Edge Of Space - A Inovadora Iniciativa Paulista
Moderador: Conselho de Moderação
- Brazilian Space
- Intermediário
- Mensagens: 261
- Registrado em: Ter Jun 02, 2009 12:26 am
- Localização: Salvador-BA
- Contato:
Edge Of Space - A Inovadora Iniciativa Paulista
Edge Of Space - A Inovadora Iniciativa Paulista
Olá amigos!
Segue abaixo leitor informações sobre um grupo paulista particular chamado “Edge Of Space” constituído por engenheiros, mestres ou mestrandos em engenharia aeroespacial, especificamente em propulsão líquida que foram formados no ITA - Instituto Tecnológico da Aeronáutica. Esse grupo que vem desenvolvendo motores e foguetes de propulsão liquida de baixo custo é liderado pelo engenheiro José Miraglia, e está desenvolvento um motor-foguete a propulsão liquida para ser usado por um foguete suborbital, por um pequeno foguete lançador para nanosatélites e também por um importante projeto do PEB governamental que está atualmente em desenvolvimento, mas que infelizmente eu não tenho ainda autorização para divulga-lo.
Tenho mantido contato periodicamente por e-mail com o engenheiro Miraglia e ele me disse que o investimento do grupo é totalmente privado com parte das pesquisas apoiada pela FAPESP (Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo), no programa PIPE (Programa de Incentivo a Pequena Empresa) Fase I. Segundo o engenheiro, ele esta buscando junto a FAPESP a liberação de verba para um PIPE Fase II e junto ao Finep, para o desenvolvimento de propulsores maiores, sempre objetivando os propelentes verdes (“Green propellants”), peróxido de hidrogênio e etanol. O objetivo do grupo segundo ele é amadurecimento do projeto visando à criação de uma empresa aeroespacial. (A FAFESP acaba de liberar verba para um PIPE Fase II o que permitirá que o grupo siga desenvolvendo o novo motor de 150 N)
Além desse motor de 150 N a Edge Of Space vem trabalhando no desenvolvimento de um outo motor de 1000 N, segundo informação do engenheiro Miraglia.
Miraglia vislumbra um programa espacial privado, objetivando lucro com a colocação de satélites, foguetes suborbitais e o turismo espacial, que está alavancando mundo afora de forma primorosa a tecnologia aeroespacial acessível de baixo custo e mesmo assim segura.
Ainda segundo ele, o grupo tem um projeto de um foguete suborbital para atingir 100 Km (linha de Kármán) visando se tornarem o primeiro grupo particular no Brasil a fazer isso. Além do projeto do foguete suborbital, o grupo tem ainda o projeto de um lançador orbital para picosatélite entre 1 a 2 Kg e também o projeto de um veículo suborbital para o Turismo Espacial. (numa fase posterior)
O grupo também incentiva a “Educação para o Espaço”, como os kits de mini foguetes e material técnico encontrado no site: http://WWW.foguete.org gerando os recursos (infelizmente ainda poucos) para os investimos nas pesquisas da “Edge of Space”.
Segundo o engenheiro Miraglia o grupo esta buscando patrocinadores interessados em investir nos projetos do aqui apresentados e em outros projetos que necessitam maiores recursos para serem viabilizados.
Duda Falcão
EDGE OF SPACE
Como surgiu a Edge of Space
A "Edge of Space" nasceu com três idéias principais, o desenvolvimento de um foguete que atingisse a "Linha de Kármán" os 100 Km de altitude, com a tecnologia deste foguete a idéia do lançamento de um satélite de 1 Kg numa órbita baixa e um vôo suborbital tripulado, hoje visando o turismo espacial, (podemos ser os pioneiros no Brasil).
A busca por foguetes e lançadores de baixo custo e a utilização dos "Green Propellants" como o peróxido de hidrogênio, oxigênio líquido, óxido nitroso, etanol e metano, são fundamentais, sendo que a escolha no momento é a utilização do peróxido de hidrogênio e etanol.
Em breve motores a propelente híbrido utilizando óxido nitroso ou LOX e um polímero também serão construídos
Projeto para Motor-Foguete de 20 N
O propulsor de 20 N desenvolvido e testado pela Edge Of Space apresentou resultados bastante satisfatórios na utilização do propelente a base de etanol anidro e peróxido de hidrogênio.
http://www.youtube.com/watch?v=I_MPU2mg8CA
Vídeo do teste motor de 20 N, produzido pela Edge Of Space
Inovação Tecnológica
Podemos caracterizar que este propelente utiliza substâncias produzidas no Brasil em larga escala e baixo custo podendo substituir com grande vantagem a hidrazina.
Novo Motor-Foguete de 150 N
Este motor é monopropelente catalítico, utiliza peróxido de hidrogênio e catalisador cerâmico. O empuxo é de 150 N e é um motor "cold" todo fabricado em alumínio, com uma excelente relação empuxo peso.
Tecnologia 100% Brasileira
Motivação
O Brasil necessita urgentemente capacitar-se na tecnologia de motores foguete àpropelente liquido, tanto para utilização em satélites quanto em veículos lançadores.Os propelentes líquidos atualmente utilizados pelo Brasil estão restritos à utilização nocontrole de atitude de satélites e injeção orbital, e são a hidrazina e o tetróxido de nitrogênio, ambos importados, extremamente caros e altamente tóxicos.
O peróxido de hidrogênio e o etanol são produzidos em larga escala no Brasilà um baixíssimo custo.
O peróxido de hidrogênio é produzido atualmente no Brasil pôr empresas como a Degussa (100.000 toneladas/ano) e a Peróxidos do Brasil (120.000 toneladas/ano), este peróxido é comercializado em concentrações de 35%, 50%, 60% e 70%.A quantidade de Etanol produzido atualmente no Brasil é de 16 milhões de toneladaspor ano.
A existência de um grande parque industrial instalado, a segurança no manuseio, abaixa toxidez, baixo custo o domínio tecnológico fazem da mistura peróxido de hidrogênioetanol uma escolha certa.
Inovação Tecnológica
A utilização em propulsores de veículos lançadores é também vista como alternativa bastante promissora.
Como já foi demonstrado pelo bem sucedido programa espacial inglês da década de 70. O peróxido de hidrogênio historicamente já foi muito utilizado com êxito como propelente em sistemas propulsivos monopropelente e bipropelente; como exemplo podemos citar os motores foguetes alemães da segunda guerra mundial e o bem sucedido programa espacial britânico.
Foguete Suborbital Edge Of Space
Estágio único:
Massa total do estágio: 62 Kg
Propelente: Peróxido de Hidrogênio / Etanol
Material estrutural: Alumínio / Fibra de Carbono – Epóxi
Objetivo: Atingir a linha de Kármán (100 Km de altitude)
Concepção Artística do Foguete Suborbital "Edge"
Lançador de Nanosatélites "PI"
Primeiro Estágio:
Formação: Cluster de 4 foguetes
Massa total do estágio: 274.6 Kg
Propelente: Peróxido de Hidrogênio / Etanol
Material estrutural: Alumínio / Fibra de Carbono – Epóxi
Isp: 220 s
Segundo Estágio:
Formação: Cluster de 2 foguetes
Massa total do estágio: 137.2 Kg
Propelente: Peróxido de Hidrogênio / Etanol
Material estrutural: Alumínio / Fibra de Carbono – Epóxi
Isp: 260 s
Terceiro Estágio:
Massa total do estágio: 68.6 Kg
Propelente: Peróxido de Hidrogênio / Etanol
Material estrutural: Alumínio / Fibra de Carbono – Epóxi
Isp: 260 s
Quarto Estágio:
Massa total do estágio: 17 Kg
Propelente: Peróxido de Hidrogênio / Etanol
Material estrutural: Alumínio / Fibra de Carbono – Epóxi
Isp: 260 s
Carga Útil Máxima: 2.75 Kg (pico ou nanosatélite)
Concepção Artística do Foguete Lançador "PI"
http://www.youtube.com/watch?v=8WOx3XJKV3c
Vídeo de Animação do Lançamento do Foguete Lançador "PI"
Vantagens do Peróxido de Hidrogênio
O peróxido de hidrogênio, apresenta algumas características que o tornam umaescolha muito promissora para utilização em sistemas propulsivos, dentre as característicasdesejadas as mais importantes são:
• Muito versátil, podendo ser utilizado como monopropelente e como oxidante emsistemas bipropelente;
• Com uma densidade maior que a maioria dos propelentes, necessita de um menorvolume de reservatório e consequentemente uma menor massa do satélite ou veículo lançador;
• Menor toxidez que os demais propelentes, a exemplo da hidrazina ou do tetróxidode nitrogênio;
• Elevada razão oxidante combustível, minimizando assim a necessidade demaiores quantidades de combustível;
• Armazenável por longos períodos de tempo;
• Compatível com materiais de baixo custo, como alumínio e aço inoxidável;
• Baixo custo se comparado aos demais propelentes, além de ser produzido noBrasil;
O peróxido de hidrogênio é produzido atualmente no Brasil pôr empresas como a Degussa (100.000 toneladas/ano) e a Peróxidos do Brasil (120.000 toneladas/ano), este peróxido é comercializado em concentrações de 35%, 50%, 60% e 70%.
A quantidade de Etanol produzido atualmente no Brasil é de 16 milhões de toneladas por ano. A existência de um grande parque industrial instalado, a segurança no manuseio, a baixa toxidez, baixo custo o domínio tecnológico fazem da mistura peróxido de hidrogênio etanol uma escolha certa para sua utilização como propelente.
Desempenho Termoquímico
Os resultados de simulações termoquímicas nos mostram que os propelentes a base de peróxido de hidrogênio / etanol tem desempenho bastante satisfatório.
A utilização do peróxido de hidrogênio em sistemas propulsivos tanto para controle de atitude quanto propulsão principal tem recebido bastante atenção por parte de diversos programas espaciais na Rússia, China, USA e Europa.
Em sistemas de controle, o desenvolvimento de novos catalisadores que adicionados em pequenas quantidades ao combustível tornam hipergólica a ignição com o querosene ou o álcool etílico apresentam uma alternativa de baixo custo e maior segurança operacional comparado com os sistemas tradicionais de hidrazina, mono metil hidrazina e tetróxido de nitrogênio.
Esta alternativa torna-se especialmente atrativa para o Brasil que ainda não dispõe de infra-estrutura instalada para a operação e manuseio dos propelentes tradicionais, tóxicos, importados e de difícil manipulação.
Equipe
Denis Neias (Estudante de Engenharia Mecatrônica)
José Miraglia (Engenheiro Químico, Mestre em Engenharia Aeroespacial, Líder do Projeto)
Márcio Luís Ueda (Engenheiro de Telecomunicações, Mestrando em Engenharia Aeroespacial)
Reinaldo Santos Martins (Engenheiro de Telecomunicações, Mestrando em Engenharia Aeroespacial)
Rodolfo Milhomem Batista (Estudante de Direito e Webmaster)
Vanderlei Neias Junior (Engenheiro de Telecomunicações, Mestrando em Engenharia Aeroespacial)
Para maiores informações entrar em contato diretamente com o coodenador do grupo "José Miraglia" pelo site da Edge Of Space: http://www.edgeofspace.org/
Fonte: Site do Edge Of Space
Comentário: Iniciativas como essa desse grupo de engenheiros paulistas, são merecedoras de uma maior divulgação por parte da mídia e de um maior interesse por parte dos órgãos que compõem o Programa Espacial Brasileiro. A AEB precisa de ações mais concretas e menos políticas para que o programa espacial realmente tome seu rumo. É necessário que a AEB se reformule e passe realmente a gerenciar e administrar os interesses do programa espacial e deixe de ser uma mera repassadora de recursos. Esta claro mundo afora que a ajuda das universidades e de centros de pesquisas privados e públicos, além das empresas existentes e as que serão criadas, são peças fundamentais para o desenvolvimento do qualquer país nas atividades espaciais. O incentivo por parte da AEB e dos fundos de pesquisas do Brasil serão imprescindíveis para que esse desenvolvimento aconteça. No entanto, nenhum gol será alcançado a médio e longo prazo se a AEB não arrumar a casa e buscar focar-se nas reais necessidades e possibilidades do Brasil na área espacial. Aproveito para parabenizar ao engenheiro José Miraglia e sua equipe pela iniciativa e pela visão e perseverança adontada nesse projeto e nos que certamente ele e a Edge Of Space haverão de criar a partir dessa iniciativa. Sucesso a todos vocês.
Olá amigos!
Segue abaixo leitor informações sobre um grupo paulista particular chamado “Edge Of Space” constituído por engenheiros, mestres ou mestrandos em engenharia aeroespacial, especificamente em propulsão líquida que foram formados no ITA - Instituto Tecnológico da Aeronáutica. Esse grupo que vem desenvolvendo motores e foguetes de propulsão liquida de baixo custo é liderado pelo engenheiro José Miraglia, e está desenvolvento um motor-foguete a propulsão liquida para ser usado por um foguete suborbital, por um pequeno foguete lançador para nanosatélites e também por um importante projeto do PEB governamental que está atualmente em desenvolvimento, mas que infelizmente eu não tenho ainda autorização para divulga-lo.
Tenho mantido contato periodicamente por e-mail com o engenheiro Miraglia e ele me disse que o investimento do grupo é totalmente privado com parte das pesquisas apoiada pela FAPESP (Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo), no programa PIPE (Programa de Incentivo a Pequena Empresa) Fase I. Segundo o engenheiro, ele esta buscando junto a FAPESP a liberação de verba para um PIPE Fase II e junto ao Finep, para o desenvolvimento de propulsores maiores, sempre objetivando os propelentes verdes (“Green propellants”), peróxido de hidrogênio e etanol. O objetivo do grupo segundo ele é amadurecimento do projeto visando à criação de uma empresa aeroespacial. (A FAFESP acaba de liberar verba para um PIPE Fase II o que permitirá que o grupo siga desenvolvendo o novo motor de 150 N)
Além desse motor de 150 N a Edge Of Space vem trabalhando no desenvolvimento de um outo motor de 1000 N, segundo informação do engenheiro Miraglia.
Miraglia vislumbra um programa espacial privado, objetivando lucro com a colocação de satélites, foguetes suborbitais e o turismo espacial, que está alavancando mundo afora de forma primorosa a tecnologia aeroespacial acessível de baixo custo e mesmo assim segura.
Ainda segundo ele, o grupo tem um projeto de um foguete suborbital para atingir 100 Km (linha de Kármán) visando se tornarem o primeiro grupo particular no Brasil a fazer isso. Além do projeto do foguete suborbital, o grupo tem ainda o projeto de um lançador orbital para picosatélite entre 1 a 2 Kg e também o projeto de um veículo suborbital para o Turismo Espacial. (numa fase posterior)
O grupo também incentiva a “Educação para o Espaço”, como os kits de mini foguetes e material técnico encontrado no site: http://WWW.foguete.org gerando os recursos (infelizmente ainda poucos) para os investimos nas pesquisas da “Edge of Space”.
Segundo o engenheiro Miraglia o grupo esta buscando patrocinadores interessados em investir nos projetos do aqui apresentados e em outros projetos que necessitam maiores recursos para serem viabilizados.
Duda Falcão
EDGE OF SPACE
Como surgiu a Edge of Space
A "Edge of Space" nasceu com três idéias principais, o desenvolvimento de um foguete que atingisse a "Linha de Kármán" os 100 Km de altitude, com a tecnologia deste foguete a idéia do lançamento de um satélite de 1 Kg numa órbita baixa e um vôo suborbital tripulado, hoje visando o turismo espacial, (podemos ser os pioneiros no Brasil).
A busca por foguetes e lançadores de baixo custo e a utilização dos "Green Propellants" como o peróxido de hidrogênio, oxigênio líquido, óxido nitroso, etanol e metano, são fundamentais, sendo que a escolha no momento é a utilização do peróxido de hidrogênio e etanol.
Em breve motores a propelente híbrido utilizando óxido nitroso ou LOX e um polímero também serão construídos
Projeto para Motor-Foguete de 20 N
O propulsor de 20 N desenvolvido e testado pela Edge Of Space apresentou resultados bastante satisfatórios na utilização do propelente a base de etanol anidro e peróxido de hidrogênio.
http://www.youtube.com/watch?v=I_MPU2mg8CA
Vídeo do teste motor de 20 N, produzido pela Edge Of Space
Inovação Tecnológica
Podemos caracterizar que este propelente utiliza substâncias produzidas no Brasil em larga escala e baixo custo podendo substituir com grande vantagem a hidrazina.
Novo Motor-Foguete de 150 N
Este motor é monopropelente catalítico, utiliza peróxido de hidrogênio e catalisador cerâmico. O empuxo é de 150 N e é um motor "cold" todo fabricado em alumínio, com uma excelente relação empuxo peso.
Tecnologia 100% Brasileira
Motivação
O Brasil necessita urgentemente capacitar-se na tecnologia de motores foguete àpropelente liquido, tanto para utilização em satélites quanto em veículos lançadores.Os propelentes líquidos atualmente utilizados pelo Brasil estão restritos à utilização nocontrole de atitude de satélites e injeção orbital, e são a hidrazina e o tetróxido de nitrogênio, ambos importados, extremamente caros e altamente tóxicos.
O peróxido de hidrogênio e o etanol são produzidos em larga escala no Brasilà um baixíssimo custo.
O peróxido de hidrogênio é produzido atualmente no Brasil pôr empresas como a Degussa (100.000 toneladas/ano) e a Peróxidos do Brasil (120.000 toneladas/ano), este peróxido é comercializado em concentrações de 35%, 50%, 60% e 70%.A quantidade de Etanol produzido atualmente no Brasil é de 16 milhões de toneladaspor ano.
A existência de um grande parque industrial instalado, a segurança no manuseio, abaixa toxidez, baixo custo o domínio tecnológico fazem da mistura peróxido de hidrogênioetanol uma escolha certa.
Inovação Tecnológica
A utilização em propulsores de veículos lançadores é também vista como alternativa bastante promissora.
Como já foi demonstrado pelo bem sucedido programa espacial inglês da década de 70. O peróxido de hidrogênio historicamente já foi muito utilizado com êxito como propelente em sistemas propulsivos monopropelente e bipropelente; como exemplo podemos citar os motores foguetes alemães da segunda guerra mundial e o bem sucedido programa espacial britânico.
Foguete Suborbital Edge Of Space
Estágio único:
Massa total do estágio: 62 Kg
Propelente: Peróxido de Hidrogênio / Etanol
Material estrutural: Alumínio / Fibra de Carbono – Epóxi
Objetivo: Atingir a linha de Kármán (100 Km de altitude)
Concepção Artística do Foguete Suborbital "Edge"
Lançador de Nanosatélites "PI"
Primeiro Estágio:
Formação: Cluster de 4 foguetes
Massa total do estágio: 274.6 Kg
Propelente: Peróxido de Hidrogênio / Etanol
Material estrutural: Alumínio / Fibra de Carbono – Epóxi
Isp: 220 s
Segundo Estágio:
Formação: Cluster de 2 foguetes
Massa total do estágio: 137.2 Kg
Propelente: Peróxido de Hidrogênio / Etanol
Material estrutural: Alumínio / Fibra de Carbono – Epóxi
Isp: 260 s
Terceiro Estágio:
Massa total do estágio: 68.6 Kg
Propelente: Peróxido de Hidrogênio / Etanol
Material estrutural: Alumínio / Fibra de Carbono – Epóxi
Isp: 260 s
Quarto Estágio:
Massa total do estágio: 17 Kg
Propelente: Peróxido de Hidrogênio / Etanol
Material estrutural: Alumínio / Fibra de Carbono – Epóxi
Isp: 260 s
Carga Útil Máxima: 2.75 Kg (pico ou nanosatélite)
Concepção Artística do Foguete Lançador "PI"
http://www.youtube.com/watch?v=8WOx3XJKV3c
Vídeo de Animação do Lançamento do Foguete Lançador "PI"
Vantagens do Peróxido de Hidrogênio
O peróxido de hidrogênio, apresenta algumas características que o tornam umaescolha muito promissora para utilização em sistemas propulsivos, dentre as característicasdesejadas as mais importantes são:
• Muito versátil, podendo ser utilizado como monopropelente e como oxidante emsistemas bipropelente;
• Com uma densidade maior que a maioria dos propelentes, necessita de um menorvolume de reservatório e consequentemente uma menor massa do satélite ou veículo lançador;
• Menor toxidez que os demais propelentes, a exemplo da hidrazina ou do tetróxidode nitrogênio;
• Elevada razão oxidante combustível, minimizando assim a necessidade demaiores quantidades de combustível;
• Armazenável por longos períodos de tempo;
• Compatível com materiais de baixo custo, como alumínio e aço inoxidável;
• Baixo custo se comparado aos demais propelentes, além de ser produzido noBrasil;
O peróxido de hidrogênio é produzido atualmente no Brasil pôr empresas como a Degussa (100.000 toneladas/ano) e a Peróxidos do Brasil (120.000 toneladas/ano), este peróxido é comercializado em concentrações de 35%, 50%, 60% e 70%.
A quantidade de Etanol produzido atualmente no Brasil é de 16 milhões de toneladas por ano. A existência de um grande parque industrial instalado, a segurança no manuseio, a baixa toxidez, baixo custo o domínio tecnológico fazem da mistura peróxido de hidrogênio etanol uma escolha certa para sua utilização como propelente.
Desempenho Termoquímico
Os resultados de simulações termoquímicas nos mostram que os propelentes a base de peróxido de hidrogênio / etanol tem desempenho bastante satisfatório.
A utilização do peróxido de hidrogênio em sistemas propulsivos tanto para controle de atitude quanto propulsão principal tem recebido bastante atenção por parte de diversos programas espaciais na Rússia, China, USA e Europa.
Em sistemas de controle, o desenvolvimento de novos catalisadores que adicionados em pequenas quantidades ao combustível tornam hipergólica a ignição com o querosene ou o álcool etílico apresentam uma alternativa de baixo custo e maior segurança operacional comparado com os sistemas tradicionais de hidrazina, mono metil hidrazina e tetróxido de nitrogênio.
Esta alternativa torna-se especialmente atrativa para o Brasil que ainda não dispõe de infra-estrutura instalada para a operação e manuseio dos propelentes tradicionais, tóxicos, importados e de difícil manipulação.
Equipe
Denis Neias (Estudante de Engenharia Mecatrônica)
José Miraglia (Engenheiro Químico, Mestre em Engenharia Aeroespacial, Líder do Projeto)
Márcio Luís Ueda (Engenheiro de Telecomunicações, Mestrando em Engenharia Aeroespacial)
Reinaldo Santos Martins (Engenheiro de Telecomunicações, Mestrando em Engenharia Aeroespacial)
Rodolfo Milhomem Batista (Estudante de Direito e Webmaster)
Vanderlei Neias Junior (Engenheiro de Telecomunicações, Mestrando em Engenharia Aeroespacial)
Para maiores informações entrar em contato diretamente com o coodenador do grupo "José Miraglia" pelo site da Edge Of Space: http://www.edgeofspace.org/
Fonte: Site do Edge Of Space
Comentário: Iniciativas como essa desse grupo de engenheiros paulistas, são merecedoras de uma maior divulgação por parte da mídia e de um maior interesse por parte dos órgãos que compõem o Programa Espacial Brasileiro. A AEB precisa de ações mais concretas e menos políticas para que o programa espacial realmente tome seu rumo. É necessário que a AEB se reformule e passe realmente a gerenciar e administrar os interesses do programa espacial e deixe de ser uma mera repassadora de recursos. Esta claro mundo afora que a ajuda das universidades e de centros de pesquisas privados e públicos, além das empresas existentes e as que serão criadas, são peças fundamentais para o desenvolvimento do qualquer país nas atividades espaciais. O incentivo por parte da AEB e dos fundos de pesquisas do Brasil serão imprescindíveis para que esse desenvolvimento aconteça. No entanto, nenhum gol será alcançado a médio e longo prazo se a AEB não arrumar a casa e buscar focar-se nas reais necessidades e possibilidades do Brasil na área espacial. Aproveito para parabenizar ao engenheiro José Miraglia e sua equipe pela iniciativa e pela visão e perseverança adontada nesse projeto e nos que certamente ele e a Edge Of Space haverão de criar a partir dessa iniciativa. Sucesso a todos vocês.
Editado pela última vez por Brazilian Space em Qua Dez 16, 2009 3:46 pm, em um total de 1 vez.
Re: Edge Of Space - A Inovadora Iniciativa Paulista
O problema, como a Koslowa sempre falava, é a falta de foco do Programa Brasileiro. Israel começou seu programa, ao que parece, ao mesmo tempo e com dificuldades geográficas. Conseguiu desenvolver seu próprio lançador, utilizando também combustível sólido, e uma família de satélites...
O Brasil fica nessa de ficar inventando um monte de coisas... e fica parado no tempo! Aqui tem satélite para tudo quanto é tipo de coisa, falta foco!
Quanto a esse grupo de Cientistas, realmente é uma bela iniciativa, quem sabe não termina como uma espécie de mini-SpaceX.
[]s
O Brasil fica nessa de ficar inventando um monte de coisas... e fica parado no tempo! Aqui tem satélite para tudo quanto é tipo de coisa, falta foco!
Quanto a esse grupo de Cientistas, realmente é uma bela iniciativa, quem sabe não termina como uma espécie de mini-SpaceX.
[]s
As GATs e RPs estão em toda cidade!
Como diria Bezerra da Silva: "Malandro é Malandro... Mané é Mané..."
Como diria Bezerra da Silva: "Malandro é Malandro... Mané é Mané..."
Re: Edge Of Space - A Inovadora Iniciativa Paulista
Ahhh... eu achava também que o projeto tinha que ter um nome em Português, já que o grupo é Brasileiro.
As GATs e RPs estão em toda cidade!
Como diria Bezerra da Silva: "Malandro é Malandro... Mané é Mané..."
Como diria Bezerra da Silva: "Malandro é Malandro... Mané é Mané..."
- Brazilian Space
- Intermediário
- Mensagens: 261
- Registrado em: Ter Jun 02, 2009 12:26 am
- Localização: Salvador-BA
- Contato:
Re: Edge Of Space - A Inovadora Iniciativa Paulista
Olá amigos!
Como já havia anunciado aqui e no meu blog, o grupo paulista “Edge Of Space” (coordenado pelo engenheiro aeroespacial José Miraglia) que foi participante do Programa FAPESP-PIPE (Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas) em sua primeira fase, teve também a continuação do seu projeto do motor-foguete a propelente líquido de 150 N (o projeto envolve agora também o desenvolvimento de um novo motor a propelente líquido de 1000 N) aprovado pela segunda fase desse programa. Abaixo segue uma pequena descrição desse projeto que teve sua continuação aprovada.
Duda Falcão
Título do Projeto: Desenvolvimento de propulsor catalítico utilizando propelentes pré-misturados.
Coordenador: José Miraglia
Beneficiário: José Miraglia
Empresa: Guatifer Usinagem e Ferramentaria Ltda
Município: São Paulo
N. do Processo: 09/52623-6
N. do Edital: 34 (julho/09)
Aprovado em: 27 out. 2009
Início: 01 dez. 2009
Término: 30 nov. 2011
Descritor(es):
Propulsão aeroespacial
Foguetes
Satélites
Etanol
FAPESP
Linha de Fomento: Pesquisa Inovativa na Pequena e Micro Empresa – PIPE
Endereço para acessar
esta página: http://www.bv.fapesp.br/projetos-pipe/6 ... isturados/
Fonte: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
Comentário; O trabalho que esse grupo de engenheiros aeroespaciais da “Edge Of Space” vem realizando é sério, elogiável e merecedor de apoio financeiro mais adequado para que o mesmo possa atingir com mais rapidez a finalização de seus projetos. É verdade que são objetivos modestos (foguete suborbital Edge, foguete Lançador de picosatélites e nanosatélites “PI”), mas que ao mesmo tempo são objetivos bastantes significativos (pelo que representaria a colocação de um picosatélite ou de um nanosatélite no Espaço pelo Brasil) e básicos para que se obtenha a tecnologia de acesso ao espaço orbital, coisa ainda não atingida pelo cambaleante PEB governamental. Além disso, devido à seriedade e competência com que esse grupo trabalha, caso o mesmo tivesse a disposição recursos financeiros e humanos suficientes para o desenvolvimento de projetos maiores, certamente os mesmos seriam realizados. Devido a isso, segundo o coordenador do grupo, o engenheiro José Miraglia, o mesmo está aberto para investidores que estejam interessados em participar dessa inovadora iniciativa. Para aqueles que estiverem interessados em participar é só entrar em contato pelo site do grupo pelo endereço: http://www.edgeofspace.org/
Como já havia anunciado aqui e no meu blog, o grupo paulista “Edge Of Space” (coordenado pelo engenheiro aeroespacial José Miraglia) que foi participante do Programa FAPESP-PIPE (Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas) em sua primeira fase, teve também a continuação do seu projeto do motor-foguete a propelente líquido de 150 N (o projeto envolve agora também o desenvolvimento de um novo motor a propelente líquido de 1000 N) aprovado pela segunda fase desse programa. Abaixo segue uma pequena descrição desse projeto que teve sua continuação aprovada.
Duda Falcão
Título do Projeto: Desenvolvimento de propulsor catalítico utilizando propelentes pré-misturados.
Coordenador: José Miraglia
Beneficiário: José Miraglia
Empresa: Guatifer Usinagem e Ferramentaria Ltda
Município: São Paulo
N. do Processo: 09/52623-6
N. do Edital: 34 (julho/09)
Aprovado em: 27 out. 2009
Início: 01 dez. 2009
Término: 30 nov. 2011
Descritor(es):
Propulsão aeroespacial
Foguetes
Satélites
Etanol
FAPESP
Linha de Fomento: Pesquisa Inovativa na Pequena e Micro Empresa – PIPE
Endereço para acessar
esta página: http://www.bv.fapesp.br/projetos-pipe/6 ... isturados/
Fonte: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
Comentário; O trabalho que esse grupo de engenheiros aeroespaciais da “Edge Of Space” vem realizando é sério, elogiável e merecedor de apoio financeiro mais adequado para que o mesmo possa atingir com mais rapidez a finalização de seus projetos. É verdade que são objetivos modestos (foguete suborbital Edge, foguete Lançador de picosatélites e nanosatélites “PI”), mas que ao mesmo tempo são objetivos bastantes significativos (pelo que representaria a colocação de um picosatélite ou de um nanosatélite no Espaço pelo Brasil) e básicos para que se obtenha a tecnologia de acesso ao espaço orbital, coisa ainda não atingida pelo cambaleante PEB governamental. Além disso, devido à seriedade e competência com que esse grupo trabalha, caso o mesmo tivesse a disposição recursos financeiros e humanos suficientes para o desenvolvimento de projetos maiores, certamente os mesmos seriam realizados. Devido a isso, segundo o coordenador do grupo, o engenheiro José Miraglia, o mesmo está aberto para investidores que estejam interessados em participar dessa inovadora iniciativa. Para aqueles que estiverem interessados em participar é só entrar em contato pelo site do grupo pelo endereço: http://www.edgeofspace.org/
Editado pela última vez por Brazilian Space em Sáb Nov 21, 2009 12:41 pm, em um total de 1 vez.
- joao fernando
- Sênior
- Mensagens: 5208
- Registrado em: Ter Out 30, 2007 5:53 pm
- Localização: Santa Isabel - SP
- Agradeceram: 29 vezes
Re: Edge Of Space - A Inovadora Iniciativa Paulista
Vou comprar esse kit do VLS. Será que esse sobe mesmo, diferente do original???
Ps - Estou falando serio...
Ps - Estou falando serio...
Obrigado Lulinha por melar o Gripen-NG
- Brazilian Space
- Intermediário
- Mensagens: 261
- Registrado em: Ter Jun 02, 2009 12:26 am
- Localização: Salvador-BA
- Contato:
Re: Edge Of Space - A Inovadora Iniciativa Paulista
Olá João Fernando!
Eu surgiro que você entre em contato com o engenheiro José Miraglia pelo endereço: http://www.edgeofspace.org/ e tire suas dúvidas, tá ok?
Abraços e boa sorte.
Duda Falcão
Eu surgiro que você entre em contato com o engenheiro José Miraglia pelo endereço: http://www.edgeofspace.org/ e tire suas dúvidas, tá ok?
Abraços e boa sorte.
Duda Falcão
- joao fernando
- Sênior
- Mensagens: 5208
- Registrado em: Ter Out 30, 2007 5:53 pm
- Localização: Santa Isabel - SP
- Agradeceram: 29 vezes
Re: Edge Of Space - A Inovadora Iniciativa Paulista
Já entrei vi e gostei. 120,00 0 kit. Pelo menos um modelo em escala que voa, não custa caro e a chance de perder é minima.
E ainda funfa como modelo pra deixar pindurado no teto do escritorio.
Vou criar um grupo de espaço modelismo junto de um projeto social que participo, pertinho de São Jose dos Campos.
E ainda funfa como modelo pra deixar pindurado no teto do escritorio.
Vou criar um grupo de espaço modelismo junto de um projeto social que participo, pertinho de São Jose dos Campos.
Obrigado Lulinha por melar o Gripen-NG
- Brazilian Space
- Intermediário
- Mensagens: 261
- Registrado em: Ter Jun 02, 2009 12:26 am
- Localização: Salvador-BA
- Contato:
Re: Edge Of Space - A Inovadora Iniciativa Paulista
Olá João Fernando!
Interessante essa sua idéia de criar um grupo de espaço modelismo para um projeto social. Desejo-lhe sucesso amigo. Aproveito para convidá-lo a visitar o meu blog "BRAZILIAN SPACE" pelo link abaixo. O mesmo é especializado no Programa Espacial Brasileiro, na Astronomia Brasileira e nas ciências correlatas.
http://brazilianspace.blogspot.com/
Abraços
Duda Falcão
Interessante essa sua idéia de criar um grupo de espaço modelismo para um projeto social. Desejo-lhe sucesso amigo. Aproveito para convidá-lo a visitar o meu blog "BRAZILIAN SPACE" pelo link abaixo. O mesmo é especializado no Programa Espacial Brasileiro, na Astronomia Brasileira e nas ciências correlatas.
http://brazilianspace.blogspot.com/
Abraços
Duda Falcão
- Brazilian Space
- Intermediário
- Mensagens: 261
- Registrado em: Ter Jun 02, 2009 12:26 am
- Localização: Salvador-BA
- Contato:
Re: Edge Of Space - A Inovadora Iniciativa Paulista
Etanol para o Espaço
Olá amigos!
Segue abaixo uma notícia publicada hoje (07/04) no site da “Agência FAPESP” destacando que um grupo particular de pesquisadores, formado em parte por engenheiros que cursam ou cursaram o mestrado profissional em engenharia aeroespacial do IAE vem desenvolvendo motores-foguetes líquidos movidos a combustível “Verde” com o apoio da FAPESP.
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
http://brazilianspace.blogspot.com/
Especiais
Etanol para o Espaço
Por Alex Sander Alcântara
07/04/2010
Empresa brasileira desenvolve
motores para foguetes a base de
etanol, considerado mais seguro do
que a hidrazina, usada atualmente
(divulgação)
Agência FAPESP – O Brasil acumula um atraso de meio século na propulsão de foguetes espaciais em relação aos norte-americanos e russos. Para tentar dar um impulso no setor, há cerca de 15 anos o país iniciou um programa de pesquisa em propulsão líquida e que tem como base o etanol nacional.
O desafio do programa, liderado pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), é movimentar futuros foguetes com um combustível líquido que seja mais seguro do que o propelente à base de hidrazina empregado atualmente. Esse último, cuja utilização é dominada pelo país, é corrosivo e tóxico.
O desafio da busca por um combustível “verde” e nacional também conta com o apoio de um grupo particular de pesquisadores, formado em parte por engenheiros que cursam ou cursaram o mestrado profissional em engenharia aeroespacial do IAE – realizado em parceria com o Instituto Tecnológico da Aeronáutica e com o Instituto de Aviação de Moscou.
Liderado pelo engenheiro José Miraglia, professor da Faculdade de Tecnologia da Informação (FIAP), o grupo se uniu para desenvolver propulsores de foguetes que utilizem propelentes líquidos e testar tais combustíveis.
“Os propelentes líquidos usados atualmente no Brasil estão restritos à aplicação no controle de altitude de satélites e à injeção orbital. Eles têm como base a hidrazina e o tetróxido de nitrogênio, ambos importados, caros e tóxicos”, disse Miraglia à Agência FAPESP.
Miraglia coordena o projeto “Desenvolvimento de propulsor catalítico propelente utilizando pré-misturados”, apoiado pelo Programa FAPESP Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE).
Na primeira fase do projeto, o grupo, em parceria com a empresa Guatifer, testou motores e foguetes de propulsão líquida com impulso de 10 newtons (N), com o objetivo de avaliar propelentes líquidos pré-misturados à base de peróxido de hidrogênio combinado com etanol ou querosene.
“Os testes mostraram que o projeto é viável tecnicamente. Os propulsores movidos com uma mistura de peróxido de hidrogênio e etanol, ambos produzidos em larga escala no Brasil e a baixo custo, apresentaram o melhor rendimento”, disse.
Segundo Miraglia, a mistura apresenta algumas vantagens em relação à hidrazina ou ao tetróxido de nitrogênio, usados atualmente. “Ela é muito versátil, podendo ser utilizada como monopropelente e como oxidante em sistemas bipropelentes e pré-misturados. O peróxido de hidrogênio misturado com etanol apresenta densidade maior do que a maioria dos propelentes líquidos, necessitando de menor volume de reservatório e, conseqüentemente, de menor massa de satélite ou do veículo lançador, além de ser compatível com materiais como alumínio e aço inox”, explicou.
Na segunda fase do projeto, o grupo pretende construir dois motores para foguetes de maior porte, com 100 N e 1000 N. “Nossa intenção é construir um foguete suborbital de sondagem que atinja os 100 quilômetros de altitude e sirva para demonstrar a tecnologia”, disse.
A empresa também está em negociações para uma eventual parceria com o IAE no projeto Sara (Satélite de Reentrada Atmosférica), cujo objetivo é enviar ao espaço um satélite para o desenvolvimento de pesquisas em diversas áreas e especialidades, como biologia, biotecnologia, medicina, materiais, combustão e fármacos.
“Nosso motor seria utilizado na operação de reentrada para desacelerar a cápsula quando ela ingressar na atmosfera. Atualmente, não existe no Brasil foguete de sondagem a propelente líquido. Todos utilizam propelentes sólidos”, disse.
Kits Educativos
O grupo também pretende produzir motores para foguetes de sondagem que tenham baixo custo. “Eles seriam importantes para as universidades, com aplicações em estudos em microgravidade e pesquisas atmosféricas, por exemplo”, disse Miraglia.
Em trabalhos de biotecnologia em microgravidade, por exemplo, pesquisas com enzimas são fundamentais para elucidar processos ligados a reações, fenômenos de transporte de massa e calor e estabilidade das enzimas. Tais processos são muito utilizados nas indústrias de alimentos, farmacêutica e química fina, entre outras.
“Queremos atingir alguns nichos, ou seja, desenvolver um foguete movido a propelente líquido que se possa ajustar à altitude e ser reutilizável. Esse é outro ponto importante, porque normalmente um foguete, depois de lançado, é descartado”, disse.
O grupo já construiu um motor de 250 N, que será utilizado em testes. Como forma de difundir e reunir recursos para o projeto, a empresa comercializa kits de minifoguetes e material técnico. “São direcionados principalmente para estudantes”, disse Miraglia.
No site http://www.foguete.org, a empresa oferece também apostilas técnicas e livros digitais sobre foguetes com informações sobre astronáutica, exploração espacial e aerodinâmica.
Mais informações: http://www.edgeofspace.org
Fonte: Site da Agência FAPESP
Comentário: Como eu havia dito no comentário em meu blog, ta aí um grupo brasileiro pronto e certamente interessado em iniciar uma parceria com empresas russas no setor de motores-foguetes. Apesar da matéria não citar o nome do grupo amigos, trata-se do mesmo grupo “Edge Of Space” da postagem que originou este tópico. Este grupo paulista formado por engenheiros aeronáuticos coordenados pelo engenheiro José Miraglia é um grande exemplo do que se pode fazer nesta área caso haja uma melhor coordenação de esforços em prol do PEB. Outros exemplos existem como o da empresa Acrux Aeroespace Technologies, a Orbital Engenharia que inclusive já trabalha no desenvolvimento de um motor-foguete líquido em parceria com o IAE, entre outros. O grupo "Edge Of Space" vem trabalhando em diversos projetos de motores-foguetes líquidos movidos por combustível verde (mais correto ambientalmente) já há algum tempo e certamente despertaria grande interesse por parte de empresas russas ou de outros países, caso tivessem a oportunidade de participar de um evento empresarial como o promovido pela AEB para o programa GLONASS. O problema da propulsão líquida no país é serio e precisa ser resolvido com urgência, pois dependemos o quanto antes de projetos enxutos, consistentes e bem conduzidos neste setor para que o país possa desenvolver foguetes lançadores que venham atender as nossas necessidades. Chega de inércia, iniciativas já existem no Brasil e precisamos coordená-las com eficiência na busca desse objetivo, pois é inadmissível o Brasil após quase 50 anos de programa espacial continuar dando murro em ponta de faca. Só lembrando, a Coréia do Sul com a ajuda dos russos desenvolveu em sete anos seu foguete lançador.
Olá amigos!
Segue abaixo uma notícia publicada hoje (07/04) no site da “Agência FAPESP” destacando que um grupo particular de pesquisadores, formado em parte por engenheiros que cursam ou cursaram o mestrado profissional em engenharia aeroespacial do IAE vem desenvolvendo motores-foguetes líquidos movidos a combustível “Verde” com o apoio da FAPESP.
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
http://brazilianspace.blogspot.com/
Especiais
Etanol para o Espaço
Por Alex Sander Alcântara
07/04/2010
Empresa brasileira desenvolve
motores para foguetes a base de
etanol, considerado mais seguro do
que a hidrazina, usada atualmente
(divulgação)
Agência FAPESP – O Brasil acumula um atraso de meio século na propulsão de foguetes espaciais em relação aos norte-americanos e russos. Para tentar dar um impulso no setor, há cerca de 15 anos o país iniciou um programa de pesquisa em propulsão líquida e que tem como base o etanol nacional.
O desafio do programa, liderado pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), é movimentar futuros foguetes com um combustível líquido que seja mais seguro do que o propelente à base de hidrazina empregado atualmente. Esse último, cuja utilização é dominada pelo país, é corrosivo e tóxico.
O desafio da busca por um combustível “verde” e nacional também conta com o apoio de um grupo particular de pesquisadores, formado em parte por engenheiros que cursam ou cursaram o mestrado profissional em engenharia aeroespacial do IAE – realizado em parceria com o Instituto Tecnológico da Aeronáutica e com o Instituto de Aviação de Moscou.
Liderado pelo engenheiro José Miraglia, professor da Faculdade de Tecnologia da Informação (FIAP), o grupo se uniu para desenvolver propulsores de foguetes que utilizem propelentes líquidos e testar tais combustíveis.
“Os propelentes líquidos usados atualmente no Brasil estão restritos à aplicação no controle de altitude de satélites e à injeção orbital. Eles têm como base a hidrazina e o tetróxido de nitrogênio, ambos importados, caros e tóxicos”, disse Miraglia à Agência FAPESP.
Miraglia coordena o projeto “Desenvolvimento de propulsor catalítico propelente utilizando pré-misturados”, apoiado pelo Programa FAPESP Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE).
Na primeira fase do projeto, o grupo, em parceria com a empresa Guatifer, testou motores e foguetes de propulsão líquida com impulso de 10 newtons (N), com o objetivo de avaliar propelentes líquidos pré-misturados à base de peróxido de hidrogênio combinado com etanol ou querosene.
“Os testes mostraram que o projeto é viável tecnicamente. Os propulsores movidos com uma mistura de peróxido de hidrogênio e etanol, ambos produzidos em larga escala no Brasil e a baixo custo, apresentaram o melhor rendimento”, disse.
Segundo Miraglia, a mistura apresenta algumas vantagens em relação à hidrazina ou ao tetróxido de nitrogênio, usados atualmente. “Ela é muito versátil, podendo ser utilizada como monopropelente e como oxidante em sistemas bipropelentes e pré-misturados. O peróxido de hidrogênio misturado com etanol apresenta densidade maior do que a maioria dos propelentes líquidos, necessitando de menor volume de reservatório e, conseqüentemente, de menor massa de satélite ou do veículo lançador, além de ser compatível com materiais como alumínio e aço inox”, explicou.
Na segunda fase do projeto, o grupo pretende construir dois motores para foguetes de maior porte, com 100 N e 1000 N. “Nossa intenção é construir um foguete suborbital de sondagem que atinja os 100 quilômetros de altitude e sirva para demonstrar a tecnologia”, disse.
A empresa também está em negociações para uma eventual parceria com o IAE no projeto Sara (Satélite de Reentrada Atmosférica), cujo objetivo é enviar ao espaço um satélite para o desenvolvimento de pesquisas em diversas áreas e especialidades, como biologia, biotecnologia, medicina, materiais, combustão e fármacos.
“Nosso motor seria utilizado na operação de reentrada para desacelerar a cápsula quando ela ingressar na atmosfera. Atualmente, não existe no Brasil foguete de sondagem a propelente líquido. Todos utilizam propelentes sólidos”, disse.
Kits Educativos
O grupo também pretende produzir motores para foguetes de sondagem que tenham baixo custo. “Eles seriam importantes para as universidades, com aplicações em estudos em microgravidade e pesquisas atmosféricas, por exemplo”, disse Miraglia.
Em trabalhos de biotecnologia em microgravidade, por exemplo, pesquisas com enzimas são fundamentais para elucidar processos ligados a reações, fenômenos de transporte de massa e calor e estabilidade das enzimas. Tais processos são muito utilizados nas indústrias de alimentos, farmacêutica e química fina, entre outras.
“Queremos atingir alguns nichos, ou seja, desenvolver um foguete movido a propelente líquido que se possa ajustar à altitude e ser reutilizável. Esse é outro ponto importante, porque normalmente um foguete, depois de lançado, é descartado”, disse.
O grupo já construiu um motor de 250 N, que será utilizado em testes. Como forma de difundir e reunir recursos para o projeto, a empresa comercializa kits de minifoguetes e material técnico. “São direcionados principalmente para estudantes”, disse Miraglia.
No site http://www.foguete.org, a empresa oferece também apostilas técnicas e livros digitais sobre foguetes com informações sobre astronáutica, exploração espacial e aerodinâmica.
Mais informações: http://www.edgeofspace.org
Fonte: Site da Agência FAPESP
Comentário: Como eu havia dito no comentário em meu blog, ta aí um grupo brasileiro pronto e certamente interessado em iniciar uma parceria com empresas russas no setor de motores-foguetes. Apesar da matéria não citar o nome do grupo amigos, trata-se do mesmo grupo “Edge Of Space” da postagem que originou este tópico. Este grupo paulista formado por engenheiros aeronáuticos coordenados pelo engenheiro José Miraglia é um grande exemplo do que se pode fazer nesta área caso haja uma melhor coordenação de esforços em prol do PEB. Outros exemplos existem como o da empresa Acrux Aeroespace Technologies, a Orbital Engenharia que inclusive já trabalha no desenvolvimento de um motor-foguete líquido em parceria com o IAE, entre outros. O grupo "Edge Of Space" vem trabalhando em diversos projetos de motores-foguetes líquidos movidos por combustível verde (mais correto ambientalmente) já há algum tempo e certamente despertaria grande interesse por parte de empresas russas ou de outros países, caso tivessem a oportunidade de participar de um evento empresarial como o promovido pela AEB para o programa GLONASS. O problema da propulsão líquida no país é serio e precisa ser resolvido com urgência, pois dependemos o quanto antes de projetos enxutos, consistentes e bem conduzidos neste setor para que o país possa desenvolver foguetes lançadores que venham atender as nossas necessidades. Chega de inércia, iniciativas já existem no Brasil e precisamos coordená-las com eficiência na busca desse objetivo, pois é inadmissível o Brasil após quase 50 anos de programa espacial continuar dando murro em ponta de faca. Só lembrando, a Coréia do Sul com a ajuda dos russos desenvolveu em sete anos seu foguete lançador.
Re: Edge Of Space - A Inovadora Iniciativa Paulista
Essa empresa está "batendo cabeça", mesmo que a iniciativa seja admirável. O IAE já fez um motor à etanol de 5kN (5000 N). Por que a empresa não se ofereceu para industrializar o motor que já foi feito, ao invés de fazer tudo desde o zero com um motor de 1000 N que é algo pior do que já existe e já foi testado??? Seria mais produtivo para ambos, tanto para o IAE quanto para a empresa, que alocaria recursos para melhorar o projeto já existente...
[]'s a todos.
[]'s a todos.
"Apenas o mais sábio e o menos sábio nunca mudam de opinião."
- Brazilian Space
- Intermediário
- Mensagens: 261
- Registrado em: Ter Jun 02, 2009 12:26 am
- Localização: Salvador-BA
- Contato:
Re: Edge Of Space - A Inovadora Iniciativa Paulista
Olá Delta!DELTA22 escreveu:Essa empresa está "batendo cabeça", mesmo que a iniciativa seja admirável. O IAE já fez um motor à etanol de 5kN (5000 N). Por que a empresa não se ofereceu para industrializar o motor que já foi feito, ao invés de fazer tudo desde o zero com um motor de 1000 N que é algo pior do que já existe e já foi testado??? Seria mais produtivo para ambos, tanto para o IAE quanto para a empresa, que alocaria recursos para melhorar o projeto já existente...
[]'s a todos.
Isso faz parte de um projeto bem maior que não posso divulgar ainda, pois se tudo sair como o esperado mudará a cara do PEB nos próximos anos. A "Edge Of Space" tem tudo para ser umas das líderes desse novo futuro.
Abs
Duda Falcão
Re: Edge Of Space - A Inovadora Iniciativa Paulista
Olá Duda,Brazilian Space escreveu:Olá Delta!
Isso faz parte de um projeto bem maior que não posso divulgar ainda, pois se tudo sair como o esperado mudará a cara do PEB nos próximos anos. A "Edge Of Space" tem tudo para ser umas das líderes desse novo futuro.
Abs
Duda Falcão
Se é para um projeto maior, mais sentido ainda faria pegar o projeto do IAE para queimar etapas e economizar recursos para este "futuro" que você citou.
Faço votos de sucesso para a empresa, mas é preciso olhar melhor os desenvolvimentos já existentes para evitar a replicação de projetos.
[]'s.
"Apenas o mais sábio e o menos sábio nunca mudam de opinião."
- Brazilian Space
- Intermediário
- Mensagens: 261
- Registrado em: Ter Jun 02, 2009 12:26 am
- Localização: Salvador-BA
- Contato:
Re: Edge Of Space - A Inovadora Iniciativa Paulista
Ola Delta!DELTA22 escreveu:Olá Duda,Brazilian Space escreveu:Olá Delta!
Isso faz parte de um projeto bem maior que não posso divulgar ainda, pois se tudo sair como o esperado mudará a cara do PEB nos próximos anos. A "Edge Of Space" tem tudo para ser umas das líderes desse novo futuro.
Abs
Duda Falcão
Se é para um projeto maior, mais sentido ainda faria pegar o projeto do IAE para queimar etapas e economizar recursos para este "futuro" que você citou.
Faço votos de sucesso para a empresa, mas é preciso olhar melhor os desenvolvimentos já existentes para evitar a replicação de projetos.
[]'s.
Veja bem, o projeto dos motores de 100N e 1000N citados na matéria não tem nada haver com o IAE e ambos ja vinham sendo desenvolvidos pela empresa com o apoio da FAPESP, entende? O que aconteceu é que quando o IAE soube disso surgiu a possibilidade deste motor de 1000N que é (se não me engano) bipropolente, ser utilizado pela SARA Suborbital o que está ainda negociação. No entanto, a "Edge Of Space" está com diversos projetos que poderão incluir o IAE e que se levados a sério mudarão o PEB em poucos anos.
Forte abraço
Duda Falcão
- Brazilian Space
- Intermediário
- Mensagens: 261
- Registrado em: Ter Jun 02, 2009 12:26 am
- Localização: Salvador-BA
- Contato:
Re: Edge Of Space - A Inovadora Iniciativa Paulista
Etanol Brasileiro para Propulsão de Foguetes
Olá amigos!
Segue abaixo uma pequena nota publicada hoje (15/04) no “Jornal do Brasil”destacando o Brasil está desenvolvendo motores-foguetes líquidos movidos a Etanol.
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
http://brazilianspace.blogspot.com/
Etanol Brasileiro para Propulsão de Foguetes
Jornal do Brasil
15/04/2010
O Brasil vem desenvolvendo um programa de pesquisa em propulsão líquida para foguetes, que tem como base o etanol nacional. O desafio do projeto, liderado pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), é movimentar futuros foguetes com um combustível líquido que seja mais seguro do que o propelente à base de hidrazina empregado atualmente. Esse último, cuja utilização é dominada pelo país, é corrosivo e tóxico.
A meta é possibilitar o aprimoramento de uma indústria brasileira para a produção de motores de foguetes. A propulsão sólida já garantiu o início da era espacial no Brasil, graças aos trabalhos realizados há mais de 40 anos, tornando o IAE capaz de produzir e lançar foguetes para fins científicos, como os veículos lançadores e foguetes de sondagem.
O desafio da busca por um combustível verde e nacional também conta com o apoio de um grupo particular de pesquisadores, formado em parte por engenheiros que cursam ou cursaram o mestrado profissional em engenharia aeroespacial do IAE realizado em parceria com o Instituto Tecnológico da Aeronáutica e com o Instituto de Aviação de Moscou.
O IAE planeja lançar o primeiro foguete entre 2013 e 2015, o que representará o domínio do ciclo completo dessa tecnologia para projetar, fabricar, testar e operar motores a propulsão líquida.
Fonte: Jornal do Brasil - 15-04-2010
Comentário: Tudo nos leva a crer leitor que esse grupo particular ao qual esta notícia se refere é o "Edge Of Space", já abordado por diversas vezes aqui no blog. Tenham certeza que se realmente esse grupo de engenheiros coordenado pelo engenheiro José Miraglia estiverem à frente desse projeto as perspectivas de sucesso nos próximos anos aumentam em muito as chances de termos nossos lançadores de satélites. A competência desses profissionais é extraordinária e com recursos a disposição eles vão fazer a diferença. No entanto, é apenas uma suposição que o blog ainda haverá de averiguar.
Olá amigos!
Segue abaixo uma pequena nota publicada hoje (15/04) no “Jornal do Brasil”destacando o Brasil está desenvolvendo motores-foguetes líquidos movidos a Etanol.
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
http://brazilianspace.blogspot.com/
Etanol Brasileiro para Propulsão de Foguetes
Jornal do Brasil
15/04/2010
O Brasil vem desenvolvendo um programa de pesquisa em propulsão líquida para foguetes, que tem como base o etanol nacional. O desafio do projeto, liderado pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), é movimentar futuros foguetes com um combustível líquido que seja mais seguro do que o propelente à base de hidrazina empregado atualmente. Esse último, cuja utilização é dominada pelo país, é corrosivo e tóxico.
A meta é possibilitar o aprimoramento de uma indústria brasileira para a produção de motores de foguetes. A propulsão sólida já garantiu o início da era espacial no Brasil, graças aos trabalhos realizados há mais de 40 anos, tornando o IAE capaz de produzir e lançar foguetes para fins científicos, como os veículos lançadores e foguetes de sondagem.
O desafio da busca por um combustível verde e nacional também conta com o apoio de um grupo particular de pesquisadores, formado em parte por engenheiros que cursam ou cursaram o mestrado profissional em engenharia aeroespacial do IAE realizado em parceria com o Instituto Tecnológico da Aeronáutica e com o Instituto de Aviação de Moscou.
O IAE planeja lançar o primeiro foguete entre 2013 e 2015, o que representará o domínio do ciclo completo dessa tecnologia para projetar, fabricar, testar e operar motores a propulsão líquida.
Fonte: Jornal do Brasil - 15-04-2010
Comentário: Tudo nos leva a crer leitor que esse grupo particular ao qual esta notícia se refere é o "Edge Of Space", já abordado por diversas vezes aqui no blog. Tenham certeza que se realmente esse grupo de engenheiros coordenado pelo engenheiro José Miraglia estiverem à frente desse projeto as perspectivas de sucesso nos próximos anos aumentam em muito as chances de termos nossos lançadores de satélites. A competência desses profissionais é extraordinária e com recursos a disposição eles vão fazer a diferença. No entanto, é apenas uma suposição que o blog ainda haverá de averiguar.