vou comentar em azul, ok?
gomugomu escreveu:
Olá Orestes,
Penso que seria uma compra própria em função dos Rafale não proporcionarem, na minha visão, nenhum mercado futuro, tanto para o Brasil quanto para a França.
Pois é, mas não dá para falar isso quando se compara as vendas históricas da França com as vendas histórias da Suécia. A França sempre vendeu muito bem, já a Suécia... Não posso dizer que sua projeção esteja errada em relação aos franceses, mas pior seria em relação aos suecos, visto que venderam quase nada em relação as vendas francesas. Ou seja, não que o argumento seja ruim, é que ele não convence.
Considero o projeto Francês como o de mais difícil integração com a indústria nacional, devido a montagem e por ser 100% construido com peças francesas, tendo menor participação indústrial brasileira, só presente nos OFF-sets.
Mas como afirmar tal coisa se nenhum de nós teve acesso formal as três propostas reais (e não as comentadas na imprensa)??? Tal opinião não está movida por restrição pessoal a tudo que é proveniente da França? Temos um grande nome entre nós que é assim, pra ele é assim, se é da França, por definição não presta. Respeito, mas isso não é técnico.
Quanto a nocividade aos cofres públicos digo em função do preço da aeronave, assim como o preço de sua manutenção. Isto porque estmaos falando de 36, se contar os da 2 parte do projeto, acredito que o preço seja exorbitante para o Brasil.
Entendo seu ponto de vista, mas não consigo concordar com ele. Se você estivesse certo todos os nossos políticos só deveriam anda de carro mil do tipo "pé de boi", pois estes honeram menos os cofres públicos.
Creio que, mesmo o Gripen - NG sendo um projeto de 4.5 geração ele terá sim mercados disponíveis.
Quais você vislumbra? Confesso que não vejo nenhum, no máximo uns gatos pingados de venda, que jamais pagariam os investimentos (Brasil-Suécia), mas se eu estiver errado... Me avise!
Simplesmente porque é um caça bom, e barato. O fato dos componentes brasileiros serem incorporados para a venda posterior de qualquer NG é também um ponto a se considerar. Sem contar a participação conjunta da indústria, propiciando aprendizado inigualavel.
Aprendizado nós conseguiremos com os três concorrentes, uns mais outros menos. Não adianta dar mais se você não for capaz de absorver, é bonito, mas na prática conta menos do que nada. E pagar por algo que não se terá de fato é gastar mal o dinheiro do contribuinte. E isto é uma de suas (e minhas) preocupações...
Dito isto, a parte mais importante, a meu ver, foi o esclarecimento recente, deixando claro que a proposta ao Brasil possui preço de contrato FIXO.
Pois é... O que significa "contrato fixo"? Uma leitura seria aquela que diz que se algo não for possível de ser feito, então que continue pagando por ela. Contrato fixo não é tão bom assim... Basta pensar sobre o sistema de telefonia com conta fixa, paga-se sempre o mesmo valor, mas se você não usar o serviço por completo, a operadora não vai lhe dar os créditos extras e se der, no máximo acumulado para o mês ou meses seguintes (mas para quem não consegue usar tudo em um mês, que garantias existe em usar toda a "sobra" nos meses seguintes?), isto é pagar mais para não se usar tudo o que está disponível. Não vejo isso com bons olhos...
O proposta se equivale ainda na questão dos investimentos de risco, 80% dos OFF-sets do Gripen NG (175% o valor do contrato) serão destinados diretamente a participação do projeto, deixando as empresas brasileiras que entrariam com o risco na propoposta mais confortáveis.
Dias atrás disse que falar sobre 175% é ofender qualquer indivíduo com alguma habilidade com a matemática... 175% em relação a quê??? Por exemplo, suponha que se esteja falando da transferência de tecnologia solicitada pela FAB (e/ou pelo governo). Suponha que esta tecnologia solicitada represente, hipoteticamente (apenas um exercício de abstração), 10% de tudo o que existe no caça. 175% são 27,5% de tudo o que existe no caça, isto está muito longe de ser o caça completo, mas sugere a olhos ávidos por grandes coisas que é muito mais do que se oferece por aí. Por isso digo, Deus inventou a matemática, já o diabo inventou a estatística.
Os números da matemática sempre são absolutos, mas os números da estatística são relativos, estes foram criados para enganar trouxas. Nada pejorativo ou ofensivo, apenas uma constatação, se não fosse assim não haveria milhares de milhões apostando dia após dia nas loterias da vida, ou seja, um mecanismo para arrebanhar pessoas através dos números e jamais pela realidade.
Grande abraço,
Orestes