EUA x Irã

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Re: EUA x Irã

#526 Mensagem por P44 » Sex Mai 21, 2010 8:58 am

Este Pat Buchanan vive surpreendendo, cada vez o cara está mais lúcido e cada vez mais concordo com o que ele diz :shock:




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Re: EUA x Irã

#527 Mensagem por FOXTROT » Sex Mai 21, 2010 11:09 am

do poder naval

Obama envia USS ‘Truman’ para ajudar na diplomacia com o Irã
20 de maio de 2010, em Estratégia, Noticiário Internacional, Política, Relações Internacionais, Sistemas de Armas, Tecnologia, por Galante .

O site DEBKAfile informou que a administração Obama vai enviar o navio-aeródromo USS Harry S. Truman para reforçar as unidades já em operação no Mediterrâneo e no Golfo Pérsico.

O navio vai capitanear o Carrier Strike Group 10, que vai zarpar de Norfolk no próximo dia 21 de maio.

Quando chegar na área de operações, o USS Harry S. Truman se somará a outro navio-aeródromo que está no local, o USS Dwight D. Eisenhower, que reforça a pressão diplomática com Teerã.

Pela primeira vez um navio de guerra alemão fará parte de uma força-tarefa americana em oposição ao Irã, a FGS Hessen, que ficará sob comando americano.

Segundo o site, fontes militares americanas disseram que o Pentágono planeja ter até agosto, de 4 a 5 navios-aeródromos na área.

O USS Truman leva a Carrier Air Wing Three (Battle Axe), com 7 esquadrões: 4 de F/A-18 Super Hornet e F/A-18 Hornet, um de E-2 Hawkeye, o Electronic Attack Squadron 130 de guerra eletrônica e o Squadron 7 de helicópteros antissubmarino.

Outros quatro navios se juntarão ao Strike Group do Truman: cruzador USS Normandy e destróieres USS Winston S. Churchill, USS Oscar Austin e USS Ross.

O Truman Strike Group vem há quatro meses treinando para as missões no Golfo Pérsico e no Mediterrâneo.




"Só os mortos conhecem o fim da guerra" Platão.
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Re: EUA x Irã

#528 Mensagem por prp » Sex Mai 21, 2010 11:13 am

É a primeira vez que vejo um porta-aviões diplomata.




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Re: EUA x Irã

#529 Mensagem por FOXTROT » Sex Mai 21, 2010 11:17 am

prp escreveu:É a primeira vez que vejo um porta-aviões diplomata.
:mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:




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Re: EUA x Irã

#530 Mensagem por Sávio Ricardo » Sex Mai 21, 2010 11:23 am

FOXTROT escreveu:do poder naval

Obama envia USS ‘Truman’ para ajudar na diplomacia com o Irã
20 de maio de 2010, em Estratégia, Noticiário Internacional, Política, Relações Internacionais, Sistemas de Armas, Tecnologia, por Galante .

O site DEBKAfile informou que a administração Obama vai enviar o navio-aeródromo USS Harry S. Truman para reforçar as unidades já em operação no Mediterrâneo e no Golfo Pérsico.

O navio vai capitanear o Carrier Strike Group 10, que vai zarpar de Norfolk no próximo dia 21 de maio.

Quando chegar na área de operações, o USS Harry S. Truman se somará a outro navio-aeródromo que está no local, o USS Dwight D. Eisenhower, que reforça a pressão diplomática com Teerã.

Pela primeira vez um navio de guerra alemão fará parte de uma força-tarefa americana em oposição ao Irã, a FGS Hessen, que ficará sob comando americano.

Segundo o site, fontes militares americanas disseram que o Pentágono planeja ter até agosto, de 4 a 5 navios-aeródromos na área.

O USS Truman leva a Carrier Air Wing Three (Battle Axe), com 7 esquadrões: 4 de F/A-18 Super Hornet e F/A-18 Hornet, um de E-2 Hawkeye, o Electronic Attack Squadron 130 de guerra eletrônica e o Squadron 7 de helicópteros antissubmarino.

Outros quatro navios se juntarão ao Strike Group do Truman: cruzador USS Normandy e destróieres USS Winston S. Churchill, USS Oscar Austin e USS Ross.

O Truman Strike Group vem há quatro meses treinando para as missões no Golfo Pérsico e no Mediterrâneo.
Ta começando...rs...

Será o começo da 3º Grande Guerra, alias, do Apocalipse?

Nosso mundo não aguenta mais uma guerra...Vou fazer empréstimo de alguns MILs pra pagar em 200 meses....rs... garanto que não pago mais de 30...rs




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Re: EUA x Irã

#531 Mensagem por Hezekiah » Sex Mai 21, 2010 11:30 am

Clermont escreveu:ACEITE O ACORDO, SENHOR PRESIDENTE.

Por Patrick J. Buchanan – 21 de maio de 2010.

Se Barack Obama é sincero em sua política de “nenhuma bomba atômica no Irã – nenhuma guerra com o Irã”, ele deterá esta rude desconsideração da oferta que Teerã acabou de fazer de embarcar metade de seu estoque de urânio para a Turquia.

Considerem o que o presidente Ahmadinejad e o próprio aiatolá acabaram de se comprometer em fazer.

O Irã entregará 1.200 Kg de seu estoque de duas toneladas de urânio de baixo-enriquecimento (LEU) para a Turquia. Em troca, o Irã receberá, num ano, 120 Kg de varetas de combustível para seu reator de construção americana, que produz isótopos médicos para tratamento de paciente com câncer.

Não apenas o primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan da Turquia e o presidente Lula do Brasil colocaram seu prestígio na reta, ao voarem para Teerã, o acordo que obtiveram é uma réplica quase exata do acordo que Obama ofereceu ao Irã, oito meses atrás.

Por quê o presidente Obama está refugando? Ele não quer um acordo? Ele já terá decidido pelo caminho das sanções que leva à guerra?

Terá o Partido da Guerra capturado a presidência Obama?

Se o Irã embarcar o LEU para a Turquia, ele ficará com urânio o bastante para somente uma explosão-teste. E como este LEU está sob vigilância da ONU, a América teria um longo espaço de tempo para agir se o Irã começasse a converter o LEU para grau bélico.

Como o programa iraniano, então, seria uma “ameaça existencial” para qualquer um?

Israel tem centenas de armas nucleares; a América, milhares.

Os críticos dizem que o Irã ainda se recusa a desativar as centrìfugas produtoras de urânio de baixo-enriquecimento. Mas se o Irã parar as centrífugas, ele entregará seu último elemento de barganha para o levantamento das sanções.

Os críticos também dizem que o Irã está tentando abortar a campanha de Hillary Clinton para fazer o Conselho de Segurança impor uma quarta rodada de sanções. Isto é, inegavelmente, verdade.

Mas, se o propósito das sanções é obrigar o Irã a negociar seu programa nuclear, elas estão funcionando. A mais recente oferta de Teerã significa um avanço real.

Os críticos dizem que o Irã dará para trás, se aceitarmos o acordo. Talvez. A oposição interna levou Ahmadinejad a recuar da oferta original de Obama, após ele ter indicado uma aceitação inicial.

Mas, se for assim, o Irã será visto como um país trapaceiro por Turquia e Brasil.

Hoje, para o mundo, os americanos aparecem como enfurecidos pelo Irã estar respondendo a própria oferta dos Estados Unidos, e que isto mostra que nós não desejamos uma resolução pacífica, que nós e os israelenses estamos inclinados pela guerra e a “mudança de regime” no Irã, da forma como George W. Bush estava inclinado pela guerra e mudança de regime no Iraque.

Embora os brasileiros e os turcos tenham, com certeza, complicado a diplomacia de Hillary, os motivos deles não são, necessariamente, sinistros ou malévolos.

Lula pode estar tentando superar Obama e ganhar um Prêmio Nobel da Paz, quando sair do cargo. Mas o que há de errado com isto? Bill Clinton tinha o Nobel em vista quando, em seus últimos dias, ele fez tudo que podia para uma paz na Palestina.

E Erdogan lidera um país que não pode desejar ver o Irã adquirir armas nucleares. Pois o Irã xiita compartilha uma fronteira com a Turquia sunita, e os dois são rivais pela influência no mundo islâmico e na Ásia Central.

E mais, uma bomba iraniana forçaria a Turquia a considerar uma bomba turca. Erdogan, portanto, tem todas as razões para buscar uma resolução desta crise, para manter o Irã livre de armas nucleares, e evitar uma guerra entre mais outro vizinho e seu aliado da OTAN, os Estados Unidos.

Se Obama recusar a levar à sério a oferta iraniana, isto será um sinal certo de que o Partido da Guerra o levou para seu campo e ele está saindo da trilha da negociação e pegando a trilha da guerra.

Meses atrás, Tony Karon do Times, enunciou a relevante questão: “E se Ahmadinejad for sério?”

E há motivos óbvios porque ele poderia querer um acordo.

Primeiro, neste ano, o Irã ficará sem combustível para seu reator que produz isótopos médicos. E apesar das fanfarronadas de Teerã sobre fabricar, ele mesmo, varetas de combustível a partir de sua pilha de urânio existente, não há evidências de que é, tecnicamente, capaz disto.

Iranianos morrendo de câncer porque Ahmadinejad fracassou em obter estas varetas de combustível, criarão animosidade para com ele, tanto como ódio para com nós, por negá-las para pacientes com câncer iranianos.

Segundo, como a comunidade de informações americana ainda sustenta, não há nenhuma evidência sólida de que o Irã tenha decidido buscar armas nucleares. Pois isto, instantaneamente, colocaria o Irã nas miras das armas nucleares dos Estados Unidos e Israel. E qual o benefício o Irã, persa e xiita (embora metade da população seja não-persa), ganharia dando a partida para uma corrida por armas nucleares numa região que é, predominantemente, árabe e sunita?

Terceiro, Ahmadinejad lidera uma nação que está unida na insistência em exercer todos os seus direitos sob o Tratado de Não-Proliferação, incluindo o direito ao enriquecimento de urânio. Mas sua nação é, profundamente, dividida sobre a legitimidade de seu regime, após a falhada, se não fraudada, eleição de junho.

Se os Estados Unidos aceitarem a contra-proposta do Irã, isto será uma vitória diplomática para Ahmadinejad.

Talvez, seja este o problema. As potências que não querem, realmente, um acordo com o Irã. Elas querem que o Irã seja esmagado.
Um Americano falando a verdade :o , isso é raro :mrgreen: .

Tdo que eles enxergam é uma possibilidade de mudança do regime, porem esqueçem que provavelmente tera efeito oposto pois a maioria da população apoia o programa Iraniano de enriquecimento de uranio.

Mais sanções agora sem dar o beneficio da duvida e ver se realmente cumprirão o acordo que é basicamente o mesmo proposto por Obama meses atras, e dar força a ala radical dos que defendem a Bomba Iraniana; assim como o bombardeio das instalações nucleares apenas legitimaria a necessidade da Nuke perante a sociedade Iraniana.

O melhor caminho é aguardar e ver se o Irã cumpre o acordo , se não cumprir o próprio Brasil e Turquia se verão obrigados a votar a favor das sanções, entretanto como bem disse este artigo, isto NÃO é do interesse Americano.




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Re: EUA x Irã

#532 Mensagem por kurgan » Sex Mai 21, 2010 11:41 am

prp escreveu:É a primeira vez que vejo um porta-aviões diplomata.
É preciso mandar alguém de peso para fazer valer as negociações... :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:




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Re: EUA x Irã

#533 Mensagem por Jin Jones » Sex Mai 21, 2010 11:53 am

Ia vc tem 2 lados.
Os EUA e os Judeus tem total convicção que na hora que os Iranianos teverem a BOMBA, no dia seguinte grupos terroristas receberão o artefato para tirar do mapa Nova Yorque e/ou Tel Aviv.
Afinal quem tem um passado enorme de mentiras e opressão tem mesmo que ficar com o C... na mão.

Já o Irã tem o total direito de ter um artefato nuclear, até porque não tem ano que não incide sobre eles a ameação de ataque externo, o no Oriente Médio só chegará a paz quando houver um equilíbrio de forças ( MAD ), como existe entre o Paquistão e a Índia.

Infelizmente não vejo futuro bom para o Irã.




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Re: EUA x Irã

#534 Mensagem por Francoorp » Sex Mai 21, 2010 4:13 pm

SAIBA MAIS-O que está por trás da proposta de sanções contra Irã

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Por Louis Charbonneau

NAÇÕES UNIDAS (Reuters) – Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Alemanha, Rússia e China concordaram nesta semana com uma proposta de resolução do Conselho de Segurança da ONU contra o programa nuclear do Irã.

Os 15 países do Conselho de Segurança devem votar o texto nas próximas semanas. Se aprovado, ele imporá uma quarta rodada de sanções pela recusa iraniana em abandonar suas atividades de enriquecimento de urânio. Governos ocidentais acusam o Irã de tentar desenvolver secretamente uma arma nuclear, apesar de Teerã insistir no caráter pacífico das suas atividades.

QUAL É A NOVIDADE DA RESOLUÇÃO?

Ela aponta pela primeira vez uma ligação do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (CGRI) com os programas nuclear e de mísseis do país. Descreve a ligação da corporação com “o desenvolvimento de sistemas de mísseis nucleares”.

Os anexos da resolução incluirão uma lista de membros do CGRI e de firmas controladas pela corporação, as quais serão acrescidas às listas das resoluções anteriores sobre quais pessoas e entidades estão sujeitas a congelamento de bens e proibição de viagens.

Os anexos incluirão uma lista de indivíduos e firmas ligados à empresa estatal de navegação do país, a bancos e a outros negócios.

Um parágrafo cita o Banco Central do Irã, pedindo a vigilância dos países da ONU em todas as transações com bancos iranianos, para evitar que não tenham vinculação com os programas nuclear ou de mísseis.

O texto também proíbe o Irã de assumir participação acionária em minas de urânio no exterior, ou em qualquer atividade relacionada a energia nuclear e mísseis.

A resolução amplia o embargo armamentista já em vigor, incluindo novas categorias de armas pesadas. Estabelece também um regime internacional de inspeções em embarcações e aeronaves suspeitas de transportarem itens irregulares – algo semelhante já existe com a Coreia do Norte.

A resolução proíbe a criação de novas filiais de bancos iranianos no exterior, ou que se mantenha correspondência bancária com instituições do Irã, se houver uma “base razoável” para suspeitar que elas estejam envolvidas no financiamento dos programas nuclear e de mísseis.

A proposta de resolução estabelece um painel de especialistas para relatar detalhadamente a adesão às sanções.

DO QUE EUA E EUROPA ABRIRAM MÃO?

Diplomatas dizem que, ao longo de negociações a portas fechadas, os EUA, e o trio europeu (Grã-Bretanha, França e Alemanha) abriram mão de várias sanções para obter o apoio da China e da Rússia, que mantêm estreitas relações comerciais com o Irã e possuem poder de veto no Conselho de Segurança.

Originalmente, a França queria punições ao comércio de gás e petróleo do Irã. Os EUA sugeriam proibir novos investimentos no setor energético do país. Moscou e Pequim rejeitavam essas ideias.

Das medidas relacionadas à energia, restou apenas uma referência, no preâmbulo, à “potencial conexão” entre o faturamento energético e o programa atômico do Irã.

Rússia, China e Alemanha rejeitaram também uma proposta para colocar o próprio Banco Central do Irã numa lista negra, pois temiam que isso inviabilizasse qualquer negócio com o país.

A maioria das medidas previstas nas versões iniciais deveria ser de cumprimento obrigatório, mas acabaram se tornando facultativas.

Rússia e China insistiram também que todas as sanções fossem justificadas por uma suspeita de ligação com programas nuclear e de mísseis.

COMO SERÁ IMPLEMENTADA?

Se a resolução for aprovada, a União Europeia vai criar suas próprias regras de implementação, e possivelmente sanções adicionais às da ONU.

A UE, os EUA e seus aliados têm sido cada vez mais agressivos na implementação de sanções existentes contra bancos e outras empresas do Irã. Assim, algumas medidas que eram voluntárias nas três rodadas de sanções anteriores acabaram na prática se tornando obrigatórias.

QUANDO SERÁ APROVADA?

Diplomatas ocidentais esperam que as negociações entre os 15 países do Conselho continuem por mais algumas semanas, com emendas ao texto. A votação aconteceria a partir das primeiras semanas de junho.

TERÁ APROVAÇÃO UNÂNIME?

As resoluções do Conselho de Segurança precisam de nove votos favoráveis e nenhum veto dos cinco países que têm esse poder.

Diplomatas dizem que não deve haver aprovação unânime. O Líbano deve se abster, porque o grupo militante xiita Hezbollah, que tem apoio do Irã, participa do governo. Brasil e Turquia, que acabam de mediar um acordo para intercâmbio de combustível nuclear do Irã, dizem que também teriam dificuldades em apoiar a resolução.

Também há dúvidas sobre Uganda e Nigéria, mas diplomatas ocidentais dizem que a tendência é de que afinal votem sim. Mesmo que isso não ocorra, os EUA e seus aliados já teriam os 10 votos suficientes, mas sem a unanimidade que Washington gostaria para reforçar sua legitimidade.

Fonte:Reuters via Plano Brasil.




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Re: EUA x Irã

#535 Mensagem por kurgan » Sex Mai 21, 2010 8:13 pm

Ao ignorar o acordo com o Irã, Obama se afunda em mais um fracasso
International Herald Tribune

21/05/2010 - 00h21

Roger Cohen
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Deborah Weinberg

John Limbert, que foi refém em Teerã, agora é responsável por assuntos iranianos no Departamento de Estado. Ele deu uma boa descrição das caricaturas que afligem as não-relações entre os EUA e o Irã.

Os americanos veem os iranianos como “evasivos, falsos, fanáticos, violentos e incompreensíveis”. Os iranianos, por sua vez, veem os americanos como “beligerantes, hipócritas, ateus, imorais, materialistas, calculistas”, sem mencionar provocadores e exploradores.

Esse é o marco zero na relação mais traumatizada da Terra e a mais atormentadora. Atormentadora porque o Irã e os EUA são inimigos não naturais, pois têm tanto onde concordar, se quebrarem o gelo. Limbert, construtor de pontes, passou metade da vida tentando transmitir essa mensagem. Nunca conseguiu. A história venenosa atrapalha. Assim como os que lucram com o veneno.

Como se fosse necessária mais uma ilustração da relação de desconfiança, esta acaba de ser fornecida pelo acordo do Brasil e Turquia sobre o urânio pouco enriquecido do Irã, a reação rabugenta dos EUA e a aparente determinação dos Grandes Poderes, liderados pelo governo Obama, de se afundar mais no fracasso.

Achei que Obama estava disposto a pensar o Irã de forma diferente. Parece que não. Os presidentes precisam liderar as principais iniciativas de política externa, e não serem reativos a considerações políticas internas, neste caso a ira incandescente no Capitólio em relação ao Irã em ano de eleição.

Vou começar pelo último ponto. O Brasil e a Turquia representam o mundo pós-Ocidental emergente, que vai continuar emergindo; a secretária de Estado Hillary Clinton, portanto, deve ser menos rápida no gatilho em matar os “esforços sinceros” de Brasília e Ancara com fracos elogios.

A capacidade do Ocidente de impor soluções às questões globais, como o programa nuclear do Irã, foi erodida. Os EUA, envolvidos em duas guerras em países muçulmanos sem conclusão, não pode arcar com uma terceira. A primeira década do século 21 delineou os limites do poder norte-americano. É grande, porém não é mais determinante.

Muitos americanos, inclusive os radicais do “Tea Party”, ficam revoltados com isso e latem contra os lobos. Eles vão descobrir que os fatos são os fatos.

Falando em fatos, serei meio teatral agora. O Irã vem produzindo, sob inspeção da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), urânio enriquecido a 5% (LEU). Se o Irã quiser produzir uma arma nuclear, esse LEU teria que ser enriquecido para grau de bomba (mais de 90%).

A ideia por trás do acordo americano em Genebra em outubro era levar uma boa parte do LEU para fora do Irã, para reforçar a confiança, criar espaço de negociação e remover o material que pudesse ser subvertido. Em troca, o Irã receberia combustível atômico para o reator de pesquisa médica em Teerã.

O Irã, usa uma prática de bazar: diz sim, talvez e não, enfurecendo Obama. O país dos aiatolás agora queria que o LEU fosse armazenado em solo iraniano sob controle da AIEA, que fosse transferido para lá em fases e que a troca de combustível fosse simultânea. Esqueça, disse Obama.

Bem, a Turquia e o Brasil agora restauraram os principais elementos do acordo de outubro: um único carregamento de 1.200 kg de LEU para um ponto fora do Irã (na Turquia) e um prazo de um ano –essencial para o início de maiores negociações- entre este depósito iraniano e a importação do combustível.

E qual foi a resposta dos EUA? Promover “fortes sanções” (talvez não mais “destruidoras”) contra o Irã na ONU, e insistir em uma suspensão do enriquecimento que não estava no acordo de outubro (de fato, este foi o centro da diferença de Obama para a doutrina Bush).

Obama de fato poderia ter dito: “A pressão funciona! O Irã hesitou nas vésperas das sanções da ONU. Voltou para nossa oferta. Precisamos ser prudentes, devido ao passado iraniano de duplicidade, mas isso é um progresso. O isolamento serve aos radicais iranianos.”

Não é de espantar que Ahmet Davutoglu, ministro de relações exteriores turco, esteja com raiva. Acredito nele quando diz que Obama e as autoridades norte-americanas estimularam a Turquia no início do ano a reanimar o acordo: “O que eles queriam que fizéssemos era promover a confiança no Irã para que aceitasse a troca. Fizemos nossa parte.”

Sim, a Turquia fez sua parte. Eu sei, os 1.200 kg agora representam uma proporção menor do LEU do Irã do que em outubro, e não é mais claro que o combustível virá da conversão do LEU depositado. Mas isso não é nada quando você está tentando construir uma frágil ponte entre os iranianos “falsos” e os americanos “provocadores” no interesse da segurança mundial.

As reações da França e da China –de apoio cauteloso- fizeram sentido. Os americanos não fizeram nenhum, ou somente na luz do forte defesa do Congresso por sanções “esmagadoras”. Maiores sanções não vão mudar o comportamento nuclear do Irã; negociações, talvez. Somente posso esperar que a reação americana tenha sido uma jogada de abertura.

No ano passado, na ONU, Obama pediu uma nova era de responsabilidade compartilhada. “Juntos, precisamos construir novas coalizões que superem nossas divisões”, declarou. Turquia e Brasil responderam –e foram esnobados. Obama fez suas próprias palavras iluminadas parecerem vazias.




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Re: EUA x Irã

#536 Mensagem por Viktor Reznov » Sex Mai 21, 2010 8:28 pm

Jin Jones escreveu:Ia vc tem 2 lados.
Os EUA e os Judeus tem total convicção que na hora que os Iranianos teverem a BOMBA, no dia seguinte grupos terroristas receberão o artefato para tirar do mapa Nova Yorque e/ou Tel Aviv.
Afinal quem tem um passado enorme de mentiras e opressão tem mesmo que ficar com o C... na mão.

Já o Irã tem o total direito de ter um artefato nuclear, até porque não tem ano que não incide sobre eles a ameação de ataque externo, o no Oriente Médio só chegará a paz quando houver um equilíbrio de forças ( MAD ), como existe entre o Paquistão e a Índia.

Infelizmente não vejo futuro bom para o Irã.
Irã no direito de ter um artefato nuclear? Desde de quando um país que financia terrorismo por todo oriente médio além da América do Sul tem o direito de ter uma bomba nuclear? Isso é insanidade. A Paz no oriente médio já existe, Israel só ataca quando é ameaçado ou atacado, quando não é nenhum de ambos, Israel não se importa. Veja o caso da Jordânia, Egito e Arábia Saudita. E até Irã, que nunca diretamente atacou Israel, só através de seus proxys, Hamas e Hezbolah. Só haverá paz no Oriente Médio quando as ditaduras no Irã e na Síria forem depostas.




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Re: EUA x Irã

#537 Mensagem por Francoorp » Sex Mai 21, 2010 8:54 pm

kurgan escreveu:Ao ignorar o acordo com o Irã, Obama se afunda em mais um fracasso
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21/05/2010 - 00h21

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John Limbert, que foi refém em Teerã, agora é responsável por assuntos iranianos no Departamento de Estado. Ele deu uma boa descrição das caricaturas que afligem as não-relações entre os EUA e o Irã.

Parece que quase toda a mídia Yankee esta criticando esta atitude da Casa Branca de agir para impor sanções ao Irã custe o que custar... parece que querem que o Obama-Bama aceite o acordo entre o Brasil-Turquia-Irã... não querem outro Iraque, isso esta ficando claro !

"O Cara" do norte esta perdendo consenso, sempre menos Yankees acreditam nele ou neste governo que esta preparando uma outra guerra, uma outra invasão... e os Yankees estão acostumados com Hollywood, e não gostam de filme "repetido".


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Re: EUA x Irã

#538 Mensagem por Francoorp » Sex Mai 21, 2010 9:00 pm

Cross escreveu: Desde de quando um país que financia terrorismo por todo oriente médio além da América do Sul tem o direito de ter uma bomba nuclear?
E os Yankees o que fazem pelo mundo ?? Já ouviu falar no Jujullah, é um grupo terrorista financiado, treinado e armado pelos Yankees, que usam auto-bombas para matar autoridades e civis dentro do território do Irã... e em falar de A.L.... o que aconteceu na Nicarágua foi o que ?? Na Colômbia, em El Salvador?? E as ditaduras, o que foram, um governo democrático, ou uma matança de civis contrários a esta visão "democrática" de pegar o poder pela força das armas ??

Tem cada coisa... eu penso que se um país tem a "Bomba Atômica" no mundo, todos os outros país adquirem automaticamente o direito de possui-las, se um pode, o outro também !!




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Re: EUA x Irã

#539 Mensagem por EDSON » Sex Mai 21, 2010 9:35 pm

Francoorp escreveu:
kurgan escreveu:Ao ignorar o acordo com o Irã, Obama se afunda em mais um fracasso
International Herald Tribune

21/05/2010 - 00h21

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Parece que quase toda a mídia Yankee esta criticando esta atitude da Casa Branca de agir para impor sanções ao Irã custe o que custar... parece que querem que o Obama-Bama aceite o acordo entre o Brasil-Turquia-Irã... não querem outro Iraque, isso esta ficando claro !

"O Cara" do norte esta perdendo consenso, sempre menos Yankees acreditam nele ou neste governo que esta preparando uma outra guerra, uma outra invasão... e os Yankees estão acostumados com Hollywood, e não gostam de filme "repetido".


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Talvez tenha haver com eleições , e o motivo é não demonstrar fraqueza ao público interno.

Ou resolver um problema quanto antes já que talvez tenham que reduzir a grana dos militares.




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Ilya Ehrenburg
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Re: EUA x Irã

#540 Mensagem por Ilya Ehrenburg » Sex Mai 21, 2010 10:48 pm

P44 escreveu:Este Pat Buchanan vive surpreendendo, cada vez o cara está mais lúcido e cada vez mais concordo com o que ele diz :shock:
Agora meu caro, compare com o monte de estrume publicado na imprensa brasileira... Penso que àqueles alucinados, devem todos fumar crack por horas, antes de escrever.




Não se tem razão quando se diz que o tempo cura tudo: de repente, as velhas dores tornam-se lancinantes e só morrem com o homem.
Ilya Ehrenburg


Uma pena incansável e combatente, contra as hordas imperialistas, sanguinárias e assassinas!
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