O branqueamento e resurgimento dos pensamentos Ditatoriais
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- manuel.liste
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Re: Convulsâo na Grécia
Portugal demuestra todos los días que es un país más serio que Grecia. Portugal merece todo el apoyo de la UE y sin duda tiene un buen futuro
- soultrain
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Re: Convulsâo na Grécia
O nosso e vosso problema é que não controlamos "o Mercado" seja lá isso o que for. Podemos ser muito sérios e bonzinhos e levar com o pau à mesma.manuel.liste escreveu:Portugal demuestra todos los días que es un país más serio que Grecia. Portugal merece todo el apoyo de la UE y sin duda tiene un buen futuro
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"O que se percebe hoje é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento"
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Re: Convulsâo na Grécia
O BNU era o banco emissor de papel-moeda na maioria dos territórios portugueses. Funcionava praticamente como um banco estatal.Soultrain escreveu:Não meu caro, eu sei o que digo. O meu sogro foi presidente do sindicato dos bancários pós 25 de Abril, o que ele me diz é bem claro, a banca nacional antes de Abril de 74 estava sem nenhuma liquidez, estava de rastos e ou seria o estado a desembolsar ou comprada por banca internacional (o que não era possível com a lei vigente dos Capitais que eram nacionalizados). O BNU foi nacionalizado antes do 25 de Abril, sabiam?
A História do banco refere o seguinte:
Eu não sei se no partido também mudaram o nome dos meses, mas no meu calendário, Setembro vem cinco meses depois de Abril.História do BNU escreveu:A partir de 1974, o BNU sofreu uma profunda reestruturação e passou a direccionar a sua actividade por critérios de natureza comercial quer no espaço nacional quer internacional. Foi nacionalizado pelo Decreto-Lei nº. 451/74 de 13 de Setembro, e nos termos dos acordos celebrados entre o Governo Português e os Governos nos novos Países de Língua Oficial Portuguesa, que nessa altura adquiriram a independência, o BNU transferiu o activo e passivo de todas as suas dependências das ex-colónias para os Bancos Nacionais recém constituídos.
A ideia dos bancos falidos, está mal contada, distorcida, fora do contexto e é basicamente uma mentira.
Uma mentira para justificar outra mentira outra fraude e o roubo descarado da nacionalização da banca.
Mas mesmo nacionalizando a banca os comunistas arruinaram a economia.
São mentiras em cima de mentiras, rematadas com mentiras, agora de um sindicalista (nem a propósito) que obviamente gosta de mama, e teria melhor vida chulando um banco do estado em vez de um banco provado..
Para alguns este forum não é o DEFESA BRASIL, é o forum DEFESA MENTIRA.
Senhor Soultrain, aparentemente neste fórum não se pode chamar mentirosos aos mentirosos, mas LEMBRO-LHE MAIS UMA VEZ, QUE RESIDO A MENOS DE 1500M DO BAIRRO DA BELA VISTA E JÁ TRABALHEI PRATICAMENTE LÁ DENTRO. Eu estudei na escola secundária da Bela Vista.Grupos de apoiantes da extrema Esquerda no Bairro da Bela Vista???
Estou em muito melhores condições para analisar que você que provavelmente nem sabe onde fica o lugar.
Existem grupos de apoiantes do Anacleto louçã, que são utilizados para colar cartazes e para criar agitação quando é preciso.
Tudo aponta para confirmar a tese de que quando o Anacleto precisa de gente para fazer baderna, como na tentativa de invadir a Assembleia da República (no mesmo dia em que não pagaram bilhetes na Fertagus e esfaquearam três pessoas) são estas pessoas que são utilizadas.
Eu até sei onde esse tipo de gente pára e em que bancos se senta à noite, mas como você não conhece Setubal, não adianta explicar.
Aqui há anos, quando um líder criminoso do bairro da Bela Vista foi morto pela policia a assaltar uma caixa multi-banco, a família ficou indignada porque não deixavam o homem trabalhar. Em apoio da familia enlutada, lá veio o Anacleto, que é um nazi acabado e conhece as práticas recomendadas pelo Goebels.
O Anacleto atrofiou um discurso, saiu da Bela Vista aplaudido pela familia do criminosos que do dia seguinte andava a dizer nas entrevistas que «um dos de lá deles» tinha ido à Bela Vista dizer que eles tinham razão em atacar a policia como retaliação.
Eu fiquei espantado, porque não entendia como é que um politico podia defender abertamente os criminosos.
Como é óbvio o Anacleto não é estúpido e como bom marxista é um mentiroso manipulador. Ele tinha dito uma coisa que parecia outra. Quando vimos as declarações na TV ele não tinha realmente apoiado o lado dos mafiosos, tinha vindo com o velho discurso de que a culpa era da sociedade. Mas para pessoas que são basicamente analfabetos funcionais, o que ele tinha dito era outra coisa. Escutaram, aplaudira, gostaram e ficaram convencidos que aquele era o partido que os apoiava.
Essa é a característica que eu admiro no filho do comandante fascista Louça.
Ele foi capaz de manipular de forma maestral um discurso, para garantir o apoio dos bandidos (que lhe dá muito jeito) e ao mesmo tempo não dizer nada que o pudesse comprometer.
Goebbels, se viesse à terra de lá do inferno onde estão os porcos socialistas assassinos, beijaria o camarada Anacleto, porque o Anacleto é a prova de que as teorias dos nazistas podem funcionar.
Isto, embora aparentemente metade do eleitorado do Anacleto, tenha já percebido o canalha manipulador e mentiroso que ele é e lhe tenha dado o mais monumental pontapé no fim das costas de que há memória na politica portuguesa.
Ao perder votos, o Anacleto precisa encontrar força noutro lado. Ao apoiar-se nos pequenos criminosos (agitadores revolucionários no dicionário vermelho) ele garante que mesmo com pouca gente, consegue passar a ideia de que há uma revolução.
Os jovens revolucionários que não queriam pagar bilhete, queriam fazer uma afirmação politica, mas deram-se mal.
Anacleto aparenta ter uma mente criminosa. Sairá ao pai, que era brutal e cruel para com os militares sob seu comando. É por isso legítimo considerar que se em Portugal houver actos violentos como na Grécia, esses actos violentos virão exactamente das células de agitação do Bloco, que têm vindo a ser acarinhadas pelos camaradas.
É preciso estar atento a estes sinais.
Não é só no bairro da Bela Vista.
Aparentam ser pequenos grupos (clãs) de pequenos criminosos, sempre com ligação ao Bloco.
Quando um grupo de criminosos do bloco, fez um arrastão numa praia da linha de Cascais há uns anos atrás, MAIS UMA VEZ, VEIO O BLOCO EM DEFESA.
A Diana Andringa (candidata a deputada pelo Bloco de Esquerda), produziu uma das mais nojentas repugnantes e indecorosas peças de propaganda que já vi, tentando distorcer os factos para defender os criminosos e limpar o arrastão tentando provar que ele não existiu.
Há demasiadas coincidências.
Sempre que determinados grupos cometem crimes, há sempre gente do bloco a defende-las.
Uma curiosidade:
Sabia que os ciganos não gostam do Bloco, porque dizem que é o partido dos «pretos» ?
Vá ao Bairro Azul na Bela Vista e perceba porquê.
Re: Convulsâo na Grécia
O BNU foi nacionalizado após 25 Abril.soultrain escreveu:Não meu caro, eu sei o que digo. O meu sogro foi presidente do sindicato dos bancários pós 25 de Abril, o que ele me diz é bem claro, a banca nacional antes de Abril de 74 estava sem nenhuma liquidez, estava de rastos e ou seria o estado a desembolsar ou comprada por banca internacional (o que não era possível com a lei vigente dos Capitais que eram nacionalizados). O BNU foi nacionalizado antes do 25 de Abril, sabiam?gaia escreveu: Essa é teoria dos comunistas , para justificarem as nacionalizações, é um autentico disparate , só houve um problema num banco que foi o BIP, que foi absorvido pelo BPSM.
Portugal estava em 1973 , com a menor divida externa de sempre , e as reservas de ouro a aumentarem .
Tomara nós estarmos em 1973 , estávamos muito bem .
O terremoto foi a seguir com o PREC , com a ocupação de terras , empresas, fuga de capitais, quadros ( muitos deles para o Brasil).Alguns empresários foram presos , o clima de terror estava instalado , e actualmente o país está a sofrer ainda pelos desmandos revolucionários .
As empresas Portuguesas e Multinacionais a fabricar aqui, sobreviviam graças ao protecionismo absoluto, protecionismo que ainda é possível ver a herança. Há uma lei de produtos petrolíferos que é dessa altura e permite a GALP dominar o mercado, sabiam?
O estado estava bem de finanças, era uma máquina enxuta e bem oleada sobre a firme mão de Salazar, mas quando tivesse de intervir no sector privado para evitar falências, aconteceria uma coisa parecida com o que está a acontecer hoje.
Viúvas de Salazar nesta altura não!
A política de estatização das instituições financeiras privadas veio a aplicarse ao BNU por meio do decreto-lei n.º 451/74 de 13.09.1794. Era primeiro ministro o
Brigadeiro Vasco dos Santos Gonçalves e ministros da Coordenação Territorial e
das Finanças, respectivamente, o Dr. António de Almeida Santos e o Dr. José da
Silva Lopes. Tomando por base o disposto no n.º 1, 3.º do art. 16.º da Lei
Constitucional n.º 3/74 de 14.05.1974, e em cumprimento do anunciado na alínea p)
do n.º 4 do preâmbulo do Decreto-Lei n.º 203/74, declarava-se o Banco Nacional
Ultramarino como nacionalizado a partir do sai 15 de Setembro
74
O n.º 1 do artigo .
2.º era claro na sua determinação: “O Banco constitui uma empresa pública, cujo
capital é representado por acções de que o Estado é o único titular
O meu pai era bancário , e conheci muitos bancários e trabalharam muito de perto dos banqueiros , e o que dizem é precisamente o contrário.
Agora com as incertezas da revolução e o Prec , muita gente retirou muito dinheiro dos bancos, mesmo assim ainda me lembro do meu pai dizer que nesse período conturbado para haver levantamentos tinham ser justificados .
Essa sua cartilha e do seu sogro , é a cassete dos comunistas , para terem justificado todos desmandos posteriores , e para se redimirem da péssima imagem e do roubo perpetrado . Tenho um amigo que é comunista , e tem o mesmo discurso.
O 25A foi "salvar" Portugal da bancarrota , mas os comunistas nunca viveram no país real, mas quando constituíram as UCP , e alguns dos seus dirigentes vendiam ao desbarato a cortiça e muitas vezes as alfaias agrícolas, para depois irem para Sesimbra para as mariscadas .
Meu caro eu sou admirador de Salazar e de Marcelo Caetano , embora tenham cometido alguns erros .
- marcelo l.
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Re: Convulsâo na Grécia
http://maovisivel.blogspot.com/2011/11/ ... -euro.html
A pergunta é retórica. Não há a menor dúvida que as autoridades europeias estejam firmemente convencidas acerca da necessidade de manutenção da moeda única e dispostas a fazer o possível neste sentido. Vejo, aliás, nisto a mesma motivação política que esteve por trás da criação do euro; por outro lado, acredito que os países da Zona do Euro (ZE) continuam não prestando atenção à falha essencial no desenho da moeda e, portanto, que seu esforço para mantê-la não será garantia de estabilidade.
Digo isso porque a crise ainda é percebida como um fenômeno fiscal e apresentada como fábula moral: as cigarras periféricas que cantaram durante o verão agora sofrem os rigores do inverno financeiro, enquanto as frugais formigas centrais, que pouparam arduamente, conseguem passar pelas provações, mas não querem sustentar seus colegas pródigos. A saída seria, portanto, o ajuste fiscal hoje e, mais à frente, a harmonização das políticas de gastos, sujeitas a uma autoridade central. No entanto, da forma como entendo a gênese da crise, creio que isto não seria suficiente para que a região se tornasse imune a turbulências como a atual.
Não me compreendam mal. Estou convencido que alguma harmonização fiscal é necessária, em particular como contrapartida à existência de um fundo de resgate, já que não queremos que a perspectiva de salvamento funcione como incentivo para comportamentos irresponsáveis.
O problema, porém, com esta solução é que ela atribui a crise ao mau desempenho fiscal de alguns países, visão que se choca com a evidência. Se é fato que a Grécia abusou da disponibilidade de recursos baratos para permitir um aumento persistente de seu déficit fiscal, um breve olhar sobre os demais países hoje em dificuldade sugere que o comportamento fiscal antes da crise não foi um arauto dos problemas recentes.
Espanha, Irlanda e, em menor grau, Portugal apresentavam, por exemplo, endividamento mais baixo que Alemanha e França, assim como (Portugal à parte) déficits fiscais substancialmente inferiores aos observados nos países-formigas. Já a Itália, em que pese a dívida elevada, apresenta números fiscais que, embora nada brilhantes, têm sido dos melhores na região. A verdade é que, Grécia excluída, é difícil encaixar a fábula nos dados. Isto não quer dizer que os países acima não enfrentem hoje problemas de ordem fiscal, mas tal desenvolvimento é mais conseqüência do que causa da crise.
A rigor, se alguém busca um conjunto de dados que, ao menos em retrospecto, pareça ser um oráculo mais preciso dos países que entrariam em dificuldades, a diferença da inflação com respeito à Alemanha é o melhor candidato. As economias hoje no epicentro da crise financeira registraram inflação consideravelmente superior à alemã entre 2000 e 2007 e em todas elas os custos unitários do trabalho (que mede a evolução dos salários relativamente à produtividade) subiram entre 30% e 40% no período, enquanto os alemães ficaram praticamente estáveis.
Resta saber o porquê. Afinal de contas, há um Banco Central Europeu cujo desempenho no quesito inflacionário foi, nas palavras algo irritadas de seu ex-presidente, “impecable, impecable”. No entanto, se isto foi verdade para o conjunto da área do euro, não necessariamente valeu para cada um de seus elementos.
Parece estranho para brasileiros. Afinal de contas, se os salários sobem em um estado relativamente aos demais, é de se esperar que a migração corrija o problema, não imediatamente, é claro, mas num horizonte razoável, impedindo a criação de disparidades como as observadas na ZE. A diferença, no caso, é a existência de um mercado de trabalho integrado no Brasil, em contraste com um mercado europeu fragmentado por diferenças lingüísticas e culturais.
Na prática o aumento do custo unitário representou uma forte apreciação da taxa real de câmbio nos países periféricos, cuja contrapartida foi a acumulação de elevados déficits em conta corrente. Quando a crise financeira eclodiu, estes países foram forçados a reduzir seus déficits externos, sem acesso, contudo, à desvalorização cambial. Na ausência desta, a única saída é a “desvalorização interna”, isto é, a redução de seus preços e salários em relação à Alemanha.
Fossem preços e salário flexíveis, esta correção ocorreria (numa primeira aproximação) sem grandes efeitos sobre atividade e emprego; dada, porém, a rigidez de ambos, seu ajuste passa pelo aumento do desemprego, não por acaso particularmente elevado nos países em crise. Isto se reflete na piora do desempenho fiscal, em larga medida pela queda abrupta da arrecadação.
Se, porém, esta interpretação for correta, o resgate do euro, mesmo a criação de instituições que harmonizem a política fiscal, não impedirá a eclosão de problemas similares a menos que a integração do mercado de trabalho seja muito aprofundada, desenvolvimento que, sinceramente, não sei ser possível. Isto foi ignorado no passado e continua a sê-lo; não impediu a criação do euro e provavelmente não impedirá que seja salvo, mas permanecerá como uma incômoda lembrança de uma falha que nos custa muito hoje e poderá nos custar ainda mais no futuro.
A pergunta é retórica. Não há a menor dúvida que as autoridades europeias estejam firmemente convencidas acerca da necessidade de manutenção da moeda única e dispostas a fazer o possível neste sentido. Vejo, aliás, nisto a mesma motivação política que esteve por trás da criação do euro; por outro lado, acredito que os países da Zona do Euro (ZE) continuam não prestando atenção à falha essencial no desenho da moeda e, portanto, que seu esforço para mantê-la não será garantia de estabilidade.
Digo isso porque a crise ainda é percebida como um fenômeno fiscal e apresentada como fábula moral: as cigarras periféricas que cantaram durante o verão agora sofrem os rigores do inverno financeiro, enquanto as frugais formigas centrais, que pouparam arduamente, conseguem passar pelas provações, mas não querem sustentar seus colegas pródigos. A saída seria, portanto, o ajuste fiscal hoje e, mais à frente, a harmonização das políticas de gastos, sujeitas a uma autoridade central. No entanto, da forma como entendo a gênese da crise, creio que isto não seria suficiente para que a região se tornasse imune a turbulências como a atual.
Não me compreendam mal. Estou convencido que alguma harmonização fiscal é necessária, em particular como contrapartida à existência de um fundo de resgate, já que não queremos que a perspectiva de salvamento funcione como incentivo para comportamentos irresponsáveis.
O problema, porém, com esta solução é que ela atribui a crise ao mau desempenho fiscal de alguns países, visão que se choca com a evidência. Se é fato que a Grécia abusou da disponibilidade de recursos baratos para permitir um aumento persistente de seu déficit fiscal, um breve olhar sobre os demais países hoje em dificuldade sugere que o comportamento fiscal antes da crise não foi um arauto dos problemas recentes.
Espanha, Irlanda e, em menor grau, Portugal apresentavam, por exemplo, endividamento mais baixo que Alemanha e França, assim como (Portugal à parte) déficits fiscais substancialmente inferiores aos observados nos países-formigas. Já a Itália, em que pese a dívida elevada, apresenta números fiscais que, embora nada brilhantes, têm sido dos melhores na região. A verdade é que, Grécia excluída, é difícil encaixar a fábula nos dados. Isto não quer dizer que os países acima não enfrentem hoje problemas de ordem fiscal, mas tal desenvolvimento é mais conseqüência do que causa da crise.
A rigor, se alguém busca um conjunto de dados que, ao menos em retrospecto, pareça ser um oráculo mais preciso dos países que entrariam em dificuldades, a diferença da inflação com respeito à Alemanha é o melhor candidato. As economias hoje no epicentro da crise financeira registraram inflação consideravelmente superior à alemã entre 2000 e 2007 e em todas elas os custos unitários do trabalho (que mede a evolução dos salários relativamente à produtividade) subiram entre 30% e 40% no período, enquanto os alemães ficaram praticamente estáveis.
Resta saber o porquê. Afinal de contas, há um Banco Central Europeu cujo desempenho no quesito inflacionário foi, nas palavras algo irritadas de seu ex-presidente, “impecable, impecable”. No entanto, se isto foi verdade para o conjunto da área do euro, não necessariamente valeu para cada um de seus elementos.
Parece estranho para brasileiros. Afinal de contas, se os salários sobem em um estado relativamente aos demais, é de se esperar que a migração corrija o problema, não imediatamente, é claro, mas num horizonte razoável, impedindo a criação de disparidades como as observadas na ZE. A diferença, no caso, é a existência de um mercado de trabalho integrado no Brasil, em contraste com um mercado europeu fragmentado por diferenças lingüísticas e culturais.
Na prática o aumento do custo unitário representou uma forte apreciação da taxa real de câmbio nos países periféricos, cuja contrapartida foi a acumulação de elevados déficits em conta corrente. Quando a crise financeira eclodiu, estes países foram forçados a reduzir seus déficits externos, sem acesso, contudo, à desvalorização cambial. Na ausência desta, a única saída é a “desvalorização interna”, isto é, a redução de seus preços e salários em relação à Alemanha.
Fossem preços e salário flexíveis, esta correção ocorreria (numa primeira aproximação) sem grandes efeitos sobre atividade e emprego; dada, porém, a rigidez de ambos, seu ajuste passa pelo aumento do desemprego, não por acaso particularmente elevado nos países em crise. Isto se reflete na piora do desempenho fiscal, em larga medida pela queda abrupta da arrecadação.
Se, porém, esta interpretação for correta, o resgate do euro, mesmo a criação de instituições que harmonizem a política fiscal, não impedirá a eclosão de problemas similares a menos que a integração do mercado de trabalho seja muito aprofundada, desenvolvimento que, sinceramente, não sei ser possível. Isto foi ignorado no passado e continua a sê-lo; não impediu a criação do euro e provavelmente não impedirá que seja salvo, mas permanecerá como uma incômoda lembrança de uma falha que nos custa muito hoje e poderá nos custar ainda mais no futuro.
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
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Re: Convulsâo na Grécia
manuel.liste escreveu:Portugal demuestra todos los días que es un país más serio que Grecia. Portugal merece todo el apoyo de la UE y sin duda tiene un buen futuro
O lirismo deste homem faz-me sempre sorrir
Quando até um dos nossos governantes, o secretário de estado da juventude, afirmou categoricamente que o melhor que os jovens têm a fazer "é emigrar"
e quanto a certas "discussões" por estas bandas:
Triste sina ter nascido português
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Re: Convulsâo na Grécia
Chegou Supermario!!
http://www.cincodias.com/articulo/merca ... cdsmer_12/
Draghi se estrena bajando los tipos en un cuarto de punto, hasta el 1,25%
http://www.cincodias.com/articulo/merca ... cdsmer_12/
Draghi se estrena bajando los tipos en un cuarto de punto, hasta el 1,25%
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Re: Convulsâo na Grécia
Pues su empleo consiste en evitar que los jóvenes emigren. Si no se ve capaz, debería emigrar élP44 escreveu:
Quando até um dos nossos governantes, o secretário de estado da juventude, afirmou categoricamente que o melhor que os jovens têm a fazer "é emigrar"
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Re: Convulsâo na Grécia
El problema no es el mercado, es la política monetaria. Era Trichetsoultrain escreveu:O nosso e vosso problema é que não controlamos "o Mercado" seja lá isso o que for. Podemos ser muito sérios e bonzinhos e levar com o pau à mesma.manuel.liste escreveu:Portugal demuestra todos los días que es un país más serio que Grecia. Portugal merece todo el apoyo de la UE y sin duda tiene un buen futuro
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Si Draghi hace lo que debe hacer (bajar tipos, dar liquidez a la banca, comprar bonos sin limitaciones), Portugal y España podrán ver el futuro con mayor optimismo
No somos Grecia, lo hemos demostrado y lo vamos a seguir demostrando
- soultrain
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Re: Convulsâo na Grécia
Se não sabe, o comunismo defende a tomada do poder com revolução armada se necessário e eu sinto-me ofendido com esse tipo de adjetivos, mas compreendo, é a arma atómica dos fracos de intelecto.gaia escreveu:O BNU foi nacionalizado após 25 Abril.soultrain escreveu: Não meu caro, eu sei o que digo. O meu sogro foi presidente do sindicato dos bancários pós 25 de Abril, o que ele me diz é bem claro, a banca nacional antes de Abril de 74 estava sem nenhuma liquidez, estava de rastos e ou seria o estado a desembolsar ou comprada por banca internacional (o que não era possível com a lei vigente dos Capitais que eram nacionalizados). O BNU foi nacionalizado antes do 25 de Abril, sabiam?
As empresas Portuguesas e Multinacionais a fabricar aqui, sobreviviam graças ao protecionismo absoluto, protecionismo que ainda é possível ver a herança. Há uma lei de produtos petrolíferos que é dessa altura e permite a GALP dominar o mercado, sabiam?
O estado estava bem de finanças, era uma máquina enxuta e bem oleada sobre a firme mão de Salazar, mas quando tivesse de intervir no sector privado para evitar falências, aconteceria uma coisa parecida com o que está a acontecer hoje.
Viúvas de Salazar nesta altura não!
A política de estatização das instituições financeiras privadas veio a aplicarse ao BNU por meio do decreto-lei n.º 451/74 de 13.09.1794. Era primeiro ministro o
Brigadeiro Vasco dos Santos Gonçalves e ministros da Coordenação Territorial e
das Finanças, respectivamente, o Dr. António de Almeida Santos e o Dr. José da
Silva Lopes. Tomando por base o disposto no n.º 1, 3.º do art. 16.º da Lei
Constitucional n.º 3/74 de 14.05.1974, e em cumprimento do anunciado na alínea p)
do n.º 4 do preâmbulo do Decreto-Lei n.º 203/74, declarava-se o Banco Nacional
Ultramarino como nacionalizado a partir do sai 15 de Setembro
74
O n.º 1 do artigo .
2.º era claro na sua determinação: “O Banco constitui uma empresa pública, cujo
capital é representado por acções de que o Estado é o único titular
O meu pai era bancário , e conheci muitos bancários e trabalharam muito de perto dos banqueiros , e o que dizem é precisamente o contrário.
Agora com as incertezas da revolução e o Prec , muita gente retirou muito dinheiro dos bancos, mesmo assim ainda me lembro do meu pai dizer que nesse período conturbado para haver levantamentos tinham ser justificados .
Essa sua cartilha e do seu sogro , é a cassete dos comunistas , para terem justificado todos desmandos posteriores , e para se redimirem da péssima imagem e do roubo perpetrado . Tenho um amigo que é comunista , e tem o mesmo discurso.
O 25A foi "salvar" Portugal da bancarrota , mas os comunistas nunca viveram no país real, mas quando constituíram as UCP , e alguns dos seus dirigentes vendiam ao desbarato a cortiça e muitas vezes as alfaias agrícolas, para depois irem para Sesimbra para as mariscadas .
Meu caro eu sou admirador de Salazar e de Marcelo Caetano , embora tenham cometido alguns erros .
Se não sabe, o BNU já tinha sido nacionalizado antes por Salazar com a perca de 75% dos acionistas, pergunte ao seu pai, ele deve saber...Pergunte-lhe pela lei de nacionalização do Capital sambem.
Portugal na altura era um el dourado...isso é revisionismo da pior espécie pelas viúvas do ditador, esquecem-se da imigração massiva nos anos 50 até 1974, da diáspora Portuguesa para todo o mundo, especialmente Brasil e França. Porque será que aconteceu, quando se vivia tão bem em Portugal. Há muita gente que se esquece que apenas uma pequena minoria vivia bem, muito pequena. Essa minoria de pequenos burgueses perpetua a sua visão romântica de Lisboa e Porto burguesa, mas esquece-se da larga maioria de Portugueses que viveu extremamente mal nesse período. É de uma desonestidade intelectual assombrosa esquecer que centenas de milhar de portugueses arriscaram a vida no salto de fronteira, muitos atravessando Espanha e os Pirenéus a pé em pleno Inverno, crianças velhos etc. tive o prazer de conhecer alguns, muitos morreram pelo caminho, porque na altura passava-se fome em Espanha.
Se não sabe, a única coisa que ia mantendo os Bancos Portugueses, era a remessa de capital dos imigrantes, mas na altura estavam em lenta e amarga agonia.
Se não sabe, desde o inicio dos anos 70 a produção agriculta estava em declínio, tendo sido necessário ao estado aplicar as reservas de ouro para importar comidinha.
Sim muita m.. se fez no PREC, era uma REVOLUÇÃO e todo o gato pingado pensava que mandava, era uma balburdia, que os espertos sempre se aproveitaram.
Não admito que se venha aqui vangloriar um ditador que foi responsável por tantas mortes e infortúnios, responsável inclusive por grande parte da ignorância que hoje grassa no país.
E células de extrema esquerda no Bairro da Belavista é anedota, quem é que pode levar isso a sério??? O PNR esteve lá, foi seu representante?
"O que se percebe hoje é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento"
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Re: Convulsâo na Grécia
Extrema-direita aproveita incidentes na Bela Vista para propaganda
O PNR vai amanhã a Setúbal "purificar os ares da cidade vermelha", uma semana depois dos distúrbios na Bela Vista. A polícia está atenta.
Ricardo Marques
22:02 Quinta feira, 21 de maio de 2009
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A vida continua na Bela Vista, mas vigiada muito de perto pelos agentes da PSP
A vida continua na Bela Vista, mas vigiada muito de perto pelos agentes da PSP
Tiago Miranda
"Invasão a Setúbal , terra vermelha, dia 17 de Maio". Esta é uma das frases escritas no blogue Fórum Nacional , ligado ao Partido Nacional Renovador (PNR) . A acção de propaganda tem lugar uma semana depois dos desacatos no bairro da Bela Vista.
Os militantes da extrema-direita encontram-se às 13h no centro da cidade, na praça do Bocage, e vão passar a tarde em acções de campanha para as eleições europeias. Nas dezenas de posts do blogue, os nacionalistas não escondem os objectivos desta acção de rua: "É importante demonstrarmos o nosso apoio à população devido aos últimos acontecimentos", escreve uma das organizadoras. "Vamos dar a conhecer aos setubalenses um partido que pretende restabelecer a segurança através do combate eficaz à criminalidade". Ela termina com uma frase de ordem: "Vamos lá purificar os ares da cidade".
O presidente da freguesia de São Sebastião , que abarca a Bela Vista e outros bairros sociais multiétnicos, mostra-se preocupado: "Este encontro é mais um factor de instabilidade, logo agora que a situação, ainda tensa, estava a voltar ao normal", afirma Carlos Almeida . "O discurso xenófobo e a política anti-imigração do PNR não tranquilizam ninguém".
Quase todos os dias, o autarca ouve da boca de munícipes frases incendiárias como aquela proferida por uma funcionária de um restaurante e presenciada pelo Expresso: "Se fosse eu, metia-os todos num barco em direcção a África e nunca mais voltavam."
Carlos Almeida guarda a esperança que a acção de propaganda política do partido não se estenda até às portas do bairro, a três quilómetros do centro da cidade: a praça do Bocage está separada da Bela Vista apenas por três avenidas quase sempre em linha recta (5 de Outubro, Jaime Cortesão e Bento Jesus Caraça).
Um alto responsável da Polícia Judiciária revela ao Expresso, no anonimato, que as autoridades "estão a seguir atentamente" a reunião de nacionalistas, onde deverão estar presentes alguns skinheads referenciados pela polícia. Esta fonte admite, no entanto que o grau de alerta não é elevado: "este encontro não deverá ter uma grande representatividade", explica.
Texto publicado na edição do Expresso de 16 de Maio de 2009
Ler mais: http://aeiou.expresso.pt/extrema-direit ... z1ce5IiERi
O PNR vai amanhã a Setúbal "purificar os ares da cidade vermelha", uma semana depois dos distúrbios na Bela Vista. A polícia está atenta.
Ricardo Marques
22:02 Quinta feira, 21 de maio de 2009
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A vida continua na Bela Vista, mas vigiada muito de perto pelos agentes da PSP
A vida continua na Bela Vista, mas vigiada muito de perto pelos agentes da PSP
Tiago Miranda
"Invasão a Setúbal , terra vermelha, dia 17 de Maio". Esta é uma das frases escritas no blogue Fórum Nacional , ligado ao Partido Nacional Renovador (PNR) . A acção de propaganda tem lugar uma semana depois dos desacatos no bairro da Bela Vista.
Os militantes da extrema-direita encontram-se às 13h no centro da cidade, na praça do Bocage, e vão passar a tarde em acções de campanha para as eleições europeias. Nas dezenas de posts do blogue, os nacionalistas não escondem os objectivos desta acção de rua: "É importante demonstrarmos o nosso apoio à população devido aos últimos acontecimentos", escreve uma das organizadoras. "Vamos dar a conhecer aos setubalenses um partido que pretende restabelecer a segurança através do combate eficaz à criminalidade". Ela termina com uma frase de ordem: "Vamos lá purificar os ares da cidade".
O presidente da freguesia de São Sebastião , que abarca a Bela Vista e outros bairros sociais multiétnicos, mostra-se preocupado: "Este encontro é mais um factor de instabilidade, logo agora que a situação, ainda tensa, estava a voltar ao normal", afirma Carlos Almeida . "O discurso xenófobo e a política anti-imigração do PNR não tranquilizam ninguém".
Quase todos os dias, o autarca ouve da boca de munícipes frases incendiárias como aquela proferida por uma funcionária de um restaurante e presenciada pelo Expresso: "Se fosse eu, metia-os todos num barco em direcção a África e nunca mais voltavam."
Carlos Almeida guarda a esperança que a acção de propaganda política do partido não se estenda até às portas do bairro, a três quilómetros do centro da cidade: a praça do Bocage está separada da Bela Vista apenas por três avenidas quase sempre em linha recta (5 de Outubro, Jaime Cortesão e Bento Jesus Caraça).
Um alto responsável da Polícia Judiciária revela ao Expresso, no anonimato, que as autoridades "estão a seguir atentamente" a reunião de nacionalistas, onde deverão estar presentes alguns skinheads referenciados pela polícia. Esta fonte admite, no entanto que o grau de alerta não é elevado: "este encontro não deverá ter uma grande representatividade", explica.
Texto publicado na edição do Expresso de 16 de Maio de 2009
Ler mais: http://aeiou.expresso.pt/extrema-direit ... z1ce5IiERi
"O que se percebe hoje é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento"
NJ
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Re: Convulsâo na Grécia
Caro PT, eu costumo ir algumas vezes a Setúbal por isso não quero saber mais que um morador mas aqui na margem norte do Tejo, os apoiantes da estrema esquerda moram nos bairros, ditos normais. Muitos são de classe média alta.
Os criminosos não querem saber de eleições e são adeptos do capitalismo selvagem. Agora se estivermos a falar de meninos com ideias anarquistas que aproveitaram estar em grupo para cometer crimes, não é exclusivo. As claques/torcidas de futebol fazem o mesmo.
Os grupos de Skinheads também fazem o mesmo. Esse episódio que conta é consistente com um tipo de actuação baseada e clichés dos anos 70 em que o policia é o opressor e o bandido rouba para comer, não rouba para ter o maior plasma do bairro. Esse sector da esquerda está desfasado da realidade e as últimas eleições mostraram-lhes o quanto.
A mentalidade de bairro é que só o pessoal do grupo é gente e tudo o resto são alvos ou inimigos. Infelizmente é isso o que está a substituir o nacionalismo mas como andaram a ensinar por estes lados que o nacionalismo é igual ao fascismo, este é o resultado.
Para responder ao colega Cândido, não tenho como certa a passagem desta crise sem um incumprimento já que isso depende do exterior. Agora, por motivos históricos e sociais, as coisas são muito diferentes de países para países e a localização neste caso não é muito relevante. Quer ter uma ideia do que se vai passar em Portugal? Analise a história do Brasil nos anos 90. Não houve nenhuma Primavera brasileira com repressão nas ruas.
A Grécia moderna é um país recente que nunca tinha sido uma entidade independente única e não tem a coesão de Portugal. A distância de Portugal para Marrocos, é salvo erro, 140 Km mas existe uma diferença cultural abismal para a África subsariana.
Nos países das "primaveras", o regime era paternalista e autocrático e as pessoas tem uma visão muito localizada das coisas daí que atribuíram as dificuldades das crises mundiais aos governantes locais. Temos que ver que nessas culturas, a modernidade chegou há muito pouco tempo. Eles não tem referências para se guiar ao contrário dos cidadãos europeus.
De qualquer forma, as democracias e a cultura democrática europeia fazem com que as instituições como as forças armadas desobedeçam a qualquer tentativa de reprimir a população com mais violência do que a necessária.
Os criminosos não querem saber de eleições e são adeptos do capitalismo selvagem. Agora se estivermos a falar de meninos com ideias anarquistas que aproveitaram estar em grupo para cometer crimes, não é exclusivo. As claques/torcidas de futebol fazem o mesmo.
Os grupos de Skinheads também fazem o mesmo. Esse episódio que conta é consistente com um tipo de actuação baseada e clichés dos anos 70 em que o policia é o opressor e o bandido rouba para comer, não rouba para ter o maior plasma do bairro. Esse sector da esquerda está desfasado da realidade e as últimas eleições mostraram-lhes o quanto.
A mentalidade de bairro é que só o pessoal do grupo é gente e tudo o resto são alvos ou inimigos. Infelizmente é isso o que está a substituir o nacionalismo mas como andaram a ensinar por estes lados que o nacionalismo é igual ao fascismo, este é o resultado.
Para responder ao colega Cândido, não tenho como certa a passagem desta crise sem um incumprimento já que isso depende do exterior. Agora, por motivos históricos e sociais, as coisas são muito diferentes de países para países e a localização neste caso não é muito relevante. Quer ter uma ideia do que se vai passar em Portugal? Analise a história do Brasil nos anos 90. Não houve nenhuma Primavera brasileira com repressão nas ruas.
A Grécia moderna é um país recente que nunca tinha sido uma entidade independente única e não tem a coesão de Portugal. A distância de Portugal para Marrocos, é salvo erro, 140 Km mas existe uma diferença cultural abismal para a África subsariana.
Nos países das "primaveras", o regime era paternalista e autocrático e as pessoas tem uma visão muito localizada das coisas daí que atribuíram as dificuldades das crises mundiais aos governantes locais. Temos que ver que nessas culturas, a modernidade chegou há muito pouco tempo. Eles não tem referências para se guiar ao contrário dos cidadãos europeus.
De qualquer forma, as democracias e a cultura democrática europeia fazem com que as instituições como as forças armadas desobedeçam a qualquer tentativa de reprimir a população com mais violência do que a necessária.
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Re: Convulsâo na Grécia
pt,pt escreveu:Aqui há anos, quando um líder criminoso do bairro da Bela Vista foi morto pela policia a assaltar uma caixa multi-banco, a família ficou indignada porque não deixavam o homem trabalhar. Em apoio da familia enlutada, lá veio o Anacleto, que é um nazi acabado e conhece as práticas recomendadas pelo Goebels.
O Anacleto atrofiou um discurso, saiu da Bela Vista aplaudido pela familia do criminosos que do dia seguinte andava a dizer nas entrevistas que «um dos de lá deles» tinha ido à Bela Vista dizer que eles tinham razão em atacar a policia como retaliação.
Eu fiquei espantado, porque não entendia como é que um politico podia defender abertamente os criminosos.
Como é óbvio o Anacleto não é estúpido e como bom marxista é um mentiroso manipulador. Ele tinha dito uma coisa que parecia outra. Quando vimos as declarações na TV ele não tinha realmente apoiado o lado dos mafiosos, tinha vindo com o velho discurso de que a culpa era da sociedade. Mas para pessoas que são basicamente analfabetos funcionais, o que ele tinha dito era outra coisa. Escutaram, aplaudira, gostaram e ficaram convencidos que aquele era o partido que os apoiava.
Essa é a característica que eu admiro no filho do comandante fascista Louça.
Ele foi capaz de manipular de forma maestral um discurso, para garantir o apoio dos bandidos (que lhe dá muito jeito) e ao mesmo tempo não dizer nada que o pudesse comprometer.
Goebbels, se viesse à terra de lá do inferno onde estão os porcos socialistas assassinos, beijaria o camarada Anacleto, porque o Anacleto é a prova de que as teorias dos nazistas podem funcionar.
Em algum momento você vai ter que decidir se os vilões que aponta são nazi-fascistas ou comunistas. Mesmo que em ambos os lados existam vilões, não dá para dizer que um deles qualquer é ao mesmo tempo OS DOIS !
No mínimo isto torna o teu discurso incompreensível !
Leandro G. Card
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Re: Convulsâo na Grécia
O discurso de propaganda foi e é usado por toda a politica e extravasa para várias áreas desde os vendedores porta a porta, religiosos e o marketing em si. Não é exclusivo de facções.
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Re: Convulsâo na Grécia
Soultrain :
Os comunistas , e nem todos, é que tem esse discurso disparatado , de que o país estava todo falido , e vieram as fadas comunistas e revolucionárias salvar o país.
Acho , para quem diz que não é comunista , é um espanto, mas cada um tem os seus mitos e dogmas .
Relativamente ao BNU : Se não sabe, o BNU já tinha sido nacionalizado antes por Salazar com a perca de 75% dos acionistas, pergunte ao seu pai, ele deve saber...Pergunte-lhe pela lei de nacionalização do Capital sambem. , é um disparate , só se foi na década dos 30.
A 19.02.1938 é publicado o decreto-lei n.º 28.489 que define o regime da
vida administrativa do BNU. Depois da grave crise de 1931, que obrigou o Governo
a intervir na instituição, o decreto manifestava a satisfação do Governo pela melhoria
de condições do Banco e pela superação das dificuldades financeiras. Este decretolei espelha bem a história do BNU nestes períodos conturbados e pretendia
consolidar as contas da instituição prevenindo os erros passados. Inaugura-se uma
nova fase da vida do Banco com algumas alterações estruturais e orgânicas.
O artigo 1.º reduzia o capital social de 93.650.110$, fixado no contrato de
03.11.0931, para 40.000.000
Vem no seguimento da crise de 1929, e não nos anos 70, que é década em causa , que diz que os bancos estavam todos falidos .
O relatório de 1973 tem já bem marcada a acção do Dr. João Dias Rosas
como é visível no preâmbulo onde tece um ponto da situação da vida económica e
financeira do país. A sua visão era optimista pela verificação dos seguintes factos:
aumento do comércio externo; crescimento do progresso industrial e descida da
inflação. Contudo em 1973 verifica-se uma inversão da tendência do ano anterior, ou
seja, um aumento das exportações e uma diminuição das importações, o que se
traduzia num superavit favorável à Metrópole.
[color=#FFFF00]Os resultados de 1973 podem ser considerados animadores tendo-se
verificado, no BNU, um aumento dos depósitos e um aumento do capital de reserva.
No preâmbulo do relatório desse ano o governador Dias Rosas afirmava que: “A
expansão da nossa actividade creditícia verificou-se tanto na Metrópole como na
generalidade dos outros territórios nacionais em que o Banco opera (…), sendo os
maiores aumentos no Ultramar registados em Moçambique São Tomé e Príncipe e
Guiné.” [/color]
Os comunistas , e nem todos, é que tem esse discurso disparatado , de que o país estava todo falido , e vieram as fadas comunistas e revolucionárias salvar o país.
Acho , para quem diz que não é comunista , é um espanto, mas cada um tem os seus mitos e dogmas .
Relativamente ao BNU : Se não sabe, o BNU já tinha sido nacionalizado antes por Salazar com a perca de 75% dos acionistas, pergunte ao seu pai, ele deve saber...Pergunte-lhe pela lei de nacionalização do Capital sambem. , é um disparate , só se foi na década dos 30.
A 19.02.1938 é publicado o decreto-lei n.º 28.489 que define o regime da
vida administrativa do BNU. Depois da grave crise de 1931, que obrigou o Governo
a intervir na instituição, o decreto manifestava a satisfação do Governo pela melhoria
de condições do Banco e pela superação das dificuldades financeiras. Este decretolei espelha bem a história do BNU nestes períodos conturbados e pretendia
consolidar as contas da instituição prevenindo os erros passados. Inaugura-se uma
nova fase da vida do Banco com algumas alterações estruturais e orgânicas.
O artigo 1.º reduzia o capital social de 93.650.110$, fixado no contrato de
03.11.0931, para 40.000.000
Vem no seguimento da crise de 1929, e não nos anos 70, que é década em causa , que diz que os bancos estavam todos falidos .
O relatório de 1973 tem já bem marcada a acção do Dr. João Dias Rosas
como é visível no preâmbulo onde tece um ponto da situação da vida económica e
financeira do país. A sua visão era optimista pela verificação dos seguintes factos:
aumento do comércio externo; crescimento do progresso industrial e descida da
inflação. Contudo em 1973 verifica-se uma inversão da tendência do ano anterior, ou
seja, um aumento das exportações e uma diminuição das importações, o que se
traduzia num superavit favorável à Metrópole.
[color=#FFFF00]Os resultados de 1973 podem ser considerados animadores tendo-se
verificado, no BNU, um aumento dos depósitos e um aumento do capital de reserva.
No preâmbulo do relatório desse ano o governador Dias Rosas afirmava que: “A
expansão da nossa actividade creditícia verificou-se tanto na Metrópole como na
generalidade dos outros territórios nacionais em que o Banco opera (…), sendo os
maiores aumentos no Ultramar registados em Moçambique São Tomé e Príncipe e
Guiné.” [/color]