Na verdade, a criação de empregos para a montagem dos caças, não é um numero significativo de vagas.orestespf escreveu:Olá Hélio,helio escreveu: Gustavo
Gostaria só de esclarecer que os franceses oferecem apenas a MONTAGEM dos 36 Rafale, por favor não confunda montagem com fabricação
Foi exatamente isto que o vice-presidente da Dassault afirmou na entrevista coletiva com a imprensa brasileira. No fundo no fundo, será igual a Helibrás hoje, que monta kits de helis na escala 1:1
Abraços
Hélio
percebe-se nitidamente que o que o governo quer é geração de empregos, isto pode ser comprovado com as compras dos hélis recentemente. Assim sendo, a palavra correta é produção local, não importando, sob a ótica do governo, se será montagem ou fabricação de fato.
Desta forma, novamente sob a ótica do governo, qual seria a resposta para: o que "pesa" mais, montagem completa (ou quase) de um dado produto ou fabricação (real) de algumas poucas partes deste produto?
Já cansei de falar aqui, a expressão "transferência de tecnologia" deve ser lida com todo cuidado, para o governo isto significa abrir portas, criar oportunidades. Assim, cabe ao empresário investir (muito) para se ter a tal tecnologia que se pretende. Esqueça este papo que o governo vai pagar esta conta, não vai mesmo. Porém acredito (insisto, acredito) que o governo pagará para que a FAB, por exemplo, tenha acesso amplo a certas tecnologias, aquelas que ela julga essencial. Por exemplo, não sei se a FAB tem interesse em tecnologias de construção de asas para seu FX-2; claramente o governo não. Sei que a Embraer tem interesse total, cabe ao governo criar condição para que ela tenha acesso a tecnologia, cabe a Embraer enfiar a mão no bolso e pagar por ela.
Grande abraço,
Orestes
A Dassault por exemplo, fabrica partes do Rafale em 6 fábricas diferentes espalhados pela França, e quando tudo estiver pronto, estes componentes vão para Bordeaux, para a montagem final.
A montagem final demora 6 meses, e mais 2 meses para testes de voo e um para a entrega, dando um total de nove meses. A cadeia de entregas é de 11 por ano.
Na proposta entregue ao Brasil, contempla montar no Brasil a partir do sétimo avião, com duração de montagem de 6 meses(mão de obra brasileira). Os testes de voo e cheques pré-entrega serão realizados por técnicos franceses. O numero de mão-de-obra envolvidos de forma direta não ultrapassaria meia centena.
comentei isto pois é muito comum confundir montagem com fabricação de caças.
Quanto a quem vai pagar a conta,o governo ou o empresariado, sou da opinião que o governo deveria assumir e capitanear toda transferencia de tecnologia, pois ao deixarmos na mão de empresas privadas, correriamos o risco de perder este know how se porventura a empresa falir (ENGESA ). Acredite se quiser o CTEx não possui arquivados nada do que se refere aos produtos ENGESA. O caso da Motopeças, apesar da empresa ainda existir não querem mais investir na área militar, e consequentemente todo o projeto do Charrua por exemplo foi pro espaço.
Assim acho de suma importancia que tenha uma clausula obrigando que todo projeto desenvolvido através desta transferencia de tecnologia seja feita em conjnto com o CTA .
Ábraços
Hélio