Universidade baiana omite "raça branca" em inscrição

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Edu Lopes
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Re: Universidade baiana omite "raça branca" em inscrição

#76 Mensagem por Edu Lopes » Ter Jul 13, 2010 8:47 pm

Cotas não resolvem

MARIA JUDITH SUCUPIRA DA COSTA

Mais uma vez está de volta em nossa sociedade a discussão sobre o acesso ao ensino superior sob o prisma das cotas. A questão das ações afirmativas vem sendo debatida, focada em apenas determinados pontos sociais e políticos sem que sejam levadas em consideração outras variáveis.

Este tema exige uma reflexão que deve partir do sentido histórico desta instituição. Pensemos em qual é o sentido da universidade no mundo do século XXI. É grande o número de pessoas que sonham com o ingresso em uma faculdade, muitas vezes sem que saibam os reais motivos deste desejo. Julgam que terão um emprego ou um salário melhor. Esta não é a razão da existência da universidade. Se entendermos a universidade em sua condição de lugar do saber no qual o conhecimento e a ciência são criados e desenvolvidos, teremos uma concepção específica.

O que se observa como justificativa no grande número de candidatos que todos os anos batem às portas da universidade é a falta de alternativas. Bastaria perguntar qual a motivação destes futuros alunos para se ter um elenco de respostas que não coincidem com as finalidades de um curso universitário.

Faltam opções aos alunos que chegaram ao final do ensino médio, e nada encontram que lhes possa proporcionar uma habilitação profissional digna e adequada. É então, a partir deste vazio, que os egressos do ensino médio se voltam para outro horizonte, encontrando à sua frente a possibilidade de um diploma de nível superior. A qualidade de ensino e de aprendizagem exige do estudante universitário uma vocação especial, de modo que não é o mercado que deve balizar sua escolha nem suportar seus esforços. Estabelecer outros critérios que não o mérito para o acesso ao ensino superior é distorcer o objetivo da universidade e reduzi-la a uma fábrica de certificados ou instrumento para outros usos. Cursos organizados para serem frequentados depois do ensino médio, que proporcionassem preparação profissional e formação humana consistentes, seriam muito mais atraentes em termos de retorno financeiro.

A universidade não é nem para os alunos nem para os professores, a universidade é para o saber. Repensemos sobre o sentido da universidade, criando condições múltiplas para que os jovens, e também os não tão jovens, não se sintam obrigados a recorrer ao ensino superior porque outros caminhos não lhes são oferecidos. O estabelecimento das cotas no acesso ao ensino superior não resolverá o problema vital da construção do próprio futuro de cada pessoa.

MARIA JUDITH SUCUPIRA DA COSTA LINS é professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro.


Fonte: http://oglobo.globo.com/opiniao/mat/201 ... 138564.asp




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Edu Lopes
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Re: Universidade baiana omite "raça branca" em inscrição

#77 Mensagem por Edu Lopes » Seg Jul 19, 2010 9:46 am

Até que ponto a liberdade de expressão deve ser permitida?
Grupos racistas da Ku Klux Klan crescem protegidos pela Constituição nos EUA

Extremistas pregam superioridade da 'raça branca' e segregação de negros e imigrantes

Lucas Bessel, do R7

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Membros de grupo da KKK fazem a queima da cruz, ritual centenário adotado pelos racistas ainda hoje;
organização prega superioridade dos brancos


"Se você não é da raça branca, este site não é para pessoas como você. A IKA odeia negros, hispânicos, asiáticos e judeus".

Essa é a mensagem que os internautas que acessam o site do "Klans Imperiais da América" (IKA, na sigla em inglês) encontram na página inicial.

O grupo é apenas um dos muitos "descendentes" modernos de uma organização racista cristã que, desde 1860, atua nos Estados Unidos: a Ku Klux Klan (KKK). Normalmente associados à perseguição de negros e imigrantes na década de 1920, muitos membros da KKK do século 21 ainda queimam cruzes e vestem capuzes brancos, da mesma forma que 90 anos atrás.

Sob a proteção da Constituição dos Estados Unidos - que garante a irrestrita liberdade de expressão - a KKK ampliou o leque do seu ódio e prega a superioridade da "raça branca cristã" sobre negros, judeus, homossexuais e imigrantes em geral.

É também sob a proteção do texto constitucional que os grupos inspirados na KKK crescem nos Estados Unidos. De acordo com levantamento do Southern Poverty Law Center (SPLC) - organização americana que monitora os chamados "grupos de ódio" - o número de organizações do tipo passou de 110 no ano 2000 para 187 em 2009, um crescimento de 70%.

Mark Potok, diretor do SPLC, diz que há três razões principais para o aumento de grupos do tipo.

- A mudança do perfil demográfico do país, com aumento da população negra e hispânica, os problemas econômicos que os EUA enfrentam nos últimos anos e a propagação de teorias da conspiração racistas pela direita americana dão combustível a esse tipo organização.

Grupo prega a segregação

Em entrevista exclusiva ao R7, Lawrence Grant, um dos líderes da Igreja Nacional dos Cavaleiros da Ku Klux Klan (NCKKK, um dos maiores grupos dos EUA), disse que a organização não prega a violência, mas sim a segregação.

- Acreditamos na superioridade da raça branca, de origem europeia e caucasiana. Não somos a favor da violência, queremos apenas que negros, hispânicos e homossexuais vivam entre eles e não se misturem com a gente.

Com voz pausada e fala articulada, o "reverendo" Grant, como é chamado dentro do grupo, diz acreditar que a imigração é totalmente desnecessária para os Estados Unidos, embora não condene os imigrantes legais.

- Somos, sim, totalmente contra a onda de imigrantes ilegais que cruzam a fronteira do México, vêm para os Estados Unidos e fazem filhos aqui apenas para poderem pedir residência permanente.

Sobre os homossexuais, Grant é categórico, mas faz questão de ressaltar que não incita a violência.

- O homossexualismo é uma abominação, uma violação do texto da Bíblia. Mas se esse tipo de gente escolhe viver dessa maneira, que vivam entre eles e não se metam com a tradicional família americana. Não prego a violência contra gays.

Episódios de violência ainda existem

Apesar do crescimento no número de grupos, a quantidade de membros da KKK é pequena. O SPLC estima que os Estados Unidos abriguem hoje entre 5.000 e 10 mil "klansman", embora a cifra exata seja quase impossível de calcular, já que muitas das organizações são secretas.

Rick Eaton, pesquisador do Centro Wiesenthal, organização que monitora grupos extremistas nos EUA, acredita que, apesar do reduzido número de participantes, grupos da KKK ainda são perigosos.

- Pela maneira como se promovem e recrutam adeptos, essas pessoas certamente são perigosas em pequenos grupos.

Eaton cita o caso do espancamento de um adolescente de origem panamenha, em 2006, por membros da IKA. O jovem de 16 anos foi atacado durante um evento do grupo em Brandenburg, no Estado de Kentucky, e teve duas costelas fraturadas, um braço quebrado e vários ferimentos na mandíbula.

Na ocasião, o SPLC saiu em defesa do jovem e processou o líder da IKA, Ron Edwards, que foi condenado a pagar uma indenização milionária ao jovem espancado. O mentor do episódio recorreu da sentença, e o caso ainda aguarda novo julgamento.

Para Potok, no entanto, o maior perigo desses grupos não são os episódios de violência, mas sim a propaganda, que pode influenciar gente de fora dos "klans".

- Como proporção, os grupos são pequenos, e a chance de alguém ser atacado é bem reduzida. Mas a propaganda acaba influenciando o debate político, as teorias da conspiração propagadas por eles ameaçam a discussão democrática, e muita gente acaba entrando nessa onda.

Nome do grupo tem origem grega

Embora a origem do nome Ku Klux Klan seja controversa, a explicação é de que os termos nasceram da junção da palavra grega "kuklos" (círculo) com a palavra clã ("clan" em inglês, mas escrita com "k").

Um dos rituais mais conhecidos da KKK, a queima da cruz, tem origem em clãs escoceses da Idade Média que, antes de batalhas, inflamavam os símbolos cristãos para intimidar seus inimigos. Os racistas dos "klans" adotaram a prática no início do século 20 e, ainda hoje, muitos grupos realizam o ritual.


Fonte: http://noticias.r7.com/internacional/no ... 10717.html
No NetGeo passou um documentário sobre um grupo racista, no estilo da Klan, extremamente violento e que tem existência legal e inclusive comercializam seus produtos pela internet sem maiores problemas.

A liberdade de expressão termina onde começa a intolerância.




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Re: Universidade baiana omite "raça branca" em inscrição

#78 Mensagem por tflash » Seg Jul 19, 2010 11:10 am

Discordo, eles podem ser intolerantes mas não podem ter atitudes que discriminem, aí ainda é liberdade. Ex. Podem fazer uma igreja ou clube deles onde só admitam brancos, de olhos azuis com pedigree etc. Desde o momento que tratem mal outras etnias ou que não aceitem autoridade do estado,emanada por outra etnia é que já estão a abusar, pelo menos vejo isso assim mas as fronteiras são muito ténues. De facto, acho que por muito estúpido que possamos achar, uma pessoa deve ter a liberdade de achar que é melhor que a outra. Quando passa das palavras aos actos, é tempo de agir.




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Re: Universidade baiana omite "raça branca" em inscrição

#79 Mensagem por P44 » Ter Jul 20, 2010 12:10 pm

Vou lançar lenha para a fogueira:

e quantos grupos ou organizações negras não são tão ou mais racistas que o KKK?

editado: nem tarde nem cedo, ao abrir o Yahoo deparo-me com esta noticia
USDA official resigns amid race controversy
By Andrew Golis andrew Golis 1 hr 46 mins ago

An employee of the Department of Agriculture has resigned, after conservative media outlets posted video Monday of her describing a time in the past when she hadn't used the "full force" of her abilities to help a farmer because he was white.

In the video, Shirley Sherrod, who is black, recounts having been asked to help a white farmer avoid foreclosure. She says she was torn over how much to help him because so many black farmers were also struggling, and decided to do just enough to be able to say she'd tried:

I didn't give him the full force of what I could do. I did enough. ... So I took him to a white lawyer. ... So I figured if I would take him to one of them, his own kind would take care of him.

Sherrod spoke to CNN on Tuesday, explaining that she told the story of her actions — which, she said, occurred 24 years ago when she was working for a nonprofit, not the USDA — to illustrate how she has since realized that everything is not about race but "about those who have versus those who do not have." She says she later became friends with the farmer and his wife.

Even so, Sherrod resigned after conservative media activist Andrew Breitbart posted video of the story and Fox News picked it up. She told CNN that she tried to explain to USDA officials that the incident was in the past, but said "for some reason, the stuff Fox and the tea party does is scaring the administration."

In a statement quoted by CNN, Secretary of Agriculture Tom Vilsack said of Sherrod's actions:

There is zero tolerance for discrimination at USDA, and I strongly condemn any act of discrimination against any person. ... We have been working hard through the past 18 months to reverse the checkered civil rights history at the department and take the issue of fairness and equality very seriously.

NAACP CEO Ben Jealous was also quick to condemn Sherrod's actions, though. In a statement Monday posted on Breitbart's Big Government site, he said:

Her actions were shameful. While she went on to explain in the story that she ultimately realized her mistake, as well as the common predicament of working people of all races, she gave no indication she had attempted to right the wrong she had done to this man.

In response, Sherrod told CNN that it was "unfortunate that the NAACP would make a statement without even checking to see what happened. This was 24 years ago, and I'm telling a story to try to unite people."

Watch her interview with CNN here:
http://news.yahoo.com/s/yblog_upshot/20 ... ersy/print


* - NAACP -->
A Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor (em inglês: National Association for the Advancement of Colored People; NAACP)
http://pt.wikipedia.org/wiki/NAACP

(imaginem o escandalo se tb existisse uma "NAAWP", National Association for the Advancement of White People...) :roll:




Triste sina ter nascido português 👎
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Re: Universidade baiana omite "raça branca" em inscrição

#80 Mensagem por Viktor Reznov » Ter Jul 20, 2010 3:50 pm

Edu Lopes escreveu:Até que ponto a liberdade de expressão deve ser permitida?
Grupos racistas da Ku Klux Klan crescem protegidos pela Constituição nos EUA

Extremistas pregam superioridade da 'raça branca' e segregação de negros e imigrantes

Lucas Bessel, do R7

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Membros de grupo da KKK fazem a queima da cruz, ritual centenário adotado pelos racistas ainda hoje;
organização prega superioridade dos brancos


"Se você não é da raça branca, este site não é para pessoas como você. A IKA odeia negros, hispânicos, asiáticos e judeus".

Essa é a mensagem que os internautas que acessam o site do "Klans Imperiais da América" (IKA, na sigla em inglês) encontram na página inicial.

O grupo é apenas um dos muitos "descendentes" modernos de uma organização racista cristã que, desde 1860, atua nos Estados Unidos: a Ku Klux Klan (KKK). Normalmente associados à perseguição de negros e imigrantes na década de 1920, muitos membros da KKK do século 21 ainda queimam cruzes e vestem capuzes brancos, da mesma forma que 90 anos atrás.

Sob a proteção da Constituição dos Estados Unidos - que garante a irrestrita liberdade de expressão - a KKK ampliou o leque do seu ódio e prega a superioridade da "raça branca cristã" sobre negros, judeus, homossexuais e imigrantes em geral.

É também sob a proteção do texto constitucional que os grupos inspirados na KKK crescem nos Estados Unidos. De acordo com levantamento do Southern Poverty Law Center (SPLC) - organização americana que monitora os chamados "grupos de ódio" - o número de organizações do tipo passou de 110 no ano 2000 para 187 em 2009, um crescimento de 70%.

Mark Potok, diretor do SPLC, diz que há três razões principais para o aumento de grupos do tipo.

- A mudança do perfil demográfico do país, com aumento da população negra e hispânica, os problemas econômicos que os EUA enfrentam nos últimos anos e a propagação de teorias da conspiração racistas pela direita americana dão combustível a esse tipo organização.

Grupo prega a segregação

Em entrevista exclusiva ao R7, Lawrence Grant, um dos líderes da Igreja Nacional dos Cavaleiros da Ku Klux Klan (NCKKK, um dos maiores grupos dos EUA), disse que a organização não prega a violência, mas sim a segregação.

- Acreditamos na superioridade da raça branca, de origem europeia e caucasiana. Não somos a favor da violência, queremos apenas que negros, hispânicos e homossexuais vivam entre eles e não se misturem com a gente.

Com voz pausada e fala articulada, o "reverendo" Grant, como é chamado dentro do grupo, diz acreditar que a imigração é totalmente desnecessária para os Estados Unidos, embora não condene os imigrantes legais.

- Somos, sim, totalmente contra a onda de imigrantes ilegais que cruzam a fronteira do México, vêm para os Estados Unidos e fazem filhos aqui apenas para poderem pedir residência permanente.

Sobre os homossexuais, Grant é categórico, mas faz questão de ressaltar que não incita a violência.

- O homossexualismo é uma abominação, uma violação do texto da Bíblia. Mas se esse tipo de gente escolhe viver dessa maneira, que vivam entre eles e não se metam com a tradicional família americana. Não prego a violência contra gays.

Episódios de violência ainda existem

Apesar do crescimento no número de grupos, a quantidade de membros da KKK é pequena. O SPLC estima que os Estados Unidos abriguem hoje entre 5.000 e 10 mil "klansman", embora a cifra exata seja quase impossível de calcular, já que muitas das organizações são secretas.

Rick Eaton, pesquisador do Centro Wiesenthal, organização que monitora grupos extremistas nos EUA, acredita que, apesar do reduzido número de participantes, grupos da KKK ainda são perigosos.

- Pela maneira como se promovem e recrutam adeptos, essas pessoas certamente são perigosas em pequenos grupos.

Eaton cita o caso do espancamento de um adolescente de origem panamenha, em 2006, por membros da IKA. O jovem de 16 anos foi atacado durante um evento do grupo em Brandenburg, no Estado de Kentucky, e teve duas costelas fraturadas, um braço quebrado e vários ferimentos na mandíbula.

Na ocasião, o SPLC saiu em defesa do jovem e processou o líder da IKA, Ron Edwards, que foi condenado a pagar uma indenização milionária ao jovem espancado. O mentor do episódio recorreu da sentença, e o caso ainda aguarda novo julgamento.

Para Potok, no entanto, o maior perigo desses grupos não são os episódios de violência, mas sim a propaganda, que pode influenciar gente de fora dos "klans".

- Como proporção, os grupos são pequenos, e a chance de alguém ser atacado é bem reduzida. Mas a propaganda acaba influenciando o debate político, as teorias da conspiração propagadas por eles ameaçam a discussão democrática, e muita gente acaba entrando nessa onda.

Nome do grupo tem origem grega

Embora a origem do nome Ku Klux Klan seja controversa, a explicação é de que os termos nasceram da junção da palavra grega "kuklos" (círculo) com a palavra clã ("clan" em inglês, mas escrita com "k").

Um dos rituais mais conhecidos da KKK, a queima da cruz, tem origem em clãs escoceses da Idade Média que, antes de batalhas, inflamavam os símbolos cristãos para intimidar seus inimigos. Os racistas dos "klans" adotaram a prática no início do século 20 e, ainda hoje, muitos grupos realizam o ritual.


Fonte: http://noticias.r7.com/internacional/no ... 10717.html
No NetGeo passou um documentário sobre um grupo racista, no estilo da Klan, extremamente violento e que tem existência legal e inclusive comercializam seus produtos pela internet sem maiores problemas.

A liberdade de expressão termina onde começa a intolerância.
Não só a KKK como os Black Panthers também são protegidos pela liberdade e expressão.




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Re: Universidade baiana omite "raça branca" em inscrição

#81 Mensagem por Edu Lopes » Ter Jul 20, 2010 7:06 pm

Na minha opinião, ninguém, seja branco, preto, cor de abóbora, tem o direito de fazer apologia a esse tipo de coisa. Liberdade de expressão não pode servir para dissiminar ódios e preconceitos.

Mas é só a minha opinião, claro.




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Re: Universidade baiana omite "raça branca" em inscrição

#82 Mensagem por Guerra » Qua Jul 21, 2010 1:40 pm

Ontem esta conversando com um colega sobre identificação e ele disse que é muito dificil uma pessoa classificada como "preta". A maioria é classificada como parda.




A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!
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Re: Universidade baiana omite "raça branca" em inscrição

#83 Mensagem por Edu Lopes » Qui Jul 22, 2010 8:53 am

Os caçadores e o elefante

Demétrio Magnoli - O Estado de S.Paulo

Dois dias atrás, no meio da tarde, em cerimônia no Palácio do Itamaraty, Lula sancionou a primeira lei racial da História do Brasil. São 65 artigos, esparramados em 14 páginas, escritos com o propósito de anular o artigo 5.º da Constituição federal, que começa com as seguintes palavras: "Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza." O conjunto leva o título de Estatuto da Igualdade Racial, uma construção incongruente na qual se associa o princípio da igualdade ao mito da raça, que veicula a ideia de uma desigualdade essencial e, portanto, insuperável.

O texto anticonstitucional, aprovado em 16 de junho por um acordo no Senado, é uma versão esvaziada do projeto original. No acordo parlamentar suprimiram-se as disposições que instituíam cotas raciais nas universidades, no serviço público, no mercado de trabalho e nas produções audiovisuais. Pateticamente, em todos os lugares, exceto no título, o termo "raça" foi substituído pela palavra "etnia", empregada como sinônimo. Eliminou-se ainda a cláusula que asseguraria participação nos orçamentos públicos para os "conselhos de promoção da igualdade étnica", órgãos a serem constituídos paritariamente nas administrações federal, estaduais e municipais por representantes dos governos e de ONGs do movimento negro.

Mas o que restou é a declaração de princípios do racialismo. A lei define uma coletividade racial estatal: a "população negra", isto é, "o conjunto de pessoas que se autodeclaram pretas ou pardas". Dessa definição decorrem uma descrição racial do Brasil, que se dividiria nos grupos polares "branco" e "negro", e a supressão oficial das múltiplas identidades intermediárias expressas censitariamente na categoria "pardos". Implicitamente, fica cassado o direito de autodeclaração de cor/raça, pois o poder público se arroga a prerrogativa de ignorar a vontade do declarante, colando-lhe um rótulo racial compulsório. O texto funciona como plataforma para a edificação de um Estado racial, uma meta apontada no artigo 4.º, que prevê a adoção de políticas raciais de ação afirmativa e a "modificação das estruturas institucionais do Estado" para a "superação das desigualdades étnicas".

A fantasia que sustenta a nova lei consiste na visão do Brasil como uma confederação de nações-raças. Nessa confederação o princípio da igualdade deixaria de ser aplicado aos indivíduos, convertendo-se numa regra de coexistência entre coletividades raciais. Os cidadãos perdem o estatuto de sujeitos de direitos, transferindo-o para as coletividades raciais. Se o Poder Judiciário se curvar ao esbulho constitucional, estudantes ou trabalhadores da cor "errada" não poderão apelar contra o tratamento desigual no acesso à universidade ou a empregos arguindo o princípio da igualdade perante a lei, pois terão sido rebaixados à condição de componentes de um grupo racial.

Nos termos do estatuto racial, que é um estatuto de desigualdade, a "população negra" emerge como uma nação separada dentro do Brasil. O capítulo I fabrica direitos específicos para essa nação-raça no campo da saúde pública; o capítulo II, nos campos da educação, da cultura, do esporte e do lazer; o capítulo IV, nas esferas do acesso à terra e à moradia; o capítulo V, na esfera do mercado de trabalho; o capítulo VI, no tereno dos meios de comunicação. O pensamento racial imagina a África como pátria da "raça negra". A nova lei enxerga a "população negra" como uma nação diaspórica: um pedaço da África no exílio das Américas. O capítulo III determina uma proteção estatal particular para as "religiões de matriz africana".

A supressão do financiamento público compulsório para os "conselhos de promoção da igualdade étnica" e dos incontáveis programas de cotas raciais na lei aprovada pelo Senado refletiu, limitada e parcialmente, o movimento de opinião pública contra a racialização do Estado brasileiro. Uma vertente das ONGs racialistas interpretou o resultado como uma derrota absoluta - e pediu que o presidente não sancionasse o texto esvaziado. Surgiram até vozes solicitando uma consulta plebiscitária sobre o tema racial, algo que, infelizmente, não se fará.

O Ministério racial, que atende pela sigla enganosa de Seppir, entregou-se à missão de alinhar sua base na defesa do "estatuto possível". Para tanto reuniu pronunciamentos de arautos do racialismo, como o antropólogo Kabengele Munanga, uma figura que chegou a classificar os mulatos como "seres naturalmente ambivalentes", cuja libertação dependeria de uma opção política pelo pertencimento ao grupo dos "brancos" ou ao dos "negros". Na sua manifestação o antropólogo narrou uma fábula sobre os caçadores mbutis, da África Central, denominados pigmeus na época da expansão imperial europeia.

Os caçadores de Munanga almejam abater um elefante, mas voltam para a aldeia com apenas três antílopes, "cuja carne cobriria necessidades de poucos dias". As mulheres e crianças, frustradas, contentam-se com tão pouco e não culpam os caçadores, mas Mulimo, deus da caça, a divindade desse povo monoteísta. Os caçadores voltarão à savana e, um dia, trarão o elefante.

A fábula é apropriada, tanto pelo seu sentido contextual como pelas metáforas que mobiliza. Ela remete a um povo tradicional, fechado nas suas referências culturais, que serviria como inspiração para a imaginária nação-raça diaspórica dos "afro-brasileiros". Os caçadores simbolizam as lideranças racialistas, que já anunciam a intenção de usar o estatuto racial para instituir, por meio de normas infralegais, os programas de cotas rejeitados no Senado. O elefante representa o Estado racial completo, com fartas verbas públicas para sustentar uma burocracia constituída pelos próprios racialistas e dedicada à distribuição de privilégios.

Munanga não falou das guerras étnicas na África Central. É que o assunto perturba Mulimo e prejudica a caçada.

SOCIÓLOGO, É DOUTOR EM GEOGRAFIA HUMANA PELA USP. E-MAIL: DEMETRIO.MAGNOLI@TERRA.COM.BR




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Re: Universidade baiana omite "raça branca" em inscrição

#84 Mensagem por Edu Lopes » Seg Jul 26, 2010 12:37 pm

Lula diz que dívida do Brasil com negros não pode ser paga em dinheiro

Paula Laboissière
Da Agência Brasil
Em Brasília


Ao comentar a sanção da lei que cria o Estatuto da Igualdade Racial na semana passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje (26) que a dívida do Brasil com os negros não pode ser paga em dinheiro, mas com solidariedade.

No programa semanal Café com o Presidente, ele avaliou que a importância da lei está em garantir que, a partir de agora, não exista diferença entre brancos e negros no país. Lula lembrou que o projeto tramitou no Congresso Nacional por vários anos, até a elaboração de uma proposta única.

“Não é tudo o que a gente quer. Ainda faltam coisas pra gente fazer, mas é importante que a gente tenha a clareza de que hoje nós temos o Estatuto da Igualdade Racial, nós temos uma lei que dá mais direitos, que recupera a cidadania do povo negro brasileiro”, disse.

O estatuto prevê garantias e políticas públicas de valorização, além de uma nova ordem de direitos para os brasileiros negros, que somam cerca de 90 milhões de pessoas. O documento é formado por 65 artigos e tem como objetivo, segundo a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, a correção de desigualdades históricas no que se refere às oportunidades e aos direitos dos descendentes de escravos do país.


Fonte: http://noticias.uol.com.br/politica/201 ... heiro.jhtm
PQP!!!!!!

Quem tem dívida com os negros é Portugal e não o Brasil e esse "estatuto" (mais um...) não vai acabar com a "diferença entre brancos e negros no país" nem com as diferenças entre brancos e brancos, entre negros e negros, apenas vai criar mais um segmento da sociedade com mais privilégios que outros.

Outra: "nós temos uma lei que dá mais direitos, que recupera a cidadania do povo negro brasileiro". E dane-se a Constituição brasileira, que garante que TODOS SOMOS IGUAIS PERANTE A LEI! O que vale agora são os malditos "estatutos", demagogos, oportunistas e inúteis. Pra quê Constituição? Ninguém deveria ter "mais direitos" que os outros.

E tem gente que acha esse homem um Deus. Tem gente que acha que esse homem acabou com a inflação, que esse homem estabilizou a economia do país, que esse homem é um estadista.

E a cria dele é pior ainda.




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Re: Universidade baiana omite "raça branca" em inscrição

#85 Mensagem por P44 » Ter Set 21, 2010 9:56 am

a título de curiosidade, fiz um print screen do site de ofertas de emprego da VW UK.

Vejam lá qual uma das ultimas questões. E não é caso único, já tinha mencionado isto no passado.

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Re: Universidade baiana omite "raça branca" em inscrição

#86 Mensagem por prp » Ter Set 21, 2010 11:07 am

Guerra escreveu:Ontem esta conversando com um colega sobre identificação e ele disse que é muito dificil uma pessoa classificada como "preta". A maioria é classificada como parda.
Isso se dá porque no Brasil é difícil ter negro "puro", a missigenação é muito grande. Eu já viajei muito pelo brasil e quase na totalidade das vezes que vi um negro, daqueles que você fala "esse caboclo é preto mesmo" o sujeito era estrangeiro, africano ou caribenho até mesmo americano.




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Re: Universidade baiana omite "raça branca" em inscrição

#87 Mensagem por GustavoB » Sex Dez 03, 2010 5:07 pm

O racismo assegurado pela 1ª emenda:





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