

Ainda não pegou o Kric da coisa.
Moderador: Conselho de Moderação
x2Guerra escreveu:Enquanto existir necessidades e desejos vai existir capitalismo. Enquanto existir capitalismo vai existir motivação para o trabalho.
Enquanto existir motivação para o trabalho vai existir desenvolvimento.
Enquanto existir desenvolvimento vai existir sociedade.
E (fechando o ciclo) enquanto existir sociedade é porque existem necessidades e desejos.
O resto é viagem na maionese!
Ja falei disso antes, tudo isso é possivel fora do Capitalismo, tudo isso pode ser suprido de outras formas também... se quiser te repito, faço como o senhor, repito tudo sempre de novo.Guerra escreveu:Enquanto existir necessidades e desejos vai existir capitalismo. Enquanto existir capitalismo vai existir motivação para o trabalho.
Enquanto existir motivação para o trabalho vai existir desenvolvimento.
Enquanto existir desenvolvimento vai existir sociedade.
E (fechando o ciclo) enquanto existir sociedade é porque existem necessidades e desejos.
O resto é viagem na maionese!
Isso tudo pode ser feito em outros sistemas também, não é preciso o capitalismo pra isso.cabeça de martelo escreveu:
x2
Para além disso, haverá sempre pessoas que gostam de ter as suas coisas limpas e organizadas e haverá sempre aqueles que pura e simplesmente não estão para ter trabalho para conseguir as suas próprias coisas. Haverá sempre trabalhadores e haverá sempre parasitas, haverá sempre empreendedores e haverá sempre os acomodados, haverá sempre os lideres e haverá sempre os lambe-botas, ...
O livro foi escrito há mais de cem anos, então algumas coisas ficam meio idiossincráticas se analisadas no contexto moderno. O autor nem imaginava a existência de rádios (a forma como ele descreve as pessoas ouvindo música em casa é hilária) ou computadores , imagine internet, urna eletrônica, etc... . O importante era esta questão, se alguém tivesse uma idéia e obtivesse apoio para ela, ela seria colocada em prática. Mas isto valeria para a alocação de recursos, investimentos, etc... . As normas de funcionamento da sociedade estariam em uma constituição, e para mudá-la teria que haver apoio muito maior. Como aliás já funciona hoje.Túlio escreveu:Eu li todo o texto mas confesso que deu vontade de parar naquela dos abaixo-assinados (só continuei porque era do Leandro), dez milhões assinando pra cá, cem milhões pra lá, que maná para os demagogos de sempre, logo os partidos estariam formados, logo se arrumaria um abaixo-assinado para que político pudesse ser profissão sim, etc...
Na verdade o livro fala destes também, aqueles que não querem trabalhar e se dedicam apenas a alguma forma de arte que não interessa a mais ninguém, à contemplação religiosa ou à "fiscalização da natureza". Eles teriam direito a receber uma parcela menor dos recursos, e teriam que se virar com isso (no livro eles receberiam 50% do que os trabalhadores, mas eu achei muito, poderia ser uma proporção menor).Ademais, o que se faria com os muitos inconformistas que sempre há e haveriam? Os que simplesmente não querem/podem trabalhar e ter uma vida 'normal', tipo vadios/mendigos/crianças de rua;
Estes casos continuariam existindo, porque uma simples mudança da sociedade não cura deformações morais patológicas em todos os indivíduos. Uma sociedade humana menos imperfeita não significa indivíduos humanos menos imperfeitos. Mas a polícia, os tribunais e as cadeias ainda existiriam (seu trampo estaria à salvoos que furtam/roubam; os que preferem plantar folha de coca; os que a compram para processar; os que vendem a cocaína; os bêbados brigões; os assassinos; e tantos outros. Onde arrumar cadeia/reformatório para tanta gente? Ou é paredón mesmo?
Concordo que a natureza humana é de fato o maior empecilho à implantação de sociedades mais igualitárias, pois como já mencionei, o homem não tem tendências naturais ao igualitarismo. Mas ele também não tem tendência a mansidão ou à solidariedade, e para isso existem a educação e a lei. Inconformados sempre haverão, mas eles já existem hoje em grande número, então isto apenas não é um critério para defender a organização da sociedade capitalista atual.Não adianta, esses modelos utópicos sempre e invariavelmente irão esbarrar, tropeçar e cair em um singela kozitcha chamada NATUREZA HUMANA...
A afirmação grifada soa bem como um lema ideológico, mas até que se prove a existência de leis da natureza que obriguem a esta relação unívoca ela não passa muito disso. Analisando historicamente o capitalismo é apenas uma circunstância atual, sem nenhuma relação especial com os desejos ou o progresso do homem.Guerra escreveu:Enquanto existir necessidades e desejos vai existir capitalismo. Enquanto existir capitalismo vai existir motivação para o trabalho.
Enquanto existir motivação para o trabalho vai existir desenvolvimento.
Enquanto existir desenvolvimento vai existir sociedade.
E (fechando o ciclo) enquanto existir sociedade é porque existem necessidades e desejos.
O resto é viagem na maionese!
LeandroGCard escreveu: Mas a polícia, os tribunais e as cadeias ainda existiriam (seu trampo estaria à salvo)
Leandro G. Card
Túlio escreveu:LeandroGCard escreveu: Mas a polícia, os tribunais e as cadeias ainda existiriam (seu trampo estaria à salvo)
Leandro G. Card
Ah tá, então concordo. Quando começamos?![]()
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X2Túlio escreveu:LeandroGCard escreveu: Mas a polícia, os tribunais e as cadeias ainda existiriam (seu trampo estaria à salvo)
Leandro G. Card
Ah tá, então concordo. Quando começamos?![]()
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E eu conheço vários casos assim.tflash escreveu:Existem aqui vários problemas. Eu sou um critico do estado social português e não vou maçar-vos a repetir muito mas só para nos sintonizarmos. Quem conseguir entrar no sistema de ajudas, consegue uma casa com uma renda mensal que equivale ao preço de 3 ou 4 cervejas, uma pensão estilo bolsa família e um extra por cada filho que também não paga nada para andar na escola.
Porque é que eu acho que é relevante falar nisto? Porque para algumas pessoas isto chega. O que recebem dá para terem tv por cabo com os canais premium de futebol, lugares cativos em estádios, tabaco, bebidas e a comida vão buscar às instituições ou às traseiras do supermercado. Há pessoas que fazem disto estilo de vida e não querem trabalhar, a sério mesmo, não estou a criticar. Isto existe!
Estas questões são de fato interessantes e valem à pena serem discutidas.tflash escreveu:Existem aqui vários problemas. Eu sou um critico do estado social português e não vou maçar-vos a repetir muito mas só para nos sintonizarmos. Quem conseguir entrar no sistema de ajudas, consegue uma casa com uma renda mensal que equivale ao preço de 3 ou 4 cervejas, uma pensão estilo bolsa família e um extra por cada filho que também não paga nada para andar na escola.
Porque é que eu acho que é relevante falar nisto? Porque para algumas pessoas isto chega. O que recebem dá para terem tv por cabo com os canais premium de futebol, lugares cativos em estádios, tabaco, bebidas e a comida vão buscar às instituições ou às traseiras do supermercado. Há pessoas que fazem disto estilo de vida e não querem trabalhar, a sério mesmo, não estou a criticar. Isto existe!
Segundo os estudos que vi sobre gerenciamento de pessoal este é, com as variações já esperadas, o comportamento mais normal dos seres humanos. As maioria das pessoas trabalha para ter um retorno razoável, e depois cada um gasta como quiser. Uns poucos buscam principalmente a satisfação no trabalho, mas isto é bem raro. Em uma sociedade igualitária não haveria diferença nisso, a diferença estaria na determinação da remuneração, que seria igual para todos os trabalhadores. Aí cada um faria com ela o que bem entendesse.Por outro lado há desgraçados como eu que tem dois empregos, a mulher um terceiro e que anseiam ter na vida uma moradia com terreno há volta, um SUV, dar uma boa educação aos filhos e serem reconhecidos como bons funcionários ou desenvolver projectos dos quais nos podemos orgulhar pela capacidade técnica e beleza que atingem.
Outros fartarão-se de trabalhar para torrar numas prostitutas de luxo, bebida e charutos e é legitimo porque foi dinheiro que eles ganharam. Não valorizarão uma casa ou um carro como eu.
Um trabalho como qualquer outro, as interessadas se candidatam às vagas e os clientes escolhem as que preferem. Ninguém é obrigado a aceitar um serviço (ou uma servidora) que não quer. Eu imagino que esta seria uma profissão em que se receberiam muitas medalhas...(esta é uma curiosidade que me surgiu, como é que ficam as P....? Se não há dinheiro para lhes pagar? Ou é determinado por computador que as mulheres podem prestar serviços dessa natureza e receber créditos e cada cidadão tem direito a umas horas conforme a disponibilidade? E se me calha uma feia?)
Em diversas áreas, como medicina, engenharia, etc... as pessoas hoje em dia já escolhem a profissão por terem entusiasmo por ela, pois a formação é difícil e não há garantia de remuneração elevada. Eu preferia mesmo uma sociedade em que os médicos trabalhassem por vocação à outra em que o fizessem por grana, e engenheiros e técnicos com vocação também produzem muito mais que os que trabalham apenas tentando ganhar mais dinheiro. Isto acontece em muitas áreas insuspeitas, tem gente que gosta de ser garçom, motorista de caminhão, balconista, etc... . Se a remuneração não fosse um critério muita gente trabalharia de bom grado em carreiras que hoje em geral são evitadas.Ora eu acho que os humanos serão sempre humanos. Se não existir hipotese de acumular riqueza, só os entusiastas é que vão trabalhar a sério.
Existem outras formas de se obter isso, mesmo na antiga URSS equipes de engenharia eram mantidas em competição saudável (e às vezes nem tão saudável) gerando projetos até mais avançados que no ocidente, como na área militar e espacial. Nada impede que o mesmo seja feito no setor de bens de consumo, e inclusive os responsáveis pelos melhores produtos (escolhidos em pesquisas com os consumidores) poderiam ganhar medalhas especiais e se tornar cidadãos altamente considerados na sociedade. Cientistas espaciais como Sergei Korolev e Valentim Glushko e engenheiros aeronáuticos como Artem Mikoyan e Mikhail Gurevich eram verdadeiros pop-stars na sociedade soviética nas décadas de 50 e 60, eram reconhecidos na rua e tratados com o mesmo respeito que hoje recebem os astros do esporte e da música no ocidente.Por outro lado, e isto é dedo de designer, de certeza. O direito das pessoas a terem a melhor tecnologia disponível em vez de barato e obsoleto em que o exemplo mais gritante é alguém decidir que vocês ai no Brasil terem que ter um modelo de carro que já está obsoleto na Europa e não comercializarem aí o modelo actual apesar de ter quem o compre.
Isso consegue ser vencido actualmente com legislação mais exigente e com a mudança das leis de patentes.
Este nível de democracia não interessa ao sistema capitalista, muito mais importante é uma população que não discuta nenhum assunto sério e consuma ao máximo. Não vejo a representação democrática se tornando mais eficiente com a exacerbação do capitalismo em lugar algum do mundo, muito pelo contrário, veja por exemplo a democracia americana, com seu alto nível de abstenção e os Tea Parties da vida.Como eu disse à algum tempo. Um bom sistema politico é o que já foi previsto por alguns. O cidadão chegar a casa, ligar o computador e votar leis propostas por outros cidadãos.
Infelizmente essa evolução não existiu porque os meios de comunicação não estão a educar a população. A TV dá-nos Big Brothers, novelas, Reality Shows onde se cultua o medíocre. A net dá-nos pornografia com fartura. Daí que a percentagem de pessoas cultas, e não faço referência a pessoas com cursos universitários porque alguns desses tem a cultura geral de uma barata, seja muito semelhante há que existia antigamente.