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Re: NOTICIAS
Baynunah, the first of four CMN corvettes for the UAE navy, during its initial sea trials in mid-January. (CMN photo)
First Sea Trials for Baynunah
(Source: Constructions Mécaniques de Normandie; issued Feb. 2, 2010)
Baynunah has proved her good sea keeping qualities.
The Baynunah Corvette First of Class, which has been launched end of June 2009 in CMN shipyard, has carried out mid-January 2010 her first sea trials in Cherbourg roads, with sea states up to 4 which proved her good sea keeping qualities.
Further tests and trials will be performed later on and the Vessel is due to be delivered by mid-2011 to the UAE Navy.
BACKGROUND NOTE:
The BAYNUNAH contract was signed by the UAE Armed Forces at the end of 2003.
This contract covers the design and construction of a new class of 72-metre multipurpose missiles corvettes for the UAE Navy. The initial contract covered four units, with an option for two additional ships. This option was exercised early in July, 2005.
The design of the vessels and the construction of the First of Class will be performed by CMN in their shipyard in Cherbourg, France. The remaining units will be built in the UAE, in the premises of Abu Dhabi Ship Building (ADSB), which is acting as prime contractor, under the technical supervision of CMN.
CMN will provide transfer of technology services, as well as integrated logistic support (ILS) and various training services.
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Triste sina ter nascido português
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Re: NOTICIAS
Venezuela moderniza seus LVTP-7
Já há algum tempo, oficiais da Infantería de Marina de Venezuela assistiram a testes de uma viatura anfíbia LVTP-7 (modernizada) da Infantería de Marina argentina, realizados no Batallón de Arsenales 601 do Ejército Argentino, em Boulogne Sur Mer, província de Buenos Aires (foto). Na ocasião, os militares venezuelanos declararam-se impressionados com o desempenho do veículo, e a partir daí se iniciaram gestões envolvendo o governo da Venezuela, a Infantería de Marina daquele país e a empresa argentina Mecatrol S.A., que moderniza os LVTP-7 argentinos. As conversações encontram-se adiantadas, pois os venezuelanos possuem onze dessas viaturas e necessitam recolocá-las em serviço urgentemente. Anteriormente, a empresa local CEMABLIN havia conseguido recolocar em serviço um dos exemplares, porém sem nenhum tipo de melhoras. A modernização envolveria os mesmos trabalhos que estão sendo executados nos veículos argentinos: troca de motor por um Caterpillar C7 de 455hp, substituição de todo o sistema elétrico e adaptação de um novo tanque de combustível. (Juan Carlos Cicalesi e Santiago Rivas)
Fuente: http://www.segurancaedefesa.com
Já há algum tempo, oficiais da Infantería de Marina de Venezuela assistiram a testes de uma viatura anfíbia LVTP-7 (modernizada) da Infantería de Marina argentina, realizados no Batallón de Arsenales 601 do Ejército Argentino, em Boulogne Sur Mer, província de Buenos Aires (foto). Na ocasião, os militares venezuelanos declararam-se impressionados com o desempenho do veículo, e a partir daí se iniciaram gestões envolvendo o governo da Venezuela, a Infantería de Marina daquele país e a empresa argentina Mecatrol S.A., que moderniza os LVTP-7 argentinos. As conversações encontram-se adiantadas, pois os venezuelanos possuem onze dessas viaturas e necessitam recolocá-las em serviço urgentemente. Anteriormente, a empresa local CEMABLIN havia conseguido recolocar em serviço um dos exemplares, porém sem nenhum tipo de melhoras. A modernização envolveria os mesmos trabalhos que estão sendo executados nos veículos argentinos: troca de motor por um Caterpillar C7 de 455hp, substituição de todo o sistema elétrico e adaptação de um novo tanque de combustível. (Juan Carlos Cicalesi e Santiago Rivas)
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"Se o Brasil quer ser, então tem que ter!"
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Re: NOTICIAS
Venezuela comprará 24 navios patrulheiros da Espanha
http://www.rodman.es/uploads/tx_rodman/g.-civil-101.jpg
O governo de Hugo Chávez vai adquirir um total de 24 embarcações
especializadas em missões de patrulhamento de três estaleiros
espanhóis, dois de Vigo e um de Ferrol, municípios localizados na
Galiza (ou Galícia), Espanha. A informação foi dada para o jornal La
Voz de Galícia pela cônsul Geral da Venezuela em Vigo,
Mónica Chacín que confirmou que contratos já estão firmados com os
estaleiros Rodman Polyships e Freire para a produção de oito
embarcações cada um, entretanto, revelou que ainda faltam acertos
técnicos no acordo com o primeiro. A representante do governo
venezuelano não revelou o montante a ser pago, os prazos de entrega e
os modelos selecionados.
Por outro lado, o consulado geral da Venezuela na Espanha informou que
conversações com o estaleiro Vulcano estão em andamento para uma
possível compra de barcos oceanográficos.
Fonte: Tecnologia&Defesa
http://www.rodman.es/uploads/tx_rodman/g.-civil-101.jpg
O governo de Hugo Chávez vai adquirir um total de 24 embarcações
especializadas em missões de patrulhamento de três estaleiros
espanhóis, dois de Vigo e um de Ferrol, municípios localizados na
Galiza (ou Galícia), Espanha. A informação foi dada para o jornal La
Voz de Galícia pela cônsul Geral da Venezuela em Vigo,
Mónica Chacín que confirmou que contratos já estão firmados com os
estaleiros Rodman Polyships e Freire para a produção de oito
embarcações cada um, entretanto, revelou que ainda faltam acertos
técnicos no acordo com o primeiro. A representante do governo
venezuelano não revelou o montante a ser pago, os prazos de entrega e
os modelos selecionados.
Por outro lado, o consulado geral da Venezuela na Espanha informou que
conversações com o estaleiro Vulcano estão em andamento para uma
possível compra de barcos oceanográficos.
Fonte: Tecnologia&Defesa
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
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Re: NOTICIAS
http://www.naval.com.br/blog/page/3/BRASIL ESTUDA SEGUNDO PROJETO DE MiSSEIS COM A AFRICA DO SUL
Por Keith Campbell
A Marinha do Brasil mantém o interesse no míssil naval sul africano Umkhonto, do tipo superfície-ar (SAM), em especial na proposta de novas versões de longo alcance (LR-long range).
O Umkhonto é um produto da Denel Dynamics, e está em serviço tanto na Marinha Sul Africana como na Marinha da Finlândia. A Denel Dynamics é uma subsidiária da estatal Denel.
O Umkhonto é um míssil de guiagem infravermelha (IR), e a Denel faz referências em catálogo informando seu alcance ” na faixa de 12.000 metros”, e alcance efetivo de 8.000 m. Esta primeira versão do SAM é por vezes referida como o Umkhonto-IR.
Sabe-se que a Marinha do Brasil está procurando um SAM com um alcance de mais de 30km, mas menos de 50 km(SAMs de longo alcance têm alcance maior que 50 km – por exemplo, o RIM-67C Standard SM-2 tem um alcance relatado de 40 milhas náuticas, ou cerca de 76 km, enquanto o RIM-67B Standard SM-2 ER pode chegar a 75 milhas náuticas, ou cerca de 142 km).
Existe um projeto para desenvolver uma versão do Umkhonto-IR com maior alcance, referido como o Umkhonto-ER, significando, em português, “alcance estendido”. Esta seria também uma arma de guiagem por IR. Há também um projeto de longo prazo para desenvolver uma versão com alcance ainda maior, designada o Umkhonto-R, que será guiada com um radar de busca. Isto exigirá o desenvolvimento de uma cabeça de busca com radar, pois a orientação IR torna-se impraticável para um SAM a partir de uma certa distância, o que significa que o Umkhonto-R exigirá um processo de desenvolvimento mais demorado.
A seqüência de engajamento para o Umkhonto-R provavelmente seria da seguinte forma: após a detecção do alvo e lançamento do míssil, o SAM será dirigido para o alvo por comandos a partir do navio de guerra, ativando seu buscador de radar quando dentro do alcance, para travamento, e em seguida a intercepção do alvo.
Em contraste, a seqüência de engajamento para o Umkhonto-IR é (e para o Umkhonto-ER seria): o navio de guerra detecta um alvo com seu radar de aquisição e lança o míssil contra ele, o SAM utiliza o seu subsistema de navegação inercial a bordo e até um ponto futuro, onde o sensor IR pode adquirir o alvo e travar-se nele.
Sem um intervalo de alcance definido para o Umkhonto-ER, várias gamas tem sido sugeridas por várias fontes para o Umkhonto-R: 20 km, 25 km e 30 km. Terá de ser um míssil com corpo maior para que o Umkhonto possa atingir qualquer um destes alcances.
Acredita-se que o Departamento de Defesa Sul-Africano está apto à fornecer financiamento para o projeto Umkhonto-R, mas não o suficiente para permitir um desenvolvimento puramente nacional do programa, num prazo razoável.
Assim, a Denel está aparentemente em busca de parceiros internacionais para participar do programa e, de volta a 2008, o grupo tinha proposto à Marinha do Brasil que cooperasse com o desenvolvimento do Umkhonto-R. Isso iria seguir o precedente criado pela atual cooperação entre a Denel Dynamics e da Força Aérea Brasileira (FAB), no desenvolvimento do missíl ar-ar A-Darter.
No final do ano passado, um almirante brasileiro visitou a Denel Dynamics para discussões sobre o programa Umkhonto. O Brasil tem um programa para adquirir fragatas de grande porte, com deslocamento de cerca de 6.000 t , que seriam armadas a com SAM.
A cooperação com a Denel Dynamics no desenvolvimento do Umkhonto-R constituirá uma oportunidade para os brasileiros ganharem experiência na concepção e desenvolvimento de tecnologia.
No entanto, aparentemente existe um problema de prazos. A Marinha do Brasil pretende escolher suas novas fragatas ainda este ano ou (mais provável) no próximo ano, em 2012. Isto significaria que elas poderiam entrar em serviço em 2017. No entanto, parece que a Denel Dynamics, segundo o almirante brasileiro, precisaria de dez anos para desenvolver conjuntamente o Umkhonto-R, com entrada em serviço por volta de 2020.
Para resolver o problema, o Brasil poderia adotar o Umkhonto-ER, como primeiro passo e depois mudar para o Umkhonto-R.
FONTE / ARTE: Engineeringnews
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Re: NOTICIAS
Vc acham que é possivel haver essa parceria da MB com os Sul Africanos?
Na minha opinião, a capacitação local de produção de munições é mais importante que o vetor em si. São as primeiras vitimas de embargo em caso de conflito.
É por isso que noticias como essas me entusiasmam.
Na minha opinião, a capacitação local de produção de munições é mais importante que o vetor em si. São as primeiras vitimas de embargo em caso de conflito.
É por isso que noticias como essas me entusiasmam.
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Re: NOTICIAS
Sim, é possível e a coisa pode /deve "sair" este ano.knigh7 escreveu:Vc acham que é possivel haver essa parceria da MB com os Sul Africanos?
Na minha opinião, a capacitação local de produção de munições é mais importante que o vetor em si. São as primeiras vitimas de embargo em caso de conflito.
É por isso que noticias como essas me entusiasmam.
Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...
Armam-se homens com as melhores armas.
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- Centurião
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Re: NOTICIAS
Walter, se for possível responder, eu agradeço.WalterGaudério escreveu:Sim, é possível e a coisa pode /deve "sair" este ano.knigh7 escreveu:Vc acham que é possivel haver essa parceria da MB com os Sul Africanos?
Na minha opinião, a capacitação local de produção de munições é mais importante que o vetor em si. São as primeiras vitimas de embargo em caso de conflito.
É por isso que noticias como essas me entusiasmam.
Com a nossa ajuda técnica e financeira não seria possível adiantar o cronograma de produção do Umkhonto-R? Nesse novo desenvolvimento conjunto poderemos contribuir mais significativamente na área técnica do que no míssil WVR?
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Re: NOTICIAS
Se o Brasil entrar nessa jogada, já dá pra esquecer os Tor-M2 e tudo mais. Padronização total!
Ele será o armamento antiaéreo dos nossos futuros navios.
abraços]
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----------------
amor fati
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Re: NOTICIAS
E até 2020 vamos usar o quê?
E porque não se pode retro-copiar o TOR? Segundo o Pepê, parece que existe boa vontade russa.
E creio que a MB quer algo de médio alcance. Ou não?
E porque não se pode retro-copiar o TOR? Segundo o Pepê, parece que existe boa vontade russa.
E creio que a MB quer algo de médio alcance. Ou não?
Re: NOTICIAS
Eu sei que é caríssimo, incide grande implicações políticas, difiícil alguém vender e muito menos "passar" algo, mas...
O que poderíamos sonhar com algo além Thor-M2?
O que poderíamos sonhar com algo além Thor-M2?
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Re: NOTICIAS
Centurião, pelo pouco que acho que sei, seria justamente o Brasil que se beneficiaria mais com o projeto Unkhonto IR/R/ER do que os Sul-Africanos, já que seríamos quem mais receberia tecnologia e principalmente Know How em SAMs. Não somente no míssil em si, mas principalmente nos sistemas de guiagem/enlaces de terra.Centurião escreveu:Walter, se for possível responder, eu agradeço.WalterGaudério escreveu: Sim, é possível e a coisa pode /deve "sair" este ano.
Com a nossa ajuda técnica e financeira não seria possível adiantar o cronograma de produção do Umkhonto-R? Nesse novo desenvolvimento conjunto poderemos contribuir mais significativamente na área técnica do que no míssil WVR?
Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...
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Re: NOTICIAS
WalterGaudério escreveu:Centurião, pelo pouco que acho que sei, seria justamente o Brasil que se beneficiaria mais com o projeto Unkhonto IR/R/ER do que os Sul-Africanos, já que seríamos quem mais receberia tecnologia e principalmente Know How em SAMs. Não somente no míssil em si, mas principalmente nos sistemas de guiagem/enlaces de terra.Centurião escreveu: Walter, se for possível responder, eu agradeço.
Com a nossa ajuda técnica e financeira não seria possível adiantar o cronograma de produção do Umkhonto-R? Nesse novo desenvolvimento conjunto poderemos contribuir mais significativamente na área técnica do que no míssil WVR?
Obrigado, Walter. Resta agora torcer para a parceria sair.
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Re: NOTICIAS
Enquanto escolhe novos caças, Defesa investirá R$ 2,3 bi em submarinos em 2010
Os programas de readequação e reaparelhamento das Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica) irão custar quase R$ 4,6 bilhões aos cofres da União neste ano. A rubrica engloba a modernização de equipamentos, a implantação de novos sistemas bélicos e até a construção de unidades habitacionais destinadas aos militares e servidores civis. E enquanto a polêmica escolha para a compra dos aviões caças não termina, a maior parte dos recursos (R$ 2,3 bilhões) será destinada à implementação do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub), orçado em R$ 18,7 bilhões até 2024.
No ano passado, R$ 2,5 bilhões foram desembolsados nas ações de reaparelhamento militar, o que representou 52% do previsto. Os programas têm a finalidade de modernizar equipamentos bélicos e instalações militares e complementar necessidades existentes de imóveis. Desde 2003, as três Forças investiram R$ 9,4 bilhões, já descontada a inflação do período.
A grande novidade é que a Marinha terá mais recursos neste ano, incluindo os chamados restos a pagar - dividas de anos anteriores roladas para o exercício seguinte. Até o ano passado, a Aeronáutica era a mais bem contemplada com o programa. Nos últimos sete anos, a Força Aérea desembolsou R$ 6 bilhões, enquanto o Exército teve aplicações próximas a R$ 1 bilhão. Apesar disso, a Marinha, que no mesmo período gastou R$ 2,2 bilhões, tem pouco mais do que o dobro previsto para a aeronáutica neste ano (veja tabela).
As ações que mais geraram despesas, dentro dos programas de reaparelhamento, foram as de aquisições de aeronaves, navios, submarinos, carros de combate, tanques, dentre outros meios de transporte. Em 2010, no entanto, o maior investimento serão voltados para a construção de submarinos convencionais e nucleares, previstos no Prosub. O programa inclui a construção de quatro submarinos da classe Scorpène e um submarino de propulsão nuclear, além da construção de um estaleiro e de uma base naval em Itaguaí (RJ). Atualmente, a Marinha do Brasil possui somente cinco submarinos convencionais.
Segundo dados levantados pelo site Power Military Review (Revista Poder Militar), especializado em assuntos militares no mundo, o Brasil ainda lidera o ranking do “Poder Militar” na América Latina, embora sua posição não represente ameaça em relação aos países de primeiro mundo. De acordo com George Abbud, idealizador do portal, o submarino nuclear em construção não contará com armas nucleares (mísseis balísticos), sendo equipado com torpedos convencionais. “Mas a presença desse submarino permitirá um grande poder de dissuasão, já que poderá patrulhar as águas brasileiras submerso por períodos mais longos, em maior profundidade, de forma mais silenciosa e com grande alcance”, avalia.
Para Abbud, embora o Brasil não sofra com qualquer hostilidade militar internacional, é preciso estar sempre preparado para um possível conflito. “Mais importante do que combater o inimigo é ter um poder que iniba qualquer tentativa de agressão. A defesa tem que ser uma política de Estado, de longo prazo, com apoio e conhecimento da sociedade”, diz o especialista, que há trinta anos estuda as Forças Armadas do Brasil.
Abbud acredita que deve haver um equilíbrio operacional entre as três Forças, inclusive com investimentos compatíveis com as necessidades. “Não podemos imaginar ter um Exército poderoso, com uma Marinha e Força Aérea medianas. Não se pode abrir mão de um Exército com blindados, artilharia, helicópteros modernos, de uma Marinha com porta-aviões, navios de escolta, submarinos, navios de apoio e Fuzileiros Navais plenamente atualizados, e de uma Força Aérea com caças de última geração, aviões de ataque, bombas ‘inteligentes’, mísseis avançados e veículos aéreos não tripulados”, lembra.
Segundo ele, se não houver equilíbrio entre as Forças, o Brasil nunca terá um poder militar respeitado. “O custo? Certamente alto, mas insignificante diante da tarefa que terão que cumprir. Somos uma nação pacífica, conciliadora, mas num mundo turbulento como o de hoje as coisas podem mudar de uma hora para outra. Temos riquezas invejáveis: a Amazônia, as jazidas de minérios estratégicos, a maior reserva de água doce do planeta, as bacias petrolíferas do pré-sal, longas extensões de terras agriculturáveis, entre tantas outras. Poucos países podem se orgulhar de tamanha riqueza natural. O que faremos para nos defender se um dia algum aventureiro resolver buscar aqui os recursos que se exauriram em seu país? Nossa liberdade e nossa soberania dependem do quanto estaremos preparados militarmente quando estas ameaças surgirem”, conclui.
Desencorajando o inimigo
De acordo com a assessoria da Marinha Brasileira, defesa é um assunto que não se limita ao enfoque de momento, “quando, aparentemente, o Brasil não teria uma ameaça definida”. Desde o evento de 11 de setembro de 2001, em Nova York, e, recentemente, com a crise financeira internacional, explica a assessoria, houve uma maior inserção do Brasil no cenário internacional. “Com isso, sem dúvida alguma, o Brasil adquire maior importância, deslocando-se da periferia para mais próximo do centro”, diz.
Além disso, a Marinha aponta os recursos naturais do Brasil como outro fator que justifica a prevenção armamentista do país. “A água doce, por exemplo, vem se tornando um dos bens mais escassos do mundo, com reflexos na produção de alimentos e ensejando conflitos entre nações. Em determinadas áreas, como o Oriente Médio e a África, já é motivo de contendas. Enquanto isso, o Brasil concentra, em rios, em torno de 12% da água doce do mundo (sem contar lençóis freáticos), além de abrigar o maior rio em extensão e volume do planeta, o Amazonas”, explica.
De acordo com o órgão, mais de 90% do petróleo brasileiro – dois milhões de barris por dia – são extraídos do mar. “Outra crise que já se faz aguda é a energética. Além de vivermos relativa auto-suficiência, criamos uma nova realidade no cômputo das reservas mundiais, com o descobrimento do óleo existente na camada do pré-sal”. Além disso, esclarece a assessoria, o Brasil transporta cerca de US$ 300 bilhões, entre exportações e importações, por via marítima.
“A recente mudança, com maior aporte de mais recursos governamentais, deve-se à nova visão política da atual administração de mais alto nível do País. Os interesses marítimos do Brasil são de tal magnitude, que exigem a proteção da Marinha. A falta de meios de defesa, para tanta riqueza, pode acabar se constituindo em convite a determinadas ações lesivas à soberania nacional. Daí, a necessidade de uma Força Naval capaz de desencorajá-las”, conclui.
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Milton Júnior
Do Contas Abertas
08/02/2010
Os programas de readequação e reaparelhamento das Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica) irão custar quase R$ 4,6 bilhões aos cofres da União neste ano. A rubrica engloba a modernização de equipamentos, a implantação de novos sistemas bélicos e até a construção de unidades habitacionais destinadas aos militares e servidores civis. E enquanto a polêmica escolha para a compra dos aviões caças não termina, a maior parte dos recursos (R$ 2,3 bilhões) será destinada à implementação do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub), orçado em R$ 18,7 bilhões até 2024.
No ano passado, R$ 2,5 bilhões foram desembolsados nas ações de reaparelhamento militar, o que representou 52% do previsto. Os programas têm a finalidade de modernizar equipamentos bélicos e instalações militares e complementar necessidades existentes de imóveis. Desde 2003, as três Forças investiram R$ 9,4 bilhões, já descontada a inflação do período.
A grande novidade é que a Marinha terá mais recursos neste ano, incluindo os chamados restos a pagar - dividas de anos anteriores roladas para o exercício seguinte. Até o ano passado, a Aeronáutica era a mais bem contemplada com o programa. Nos últimos sete anos, a Força Aérea desembolsou R$ 6 bilhões, enquanto o Exército teve aplicações próximas a R$ 1 bilhão. Apesar disso, a Marinha, que no mesmo período gastou R$ 2,2 bilhões, tem pouco mais do que o dobro previsto para a aeronáutica neste ano (veja tabela).
As ações que mais geraram despesas, dentro dos programas de reaparelhamento, foram as de aquisições de aeronaves, navios, submarinos, carros de combate, tanques, dentre outros meios de transporte. Em 2010, no entanto, o maior investimento serão voltados para a construção de submarinos convencionais e nucleares, previstos no Prosub. O programa inclui a construção de quatro submarinos da classe Scorpène e um submarino de propulsão nuclear, além da construção de um estaleiro e de uma base naval em Itaguaí (RJ). Atualmente, a Marinha do Brasil possui somente cinco submarinos convencionais.
Segundo dados levantados pelo site Power Military Review (Revista Poder Militar), especializado em assuntos militares no mundo, o Brasil ainda lidera o ranking do “Poder Militar” na América Latina, embora sua posição não represente ameaça em relação aos países de primeiro mundo. De acordo com George Abbud, idealizador do portal, o submarino nuclear em construção não contará com armas nucleares (mísseis balísticos), sendo equipado com torpedos convencionais. “Mas a presença desse submarino permitirá um grande poder de dissuasão, já que poderá patrulhar as águas brasileiras submerso por períodos mais longos, em maior profundidade, de forma mais silenciosa e com grande alcance”, avalia.
Para Abbud, embora o Brasil não sofra com qualquer hostilidade militar internacional, é preciso estar sempre preparado para um possível conflito. “Mais importante do que combater o inimigo é ter um poder que iniba qualquer tentativa de agressão. A defesa tem que ser uma política de Estado, de longo prazo, com apoio e conhecimento da sociedade”, diz o especialista, que há trinta anos estuda as Forças Armadas do Brasil.
Abbud acredita que deve haver um equilíbrio operacional entre as três Forças, inclusive com investimentos compatíveis com as necessidades. “Não podemos imaginar ter um Exército poderoso, com uma Marinha e Força Aérea medianas. Não se pode abrir mão de um Exército com blindados, artilharia, helicópteros modernos, de uma Marinha com porta-aviões, navios de escolta, submarinos, navios de apoio e Fuzileiros Navais plenamente atualizados, e de uma Força Aérea com caças de última geração, aviões de ataque, bombas ‘inteligentes’, mísseis avançados e veículos aéreos não tripulados”, lembra.
Segundo ele, se não houver equilíbrio entre as Forças, o Brasil nunca terá um poder militar respeitado. “O custo? Certamente alto, mas insignificante diante da tarefa que terão que cumprir. Somos uma nação pacífica, conciliadora, mas num mundo turbulento como o de hoje as coisas podem mudar de uma hora para outra. Temos riquezas invejáveis: a Amazônia, as jazidas de minérios estratégicos, a maior reserva de água doce do planeta, as bacias petrolíferas do pré-sal, longas extensões de terras agriculturáveis, entre tantas outras. Poucos países podem se orgulhar de tamanha riqueza natural. O que faremos para nos defender se um dia algum aventureiro resolver buscar aqui os recursos que se exauriram em seu país? Nossa liberdade e nossa soberania dependem do quanto estaremos preparados militarmente quando estas ameaças surgirem”, conclui.
Desencorajando o inimigo
De acordo com a assessoria da Marinha Brasileira, defesa é um assunto que não se limita ao enfoque de momento, “quando, aparentemente, o Brasil não teria uma ameaça definida”. Desde o evento de 11 de setembro de 2001, em Nova York, e, recentemente, com a crise financeira internacional, explica a assessoria, houve uma maior inserção do Brasil no cenário internacional. “Com isso, sem dúvida alguma, o Brasil adquire maior importância, deslocando-se da periferia para mais próximo do centro”, diz.
Além disso, a Marinha aponta os recursos naturais do Brasil como outro fator que justifica a prevenção armamentista do país. “A água doce, por exemplo, vem se tornando um dos bens mais escassos do mundo, com reflexos na produção de alimentos e ensejando conflitos entre nações. Em determinadas áreas, como o Oriente Médio e a África, já é motivo de contendas. Enquanto isso, o Brasil concentra, em rios, em torno de 12% da água doce do mundo (sem contar lençóis freáticos), além de abrigar o maior rio em extensão e volume do planeta, o Amazonas”, explica.
De acordo com o órgão, mais de 90% do petróleo brasileiro – dois milhões de barris por dia – são extraídos do mar. “Outra crise que já se faz aguda é a energética. Além de vivermos relativa auto-suficiência, criamos uma nova realidade no cômputo das reservas mundiais, com o descobrimento do óleo existente na camada do pré-sal”. Além disso, esclarece a assessoria, o Brasil transporta cerca de US$ 300 bilhões, entre exportações e importações, por via marítima.
“A recente mudança, com maior aporte de mais recursos governamentais, deve-se à nova visão política da atual administração de mais alto nível do País. Os interesses marítimos do Brasil são de tal magnitude, que exigem a proteção da Marinha. A falta de meios de defesa, para tanta riqueza, pode acabar se constituindo em convite a determinadas ações lesivas à soberania nacional. Daí, a necessidade de uma Força Naval capaz de desencorajá-las”, conclui.
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Re: NOTICIAS
http://www.estadao.com.br/noticias/inte ... 7979,0.htmFrança anuncia acordo para vender navio militar à Rússia
Há possibilidade de mais três embarcações serem negociadas; compra não agrada ex-repúblicas soviéticas.
PARIS - A França concordou em vender à Rússia um moderno navio militar anfíbio e avalia a possibilidade de negociar mais três, informaram nesta segunda-feira, 8, funcionários do setor de defesa em Paris.
Jacques de Lajugie, diretor de desenvolvimento internacional da agência francesa de armas, conhecida pelas iniciais DGA, disse nesta segunda-feira, 8, durante entrevista coletiva, que ainda há questões pendentes, inclusive onde será produzido o navio Mistral. Não há informações sobre o prazo de entrega da embarcação.
A encomenda russa tem alarmado algumas ex-repúblicas soviéticas. A compra do Mistral representa, na avaliação de analistas militares, um aumento da capacidade russa de eventuais ações de ataque. As informações são da Associated Press.
Abraços,
Wesley
"A medida que a complexidade aumenta, as declarações precisas perdem relevância e as declarações relevantes perdem precisão." Lofti Zadeh
Re: NOTICIAS
Depende do ponto de vista...knigh7 escreveu:Vc acham que é possivel haver essa parceria da MB com os Sul Africanos?
Na minha opinião, a capacitação local de produção de munições é mais importante que o vetor em si. São as primeiras vitimas de embargo em caso de conflito.
É por isso que noticias como essas me entusiasmam.
Aparentemente, estes misseis não serão iguais aos já em uso por parte da Africa do Sul, ou seja, se o mesmo se equadrar nas necessidades apresentadas pela MB, que se não me engano era um missil com alcançe entre 30 a 50 km. E sendo o prazo de entrega compatível com o prazo de contrução dos navios, não há nem o que discutir. A importância estratégica de desenvolver um sistema de misseis nacional falará mais alto, e de fato, aparentemente este sistema de nada deverá aos concorrentes.
Agora, se for para desenvolver um míssil de capacidade inferior, então este estaria completamente fora de cogitação.
Seria interessante utilizar os dois sistemas. Porque, a grosso modo, eles são mais complementares do que concorrentes. Mas é dificil apontar a viabilidade de tal empreendimento. Creio hoje que existe mais potêncial de crescimento com a Africa do Sul. Principalmente por se tratar de um desenvolvimento conjunto, enquanto o Russo não passará de uma nacionalização.Carlos Mathias escreveu:E até 2020 vamos usar o quê?
E porque não se pode retro-copiar o TOR? Segundo o Pepê, parece que existe boa vontade russa.
E creio que a MB quer algo de médio alcance. Ou não?