Operações Policiais e Militares
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Re: Operações Policiais e Militares
Art. 25. As armas de fogo apreendidas, após a elaboração do laudo pericial e sua juntada aos autos, quando não mais interessarem à persecução penal serão encaminhadas pelo juiz competente ao Comando do Exército, no prazo máximo de 48 (quarenta e oito) horas, para destruição ou doação aos órgãos de segurança pública ou às Forças Armadas, na forma do regulamento desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)
§ 1o As armas de fogo encaminhadas ao Comando do Exército que receberem parecer favorável à doação, obedecidos o padrão e a dotação de cada Força Armada ou órgão de segurança pública, atendidos os critérios de prioridade estabelecidos pelo Ministério da Justiça e ouvido o Comando do Exército, serão arroladas em relatório reservado trimestral a ser encaminhado àquelas instituições, abrindo-se-lhes prazo para manifestação de interesse. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
§ 2o O Comando do Exército encaminhará a relação das armas a serem doadas ao juiz competente, que determinará o seu perdimento em favor da instituição beneficiada. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
§ 3o O transporte das armas de fogo doadas será de responsabilidade da instituição beneficiada, que procederá ao seu cadastramento no Sinarm ou no Sigma. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
§ 1o As armas de fogo encaminhadas ao Comando do Exército que receberem parecer favorável à doação, obedecidos o padrão e a dotação de cada Força Armada ou órgão de segurança pública, atendidos os critérios de prioridade estabelecidos pelo Ministério da Justiça e ouvido o Comando do Exército, serão arroladas em relatório reservado trimestral a ser encaminhado àquelas instituições, abrindo-se-lhes prazo para manifestação de interesse. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
§ 2o O Comando do Exército encaminhará a relação das armas a serem doadas ao juiz competente, que determinará o seu perdimento em favor da instituição beneficiada. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
§ 3o O transporte das armas de fogo doadas será de responsabilidade da instituição beneficiada, que procederá ao seu cadastramento no Sinarm ou no Sigma. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
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Re: Operações Policiais e Militares
Comando do Exército... 48horas...
O prp foi mais rápido que eu, isso aí é matéria pro concurso que eu vou fazer hehehehehehe...
Obviamente essa arma vai ser aproveitada pelA Brigada, afinal custa mais de US$6000, e isso lá nos EUA.
O prp foi mais rápido que eu, isso aí é matéria pro concurso que eu vou fazer hehehehehehe...
Obviamente essa arma vai ser aproveitada pelA Brigada, afinal custa mais de US$6000, e isso lá nos EUA.
The cake is a lie...
Re: Operações Policiais e Militares
Tribuna Livre
20/01/2010
Duas polícias numa mesma polícia
Carreira única é fator estratégico de sobrevivência »
Por: Luiz Henrique Viacava
As Polícias Civis do Brasil não possuem visão de futuro institucional. Para implantar uma visão de futuro é preciso haver uma estratégia que integre este conceito, que por sua vez se desdobra em alguns fatores táticos que serão os pilares de seu programa de implantação.
Um desses pilares é a carreira única na Polícia Civil para sua própria sobrevivência. Enquanto perdurar a visão “de olhar para o próprio umbigo” para levar vantagem apenas pessoal, qualquer idéia de reforçar o conjunto fica prejudicada.
Pois bem. Se a visão de futuro passa por conceitos de estratégia, mais especificamente por um planejamento estratégico, o primeiro passo é saber o que se quer. Podemos citar desejos que inspiram a maioria dos policiais civis, por exemplo: “-quero ter o mesmo salário dos policiais civis de Brasília/Distrito Federal; quero ter as mesmas condições de trabalho e o nível de investimento financeiro que é dado a Polícia Federal; quero ter uma instituição com imagem forte igual ou superior ao comprometimento positivo que os japoneses dedicam às suas organizações públicas e privadas; Quero ter o mesmo grau de unidade corporativa de carreira única do FBI, o qual possui somente um cargo em sua estrutura”. Citamos esses quatro exemplos apenas como idéia de uma visão de futuro.
Então, isso é o que eu quero para mim enquanto profissional e o que desejo para a minha instituição. Correto?
Mas aí surge outro desafio. Um problema de comportamento do ser humano do século XXI que é a Síndrome do Curto Prazo, mal perigoso sofrido por muitas pessoas, onde o sintoma é a ansiedade por resultados imediatos, resistentes a planejamentos que visam metas a médio e longo prazo, ou que durem mais do que suas percepções de visão, aquela do “aqui e agora”. É uma doença que atinge o mundo policial civil em que alguns profissionais de direção não conseguem visionar o futuro. O exemplo concreto são as estruturas orgânicas das Polícias Civis que sequer prevêem um setor de estratégia corporativa e de gestão técnica institucional, e quando contemplam isto é apenas no papel (para algum delegado ganhar uma função gratificada deste setor), ou mesmo estando estruturado fisicamente o seu corpo funcional não é capacitado tecnicamente com pelo menos com um “cursinho” básico de gestão de projetos.
O avanço institucional através da Carreira Única
Explicado os desafios acima e os argumentos conceituais, onde a carreira única se qualifica como um pilar estratégico de sobrevivência?
Cada vez mais as Polícias Civis são vítimas de usurpação de suas atribuições pelas Polícias Militares. Já não é mais questão de ameaça. A usurpação é uma realidade concreta, incontestável.
Para entender porque as PMs fazem isto, precisamos saber qual o argumento embutido para conquistar a empatia dos integrantes de governos, Ministério Público e de alguns do próprio Poder Judiciário. Nesse ambiente de forças externas temos que a estrutura de pessoal das PMs é numerosa e o oficialato possui tempo para pensar. A bem da verdade, elas também sofrem o assédio de esbulho de seu espaço motivado pelas Guardas Municipais. O campo de batalha é político parlamentar para as PMs do Brasil, mas a história evidencia que países com a democracia consolidada caminham em direção à municipalização dos serviços públicos. A estratégia das PMs não pode remar contra a maré, querer contrapor a onda social global, e nisto restou atacar quem é fraca e está dividida em sua unidade corporativa que é a Policia Civil.
Especulando dessa forma a carreira única é o contrapeso do ambiente interno em relação às forças externas. Para simplificar os conceitos, proponho estabelecer quatro pontos importantes, sendo o último ponto de natureza anímica.
Então, partimos de um tripé argumentativo para a sobrevivência da Polícia Civil tendo a carreira única como a força interna. Nesse tripé temos (1) a concepção do trabalho policial no campo operacional jurídico, (2) o risco inteligente ao nível operacional , (3) Desenvolvimento pleno da atividade judiciária, (4) implantação da imagem corporativa.
A concepção de trabalho policial no campo operacional jurídico.
A concepção de trabalho policial é de auxilio ao poder judiciário através da função investigativa de um fato ou delito. Portanto, o crime já ocorreu. A Polícia Civil é auxiliar do Poder Judiciário. Portanto, a concepção de trabalho se expressa na investigação policial. Nisso concordamos. A natureza do trabalho policial é investigativa e se expressa num documento denominado de inquérito policial ou relatório policial. Tal conceito obriga que seu corpo funcional precisa de conhecimento no campo jurídico a nível operacional. Quem são os atores nesse cenário? Os delegados de policia na condição de dirigentes e os agentes de polícia como assessores da função policial judiciária. A função policial é uma atividade complexa e o delegado é o coordenador da atividade. Ele próprio, o delegado, não é ninguém se os agentes não forem comprometidos com as causas policiais dessa atividade complexa. É complexa para ambos. Um depende do outro. Se há dependência, ambos estão no mesmo nível operacional, inclusive de conhecimento, tanto o delegado quanto o agente. Só aqui já se firmou a necessidade de implantar a carreira única, sendo ineficaz manter carreiras policiais distintas numa mesma estrutura de cargos na Polícia Civil, pelo menos no campo operacional jurídico. O mesmo vale para a Polícia Federal.
O risco inteligente no nível operacional
Abrindo um parêntese, o Conselho Nacional de Justiça-CNJ bateu o martelo ao afirmar que os agentes de polícia possuem função técnico-jurídica, em certidão do Parecer 1238 daquela Casa, em aprovação unânime. Assim sendo, o delegado não é mestre de oficina, pois se a natureza da atividade é investigativa, e comportam graus de complexidade dessa função, o risco inteligente é para ambos os atores, para quem coordena a atividade e para quem assessora a estratégia para a ação ser eficaz contra alguém que também possui inteligência, o autor do delito.
Se o policial está ameaçado pelo risco inteligente, a profissão não pode ter parâmetro no mercado de trabalho na dicotomia mestre e auxiliar. Isto é, uma carreira exclusiva para delegados não pode ser similar ao gerente de uma empresa de serviços em um determinado mercado, que nesse caso até se admite a diferenciação salarial significativa a maior para com os demais integrantes desta mesma empresa. Não pode haver diferenciação significativa na hierarquia da estrutura de salário nas Polícias Civis, mas isso ocorre em muitos casos pelo fato de haver duas carreiras policiais distintas, ou melhor, existir duas policia numa mesma Polícia se a atividade policial é uma função complexa para todos.
Dividida como está é a brecha por onde vaza a água e vem afundando o navio. Só a unidade corporativa através de uma carreira única na polícia judiciária pode estancar o vazamento, um cargo policial somente. A unidade corporativa fecha a brecha, bloqueia a água e restaura o equilíbrio necessário para manter o navio saudável e seguir seu rumo.
Desenvolvimento pleno da atividade judiciária
A palavra de ordem no mundo globalizado das empresas de sucesso é trabalhar em equipe. Lembro-me seguidamente de um diálogo interessante entre Alice e o Gato, num dos capítulos de Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll:
- O senhor poderia me dizer qual o caminho tomar para sair daqui? Interroga Alice
- Isso depende muito para onde você quer ir. Respondeu o Gato
- Não me importo muito para onde… Retrucou Alice
- Então não importa o caminho que você escolha. Disse o Gato
Os felinos são os animais de maior senso de orientação. Largue um gato a 25km da casa onde ele tinha o sustento e, se ele estiver olhando o trajeto, retornará a mesma casa algum tempo depois. Mas, o diálogo acima, aliás, muito comentado no meio estratégico possui outro sentido, a de que sempre é importante conhecer bem nossas metas, planos, objetivos. Se não conhecemos qualquer atitude parecerá ser a melhor. Escolhemos melhor os caminhos quando sabemos o que queremos. Quais os objetivos que temos para a nossa profissão de policial judiciário e as metas que almejamos? O que é melhor para mim e para a minha instituição?
O primeiro ponto a considerar é saber que prestamos serviço para a sociedade. Atender às expectativas da sociedade, respeitar e exercer a cidadania e até o próprio criminoso que será julgado por outro profissional em razão do trabalho policial é a chave do bom desenvolvimento da atividade policial judiciária.
Tratar com falta de profissionalismo e respeito ao contribuinte que paga o salário do policial quando precisa da polícia é jogar contra si mesmo, é suicídio contra a imagem da categoria, dos colegas e da própria policia judiciária estadual.
O trabalho em equipe implica estabelecer metas, elencar prioridades, atender bem o cidadão necessitado ou vítima de um fato criminal, buscar a eficiência para atingir resultados sempre melhores. Essas são atitudes simples que traduzem engajamento empresarial, comprometimento com o conjunto de atores de uma organização para melhorar o clima e as relações entre seus profissionais.
Adotar critérios de eficiência e produtividade nas corporações policiais é a meta mínima que se pode exigir para alcançar o sucesso na gestão por competência. E nos critérios de competência impõe que haja mobilidade dos quadros funcionais para impedir o engessamento na estrutura de carreiras.
Deve-se considerar o estudo das tarefas ocupacionais em uma análise de cargos, os atributos e qualificações necessários de cada policial para o desenvolvimento da função de policia judiciária. Um exemplo legal é o fato do delegado de polícia receber a tarefa de dirigir a Polícia Civil, está lá escrito na Constituição Federal essa competência. O delegado é quem dirige, mas quem é o administrador da Polícia Civil?
O delegado não foi treinado para administrar e sim apenas para dirigir ao nível operacional policial judiciário. Por isso que é necessário que haja apenas uma porta de entrada na organização, com todos iniciando por baixo para progredir numa única carreira, passo a passo, com merecimento por seus esforços. O ser humano nasce criança, atinge a juventude, depois o nível adulto e por último a velhice. Em tudo vemos uma escala natural no mundo dos seres vivos. Não existem duas estruturas na escala dos seres vivos. Cair de pára-quedas como dirigente é afrontar a lógica, é valorizar o artificial e desvalorizar o aspecto natural, é instituir a arena da EXPERIÊNCIA Versus COMPETÊNCIA, situação já abolida nas empresas multinacionais e transnacionais que trabalham a gestão por competência integrada com a gestão de pessoas numa estratégia de configuração empresarial.
Os profissionais crescem quando a equipe é nivelada nos mesmos campos de conhecimento e de experiência, em especial de policia judiciária e isso exige um líder de equipe com a competência de ver nos seus pares os assessores adequados para cada tarefa a ser executada. Essa configuração não existe nas Polícias Civis porque o delegado não vê no agente um membro de equipe, porque são carreiras distintas e o trabalho em equipe cai por terra, é apenas contingente, porque os pares do delegado são apenas os delegados. É a brecha por onde a água adentra pelo navio, mencionado acima.
O que se tem é equipes de delegados e equipes de agentes. Exemplo prático disso são as entrevistas na mídia em razão do sucesso de operações policiais, nas quais não se vê a equipe de agentes, estes não aparecem. Apenas os delegados ficam perfilados frente à mídia e, às vezes, nem é citada a participação de agentes no trabalho.
Esse comportamento “hitleriano” de caserna corporativa imprime um sentido de holocausto preconceituoso que mata a imagem dos agentes de polícia, abrem-se enormes cavas para sepultar de vez qualquer pretensão de visibilidade de “estranhos”, numa discriminação institucionalizada até nos estatutos policiais. A carreira única é a expressão do todo, dos membros de um conjunto para reafirmar a visibilidade do verdadeiro trabalho de equipe, em uma estratégia de configuração empresarial.
Implantação da imagem corporativa (elemento anímico)
Abrindo parêntese, novamente, outra tese é o fato de que a Polícia Civil não é polícia de segurança pública, não devendo fazer parte de secretarias de segurança pública e sim de secretarias de justiça, visto que seu trabalho é auxiliar o Poder Judiciário. Porém, é um problema cultural de concepção orgânica da estrutura de Estado, não cabendo aqui desenvolver maiores comentários. Mas há uma saída inteligente com a implantação de uma imagem corporativa para reforçar seu deslocamento orgânico e dar publicidade à sua atividade judiciária.
As Polícias Civis, em regra, não desenvolvem planejamento estratégico. Por isso, qualquer atitude que se tome parecerá ser a melhor, lembrando a passagem acima entre Alice e o Gato. Já que é difícil atingir toda a dimensão que se exige na meta geral de um planejamento estratégico para a Polícia Civil, pelo menos então que se faça o planejamento em fases, pontuando os elementos críticos de maior risco para neutralizar os pontos fracos do ambiente institucional. Se no momento o risco é a usurpação das funções de polícia judiciária motivada pelas Policias Militares, a necessidade é focar no conceito de polícia judiciária de forma visual, criando uma imagem corporativa eficaz.
Andamos pelas ruas e vemos publicidade, vemos televisão, lemos jornais, revistas e tudo o mais que nossa percepção visual pode sentir e apreender conceitos. O apelo comercial é constante, massifica a mente sobre nossas necessidades pessoais. Para valorizar a função de polícia judiciária e impregná-la no imaginário popular e social, somente é necessário criar um planejamento específico para a implantação da imagem corporativa nas Polícias Civis, utilizando o design gráfico de maneira integrada e como diferencial estratégico na definição de um programa de identidade visual. A criação de um manual de imagem gráfica empresarial, integrando peças gráficas de comunicação da Polícia Civil e suas aplicações é o que vai expressar a imagem da organização dimensionando taticamente o serviço de polícia judiciária.
É irrelevante valorizar o termo “Polícia Civil” para a sociedade. É um termo que nada diz por que não está vinculado a um decodificador gráfico nos materiais e nas respectivas marcas das instituições. Esse decodificador deve ser a função judiciária. Onde está a decodificação no imaginário social? Para não me alongar e ser cansativo, digo apenas que ao implantar a carreira única, os profissionais de polícia precisam de uma definição funcional que motive atitude de engajamento positivo, como quem afirma: “Sou polícia judiciária e preciso mostrar isso para a sociedade”.
Esta aí a contribuição para agregação de valor de um dos itens da imagem corporativa para as Polícias Civis, para fazer crescer intelectualmente a instituição e a própria sociedade que vai incorporar mentalmente o termo judiciário. É a característica que pode diferenciar a organização em relação às outras polícias, seu comportamento frente a diversas situações e questões, o que ela é e também o que pode ser. Esses conceitos podem ser aplicados para alavancar tanto a Polícia Civil quanto a Polícia Federal do Brasil. O fortalecimento das polícias judiciárias passa pela implantação da carreira única, ou como estratégia de sobrevivência para as Polícias Civis ameaçadas pela ganância de poder das Polícias Militares, ou como estratégia de crescimento para a Polícia Federal.
Luiz Henrique Viacava é Escrivão de Polícia da Polícia Civil do RS, Consultor de Empresas e Diretor Sindical do
Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do RS.
Fonte: Blog Investigador de policia
20/01/2010
Duas polícias numa mesma polícia
Carreira única é fator estratégico de sobrevivência »
Por: Luiz Henrique Viacava
As Polícias Civis do Brasil não possuem visão de futuro institucional. Para implantar uma visão de futuro é preciso haver uma estratégia que integre este conceito, que por sua vez se desdobra em alguns fatores táticos que serão os pilares de seu programa de implantação.
Um desses pilares é a carreira única na Polícia Civil para sua própria sobrevivência. Enquanto perdurar a visão “de olhar para o próprio umbigo” para levar vantagem apenas pessoal, qualquer idéia de reforçar o conjunto fica prejudicada.
Pois bem. Se a visão de futuro passa por conceitos de estratégia, mais especificamente por um planejamento estratégico, o primeiro passo é saber o que se quer. Podemos citar desejos que inspiram a maioria dos policiais civis, por exemplo: “-quero ter o mesmo salário dos policiais civis de Brasília/Distrito Federal; quero ter as mesmas condições de trabalho e o nível de investimento financeiro que é dado a Polícia Federal; quero ter uma instituição com imagem forte igual ou superior ao comprometimento positivo que os japoneses dedicam às suas organizações públicas e privadas; Quero ter o mesmo grau de unidade corporativa de carreira única do FBI, o qual possui somente um cargo em sua estrutura”. Citamos esses quatro exemplos apenas como idéia de uma visão de futuro.
Então, isso é o que eu quero para mim enquanto profissional e o que desejo para a minha instituição. Correto?
Mas aí surge outro desafio. Um problema de comportamento do ser humano do século XXI que é a Síndrome do Curto Prazo, mal perigoso sofrido por muitas pessoas, onde o sintoma é a ansiedade por resultados imediatos, resistentes a planejamentos que visam metas a médio e longo prazo, ou que durem mais do que suas percepções de visão, aquela do “aqui e agora”. É uma doença que atinge o mundo policial civil em que alguns profissionais de direção não conseguem visionar o futuro. O exemplo concreto são as estruturas orgânicas das Polícias Civis que sequer prevêem um setor de estratégia corporativa e de gestão técnica institucional, e quando contemplam isto é apenas no papel (para algum delegado ganhar uma função gratificada deste setor), ou mesmo estando estruturado fisicamente o seu corpo funcional não é capacitado tecnicamente com pelo menos com um “cursinho” básico de gestão de projetos.
O avanço institucional através da Carreira Única
Explicado os desafios acima e os argumentos conceituais, onde a carreira única se qualifica como um pilar estratégico de sobrevivência?
Cada vez mais as Polícias Civis são vítimas de usurpação de suas atribuições pelas Polícias Militares. Já não é mais questão de ameaça. A usurpação é uma realidade concreta, incontestável.
Para entender porque as PMs fazem isto, precisamos saber qual o argumento embutido para conquistar a empatia dos integrantes de governos, Ministério Público e de alguns do próprio Poder Judiciário. Nesse ambiente de forças externas temos que a estrutura de pessoal das PMs é numerosa e o oficialato possui tempo para pensar. A bem da verdade, elas também sofrem o assédio de esbulho de seu espaço motivado pelas Guardas Municipais. O campo de batalha é político parlamentar para as PMs do Brasil, mas a história evidencia que países com a democracia consolidada caminham em direção à municipalização dos serviços públicos. A estratégia das PMs não pode remar contra a maré, querer contrapor a onda social global, e nisto restou atacar quem é fraca e está dividida em sua unidade corporativa que é a Policia Civil.
Especulando dessa forma a carreira única é o contrapeso do ambiente interno em relação às forças externas. Para simplificar os conceitos, proponho estabelecer quatro pontos importantes, sendo o último ponto de natureza anímica.
Então, partimos de um tripé argumentativo para a sobrevivência da Polícia Civil tendo a carreira única como a força interna. Nesse tripé temos (1) a concepção do trabalho policial no campo operacional jurídico, (2) o risco inteligente ao nível operacional , (3) Desenvolvimento pleno da atividade judiciária, (4) implantação da imagem corporativa.
A concepção de trabalho policial no campo operacional jurídico.
A concepção de trabalho policial é de auxilio ao poder judiciário através da função investigativa de um fato ou delito. Portanto, o crime já ocorreu. A Polícia Civil é auxiliar do Poder Judiciário. Portanto, a concepção de trabalho se expressa na investigação policial. Nisso concordamos. A natureza do trabalho policial é investigativa e se expressa num documento denominado de inquérito policial ou relatório policial. Tal conceito obriga que seu corpo funcional precisa de conhecimento no campo jurídico a nível operacional. Quem são os atores nesse cenário? Os delegados de policia na condição de dirigentes e os agentes de polícia como assessores da função policial judiciária. A função policial é uma atividade complexa e o delegado é o coordenador da atividade. Ele próprio, o delegado, não é ninguém se os agentes não forem comprometidos com as causas policiais dessa atividade complexa. É complexa para ambos. Um depende do outro. Se há dependência, ambos estão no mesmo nível operacional, inclusive de conhecimento, tanto o delegado quanto o agente. Só aqui já se firmou a necessidade de implantar a carreira única, sendo ineficaz manter carreiras policiais distintas numa mesma estrutura de cargos na Polícia Civil, pelo menos no campo operacional jurídico. O mesmo vale para a Polícia Federal.
O risco inteligente no nível operacional
Abrindo um parêntese, o Conselho Nacional de Justiça-CNJ bateu o martelo ao afirmar que os agentes de polícia possuem função técnico-jurídica, em certidão do Parecer 1238 daquela Casa, em aprovação unânime. Assim sendo, o delegado não é mestre de oficina, pois se a natureza da atividade é investigativa, e comportam graus de complexidade dessa função, o risco inteligente é para ambos os atores, para quem coordena a atividade e para quem assessora a estratégia para a ação ser eficaz contra alguém que também possui inteligência, o autor do delito.
Se o policial está ameaçado pelo risco inteligente, a profissão não pode ter parâmetro no mercado de trabalho na dicotomia mestre e auxiliar. Isto é, uma carreira exclusiva para delegados não pode ser similar ao gerente de uma empresa de serviços em um determinado mercado, que nesse caso até se admite a diferenciação salarial significativa a maior para com os demais integrantes desta mesma empresa. Não pode haver diferenciação significativa na hierarquia da estrutura de salário nas Polícias Civis, mas isso ocorre em muitos casos pelo fato de haver duas carreiras policiais distintas, ou melhor, existir duas policia numa mesma Polícia se a atividade policial é uma função complexa para todos.
Dividida como está é a brecha por onde vaza a água e vem afundando o navio. Só a unidade corporativa através de uma carreira única na polícia judiciária pode estancar o vazamento, um cargo policial somente. A unidade corporativa fecha a brecha, bloqueia a água e restaura o equilíbrio necessário para manter o navio saudável e seguir seu rumo.
Desenvolvimento pleno da atividade judiciária
A palavra de ordem no mundo globalizado das empresas de sucesso é trabalhar em equipe. Lembro-me seguidamente de um diálogo interessante entre Alice e o Gato, num dos capítulos de Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll:
- O senhor poderia me dizer qual o caminho tomar para sair daqui? Interroga Alice
- Isso depende muito para onde você quer ir. Respondeu o Gato
- Não me importo muito para onde… Retrucou Alice
- Então não importa o caminho que você escolha. Disse o Gato
Os felinos são os animais de maior senso de orientação. Largue um gato a 25km da casa onde ele tinha o sustento e, se ele estiver olhando o trajeto, retornará a mesma casa algum tempo depois. Mas, o diálogo acima, aliás, muito comentado no meio estratégico possui outro sentido, a de que sempre é importante conhecer bem nossas metas, planos, objetivos. Se não conhecemos qualquer atitude parecerá ser a melhor. Escolhemos melhor os caminhos quando sabemos o que queremos. Quais os objetivos que temos para a nossa profissão de policial judiciário e as metas que almejamos? O que é melhor para mim e para a minha instituição?
O primeiro ponto a considerar é saber que prestamos serviço para a sociedade. Atender às expectativas da sociedade, respeitar e exercer a cidadania e até o próprio criminoso que será julgado por outro profissional em razão do trabalho policial é a chave do bom desenvolvimento da atividade policial judiciária.
Tratar com falta de profissionalismo e respeito ao contribuinte que paga o salário do policial quando precisa da polícia é jogar contra si mesmo, é suicídio contra a imagem da categoria, dos colegas e da própria policia judiciária estadual.
O trabalho em equipe implica estabelecer metas, elencar prioridades, atender bem o cidadão necessitado ou vítima de um fato criminal, buscar a eficiência para atingir resultados sempre melhores. Essas são atitudes simples que traduzem engajamento empresarial, comprometimento com o conjunto de atores de uma organização para melhorar o clima e as relações entre seus profissionais.
Adotar critérios de eficiência e produtividade nas corporações policiais é a meta mínima que se pode exigir para alcançar o sucesso na gestão por competência. E nos critérios de competência impõe que haja mobilidade dos quadros funcionais para impedir o engessamento na estrutura de carreiras.
Deve-se considerar o estudo das tarefas ocupacionais em uma análise de cargos, os atributos e qualificações necessários de cada policial para o desenvolvimento da função de policia judiciária. Um exemplo legal é o fato do delegado de polícia receber a tarefa de dirigir a Polícia Civil, está lá escrito na Constituição Federal essa competência. O delegado é quem dirige, mas quem é o administrador da Polícia Civil?
O delegado não foi treinado para administrar e sim apenas para dirigir ao nível operacional policial judiciário. Por isso que é necessário que haja apenas uma porta de entrada na organização, com todos iniciando por baixo para progredir numa única carreira, passo a passo, com merecimento por seus esforços. O ser humano nasce criança, atinge a juventude, depois o nível adulto e por último a velhice. Em tudo vemos uma escala natural no mundo dos seres vivos. Não existem duas estruturas na escala dos seres vivos. Cair de pára-quedas como dirigente é afrontar a lógica, é valorizar o artificial e desvalorizar o aspecto natural, é instituir a arena da EXPERIÊNCIA Versus COMPETÊNCIA, situação já abolida nas empresas multinacionais e transnacionais que trabalham a gestão por competência integrada com a gestão de pessoas numa estratégia de configuração empresarial.
Os profissionais crescem quando a equipe é nivelada nos mesmos campos de conhecimento e de experiência, em especial de policia judiciária e isso exige um líder de equipe com a competência de ver nos seus pares os assessores adequados para cada tarefa a ser executada. Essa configuração não existe nas Polícias Civis porque o delegado não vê no agente um membro de equipe, porque são carreiras distintas e o trabalho em equipe cai por terra, é apenas contingente, porque os pares do delegado são apenas os delegados. É a brecha por onde a água adentra pelo navio, mencionado acima.
O que se tem é equipes de delegados e equipes de agentes. Exemplo prático disso são as entrevistas na mídia em razão do sucesso de operações policiais, nas quais não se vê a equipe de agentes, estes não aparecem. Apenas os delegados ficam perfilados frente à mídia e, às vezes, nem é citada a participação de agentes no trabalho.
Esse comportamento “hitleriano” de caserna corporativa imprime um sentido de holocausto preconceituoso que mata a imagem dos agentes de polícia, abrem-se enormes cavas para sepultar de vez qualquer pretensão de visibilidade de “estranhos”, numa discriminação institucionalizada até nos estatutos policiais. A carreira única é a expressão do todo, dos membros de um conjunto para reafirmar a visibilidade do verdadeiro trabalho de equipe, em uma estratégia de configuração empresarial.
Implantação da imagem corporativa (elemento anímico)
Abrindo parêntese, novamente, outra tese é o fato de que a Polícia Civil não é polícia de segurança pública, não devendo fazer parte de secretarias de segurança pública e sim de secretarias de justiça, visto que seu trabalho é auxiliar o Poder Judiciário. Porém, é um problema cultural de concepção orgânica da estrutura de Estado, não cabendo aqui desenvolver maiores comentários. Mas há uma saída inteligente com a implantação de uma imagem corporativa para reforçar seu deslocamento orgânico e dar publicidade à sua atividade judiciária.
As Polícias Civis, em regra, não desenvolvem planejamento estratégico. Por isso, qualquer atitude que se tome parecerá ser a melhor, lembrando a passagem acima entre Alice e o Gato. Já que é difícil atingir toda a dimensão que se exige na meta geral de um planejamento estratégico para a Polícia Civil, pelo menos então que se faça o planejamento em fases, pontuando os elementos críticos de maior risco para neutralizar os pontos fracos do ambiente institucional. Se no momento o risco é a usurpação das funções de polícia judiciária motivada pelas Policias Militares, a necessidade é focar no conceito de polícia judiciária de forma visual, criando uma imagem corporativa eficaz.
Andamos pelas ruas e vemos publicidade, vemos televisão, lemos jornais, revistas e tudo o mais que nossa percepção visual pode sentir e apreender conceitos. O apelo comercial é constante, massifica a mente sobre nossas necessidades pessoais. Para valorizar a função de polícia judiciária e impregná-la no imaginário popular e social, somente é necessário criar um planejamento específico para a implantação da imagem corporativa nas Polícias Civis, utilizando o design gráfico de maneira integrada e como diferencial estratégico na definição de um programa de identidade visual. A criação de um manual de imagem gráfica empresarial, integrando peças gráficas de comunicação da Polícia Civil e suas aplicações é o que vai expressar a imagem da organização dimensionando taticamente o serviço de polícia judiciária.
É irrelevante valorizar o termo “Polícia Civil” para a sociedade. É um termo que nada diz por que não está vinculado a um decodificador gráfico nos materiais e nas respectivas marcas das instituições. Esse decodificador deve ser a função judiciária. Onde está a decodificação no imaginário social? Para não me alongar e ser cansativo, digo apenas que ao implantar a carreira única, os profissionais de polícia precisam de uma definição funcional que motive atitude de engajamento positivo, como quem afirma: “Sou polícia judiciária e preciso mostrar isso para a sociedade”.
Esta aí a contribuição para agregação de valor de um dos itens da imagem corporativa para as Polícias Civis, para fazer crescer intelectualmente a instituição e a própria sociedade que vai incorporar mentalmente o termo judiciário. É a característica que pode diferenciar a organização em relação às outras polícias, seu comportamento frente a diversas situações e questões, o que ela é e também o que pode ser. Esses conceitos podem ser aplicados para alavancar tanto a Polícia Civil quanto a Polícia Federal do Brasil. O fortalecimento das polícias judiciárias passa pela implantação da carreira única, ou como estratégia de sobrevivência para as Polícias Civis ameaçadas pela ganância de poder das Polícias Militares, ou como estratégia de crescimento para a Polícia Federal.
Luiz Henrique Viacava é Escrivão de Polícia da Polícia Civil do RS, Consultor de Empresas e Diretor Sindical do
Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do RS.
Fonte: Blog Investigador de policia
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Re: Operações Policiais e Militares
Todas as instituições de segurança pública estão travando uma verdadeira batalha pela Carreira Única. A PRF, os Guardas Penitenciários e os Guardas Metropolitanos já nasceram com tal garantia!
.
Re: Operações Policiais e Militares
Caro Henrique,
o DPF tambem deveria possuir uma carreira unica pois em seu art.144 a CF preve que a Policia Federal é instituida em CARREIRA no singular ou seja somente uma carreira, mas os delegados distorcem a lei e procuram criar um feudo de deltas dentro DPF.
Com a evolução da democracia no Brasil o atual modelo de segurança publica terá que evoluir acabando com esse monstro que atrasa as policias e prejudica a segurança da sociedade.
Um abraço.
o DPF tambem deveria possuir uma carreira unica pois em seu art.144 a CF preve que a Policia Federal é instituida em CARREIRA no singular ou seja somente uma carreira, mas os delegados distorcem a lei e procuram criar um feudo de deltas dentro DPF.
Com a evolução da democracia no Brasil o atual modelo de segurança publica terá que evoluir acabando com esse monstro que atrasa as policias e prejudica a segurança da sociedade.
Um abraço.
Re: Operações Policiais e Militares
E a culpa é sempreee do Delegado...
As GATs e RPs estão em toda cidade!
Como diria Bezerra da Silva: "Malandro é Malandro... Mané é Mané..."
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- henriquejr
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Re: Operações Policiais e Militares
Não Zero, a culpa é do SISTEMA que nunca foi revisto por causa do coorporativismo dos Delegados (que estão apenas defendendo o peixe deles).
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Re: Operações Policiais e Militares
Boa noite Zero,
vou deixar você com agua na boca, acabei de ter acesso a uma tabela salarial que tem grandes possibilidades de vingar na qual o salario de Agente Penitenciario Federal chega a R$ 17.200,00 e aí ainda quer ser delegado estadual por 5 pau?
vou deixar você com agua na boca, acabei de ter acesso a uma tabela salarial que tem grandes possibilidades de vingar na qual o salario de Agente Penitenciario Federal chega a R$ 17.200,00 e aí ainda quer ser delegado estadual por 5 pau?
Re: Operações Policiais e Militares
Henrique, Hummmm... sei lá!!! não vejo mto dessa forma não! Eu até tento entender o posicionamento de você e até entendo quando vcs fazem "apologia" a carreira única!!! mas eu não entendo que isso e/ou a unificação das polícias contribua realmente para diminuição da criminalidade no País, acho que há outros pontos mais importantes.
Moura, Bem... eu sou AgPen Estadual e conhecendo a carreira de AgPen não pensaria duas vezes em escolher ser um DelPol Estadual mesmo ganhando apenas R$ 5.000! Para mim o mais importante é gostar do que faço e 5 pau para o nível do Brasileiro em geral é um salário razoavelmente bom.
E... por falarem em unificação, DelPol e etc! já viram uma proposta de lei que cria a Polícia Judiciária Federal? De acordo com essa proposta a atual PF faria apenas o serviço ostensivo.
[]s
Moura, Bem... eu sou AgPen Estadual e conhecendo a carreira de AgPen não pensaria duas vezes em escolher ser um DelPol Estadual mesmo ganhando apenas R$ 5.000! Para mim o mais importante é gostar do que faço e 5 pau para o nível do Brasileiro em geral é um salário razoavelmente bom.
E... por falarem em unificação, DelPol e etc! já viram uma proposta de lei que cria a Polícia Judiciária Federal? De acordo com essa proposta a atual PF faria apenas o serviço ostensivo.
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- Moccelin
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Re: Operações Policiais e Militares
Cara, é cada idéia que eu não entendo... Pô, não seria muito mais fácil deixar a PF fazer o serviço que ela já foi criada pra fazer (Polícia Judiciária Federal) e criar uma "Polícia OSTENSIVA Federal"???
The cake is a lie...
Re: Operações Policiais e Militares
Gente,
existe um projeto dentro do DPF que dividi a Policia Federal em policia juduciaria e administrativa, a policia judiciaria seria basicamente os setores onde existem cartorios e IPL e a administrativas não, como o COT, DELESP e etc.
A questão como sempre, é que os deltas estão nervosos pois acham que vão perder poder pois as chefias da policia administrativa seria dos APFs e isso é um eresia para os deltas.
Zero não se iluda com as profissões, sei que todos temos sonhos de realizações proficionais mas vou lhe dizer no final o que conta é o nosso bolso.
Se na epoca que entrei para o DPF a PCRJ pagasse o mesmo salario eu teria ficado no RIO.
Agora você imagina você ganhando 17 no DEPEN e 3 como delta da Civil de SP cê iria mudar.
Para você ter uma ideia no meu setor já pasaram varios oficiais das forças armadas, delegados da civil e profissionais liberais como dentistas, engenheiros, medicos, todos largaram suas carreiras para entra para o DPF como APF.
Um abraço.
existe um projeto dentro do DPF que dividi a Policia Federal em policia juduciaria e administrativa, a policia judiciaria seria basicamente os setores onde existem cartorios e IPL e a administrativas não, como o COT, DELESP e etc.
A questão como sempre, é que os deltas estão nervosos pois acham que vão perder poder pois as chefias da policia administrativa seria dos APFs e isso é um eresia para os deltas.
Zero não se iluda com as profissões, sei que todos temos sonhos de realizações proficionais mas vou lhe dizer no final o que conta é o nosso bolso.
Se na epoca que entrei para o DPF a PCRJ pagasse o mesmo salario eu teria ficado no RIO.
Agora você imagina você ganhando 17 no DEPEN e 3 como delta da Civil de SP cê iria mudar.
Para você ter uma ideia no meu setor já pasaram varios oficiais das forças armadas, delegados da civil e profissionais liberais como dentistas, engenheiros, medicos, todos largaram suas carreiras para entra para o DPF como APF.
Um abraço.
Re: Operações Policiais e Militares
Eu não acho! o problema é que você é imparcial, Moura. Reclama tanto dos DelPol mas quando pode puxa a sardinha para o seu lado. Se esses setores hoje são comandados ou supervisionados por Delegados, por que diabos com a criação de outra polícia esses cargos deveriam ser chefiados por quem hoje é APF?moura escreveu:Gente,
existe um projeto dentro do DPF que dividi a Policia Federal em policia juduciaria e administrativa, a policia judiciaria seria basicamente os setores onde existem cartorios e IPL e a administrativas não, como o COT, DELESP e etc.
A questão como sempre, é que os deltas estão nervosos pois acham que vão perder poder pois as chefias da policia administrativa seria dos APFs e isso é um eresia para os deltas.
Isso é uma questão legal até de Direito Administrativo! Quando se extingue um cargo aproveita-se o Servidor em outro com semelhante função e remuneração. Ai eu pergunto, porque um cara que hoje é APF deve ser reaproveitado em outro cargo que tem função e remuneração semelhante a Delegado?
Não me iludo, tanto é que eu disse "por ser Agepen aqui no RJ". AgPene é uma profissão massacrante, estressante e que não tem o devido reconhecimento. Seja da mídia, do governo ou da sociedade em geral.moura escreveu: Zero não se iluda com as profissões, sei que todos temos sonhos de realizações proficionais mas vou lhe dizer no final o que conta é o nosso bolso.
A diferença entre "3" e "5" é grande. Se a PCRJ me paga 5 ou 6 e o Depen me paga 17, eu sinceramente ficaria no RJ.moura escreveu: Se na epoca que entrei para o DPF a PCRJ pagasse o mesmo salario eu teria ficado no RIO.
Agora você imagina você ganhando 17 no DEPEN e 3 como delta da Civil de SP cê iria mudar.
Para você ter uma ideia no meu setor já pasaram varios oficiais das forças armadas, delegados da civil e profissionais liberais como dentistas, engenheiros, medicos, todos largaram suas carreiras para entra para o DPF como APF.
Um abraço.
Quanto a questão do DPF ter vários profissionais liberais, de certa forma é por isso que os próprios APFs reclamam! A maioria entra no DPF pura e simplesmente pelo salário e pela estabilidade e dps como não tem saco para fazer mais uma faculdade e mais um concurso para Delegado, ficam frustrados pois vão morrer APF sem que nada possa ser feito! Isso tem que mudar, policial tem que ser quem tem vocação... Eu duvido que o Beraldi esteja insatisfeito no DPF.
A questão que estamos discutindo, carreira única, unificação das polícias e etc é mais admistrativa do que outra coisa, não influi muito na criminalidade em si... agora em relação a carreira única, sou terminantemente contra! pois isso gera apadrinhamento... gostaria muito que aqui no RJ para ser Diretor de presídio o sujeito precisasse de Concurso Público! pelos menos assim o cara se mostra capacitado!
Na minha Unidade Prisional, o Diretor tem 05 anos de casa, sempre dirigiu para o atual Sub-secretário e nunca entrou numa cadeia para fazer o pilar da nossa função... hoje o cara é diretor sem entender quase nada na cadeia, enquanto na nossa turma temos guardas com 08, 10 e um com até 20 anos de "casa" mas que vão continuar ralando ali por não terem um padrinho.
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Re: Operações Policiais e Militares
Aliás, a melhor solução que eu vejo para o DPF e PCs é dividir as vagas dos novos concursos! se há 100 vagas para um novo concurso de Delegado, 50 deveriam ficar para os que não são Policiais e as outras 50 para os Policiais que tem nível superior em outra área mas que já tem uma experiência para exercer a função.
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Re: Operações Policiais e Militares
Caro Zero,
o legislador constituinte em 1988 se quisesse que o DPF fosse chefiado e comandado por delegados teria colocado isso no art:144 da CF, como fez para PC, no entanto ele prevê apenas que a Federal é instituida em carreira e em momento algum fala em delegado talvez já pensando num futuro FBI tupiniquim, mas os delta conseguiram distorcer tudo e hoje nos temos uma policia desetruturada sem padronização de trabalho.
Não sou contra os delegados por birra ou inveja mas porque depois de dez anos no DPF vejo que não é só um bom salario e equipamento que fazem uma policia eficiente mas sim uma estrutura de carreira que valorize o proficional de segurança, se você está revoltado proque um novinho assumui a direção do presidio é porque como nós vocês não tem uma lei organica que valorize o profissional e sua carreira.
Esse negocio de concurso para chefe é uma monstruosidade, nada substitui a experiencia profissonal.
Apesar de totalmente contra a figura do delegado como autoridade policial por achar que autoridade é todo policial no execicio de suas funções e não a o dono de uma peça de informação que é o IPL.
No papel as coisas parecem muito bonitas e funcionais mas na pratica o nosso sistema de segurança publico está falido e não adianta falar que o CPP ou CF dizem isso ou aquilo os fatos falam por si.
Os colega APfs novos estão demotivados não porque são concurseiros mas por terem um grau de instrução maior e uma certa experiencia profissional ficam desiludidos com a falta de uma carreira e reconhecimento dentro do DPF, quem tá fora acha que só o salario é tudo mas quem está dentro e vê as sacanagens acaba virando mero funcionario publico.
Gostaria de escrever mais mas tenho que ir para o trabalho, hoje vou comprar um briga com o chefe delta, o cara que que a gente faça escolta de presos todos os dias sem escala, sem treinamento pois não existe um manual operacional para escolta no DPF, sem viaturas preparadas para escolta, sem algemas, e muito mais, provavelmente vou para na corregedoria por bater de frente mas fazer oque, é nois.
o legislador constituinte em 1988 se quisesse que o DPF fosse chefiado e comandado por delegados teria colocado isso no art:144 da CF, como fez para PC, no entanto ele prevê apenas que a Federal é instituida em carreira e em momento algum fala em delegado talvez já pensando num futuro FBI tupiniquim, mas os delta conseguiram distorcer tudo e hoje nos temos uma policia desetruturada sem padronização de trabalho.
Não sou contra os delegados por birra ou inveja mas porque depois de dez anos no DPF vejo que não é só um bom salario e equipamento que fazem uma policia eficiente mas sim uma estrutura de carreira que valorize o proficional de segurança, se você está revoltado proque um novinho assumui a direção do presidio é porque como nós vocês não tem uma lei organica que valorize o profissional e sua carreira.
Esse negocio de concurso para chefe é uma monstruosidade, nada substitui a experiencia profissonal.
Apesar de totalmente contra a figura do delegado como autoridade policial por achar que autoridade é todo policial no execicio de suas funções e não a o dono de uma peça de informação que é o IPL.
No papel as coisas parecem muito bonitas e funcionais mas na pratica o nosso sistema de segurança publico está falido e não adianta falar que o CPP ou CF dizem isso ou aquilo os fatos falam por si.
Os colega APfs novos estão demotivados não porque são concurseiros mas por terem um grau de instrução maior e uma certa experiencia profissional ficam desiludidos com a falta de uma carreira e reconhecimento dentro do DPF, quem tá fora acha que só o salario é tudo mas quem está dentro e vê as sacanagens acaba virando mero funcionario publico.
Gostaria de escrever mais mas tenho que ir para o trabalho, hoje vou comprar um briga com o chefe delta, o cara que que a gente faça escolta de presos todos os dias sem escala, sem treinamento pois não existe um manual operacional para escolta no DPF, sem viaturas preparadas para escolta, sem algemas, e muito mais, provavelmente vou para na corregedoria por bater de frente mas fazer oque, é nois.
Re: Operações Policiais e Militares
Os Delegados, que sempre estiverem a frente de toda instituição Policial Civil desde os primórdios da Polícia no Brasil que distorceram isso, ou, você que está distorcendo por uma diferença de meia-dúzia de palavras na CRFB?moura escreveu:Caro Zero,
o legislador constituinte em 1988 se quisesse que o DPF fosse chefiado e comandado por delegados teria colocado isso no art:144 da CF, como fez para PC, no entanto ele prevê apenas que a Federal é instituida em carreira e em momento algum fala em delegado talvez já pensando num futuro FBI tupiniquim, mas os delta conseguiram distorcer tudo e hoje nos temos uma policia desetruturada sem padronização de trabalho.
Fala sério...
Pois não parece... O maior defeito da PF é que a maioria dos que estão lotados lá não gostam ou não nasceram para ser policiais! Reclamar de uma estrutura daquela... enfim, só vejo razão para isso na briga por poder e o mais interessante é que nada disso vai melhorar a questão da segurança pública. Você fala de "puxar a sardinha", de "distorcer" mas perde mais tempo brigando por poder do que brigando para melhorar o problema.moura escreveu: Não sou contra os delegados por birra ou inveja mas porque depois de dez anos no DPF vejo que não é só um bom salario e equipamento que fazem uma policia eficiente mas sim uma estrutura de carreira que valorize o proficional de segurança, se você está revoltado proque um novinho assumui a direção do presidio é porque como nós vocês não tem uma lei organica que valorize o profissional e sua carreira.
Não existe instituição Policial que valorize o seu servidor mais do que a Polícia Federal! Equipamentos de qualidades em todos os pontos! MP-5, G-36, Glocks... tudo isso o DPF brigou e bateu de frente inclusive com o EB para comprar...
Agora, se você tem preguiça de fazer um concurso para melhorar ou para parar onde quer... o problema não é do DPF!
Estrutura falta é no meu órgão, com 03 guaritas, cada uma armada com um revólver cal .38 spl com 06 munições recarregadas para segurar mais de 800 presos...
Não me revolta o fato de ter um apadrinhado, sem mérito, estar dirigindo uma unidade no meu sistema, mas isso me abre os olhos para o fato de que o concurso público é o meio mais democrático e igual para cargos de chefia.
No concurso todos partem do mesmo lugar, do zero e a única coisa que é diferente é a capacidade intelectual e a quantidade de horas que cada um estuda. Agora, para os que preferem se "encostar", concurso tanto público quanto interno é muito ruim, pois da muito trabalho, né?
É monstruosidade para quem não tem capacidade ou vontade de passar em um concurso! nunca disse que algo substitui experiência profissional, mas tbm não vejo motivos para o modelo de carreira único onde diversos servidores são apadrinhados!moura escreveu: Esse negocio de concurso para chefe é uma monstruosidade, nada substitui a experiencia profissonal.
Concurso para chefe é a coisa mais democrática que existe, está lá quem tem merecimento, estudou, se dedicou e abdicou de grandes momentos da sua vida para estar lá... prefiro isso ao fato de ter alguém caindo de pára-quedas pois conhece A, B ou C! coisa muito comum no Brasil.
Autoridade Judiciária tbm é todo servidor em exercício de suas funções! O Oficial de Justiça, os Técnicos Judiciários, quiçá o pessoal que limpa o fórum todo dia...moura escreveu: Apesar de totalmente contra a figura do delegado como autoridade policial por achar que autoridade é todo policial no execicio de suas funções e não a o dono de uma peça de informação que é o IPL.
Fala sério...
Quanto ao IPL eu prefiro nem entrar no mérito, depende do ponto de vista e ponto de vista não se discute.
Está falido porque o DPF e a PRF não tem efetivo suficiente.moura escreveu:No papel as coisas parecem muito bonitas e funcionais mas na pratica o nosso sistema de segurança publico está falido e não adianta falar que o CPP ou CF dizem isso ou aquilo os fatos falam por si.
Está falido pois as Polícias Estaduais além de não terem efetivo suficiente, grande parte recebe salário famélico e tem grandes problemas em suas estruturas e condições de trabalho.
Está falido pois todo Sistema Prisional, exceto o Federal, Brasileiro é uma piada.
Está falido pois a CF, CP, CPP e LEP são muito boas com marginais e péssimas com os cidadãos de bem.
Está falido pois grande parte da Sociedade pouco liga para segurança pública até que o problema bata a sua porta.
Carreira única, Unificação das Polícias, Quem manda no quê e etc são questões Administrativas, secundárias e que pouco ou nada vão contribuir para solucionar a questão da criminalidade no Brasil. Aliás, essa é uma briga muito mais de classes, de poder e de dinheiro do que outra coisa. Enquanto o Brasil se afunda na criminalidade, alguns tem a capacidade de olhar para o próprio umbigo! é muito egoísmo mesmo...
Estão desmotivados pois acabam indo para o DPF seja porque não conseguira passar para cargos da carreira Jurídica (Juiz, Promotor, Defensor e etc.) ou Profissionais Liberais que não se deram tão bem nas carreiras escolhidas.moura escreveu: Os colega APfs novos estão demotivados não porque são concurseiros mas por terem um grau de instrução maior e uma certa experiencia profissional ficam desiludidos com a falta de uma carreira e reconhecimento dentro do DPF, quem tá fora acha que só o salario é tudo mas quem está dentro e vê as sacanagens acaba virando mero funcionario publico.
Poucos estão lá por vocação Policial! Sacanagens há no meio de todo serviço público, agora se isso é ruim com bom salário e excelente estrutura, imagina com baixo salário e estrutura quase nenhuma!
É engraçado que todo mundo reclama, mas ninguém sai... ngm vai tentar a sorte na iniciativa privada e ninguém quer fazer prova para Delegado, só querem brigar e brigar e brigar por poder! que se dane os índices de criminalidade.
Algo que é muito comum em todo serviço público e que você com não sei quantos anos de DPF já deveria ter se acostumado.moura escreveu: Gostaria de escrever mais mas tenho que ir para o trabalho, hoje vou comprar um briga com o chefe delta, o cara que que a gente faça escolta de presos todos os dias sem escala, sem treinamento pois não existe um manual operacional para escolta no DPF, sem viaturas preparadas para escolta, sem algemas, e muito mais, provavelmente vou para na corregedoria por bater de frente mas fazer oque, é nois.
Editado pela última vez por ZeRo4 em Qua Jan 27, 2010 1:30 pm, em um total de 4 vezes.
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