Missão de Paz no Haiti
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Re: Missão de Paz no Haiti
Uma curiosidade: um cargueiro turbinadão operaria tão bem quanto os 137 em pistas como as que os "sucatões" atuam?
- FCarvalho
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Re: Missão de Paz no Haiti
A FAB já pensou no passado em modernizar as JT-3D com kits mas desistiu por causa da relação custo-beneficio, e mesmo porque à época achavam que iriam substituir asaeronaves no curto prazo. Mas infelizmente a realidade é outra.
A pista de Porto Principe não está aberta para aviões do porte dos KC. Lá só estão operando no momento os hércules e helicópteros.
Ademais, todo material pesado que não possa ser levado diretamente para Haiti, está sendo deviado para Santo Domingo. Todos os paises que estão a oferecer ajuda o estão fazendo por meio dos C-130 que estão mais aptos a operar nas condições daquele primeiro aeroporto.
O resto vai de navio.
A pista de Porto Principe não está aberta para aviões do porte dos KC. Lá só estão operando no momento os hércules e helicópteros.
Ademais, todo material pesado que não possa ser levado diretamente para Haiti, está sendo deviado para Santo Domingo. Todos os paises que estão a oferecer ajuda o estão fazendo por meio dos C-130 que estão mais aptos a operar nas condições daquele primeiro aeroporto.
O resto vai de navio.
Carpe Diem
Re: Missão de Paz no Haiti
Na Argentina, no momento que o Hercules TC-70 (um dos poucos disponíveis) ia decolar, teve que abortar porque a carga se moveu. Adiaram por 90 minutos a decolagem para reorganizar a carga.
[]'s a todos.
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- Túlio
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Re: Missão de Paz no Haiti
DELTA22 escreveu:Na Argentina, no momento que o Hercules TC-70 (um dos poucos disponíveis) ia decolar, teve que abortar porque a carga se moveu. Adiaram por 90 minutos a decolagem para reorganizar a carga.
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É algo de que se fala pouco, mesmo aqui: um avião cargueiro só recebe carga após um estudo que decide onde cada item vai ficar. O que é mais pesado fica agrupado em torno do centro de gravidade da aeronave. Deve ser bem amarrado para não se mexer, imaginem o estrago de, em pleno voo, a carga deslizar para a frente ou para trás. O CG vai junto, até o limite da controlabilidade. Quem trabalha com carga aérea sabe isso à exaustão. Me espanta essa barbeiragem dos Argies, a kôza deve andar BEM feia por lá mesmo...
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P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: Missão de Paz no Haiti
Voou o TC-70 argentino.
Levam um equipamento para tratamento de agua, alem do corriqueiro, agua, alimento...
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Re: Missão de Paz no Haiti
O encarregado por isso é o Loadmaster tulitcho véio.Túlio escreveu:DELTA22 escreveu:Na Argentina, no momento que o Hercules TC-70 (um dos poucos disponíveis) ia decolar, teve que abortar porque a carga se moveu. Adiaram por 90 minutos a decolagem para reorganizar a carga.
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É algo de que se fala pouco, mesmo aqui: um avião cargueiro só recebe carga após um estudo que decide onde cada item vai ficar. O que é mais pesado fica agrupado em torno do centro de gravidade da aeronave. Deve ser bem amarrado para não se mexer, imaginem o estrago de, em pleno voo, a carga deslizar para a frente ou para trás. O CG vai junto, até o limite da controlabilidade. Quem trabalha com carga aérea sabe isso à exaustão. Me espanta essa barbeiragem dos Argies, a kôza deve andar BEM feia por lá mesmo...
Conversei com alguns ano passado e os caras são muito feras. Teve um caso durante a RAT, não vou citar com que aeronave e muito menos qual esquadrão, mas que o cabo de aço que libera a carga para lançamento foi puxado por acidente durante o taxi para a pista...não foi por falta de profissionalismo, e a atitude dos loadmasters quando isso aconteceu mostrou que falta de experiência não existia. Os caras prepararam a carga de novo pra lançamento com a aeronave rodando pelo pátio em menos de 10 minutos, o tempo da aeronave chegar na pista e alinhar pra decolar.
Foi impressionante.
AD ASTRA PER ASPERA
Re: Missão de Paz no Haiti
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Re: Missão de Paz no Haiti
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Re: Missão de Paz no Haiti
Boas fotos, mas posso pedir para usar Thumbnail?
http://www.tireoide.org.br/tireoidite-de-hashimoto/
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Re: Missão de Paz no Haiti
Os fuzis mudos, os sabres inúteis*
Fonte: http://www.jblog.com.br/politica.php
Fonte: http://www.jblog.com.br/politica.php
Ainda não sabemos quantos brasileiros morreram no Haiti. Há milhares de pessoas desaparecidas, e é difícil saber exatamente quantos de nossos compatriotas – incluídos turistas e voluntários das organizações humanitárias – se encontravam em Porto Príncipe no entardecer de terça-feira. A crônica de desastres semelhantes é nisso tenebrosa: o número de vítimas cresce ao serem removidos os escombros.
À maioria deles – os soldados e os voluntários sociais – não devemos somente as lágrimas do luto, mas a homenagem que se destina aos heróis. Eles não pereceram em guerra de conquista, nem em expedição punitiva. Estavam ali em nome da paz. Procuravam minorar a situação de crueldade que se iniciou há 500 anos, quando, depois da viagem de Colombo, que mudou a História, os espanhóis começaram a colonizar a ilha a que aportara o navegador. Foi a Santo Domingo que chegaram os primeiros negros no hemisfério ocidental. Eles vieram para substituir os índios que o governador espanhol, Nicolas de Ovando, tentara, sem êxito, escravizar: os nativos, acostumados à liberdade, não aceitaram o jugo – e foram praticamente extintos em todas as ilhas do Caribe. Como costuma ocorrer, as boas intenções levam ao inferno: o padre Bartolomeo de Las Casas, que assessorava o governador, foi quem lhe sugeriu importar negros da África, a fim de substituir os índios.
Como todas as forças armadas do mundo, as nossas atuam de acordo com seu tempo e a natureza do Estado a que servem. Poucas foram as expedições externas dos soldados brasileiros. Da Guerra do Paraguai – não obstante as nossas razões legítimas, a de defesa do território nacional que havia sido violado – não temos só a notícia do heroísmo, mas também a do excesso nos combates e na repressão. Ressalve-se que os comandantes militares de ofício – Osório e Caxias – agiram dentro das regras militares. Caxias, depois da vitória de Humaitá, e da entrada vitoriosa em Assunção, considerou a guerra terminada, mas o imperador decidiu enviar para o Paraguai o seu genro, o francês Gastão de Orleães, Conde d’Eu, a fim de perseguir o fugitivo Lopez. Ele, de espada virgem, quis fazer-se herói sobre um povo já vencido e destruído, e, de acordo com historiadores paraguaios, chegou a incendiar hospital onde se encontravam feridos. Sua atuação inadequada contribuiu para que muitos militares aderissem à ideia republicana, logo depois do retorno à pátria.
A nossa presença na Itália, apesar das dificuldades, foi gloriosa. Com a força expedicionária preparada rapidamente e corpo de aviadores recrutado entre jovens sem nenhuma experiência, marcamos os anais da guerra com atos de extraordinária bravura, ainda que a grandeza dos combatentes sempre se deva mais à causa pela qual lutam do que a seu resultado. E nunca é demais relembrar que os exércitos existem para defender a nação como um todo; não para servir a uma ou outra facção política interna, a uma ou a outra classe social.
Os soldados que morreram no terremoto do Haiti são tão heróis quanto os que tombaram em Monte Castelo e em Lomas Valentinas. Eles deixaram suas famílias, seus amigos, suas noivas, e partiram para uma guerra pela paz, contra a miséria e todas as suas consequências. De repente, as imprevistas forças da natureza irromperam, como em uma emboscada. Contra elas de nada poderia sua coragem. Assim caíram indefesos, os fuzis mudos, os sabres inúteis.
Os outros mortos foram também soldados da mesma causa, como é o caso da doutora Arns. A médica, que salvou milhares e milhares de crianças brasileiras da morte prematura, sentira a necessidade de desdobrar-se, de salvar também as crianças haitianas. São momentos assim que nos mostram a possibilidade de um mundo único e novo, no qual as fronteiras políticas não signifiquem trincheiras, mas apenas marcos de jurisdição política.
Sarkozy (a França deve ter mauvaise conscience com relação ao Haiti) está propondo esforço internacional para a reconstrução do país. Espera-se que não se trate apenas de reconstrução física dos edifícios, mas de verdadeira construção humana, com escolas, hospitais, moradias, trabalho, justiça e esperança.
*Mauro Santayana
Re: Missão de Paz no Haiti
Fico imaginando o quanto o Siscomis está sendo demandado nesta hora, uma vez que lá no Haiti se encontra uma estação...
Deve-se dar a devida atenção a este sistema que a meu ver é a "pedra de toque" das Forças Armadas Brasileiras, ao menos no contexto latino-americano.
[]'s a todos.
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Re: Missão de Paz no Haiti
KC-137 fumacento? Avião de terceiro mundo? O q sobra para este aqui então:...DELTA22 escreveu:Ainda veremos os KC-137 por muito tempo voando sem problema algum... O apelido (pejorativo) não condiz com as importantes missões que as 4 aeronaves do tipo cumprem com maestria, diga-se de passagem.Gandalf escreveu: Não que eu tenha o clássico complexo de vira-latas, longe disso sou até muito patriota, mas não está na hora de aposentar o sucatão não? Eu penso que a FAB tenha outros meios... dá até vergonha daquele tanto de fumaça saindo dele, parece até o falecido NAeMG ....
Quanto a fumaça das JT-3, chamaremos o Greenpeace para saber o que eles acham do assunto!!!
[]'s.
Boeing B-52H Stratofortress (USAF, Las Vegas - Nellis AFB_Nevada, Nov-08)