TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
Enquanto isso em Brasília:
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Carros oficiais são flagrados levando oficiais da Aeronáutica para jantar
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Três carros a serviço da Aeronáutica, com placas brancas, foram flagrados pela reportagem do Correio enquanto acompanhavam oficiais em um jantar no restaurante Bottarga Ristorante (QI 5, conjunto 9, bloco D - lojas 101/108).
Um leitor, que não quis se identificar, denunciou a presença de um Astra Sedã (JGC-1291), um Corolla (JGC-8731) e um Clio Sedã (JGC-1501) em frente ao restaurante. Por volta das 23h10, dois dos motoristas entraram no estabelecimento e, ao saírem, deixaram o local com dois dos carros.
Depois, o tenente-brigadeiro Juniti Saito, que já foi ministro da Aeronáutica no governo Lula, saiu do restaurante e disse à reportagem que não se pronunciaria. Já o brigadeiro Rezende, que dirigia o carro que foi buscar Saito, declarou que os automóveis oficiais estavam no local a trabalho, para uma comemoração pela chegada de um avião B28. O modelo teria participado da Segunda Guerra Mundial.
Os carros estariam lá para levar jornalistas convidados para o evento.
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Fonte: http://www.correiobraziliense.com.br/ap ... ntar.shtml
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Carros oficiais são flagrados levando oficiais da Aeronáutica para jantar
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Três carros a serviço da Aeronáutica, com placas brancas, foram flagrados pela reportagem do Correio enquanto acompanhavam oficiais em um jantar no restaurante Bottarga Ristorante (QI 5, conjunto 9, bloco D - lojas 101/108).
Um leitor, que não quis se identificar, denunciou a presença de um Astra Sedã (JGC-1291), um Corolla (JGC-8731) e um Clio Sedã (JGC-1501) em frente ao restaurante. Por volta das 23h10, dois dos motoristas entraram no estabelecimento e, ao saírem, deixaram o local com dois dos carros.
Depois, o tenente-brigadeiro Juniti Saito, que já foi ministro da Aeronáutica no governo Lula, saiu do restaurante e disse à reportagem que não se pronunciaria. Já o brigadeiro Rezende, que dirigia o carro que foi buscar Saito, declarou que os automóveis oficiais estavam no local a trabalho, para uma comemoração pela chegada de um avião B28. O modelo teria participado da Segunda Guerra Mundial.
Os carros estariam lá para levar jornalistas convidados para o evento.
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Fonte: http://www.correiobraziliense.com.br/ap ... ntar.shtml
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
A confusão dos caças
No momento em que o governo anuncia de cortes de R$ 50 bilhões no orçamento da União, o projeto do Ministério da Defesa de compra dos 36 caças, avaliado em cerca de US$ 6 bilhões, está despertando resistências de colegas de ministério.
Basicamente, alegam que estes gastos, neste momento de contenção de despesas, são desaconselháveis. Mesmo com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, ressaltar que, mesmo que a compra dos caças seja anunciada ainda este ano, a assinatura dos contratos com a empresa vencedora (Dassault, francesa, Saab, sueca ou Boeing, norte-americana) levará pelo menos mais um ano para entrar em vigor.
Ou seja, a compra pode ser decidida este ano e o desembolso ocorrer no ano que vem. Além do mais, espera-se que o Brasil compre as aeronaves a crédito: com financiamento do país que vencer a disputa.
Porém, a resistência tem outras razões. Enquanto a situação dos aeroportos brasileiros é caótica e perigosa, o ministro insiste em debater – como prioridade – a compra dos caças. Alguns chegam a dizer que Jobim não tem o menor interesse em tratar dos assuntos da aviação civil na medida em que será criada uma pasta específica para tratar do tema.
Além dos adversários no ministério, o ministério da Defesa tem que enfrentar a resistência da FAB que não aceita os caças franceses. Entre as três opções, o preferido é a F-18. Mas, como se sabe que a transferência de tecnologia não é o forte dos americanos, acreditam que os caças suecos são a melhor opção para o Brasil. Além de ser a opção mais barata.
Um ministro declarou à Agência Estado que “depois de um corte de R$ 50 bilhões vai dar pra fazer alguma coisa?”, disse um ministro, acrescentando que, todos poderiam estar certos que, este ano, com certeza, “não sai nada” em relação à compra dos caças.
Prosseguindo, a agência informa que a presidente Dilma Rousseff já avisou a quem a procura para falar sobre o assunto que não tem pressa para discutir esta questão. O assunto está adiado, sem uma data determinada porque esta não é prioridade da presidente, neste momento.
Caça vai ser escolhido este ano apesar dos cortes (notícia de 15/2/2011, da mesma fonte)
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, e a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, anunciaram um corte nas despesas da Defesa de até R$4,6 bilhões de reais. Cerca de 36% dos gastos não obrigatórios da pasta. Segundo Jobim, “vão sobrar R$ 6,9 bilhões para gastos não obrigatórios [do Ministério da Defesa] neste ano, que serão utilizados com manutenção e projetos”.
A decisão dos cortes não deve afetar a escolha dos novos caças da FAB já que seriam pagos a partir de 2011. Mesmo assim, o fato de o avião francês ser muito mais caro que os demais pesa contra a sua escolha. Estão na disputa o Rafale, produzido pela francesa Dassault; o sueco Gripen NG, cuja fabricante é a Saab e é o preferido pela FAB; e o FA-18 Hornet, da Boeing.
FONTE: Brasília em Tempo Real
No momento em que o governo anuncia de cortes de R$ 50 bilhões no orçamento da União, o projeto do Ministério da Defesa de compra dos 36 caças, avaliado em cerca de US$ 6 bilhões, está despertando resistências de colegas de ministério.
Basicamente, alegam que estes gastos, neste momento de contenção de despesas, são desaconselháveis. Mesmo com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, ressaltar que, mesmo que a compra dos caças seja anunciada ainda este ano, a assinatura dos contratos com a empresa vencedora (Dassault, francesa, Saab, sueca ou Boeing, norte-americana) levará pelo menos mais um ano para entrar em vigor.
Ou seja, a compra pode ser decidida este ano e o desembolso ocorrer no ano que vem. Além do mais, espera-se que o Brasil compre as aeronaves a crédito: com financiamento do país que vencer a disputa.
Porém, a resistência tem outras razões. Enquanto a situação dos aeroportos brasileiros é caótica e perigosa, o ministro insiste em debater – como prioridade – a compra dos caças. Alguns chegam a dizer que Jobim não tem o menor interesse em tratar dos assuntos da aviação civil na medida em que será criada uma pasta específica para tratar do tema.
Além dos adversários no ministério, o ministério da Defesa tem que enfrentar a resistência da FAB que não aceita os caças franceses. Entre as três opções, o preferido é a F-18. Mas, como se sabe que a transferência de tecnologia não é o forte dos americanos, acreditam que os caças suecos são a melhor opção para o Brasil. Além de ser a opção mais barata.
Um ministro declarou à Agência Estado que “depois de um corte de R$ 50 bilhões vai dar pra fazer alguma coisa?”, disse um ministro, acrescentando que, todos poderiam estar certos que, este ano, com certeza, “não sai nada” em relação à compra dos caças.
Prosseguindo, a agência informa que a presidente Dilma Rousseff já avisou a quem a procura para falar sobre o assunto que não tem pressa para discutir esta questão. O assunto está adiado, sem uma data determinada porque esta não é prioridade da presidente, neste momento.
Caça vai ser escolhido este ano apesar dos cortes (notícia de 15/2/2011, da mesma fonte)
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, e a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, anunciaram um corte nas despesas da Defesa de até R$4,6 bilhões de reais. Cerca de 36% dos gastos não obrigatórios da pasta. Segundo Jobim, “vão sobrar R$ 6,9 bilhões para gastos não obrigatórios [do Ministério da Defesa] neste ano, que serão utilizados com manutenção e projetos”.
A decisão dos cortes não deve afetar a escolha dos novos caças da FAB já que seriam pagos a partir de 2011. Mesmo assim, o fato de o avião francês ser muito mais caro que os demais pesa contra a sua escolha. Estão na disputa o Rafale, produzido pela francesa Dassault; o sueco Gripen NG, cuja fabricante é a Saab e é o preferido pela FAB; e o FA-18 Hornet, da Boeing.
FONTE: Brasília em Tempo Real
Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
As notícias desses dias não fogem em nada do padrão de "olha o fogo", "vai cair", "já ganhou", "era mentira".... A Boeing, Dassault e Saab vem trocando boatos pela imprensa, aumentando a pressão sobre o governo. O mais provável é que a decisão, final ou de adiamento, esteja em curso, e que os atores estejam tentando influenciar o processo, seja melando, seja inflingindo danos no oponente para garantir o seu. O Sarkozy veio ao Brasil, e conseguiu fazer o Lula anunciar que ia comprar os caças, mas esse teve de dar para trás porque o processo não estava completo. Agora, é o Obama que vem por aqui, e a pressão obviamente é para que na sua visita, a Dilma faça um agrado e anuncie a compra dos F-18, oque seria perfeitamente justificável comercialmente, para a FAB, tecnicamente, etc, etc e etc. A quantidade de argumentos à favor que brotam de todos os lados é um sinal que, ou a escolha era ridiculamente óbvia, ou, para os que não acreditam na completa estupidez dos envolvidos no processo, que é melhor analisar direito esses argumentos, porque devem ter furos aos montes embaixo das aparências brilhantes...
Comprar caças por abertura econômica: Não se abre ou fecha a economia para fazer uma venda que é muito inferior ao valor da tal abertura. Menos ainda se há clara pressão política interna contrária a essa abertura. Se EUA ou França negociarem uma abertura da economia, podem ter certeza que o motivo é muito mais valioso doque o tamanho do FX-2. Oque significa que iria acontecer, ou não, de qualquer forma, independentemente do resultado da escolha.
Comprar caças por tecnologia: Ninguém capacita seu concorrente, a não ser que esteja querendo sair do mercado, ou que a tecnologia vendida seja obsoleta. Só vamos conseguir transferência de tecnologia útil se pagarmos bem e oferecermos uma parceria que não ameace o concorrente. Isso vale para todos.
Comprar caças por preço: Para travar uma guerra, você precisa de dinheiro, de recursos, de apoio. Mas no front de batalha, oque ganha combates é tática, estratégia e eficácia tecnológica. Custar mais caro, ou menos caro, é menos importante doque oque se compra e o quão bom e capaz é o tal equipamento. Até porque, num mundo de offsets, quanto maior o preço, maior é o ganho.(um offset, mais doque apenas o valor, movimenta a economia e gera efeitos em cascata da ordem de várias vezes o valor original do offset. Com os impostos, o custo a mais paga a si mesmo)
Trocar caças por carne/soja/etanol: Negociações do gênero esbarram nos interesses internos dos vendedores. Os mercados e as pressões políticas são infinitamente superiores à relevância comercial da venda de caças, e a importância estratégica dos meios de combate superam em muito meros interesses econômicos pontuais brasileiros, ainda mais se for um acordo pontual, com volumes pré-definidos. Se um presidente for tomar uma decisão tendo isso como critério, estará certamente errando em princípio, e a menos que demos muita sorte, errando de fato na prática...
Bloqueios de tecnologia e dependência dos americanos: Se americanos podem vetar a transferência de tecnologia prometida pela França, também podem faze-lo no caso dos Suecos, e mais ainda no caso dos próprios americanos. Ou acreditamos que eles não vão vetar, ou acreditamos que eles vão vetar, mas a real questão aqui seria "porque os russos e chineses não estão nessa concorrência, já que o mundo ocidental pode ser dependente dos americanos???" Deveriamos planejar o FX-2 como incentivo para o desenvolvimento conjunto de uma quinta ou sexta geração, ou mesmo de UCAVs. Pois oque desenvolvemos conjuntamente, não tem como deixar dominar ou bloquear.
Allan
Comprar caças por abertura econômica: Não se abre ou fecha a economia para fazer uma venda que é muito inferior ao valor da tal abertura. Menos ainda se há clara pressão política interna contrária a essa abertura. Se EUA ou França negociarem uma abertura da economia, podem ter certeza que o motivo é muito mais valioso doque o tamanho do FX-2. Oque significa que iria acontecer, ou não, de qualquer forma, independentemente do resultado da escolha.
Comprar caças por tecnologia: Ninguém capacita seu concorrente, a não ser que esteja querendo sair do mercado, ou que a tecnologia vendida seja obsoleta. Só vamos conseguir transferência de tecnologia útil se pagarmos bem e oferecermos uma parceria que não ameace o concorrente. Isso vale para todos.
Comprar caças por preço: Para travar uma guerra, você precisa de dinheiro, de recursos, de apoio. Mas no front de batalha, oque ganha combates é tática, estratégia e eficácia tecnológica. Custar mais caro, ou menos caro, é menos importante doque oque se compra e o quão bom e capaz é o tal equipamento. Até porque, num mundo de offsets, quanto maior o preço, maior é o ganho.(um offset, mais doque apenas o valor, movimenta a economia e gera efeitos em cascata da ordem de várias vezes o valor original do offset. Com os impostos, o custo a mais paga a si mesmo)
Trocar caças por carne/soja/etanol: Negociações do gênero esbarram nos interesses internos dos vendedores. Os mercados e as pressões políticas são infinitamente superiores à relevância comercial da venda de caças, e a importância estratégica dos meios de combate superam em muito meros interesses econômicos pontuais brasileiros, ainda mais se for um acordo pontual, com volumes pré-definidos. Se um presidente for tomar uma decisão tendo isso como critério, estará certamente errando em princípio, e a menos que demos muita sorte, errando de fato na prática...
Bloqueios de tecnologia e dependência dos americanos: Se americanos podem vetar a transferência de tecnologia prometida pela França, também podem faze-lo no caso dos Suecos, e mais ainda no caso dos próprios americanos. Ou acreditamos que eles não vão vetar, ou acreditamos que eles vão vetar, mas a real questão aqui seria "porque os russos e chineses não estão nessa concorrência, já que o mundo ocidental pode ser dependente dos americanos???" Deveriamos planejar o FX-2 como incentivo para o desenvolvimento conjunto de uma quinta ou sexta geração, ou mesmo de UCAVs. Pois oque desenvolvemos conjuntamente, não tem como deixar dominar ou bloquear.
Allan
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
O processo do FX-1 já está tão contaminado quanto ao do FX-1.
Acho que caças usados serão a alternativa.
Acho que caças usados serão a alternativa.
Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
Depende do que você considera abertura de mercado, por exemplo:ninjanki escreveu:As notícias desses dias não fogem em nada do padrão de "olha o fogo", "vai cair", "já ganhou", "era mentira".... A Boeing, Dassault e Saab vem trocando boatos pela imprensa, aumentando a pressão sobre o governo. O mais provável é que a decisão, final ou de adiamento, esteja em curso, e que os atores estejam tentando influenciar o processo, seja melando, seja inflingindo danos no oponente para garantir o seu. O Sarkozy veio ao Brasil, e conseguiu fazer o Lula anunciar que ia comprar os caças, mas esse teve de dar para trás porque o processo não estava completo. Agora, é o Obama que vem por aqui, e a pressão obviamente é para que na sua visita, a Dilma faça um agrado e anuncie a compra dos F-18, oque seria perfeitamente justificável comercialmente, para a FAB, tecnicamente, etc, etc e etc. A quantidade de argumentos à favor que brotam de todos os lados é um sinal que, ou a escolha era ridiculamente óbvia, ou, para os que não acreditam na completa estupidez dos envolvidos no processo, que é melhor analisar direito esses argumentos, porque devem ter furos aos montes embaixo das aparências brilhantes...
Comprar caças por abertura econômica: Não se abre ou fecha a economia para fazer uma venda que é muito inferior ao valor da tal abertura. Menos ainda se há clara pressão política interna contrária a essa abertura. Se EUA ou França negociarem uma abertura da economia, podem ter certeza que o motivo é muito mais valioso doque o tamanho do FX-2. Oque significa que iria acontecer, ou não, de qualquer forma, independentemente do resultado da escolha.
Comprar caças por tecnologia: Ninguém capacita seu concorrente, a não ser que esteja querendo sair do mercado, ou que a tecnologia vendida seja obsoleta. Só vamos conseguir transferência de tecnologia útil se pagarmos bem e oferecermos uma parceria que não ameace o concorrente. Isso vale para todos.
Comprar caças por preço: Para travar uma guerra, você precisa de dinheiro, de recursos, de apoio. Mas no front de batalha, oque ganha combates é tática, estratégia e eficácia tecnológica. Custar mais caro, ou menos caro, é menos importante doque oque se compra e o quão bom e capaz é o tal equipamento. Até porque, num mundo de offsets, quanto maior o preço, maior é o ganho.(um offset, mais doque apenas o valor, movimenta a economia e gera efeitos em cascata da ordem de várias vezes o valor original do offset. Com os impostos, o custo a mais paga a si mesmo)
Trocar caças por carne/soja/etanol: Negociações do gênero esbarram nos interesses internos dos vendedores. Os mercados e as pressões políticas são infinitamente superiores à relevância comercial da venda de caças, e a importância estratégica dos meios de combate superam em muito meros interesses econômicos pontuais brasileiros, ainda mais se for um acordo pontual, com volumes pré-definidos. Se um presidente for tomar uma decisão tendo isso como critério, estará certamente errando em princípio, e a menos que demos muita sorte, errando de fato na prática...
Bloqueios de tecnologia e dependência dos americanos: Se americanos podem vetar a transferência de tecnologia prometida pela França, também podem faze-lo no caso dos Suecos, e mais ainda no caso dos próprios americanos. Ou acreditamos que eles não vão vetar, ou acreditamos que eles vão vetar, mas a real questão aqui seria "porque os russos e chineses não estão nessa concorrência, já que o mundo ocidental pode ser dependente dos americanos???" Deveriamos planejar o FX-2 como incentivo para o desenvolvimento conjunto de uma quinta ou sexta geração, ou mesmo de UCAVs. Pois oque desenvolvemos conjuntamente, não tem como deixar dominar ou bloquear.
Allan
A venda de ST para a forças armadas americanas pode ser considerada uma abertura de mercado, pois a Embraer praticamente não tem espaço no mercado americano de Defesa.
Da mesma forma que a venda de F-18s para o Brasil significa uma maior abertura ao mercado de Defesa brasileiro, na qual eles vinham perdendo espaço relativo.
Leve em consideração que isto não se trata de uma venda pontual, pois trará desdobramentos a longo prazo, tais como, contratos de manutenção, compra de outros lotes de aeronaves, etc.
Por tanto, acredito sim na possibilidade de contrapartidas comerciais, na forma de abertura de mercado, como diferencial no F-X2.
Vamos aguardar...
Abs
F-X2: Alguns se preocupam com a presença de componentes americanos, eu me preocupo com a ausência de componentes brasileiros.
- Carlos Lima
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
jp escreveu:Essas "claudiohumertianas" ilações podem significar três coisas:
- a primeira e mais óbvia é NADA! Isto pelos antecedentes do emissor, que só reverbera ecos sem muita (nenhuma) checagem dos informes que lhe chegam
- a segunda é que pode apontar fumaça onde, ainda, não há fogo. Porém, pode insinuar que a linearidade do gradiente de temperatura, da estadia do ministro, está extrapolando.
- coisa urdida por terceiros para defenestrar Jobim.
e quanto a esse negócio de negociar caças com abertura d emercado... Tsc, tsc, tsc... isto é ainda mais difícil do que exigir ToT irrestrita
Já imaginaram dizer aos EUA, que só compramos a fabulosa quantidade de 36 caças se eles abrirem o mercado ao etanol, ao algodão, ao açúcar...
Ou à França com a exigência de abertura a produtos agrícolas, e que ela mande às favas seus agricultores.
Uma sugestão: convidar o Manoel Carlos ou Aguinaldo Silva para tocar o FX... Melhor! O roteirista do programa do Didi, putz!
[]s
CB_Lima
CB_Lima = Carlos Lima
Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
orestespf escreveu:Flávio, belo post!FCarvalho escreveu:
Caro Orestes, o Brasil, como diria um brigadeiro, se quiser ser, tem de ter.
Este, no meu humilde ponto de vista, é o que está a nos fazer passar essa vergonha toda e ser motivo de chacota mundial, não só nos fóruns estrangeiros, mas também nas rodas diplomáticas.
Não há vontade politica, e nem necessidade ou interesse politico, de decidir-se nada. Agora ou depois. Seja por um ou por outro candidato. O assunto, devo confessar, e talvez não concordes comigo, é considerado, de 2a categoria, nas salas de reunião da esplanada dos ministérios.
Infelizmente a classe politica no Brasil ainda não evoluiu, no que concerne a Defesa Nacional, em maturidade, o que evoluiu em materia de gestão publica, por exemplo, no que diz respeito a Lei de Responsabilidade Fiscal. Por um simples motivo: defesa não dá voto, mas o equilibrio fiscal sim.
A canhesta relação do palácio do planalto com a temática defesa, nunca passou realmente de um namorico de porta de casa. Nem se atreveu a pensar-se em casamento.
A permanencia do NJ no ministério da defesa deveu-se muito mais a pragmática cnostatação de que ele conseguiu ter autoridade e respeitabilidade sobre os militares, e consequentemente, os mantém "na linha" de subordinação que o planalto os quer.
Infelizmente, tratar sobre defesa ainda é um assunto indigestos para a maioria dos politicos do Brasil. Óbvio que isto não justifica mais que um decênio de atraso na escolha de um caça para a FAB, mas dái pode-se ver o quão ainda indigesta complicada é a relação do meio politico nacional com as fa's.
Precisamos de um caça sim. Mas antes de precisarmos de um caça, precisamos que toda essa veborragia sobre politica e estratégia nacional de defesa sejam concretizadas não somente nos meandros do poder de bsl, mas antes, na própria mentalidade da sociedade civil brasileira. O que o povo não sente necessidade de ter ( ou ser), naturalmente não será motivo de atenção da hipocrisia da nossa classe politica de plantão.
E se o povo não acredita que precisamos agora de um caça para a FAB, então pra quê pressa de decidir...
A FAB fez a sua parte através da COPAC. E diga-se, sem babação, que o fez muito bem. O problema é que a necessidade da FAB por um novo caça, jamais em tempo algum nesses 10/15 anos de FX nunca fez parte verdadeiramente da agenda politica do país.
E aí está posto esse fato. Estamos já há mais de 3700 páginas de discussão dessa novela, e voltamos praticamente ao inicio das discussões: um caça tampão para a FAB.
Dou por finda minha participação neste tópico, que muito raramente escrevo, não só pela inanição de idéias como pela extrema frustação e constatação de que um simples programa de aquisição de caças tenha virado essa panacéia, um verdadeiro samba do crioulo doido.
Pois é. A história continua a mesma. "Nunca antes na história desse país..."
Realmente, em relação a defesa do Brasil "NUNCA" é uma palavra sintomática mesmo.
Flavio
Apenas uma opinião (especulação mesmo) minha: o governo anterior assumiu como uma de suas prioridades para a política exterior a necessidade o Brasil assumir um assento permanente no CS. Percebeu-se, neste período, que não é possível tal "assento permanente" sem estar com as FFAA devidamente preparadas (não para enfrentar potências, menos ainda os EUA, mas estar com as FFAA em dia). Ganhou força o argumento que diz que FFAA modernizadas é o último argumento que a diplomacia poderia contar. O problema está em saber se esta visão, se este objetivo será mantido no atual governo.
Este papo de uma necessária aproximação com os EUA, que o caso do Irã produziu feridas, que devemos comprar alguns equipamentos militares, entre eles os caças, dos americanos, pelo menos pra mim, é balela. Este tipo de visão é estreita e só faz sentido nos quase argumentos dos que tem maior afinidade com os caças americanos (que é o que está em voga no momento) e naturalmente para aqueles que fazem parte do marketing do produto.
A questão é: este governo quer porque quer lutar para que o Brasil tenha um assento permanente no CS ou não?
Minha opinião: não!
Isto não tem relação alguma com ToTs, não tem relação alguma com preferência por caças franceses (as primárias acusações que vira e mexe surgem por aí). O tal "assento permanente" não é um desejo apenas do Brasil, nem apenas daqueles que já assumiram publicamente, este "assento" é a única coisa que realmente ainda tem importância na ONU e no cenário internacional, fora isso a ONU já não tem o papel de destaque que tinha na época da guerra fria. Só que para o Brasil conquistar o que ele julga vital (reconhecimento e importância internacional) é preciso investir, e investimento implica em gastos.
Tenho a forte sensação que este governo veio para ser o "arruma casa", tecnicismo puro, ortodoxia ao extremo, de maneira que a casa em ordem permita que novos investimentos sejam realizados lá adiante, possivelmente por alguém com perfil estadista. Se isto fizer algum sentido, então os investimentos em defesa seriam tratados apenas como gastos (no sentido mais pejorativo da expressão), implicando na desistência temporária pela luta ao "assento permanente".
Assim sendo, não importa a procedência dos caças, não importa os seus custos, não importa a quantidade, não importa a quantidade de tecnologias que se pretende obter com eles. Nada importa, a não ser o seguinte: no governo passado a interpretação era que o "assento permanente" seria viável desde que houvesse investimento expressivo nas FFAA; se isto não existir no atual governo (e deixo muito claro que não estou fazendo crítica alguma ao atual governo, apenas tentando compreender as coisas), então a luta pelo "assento permanente" passa a ser vista como gasto, e não como investimento. Parece que os tempos áureos dos economistas voltaram e os projetos de estado terão que aguardar, até porque nascemos e vivemos em berço esplêndido, além do fato do Brasil ser um país pacífico (qual o significado desta expressão? Confesso que parece ser conveniente ao momento, não há um marco regulador sobre o seu significado, usa-se ao sabor das bocas, exigentes, de plantão. Será?).
Só para deixar claro o fio da meada: todos sabem da crise econômica que se abateu sobre vários países, incluindo aí os EUA e a Inglaterra; mas alguém viu a população destes países exigir de seus governantes que retirem suas tropas do Iraque e Afeganistão, que parem de gastar em equipamentos militares para que este dinheiro seja gasto/investido nas reais necessidades de seus povos? Eu não vi... Por quê? Simples, para estes povos a prioridade é o Estado e até de suas necessidades prementes eles abrem mão. Cultura, cultura, cultura... Aqui parece não haver; nos contentemos com isso. E nem esta tecnologia, que é gratuita, nós conseguimos absorver.
Abração!!!
Nenhum dos dois merece ir,tanto que acabaram de enroscar na gradinha enferrujada de entulho e resistem ainda bravamente a enxurrada.Mais um para o mangue...
Abraços aos dois! Justa indignação! FCarvalho!
Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
Guru,fizeste uma sequência de posts com visão sem neblina,límpida!jp escreveu:Essas "claudiohumertianas" ilações podem significar três coisas:
- a primeira e mais óbvia é NADA! Isto pelos antecedentes do emissor, que só reverbera ecos sem muita (nenhuma) checagem dos informes que lhe chegam
- a segunda é que pode apontar fumaça onde, ainda, não há fogo. Porém, pode insinuar que a linearidade do gradiente de temperatura, da estadia do ministro, está extrapolando.
- coisa urdida por terceiros para defenestrar Jobim.
e quanto a esse negócio de negociar caças com abertura d emercado... Tsc, tsc, tsc... isto é ainda mais difícil do que exigir ToT irrestrita
Já imaginaram dizer aos EUA, que só compramos a fabulosa quantidade de 36 caças se eles abrirem o mercado ao etanol, ao algodão, ao açúcar...
Ou à França com a exigência de abertura a produtos agrícolas, e que ela mande às favas seus agricultores.
Uma sugestão: convidar o Manoel Carlos ou Aguinaldo Silva para tocar o FX... Melhor! O roteirista do programa do Didi, putz!
Quanto a questão do roteiro do FX,lamento informar mas a trupe de palhaços do Circo Vostok detem os direitos de exclusividade da confecção do roteiro há 13 anos!
Mudaram alguns palhaços mas perceba que o nível do espetáculo continua o mesmo,isso que é manter a qualidade...
Essa foi minha assinatura durante muito tempo,sou obrigado a usá-la novamente.
Abraços!
- Carlos Lima
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
Coitada da FAB... cada hora inventam um novo criterio para justificar o que nao se justifica...
Novamente volto ao livro do Meteor e as tristes semelhancas... passamos do Pais que nao pode definir o F-X por conta do fim de governo.... depois foi o fome zero, depois foi que finalmente tinhamos uma estrategia e por isso a industria nacional tinha que ser beneficiada, etc etc, depois vieram as ToTs, depois o fim de governo e agora a abertura de mercado...
E o loop da voltas e vamos acabar como no caso do Meteor... vamos vender algodao ou trocar por arroz ou laranja...
Toda triste semelhanca nao é mera coincidência.
[]s
CB_Lima
Novamente volto ao livro do Meteor e as tristes semelhancas... passamos do Pais que nao pode definir o F-X por conta do fim de governo.... depois foi o fome zero, depois foi que finalmente tinhamos uma estrategia e por isso a industria nacional tinha que ser beneficiada, etc etc, depois vieram as ToTs, depois o fim de governo e agora a abertura de mercado...
E o loop da voltas e vamos acabar como no caso do Meteor... vamos vender algodao ou trocar por arroz ou laranja...
Toda triste semelhanca nao é mera coincidência.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
Bender, é a máxima: o show tem que continuar.
Mas o picadeiro está em polvorosa, se verdade for que outras pastas começam a dar pitaco acho melhor levarmos a decisão dos caças à assembléia do Mercosul.
N'est pas un pays sérieux"
Mas o picadeiro está em polvorosa, se verdade for que outras pastas começam a dar pitaco acho melhor levarmos a decisão dos caças à assembléia do Mercosul.
N'est pas un pays sérieux"
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
Varanda break off
Prezados colegas foristas, muitos pensam que é fácil a Dilma, por ser a legítima eleita presidente da República e ter a liberdade de nomear e exonerar livremente seu primeiro escalão, assim fazê-lo. Mas por trás de um ato desses, um turbilhão de consequências pode ocorrer e até afetar a governabilidade.
Não se demite um Ministro de Estado como o Nelson Jobim pura e simplesmente. Há diferenças? Sim. Acha ruim ele ter amigos na oposição? Pode ser, mas desde que ele foi nomeado por Lula, em nenhum momento isto interferiu na sua pasta. E podem ter certeza que sair brigado não seria uma boa. Justamente por ter passado anos no governo, deve estar por dentro das bases do governo petista e não seria bom adversários saberem dos pormenores, para ser usado numa eleição futura. Ele foi deputado constituinte, de modo que tem "livre trânsito", tanto na situação, como na oposição. Foi ministro e presidente do STF e sabemos que ainda tem amizades lá e isto é de suma importância na esfera jurídico-política. Por mais duro que foi aceitar um ministro civil dando as ordens aos militares - o que a rapidez com que os anteriores ficaram no cargo demonstra - foi o Nelson Jobim que assegurou o bom relacionamento e aceitação dessa nova realidade, o que a longeva permanência demonstra.
Também não se tira do cargo, um comandante militar do gabarito do Ten. Brig. do ar Juniti Saito. No topo da carreira, a pouco tempo de obrigatoriamente se retirar da efetividade pela idade, com longa e prestigiosa folha de serviços prestados à aeronáutica.
Antagonismo e críticas ocorrem em todos os setores, incluindo o MD e a FAB. Mas isso faz parte do bom comandante e chefe saber lidar. E pela natureza da personalidade do Nelson Jobim, não acredito que ficaria no cargo se estivesse com a corda no pescoço. Idem para o Saito.
A nota do Claúdio Humberto pode ser verdade ou falsa só o futuro dirá. Mas posso notar um que de maldade, ao já jogar o valor inicial para 20 bilhões...
É normal um jogo de interesse bilionário desses, envolvendo grana, política internacional e estratégia, ter ingredientes de lobbies pesados envolvendo os fabricantes, parte da imprensa, governos etc.
Precisamos torcer para o ajuste financeiro ser breve e relacionado apenas a gestão/organização temporária de quem assumiu o governo a pouco tempo. Também precisamos torcer para a E.N.D. (sigla) se efetivar e não virar uma end (palavra)!
Que saia logo o resultado. E por mais que goste originariamente do Gripen e desejava que houvesse um C/D "turbinado", a proposta do NG não atende ao requisito tempo (pois denota desenvolvimento, sujeito a atrasos e gastos, além da necessidade de um tampão) e como estamos num pequeno atraso, que ou Rafale ou SH vençam e cheguem até 2014, pelo menos as primeiras unidades, data na qual os M2000 e F-5 creio eu ainda estarão ativos, não necessitando, mais uma vez de tampões. A vantagem de tot's do Gripen NG se dilui no desenvolvimento, pois este gasta tempo, dinheiro e está sujeito a atrasos, normais num projeto em desenvolvimento. Tot's já existem na proposta francesa, à custa de muito dinheiro e dependem de mudança de postura e garantias na proposta americana. Para mim, quem equacionar estas dúvidas, vence.
Grande abraço a todos!
Varanda break on again
Prezados colegas foristas, muitos pensam que é fácil a Dilma, por ser a legítima eleita presidente da República e ter a liberdade de nomear e exonerar livremente seu primeiro escalão, assim fazê-lo. Mas por trás de um ato desses, um turbilhão de consequências pode ocorrer e até afetar a governabilidade.
Não se demite um Ministro de Estado como o Nelson Jobim pura e simplesmente. Há diferenças? Sim. Acha ruim ele ter amigos na oposição? Pode ser, mas desde que ele foi nomeado por Lula, em nenhum momento isto interferiu na sua pasta. E podem ter certeza que sair brigado não seria uma boa. Justamente por ter passado anos no governo, deve estar por dentro das bases do governo petista e não seria bom adversários saberem dos pormenores, para ser usado numa eleição futura. Ele foi deputado constituinte, de modo que tem "livre trânsito", tanto na situação, como na oposição. Foi ministro e presidente do STF e sabemos que ainda tem amizades lá e isto é de suma importância na esfera jurídico-política. Por mais duro que foi aceitar um ministro civil dando as ordens aos militares - o que a rapidez com que os anteriores ficaram no cargo demonstra - foi o Nelson Jobim que assegurou o bom relacionamento e aceitação dessa nova realidade, o que a longeva permanência demonstra.
Também não se tira do cargo, um comandante militar do gabarito do Ten. Brig. do ar Juniti Saito. No topo da carreira, a pouco tempo de obrigatoriamente se retirar da efetividade pela idade, com longa e prestigiosa folha de serviços prestados à aeronáutica.
Antagonismo e críticas ocorrem em todos os setores, incluindo o MD e a FAB. Mas isso faz parte do bom comandante e chefe saber lidar. E pela natureza da personalidade do Nelson Jobim, não acredito que ficaria no cargo se estivesse com a corda no pescoço. Idem para o Saito.
A nota do Claúdio Humberto pode ser verdade ou falsa só o futuro dirá. Mas posso notar um que de maldade, ao já jogar o valor inicial para 20 bilhões...
É normal um jogo de interesse bilionário desses, envolvendo grana, política internacional e estratégia, ter ingredientes de lobbies pesados envolvendo os fabricantes, parte da imprensa, governos etc.
Precisamos torcer para o ajuste financeiro ser breve e relacionado apenas a gestão/organização temporária de quem assumiu o governo a pouco tempo. Também precisamos torcer para a E.N.D. (sigla) se efetivar e não virar uma end (palavra)!
Que saia logo o resultado. E por mais que goste originariamente do Gripen e desejava que houvesse um C/D "turbinado", a proposta do NG não atende ao requisito tempo (pois denota desenvolvimento, sujeito a atrasos e gastos, além da necessidade de um tampão) e como estamos num pequeno atraso, que ou Rafale ou SH vençam e cheguem até 2014, pelo menos as primeiras unidades, data na qual os M2000 e F-5 creio eu ainda estarão ativos, não necessitando, mais uma vez de tampões. A vantagem de tot's do Gripen NG se dilui no desenvolvimento, pois este gasta tempo, dinheiro e está sujeito a atrasos, normais num projeto em desenvolvimento. Tot's já existem na proposta francesa, à custa de muito dinheiro e dependem de mudança de postura e garantias na proposta americana. Para mim, quem equacionar estas dúvidas, vence.
Grande abraço a todos!
Varanda break on again
Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
Acho que a solução do NG atende ao requisito tempo. Do jeito que vai demorar para fazer a escolha, negociar, assinar o contrato e quiça começar a pagar, já será 2035, o NG estará obsoleto, mas finalmente terminado, e será entregue dentro do cronograma....
Allan
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
Até que apareça alguma ameaça militar séria e iminente contra nós, prefiro fortalecer a tecnologia e a indústria nacionais antes do setor de defesa. No contexto atual, minha opinião é que a defesa DEVE ser utilizada para justificar investimentos das empresas brasileiras, através da criação de demanda.Boss escreveu:A idéia de comprar de prateleira já me agrada profundamente. Só de dar um up na nossa defesa aérea já basta.
A Embraer só precisaria de ToT´s para o desenvolvimento de caças de última geração, fora isso ela é uma das empresas que mais se vira bem em todo o mundo no seu ramo de negócios. O problema é que a própria compra dos aviões do FX provavelmente vai eliminar a janela de oportunidade para a Embraer desenvolver qualquer caça, então falar em ToT´s para ela nestas condições não faz sentido, excetuando-se a possibilidade do Gripen-NG, onde poderia haver co-desenvolvimento e produção local.Quanto às tecnologias e tal, uma pergunta: a Embraer investe em P&D ? Se investe, investe quanto e em que ? Pois não parece, parece que se ela não receber as tecnologias de caças em um embrulho de presente e com uma florzinha viverá eternamente tendo como trunfo no setor de defesa o Super Tucano.
Antes de sequer se pensar em P&D na área militar, tem-se que ter demanda para os produtos a serem desenvolvidos. Focar diretamente no mercado externo será muito difícil, pois nos falta desde tradição até postura política. Portanto, o primeiro passo seria iniciar um grande programa de reequipamento das FA´s nacionais com ênfase em equipamentos desenvolvidos e produzidos aqui. Depois se pode falar em P&D justamente para os ítens que serão adquiridos pelas 3 forças. Compras de prateleira fecham o espaço para os ítens locais, e impedem os esforços em P&D por torná-los economicamente inviáveis. Só se for em ciência pura, para escrecer papers e participar de congressos, e não para produzir armamentos para FA´s que já estão equipadas com material importado.Tomara que com a idéia de "Conglomerado", tenhamos um investimento real em P&D no setor de defesa, criando uma companhia forte no ramo. Mas nisso é aquilo né, sai uma notícia em mês x e ficamos 7 meses sem nem ver sobre o assunto, depois sai uma notinha de 3 palavras, e vamos mais 7 meses. Que nem a Engesaer, saiu uma nota e nada mais, sumiu, evaporou (isso porque era uma idéia magnífica).
E deveríamos é ficar na nossa P&D e enquanto isso comprando de prateleira. Assim não temos o choro de embargo, choro de acordos comerciais, choro de extradição de criaturas, etc... Seria nós que pesquisamos e desenvolvemos...
Leandro G. Card
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
O dia que o Brasil souber o que quer (não me refiro somente a caças) a saga FX termina.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
Concordo.GDA_Fear escreveu:O dia que o Brasil souber o que quer (não me refiro somente a caças) a saga FX termina.
A verdade é que, em matéria de Defesa, seremos eternos amadores.
Eu juro que me iludi com o que aconteceu nos últimos anos, na gestão do ministro NJ, no governo Lula, mas foi mesmo só ilusão. Agora parece que o ministro será demitido e não penso que a coisa irá melhorar.
O futuro não tem ameaças, a últma lembrança de guerra na pátria tem quase 150 anos, a vizinhança é amiga e, pior, Defesa aqui "não dá IBOPE".
Aqui na AS só o Chile é realmente sério nesse tema.
[]'s
Alberto -