Super-Tucano: americanos de olho.
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Re: Super-Tucano: americanos de olho.
Nõ vejo maiores problemas aì: não é nenhum F-22...
Tento apenas ser coerente: quando os EMB-312 foram feitos no Egito para este e o Iraque, o fato é que a EMBRAER pôde anunciar que havia vendido mais 120 Tucanos, achei tri e eles até hoje contam entre os Tucanos produzidos; se fizerem 100 ou mais nos EUA, ainda assim serão produtos que a EMBRAER igualmente poderá citar como seus, e com a griffe USAF ainda por cima...
Tento apenas ser coerente: quando os EMB-312 foram feitos no Egito para este e o Iraque, o fato é que a EMBRAER pôde anunciar que havia vendido mais 120 Tucanos, achei tri e eles até hoje contam entre os Tucanos produzidos; se fizerem 100 ou mais nos EUA, ainda assim serão produtos que a EMBRAER igualmente poderá citar como seus, e com a griffe USAF ainda por cima...
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: Super-Tucano: americanos de olho.
Como eu disse guasca velho, é só semântica. Continua um produto EMBRAER, feito com know-how brasileiro, ainda que feito/montado/maquiado/parafusado/whatever lá nos States.Túlio escreveu:Nõ vejo maiores problemas aì: não é nenhum F-22...
Tento apenas ser coerente: quando os EMB-312 foram feitos no Egito para este e o Iraque, o fato é que a EMBRAER pôde anunciar que havia vendido mais 120 Tucanos, achei tri e eles até hoje contam entre os Tucanos produzidos; se fizerem 100 ou mais nos EUA, ainda assim serão produtos que a EMBRAER igualmente poderá citar como seus, e com a griffe USAF ainda por cima...
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Re: Super-Tucano: americanos de olho.
Hader, possivelmente deve ter te interpretado mal. Achei que você estava sugerindo que um eventual Super Tucano para os EUA seria muito menos "brasileiro" que os nossos próprios Super Tucanos.
Abraços
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- lobo_guara
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Re: Super-Tucano: americanos de olho.
Havia sim essa promessa meu caro Palpiteiro e a mesma foi amplamente divulgado pela imprensa na época, rendeu até uma temporada da esquadrilha da fumaça nos EUA para divulgar o avião brasileiro (acho até que foi a primeira "temporada" do EDA no hemisfério norte). A bem da verdade na época (início dos anos 90) a embraer estava propondo o EMB-312H derivado do Tucanão da RAF, para o programa JPATS (Joint Primary Aircraft Training System), que visava a adoção de uma aeronave comum para a USAF e a USNavy. Agora se continuares com dúvida procure informações nas revistas da época que com certeza irás encontrar um vasto material a cerca do assunto, haja vista que os desdobramentos do caso SIVAM renderam até mesmoo pedido de demissão do ministro da aeronáutica da época.Palpiteiro escreveu:Caro Lobo Guará,
Nunca houve nenhum acordo ou promessa do governo norte-americano de adquirir aeronaves de treinamento da Embraer caso o Brasil selecionasse a Raytheon para o SIVAM.
Um abraço,
Palpiteiro
Deve, pois, um príncipe não ter outro objetivo nem outro pensamento, nem tomar qualquer outra coisa por fazer, senão a guerra e a sua organização e disciplina, pois que é essa a única arte que compete a quem comanda. (Machiavelli)
- lobo_guara
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Re: Super-Tucano: americanos de olho.
oras,oras, se mesmo havendo diversos setores do executivo e do congresso americano favoráveis a redução dos subisídios para os produtores de etanol americano e com o fim da sobretaxa sobre o etanol brasileiro, estes não consseguem superar a pressão realizada pelos lobbystas sobre o governo americano, será que conseguirão superar o lobby do setor bélico americano e passar a importar aeronaves do Brasil em detrimento de um produto que pode ser desenvolvido pela indústria americana? Acho díficil, pois os americanos não costumam recuar um centimetro dos seus interesses por isso não costumam fazer acordos, já que eles normalmente impõe suas vontades através do seu poder econômico, político ou militar. Aliás sempre lembrando que o candidato da sucursal de Washington esta liderando as pesquisas no Brasil, portanto não dúvido que toda essa história de acordo militar com os EUA não sirva apenas de manobra diversionista afim de ganhar tempo para levar o FX2.
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Re: Super-Tucano: americanos de olho.
O EMB-312h Não é derivado do Tucano RAF (Shorts Tucano), mas sim do EMB-312.lobo_guara escreveu:Havia sim essa promessa meu caro Palpiteiro e a mesma foi amplamente divulgado pela imprensa na época, rendeu até uma temporada da esquadrilha da fumaça nos EUA para divulgar o avião brasileiro (acho até que foi a primeira "temporada" do EDA no hemisfério norte). A bem da verdade na época (início dos anos 90) a embraer estava propondo o EMB-312H derivado do Tucanão da RAF, para o programa JPATS (Joint Primary Aircraft Training System), que visava a adoção de uma aeronave comum para a USAF e a USNavy. Agora se continuares com dúvida procure informações nas revistas da época que com certeza irás encontrar um vasto material a cerca do assunto, haja vista que os desdobramentos do caso SIVAM renderam até mesmoo pedido de demissão do ministro da aeronáutica da época.Palpiteiro escreveu:Caro Lobo Guará,
Nunca houve nenhum acordo ou promessa do governo norte-americano de adquirir aeronaves de treinamento da Embraer caso o Brasil selecionasse a Raytheon para o SIVAM.
Um abraço,
Palpiteiro
Sds,
Cassio
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Re: Super-Tucano: americanos de olho.
Caro Lobo Guará,lobo_guara escreveu:Havia sim essa promessa meu caro Palpiteiro e a mesma foi amplamente divulgado pela imprensa na época, rendeu até uma temporada da esquadrilha da fumaça nos EUA para divulgar o avião brasileiro (acho até que foi a primeira "temporada" do EDA no hemisfério norte). A bem da verdade na época (início dos anos 90) a embraer estava propondo o EMB-312H derivado do Tucanão da RAF, para o programa JPATS (Joint Primary Aircraft Training System), que visava a adoção de uma aeronave comum para a USAF e a USNavy. Agora se continuares com dúvida procure informações nas revistas da época que com certeza irás encontrar um vasto material a cerca do assunto, haja vista que os desdobramentos do caso SIVAM renderam até mesmoo pedido de demissão do ministro da aeronáutica da época.Palpiteiro escreveu:Caro Lobo Guará,
Nunca houve nenhum acordo ou promessa do governo norte-americano de adquirir aeronaves de treinamento da Embraer caso o Brasil selecionasse a Raytheon para o SIVAM.
Um abraço,
Palpiteiro
Não tenho nenhuma dúvida quanto ao que afirmei.
Portanto, repito: Nunca houve nenhum acordo, promessa, proposta ou coisa que o valha do governo norte-americano em selecionar o Super-Tucano para o Programa JPATS.
Nenhum governo ofereceria uma contrapartida no valor de 4 bilhões para que uma empresa americana recebesse um contrato de cerca de 1 bilhão de dólares. (parte da Raytheon no contrato).
Ainda mais, a própria Raytheon estava concorrendo ao JPATS.
Tenho uma certa dificuldade em lhe fornecer provas negativas, ou seja, provar que não existia uma vinculação do SIVAM ao JPATS.
Agradeceria se você me indicasse onde posso encontrar a prova positiva, i.e., qualquer coisa que comprove que havia essa vinculação.
Um abraço,
Palpiteiro
- lobo_guara
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Re: Super-Tucano: americanos de olho.
Pode procurar no arquivo público por jornais da época se quiseres, pois no início dos anos 90a internet não era muito popular nesse hemisfério, mas tenhas certeza que não sonhei com isso, talvez o pessoal mais antigo aqui do DB possa ajudar, acredito que exista referência na revista T&D, onde tenho quase certeza li algum artigo nota a esse respeito, infelizmente em função da falta de espaço tive que desfazer-me de parte dessas revistas. Aliás lembro que na época da viagem do EDA aos EUA (referida no post anterior), ouve uma matéria jornalística da Globo fazendo referência a possibilidade de negócio envolvendo o ST e o SIVAN, mas bueno são lembranças, agora como tu mesmo dizes se queres provas... diga-me de onde tiras toda essa tua certeza..., eu posso afirmar uma coisa não costumo sonhar com essas histórias e não recebo um só centavo para participar desse fórum, para mim tudo não passa de um hobby portanto poupe-me do stress pois não preciso provar nada para você, pois entendo que nesse caso minha palavra basta, pois não estou discutindo nenhuma especificação técnica, análise estratégica ou mesmo uma opinião particular mas apenas relatando um fato ao qual tive acesso a tempos atrás (mais de 10, 15 anos e que com certeza também outros participantes aqui do DB tiveram) portanto se quiseres discutir isso por favor busque embasar tua contestação em provas concretas antes de colocar em dúvida a minha palavra.Palpiteiro escreveu:Caro Lobo Guará,lobo_guara escreveu: Havia sim essa promessa meu caro Palpiteiro e a mesma foi amplamente divulgado pela imprensa na época, rendeu até uma temporada da esquadrilha da fumaça nos EUA para divulgar o avião brasileiro (acho até que foi a primeira "temporada" do EDA no hemisfério norte). A bem da verdade na época (início dos anos 90) a embraer estava propondo o EMB-312H derivado do Tucanão da RAF, para o programa JPATS (Joint Primary Aircraft Training System), que visava a adoção de uma aeronave comum para a USAF e a USNavy. Agora se continuares com dúvida procure informações nas revistas da época que com certeza irás encontrar um vasto material a cerca do assunto, haja vista que os desdobramentos do caso SIVAM renderam até mesmoo pedido de demissão do ministro da aeronáutica da época.
Não tenho nenhuma dúvida quanto ao que afirmei.
Portanto, repito: Nunca houve nenhum acordo, promessa, proposta ou coisa que o valha do governo norte-americano em selecionar o Super-Tucano para o Programa JPATS.
Nenhum governo ofereceria uma contrapartida no valor de 4 bilhões para que uma empresa americana recebesse um contrato de cerca de 1 bilhão de dólares. (parte da Raytheon no contrato).
Ainda mais, a própria Raytheon estava concorrendo ao JPATS.
Tenho uma certa dificuldade em lhe fornecer provas negativas, ou seja, provar que não existia uma vinculação do SIVAM ao JPATS.
Agradeceria se você me indicasse onde posso encontrar a prova positiva, i.e., qualquer coisa que comprove que havia essa vinculação.
Um abraço,
Palpiteiro
Deve, pois, um príncipe não ter outro objetivo nem outro pensamento, nem tomar qualquer outra coisa por fazer, senão a guerra e a sua organização e disciplina, pois que é essa a única arte que compete a quem comanda. (Machiavelli)
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Re: Super-Tucano: americanos de olho.
Pode procurar no arquivo público por jornais da época se quiseres, pois no início dos anos 90a internet não era muito popular nesse hemisfério, mas tenhas certeza que não sonhei com isso, talvez o pessoal mais antigo aqui do DB possa ajudar, acredito que exista referência na revista T&D, onde tenho quase certeza li algum artigo nota a esse respeito, infelizmente em função da falta de espaço tive que desfazer-me de parte dessas revistas. Aliás lembro que na época da viagem do EDA aos EUA (referida no post anterior), ouve uma matéria jornalística da Globo fazendo referência a possibilidade de negócio envolvendo o ST e o SIVAN, mas bueno são lembranças, agora como tu mesmo dizes se queres provas... diga-me de onde tiras toda essa tua certeza..., eu posso afirmar uma coisa não costumo sonhar com essas histórias e não recebo um só centavo para participar desse fórum, para mim tudo não passa de um hobby portanto poupe-me do stress pois não preciso provar nada para você, pois entendo que nesse caso minha palavra basta, pois não estou discutindo nenhuma especificação técnica, análise estratégica ou mesmo uma opinião particular mas apenas relatando um fato ao qual tive acesso a tempos atrás (mais de 10, 15 anos e que com certeza também outros participantes aqui do DB tiveram) portanto se quiseres discutir isso por favor busque embasar tua contestação em provas concretas antes de colocar em dúvida a minha palavra.[/quote]lobo_guara escreveu:[ quote="Palpiteiro"]Caro Lobo Guará,lobo_guara escreveu: Havia sim essa promessa meu caro Palpiteiro e a mesma foi amplamente divulgado pela imprensa na época, rendeu até uma temporada da esquadrilha da fumaça nos EUA para divulgar o avião brasileiro (acho até que foi a primeira "temporada" do EDA no hemisfério norte). A bem da verdade na época (início dos anos 90) a embraer estava propondo o EMB-312H derivado do Tucanão da RAF, para o programa JPATS (Joint Primary Aircraft Training System), que visava a adoção de uma aeronave comum para a USAF e a USNavy. Agora se continuares com dúvida procure informações nas revistas da época que com certeza irás encontrar um vasto material a cerca do assunto, haja vista que os desdobramentos do caso SIVAM renderam até mesmoo pedido de demissão do ministro da aeronáutica da época.
Não tenho nenhuma dúvida quanto ao que afirmei.
Portanto, repito: Nunca houve nenhum acordo, promessa, proposta ou coisa que o valha do governo norte-americano em selecionar o Super-Tucano para o Programa JPATS.
Nenhum governo ofereceria uma contrapartida no valor de 4 bilhões para que uma empresa americana recebesse um contrato de cerca de 1 bilhão de dólares. (parte da Raytheon no contrato).
Ainda mais, a própria Raytheon estava concorrendo ao JPATS.
Tenho uma certa dificuldade em lhe fornecer provas negativas, ou seja, provar que não existia uma vinculação do SIVAM ao JPATS.
Agradeceria se você me indicasse onde posso encontrar a prova positiva, i.e., qualquer coisa que comprove que havia essa vinculação.
Um abraço,
Palpiteiro
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Prezado Lobo,
Eu também nunca li nada a respeito de algum compromisso entre o SIVAM e o JPATS (http://en.wikipedia.org/wiki/Joint_Prim ... ing_System).
O JPATS foi um processo competitivo no qual RFP foi enviado a empresas americanas:
A Raytheon foi declarada vencedora no SIVAM em julho de 1994, portanto logo depois do inicio do processo do JPATS.The JPATS selection process began on 18 May 1994, when the RFP was issued. Seven contractors responded to the JPATS RFP:
- Beechcraft, part of Raytheon.
- Cessna.
- Lockheed, merged with Martin Marietta in 1995 to form Lockheed Martin.
- Northrop, merged with Grumman in 1994 to form Northrop Grumman.
- Grumman, merged with Northrop in 1994 to form Northrop Grumman.
- Rockwell (worked with MBB/DASA for JPATS).
- Vought, originally part of LTV, bought by Northrop in 1992.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/bras ... 4974.shtmlEm julho de 1994, venceu sua concorrente francesa Thales (ex-Thomson) no processo de seleção para o Sivam.
Os fabricantes americanos que não possuiam aeronaves nessa categoria se associaram a empresas estrangeira e os sete apresentaram propostas:
1) Cessna 526 CitationJet
2) Vought Pampa 2000 Vought (initially LTV, then owned by Northrop (1992), then part of Northrop Grumman (1994)) with heavily modified FMA IA63 called Pampa 2000.
3) SIAI Marchetti S.211 partnered with Grumman; (Northrop Grumman)*
4) Rockwell Ranger 2000
5) Lockheed T-Bird II,partnered with Aermachhi for Aermacchi MB-339; note in 1995 Lockheed merged to be come Lockheed Martin.
6) Embraer EMB-312H Super Tucano partnered with Northrop; (Northrop Gumman)*. Special Super Tucano with better engine and other improvements (aka Tucano II).
7) Beech-Pilatus PC-9 Mk 2, which won the competition. The PC-9 Mk 2 had a 70% redesign by Beechcraft and was further developed into, and entered service as, the T-6 Texan II, made by Raytheon (which owned Beechcraft from 1980 to 2007).
No final, em 1995, a proposta da Beech-Pilatus (suiça*) ganhou, inclusive de candidatos 100% americanos como o
Cessna 526 Citationjet, ou o Rockwell Ranger 2000 (em parceria com a DASA alemã).
Cessna 526 Citationjet
Rockwell Ranger 2000
* Só por curiosidade, em 1992 a Suiça selecionou o F/A-18C como substituto do Mirage III. Foi um contrato de 34 unidades. Algumas vezes mais caro do que o SIVAM.
[]s
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
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- lobo_guara
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Re: Super-Tucano: americanos de olho.
Então dêm uma olhada na entrevista realizada pela Gazeta Mercantil de 07/01/2009 pag 6, relativa ao FX-2 onde o entrevistador faz clara referência a esse fato, essa mesma referência também pode ser obtida em alguns blogs e também no Defesanet, agora trata-se de um assunto de +de15 anos atrás portanto muito difícil de encontrar referências na INTERNET. Outro fator que não contribui é que esse acordo não era um acordo formal (contratado) mas ao que parce trava-se de um acordo político portanto informal, mas esse assunto (a volta dada pela Raytheon na Embraer no JPATS) também foi debatido durante a CPI que investigou o caso SIVAM, mas tenha certeza, não sonhei com essa história mas como talve seja mais velho lembro de haver lido essas notícias na época em revistas, tele-jornais, etc, pois assim como atualmente são publicadas notícias sobre o FX também naquela época eram públicadas notícias a respeito do SIVAM.
Deve, pois, um príncipe não ter outro objetivo nem outro pensamento, nem tomar qualquer outra coisa por fazer, senão a guerra e a sua organização e disciplina, pois que é essa a única arte que compete a quem comanda. (Machiavelli)
Re: Super-Tucano: americanos de olho.
Esta coisa de SIVAM e JPATS existiu sim. Não foi oficial no sentido de ter sido colocada no papel pela Raytheon, mas o lobby político do Tio colocou sim esta possibilidade na mesa. Foi inclusive extensamente usada pela turma do governo brasileiro para justificar o injustificável. Mas não era uma proposta da Raytheon, tinha apenas o "aval de boa fé" do governo americano na ocasião.
But, é preciso ficar claro que os tempos agora são outros, o governo americano é outro e o mundo mudou pacas gente.
[]'s
But, é preciso ficar claro que os tempos agora são outros, o governo americano é outro e o mundo mudou pacas gente.
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Re: Super-Tucano: americanos de olho.
- Como seria possível a compra direta de um fabricante estrangeiro, sem um acordo militar amplo com os EUA? O Brasil não tinha e não tem esse acordo. Estão querendo fechar um acordo desse tipo agora para ter acesso ao enorme mercado militar americano (Super Tucano).Hader escreveu:Esta coisa de SIVAM e JPATS existiu sim. Não foi oficial no sentido de ter sido colocada no papel pela Raytheon, mas o lobby político do Tio colocou sim esta possibilidade na mesa. Foi inclusive extensamente usada pela turma do governo brasileiro para justificar o injustificável. Mas não era uma proposta da Raytheon, tinha apenas o "aval de boa fé" do governo americano na ocasião.
But, é preciso ficar claro que os tempos agora são outros, o governo americano é outro e o mundo mudou pacas gente.
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- RFP só foi emitido para empresas americanas. A Embraer e nenhuma empresa estrangeira recebeu RFP do JPATS.
As notícias mais antigas nunca mencionaram nem uma única linha sobre alguma vinculação entre JPATS e SIVAM. Os problemas eram de outra ordem. Fazer essa conexão agora, mais de 10 anos depois da escolha da Raytheon, sem algo concreto e novo, fica complicado.
-------------------------------------São Paulo, terça-feira, 23 de julho de 2002
LOBBY INTERNACIONAL
Casa Branca teve acesso a informações sigilosas; militar brasileiro colaborou para que Raytheon vencesse
Espionagem deu Sivam a empresa dos EUA
MARCIO AITH
DE WASHINGTON
Espionagem do governo dos EUA e a ajuda de um militar brasileiro garantiram à companhia norte-americana Raytheon a conquista do Sivam (Sistema de Vigilância da Amazônia), projeto de US$ 1,4 bilhão de proteção da bacia amazônica que será inaugurado na quinta-feira em Manaus.
Documentos oficiais dos Estados Unidos revelam que, em junho e em julho de 1994, nas semanas que antecederam a apresentação final das duas propostas finalistas do processo de seleção do Sivam, a Casa Branca soube, por meio de "fontes dos serviços de inteligência", que as condições de financiamento oferecidas de forma sigilosa pela francesa Thomson-CSF (que mudou seu nome para Thales em 2000) eram melhores que as da Raytheon.
Com base nessa descoberta, diplomatas americanos reuniram-se sigilosamente com o tenente-brigadeiro Marcos Antônio de Oliveira, então coordenador do processo de seleção da empresa que forneceria equipamentos ao Sivam, e, todos juntos, puseram em prática uma estratégia que melhorou a proposta da Raytheon e garantiu sua vitória. Hoje, Oliveira é o chefe do Estado-Maior da Aeronáutica.
Os documentos, cerca de 400, são do Departamento de Estado, do Departamento de Comércio, da CIA (agência de inteligência) e da embaixada dos EUA no Brasil. Foram obtidos pela Folha ao longo dos últimos três anos com base na lei norte-americana da liberdade da informação -"Freedom of Information Act". Outros cem papéis sobre o Sivam foram total ou parcialmente censurados.
Financiamento
Um dos papéis em poder da Folha é um ofício enviado em 5 de julho de 94 por Daniel Tarullo, vice-assistente-especial para Política Econômica do ex-presidente Bill Clinton, a Joan E. Spero, então subsecretária de Estado para Assuntos Econômicos, oito dias antes da segunda e última apresentação da fase final das propostas das companhias finalistas.
"Fontes dos serviços de inteligência confirmaram que, enquanto o governo brasileiro vê o pacote da Raytheon como sendo tecnologicamente superior ao da Thomson, os franceses ofereceram um financiamento mais abrangente e atraente", diz ele.
Outro documento -telegrama enviado a Washington pelo então embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Melvin Levitsky- mostra que os EUA já monitoravam a proposta francesa quase um mês antes, em 13 de junho.
"A empresa americana que concorre na licitação, a Raytheon, ocupa posição forte em termos de tecnologia, posição moderadamente fraca em termos de preço e muito fraca com relação a financiamento... Segundo a Raytheon, o diferencial de preço relativamente pequeno, entre 10% e 15%, poderia ser superado com base na proposta tecnológica superior da Raytheon, desde que fosse possível reduzir significativamente ou eliminar a diferença no financiamento. Resta pouco tempo para melhorar a posição competitiva da equipe norte-americana."
A oferta do Eximbank -banco oficial dos EUA que financia exportações de empresas do país-, diferentemente da francesa, não cobria a aquisição de cinco aviões de aviso precoce, porque seus estatutos proíbem o financiamento de equipamentos com uso militar. Esses aviões usam radares aerotransportados e eram avaliados na época em US$ 78 milhões.
O Eximbank, que tem administração independente, dizia que só poderia financiar a aquisição se o Brasil fornecesse uma carta atestando que tais aeronaves teriam como propósito essencial o controle de drogas, e não uso militar.
A direção da Raytheon, o Departamento de Comércio, o Departamento de Estado e diplomatas dos EUA no Brasil concluíram, então, que o governo brasileiro precisaria declarar, por escrito, que os aviões seriam usados para fins de combate ao narcotráfico.
Para obter tal documento, diplomatas americanos conversaram várias vezes, sigilosamente, com Oliveira, que, embora tenha relutado no início apontando restrições constitucionais e inibições pessoais, acabou cedendo.
"Sigilo"
Em 93, Oliveira fora um dos militares que convencera o presidente Itamar Franco a dispensar licitação pública para o Sivam sob o argumento de que outros governos poderiam ter acesso a dados sensíveis brasileiros e comprometer a segurança nacional. Itamar acabou conduzindo um processo de seleção sigiloso para o qual, segundo depoimento feito por Oliveira no Congresso Nacional em 1995, foram respeitados o "sigilo" e todos os concorrentes foram tratados de forma igual.
No entanto, os documentos dos EUA mostram uma realidade diferente quanto ao sigilo das informações e o equilíbrio de garantias entre os concorrentes.
Em junho de 94, num encontro entre Oliveira e a conselheira comercial dos EUA no Rio, Dar-Jalane Pribyl, o militar brasileiro recebeu da diplomata americana um "rascunho" de uma carta que deveria ser assinada pelo então ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Almirante Flores, para convencer o Eximbank a melhorar sua proposta de financiamento.
Oliveira aceitou o rascunho e entregou a Pribyl um memorando interno do governo brasileiro, com teor semelhante ao texto do rascunho, que enviara a Flores.
O fato foi relatado em telegrama, de 28 junho de 94, ao Departamento de Estado pelo cônsul dos EUA no Rio, David Zweifel. "A conselheira comercial Pribyl apresentou ao brigadeiro Oliveira a sugestão de um rascunho (...). [Oliveira" forneceu a Pribyl o teor de um memorando "confidencial" que enviara ao ministro dos assuntos estratégicos, Flores."
A Raytheon foi anunciada vencedora em 21 de julho de 94. O governo e os militares brasileiros atestaram ao Congresso que os fatores determinantes para o resultado foram a forma e o valor do financiamento do Eximbank.
São Paulo, terça-feira, 28 de maio de 2002
AMAZÔNIA
"Não achamos nada de novo", diz relator; responsável por requerimento diz que governo "conseguiu abafar" escândalo
Sem conclusão, CPI do Sivam termina hoje
ANDRÉA MICHAEL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O primeiro grande escândalo do governo Fernando Henrique Cardoso, que derrubou um ministro e dois assessores presidenciais, dá seus últimos suspiros. O enterro está marcado para hoje, data da última sessão da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Sivam, instalada para apurar acusações de corrupção e tráfico de influência no contrato de US$ 1,4 bilhão para a criação do Sistema de Vigilância da Amazônia.
"Fizemos um serviço de Sherlock Holmes. Procuramos, procuramos, mas não achamos nada de novo", declarou o deputado Confúcio Moura (PMDB-RO), relator da comissão.
Em suas conclusões, Moura limitou-se a encaminhar cópia de seu trabalho -um resumo de informações requentadas- ao Ministério Público Federal, que acompanha o caso desde 96 e não denunciou ninguém.
"O governo usou sua maioria e conseguiu mais uma vez abafar esse escândalo", declarou o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), responsável pelo requerimento que, em 1996, aprovou a instalação da CPI.
Raytheon
O escândalo do Sivam estourou em 1995, com o vazamento de gravações, feitas pela Polícia Federal, de conversas entre o embaixador Júlio César Gomes dos Santos e o empresário José Afonso Assumpção. Nos diálogos gravados, ambos defendiam os interesses da empresa americana Raytheon, que arrematou, sem licitação, o contrato de US$ 1,4 bilhão do Sivam.
Também acertaram os detalhes de uma viagem do embaixador aos Estados Unidos. Ele foi de carona em um avião do empresário e participou de uma solenidade da Raytheon.
Gomes dos Santos, que na época era chefe do Cerimonial de FHC, foi acusado de tráfico de influência em benefício da empresa, da qual Assumpção é o representante no Brasil.
Também nas conversas surgiu o nome do então ministro da Aeronáutica, brigadeiro Mauro Gandra, que estava na linha de frente das negociações do Sivam. O empresário Assumpção contou ao embaixador que recebera Gandra em sua casa, em Belo Horizonte, por dois dias.
FHC ficou sabendo do caso por intermédio de Francisco Graziano, seu ex-secretário particular no Palácio e que, na época do grampo da PF, era presidente do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária).
Resultado da confusão: Graziano, Gandra e Santos deixaram o governo. E o projeto se transformou em alvo de investigações na Câmara, no Senado e no Ministério Público Federal.
Prioridade
O Sivam é um projeto complexo e tido como fundamental para controlar os 5,2 milhões de quilômetros quadrados da Amazônia. Quando estiver plenamente implantado, em novembro -a data inicial era julho-, vai monitorar o espaço aéreo e terrestre, produzindo informações para orientar, entre outras ações, o combate ao narcotráfico e ao desmatamento.
Pela sua importância, mas principalmente pelas dores de cabeça que causou ao governo, o Sivam transformou-se em prioridade de FHC para o final de seu segundo mandato.
Com o aval do palácio, o Ministério da Defesa conseguiu aprovar, na Comissão de Orçamento, um crédito suplementar de R$ 360 milhões para o Sivam, um reforço nos R$ 108 milhões previstos inicialmente para 2002.
Quanto aos protagonistas, sua vacância na administração pública durou pouco. Desde 1997, o embaixador Santos mora em Roma. É o representante do Brasil na FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação). Graziano elegeu-se deputado federal pelo PSDB. Gandra integra os quadros da Universidade Estácio de Sá, no Rio de Janeiro, como responsável pela formação de pilotos e gestores de companhias aéreas.
Fraude
As suspeitas sobre irregularidades no Sivam começaram antes mesmo do grampo da PF. A empresa Esca, selecionada também sem licitação para gerir a rede de softwares do Sivam, fraudou guias de recolhimento do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Afastada do projeto, a Esca faliu logo depois. Mas seus funcionários formaram uma outra companhia, a Atech, e voltaram a integrar o Sivam.
"A Atech, nacional, foi contratada sem licitação por uma questão de segurança, porque é ela quem vai centralizar as informações colhidas pelos equipamentos. Essa CPI não poderia acabar sem conhecermos as verdadeiras relações dessa empresa com a americana Raytheon", declarou o deputado Chinaglia, que por duas vezes tentou prorrogar os trabalhos da comissão, mas não conseguiu por falta de quórum na sessão.
O fato é que a CPI, esvaziada, não investigou nada relacionado a empresas, sob o argumento de que o Ministério Público e o Tribunal de Contas da União já haviam feito esse trabalho -apesar dessa atuação ainda não ter gerado nenhuma consequência prática para os personagens envolvidos no caso.
A CPI elegeu como alvo o embaixador Santos, que teve seu sigilo bancário quebrado parcialmente. Não houve rastreamento de suas contas no exterior. O Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), órgão do Ministério da Fazenda que investiga lavagem de dinheiro, alegou que o pedido feito pelos deputados tinha "abrangência incomensurável e bastante genérica".
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-----------------------------------------------São Paulo, terça-feira, 05 de dezembro de 2000
LUÍS NASSIF
O projeto "Echelon"
Semanas atrás, em uma coluna sobre a Abin, mencionei de passagem o projeto "Echelon", de espionagem industrial. Segundo informações veiculadas no Canadá, um dos alvos seria a empresa brasileira Embraer. A menção visava reforçar a idéia sobre a importância de ter um serviço de inteligência estratégica, sem arapongas, mas com especialistas em novas tecnologias e em sistemas estratégicos.
A propósito da coluna, recebi material publicado na revista gaúcha "Amanhã", no qual o autor, James Görgen, esmiuça o "Echelon" a partir de trabalhos do jornalista britânico Duncan Campbell.
Pai do "Echelon", o "Project P415" foi preparado inicialmente pelas agências de inteligência de cinco países -Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, Austrália e Nova Zelândia- logo após o fim da Segunda Guerra Mundial, com o objetivo de monitorar as comunicações entre a União Soviética e seus aliados.
Com o fim do império soviético, esses serviços se viram sem argumentos para preservar suas fontes de receita -verbas orçamentárias bilionárias, dos tempos da "guerra fria". Decidiram então adaptar o projeto para monitorar as "comunicações civis" do século 21.
Em 1996, o investigador neozelandês Nicky Hager lançou o livro "Poder Secreto. A posição da Nova Zelândia na rede de espionagem internacional", onde avançava nas suspeitas de que o projeto invadia a privacidade dos cidadãos comuns e das empresas.
Em 1999, o Parlamento Europeu decidiu encomendar um relatório para subsidiar investigações a respeito do tema. Preparado por Campbell, o relatório demonstrava que, em tese, o sistema era capaz de monitorar o conteúdo de ligações telefônicas, e-mail, fax ou pacotes de transmissão de dados. Permaneceu sem esclarecimento a questão do destino dessas informações e da razão para o projeto permanecer secreto.
De acordo com o relatório, o sistema central do "Echelon" fica em Fort Meade, ao nordeste da cidade de Washington, onde funciona a National Security Agency (NSA), a agência de segurança nacional do Departamento de Defesa dos EUA. A partir de lá são controladas as bases de Yakima (200 quilômetros a sudoeste de Seattle), Sugar Grove (250 quilômetros a sudoeste de Washington), Morwenstow (Cornualha britânica), Waihopai (Nova Zelândia) e Geraldton (oeste da Austrália). Um segundo eixo relevante está em Menwith Hill, Inglaterra, que monitora o fluxo de informações dos satélites Intelsat.
Antigamente os 52 sistemas trabalhavam isoladamente. Nos anos 80 foi criado o "Platform", um sistema integrador. A estrutura toda passou a ser denominada de United States Sigint System (USSS). Criado nos anos 70, o "Echelon" consiste de uma rede capaz de filtrar e ordenar informações a partir de palavras-chave, assim como esses sistemas de busca utilizados para rastrear informações na Internet.
Em reportagem de 25 de julho deste ano, Campbell informa que um sistema de coleta pode gerar 1 milhão de entradas a cada meia hora. Cerca de 6.500 entradas são jogadas fora pelos filtros, mil são separadas pelos critérios, dez são selecionadas pelos analistas e apenas um relatório é produzido.
Segundo o jornalista, em 1995 a empresa francesa Thomson, que participava da licitação para o Sivam (Sistema de Vigilância da Amazônia), denunciou que o Brasil estaria sendo alvo dessa rede de espionagem. A empresa norte-americana Raytheon teria se valido de informações privilegiadas da Thomson obtidas por meio do USSS para vencer a concorrência feita sem licitação.
Tudo pode não passar de teoria conspiratória. Sem um serviço de inteligência competente, como saber?
São Paulo, domingo, 23 de novembro de 1997.
Em 95, Thomson foi acusada de suborno
da Sucursal de Brasília
Dois anos após disputar a polêmica licitação do projeto Sivam (Sistema de Vigilância da Amazônia), a empresa francesa Thomson volta a frequentar a Esplanada dos Ministérios. Desta vez, no Ministério das Comunicações.
Em 95, o Brasil assinou contrato de US$ 1,4 bilhão com a norte-americana Raytheon para o fornecimento de equipamentos destinados ao projeto Sivam -monitorado pelo Ministério da Aeronáutica.
A Thomson disputava com a Raytheon a licitação, que acabou sendo dispensada pelo governo sob a alegação de se tratar de assunto de "segurança nacional".
Em fevereiro de 95, o jornal "The New York Times" publicou reportagem dizendo que a CIA (central de inteligência dos EUA) havia identificado tentativa de suborno de autoridades brasileiras pela Thomson. A empresa negou.
Ainda em 95, a Thomson foi envolvida no episódio do "grampo" telefônico sofrido pelo embaixador Júlio César Gomes dos Santos, acusado de tráfico de influência a favor da Raytheon.
Mais uma vez, a acusação foi negada pela empresa, afirmando que processaria os autores de denúncias que a envolviam com "grampos" telefônicos no Brasil.
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São Paulo, quinta, 13 de março de 1997.
Franceses vão reaparelhar PF
da Sucursal de Brasília
Mesmo após perderem a concorrência da instalação do Sivam (Sistema de Vigilância da Amazônia) para a empresa Raytheon, dos EUA, os franceses garantiram a participação de sua tecnologia no projeto: vão viabilizar a instalação da parte terrestre do Sivam.
Ontem, o presidente Fernando Henrique Cardoso e o presidente francês Jacques Chirac assinaram no Palácio do Planalto um acordo que busca ``o reaparelhamento do Departamento de Polícia Federal''.
O acordo vale para os projetos Pró-Amazônia (instalação e interligação de 53 unidades operacionais da PF na Amazônia) e Promotec, versão ampliada do anterior.
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São Paulo, sexta, 14 de agosto de 1998
DIPLOMACIA
País se sentiu preterido em negócio de US$ 359,3 mi com a França
Governo dos EUA ameaça Brasil por licitação da PF
FERNANDO RODRIGUES
da Sucursal de Brasília
O governo dos Estados Unidos está ameaçando interromper seus esforços para que companhias norte-americanas invistam no Brasil se o governo brasileiro insistir em conceder à França, sem licitação, um contrato de US$ 359,3 milhões.
A ameaça está em uma carta do embaixador David Aaron, subsecretário de Comércio Internacional do Departamento de Comércio norte-americano.
Aaron diz que a dispensa de licitação "cria a percepção de que fatores diferentes de preço, qualidade de tecnologia e financiamento estejam sendo decisivos para a concessão dos contratos".
Em seguida, vem a ameaça: "Essa percepção complica os nossos esforços mútuos para encorajar as companhias americanas a investir no Brasil".
Datada de 19 de maio, a carta de Aaron foi enviada ao ministro da Justiça do Brasil, Renan Calheiros. Os EUA pedem, de forma direta, que o governo brasileiro faça uma licitação internacional antes de comprar os equipamentos para a Polícia Federal.
Essas compras fazem parte dos projetos Pró-Amazônia e Promotec. A Folha já havia revelado a dispensa de licitação em sua edição de 19 de abril passado.
Depois da reportagem da Folha, o caso foi embargado no Senado, instância responsável pela autorização de financiamento externo do governo. Os contratos definitivos ainda não foram assinados.
O TCU (Tribunal de Contas da União) foi acionado para fazer uma auditoria. Mesmo assim, a PF continuou a ultimar os detalhes para fazer a compra da França Äna realidade, do governo francês, pois a empresa que intermediará o negócio é uma estatal francesa, a Sofremi.
O fato de a PF ter emitido sinais de que pretende forçar a assinatura dos contratos com a França, sem licitação, irritou o governo norte-americano.
Ao ter acesso à carta de David Aaron (uma cópia carimbada pela PF), a Folha telefonou para a Embaixada norte-americana em Brasília para confirmar a autenticidade da correspondência.
Por intermédio da sua assessoria de comunicação, a Embaixada dos EUA confirmou a existência do documento. Sem dizer se já obteve resposta, a assessoria fez apenas um comentário curto sobre o episódio: "Não há nada a acrescentar ao que está contido na carta".
Essa compra do governo brasileiro é considerada, segundo a Folha apurou, uma compensação para a França por causa do projeto Sivam, de vigilância da Amazônia.
O Sivam custou US$ 1,4 bilhão e foi entregue à norte-americana Raytheon. Na época, o ano de 95, a empresa francesa Thomson foi preterida.
Apesar dos protestos da França, e por pressão dos EUA, o projeto Sivam teve uma tomada internacional de preços antes de o negócio ser concluído. Agora, o governo brasileiro não quis fazer essa tomada de preços.
Por essa razão o governo dos EUA resolveu protestar. Na sua carta, o governo norte-americano diz o seguinte:
"Eu acredito que o Brasil compartilha da importância que o governo dos EUA coloca em um processo de licitação pública internacional para grandes projetos como esses".
Em tom seco e direto, a carta do governo dos EUA sugere que falta transparência no processo de concessão dos contratos do Pró-Amazônia e Promotec à França:
"Ao lançar uma licitação internacional (...), a PF e o povo brasileiro terão confiança de que a concessão desses contratos será resultado de um processo aberto, transparente e competitivo".
No último parágrafo, uma frase dá à carta dos EUA um tom semelhante ao de um ultimato:
"Eu espero que o sr. revise radicalmente esse assunto para garantir que todas as empresas interessadas tenham a permissão para competir nesses projetos".
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São Paulo, domingo, 26 de abril de 1998
OPERAÇÃO FRANÇA
Valor do acordo comercial chega a US$ 395,3 milhões
PFL e PT se unem contra contrato da PF sem licitação
FERNANDO RODRIGUES
da Sucursal de Brasília
Parlamentares do PT e do PFL entram nesta semana na Câmara e no Senado com pedidos de explicação e convocação dos responsáveis pelo contrato comercial firmado entre a Polícia Federal e o governo da França no valor de US$ 395,3 milhões -operação divulgada pela Folha no dia 17 passado.
Esse é o valor máximo que a PF poderá comprar, segundo o contrato, em equipamentos para os projetos Pró-Amazônia (que reequipa a polícia nessa região) e Promotec (de informatização do órgão). A compra será feita sem licitação sob o argumento de se tratar de segurança nacional.
Apesar de envolver segurança nacional, o contrato prevê a aquisição de materiais comuns, como oito bolsas para transporte de pára-quedas, oito martelos para escalada, quatro "kits" de entrada forçada, incluindo "alavanca do tipo pé-de-cabra" e 48 binóculos.
Também estão sendo comprados helicópteros, pequenos aviões, armas e munição.
Para o deputado federal Fernando Ferro (PT-PE) e para o senador José Eduardo Dutra (PT-SE), "é injustificável" a compra de tantos equipamentos sem licitação.
Outro projeto militar para a Amazônia de valor superior, o Sivam (Sistema de Vigilância da Amazônia, de R$ 1,4 bilhão), foi implantado depois de um longo processo de tomada internacional pública de preços.
Razões
Segundo a Folha apurou, há duas razões básicas para a PF estar fazendo essa compra da França.
A primeira é que o governo brasileiro prometeu aos franceses uma compensação pelo fato de a empresa Thomson, da França, ter sido excluída do Sivam -cujos equipamentos estão sendo fornecidos pela Raytheon, dos EUA.
A segunda razão é que a França estaria interessada em manter alguma influência tecnológica na América Latina. E, por isso, estaria oferecendo condições de pagamento muito favoráveis só para ter seus equipamentos usados pela PF brasileira.
A França está financiando tudo em 15 anos, a juros de 5,9% ao ano. O governo brasileiro só precisará pagar a primeira prestação depois de cinco anos.
"Essa condição facilitada de financiamento não pode ser, sozinha, o único argumento para a PF dispensar a licitação. Por isso estou solicitando uma lista completa de todos os equipamentos e o preço unitário de cada um", diz o senador Romeu Tuma (PFL-SP).
O contrato assinado entre a PF e a Sofremi -empresa estatal francesa que representa o governo daquele país nessa operação- contém uma curiosidade: só apresenta a quantidade de material a ser comprado e o valor total da aquisição. Não há preços unitários.
Convocação
O deputado petista Fernando Ferro apresentará à Câmara um pedido de convocação do ministro da Justiça, Renan Calheiros, o responsável direto pela PF, que é dirigida por Vicente Chelotti. Na data da assinatura do contrato, 31 de março passado, ainda ocupava o cargo de ministro o senador Iris Rezende (PMDB-GO).
Ferro também vai requerer à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara uma "inspeção de auditoria de natureza contábil, financeira, orçamentária e operacional" na PF por conta dos equipamentos que estão sendo comprados para os projetos Pró-Amazônia e Promotec.
No Senado, o petista José Eduardo Dutra pretende também entregar um requerimento de auditoria sobre o assunto. "Esse contrato da PF, no mínimo, subestima a inteligência da população", diz.
O senador petista já esteve pessoalmente no TCU (Tribunal de Contas da União) para comunicar ao presidente do órgão, Homero Santos, a sua intenção.
O requerimento de Dutra solicita ao Senado acionar o TCU para uma "inspeção especial e extraordinária sobre os contratos firmados entre o Departamento de Polícia Federal" e o governo francês.
Na justificativa de seu pedido, Dutra diz o seguinte, baseado na reportagem da Folha: "A pretexto do surrado argumento da segurança nacional, mais uma vez assistimos administradores públicos subvertendo o fundamental e imprescindível instituto da licitação para disciplinar as relações entre o público e o privado".
Esses pedidos todos vão se somar aos já apresentados pelo senador Gilberto Miranda (PFL-AM), que requisitou todos os documentos relativos ao acordo firmado entre a PF e a França.
Miranda também pretende convocar para depor sobre o assunto no Senado os dirigentes da Fundação Atech, uma empresa contratada por R$ 19,9 milhões, também sem licitação, para fazer a instalação dos equipamentos para a PF.
A Atech é formada por ex-integrantes da Esca, uma empresa que esteve envolvida em irregularidades administrativas durante o processo de escolha do fornecimento de materiais para o Sivam.
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Época
ESPIONAGEM
Um grampo bilionário
Como a CIA usou rede de satélites, grampeou o Planalto e garantiu à Raytheon vitória sobre a Thomson na venda de radares para a Amazônia
O Brasil foi o alvo de uma operação conjunta dos serviços secretos dos Estados Unidos exclusivamente voltada para a espionagem econômica. A CIA e a NSA, agência nacional de segurança dos EUA, grampearam as comunicações do Palácio do Planalto, onde trabalham o presidente da República e assessores, além dos escritórios do grupo francês Thomson, no Rio de Janeiro e em Paris, durante a concorrência do governo brasileiro para a compra do conjunto de radares do Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam). A licitação correu no período dos governos Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso, entre 1994 e 1995.
Os serviços secretos americanos usaram a rede de satélites militares dedicada à interceptação de comunicações por telefone, fax e correio eletrônico. Depois de meses de vigilância clandestina sobre a licitação de US$ 1,3 bilhão do Sivam, informaram ao Departamento de Comércio sobre a provável vitória do grupo francês Thomson.
O então secretário de Comércio, Ron Brown, morto em acidente aéreo meses depois, produziu um relatório para a Comissão de Comércio dos EUA no qual incluía a concorrência do Sivam entre duas centenas de casos em que empresas européis subornavam funcionários em diferentes países para conseguir vencer as americanas em milionárias concorrências. A existência do relatório de Brown foi mencionada pelo ex-subsecretário de Comércio Jeffrey Gartey, durante entrevista ao jornal New York Times em fevereiro de 1995.
Na seqüência, houve um escândalo palaciano, em Brasília, quando se descobriu um grampo no telefone de um assessor presidencial, o embaixador Júlio César Santos, flagrado num lobby pró-americano. A concorrência do Sivam avançou. Acabou decidida, meses depois, com a interferência direta do presidente Bill Clinton. Por duas vezes, telefonou ao presidente Fernando Henrique para falar do "interesse americano" na vitória da Raytheon. A francesa Thomson perdeu o negócio. Não foi comprovada a suspeita de suborno de funcionários brasileiros.
O conselho e a comissão executiva da União Européia determinaram uma investigação sigilosa sobre o uso da rede militar de satélites dos EUA, conhecida como Echelon, para privilegiar empresas americanas em disputas comerciais com as competidoras da Europa. Em fevereiro, três anos depois, a Comissão Científica e Tecnológica do Parlamento Europeu concluiu que a CIA e a NSA usaram a rede Echelon para influir decisivamente na derrota de empresas européias, tanto no caso Sivam quanto em várias outras concorrências internacionais. Dias atrás o Parlamento Europeu começou a discutir a montagem de uma comissão especial de inquérito.
Nos documentos da comissão, o Sivam é mencionado como um dos primeiros e mais importantes casos de espionagem econômica executada pelo sistema militar Echelon, desenvolvido a partir de 1952, durante a Guerra Fria contra a União Soviética. Outros episódios de manipulação de negócios bilionários estão relacionados em um apêndice sob o título "Desenvolvimento de tecnologia de vigilância e o risco de abuso de informação econômica". Há, por exemplo, o registro de um grampo durante negociações entre o consórcio aeronáutico europeu Airbus e o governo da Arábia Saudita, no mesmo período do Sivam. A Airbus perdeu US$ 1 bilhão em vendas para as concorrentes americanas Boeing e McDonnell Douglas.
As descobertas provocaram um delicado problema diplomático, porque a rede Echelon nasceu de um pacto entre o governo dos EUA e o da Inglaterra, com adesão da Austrália, do Canadá e da Nova Zelândia - países onde foram construídas as bases para coleta de dados. A rede Echelon é composta de uma constelação de satélites e computadores equipados com programas de criptografia capazes de selecionar dados a partir de palavras-chave em qualquer tipo de comunicação. As bases dispersas pelo mundo enviam as informações coletadas para uma central em Fort Meade, em Maryland, nos EUA, controlada pela NSA. Essa agência foi criada em 1952 especificamente para interceptar comunicações soviéticas. Em Maryland, a NSA concentra 38 mil funcionários. As informações escolhidas são repassadas a outras agências federais, como a CIA e os órgãos governamentais interessados nos temas sob investigação.
A partir do fim do regime soviético, no início dos anos 90, o sistema de escuta passou a ser direcionado para a espionagem econômica. Em 1994, o governo brasileiro iniciou as negociações para a compra dos radares do Sivam. A Thomson apostava na vitória, pois já havia fornecido os equipamentos de controle do tráfego aéreo brasileiro, o Sindacta. A interferência da CIA e da NSA mudou o rumo do negócio: "Havia algo estranho. Cada vez que os franceses faziam uma proposta, os americanos vinham com outra melhor pouco tempo depois", disse a Época uma fonte ligada ao bloco perdedor.
Em 1995, funcionários do Departamento de Comércio já admitiam estar usando a rede de espionagem para beneficiar empresas supostamente vítimas de uma competição desleal na Europa. Argumentavam com a draconiana legislação anticorrupção americana: "Uma companhia nossa não pode escapar da lei de comércio contratando um intermediário", justificou Eleanor Lewis, chefe do Conselho de Comércio Internacional do Departamento de Comércio, em dezembro de 1995. "O Sivam não foi um caso isolado. Investigamos, envolvemos os serviços de inteligência, trabalhamos com informações classificadas."
Em depoimentos dados ao Senado americano e no Centro de Estudos Estratégicos Internacionais, James Woolsey, diretor da CIA entre 1993 e 1995, descreveu com minúcia a conduta americana. "Quando encontramos evidências de suborno, não contamos à empresa americana envolvida na disputa. Vamos direto ao secretário de Estado e ele manda um embaixador americano falar com o presidente ou o rei do país", contou Woolsey, conforme documentos exibidos pela rede de televisão NBC, de Nova York, no dia 14 de abril.
Woolsey detalhou o ritual: "Nosso embaixador diz: 'Senhor presidente', ou 'Vossa Majestade', seu ministro está envolvido em suborno. O senhor tem muitas relações com os EUA e não achamos que essa é a melhor forma de atuar". No caso brasileiro, Clinton reforçou o recado com uma carta ao presidente Itamar Franco em favor da Raytheon. O emissário foi o secretário Ron Brown, que a entregou ao então ministro da Fazenda, Rubens Ricupero. O Congresso americano resolveu investigar o Echelon. Em depoimento prestado em 12 de abril, o atual diretor da CIA, George J. Tenet, disse preservar a privacidade de empresas e cidadãos americanos na espionagem digital. Ressalvou o "direito de atuar" quando se depara com uma situação de risco para as corporações empresariais dos EUA.
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
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Re: Super-Tucano: americanos de olho.
"Pode procurar no arquivo público por jornais da época se quiseres, pois no início dos anos 90a internet não era muito popular nesse hemisfério, mas tenhas certeza que não sonhei com isso, talvez o pessoal mais antigo aqui do DB possa ajudar, acredito que exista referência na revista T&D, onde tenho quase certeza li algum artigo nota a esse respeito, infelizmente em função da falta de espaço tive que desfazer-me de parte dessas revistas. Aliás lembro que na época da viagem do EDA aos EUA (referida no post anterior), ouve uma matéria jornalística da Globo fazendo referência a possibilidade de negócio envolvendo o ST e o SIVAN, mas bueno são lembranças, agora como tu mesmo dizes se queres provas... diga-me de onde tiras toda essa tua certeza..., eu posso afirmar uma coisa não costumo sonhar com essas histórias e não recebo um só centavo para participar desse fórum, para mim tudo não passa de um hobby portanto poupe-me do stress pois não preciso provar nada para você, pois entendo que nesse caso minha palavra basta, pois não estou discutindo nenhuma especificação técnica, análise estratégica ou mesmo uma opinião particular mas apenas relatando um fato ao qual tive acesso a tempos atrás (mais de 10, 15 anos e que com certeza também outros participantes aqui do DB tiveram) portanto se quiseres discutir isso por favor busque embasar tua contestação em provas concretas antes de colocar em dúvida a minha palavra."
Caro Lobo Guará,
Fico por aqui.
Um forte abraço.
Caro Lobo Guará,
Fico por aqui.
Um forte abraço.
Re: Super-Tucano: americanos de olho.
Palpiteiro escreveu:"Pode procurar no arquivo público por jornais da época se quiseres, pois no início dos anos 90a internet não era muito popular nesse hemisfério, mas tenhas certeza que não sonhei com isso, talvez o pessoal mais antigo aqui do DB possa ajudar, acredito que exista referência na revista T&D, onde tenho quase certeza li algum artigo nota a esse respeito, infelizmente em função da falta de espaço tive que desfazer-me de parte dessas revistas. Aliás lembro que na época da viagem do EDA aos EUA (referida no post anterior), ouve uma matéria jornalística da Globo fazendo referência a possibilidade de negócio envolvendo o ST e o SIVAN, mas bueno são lembranças, agora como tu mesmo dizes se queres provas... diga-me de onde tiras toda essa tua certeza..., eu posso afirmar uma coisa não costumo sonhar com essas histórias e não recebo um só centavo para participar desse fórum, para mim tudo não passa de um hobby portanto poupe-me do stress pois não preciso provar nada para você, pois entendo que nesse caso minha palavra basta, pois não estou discutindo nenhuma especificação técnica, análise estratégica ou mesmo uma opinião particular mas apenas relatando um fato ao qual tive acesso a tempos atrás (mais de 10, 15 anos e que com certeza também outros participantes aqui do DB tiveram) portanto se quiseres discutir isso por favor busque embasar tua contestação em provas concretas antes de colocar em dúvida a minha palavra."
Caro Lobo Guará,
Fico por aqui.
Um forte abraço.
100% de apoio Palpiteiro... Este contrato foi muito tumultuado, mas nem com reza brava alguem colocaria com uma coisa dessas...
Aonde estão as Ogivas Nucleares do Brasil???
Re: Super-Tucano: americanos de olho.
-Como seria possível a compra direta de um fabricante estrangeiro, sem um acordo militar amplo com os EUA? O Brasil não tinha e não tem esse acordo. Estão querendo fechar um acordo desse tipo agora para ter acesso ao enorme mercado militar americano (Super Tucano).
- RFP só foi emitido para empresas americanas. A Embraer e nenhuma empresa estrangeira recebeu RFP do JPATS.
As notícias mais antigas nunca mencionaram nem uma única linha sobre alguma vinculação entre JPATS e SIVAM. Os problemas eram de outra ordem. Fazer essa conexão agora, mais de 10 anos depois da escolha da Raytheon, sem algo concreto e novo, fica complicado.
Salve Santiago,
Como eu disse, nunca houve uma proposta oficial por parte da Raytheon e nem mesmo do governo americano. Esta conversa foi ventilada na época, ao meu entender, para aliviar a barra dos representantes do governo brasileiro que estavam de lama até os colarinhos. O ST não seria vendido gov to gov, mas fabricados nos EUA. Lembre-se de que o projeto nasceu para isso, somente derivando para o A-29 depois. A Empresa americana que você busca no caso do JPATS é a Northrop.
E volto a insistir: isto não tem nada, eu repito NADA, a ver com o que se passa hoje no FX-X! ou qualquer outro programa. O relacionamento com o governo americano está em outro patamar. E digo mais: esperem um pouco e vocês verão ao que estou me referindo.
Saudações meu caro amigo!