helio escreveu:FCarvalho
Concordo com vc que manter um numero menor de equipamentos não é bom. Se me permite recordar, talvez a unica vez que o Brasil teve um plantel todo equipado como manda o amnual foram nos anos pós Seguda Guerra.
Hoje, com a vinda de simuladores dos 1A5, mesmo operando um esquadrão de 1Be , os RCB podem receber treinamento adequado. Me recordo numa visita a um RCB há 2 anos atrás, perguntei ao comte quantos M41C estavam disponiveis operacionalmente. Ele me perguntou: vc quer saber quantos estão em condição de rodagem ou quantos estão em condição de tiro? A OM tinha alguns que só rodavam mas não atiravam, outros que só atiravam mas não rodavam. Se contar quantos tinham condição de rodar e atirar, dava apenas um pelotão.
Não existe guerra parcial, mas hipoteticamente em caso de guerra com paises vizinhos, esta teria curtissima duração (no máximo 72 horas) , e sem exagero, 220 Leopard 1A5 seriam suficientes (levando em consideração somente CCs, é claro)
Maior preocupação do que o numero de Leo 1A5 adquiridos, é o numero de munições 105mm que o Brasil importou (que é muito pequena). Este numero leva em consideração aos tiros que iremos dar nos proximos anos, a maioria dos exercicios de tiros se fará com simulador.
Abraços
Hélio
Bom dia Helio.
Acompanho como estusiasta questões referentes ao mundo militar desde o final dos anos 80's. E sinceramente, mesmo naquela época de vacas "quase assasinadas" para as ffaa's, em virturde da recente redemocratização do país, ainda poderiamos considerar que o aprestamento e organização das om's era elaborados com mais cuidado a atenção. Na verdade as ffaa's até então, ainda podiam se dar "o luxo" de fazer planos para os anos vindouros. Não que naquele tempo nossas necessidades de emprego fossem mais importantes ou clara que hoje, mesmo porque nossas hipóteses de guerra não eram tão diferentes das de hoje.
Talvez a visão dos atuais generais é que tenha modificado-se de forma a adaptar os recursos e as om's à hipocrisia, à afazia e a desimportância cada vez maiores com que o GF e a classe politica, ufanista que se tronaram com suas próprias ideologias e projetos pessoais, passaram a tratar a questão da defesa.
Mas penso que apesar da desimportância do tema e da hipocrisia oficial, nada disso explique ou mereça crédito como tal, para justificar o fato de que temos e planejamos uma força blda que, no final das contas, continua sendo constituida como méra máquina de desfile militar.
Até o final do século passado, admitindo como nossas principais HE como sendo à nível de AS, e daí planejar nossos reequipamento/modernização, poderia concordar com você que 220 Leo IA5 até seriam mais do que suficiente. Mas acho eu que a atual PND/END procurou superar de alguma forma, ainda que indiretamente, esse pressuposto de conflito sul-americano. Aparentemente, nossas principais HE estão agora voltadas para um horizante mais distante. E portanto, nossa capacidade de emprego deveria/deve assumir novos padrões de qualidade/quantidade e operacionalidade. Para poder se adaptar aos novos pápeis que se esperam ser desempenhados por esse pseudo Brasil potência do Séc. XXI.
Bom, esta parece-me ser a visão das FFAA's e do MD. Mas não a do GF, que parece entender que as questões da politica externa brasileira são da alçada exclusiva do MRE, e que portanto, não cabe consulta, interesse ou qualquer orientação da parte daquele primeiro órgão. Entendo isso de duas maneiras: Uma, simples falta de maturidade politica e preparo intelectual das pessoas que ocupam a esplanada; dois, simples e objetiva ausência de sensibilidade para a temática defesa por quem de direito. Ex: observar as reuniões e os discursos que são percebidos na CREDN da camara e senado federal da parte de nossos parlamentares. É no minimo lastimável.
Ainda assim, quero creer ser possível termos um corpo bldo que possa realmente fazer juz a sua função e competência dentro do que se espera dele no TO. Porque ter carros de combate só com o intuito de faz de conta, para dizer que tem ou simplemente manter doutrina, mas sem nenhuma operacionalidade e efetividade, me parece jogar dinheiro do contribuinte pela janela afora.
Se não podemos(MD), ou não queremos(GF), ter um corpo blindado com tecnologia nacional, então que ao menos no pouco que se tem, seja feito esforço de comprar o melhor o que há por aí no mercado. Até porque, a manutenção da doutrina se sairia muito melhor com veiculos e recursos modernos do que com estes que estão aí, que não obstante o fato de trazerem alguns avanços na parte eletrônica, que por si só, já é defasada, simplemente nos fizeram da um sallto de 20 anos. Da década de cinquenta para os anos 70.
Será que podemos chamar isso de avanço? Creio eu, particularmente que não.
abs.