricamente a uma frota de caças de 120 + 8*17 = 247 caças.
O problema é que planejamento de longo prazo no Brasil, na área pública, teima em não ser levado a sério.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
LH, bom dia!Luís Henrique escreveu:2 coisas que não gosto no planejamento da MB:Penguin escreveu: Isso é planejamento. O da FAB vai até 2030 e o da MB vai até 2047.
Planejamentos podem se materializar ou não.
A grande interrogação desses planejamentos me parece estar relacionado com as garantias. Se os governos investirão as verbas necessárias conforme as necessidades planejadas.
Apenas um complemento: 120 NOVOS caças até 2030. Ou seja, a partir de 2015 teriam que ser entregues 8 caças novos por ano, todos os anos, até 2030. Não me parece nada mal.
Em 2030, se esses 120 forem efetivamente recebidos pela FAB, pode se fazer um novo planejamento até 2047 por exemplo. Se essa boa cadência de entregas for mantida, a FAB poderia chegar teoricamente a uma frota de caças de 120 + 8*17 = 247 caças.
O problema é que planejamento de longo prazo no Brasil, na área pública, teima em não ser levado a sério.
1) 2047 é muito distante. Teriamos que ter os meios no máximo em 2030
2) 6 submarinos nucleares é muito pouco. Deveriamos igualar o número de submarinos convencionais. Ou seja, 15 subs convencionais e 15 subs nucleares.
A FAB mesmo se chegar a este número de 247 ainda é pouco.
Agora, já que a MB fez um planejamento de longo prazo, porque a FAB não fez o mesmo.
Pelo menos deveriam informar que são 120 FX2 até 2030 e + 120 FX3 (5ª geração) sei lá.
Você está supondo que a FAB vai continuar adquirindo caças até 2047, mas isto não está nos planos...este é o problema maior.
Nao obstante voce estar correto quanto a defasagem dos nossos numeros, voce segue uma linha de raciocinio como se a MB e FAB escolhessem o que querem. E nao e' assim que a coisa funciona. E' o governo, que refletira mais ou menos os anseios da sociedade, e' que ditara' o que da' para fazer, independente das necessidades. Mesmo um planejamento futuro e' feito em cima de premissas acordadas(o que nao quer dizer que serao cumpridas).
Entao, declarar publicamente que planejamos ter 500 cacas, sem o devido lastro, seria como contar a toda vizinhanca e turma, que teremos uma Ferrari em casa, uma lambo na casa de praia, junto com o iate. So nao explicamos daonde vai sair o $$. Ai acaba virando mico...

abs!!
Editado pela última vez por alcmartin em Qui Dez 15, 2011 8:38 am, em um total de 1 vez.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
A encrenca vai mais longe: precisamos de TUDO e em grande quantidade! Haja $$$...
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
Quando começarmos a receber os 8 caças por ano durante alguns mandatos presidenciais e crises econômicas, ou seja a, a equipar um novo esquadrão com caças novos a cada 2 anos, teremos revolucionado a força de caças da FAB e teremos alcançado um nível de maturidade em investimentos e com os sacos vazios para voos mais ambiciosos.RobsonBCruz escreveu:Se por hipótese fosse recebido 8 novos caças por ano a partir de 2015, a partir de 2030 ou 2035 estariamos apenas substituindo os mais antigos, ou seja, não passariamos de 120-160 caças operacionais.Penguin escreveu: Isso é planejamento. O da FAB vai até 2030 e o da MB vai até 2047.
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A grande interrogação desses planejamentos me parece estar relacionado com as garantias. Se os governos investirão as verbas necessárias conforme as necessidades planejadas.
Apenas um complemento: 120 NOVOS caças até 2030. Ou seja, a partir de 2015 teriam que ser entregues 8 caças novos por ano, todos os anos, até 2030. Não me parece nada mal.
Em 2030, se esses 120 forem efetivamente recebidos pela FAB, pode se fazer um novo planejamento até 2047 por exemplo. Se essa boa cadência de entregas for mantida, a FAB poderia chegar teoricamente a uma frota de caças de 120 + 8*17 = 247 caças.
O problema é que planejamento de longo prazo no Brasil, na área pública, teima em não ser levado a sério.
Se levamos mais de 10 anos apenas para escolher 36 caças, fora o tempo de recebimento, acho que esses 8/ano até 120 em 2030 algo incrível se sair.
Quando o Brasil comprou e recebeu 8 CAÇAS por ano durante 15 anos? Nunca.
Colocar no planejamento para 2030 240 caças novos seria factivel? Isso representaria 16 caça novos todos os anos durante 15 anos. A França (PIB e tradição militar maiores que o nosso) está suando pra manter uma cadência de 11 Rafales por ano.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
240 caças... aham, sei...
Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
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