EUA x Irã

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Re: EUA x Irã

#466 Mensagem por FOXTROT » Qua Mai 19, 2010 12:42 pm

Rood escreveu:A China e a Russia concordaram com o acordo, porque têm serviços de inteligencia que há muito tempo sabem perfeitamente que o Irã quer a bomba.

Todo o mundo sabe que mais países com armas atômicas, principalmente países controlados pela religião são um perigo.
A China tem problemas com minorias islâmicas e a última coisa que quer é uma potência islâmica com armas nucleares.

"Todo o mundo sabe que mais países com armas atômicas, principalmente países controlados pela religião são um perigo."

Eu não sou tão generalista assim, os EUA a Democracia em nação teve um presidente que agia segundo as orientações do seu deus (ta mais para diabo, visto que, só ordenou guerras e destruição), então, a posse e uso de armas atômicas é um risco geral, podendo afetar qualquer país, até os laicos como nós.

Saudações




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Re: EUA x Irã

#467 Mensagem por EDSON » Qua Mai 19, 2010 12:53 pm

kurgan escreveu:Irã vira refúgio de terroristas da Al Qaeda

Alguns membros da rede Al Qaeda escolheram o Irã para se esconder após os ataques de 11 de Setembro. Há anos os EUA tentam encontrar terroristas que migraram para o Irã, o sucesso é apenas parcial. O medo dos especialistas em terrorismo é que uma mudança de atitude do país de Ahmadinejad acabe reforçando a Al Qaeda no Afeganistão, ameaçando assim os esforços de Obama.

http://tvuol.uol.com.br/#view/id=ira-vi ... editorial/
Não coloque uma notícia destas aqui.

Pois aqui não tem tapado.

Este filme já foi feito antes com o Iraque, o Irã será o próximo alvo. Vamos começar a contagem regressiva.




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Re: EUA x Irã

#468 Mensagem por EDSON » Qua Mai 19, 2010 12:56 pm

A econômia mundial não aguenta mais guerras?

Lembro que alguns foristas andaram comentando que nem precisa de guerra para econômia mundial entrar em colapso.

Então a estratégia e eliminar vários inimigos antes que o dinheiro acabe?

O que acham?




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Re: EUA x Irã

#469 Mensagem por Túlio » Qua Mai 19, 2010 1:04 pm

Acho que Waterloo se aproxima e Napoleão agora fala Inglês... 8-]

Mas teria um lado engraçado nessa tragédia: o Nobel da Paz começando outra guerra... :twisted:




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Re: EUA x Irã

#470 Mensagem por marcelo l. » Qua Mai 19, 2010 1:18 pm

EDSON escreveu:A econômia mundial não aguenta mais guerras?
Lembro que alguns foristas andaram comentando que nem precisa de guerra para econômia mundial entrar em colapso.
Então a estratégia e eliminar vários inimigos antes que o dinheiro acabe?
O que acham?
Aguentar sempre aguenta até por que alguns vão ganhar muito com uma nova guerra, mas se pensar na equação do Paul Kennedy no livro Ascensão e Queda das grandes potências, os EUA estão enrascados.

Mas, a curto prazo acredito que as economias européias que precisam fazer ajustes, são as que ficariam em pior situação por que teremos mais o desemprego, mais inflação, e menos dinheiro circulando em setores produtivos da área civil.




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Re: EUA x Irã

#471 Mensagem por marcelo l. » Qua Mai 19, 2010 1:54 pm

Valor

Acordo reflete ascensão das potências regionais emergentes
Data: 19/05/2010
Crédito: David Gardner e Delphine Strauss
David Gardner e Delphine Strauss, Financial Times, de Londres e Ancara

O acordo propagandeado pelo Brasil e pela Turquia anteontem como uma possível solução para a controvérsia em torno das ambições nucleares do Irã ainda poderá revelar-se outro falsa esperança diplomática.

Mas, seja qual for seu desdobramento, o acordo reflete uma nova disposição de potências emergentes regionais em testar sua eficácia na chamada "diplomacia Sul-Sul" - e em relação às questões mais difíceis, que diplomatas ocidentais não têm conseguido superar.

A história sugere que potências emergentes frequentemente fracassam no terreno diplomático. A antiga iniciativa de países "não alinhados", inaugurada em Bandung, em 1955, pereceu nas engrenagens da Guerra Fria e de uma série de conflitos regionais.

Em nível regional, a Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean) parece ter tão pouca capacidade ou inclinação de fazer algo a respeito de Mianmar quanto a União Africana em relação ao Zimbábue, países que vivem crises internas.

A Liga Árabe é impotente para solucionar conflitos em sua própria região e para dar aos árabes uma voz respeitada nos assuntos mundiais. O Tratado de Tlatelolco, de 1967, de inspiração mexicana, visando tornar toda a América Latina e o Caribe uma zona livre de armas nucleares, após a crise dos mísseis em Cuba, em 1962, foi um raro sucesso.

Será que a iniciativa brasileira-turca envolvendo o Irã irá se revelar um outro êxito?

Tanto o Brasil, sob o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como a Turquia, sob o premiê Recep Tayyip Erdogan, começaram a tentar fazer valer seus pesos regionais e internacionais.

Lula e Erdogan lideram países confiantes, aliados ao Ocidente, mas não integralmente engajados nas agendas do Ocidente. Os dois são membros temporários do Conselho de Segurança da ONU.

Se o acordo com o Irã for remotamente bem-sucedido, ambos terão demonstrado que o mais alto fórum no mundo geopolítico não é apenas o P-5 - os membros permanentes do Conselho de Segurança e potências nucleares com poder de veto: EUA, Rússia, China, França e Reino Unido.

A ativa política externa da Turquia no Oriente Médio, nos Bálcãs, no Cáucaso e na Ásia Central foi concebida tanto para reafirmar seu papel como potência regional como para desatar um impasse regional com alto potencial de combustão. O conflito em torno das ambições nucleares iranianas é somente uma parte disso, mas é visto por todos na região como um pavio potencialmente letal.

"Encontramos um nicho nessas áreas, e há pessoas aceitando o nosso papel. Isso nada tem a ver com a edificação de um império neo-otomano. Trata-se de obter estabilidade", afirmou Selim Yenel, subsecretário do Ministério das Relações Exteriores da Turquia.

A política do presidente americano, Barack Obama, de engajamento com o Irã - paralelamente à preparação de novas sanções como alternativa a um conflito armado -, paradoxalmente abriu caminho para essa nova iniciativa Sul-Sul.

Para os líderes iranianos, é mais fácil vender um acordo sob os auspícios do Brasil e da Turquia. Erdogan, em especial, é provavelmente o mais admirado líder muçulmano e, embora a Turquia seja membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan, aliança militar liderada pelos EUA), o país também preside a Conferência Islâmica.

Autoridades turcas veem o acordo como uma prova do acerto de sua política de engajamento com o Irã.

"Não restou nenhuma incerteza, e o Irã demonstrou clara vontade política", afirmou ontem Ahmet Davutoglu, ministro das Relações Exteriores turco e principal arquiteto, pelo lado turco, na elaboração do acordo. "Este não é um dia propício para turvar as águas com cenários negativos, como sanções."

Soli Ozel, cientista político da Universidade Bilgi, em Istambul, disse que as novas iniciativas de potências emergentes são "um sinal dos tempos, um sinal de que o mundo não vai aceitar as imposições das potências que o comandaram nos últimos duzentos ou trezentos anos ".




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Re: EUA x Irã

#472 Mensagem por Viktor Reznov » Qua Mai 19, 2010 1:57 pm

Estão dizendo por aí que a Turquia não tem capacidade de enriquecimento e que isso vai anular o acordo. Alguem confirma?




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Re: EUA x Irã

#473 Mensagem por Penguin » Qua Mai 19, 2010 2:00 pm

QUESTÃO NUCLEAR
China diz que sanções contra Irã 'não fecham portas para diplomacia'
Atualizado em 19 de maio, 2010 - 06:16 (Brasília) 09:16 GMT
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticia ... s_pu.shtml

Um alto representante da China na Organização das Nações Unidas (ONU) disse que a resolução do Conselho de Segurança prevendo mais sanções contra o Irã "não fecha as portas" para a diplomacia em torno do programa nuclear iraniano.

O embaixador chinês na organização, Li Badong, disse que seu país apoia a resolução, patrocinada pelos Estados Unidos, mas somente com a condição de que o uso da força não seja contemplado como saída para resolver o impasse, e dentro do respeito ao direito de outros países de manter relações econômicas com Teerã.

"Acreditamos que fazer circular este rascunho (da resolução) não significa que as portas para a diplomacia estão fechadas. E acreditamos que o diálogo, a diplomacia e as negociações são a melhor maneira de lidar com a questão iraniana", afirmou Li na terça-feira, na sede da ONU, em Nova York.

A declaração foi dada no mesmo dia em que, segundo um comunicado do governo russo, o ministro do Exterior daquele país, Sergei Lavrov, conversou por telefone com a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, defendendo uma análise mais aprofundada do acordo mediado por Brasil e Turquia com o Irã.

China e a Rússia, países que tradicionalmente se opõem a sanções contra Teerã, concordaram com as medidas, embora diplomatas tenham frisado que o texto em debate, de dez páginas, foi diluído tanto pelos representantes chineses quanto russos.

Citando fontes da diplomacia chinesa, a agência de notícias oficial Xinhua afirmou que a concordância da China em discutir a minuta de uma resolução de novas sanções tem a ver com o fato de que "desde o início das negociações a China insistiu firmemente na sua posição de que o Irã deve permanecer um país livre de armas nucleares".

Enriquecimento

O acordo mediado pelo Brasil e a Turquia prevê a troca de 1.200 kg de urânio iraniano enriquecido a baixos níveis (3,5%) por 120 kg de material enriquecido o suficiente para ser usado em combustível (20%).

Ao anunciar a proposição do texto, Hillary Clinton disse que reconhece os "esforços sinceros de Turquia e Brasil para encontrar uma solução" para a questão nuclear iraniana, mas argumentou que as sanções vão "enviar uma mensagem clara a respeito do que esperamos do Irã".

As dez páginas da minuta da resolução foram apresentadas na terça-feira aos 15 membros permanentes e rotativos do Conselho de Segurança, que se reuniram a portas fechadas.

A correspondente da BBC na ONU, Barbara Plett, disse que a resolução tinha sido negociada "a duras penas" com o chamado grupo P5 + 1 (os cinco países com poder de veto no Conselho – EUA, Grã-Bretanha, França, Rússia e China – e a Alemanha).

Na terça-feira, segundo o governo russo, o ministro do Exterior do país confirmou o seu apoio à resolução, mas defendeu uma "análise completa" do acordo mediado por Brasil e Turquia.

Em comunicado, o ministério diz que Sergei Lavrov reiterou em uma conversa telefônica com Clinton que "a iniciativa de Brasil e Turquia pode contribuir para criar um clima favorável para a retomada dos esforços diplomáticos".

Em Brasília, o ministro brasileiro das Relações Exteriores, Celso Amorim, se queixou de que as potências nucleares no Conselho de Segurança não deram sequer "um mínimo de tempo" para examinar o entendimento anunciado com o Irã no dia anterior.

"Se no dia seguinte à assinatura de um acordo sanções já são apresentadas, isso quer dizer que a espera era por protocolo", disse Amorim. "Pedimos um mínimo de tempo para a análise."

Proposta

A proposta, uma quarta leva de sanções que ampliam medidas já adotadas durante o anterior governo republicano na Casa Branca, prevê um endurecimento das restrições bancárias contra o Irã, a expansão de um embargo da venda de armas ao país e a proibição de investimentos iranianos em atividades nucleares no exterior.

Entretanto, os diplomatas chineses que falaram à Xinhua mencionaram que a nova rodada de sanções não deverá afetar a vida dos cidadãos iranianos nem os países que mantêm relações "legítimas" com o Irã, e nem minar a estabilidade da região.


Amorim se queixou de que potências ignoraram acordo com Irã

"Os países que mantêm relações econômicas e comerciais regulares e legítimas com Irã não podem ser punidos por conta da questão nuclear iraniana", disse à agência o porta-voz da diplomacia chinesa.

"Acreditamos que os princípios mencionados estão contidos na minuta da resolução, e portanto a condição é madura para a circulação do rascunho entre todos os membros do Conselho."

O diplomata disse que o texto deve ser agora discutido "com tempo" entre os países membros do órgão de segurança das Nações Unidas.

"Será um período para os membros do Conselho acumularem consenso através de novos esforços diplomáticos."

Diplomatas esperam que a resolução seja votada pelo Conselho de Segurança apenas em junho. Entretanto, ressaltou a correspondente da BBC na ONU, não é claro nem previsível que a medida angarie o consenso de todos os membros – permanentes e rotativos – do Conselho, uma lista que incluiria o Brasil e a Turquia.

Na terça-feira, a embaixadora do Brasil na ONU, Maria Luiza Ribeiro Viotti, disse que o Brasil não participará das discussões a respeito das sanções contra o Irã, porque o acordo representa "um fato novo" na equação.


SANÇÕES CONTRA O IRÃ

Pontos principais:

Inspeção de navios suspeitos de transportar carga relacionada ao programa nuclear ou ao programa de mísseis do Irã

Proibição da venda de armamento pesado ao Irã, incluindo helicópteros, tanques, mísseis e navios de guerra

Proibição da abertura de novas filiais, subsidiárias ou escritórios de representação de bancos iranianos em caso de suspeita de ligações com atividades de proliferação nuclear

Vigilância mais rigorosa das transações desses bancos para evitar que contribuam para atividades nucleares

Proibição de viagens e congelamento de bens de indivíduos ou empresas suspeitos de ligação com o programa nuclear do Irã, como membros da Guarda Revolucionária do país




Editado pela última vez por Penguin em Qua Mai 19, 2010 2:03 pm, em um total de 1 vez.
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Re: EUA x Irã

#474 Mensagem por DELTA22 » Qua Mai 19, 2010 2:02 pm

Desde o princípio o urânio à 20% viria da Russia e/ou da França. A Turquia não tem essa tecnologia, ela é o "fiel depositário" do urânio à 3,5% do Irã e realizaria a troca pelo que viria do(s) país(es) citado(s). Isso não invalida em nada o acordo.

[]'s.




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Re: EUA x Irã

#475 Mensagem por Penguin » Qua Mai 19, 2010 2:08 pm

DELTA22 escreveu:Desde o princípio o urânio à 20% viria da Russia e/ou da França. A Turquia não tem essa tecnologia, ela é o "fiel depositário" do urânio à 3,5% do Irã e realizaria a troca pelo que viria do(s) país(es) citado(s). Isso não invalida em nada o acordo.

[]'s.
O Brasil tem autorização da AIEA, assim como outros países, para concentrar urânio à 20%.
Já o Irã não tem. Por que razão?

[]s




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Re: EUA x Irã

#476 Mensagem por Penguin » Qua Mai 19, 2010 2:14 pm

BBC Brasil
Atualizado em 19 de maio, 2010 - 08:52 (Brasília) 11:52 GMT
Sanções contra o Irã são 'bofetada na diplomacia dos emergentes', diz jornal britânico

Um editorial do jornal britânico The Guardian afirma que a resolução proposta pelos Estados Unidos no Conselho de Segurança da ONU prevendo sanções contra Teerã é uma "bofetada nos esforços de negociação" das potências emergentes.

O texto defende o acordo negociado na segunda-feira por Brasil e Turquia com o Irã. Para o jornal, o entendimento turco-brasileiro é "o mais perto que chegamos até agora do início de uma resolução" para a questão nuclear iraniana.

Por isso, diz o Guardian, "a proposta de resolução (promovida pelos EUA) pode ser interpretada como uma bofetada das grandes potências nos esforços de negociação de outros países. Mas, em um mundo multipolar, Barack Obama não pode simplesmente fazer isso."

"A Turquia está emergindo como uma importante potência diplomática no Oriente Médio. Turquia e Brasil, o outro mediador do acordo, são membros não-permanentes do Conselho de Segurança e signatários do tratado de não-proliferação. O Japão, igualmente, compartilha o comprometimento de encontrar uma solução diplomática neste impasse com o Irã. Juntas, essas nações assumiram o papel de mediadores honestos abandonados pela Grã-Bretanha, a França e a Alemanha."

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A questão suscitou artigos incisivos nesta quarta-feira em diversos jornais estrangeiros. Na França, o matutino Le Figaro se pergunta por que a manobra iraniana "uniu as grandes potências" em torno da resolução americana, incluindo países tradicionalmente contrários às sanções, como Rússia e China.

"Chocados por uma diplomacia turco-brasileira tão desenvolta no conteúdo quanto na forma, os chineses e russos cederam (à proposta americana)."
Análise, Le Figaro

"A realidade é que a Rússia e a China não gostaram nem um pouco que o Brasil e a Turquia se permitissem fazer um acordo nuclear com Teerã sem se dar ao trabalho de consultar Moscou e Pequim de antemão", opina o jornal.

Já alguns dos principais jornais americanos fizeram duras críticas ao Brasil e à Turquia por patrocinar o acordo com o Irã.

O The New York Times aponta que ambos os países "estão ávidos para desempenhar um maior papel internacional" e "ávidos para evitar um conflito com o Irã".

"Respeitamos estas ambições. Mas como todo mundo, eles foram manipulados por Teerã", afirma o editorial, lembrando que desde 2006 o governo iraniano "desafia as reivindicações do Conselho de Segurança de suspender seu programa nuclear".

Para o NYT, a nova resolução "provavelmente não é dura o suficiente para fazer Teerã mudar de ideia. Mas o fato de a Rússia e a China terem concordado deve gerar nervosismo entre alguns atores dentro do dividido governo iraniano."

"Brasil e Turquia deveriam se unir às outras potências e votar a favor da resolução do Conselho de Segurança da ONU. Mesmo antes disto, deveriam voltar a Teerã e pressionar os mulás por um acordo crível e por negociações sérias."

Ironia

"Os EUA incentivaram a diplomacia de Lula como uma maneira de angariar apoio para uma resolução de sanções na ONU. Em vez disso, Lula usou a abertura para triangular sua própria solução diplomática."

Editorial, The Wall Street Journal

Mais incisivo, o diário americano Wall Street Journal diz que o governo brasileiro aproveitou a boa vontade de Washington para entrar na negociação iraniana e "triangular sua própria solução diplomática". Para o diário financeiro, o acordo de Brasil e Turquia com o Irã foi um "fiasco" para a diplomacia Obama.

"O governo tentou se recuperar rapidamente anunciando, no dia seguinte, que havia chegado a um acordo com a Rússia e a China para sanções na ONU", afirma o editorial. O jornal diz que esta situação é um "fracasso" diplomático, que deve ser "totalmente creditado à estratégia diplomática infeliz do governo Obama".

"O duplo constrangimento é que os EUA incentivaram a diplomacia de Lula como uma maneira de angariar apoio para uma resolução de sanções na ONU. Em vez disso, Lula usou a abertura para triangular sua própria solução diplomática. Assim, em vez de EUA e Europa colocarem o Irã contra a parede, foi Ahmadinejad quem colocou Obama no canto."

Para o jornal, a política de "mão estendida" para o Irã resultou em que o Irã está hoje menos isolado diplomaticamente, e mais perto de desenvolver uma bomba atômica.

"Israel terá de considerar seriamente suas opções militares. Tal confrontação é muito mais provável hoje graças ao presidente americano, cujo principal sucesso diplomático foi convencer os vilões de que lhe falta determinação para conter suas ambições destrutivas."




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Re: EUA x Irã

#477 Mensagem por marcelo l. » Qua Mai 19, 2010 2:17 pm

Na verdade essa é grande idéia, antes o fiel depositário seria quem enviasse o material para o Irã...Agora, o material chegará na Turquia será checado e assim informado França/Rússia para enviar o material a ser trocado, chegando este material, passará por testes e só aí a Turquia enviará o material trocado para seus respectivos "novos" donos.

Agora, Cross tem muito a ser feito ainda, mas tem muita besteira saindo, uma delas a pior que o atual tratado inviabiliza que IAEA de vistoriar o Irã...como se um acordo pudesse passar por cima de tratados...isso, só a Hillary quer :x




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Re: EUA x Irã

#478 Mensagem por kurgan » Qua Mai 19, 2010 2:20 pm

Santiago escreveu:BBC Brasil
Atualizado em 19 de maio, 2010 - 08:52 (Brasília) 11:52 GMT
Sanções contra o Irã são 'bofetada na diplomacia dos emergentes', diz jornal britânico

Um editorial do jornal britânico The Guardian afirma que a resolução proposta pelos Estados Unidos no Conselho de Segurança da ONU prevendo sanções contra Teerã é uma "bofetada nos esforços de negociação" das potências emergentes.

O texto defende o acordo negociado na segunda-feira por Brasil e Turquia com o Irã. Para o jornal, o entendimento turco-brasileiro é "o mais perto que chegamos até agora do início de uma resolução" para a questão nuclear iraniana.

Por isso, diz o Guardian, "a proposta de resolução (promovida pelos EUA) pode ser interpretada como uma bofetada das grandes potências nos esforços de negociação de outros países. Mas, em um mundo multipolar, Barack Obama não pode simplesmente fazer isso."

"A Turquia está emergindo como uma importante potência diplomática no Oriente Médio. Turquia e Brasil, o outro mediador do acordo, são membros não-permanentes do Conselho de Segurança e signatários do tratado de não-proliferação. O Japão, igualmente, compartilha o comprometimento de encontrar uma solução diplomática neste impasse com o Irã. Juntas, essas nações assumiram o papel de mediadores honestos abandonados pela Grã-Bretanha, a França e a Alemanha."

Melindre

A questão suscitou artigos incisivos nesta quarta-feira em diversos jornais estrangeiros. Na França, o matutino Le Figaro se pergunta por que a manobra iraniana "uniu as grandes potências" em torno da resolução americana, incluindo países tradicionalmente contrários às sanções, como Rússia e China.

"Chocados por uma diplomacia turco-brasileira tão desenvolta no conteúdo quanto na forma, os chineses e russos cederam (à proposta americana)."
Análise, Le Figaro

"A realidade é que a Rússia e a China não gostaram nem um pouco que o Brasil e a Turquia se permitissem fazer um acordo nuclear com Teerã sem se dar ao trabalho de consultar Moscou e Pequim de antemão", opina o jornal.

Já alguns dos principais jornais americanos fizeram duras críticas ao Brasil e à Turquia por patrocinar o acordo com o Irã.

O The New York Times aponta que ambos os países "estão ávidos para desempenhar um maior papel internacional" e "ávidos para evitar um conflito com o Irã".

"Respeitamos estas ambições. Mas como todo mundo, eles foram manipulados por Teerã", afirma o editorial, lembrando que desde 2006 o governo iraniano "desafia as reivindicações do Conselho de Segurança de suspender seu programa nuclear".

Para o NYT, a nova resolução "provavelmente não é dura o suficiente para fazer Teerã mudar de ideia. Mas o fato de a Rússia e a China terem concordado deve gerar nervosismo entre alguns atores dentro do dividido governo iraniano."

"Brasil e Turquia deveriam se unir às outras potências e votar a favor da resolução do Conselho de Segurança da ONU. Mesmo antes disto, deveriam voltar a Teerã e pressionar os mulás por um acordo crível e por negociações sérias."

Ironia

"Os EUA incentivaram a diplomacia de Lula como uma maneira de angariar apoio para uma resolução de sanções na ONU. Em vez disso, Lula usou a abertura para triangular sua própria solução diplomática."

Editorial, The Wall Street Journal

Mais incisivo, o diário americano Wall Street Journal diz que o governo brasileiro aproveitou a boa vontade de Washington para entrar na negociação iraniana e "triangular sua própria solução diplomática". Para o diário financeiro, o acordo de Brasil e Turquia com o Irã foi um "fiasco" para a diplomacia Obama.

"O governo tentou se recuperar rapidamente anunciando, no dia seguinte, que havia chegado a um acordo com a Rússia e a China para sanções na ONU", afirma o editorial. O jornal diz que esta situação é um "fracasso" diplomático, que deve ser "totalmente creditado à estratégia diplomática infeliz do governo Obama".

"O duplo constrangimento é que os EUA incentivaram a diplomacia de Lula como uma maneira de angariar apoio para uma resolução de sanções na ONU. Em vez disso, Lula usou a abertura para triangular sua própria solução diplomática. Assim, em vez de EUA e Europa colocarem o Irã contra a parede, foi Ahmadinejad quem colocou Obama no canto."

Para o jornal, a política de "mão estendida" para o Irã resultou em que o Irã está hoje menos isolado diplomaticamente, e mais perto de desenvolver uma bomba atômica.

"Israel terá de considerar seriamente suas opções militares. Tal confrontação é muito mais provável hoje graças ao presidente americano, cujo principal sucesso diplomático foi convencer os vilões de que lhe falta determinação para conter suas ambições destrutivas."
Algunas de ellas son preguntas que afectan al predominio de la política exterior de EE UU e incluso al papel de las otras grandes potencias. ¿Pueden dos países como Brasil y Turquía decidir los grandes asuntos de preocupación internacional? ¿Intentan esas naciones ser el embrión de un modelo alternativo al del Consejo de Seguridad? ¿Tienen Rusia y China también razones para preocuparse por esa posibilidad?

Si para otros esta iniciativa podía ser inquietante, para Barack Obama, que había apostado por Lula, por el diálogo con Irán y que visitó Turquía en su primera gira internacional, este encuentro en Teherán resultaba casi grotescamente embarazoso, una bofetada a su rostro y una verdadera puñalada a su política exterior.


http://www.elpais.com/articulo/internac ... iint_1/Tes

Acho que existe muita desinformação desencontrada.Acho que o Brasil acertou em cheio, obtou pela via do diálogo, oferencendo uma oportunidade para todos os interlocutores interessandos nesta questão.




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Re: EUA x Irã

#479 Mensagem por DELTA22 » Qua Mai 19, 2010 2:24 pm

Santiago escreveu:
DELTA22 escreveu:Desde o princípio o urânio à 20% viria da Russia e/ou da França. A Turquia não tem essa tecnologia, ela é o "fiel depositário" do urânio à 3,5% do Irã e realizaria a troca pelo que viria do(s) país(es) citado(s). Isso não invalida em nada o acordo.

[]'s.
O Brasil tem autorização da AIEA, assim como outros países, para concentrar urânio à 20%.
Já o Irã não tem. Por que razão?

[]s
Esse meu post foi em resposta ao questionamento do Cross... Não o 'quotei', era para ter ficado em seguida ao dele, desculpe.

Mas, segundo o TNP, qualquer de seus signatários tem direito à desenvolver tecnologia nuclear para enriquecer urânio a até 20%. Brasil, Irã e todos os outros tem esse direito. Não sei se estou certo, mas creio que a agência não "autoriza", ela é comunicada pelo país membro que passará a fazer o processo para que ela se adapte às questões de fiscalização do material mais enriquecido que demanda uma fiscalização mais apurada.
Existe, digamos, uma ironia nisso tudo, pois passar do processo de enriquecimento de urânio de 3,5% para 20% é mais complexo do que de 20% à 90%...

Em tempo: a ironia maior de todas é não ver o Premio Nobel da Paz defendendo a paz!! :?

[]'s.




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kurgan
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Re: EUA x Irã

#480 Mensagem por kurgan » Qua Mai 19, 2010 2:34 pm

Brasil pede em carta que conselho da ONU evite sanções ao Irã

RIO DE JANEIRO (Reuters) - O Brasil fez um apelo ao Conselho de Segurança da ONU, em carta enviada nesta quarta-feira, para que seja dada uma chance à negociação com o Irã e que sejam evitadas "medidas prejudiciais a uma solução pacífica para a questão" nuclear.

Brasil e Turquia mediaram um acordo com o Irã, no dia 17 em Teerã, pelo qual a República Islâmica enviará ao exterior 1.200 quilos de seu urânio de baixo enriquecimento em troca de 120 quilos de combustível nuclear para um reator de pesquisas médicas no país.

"Nós temos total confiança de que o P5+1 vai revisar a Declaração Conjunta com uma visão para abrir caminho ... considerando questões relacionadas ao programa nuclear iraniano e questões mais amplas de preocupação mútua, por meio de um diálogo construtivo", disse a carta assinada por Brasil e Turquia, referindo-se aos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança --EUA, Grã-Bretanha, França, Rússia e China-- mais a Alemanha.

O Brasil ocupa atualmente um assento rotativo no Conselho de Segurança da ONU.

O grupo anunciou na terça-feira o esboço de uma resolução com novas sanções do Conselho de Segurança da ONU com ampliação de medidas punitivas contra o Irã e instituições do país pela recusa em interromper as atividades nucleares.

Ao comentar a posição das potências favoráveis às novas sanções, o chanceler Celso Amorim afirmou, na terça-feira a jornalistas, que os que desprezarem a chance de uma solução negociada "assumirão suas responsabilidades".

O acordo mediado pelo Brasil e pela Turquia tinha como objetivo evitar uma nova rodada de sanções. Autoridades norte-americanas, no entanto, alegaram que o Irã buscava apenas ganhar tempo.

Após o anúncio do acordo com Brasil e Turquia, o Irã disse que pretendia continuar a enriquecer urânio, aumentando as suspeitas de que seu programa nuclear não tem fins pacíficos.

A declaração conjunta, assinada pelos três países, foi encaminhada nesta quarta aos membros do Conselho de Segurança da ONU, conforme comunicado do Itamaraty.

Segundo a carta, o acordo de troca de combustível nuclear dará a "oportunidade de começar um processo com o objetivo de criar uma atmosfera positiva, construtiva e de não-confrontação que leve a uma era de interação e cooperação".

(Por Maria Pia Palermo)

http://noticias.uol.com.br/ultimas-noti ... o-ira.jhtm




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