Ficou linda a imagem feita no computador, só fico com medo que daqui a uns 5 anos descobrimos que perdemos tempo e dinheiro com mais outro fuzil que não presta.jumentodonordeste escreveu:
Piccatinny "nois tem" mano.
Novo Fuzil para o EB
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Re: Novo Fuzil para o EB
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Re: Novo Fuzil para o EB
Pessoal,
Eu vou colocar aqui um artigo do Carlos Emílio sobre calibres de fuzis adequados para nós discutirmos. Eu concordo com as conclusões dele.
MUNIÇÕES EM GUERRA.
UMA ABORDAGEM DA POLEMICA A RESPEIO DOS CALIBRES DE FUZIS.
PANORAMA GERAL
Quando avaliamos o potencial de uma munição, muitos fatores são considerados, o que torna o assunto bastante complexo. Uma munição pode ser avaliada em sua velocidade, energia, alcance e trajetória balística, tendo esse ultimo item, uma grande influencia da arma da qual a munição é disparada. Porém, o fator de classificação da capacidade de uma munição que mais tem se discutido atualmente é a capacidade da munição “parar” o oponente com apenas um tiro. Essa capacidade, conceitualmente, é chamada de “poder de parada” ou “stopping power”, como originalmente foi batizada. O conceito, da forma como é conhecido hoje, foi criado pelo pesquisador norte americano Evan P. Marshall, que através de estudos estatísticos de ocorrências de tiro real, onde houvesse apenas um único impacto na região do tronco do indivíduo, elaborou uma planilha onde são apresentados todos os calibres analisados por numero de ocorrências total dividido pelo numero de ocorrência em que houve a efetiva suspensão da ação do individuo com apenas um tiro. Vale ressaltar que “parar” não significa matar. Quando uma pessoa é atingida por um tiro, ela recebe uma forte transferência de energia que pode, ou não, dependendo da capacidade do projétil em transferir a energia gerada pelo disparo, suspender a capacidade de reação do alvo. Ou seja, um indivíduo que está trocando tiros com você, e acaba sendo atingindo, por você, no tórax, por exemplo, fazendo com que, ele cesse totalmente sua ação. Muitas vezes isso ocorre sem que haja morte, embora, dependendo dos órgãos comprometidos pelo impacto, a morte possa ocorrer. Seguindo esse raciocínio, podemos exemplificar de forma mais pratica o poder de parada do calibre 38, muito usado em revolveres no Brasil. No caso de calibre 38, quando disparado de um revolver com cano curto (2 polegadas), usando munição padrão (projétil ogival de chumbo e carga de pólvora normal), tem 52% de chances de parar um indivíduo com apenas um tiro na região do tronco. Essa capacidade melhora com o uso de munições com cargas +P (mais potencia) e disparados de armas de canos maiores, chegando a o melhor desempenho possível para este calibre que é de 78% de chance de parar o agressor. Esse desempenho é conseguido com munição 38 +P disparado de um revolver com cano com 6 polegadas.
Nos últimos anos, muito tem se discutido a respeito da grande polemica da eficiência dos calibres mais populares em uso nos fuzis de assalto. O centro da polemica está, justamente, o calibre mais difundido do mundo atualmente, o famoso calibre 5,56 X 45 mm.
A polemica diz respeito a os relatos de soldados norte-americanos em combate nas frentes de batalha no Iraque e Afeganistão onde houve a dificuldade de se “parar”, o inimigo com um único impacto, sendo necessário acertar mais de um tiro para se conseguir por fora de ação o combatente adversário. Este problema tem sido relatado, também, por policiais do Estado do Rio de Janeiro, onde há relato em que um marginal que levou um tiro de munição 5,56X45 mm nas costas e continuou correndo até cair morto 50 metros a frente. Assim sendo, o calibre 5,56 tem apresentado uma deficiência em relação a seu poder de parada.
SOLUCIONANDO O PROBLEMA
Na verdade, substituir o calibre de um fuzil em uso em uma força armada sempre será um processo oneroso que exigirá uma complexa mudança em termos de fornecedores, tanto de munição, quanto de armamentos. Por isso, estudos sobre os motivos que levaram o calibre 5,56 mm apresentar este desempenho deficiente levaram as seguintes conclusões. A) Os maiores problemas ocorrem com o uso das carabinas, cujo cano é mais curto, tendo cerca de 14 polegadas; B) O uso de munição com projéteis excessivamente leves e frágeis.
Devido a esse panorama, houve um aumento do interesse em fuzis com calibres mais potentes, como o 7,62X39 mm usado no fuzil AK-47 e o nosso “querido” 7,62X51 mm, usado no FAL. Alguns calibres novos começaram a ser desenvolvidos, também, como opção ao 5,56 mm como é o caso da nova munição calibre 6,8 mm Remington SPC (6,8X43 mm) desenvolvido pela tradicional fabricante de armas e munições Remington. Embora o 6,8 mm apresente um desempenho consideravelmente melhor em termos de poder de parada, a distancias até 300 metros, quando disparado de canos de 14 polegadas como nas carabinas M-4 A1, ainda sim, há um sério problema logístico uma vez que poucos fabricantes de munição produzem esse calibre e por isso seria inviável, atualmente, substituir os fuzis das forças armadas de qualquer país, por um novo fuzil nesse calibre, pois haveria falta de munição, além, é claro, do maior custo da mesma.
O calibre 5,56X45 mm possui diversas versões de projéteis, cujo desempenho, tem uma forte variação entre elas. A versão básica, conhecida como M193 possui um projétil extremamente leve de 55 grains. Esse projétil é muito usado, e certamente tem desempenho fraco, com pouca capacidade de transferência de energia alem de uma transfixação elevada. Caso o indivíduo “alvo” esteja fazendo uso de um colete a prova de balas, mesmo os mais fracos, que resistem apenas a munições de armas curtas, a munição M193, não terá um poder de parada tão eficiente quanto um disparo de uma munição mais pesada, pois o projétil, se fragmentaria facilmente além de ser muito leve. A munição mais popular em 5,56X45 mm é a do tipo SS109, cujo projétil tem 62 grains. Esse tipo de munição é relativamente eficaz contra alvos blindados leves, porém, ainda, possuem uma capacidade poder de parada inferior a 100% que é o que se espera de uma munição nessa categoria. Essa munição é a que, normalmente é usada pelas forças de segurança e militares do Brasil. Os Estados Unidos estavam usando a munição M855, cujo projétil também tem 62 grains e alta capacidade de penetração. Essas munições descritas, no calibre 5,56X45 mm são as protagonistas do polemico baixo poder de parada apresentado na guerra do Iraque, Afeganistão, e em uso nos morros do Rio de Janeiro. Cabe lembrar aqui, que o aumento substancial do uso de carabinas M-4 A1 e do modelo Commando, de canos mais curtos que o fuzil M-16 A2/ A4, standard, representa um importante fator de perda de energia terminal da munição. A maior parte das reclamações dos soldados veio, exatamente, dos usuários das versões de canos curtos. As carabinas M-4 A1 são ideais para uso urbano devido aos espaços menores. Por isso não é necessário um fuzil que tenha poder de parada e precisão além dos 300 metros, em se tratando de uma arma de assalto, porém, quando o combate se dá contra inimigos usando roupas pesadas e com diversos acessórios pendurados pelo corpo, como carregadores extras, por exemplo, a potencia da munição que você estiver usando vai ser um fator muito importante. Não existe munição perfeita para qualquer situação, porém algumas soluções têm sido apresentadas.
Acima: O bom e velho AK-47 usa a munição 7,62X39 mm, que representa uma espécie de "meio caminho" entre o 5,56X45 mm e o 7,62X51 mm. esse calibre seria uma excelente opção para uso policial, desde que usado numa arma de nova geração.
A ultima palavra em munição em 5,56X45 mm é a MK262, desenvolvida pela empresa Black Hills, dos Estados Unidos. Com um peso de 77 grains. Esta é a mais pesada munição nesse calibre, e seu uso têm sido testados em combate no Afeganistão e Iraque com resultado muito positivo, principalmente pelos usuários das carabinas com canos curtos. Essa munição, originalmente havia sido projetada para uso em versões do AR-15 para tiro de sniper, como o modelo MK-12, uma versão do AR-15 projetada para extrema precisão e em uso por Designated marksman” ou “caçadores” como são chamados os atiradores de elite de cada grupo de combate no exercito brasileiro. Essa munição apresenta um elevado desempenho de poder de parada, que chega a 100 %, como se buscava para o pequeno 5,56 mm, e ainda, por ter uma massa maior, possui uma característica balística muito favorável a tiros a distancias maiores que os 300 metros preconizados para as carabinas. O alcance efetivo chega a 600 metros. Os soldados norte americanos estão muito mais confiantes com essa nova munição. Infelizmente, porém, os agentes da lei e soldados brasileiros ainda dependem da munição SS109, uma vez que a CBC não fabrica a versão MK262 ou algum tipo equivalente desse calibre.
Acima: A munição 5,56X 45 mm MK262 fabricado pela Black Hills é a mais eficaz munição deste pequeno calibre atualmente. A experiência de combate nas frentes de batalha do Iraque e Afeganistão provaram que pode-se ter 100% de poder de parada com o 5,56 mm.
OPÇÕES DE TROCA DE CALIBRE.
Muitos entusiastas militares têm se manifestado em favor da utilização do potente calibre 7,62X51 mm, atualmente em uso pelo exercito brasileiro em seu velho fuzil FAL, porém esse assunto não é tão simples como possa parecer.O calibre 7,62X51 é extremamente adequado em uso militar, principalmente em ambiente de selva, pois a maior massa de seu projétil (145 grains), sofre menos influencia dos obstáculos como arbustos em sua trajetória, por exemplo. Fora isso, essa munição é a mais indicada em lidar com “alvos” protegidos como soldados inimigos, normalmente fazendo uso de proteção balística, o que compromete muita a eficácia das munições. O comando das forças especiais norte americano USSOCOM adquiriu no inicio desta década fuzis FN SCAR MK-16 (calibre 5,56X45 mm) e o FN SCAR MK-17 (calibre 7,62X51 mm) para seus soldados. Esses fuzis trocam de calibre facilmente com a simples troca de peças de primeiro escalão, tornado a tropa muito mais adaptável às diversas situações que possam vir a ocorrer em combate. Porém, para uso policial, o 7,62X51 mm é excessivamente potente causando chances de balas perdidas quando transfixarem paredes ou mesmo os corpos dos marginais que forem alvejados. Para uso policial eu, particularmente, indico duas soluções para o dilema. A primeira opção seria importar munição 5,56X45 mm MK262 dos Estados Unidos ou incentivar a industria nacional, no caso a Companhia Brasileira de cartuchos (CBC), em fabricar esta munição ou o desenvolvimento de uma nova munição similar. A segunda opção seria a mudança do calibre, e conseqüentemente do fuzil, também, pelo calibre 7,62X39 mm, consagrado pelo famoso fuzil kalashnikov AK-47. O 7,62X39 mm tem a vantagem de ser uma munição abundante no mercado e que tem um poder de parada superior ao 5,56X45 mm, com a possibilidade de armas com carregadores de 30 tiros, e com menor capacidade de transfixação que o mais potente 7,62X51 mm. O fuzil FN SCAR possui uma versão, especificamente feita para calçar este calibre, o 7,62X39 mm, sendo a mais moderna arma do mundo para esta munição.
Uma coisa que os interessados nesse assunto precisam entender é que não existe munição adequada a todas as situações. Por isso é perfeitamente aceitável que haja dois calibres em uma mesma força armada. Os ambientes de combate urbanos podem ser muito bem enfrentado com a munição 5,56X45 mm com projétil MK262 ou o 7,62X39 mm, porém ressalto que se deva usar armas modernas. Esse negocio nostálgico de que o AK-47 é o melhor fuzil do mundo é uma besteira. Na verdade trata-se de uma arma confiável, porém com precisão inferior a qualquer rifle mais recente, alem de ser uma arma pesada e com ergonomia inferior. Já o ambiente de selva, em situação de guerra contra soldados uniformizados e com proteção balística, o calibre 7,62X51 continua sendo uma solução mais adequada devido a sua potencia superior.
QUAL É MELHOR PARA O BRASIL?
O exercito brasileiro vem se equipando com modernos fuzis em calibre 5,56X45 mm em muitos grupos de operações especiais, principalmente os que operam na selva amazônica. Lá encontramos carabinas M-4 A1, HK G-36K/C, e o Imbel MD-97LC. Considero temerário que se padronize o calibre 5,56X45 mm como o futuro e único calibre da infantaria brasileira. Penso que tropas de operações especiais devam ter armas adaptadas a seu ambiente de atuação. Por isso considero primordial que o comando do exercito brasileiro tenha em mente que hoje existem armas avançadas em calibre 7,62X51 mm e que para operar em ambiente de selva, o potente 7,62X51 mm é a munição mais indicada. Nas regiões do interior do nordeste brasileiro, o calibre 7,62X51 mm também se faz adequado. O comprimento do cano das armas, nesses ambientes deve ser de no mínimo de 14 polegadas, para conseguir acelerar o projétil suficientemente para ter poder de parada a 300 metros de distancia. As policias do Brasil devem manter seus fuzis em calibre 5,56X45, se assim preferirem, porém é fundamental a padronização do uso da munição 5,56X45 mm com projéteis mais pesados como a MK262. Nos combates policiais, raramente os criminosos fazem uso de coletes balísticos, podendo assim, se usar o calibre 5,56X45 mm com segurança, desde que com o projétil mais pesado.
Acima: O novo fuzil Imbel MD-97LC visa reequipar as tropas das forças armadas brasileiras com um novo fuzil em 5,56X45 mm.
Uma outra solução para uso policial do calibre 5,56 mm seria o uso de projéteis semi-jaquetados com a ponta mole (sem a camisa de cobre) e com canto vivo, o que facilitaria a deformação do projétil no momento do impacto trazendo uma maior transferência de energia e, conseqüentemente, poder de parada. Essa munição é normalmente usada no esporte de caça devido a sua maior capacidade destrutiva. Embora não haja estatísticas sobre o uso dessa munição contra seres humanos, certamente ela atingiria os 100 % de poder de parada. Vale lembrar também que esse tipo de munição tem menor poder de transfixação, uma característica muita bem vinda quando se trata de usar esse tipo de armamento em ambientes urbanos, cheio de pessoas inocentes, potenciais vitimas de balas perdidas.
Observando esta tabela, pode-se ver que a diferença entre o 5,56X45 mm e o 7,62X51 mm não é tão grande quando em uso em situações de combate urbano entre civis, no caso, a policia e criminosos. Nos campos de batalha o resultado tem sido diferente porque os soldados usam coletes balísticos e uma parafernália de acessórios pendurados que acabam fornecendo alguma proteção balística.
O presente artigo tem o objetivo de expor fatos relacionados a polemica que faz crer que o calibre 5,56X45 mm não seja adequado para o combate. Cada leitor poderá fazer seu próprio juízo sobre a capacidade dos calibres usados nos fuzis com base nas informações publicadas neste artigo e assim entender melhor a controvérsia a cerca deste assunto.
Fontes: Companhia Brasileira de Cartuchos CBC; Site World Guns, Black Hills Company; Site da Revista Guns And Ammo, Tabela de Evan P. Marshall para Stopping Power.
http://landcombatcb.blogspot.com/
Eu vou colocar aqui um artigo do Carlos Emílio sobre calibres de fuzis adequados para nós discutirmos. Eu concordo com as conclusões dele.
MUNIÇÕES EM GUERRA.
UMA ABORDAGEM DA POLEMICA A RESPEIO DOS CALIBRES DE FUZIS.
PANORAMA GERAL
Quando avaliamos o potencial de uma munição, muitos fatores são considerados, o que torna o assunto bastante complexo. Uma munição pode ser avaliada em sua velocidade, energia, alcance e trajetória balística, tendo esse ultimo item, uma grande influencia da arma da qual a munição é disparada. Porém, o fator de classificação da capacidade de uma munição que mais tem se discutido atualmente é a capacidade da munição “parar” o oponente com apenas um tiro. Essa capacidade, conceitualmente, é chamada de “poder de parada” ou “stopping power”, como originalmente foi batizada. O conceito, da forma como é conhecido hoje, foi criado pelo pesquisador norte americano Evan P. Marshall, que através de estudos estatísticos de ocorrências de tiro real, onde houvesse apenas um único impacto na região do tronco do indivíduo, elaborou uma planilha onde são apresentados todos os calibres analisados por numero de ocorrências total dividido pelo numero de ocorrência em que houve a efetiva suspensão da ação do individuo com apenas um tiro. Vale ressaltar que “parar” não significa matar. Quando uma pessoa é atingida por um tiro, ela recebe uma forte transferência de energia que pode, ou não, dependendo da capacidade do projétil em transferir a energia gerada pelo disparo, suspender a capacidade de reação do alvo. Ou seja, um indivíduo que está trocando tiros com você, e acaba sendo atingindo, por você, no tórax, por exemplo, fazendo com que, ele cesse totalmente sua ação. Muitas vezes isso ocorre sem que haja morte, embora, dependendo dos órgãos comprometidos pelo impacto, a morte possa ocorrer. Seguindo esse raciocínio, podemos exemplificar de forma mais pratica o poder de parada do calibre 38, muito usado em revolveres no Brasil. No caso de calibre 38, quando disparado de um revolver com cano curto (2 polegadas), usando munição padrão (projétil ogival de chumbo e carga de pólvora normal), tem 52% de chances de parar um indivíduo com apenas um tiro na região do tronco. Essa capacidade melhora com o uso de munições com cargas +P (mais potencia) e disparados de armas de canos maiores, chegando a o melhor desempenho possível para este calibre que é de 78% de chance de parar o agressor. Esse desempenho é conseguido com munição 38 +P disparado de um revolver com cano com 6 polegadas.
Nos últimos anos, muito tem se discutido a respeito da grande polemica da eficiência dos calibres mais populares em uso nos fuzis de assalto. O centro da polemica está, justamente, o calibre mais difundido do mundo atualmente, o famoso calibre 5,56 X 45 mm.
A polemica diz respeito a os relatos de soldados norte-americanos em combate nas frentes de batalha no Iraque e Afeganistão onde houve a dificuldade de se “parar”, o inimigo com um único impacto, sendo necessário acertar mais de um tiro para se conseguir por fora de ação o combatente adversário. Este problema tem sido relatado, também, por policiais do Estado do Rio de Janeiro, onde há relato em que um marginal que levou um tiro de munição 5,56X45 mm nas costas e continuou correndo até cair morto 50 metros a frente. Assim sendo, o calibre 5,56 tem apresentado uma deficiência em relação a seu poder de parada.
SOLUCIONANDO O PROBLEMA
Na verdade, substituir o calibre de um fuzil em uso em uma força armada sempre será um processo oneroso que exigirá uma complexa mudança em termos de fornecedores, tanto de munição, quanto de armamentos. Por isso, estudos sobre os motivos que levaram o calibre 5,56 mm apresentar este desempenho deficiente levaram as seguintes conclusões. A) Os maiores problemas ocorrem com o uso das carabinas, cujo cano é mais curto, tendo cerca de 14 polegadas; B) O uso de munição com projéteis excessivamente leves e frágeis.
Devido a esse panorama, houve um aumento do interesse em fuzis com calibres mais potentes, como o 7,62X39 mm usado no fuzil AK-47 e o nosso “querido” 7,62X51 mm, usado no FAL. Alguns calibres novos começaram a ser desenvolvidos, também, como opção ao 5,56 mm como é o caso da nova munição calibre 6,8 mm Remington SPC (6,8X43 mm) desenvolvido pela tradicional fabricante de armas e munições Remington. Embora o 6,8 mm apresente um desempenho consideravelmente melhor em termos de poder de parada, a distancias até 300 metros, quando disparado de canos de 14 polegadas como nas carabinas M-4 A1, ainda sim, há um sério problema logístico uma vez que poucos fabricantes de munição produzem esse calibre e por isso seria inviável, atualmente, substituir os fuzis das forças armadas de qualquer país, por um novo fuzil nesse calibre, pois haveria falta de munição, além, é claro, do maior custo da mesma.
O calibre 5,56X45 mm possui diversas versões de projéteis, cujo desempenho, tem uma forte variação entre elas. A versão básica, conhecida como M193 possui um projétil extremamente leve de 55 grains. Esse projétil é muito usado, e certamente tem desempenho fraco, com pouca capacidade de transferência de energia alem de uma transfixação elevada. Caso o indivíduo “alvo” esteja fazendo uso de um colete a prova de balas, mesmo os mais fracos, que resistem apenas a munições de armas curtas, a munição M193, não terá um poder de parada tão eficiente quanto um disparo de uma munição mais pesada, pois o projétil, se fragmentaria facilmente além de ser muito leve. A munição mais popular em 5,56X45 mm é a do tipo SS109, cujo projétil tem 62 grains. Esse tipo de munição é relativamente eficaz contra alvos blindados leves, porém, ainda, possuem uma capacidade poder de parada inferior a 100% que é o que se espera de uma munição nessa categoria. Essa munição é a que, normalmente é usada pelas forças de segurança e militares do Brasil. Os Estados Unidos estavam usando a munição M855, cujo projétil também tem 62 grains e alta capacidade de penetração. Essas munições descritas, no calibre 5,56X45 mm são as protagonistas do polemico baixo poder de parada apresentado na guerra do Iraque, Afeganistão, e em uso nos morros do Rio de Janeiro. Cabe lembrar aqui, que o aumento substancial do uso de carabinas M-4 A1 e do modelo Commando, de canos mais curtos que o fuzil M-16 A2/ A4, standard, representa um importante fator de perda de energia terminal da munição. A maior parte das reclamações dos soldados veio, exatamente, dos usuários das versões de canos curtos. As carabinas M-4 A1 são ideais para uso urbano devido aos espaços menores. Por isso não é necessário um fuzil que tenha poder de parada e precisão além dos 300 metros, em se tratando de uma arma de assalto, porém, quando o combate se dá contra inimigos usando roupas pesadas e com diversos acessórios pendurados pelo corpo, como carregadores extras, por exemplo, a potencia da munição que você estiver usando vai ser um fator muito importante. Não existe munição perfeita para qualquer situação, porém algumas soluções têm sido apresentadas.
Acima: O bom e velho AK-47 usa a munição 7,62X39 mm, que representa uma espécie de "meio caminho" entre o 5,56X45 mm e o 7,62X51 mm. esse calibre seria uma excelente opção para uso policial, desde que usado numa arma de nova geração.
A ultima palavra em munição em 5,56X45 mm é a MK262, desenvolvida pela empresa Black Hills, dos Estados Unidos. Com um peso de 77 grains. Esta é a mais pesada munição nesse calibre, e seu uso têm sido testados em combate no Afeganistão e Iraque com resultado muito positivo, principalmente pelos usuários das carabinas com canos curtos. Essa munição, originalmente havia sido projetada para uso em versões do AR-15 para tiro de sniper, como o modelo MK-12, uma versão do AR-15 projetada para extrema precisão e em uso por Designated marksman” ou “caçadores” como são chamados os atiradores de elite de cada grupo de combate no exercito brasileiro. Essa munição apresenta um elevado desempenho de poder de parada, que chega a 100 %, como se buscava para o pequeno 5,56 mm, e ainda, por ter uma massa maior, possui uma característica balística muito favorável a tiros a distancias maiores que os 300 metros preconizados para as carabinas. O alcance efetivo chega a 600 metros. Os soldados norte americanos estão muito mais confiantes com essa nova munição. Infelizmente, porém, os agentes da lei e soldados brasileiros ainda dependem da munição SS109, uma vez que a CBC não fabrica a versão MK262 ou algum tipo equivalente desse calibre.
Acima: A munição 5,56X 45 mm MK262 fabricado pela Black Hills é a mais eficaz munição deste pequeno calibre atualmente. A experiência de combate nas frentes de batalha do Iraque e Afeganistão provaram que pode-se ter 100% de poder de parada com o 5,56 mm.
OPÇÕES DE TROCA DE CALIBRE.
Muitos entusiastas militares têm se manifestado em favor da utilização do potente calibre 7,62X51 mm, atualmente em uso pelo exercito brasileiro em seu velho fuzil FAL, porém esse assunto não é tão simples como possa parecer.O calibre 7,62X51 é extremamente adequado em uso militar, principalmente em ambiente de selva, pois a maior massa de seu projétil (145 grains), sofre menos influencia dos obstáculos como arbustos em sua trajetória, por exemplo. Fora isso, essa munição é a mais indicada em lidar com “alvos” protegidos como soldados inimigos, normalmente fazendo uso de proteção balística, o que compromete muita a eficácia das munições. O comando das forças especiais norte americano USSOCOM adquiriu no inicio desta década fuzis FN SCAR MK-16 (calibre 5,56X45 mm) e o FN SCAR MK-17 (calibre 7,62X51 mm) para seus soldados. Esses fuzis trocam de calibre facilmente com a simples troca de peças de primeiro escalão, tornado a tropa muito mais adaptável às diversas situações que possam vir a ocorrer em combate. Porém, para uso policial, o 7,62X51 mm é excessivamente potente causando chances de balas perdidas quando transfixarem paredes ou mesmo os corpos dos marginais que forem alvejados. Para uso policial eu, particularmente, indico duas soluções para o dilema. A primeira opção seria importar munição 5,56X45 mm MK262 dos Estados Unidos ou incentivar a industria nacional, no caso a Companhia Brasileira de cartuchos (CBC), em fabricar esta munição ou o desenvolvimento de uma nova munição similar. A segunda opção seria a mudança do calibre, e conseqüentemente do fuzil, também, pelo calibre 7,62X39 mm, consagrado pelo famoso fuzil kalashnikov AK-47. O 7,62X39 mm tem a vantagem de ser uma munição abundante no mercado e que tem um poder de parada superior ao 5,56X45 mm, com a possibilidade de armas com carregadores de 30 tiros, e com menor capacidade de transfixação que o mais potente 7,62X51 mm. O fuzil FN SCAR possui uma versão, especificamente feita para calçar este calibre, o 7,62X39 mm, sendo a mais moderna arma do mundo para esta munição.
Uma coisa que os interessados nesse assunto precisam entender é que não existe munição adequada a todas as situações. Por isso é perfeitamente aceitável que haja dois calibres em uma mesma força armada. Os ambientes de combate urbanos podem ser muito bem enfrentado com a munição 5,56X45 mm com projétil MK262 ou o 7,62X39 mm, porém ressalto que se deva usar armas modernas. Esse negocio nostálgico de que o AK-47 é o melhor fuzil do mundo é uma besteira. Na verdade trata-se de uma arma confiável, porém com precisão inferior a qualquer rifle mais recente, alem de ser uma arma pesada e com ergonomia inferior. Já o ambiente de selva, em situação de guerra contra soldados uniformizados e com proteção balística, o calibre 7,62X51 continua sendo uma solução mais adequada devido a sua potencia superior.
QUAL É MELHOR PARA O BRASIL?
O exercito brasileiro vem se equipando com modernos fuzis em calibre 5,56X45 mm em muitos grupos de operações especiais, principalmente os que operam na selva amazônica. Lá encontramos carabinas M-4 A1, HK G-36K/C, e o Imbel MD-97LC. Considero temerário que se padronize o calibre 5,56X45 mm como o futuro e único calibre da infantaria brasileira. Penso que tropas de operações especiais devam ter armas adaptadas a seu ambiente de atuação. Por isso considero primordial que o comando do exercito brasileiro tenha em mente que hoje existem armas avançadas em calibre 7,62X51 mm e que para operar em ambiente de selva, o potente 7,62X51 mm é a munição mais indicada. Nas regiões do interior do nordeste brasileiro, o calibre 7,62X51 mm também se faz adequado. O comprimento do cano das armas, nesses ambientes deve ser de no mínimo de 14 polegadas, para conseguir acelerar o projétil suficientemente para ter poder de parada a 300 metros de distancia. As policias do Brasil devem manter seus fuzis em calibre 5,56X45, se assim preferirem, porém é fundamental a padronização do uso da munição 5,56X45 mm com projéteis mais pesados como a MK262. Nos combates policiais, raramente os criminosos fazem uso de coletes balísticos, podendo assim, se usar o calibre 5,56X45 mm com segurança, desde que com o projétil mais pesado.
Acima: O novo fuzil Imbel MD-97LC visa reequipar as tropas das forças armadas brasileiras com um novo fuzil em 5,56X45 mm.
Uma outra solução para uso policial do calibre 5,56 mm seria o uso de projéteis semi-jaquetados com a ponta mole (sem a camisa de cobre) e com canto vivo, o que facilitaria a deformação do projétil no momento do impacto trazendo uma maior transferência de energia e, conseqüentemente, poder de parada. Essa munição é normalmente usada no esporte de caça devido a sua maior capacidade destrutiva. Embora não haja estatísticas sobre o uso dessa munição contra seres humanos, certamente ela atingiria os 100 % de poder de parada. Vale lembrar também que esse tipo de munição tem menor poder de transfixação, uma característica muita bem vinda quando se trata de usar esse tipo de armamento em ambientes urbanos, cheio de pessoas inocentes, potenciais vitimas de balas perdidas.
Observando esta tabela, pode-se ver que a diferença entre o 5,56X45 mm e o 7,62X51 mm não é tão grande quando em uso em situações de combate urbano entre civis, no caso, a policia e criminosos. Nos campos de batalha o resultado tem sido diferente porque os soldados usam coletes balísticos e uma parafernália de acessórios pendurados que acabam fornecendo alguma proteção balística.
O presente artigo tem o objetivo de expor fatos relacionados a polemica que faz crer que o calibre 5,56X45 mm não seja adequado para o combate. Cada leitor poderá fazer seu próprio juízo sobre a capacidade dos calibres usados nos fuzis com base nas informações publicadas neste artigo e assim entender melhor a controvérsia a cerca deste assunto.
Fontes: Companhia Brasileira de Cartuchos CBC; Site World Guns, Black Hills Company; Site da Revista Guns And Ammo, Tabela de Evan P. Marshall para Stopping Power.
http://landcombatcb.blogspot.com/
Re: Novo Fuzil para o EB
O melhor e mais coerente texto que eu já vi na internet sobre o 5.56! no final das contas... essa discussão não importa muito e eu duvido muito que os EUA troquem de munição novamente, a não ser que seja algo muito inovador tecnologicamente, como munições caseless.
5.56 military utility
This week's Carnival of Cordite topic: Is the .223 an appropriate cartridge for the military?
I generally stay our of these conversations, because I think at this point, after 40 years it is nothing more than deceased equine flogging.
I think the 5.56 is a pretty good choice, for an infantry rifle in traditional combat.
Traditional wars are won by logistics, not rifles. Until about 15 years ago, the war the US military was preparing for was ground combat in Central Europe against the Warsaw Pact. In other words, a traditional war.
In that war, the most important thing would have been making sure the tanks, aircraft and artillery had fuel and ammunition, and the soldiers operating those systems had food and water.. Whoever did the best job at that not so simple task would win. In a war like that, rifles don't kill many of the enemy: airstrikes and artillery do the heavy lifting.
When the main condition of victory is superb logistics, the weight and volume of ammunition becomes paramount. In the 1960's, when the changeover to 5.56 began, the issued ammunition was 7.62x51. 7.62 is 3 times as heavy, and twice the size of 5.56. That means that you need at least twice as many trucks to keep your infantry supplied with rifle ammunition.
That means there are thousands of trucks that aren't hauling artillery shells, thousands of soldiers that are neither fighting nor hauling diesel fuel. It means you have longer, more vulnerable convoys. You need more anti-air assets to guard that convoy. You need more gun trucks to protect the convoy from locals. You need more of that precious fuel to move that convoy. You need more food to keep those drivers going. It becomes apparent that that larger, heavier ammunition is quite a logistical snowball.
Many critics of the 5.56 ammunition focus on the wimpiness of the cartridge. It is rather anemic compared to the cartridges that proceeded it, but is certainly sufficient. It will most assuredly kill the enemy. I bet that statistical data will show that it kills unarmored enemies just as effectively as the the old 7.62 ammo and most of our enemies aren't wearing armor.
The common jibe against the effectiveness of the cartridge come when armchair experts point out that the 5.56 is not legal for deer hunting in many states. I am pretty sure that rule came about when the only common centerfire .22 cartridge was the old, blackpowder .22 Hornet, and the only bullets available were either lead or full metal jacketed.
At this point the naysayers always pull out anecdotal stories of people that were shot numerous times with 5.56 who continued to fight after they were shot. Given time, I am sure I can find just as many stories of people whose legs or arms were completely blown off, who continued to fight. As any defensive pistol shooter will tell you, the only way to make someone stop immediately is destruction of the central nervous system. Someone that has been shot in the heart can continue to function for a minute or more. After all, how many hunters shoot their deer, have it run several hundred yards, and later find that that the shot they fired destroyed the heart, punctured both lungs and broke a shoulder?
The 5.56 is quite anemic when it comes to defeating light armor, or engaging the enemy at extended ranges. That's why the military has medium machine guns in heavier calibers. The military is a team, and that team carries a variety of weapons with different strengths and weaknesses. I think it is unreasonable to expect one tool to do every job, and still have it be efficient. That's how monstrosities like the OICW happen.
All in all, I think the 5.56 is just fine for the military's purposes. It has definite advantages on the logistics side of the equation, and is sufficient on the effectiveness side of the equation.
5.56 military utility
This week's Carnival of Cordite topic: Is the .223 an appropriate cartridge for the military?
I generally stay our of these conversations, because I think at this point, after 40 years it is nothing more than deceased equine flogging.
I think the 5.56 is a pretty good choice, for an infantry rifle in traditional combat.
Traditional wars are won by logistics, not rifles. Until about 15 years ago, the war the US military was preparing for was ground combat in Central Europe against the Warsaw Pact. In other words, a traditional war.
In that war, the most important thing would have been making sure the tanks, aircraft and artillery had fuel and ammunition, and the soldiers operating those systems had food and water.. Whoever did the best job at that not so simple task would win. In a war like that, rifles don't kill many of the enemy: airstrikes and artillery do the heavy lifting.
When the main condition of victory is superb logistics, the weight and volume of ammunition becomes paramount. In the 1960's, when the changeover to 5.56 began, the issued ammunition was 7.62x51. 7.62 is 3 times as heavy, and twice the size of 5.56. That means that you need at least twice as many trucks to keep your infantry supplied with rifle ammunition.
That means there are thousands of trucks that aren't hauling artillery shells, thousands of soldiers that are neither fighting nor hauling diesel fuel. It means you have longer, more vulnerable convoys. You need more anti-air assets to guard that convoy. You need more gun trucks to protect the convoy from locals. You need more of that precious fuel to move that convoy. You need more food to keep those drivers going. It becomes apparent that that larger, heavier ammunition is quite a logistical snowball.
Many critics of the 5.56 ammunition focus on the wimpiness of the cartridge. It is rather anemic compared to the cartridges that proceeded it, but is certainly sufficient. It will most assuredly kill the enemy. I bet that statistical data will show that it kills unarmored enemies just as effectively as the the old 7.62 ammo and most of our enemies aren't wearing armor.
The common jibe against the effectiveness of the cartridge come when armchair experts point out that the 5.56 is not legal for deer hunting in many states. I am pretty sure that rule came about when the only common centerfire .22 cartridge was the old, blackpowder .22 Hornet, and the only bullets available were either lead or full metal jacketed.
At this point the naysayers always pull out anecdotal stories of people that were shot numerous times with 5.56 who continued to fight after they were shot. Given time, I am sure I can find just as many stories of people whose legs or arms were completely blown off, who continued to fight. As any defensive pistol shooter will tell you, the only way to make someone stop immediately is destruction of the central nervous system. Someone that has been shot in the heart can continue to function for a minute or more. After all, how many hunters shoot their deer, have it run several hundred yards, and later find that that the shot they fired destroyed the heart, punctured both lungs and broke a shoulder?
The 5.56 is quite anemic when it comes to defeating light armor, or engaging the enemy at extended ranges. That's why the military has medium machine guns in heavier calibers. The military is a team, and that team carries a variety of weapons with different strengths and weaknesses. I think it is unreasonable to expect one tool to do every job, and still have it be efficient. That's how monstrosities like the OICW happen.
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Como diria Bezerra da Silva: "Malandro é Malandro... Mané é Mané..."
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Re: Novo Fuzil para o EB
Estou mais inclinado para o segundo texto.
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Re: Novo Fuzil para o EB
ZeRo4 escreveu:O melhor e mais coerente texto que eu já vi na internet sobre o 5.56! no final das contas... essa discussão não importa muito e eu duvido muito que os EUA troquem de munição novamente, a não ser que seja algo muito inovador tecnologicamente, como munições caseless.
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This week's Carnival of Cordite topic: Is the .223 an appropriate cartridge for the military?
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I think the 5.56 is a pretty good choice, for an infantry rifle in traditional combat.
Traditional wars are won by logistics, not rifles. Until about 15 years ago, the war the US military was preparing for was ground combat in Central Europe against the Warsaw Pact. In other words, a traditional war.
In that war, the most important thing would have been making sure the tanks, aircraft and artillery had fuel and ammunition, and the soldiers operating those systems had food and water.. Whoever did the best job at that not so simple task would win. In a war like that, rifles don't kill many of the enemy: airstrikes and artillery do the heavy lifting.
When the main condition of victory is superb logistics, the weight and volume of ammunition becomes paramount. In the 1960's, when the changeover to 5.56 began, the issued ammunition was 7.62x51. 7.62 is 3 times as heavy, and twice the size of 5.56. That means that you need at least twice as many trucks to keep your infantry supplied with rifle ammunition.
That means there are thousands of trucks that aren't hauling artillery shells, thousands of soldiers that are neither fighting nor hauling diesel fuel. It means you have longer, more vulnerable convoys. You need more anti-air assets to guard that convoy. You need more gun trucks to protect the convoy from locals. You need more of that precious fuel to move that convoy. You need more food to keep those drivers going. It becomes apparent that that larger, heavier ammunition is quite a logistical snowball.
Many critics of the 5.56 ammunition focus on the wimpiness of the cartridge. It is rather anemic compared to the cartridges that proceeded it, but is certainly sufficient. It will most assuredly kill the enemy. I bet that statistical data will show that it kills unarmored enemies just as effectively as the the old 7.62 ammo and most of our enemies aren't wearing armor.
The common jibe against the effectiveness of the cartridge come when armchair experts point out that the 5.56 is not legal for deer hunting in many states. I am pretty sure that rule came about when the only common centerfire .22 cartridge was the old, blackpowder .22 Hornet, and the only bullets available were either lead or full metal jacketed.
At this point the naysayers always pull out anecdotal stories of people that were shot numerous times with 5.56 who continued to fight after they were shot. Given time, I am sure I can find just as many stories of people whose legs or arms were completely blown off, who continued to fight. As any defensive pistol shooter will tell you, the only way to make someone stop immediately is destruction of the central nervous system. Someone that has been shot in the heart can continue to function for a minute or more. After all, how many hunters shoot their deer, have it run several hundred yards, and later find that that the shot they fired destroyed the heart, punctured both lungs and broke a shoulder?
The 5.56 is quite anemic when it comes to defeating light armor, or engaging the enemy at extended ranges. That's why the military has medium machine guns in heavier calibers. The military is a team, and that team carries a variety of weapons with different strengths and weaknesses. I think it is unreasonable to expect one tool to do every job, and still have it be efficient. That's how monstrosities like the OICW happen.
All in all, I think the 5.56 is just fine for the military's purposes. It has definite advantages on the logistics side of the equation, and is sufficient on the effectiveness side of the equation.
Taí, meus melhores argumentos anti-5,56 foram simplesmente arrasados com uma argumentação simples e efetiva! Perceberam que estamos todos (ou quase) pensando guerra com cabeça de ianque? Um fuzil só é - se tornou - tão importante assim porque é a principal arma que se usa para enfrentar CIVIS, POWS!!!
E guerra NÃO É isso!
Numa guerra de verdade o fuzil vem atrás do tanque, do canhão, do míssil, do avião de ataque e essa tralha toda; em operação POLICIAL é que ele vem na frente, não se pode ir de tanque para dentro de uma favela, presume-se que a maioria do pessoal no TO é amigo ou ao menos neutro, o que NÃO acontece num campo de batalha: lá ou é dos nossos ou é inimigo. Simples assim...
Bueno, a Logística - estou sempre esquecendo a infeliz - faz toda a diferença do mundo. Não tem estrada na Amazônia (tá, uma que outra), devo então presumir que não é mole abastecer um pelotão no meio da PQP, assim, se ele estiver de FAL quantos cartuchos poderá carregar? Bem, eu não acharia ruim levar o triplo da quantidade pelo mesmo peso e ainda por cima portando um fuzil/carabina menor/mais leve.
Assim, somo-me então ao 'Clube do 5,56', mesmo achando que este cartucho cedo ou tarde será substituído por outro mais potente, já que para seus criadores a guerra agora é OPERAÇÃO DE POLÍCIA...
(((GANHEI o debate: aprendi! Valews, 04!!! )))
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P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: Novo Fuzil para o EB
O Maj Piffer já falou inúmeras vezes sobre essa questão da "logística 7,62mm vs 5,56mm"... E pelos números que ele mostrou o volume de fogo que dá pra proporcionar em 5,56mm com uma carga de helicóptero é absurdamente maior, inclusive bem maior que os 10 tiros a mais por carregador... Me parece que o segredo é ter a munição (tamanho do projetil) certa pra operação certa, além do cano certo pra operação certa. E isso reforça mais uma vez um pequeno diferencial desses últimos fuzis que estão aparecendo: modularidade de canos.
Imaginem a sequinte situação: Uma instituição (seja as próprias FFAA, o DPF, PFRF, PC de algum estado, PMs, e por aí vai), padronizado com o fuzil X, que tem modularidade de canos. Nós temos algumas situações diferentes, mas basicamente são os combates urbanos (curta distância) e rurais (longa distância), sendo que esses se subdividem em alvos com e sem proteção balística. Na minha opinião onde temos alvos com proteção serão operações militares ou para-militares onde a preocupação com efeitos colaterais, se não inexistentes, serão menos prioritárias, ou seja, operações de guerra ou então contra uma quadrilha muito bem equipada. Isso geraria 4 combinações de munição/canos... E aí é colocar a cachola pra trabalhar e distribuir a munição e os canos respectivos nos armamentos, mantendo todo o resto igual (carregadores, sistemas de tiro das armas, sistemas ópticos, e por aí vai). Obviamente com as "tropas de elite" (FEs, COTs, BOPEs, COREs, GATEs, da vida) com opções de escolha, mas no geral pode-se dividir bem pelo tipo de operação que a unidade, com uma ou duas unidades em padrão diferente...
Exemplos práticos: uma Cia Independente de PM igual tem em TC costuma ter alguns poucos fuzis, poderíamos ter a maioria no padrão curto e um ou dois mais longos (standard ou longo mesmo), já que sempre existe a possibilidade de um combate rural nessa região (assalto a fazendas na época de colheita de café, por exemplo). Já batalhões rurais como o Meio Ambiente no caso de MG, ou aqueles batalhões de interiorzão em estados do Nordeste, Centro Oeste, ou esses novos conceitos voltados pra fronteira), esses provavelmente tem mais fuzis, e operam em mais variedades de situações, logo poderiam ter mais fuzis de cano standard além de alguns curtos, e alguns longos, com os sistemas de pontaria acompanhando os fuzis. Já unidades "de elite elite mesmo" tem de tudo um pouco, já que cada operação possui suas características especiais, e eles operam em "tudão".
Já pras FFAA isso fica ainda mais simples de caracterizar: é STD pra tudão e algumas unidades de Curto, que poderiam muito bem estarem dentro dos PELOPES (analisando dentro da estrutura do EB), além dos longos com os Designated Marksman, ou seja lá qual o nome que o EB está dando pra esses caras (eu realmente não sei se os Caçadores são DM ou Sniper no sentido puro da palavra).
Obviamente eu citei apenas o que tange a fuzis, a munição teria que acompanhar, e pelo que eu ando lendo EXISTE munição que deixa o 5,56mm OTAN com eficiência (stopping power) bom pra essas respectivas funções. O que teria que ser feito é colocar ordem na coisa, quem vai receber qual tipo de munição e dar um jeito dos fornecedores se adequarem, e como isso é feito? Requisitando em editais de licitação e compra! Começa a pedir munições com projetis mais pesados, ou munições assim, ou assado... Primeiramente teria que importar, já que a CBC não teria, mas rapidinho ela se adequava pra não perder o filão, já que pela atual legislação se tiver similar aqui não tem como comprar lá fora... Ou seja, ela tem sim o monopólio, mas esse monopólio não tem que ser absoluto do estilo: "É essa aqui que temos, se não quiser fique sem." Basta a organização de quem precisa do que ser feita. E obviamente isso seria mais eficiente do que ter 7,62 e 5,56 convivendo juntas, pois na falta de uma munição X em 5,56 tem como colocar outro tipo e ele vai funcionar, talvez não com a eficiência desejada, mas vai atirar! Já se ocorrer o 7,62 e 5,56 se faltar um a coisa pega, porque não vai ter outro... Em níveis maiores por não ter munição pra fornecer pra unidade X ou Y e em níveis menores o carregador do DM não vai encaixar no do Fuzileiro comum, e por aí vai.
Obviamente nos ninhos de excelência o 7,62 ainda vai existir, afinal o Sniper ainda vai precisar de um fuzil 7,62... Além de um Lapua Magnum, um .50 etc... Mas aí já estamos num outro nível, com compras medidas em dezenas, e não em centenas de milhares (300.000 pro EB, mais um 100.000 pras PMs, uns 20.000 pras PCs, mais um tanto bom pras Federais).
Ah, esses números aí em cima eu meio que chutei, então se acharem que são mais ou menos deem um desconto hehehehehe. E desculpem o post gigante.
Imaginem a sequinte situação: Uma instituição (seja as próprias FFAA, o DPF, PFRF, PC de algum estado, PMs, e por aí vai), padronizado com o fuzil X, que tem modularidade de canos. Nós temos algumas situações diferentes, mas basicamente são os combates urbanos (curta distância) e rurais (longa distância), sendo que esses se subdividem em alvos com e sem proteção balística. Na minha opinião onde temos alvos com proteção serão operações militares ou para-militares onde a preocupação com efeitos colaterais, se não inexistentes, serão menos prioritárias, ou seja, operações de guerra ou então contra uma quadrilha muito bem equipada. Isso geraria 4 combinações de munição/canos... E aí é colocar a cachola pra trabalhar e distribuir a munição e os canos respectivos nos armamentos, mantendo todo o resto igual (carregadores, sistemas de tiro das armas, sistemas ópticos, e por aí vai). Obviamente com as "tropas de elite" (FEs, COTs, BOPEs, COREs, GATEs, da vida) com opções de escolha, mas no geral pode-se dividir bem pelo tipo de operação que a unidade, com uma ou duas unidades em padrão diferente...
Exemplos práticos: uma Cia Independente de PM igual tem em TC costuma ter alguns poucos fuzis, poderíamos ter a maioria no padrão curto e um ou dois mais longos (standard ou longo mesmo), já que sempre existe a possibilidade de um combate rural nessa região (assalto a fazendas na época de colheita de café, por exemplo). Já batalhões rurais como o Meio Ambiente no caso de MG, ou aqueles batalhões de interiorzão em estados do Nordeste, Centro Oeste, ou esses novos conceitos voltados pra fronteira), esses provavelmente tem mais fuzis, e operam em mais variedades de situações, logo poderiam ter mais fuzis de cano standard além de alguns curtos, e alguns longos, com os sistemas de pontaria acompanhando os fuzis. Já unidades "de elite elite mesmo" tem de tudo um pouco, já que cada operação possui suas características especiais, e eles operam em "tudão".
Já pras FFAA isso fica ainda mais simples de caracterizar: é STD pra tudão e algumas unidades de Curto, que poderiam muito bem estarem dentro dos PELOPES (analisando dentro da estrutura do EB), além dos longos com os Designated Marksman, ou seja lá qual o nome que o EB está dando pra esses caras (eu realmente não sei se os Caçadores são DM ou Sniper no sentido puro da palavra).
Obviamente eu citei apenas o que tange a fuzis, a munição teria que acompanhar, e pelo que eu ando lendo EXISTE munição que deixa o 5,56mm OTAN com eficiência (stopping power) bom pra essas respectivas funções. O que teria que ser feito é colocar ordem na coisa, quem vai receber qual tipo de munição e dar um jeito dos fornecedores se adequarem, e como isso é feito? Requisitando em editais de licitação e compra! Começa a pedir munições com projetis mais pesados, ou munições assim, ou assado... Primeiramente teria que importar, já que a CBC não teria, mas rapidinho ela se adequava pra não perder o filão, já que pela atual legislação se tiver similar aqui não tem como comprar lá fora... Ou seja, ela tem sim o monopólio, mas esse monopólio não tem que ser absoluto do estilo: "É essa aqui que temos, se não quiser fique sem." Basta a organização de quem precisa do que ser feita. E obviamente isso seria mais eficiente do que ter 7,62 e 5,56 convivendo juntas, pois na falta de uma munição X em 5,56 tem como colocar outro tipo e ele vai funcionar, talvez não com a eficiência desejada, mas vai atirar! Já se ocorrer o 7,62 e 5,56 se faltar um a coisa pega, porque não vai ter outro... Em níveis maiores por não ter munição pra fornecer pra unidade X ou Y e em níveis menores o carregador do DM não vai encaixar no do Fuzileiro comum, e por aí vai.
Obviamente nos ninhos de excelência o 7,62 ainda vai existir, afinal o Sniper ainda vai precisar de um fuzil 7,62... Além de um Lapua Magnum, um .50 etc... Mas aí já estamos num outro nível, com compras medidas em dezenas, e não em centenas de milhares (300.000 pro EB, mais um 100.000 pras PMs, uns 20.000 pras PCs, mais um tanto bom pras Federais).
Ah, esses números aí em cima eu meio que chutei, então se acharem que são mais ou menos deem um desconto hehehehehe. E desculpem o post gigante.
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Re: Novo Fuzil para o EB
Enquanto eu digitava esse post gigante o Túlio postou o dele e achei por bem também escrever que sempre fui do time do 7,62mm, principalmente pelo argumento que o treino em tiro maior faria a eficiência do 7,62mm ir pra extratosfera, mas estou começando a desbancar pro 5,56mm devido a três pequeninas palavras: logística (incluindo aí o peso que o combatente tem que carregar), recuo e evolução (do 5,56 x 45mm em sí).
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Re: Novo Fuzil para o EB
Quanto a tiro de longa distância, sempre esquecem que o 556 é um cartucho bem preciso. Apesar de pesar umas duas ou três vezes menos do que um 762, ele é bem mais rápido em seu trajeto final, onde o cartucho estabiliza o giro e fica bem potente. A critica ao 556 veio no momento que o Exercito Americano trocou quase todas as armas pelo M4 com cano de 14,5 pol e querem que ele resolva tudo. Mas com o tempo estão resolvendo a situação, reorganizando o GC, com novas armas, novas munições e tal.
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Re: Novo Fuzil para o EB
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Re: Novo Fuzil para o EB
Tulio, AgPens unidos jamais serão vencidos... ;D
Acho que a época do 7.62 para o infante comum já passou! o 5.56 pode fazer um serviço de forma eficiente, desde que usado dentro da sua coerência! tem gente que pega um M4 Commando e quer acerta e neutralizar um alvo a 500m! Isso não existe.
A Logistica comanda tudo... quem já jogou bons jogos de estratégia no PC sabe que de nada adianta você ter os melhores equipamentos se não tiver uma logística adequada.
Acho que a época do 7.62 para o infante comum já passou! o 5.56 pode fazer um serviço de forma eficiente, desde que usado dentro da sua coerência! tem gente que pega um M4 Commando e quer acerta e neutralizar um alvo a 500m! Isso não existe.
A Logistica comanda tudo... quem já jogou bons jogos de estratégia no PC sabe que de nada adianta você ter os melhores equipamentos se não tiver uma logística adequada.
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Re: Novo Fuzil para o EB
ZeRo4 escreveu:Tulio, AgPens unidos jamais serão vencidos... ;D
Acho que a época do 7.62 para o infante comum já passou! o 5.56 pode fazer um serviço de forma eficiente, desde que usado dentro da sua coerência! tem gente que pega um M4 Commando e quer acerta e neutralizar um alvo a 500m! Isso não existe.
A Logistica comanda tudo... quem já jogou bons jogos de estratégia no PC sabe que de nada adianta você ter os melhores equipamentos se não tiver uma logística adequada.
Aqui é AP, Colega...
E essa de querer matar com fuzil comum a 500m demonstra justamente o que falei quando ganhei o debate, isso já é trabalho para metralhadora, estamos sendo todos contaminados pelo maldito 'American Way of War' de lutar contra paisano e não contra outros exércitos...
Sétimo terceiro aí!!!
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Re: Novo Fuzil para o EB
Pois é Túlio, coisa de metralhadora ou daqueles atirados que não chegam a ser snipers, mas que atuam dentro do pelotão!!! como O Moccellin disse, tem uma postagem do Piffer que tbm fala sobre logística, eu tinha até guardado:
Piffer:
Apesar desse combate de infantaria não ser mais a minha praia, eu concordo com o Beraldi quando ele diz que o desvio causado por folhagens e galhos é insignificante.
Não sei quem daqui já esteve na selva, mas quem conhece, sabe que um tiro a mais de 50 metros é uma coisa muito rara por lá.
Por outro lado, o EB não é só selva. Não podemos focar o nosso armamento para a selva se nenhuma das quatro brigadas da FAR estão na Amazônia.
No meu tempo de Infantaria, já estive em missões bem longas e sei quanto 200 cartuchos de 7,62 mm pesam. Imaginar que posso levar 300 5,56 mm por praticamente metade do peso faz a opinião pender para o lado dele.
Lembro ainda que o peso que o soldado vai levar é apenas uma das variáveis e, normalmente, não é a mais importante.
Durante um assalto aeromóvel, com vários helicópteros ou aviões lançando suprimentos dentro da cabeça de ponte, devemos lembrar que um cunhete com 1000 7,62 pesa 33 kg e um com a mesma quantidade de 5,56 pesa 12 kg. Essa munição tem que ser transportada de moto, quadriciclo ou (o que é mais comum) no lombo do combatente até as posições defensivas de cada companhia.
Outro exemplo: Uma brigada motorizada consome em combate 20 toneladas de suprimentos por dia. Mais de 2/3 disso é de munição. Isso pode ser reduzido significativamente com uma munição com 1/3 do peso. Menos viaturas administrativas andando pra lá e pra cá. Menos comboios noturnos sujeitos a emboscadas, menos combustível gasto com ressuprimentos, etc.
Sem contar o preço da munição...
Abraços,
Piffer:
Apesar desse combate de infantaria não ser mais a minha praia, eu concordo com o Beraldi quando ele diz que o desvio causado por folhagens e galhos é insignificante.
Não sei quem daqui já esteve na selva, mas quem conhece, sabe que um tiro a mais de 50 metros é uma coisa muito rara por lá.
Por outro lado, o EB não é só selva. Não podemos focar o nosso armamento para a selva se nenhuma das quatro brigadas da FAR estão na Amazônia.
No meu tempo de Infantaria, já estive em missões bem longas e sei quanto 200 cartuchos de 7,62 mm pesam. Imaginar que posso levar 300 5,56 mm por praticamente metade do peso faz a opinião pender para o lado dele.
Lembro ainda que o peso que o soldado vai levar é apenas uma das variáveis e, normalmente, não é a mais importante.
Durante um assalto aeromóvel, com vários helicópteros ou aviões lançando suprimentos dentro da cabeça de ponte, devemos lembrar que um cunhete com 1000 7,62 pesa 33 kg e um com a mesma quantidade de 5,56 pesa 12 kg. Essa munição tem que ser transportada de moto, quadriciclo ou (o que é mais comum) no lombo do combatente até as posições defensivas de cada companhia.
Outro exemplo: Uma brigada motorizada consome em combate 20 toneladas de suprimentos por dia. Mais de 2/3 disso é de munição. Isso pode ser reduzido significativamente com uma munição com 1/3 do peso. Menos viaturas administrativas andando pra lá e pra cá. Menos comboios noturnos sujeitos a emboscadas, menos combustível gasto com ressuprimentos, etc.
Sem contar o preço da munição...
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Re: Novo Fuzil para o EB
Túlio escreveu:E essa de querer matar com fuzil comum a 500m demonstra justamente o que falei quando ganhei o debate, isso já é trabalho para metralhadora,
Não tenha duvida que a metralhadora foi para o pelotão por essa causa.
A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!
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Re: Novo Fuzil para o EB
Guerra escreveu:Túlio escreveu:E essa de querer matar com fuzil comum a 500m demonstra justamente o que falei quando ganhei o debate, isso já é trabalho para metralhadora,
Não tenha duvida que a metralhadora foi para o pelotão por essa causa.
Não tenho, Guerra véio. A josta é essa visão ianque que nos contamina, para eles fazer guerra atualmente é dar tiro em paisano...
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
P. Sullivan (Margin Call, 2011)