TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!
Sobre os caças, alguém tem dúvida que cada um dos três atende perfeitamente aos interesses de segurança e defesa do País? Resposta do Orestes: não.
Sobre as propostas, alguém tem dúvida que cada uma delas é tão fantasiosa quanto as demais? Resposta do Orestes: não.
Sobre as questões (mais do que pertinentes) relacionadas a geopolítica, alguém acredita que realmente existam ou não passam de retórica para justificar o injustificável? Resposta do Orestes: retórica.
Sobre as questões relacionadas a reestruturação da indústria nacional de defesa, alguém acredita que seja realmente isso ou que tudo não passa de interesses comerciais e econômicos, com total apoio do Planejamento-Fazenda? Resposta do Orestes: interesse comercial e econômico.
Sobre as questões políticas sobre a escolha dos caças, alguém realmente acredita nisso ou imagina que os interesses são de natureza ideológica? Resposta do Orestes: natureza ideológica.
Alguém realmente acredita que o Governo quer investir em defesa ou quer pagar uma conta antiga com os militares? Resposta do Orestes: pagar conta com os militares.
Alguém acredita que a proposta dos suecos é boa para o Brasil? Resposta do Orestes: só cego para acreditar.
Alguém acredita que a proposta dos franceses é boa para o Brasil? Resposta do Orestes: só cego para acreditar.
Alguém acredita que a proposta dos americanos é boa para o Brasil? Resposta do Orestes: não existe proposta boa dos americanos para o Brasil.
Alguém acredita que os debates no DB influenciam ou produz algum resultado prático? Resposta do Orestes: só cego para acreditar.
Alguém acredita que as coisas irão continuar após a mudança de governo? Resposta do Orestes: só cego para acreditar.
Não existe interesse algum em relação ao País, só eleitoreiro e de natureza econômico-industrial-financeiro. A END nasceu para pautar este governo, mesmo sendo regulamentada em forma de lei não há garantia alguma que não poderá ser contrariada por outro governo. As portas foram abertas para quem é de direito e deseja segui-la, mas se não for o caso, tudo poderá ser como no governo passado, o descaso generalizado pelos militares e a comprovação irrestrita da existência do ranço vigado através do repúdio disfarçado de boas intenções.
Torcer por algum equipamento, caças em particular, é fazer com aqueles que respeitam e entendem sobre o assunto o mesmo que dirigentes, técnicos, jogadores, juízes e bandeirinhas fazem pelos torcedores de time de futebol: descaso e desrespeito total, mas maquiado de os responsáveis pela criação do espetáculo. Por definição, o torcedor é cego, é o lado passional da estupidez humana em defender aquilo que não tem poder para influenciar, porém de ser o tempo todo influenciado, mormente pela ignorância explorada dos ditos especialistas que falam sobre nada do realmente é.
As coisas são e serão compradas de acordo com a conveniência e necessidade do momento, o único planejamento que existe é de natureza política, aquele que rende dividendos políticos, já mais nacionalistas e patrióticos, estes são apenas usados nas retóricas, que inflamam a ignorância popular dos eruditos nos assuntos com a intenção de blindar as intenções maiores que jamais surgem aos olhos dos mais avisados, dos desavisados, nunca.
Se você quer enganar um torcedor de time de futebol, dizendo-lhe que o time será o melhor de todos, basta lhe informar que o jogador X, nome de peso e inquestionável, será contratado. Se quer convencer um entusiasta de assunto militar que o País será diferente e será seguro daqui por diante, prometa-lhe um caça famoso, alguns hélis aceitáveis, alguns blindados novos, alguns meios navais interessantes. E alguém em sã consciência acredita que um ou dois jogadores de nome e peso faz um time ser invencível? Alguém acredita que um dado país estará seguro porque adquiriu, muito por exemplo, 36 caças do modelo X? Resposta do Orestes: não nos dois casos.
A luz para estas discussões não está sob o controle de quem torce, mas sob o controle dos que pensam sem olhar o que querem que seja visto.
Orestes, aquele que não acredita nos nomes e nem nas promessas, apenas nas ações.
PS 1: as perguntas foram feitas para que cada um as responda, as dadas por mim são minhas, não as verdadeiras e muito menos as absolutas.
PS 2: sumindo de vez.
Sobre as propostas, alguém tem dúvida que cada uma delas é tão fantasiosa quanto as demais? Resposta do Orestes: não.
Sobre as questões (mais do que pertinentes) relacionadas a geopolítica, alguém acredita que realmente existam ou não passam de retórica para justificar o injustificável? Resposta do Orestes: retórica.
Sobre as questões relacionadas a reestruturação da indústria nacional de defesa, alguém acredita que seja realmente isso ou que tudo não passa de interesses comerciais e econômicos, com total apoio do Planejamento-Fazenda? Resposta do Orestes: interesse comercial e econômico.
Sobre as questões políticas sobre a escolha dos caças, alguém realmente acredita nisso ou imagina que os interesses são de natureza ideológica? Resposta do Orestes: natureza ideológica.
Alguém realmente acredita que o Governo quer investir em defesa ou quer pagar uma conta antiga com os militares? Resposta do Orestes: pagar conta com os militares.
Alguém acredita que a proposta dos suecos é boa para o Brasil? Resposta do Orestes: só cego para acreditar.
Alguém acredita que a proposta dos franceses é boa para o Brasil? Resposta do Orestes: só cego para acreditar.
Alguém acredita que a proposta dos americanos é boa para o Brasil? Resposta do Orestes: não existe proposta boa dos americanos para o Brasil.
Alguém acredita que os debates no DB influenciam ou produz algum resultado prático? Resposta do Orestes: só cego para acreditar.
Alguém acredita que as coisas irão continuar após a mudança de governo? Resposta do Orestes: só cego para acreditar.
Não existe interesse algum em relação ao País, só eleitoreiro e de natureza econômico-industrial-financeiro. A END nasceu para pautar este governo, mesmo sendo regulamentada em forma de lei não há garantia alguma que não poderá ser contrariada por outro governo. As portas foram abertas para quem é de direito e deseja segui-la, mas se não for o caso, tudo poderá ser como no governo passado, o descaso generalizado pelos militares e a comprovação irrestrita da existência do ranço vigado através do repúdio disfarçado de boas intenções.
Torcer por algum equipamento, caças em particular, é fazer com aqueles que respeitam e entendem sobre o assunto o mesmo que dirigentes, técnicos, jogadores, juízes e bandeirinhas fazem pelos torcedores de time de futebol: descaso e desrespeito total, mas maquiado de os responsáveis pela criação do espetáculo. Por definição, o torcedor é cego, é o lado passional da estupidez humana em defender aquilo que não tem poder para influenciar, porém de ser o tempo todo influenciado, mormente pela ignorância explorada dos ditos especialistas que falam sobre nada do realmente é.
As coisas são e serão compradas de acordo com a conveniência e necessidade do momento, o único planejamento que existe é de natureza política, aquele que rende dividendos políticos, já mais nacionalistas e patrióticos, estes são apenas usados nas retóricas, que inflamam a ignorância popular dos eruditos nos assuntos com a intenção de blindar as intenções maiores que jamais surgem aos olhos dos mais avisados, dos desavisados, nunca.
Se você quer enganar um torcedor de time de futebol, dizendo-lhe que o time será o melhor de todos, basta lhe informar que o jogador X, nome de peso e inquestionável, será contratado. Se quer convencer um entusiasta de assunto militar que o País será diferente e será seguro daqui por diante, prometa-lhe um caça famoso, alguns hélis aceitáveis, alguns blindados novos, alguns meios navais interessantes. E alguém em sã consciência acredita que um ou dois jogadores de nome e peso faz um time ser invencível? Alguém acredita que um dado país estará seguro porque adquiriu, muito por exemplo, 36 caças do modelo X? Resposta do Orestes: não nos dois casos.
A luz para estas discussões não está sob o controle de quem torce, mas sob o controle dos que pensam sem olhar o que querem que seja visto.
Orestes, aquele que não acredita nos nomes e nem nas promessas, apenas nas ações.
PS 1: as perguntas foram feitas para que cada um as responda, as dadas por mim são minhas, não as verdadeiras e muito menos as absolutas.
PS 2: sumindo de vez.
Re: Re:
Mas como assim? Você quer que tenhamos direito a voto e veto então no que especificamente??? Não entendi nada, sinceramente! Desculpe.Anderson TR escreveu:Não é necessário se fundar uma empresa para se ter direito de veto e de voto DELTA!!!!Exemplo disso é a Embraer, que apesar de não ser uma empresa Estatal é estratégica, ou seja, o governo brasileiro possui direito de veto sobre transações que possam prejudicar os interesses nacionais, inclusive sendo vetado a venda de maioria de suas ações para acionistas estrangeiros.DELTA22 escreveu: Mas Golden Share em que empresa? Até onde se sabe não se "fundará" uma nova empresa com capital aberto para isso.
Eu gostaria muito de acreditar pura e simplesmente na boa vontade e patriotismo de nossas empresas, que diga-se de passagem, são muito competentes, porém, essas ToTs devem ser acompanhadas e apoiadas de perto pelo governo e F.A(s)......Olhe o exemplo da Boeing nos EUA, apesar de ser privada é estratégica para o país.
Os questionamentos que fiz quanto ao provável vencedor do Fx-2, não tem haver com a defesa dessa ou daquela proposta, ou seja, não defendo SAAB ou Dassault, França ou Suécia, pois, tenho a convicção que de uma forma ou de outra iremos gastar muito mais do que imaginamos para se ter uma logística apropriada para a absorção dessas ToTs ou pelo menos de um aumento considerável da nossa independencia na manutenção e Up-grades/adaptação desses equipamentos aos nossos interesses/demandas (é o que acho mais provável de acontecer na compra de 36 caças).....
Um Exemplo disso é o prognóstico do montante que será gasto (pelo menos por enquanto) pela MB no negócio dos Submarinos (Diga-se Estaleiro e outras coisas mais)
Saudações!!!
O caso da Embraer é diferente. Lembre-se que ela é uma ex-estatal. A ação GS do governo foi exigida na sua privatização.
[]'s.
"Apenas o mais sábio e o menos sábio nunca mudam de opinião."
- Penguin
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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!
Essa notícia é histórica! Pela 1a vez a fé cega de NJ nas promessas francesas fraqueja. A ver...
08/10/2009 - 15h54, FSP
Jobim questiona promessa francesa de transferência integral de tecnologia para caças
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CIRILO JUNIOR
da Folha Online, no Rio
O ministro Nelson Jobim (Defesa) questionou nesta quinta-feira a promessa feita pelo presidente da França, Nicolas Sarkozy, de que a Dassault vai transferir 100% de tecnologia se vencer a licitação para fornecer caças para a FAB (Força Aérea Brasileira). Ele lembrou que a Dassault é uma empresa privada e o governo francês tem ações preferenciais, sem direito a voto.
No entanto, Jobim voltou a admitir a preferência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela proposta francesa.
Segundo o ministro, isso ocorre em função da parceria estratégica firmada entre os dois governos. Ao lembrar que a Dassault não é uma empresa estatal, observou que somente a abertura das propostas vai permitir verificar se a promessa de Sarkozy será cumprida.
"Temos a afirmação do presidente Sarkozy de transferência irrestrita de tecnologia. Quero ver o que significa irrestrita na proposta que a Dassault faz, porque, observem bem, a empresa é privada, não é estatal. As ações que o governo francês tem são preferenciais, sem direito a voto", afirmou, após participar da abertura da 10ª Convenção Nacional da Adesg (Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra).
Jobim reiterou que a Aeronáutica avaliará vários aspectos das propostas, mas que a parte referente à transferência tecnológica será fundamental para a escolha da vencedora.
Estratégia
A respeito da estratégia nacional de defesa, aprovada no ano passado, Jobim informou que deverá fechar dentro de dois meses a conta a respeito do volume de investimentos que serão necessários para tirar o programa do papel. Ele explicou que o montante não vai superar o equivalente a 0,7% do PIB (Produto Interno Bruto) anual.
"Estamos levantando um estudo para fazer o cronograma físico e financeiro de todo o projeto", disse.
O plano prevê ações, ao longo de 20 anos, de modernização e ampliação dos elementos que compõem a defesa do território brasileiro, na esfera da Forças Armadas. Defendendo a adoção de um planejamento de longo prazo, Jobim disse que o plano é "arrogante" do ponto de vista de que serve para acabar com o "complexo de vira-latas" do Brasil.
-------------------------------------------------------------------------------------------
Dassault é privada e definirá se vai transferir tecnologia, diz Jobim
A intenção do governo francês de realizar uma transferência irrestrita de tecnologia caso os caças Rafale sejam escolhidos pelo governo brasileiro para equipar a Força Aérea nacional não é garantia de que a Dassault, fabricante do equipamento, seguirá a determinação dada pelo presidente da França, Nicolas Sarkozy. O ministro da Defesa, Nelson Jobim, ressaltou que a companhia é privada e que o governo francês possui apenas ações preferenciais da empresa, sem direito a voto.
”Tem que saber se a Dassault, nas propostas que fez à Força Aérea, traz ou não (a transferência tecnológica). Eu creio que sim, mas vamos verificar”, frisou Jobim, que participou da abertura da 10ª Convenção Nacional da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (Adesg), no Rio.
O ministro ressaltou que a preferência demonstrada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelos equipamentos franceses não significa que Lula tenha batido o martelo pelo Rafale. Segundo Jobim, a demonstração do presidente segue a ideia da parceria estratégica fechada entre os dois países, que culminará na construção e fornecimento do submarino nuclear para a Marinha do Brasil.
“Não dá para falar em tendência (de que o caça francês será escolhido). Temos uma afirmação do presidente Sarkozy, dirigida ao presidente Lula, de que a transferência de tecnologia é irrestrita. Temos que ver a transferência irrestrita na proposta que a Dassault fez”, explicou Jobim, acrescentando que a transferência de tecnologia vai ser o ponto decisivo na escolha de um dos três aviões concorrentes. “A empresa que fabrica é privada, não é uma estatal”, acrescentou.
Além da Dassault, com o Rafale, concorrem na licitação internacional a americana Boeing, com o F-18 E/F Super Hornet; e sueca Saab, com o Gripen NG. As propostas foram entregues à Força Aérea Brasileira na semana passada e a decisão, segundo Jobim, deve acontecer este ano.
O ministro disse ainda que o estudo com os custos de adoção da Estratégia Nacional de Defesa (END) deverá ficar pronto em até 60 dias. “O cálculo ainda não foi feito, quero fazer uma programação de 20 anos. Mas fique certo de que não passa de 0,7% do PIB”, revelou Jobim.
FONTE: Valor Online, via G1 FOTO: Baccarat-precision
08/10/2009 - 15h54, FSP
Jobim questiona promessa francesa de transferência integral de tecnologia para caças
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CIRILO JUNIOR
da Folha Online, no Rio
O ministro Nelson Jobim (Defesa) questionou nesta quinta-feira a promessa feita pelo presidente da França, Nicolas Sarkozy, de que a Dassault vai transferir 100% de tecnologia se vencer a licitação para fornecer caças para a FAB (Força Aérea Brasileira). Ele lembrou que a Dassault é uma empresa privada e o governo francês tem ações preferenciais, sem direito a voto.
No entanto, Jobim voltou a admitir a preferência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela proposta francesa.
Segundo o ministro, isso ocorre em função da parceria estratégica firmada entre os dois governos. Ao lembrar que a Dassault não é uma empresa estatal, observou que somente a abertura das propostas vai permitir verificar se a promessa de Sarkozy será cumprida.
"Temos a afirmação do presidente Sarkozy de transferência irrestrita de tecnologia. Quero ver o que significa irrestrita na proposta que a Dassault faz, porque, observem bem, a empresa é privada, não é estatal. As ações que o governo francês tem são preferenciais, sem direito a voto", afirmou, após participar da abertura da 10ª Convenção Nacional da Adesg (Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra).
Jobim reiterou que a Aeronáutica avaliará vários aspectos das propostas, mas que a parte referente à transferência tecnológica será fundamental para a escolha da vencedora.
Estratégia
A respeito da estratégia nacional de defesa, aprovada no ano passado, Jobim informou que deverá fechar dentro de dois meses a conta a respeito do volume de investimentos que serão necessários para tirar o programa do papel. Ele explicou que o montante não vai superar o equivalente a 0,7% do PIB (Produto Interno Bruto) anual.
"Estamos levantando um estudo para fazer o cronograma físico e financeiro de todo o projeto", disse.
O plano prevê ações, ao longo de 20 anos, de modernização e ampliação dos elementos que compõem a defesa do território brasileiro, na esfera da Forças Armadas. Defendendo a adoção de um planejamento de longo prazo, Jobim disse que o plano é "arrogante" do ponto de vista de que serve para acabar com o "complexo de vira-latas" do Brasil.
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Dassault é privada e definirá se vai transferir tecnologia, diz Jobim
A intenção do governo francês de realizar uma transferência irrestrita de tecnologia caso os caças Rafale sejam escolhidos pelo governo brasileiro para equipar a Força Aérea nacional não é garantia de que a Dassault, fabricante do equipamento, seguirá a determinação dada pelo presidente da França, Nicolas Sarkozy. O ministro da Defesa, Nelson Jobim, ressaltou que a companhia é privada e que o governo francês possui apenas ações preferenciais da empresa, sem direito a voto.
”Tem que saber se a Dassault, nas propostas que fez à Força Aérea, traz ou não (a transferência tecnológica). Eu creio que sim, mas vamos verificar”, frisou Jobim, que participou da abertura da 10ª Convenção Nacional da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (Adesg), no Rio.
O ministro ressaltou que a preferência demonstrada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelos equipamentos franceses não significa que Lula tenha batido o martelo pelo Rafale. Segundo Jobim, a demonstração do presidente segue a ideia da parceria estratégica fechada entre os dois países, que culminará na construção e fornecimento do submarino nuclear para a Marinha do Brasil.
“Não dá para falar em tendência (de que o caça francês será escolhido). Temos uma afirmação do presidente Sarkozy, dirigida ao presidente Lula, de que a transferência de tecnologia é irrestrita. Temos que ver a transferência irrestrita na proposta que a Dassault fez”, explicou Jobim, acrescentando que a transferência de tecnologia vai ser o ponto decisivo na escolha de um dos três aviões concorrentes. “A empresa que fabrica é privada, não é uma estatal”, acrescentou.
Além da Dassault, com o Rafale, concorrem na licitação internacional a americana Boeing, com o F-18 E/F Super Hornet; e sueca Saab, com o Gripen NG. As propostas foram entregues à Força Aérea Brasileira na semana passada e a decisão, segundo Jobim, deve acontecer este ano.
O ministro disse ainda que o estudo com os custos de adoção da Estratégia Nacional de Defesa (END) deverá ficar pronto em até 60 dias. “O cálculo ainda não foi feito, quero fazer uma programação de 20 anos. Mas fique certo de que não passa de 0,7% do PIB”, revelou Jobim.
FONTE: Valor Online, via G1 FOTO: Baccarat-precision
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
Carlo M. Cipolla
- Anderson TR
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Re: Re:
Se for receber investimento direto por parte do governo em um tratado entre governos sim!!!!Lembre-se que a Avibrás deve assumir esse tipo de estatuto, ou seja, o governo investe com o direito a algumas ações que lhe dão direitos estratégicos sobre a empresa.DELTA22 escreveu:Mas como assim? Você quer que tenhamos direito a voto e veto então no que especificamente??? Não entendi nada, sinceramente! Desculpe.Anderson TR escreveu: Não é necessário se fundar uma empresa para se ter direito de veto e de voto DELTA!!!!Exemplo disso é a Embraer, que apesar de não ser uma empresa Estatal é estratégica, ou seja, o governo brasileiro possui direito de veto sobre transações que possam prejudicar os interesses nacionais, inclusive sendo vetado a venda de maioria de suas ações para acionistas estrangeiros.
Eu gostaria muito de acreditar pura e simplesmente na boa vontade e patriotismo de nossas empresas, que diga-se de passagem, são muito competentes, porém, essas ToTs devem ser acompanhadas e apoiadas de perto pelo governo e F.A(s)......Olhe o exemplo da Boeing nos EUA, apesar de ser privada é estratégica para o país.
Os questionamentos que fiz quanto ao provável vencedor do Fx-2, não tem haver com a defesa dessa ou daquela proposta, ou seja, não defendo SAAB ou Dassault, França ou Suécia, pois, tenho a convicção que de uma forma ou de outra iremos gastar muito mais do que imaginamos para se ter uma logística apropriada para a absorção dessas ToTs ou pelo menos de um aumento considerável da nossa independencia na manutenção e Up-grades/adaptação desses equipamentos aos nossos interesses/demandas (é o que acho mais provável de acontecer na compra de 36 caças).....
Um Exemplo disso é o prognóstico do montante que será gasto (pelo menos por enquanto) pela MB no negócio dos Submarinos (Diga-se Estaleiro e outras coisas mais)
Saudações!!!
O caso da Embraer é diferente. Lembre-se que ela é uma ex-estatal. A ação GS do governo foi exigida na sua privatização.
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Não precisa ser uma empresa Estatal.....Basta lembrar de como a Boeing e outra empresas Norte Americanas são enquadradas por lá em relações Geo-politicas que lhes possam ser desfavoráveis.....Vide Super Tucanos para a Venezuela!!!......Quando existem investimentos direto do Estado nesses tipos de empresas, inclusive com compras regulares e favorecimento em licitações com empresas estrangeiras.......È só você observar se alguma empresa estrangeira já ganhou alguma concorrencia nos EUA para venda de armamentos à eles, quando a disputa envolve diretamente empresas locais.....A não ser que determinadas empresas de fora se associem com as Locais ou passem a fazer parte do sistema deles produzindo equipamentos por lá!!!
Se o governo vai investir dinheiro público de fato na revitalização de nossas Indústrias, sem maiores interferencias, negócios que possam ser nocivos à nossos interesses devem sim ser acompanhados de perto!!!Essa é a lógica de grandes países produtores de equipamentos bélicos e de defesa.
Um exemplo disso é a própria Dassault, se ela é uma empresa totalmente privada para que ela precisa do aval do governo Francês para transferencia de tecnologia???.....È só observar esses pormenores!!!
Saudações!!
Jesus Cristo meu Senhor -"O Leão da tribo de Judah"!!!
- Bourne
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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!
Não entendi como se coloca a relação entre empresa privada e estatal nessa questão de ToT. Pressuponho que se o Sarkô prometeu, é por que a Dassô tinha concordado e estava tudo ok. Ou, será, que tudo foi feito pelas costas da Dassô???Santiago escreveu:Essa notícia é histórica! Pela 1a vez a fé cega de NJ nas promessas francesas fraqueja. A ver...
08/10/2009 - 15h54, FSP
Jobim questiona promessa francesa de transferência integral de tecnologia para caças
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O ministro Nelson Jobim (Defesa) questionou nesta quinta-feira a promessa feita pelo presidente da França, Nicolas Sarkozy, de que a Dassault vai transferir 100% de tecnologia se vencer a licitação para fornecer caças para a FAB (Força Aérea Brasileira). Ele lembrou que a Dassault é uma empresa privada e o governo francês tem ações preferenciais, sem direito a voto.
No entanto, Jobim voltou a admitir a preferência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela proposta francesa.
Segundo o ministro, isso ocorre em função da parceria estratégica firmada entre os dois governos. Ao lembrar que a Dassault não é uma empresa estatal, observou que somente a abertura das propostas vai permitir verificar se a promessa de Sarkozy será cumprida.
"Temos a afirmação do presidente Sarkozy de transferência irrestrita de tecnologia. Quero ver o que significa irrestrita na proposta que a Dassault faz, porque, observem bem, a empresa é privada, não é estatal. As ações que o governo francês tem são preferenciais, sem direito a voto", afirmou, após participar da abertura da 10ª Convenção Nacional da Adesg (Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra).
Jobim reiterou que a Aeronáutica avaliará vários aspectos das propostas, mas que a parte referente à transferência tecnológica será fundamental para a escolha da vencedora.
Estratégia
A respeito da estratégia nacional de defesa, aprovada no ano passado, Jobim informou que deverá fechar dentro de dois meses a conta a respeito do volume de investimentos que serão necessários para tirar o programa do papel. Ele explicou que o montante não vai superar o equivalente a 0,7% do PIB (Produto Interno Bruto) anual.
"Estamos levantando um estudo para fazer o cronograma físico e financeiro de todo o projeto", disse.
O plano prevê ações, ao longo de 20 anos, de modernização e ampliação dos elementos que compõem a defesa do território brasileiro, na esfera da Forças Armadas. Defendendo a adoção de um planejamento de longo prazo, Jobim disse que o plano é "arrogante" do ponto de vista de que serve para acabar com o "complexo de vira-latas" do Brasil.
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Dassault é privada e definirá se vai transferir tecnologia, diz Jobim
A intenção do governo francês de realizar uma transferência irrestrita de tecnologia caso os caças Rafale sejam escolhidos pelo governo brasileiro para equipar a Força Aérea nacional não é garantia de que a Dassault, fabricante do equipamento, seguirá a determinação dada pelo presidente da França, Nicolas Sarkozy. O ministro da Defesa, Nelson Jobim, ressaltou que a companhia é privada e que o governo francês possui apenas ações preferenciais da empresa, sem direito a voto.
”Tem que saber se a Dassault, nas propostas que fez à Força Aérea, traz ou não (a transferência tecnológica). Eu creio que sim, mas vamos verificar”, frisou Jobim, que participou da abertura da 10ª Convenção Nacional da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (Adesg), no Rio.
O ministro ressaltou que a preferência demonstrada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelos equipamentos franceses não significa que Lula tenha batido o martelo pelo Rafale. Segundo Jobim, a demonstração do presidente segue a ideia da parceria estratégica fechada entre os dois países, que culminará na construção e fornecimento do submarino nuclear para a Marinha do Brasil.
“Não dá para falar em tendência (de que o caça francês será escolhido). Temos uma afirmação do presidente Sarkozy, dirigida ao presidente Lula, de que a transferência de tecnologia é irrestrita. Temos que ver a transferência irrestrita na proposta que a Dassault fez”, explicou Jobim, acrescentando que a transferência de tecnologia vai ser o ponto decisivo na escolha de um dos três aviões concorrentes. “A empresa que fabrica é privada, não é uma estatal”, acrescentou.
Além da Dassault, com o Rafale, concorrem na licitação internacional a americana Boeing, com o F-18 E/F Super Hornet; e sueca Saab, com o Gripen NG. As propostas foram entregues à Força Aérea Brasileira na semana passada e a decisão, segundo Jobim, deve acontecer este ano.
O ministro disse ainda que o estudo com os custos de adoção da Estratégia Nacional de Defesa (END) deverá ficar pronto em até 60 dias. “O cálculo ainda não foi feito, quero fazer uma programação de 20 anos. Mas fique certo de que não passa de 0,7% do PIB”, revelou Jobim.
FONTE: Valor Online, via G1 FOTO: Baccarat-precision
- Skyway
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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!
Bom pessoal, estarei viajando a partir de amanha, só volto no dia 18 ou 19, então...até lá, o skyway aqui vai estar sumido novamente.
Um abraço a todos.
Fui!
Um abraço a todos.
Fui!
AD ASTRA PER ASPERA
Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!
[quote="Bender"]Bom,sempre que o Min. Nelson Jobim vem a público e manda uma mensagem para ser replicada pela mídia a fora,devemos ser cautelosos ao identificar os alvos
Um alvo poderia ser a própria Dassault e seu salto alto da vitória eminente,sim poderia e teria o estilo NJ de pressão.
Bender, acho que é exatamente isto. Os antecedentes de retórica do NJ fazem fluir esta minha presunção. Ele é quase sempre direto e não busca muito rebuscado, fala e sabe para quem falou. A Dassault já levou cano no Paquistão e tem suado a camisa para emplacar com os árabes (em geral). Se estiver a fazer beicinho, o que já deve ter sido identificado aqui, pode transformar uma venda certa e já acordada entre dois presidentes em uma derrota monumental e - se não for o Gripen a ocupar o espaço - em um mico (minha opinião).
Devemos atentar para outra fala do Jobim, essa me refiro quando ele diz que o Brasil não comprará mais equipamentos bélicos usados. Aí, neste caso, há muitas entrelinhas e mensagens a ouvidos certos. Será que houve propostas de algum dos competidores? Será que houve ogertas "generosas" americanas? Ou é só um aviso, uma mensagem para um futuro próximo?
Um alvo poderia ser a própria Dassault e seu salto alto da vitória eminente,sim poderia e teria o estilo NJ de pressão.
Bender, acho que é exatamente isto. Os antecedentes de retórica do NJ fazem fluir esta minha presunção. Ele é quase sempre direto e não busca muito rebuscado, fala e sabe para quem falou. A Dassault já levou cano no Paquistão e tem suado a camisa para emplacar com os árabes (em geral). Se estiver a fazer beicinho, o que já deve ter sido identificado aqui, pode transformar uma venda certa e já acordada entre dois presidentes em uma derrota monumental e - se não for o Gripen a ocupar o espaço - em um mico (minha opinião).
Devemos atentar para outra fala do Jobim, essa me refiro quando ele diz que o Brasil não comprará mais equipamentos bélicos usados. Aí, neste caso, há muitas entrelinhas e mensagens a ouvidos certos. Será que houve propostas de algum dos competidores? Será que houve ogertas "generosas" americanas? Ou é só um aviso, uma mensagem para um futuro próximo?
Re: Re:
Tratado entre governos com Golden Share para ToT??? Nunca ouvi falar. Essa é novidade pra mim!Anderson TR escreveu:Se for receber investimento direto por parte do governo em um tratado entre governos sim!!!!Lembre-se que a Avibrás deve assumir esse tipo de estatuto, ou seja, o governo investe com o direito a algumas ações que lhe dão direitos estratégicos sobre a empresa.
Não precisa ser uma empresa Estatal.....Basta lembrar de como a Boeing e outra empresas Norte Americanas são enquadradas por lá em relações Geo-politicas que lhes possam ser desfavoráveis.....Vide Super Tucanos para a Venezuela!!!......Quando existem investimentos direto do Estado nesses tipos de empresas, inclusive com compras regulares e favorecimento em licitações com empresas estrangeiras.......È só você observar se alguma empresa estrangeira já ganhou alguma concorrencia nos EUA para venda de armamentos à eles, quando a disputa envolve diretamente empresas locais.....A não ser que determinadas empresas de fora se associem com as Locais ou passem a fazer parte do sistema deles produzindo equipamentos por lá!!!
Se o governo vai investir dinheiro público de fato na revitalização de nossas Indústrias, sem maiores interferencias, negócios que possam ser nocivos à nossos interesses devem sim ser acompanhados de perto!!!Essa é a lógica de grandes países produtores de equipamentos bélicos e de defesa.
Um exemplo disso é a própria Dassault, se ela é uma empresa totalmente privada para que ela precisa do aval do governo Francês para transferencia de tecnologia???.....È só observar esses pormenores!!!
Saudações!!
Conheço estes planos do governo como no caso da Avibras, que você citou. A proposta é o governo fica dono de parte das ações da empresa em troca de abater dividas que ela tem com o fisco. Ok, entendi, existe alguns "pormenores" ai, mas não vou entrar nesse mérito. Sigamos...
Ainda assim me resta a dúvida anterior. O que isso tem a ver com o F-X2 é que eu ainda não entendi. Inicialmente o assunto era a entrevista do cara lá da Saab, você disse sobre ToTs e tal. Ok, aquela parte eu entendi. Mas e a tal da Golden Share, onde é que ela entra no assunto é que eu ainda não consegui entender. É o governo ter Golden Share nas possíveis empresas-parceiras da Saab no GripenNG; é o governo ter GS em uma empresa criada pra gerenciar o projeto (e a ToT) em parceria com a empresa Sueca ou é o governo ter GS da Saab mesmo??? Não consegui entender mesmo!!
[]'s.
"Apenas o mais sábio e o menos sábio nunca mudam de opinião."
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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!
"Jobim questiona promessa francesa de transferência integral de tecnologia para caças"
Como citei no meu ultimo post, nenhum dos três concorrentes transferirá 100% de ToTs ao Brasil ! primeiro porque eles (nem ninguém) não são idiotas de transferirem anos e anos de estudos e investimentos em tecnologia e conhecimentos em troca de 36 caças (nem se fosse 200!), segundo porque não temos empresas brasileiras capaz de absorver toda essa ToTs (Isso é fator!) e terceiro porque o governo, a Fab e as empresas nacionais e internacionais envolvidas na disputa sabe que nunca ocorrerá 100% de transferenciar de ToTs em uma relação comercial cujo o objetivo principal é uma vendar de um produto 'X' para um cliente 'Y'! SÓ SER APRENDER A FAZER FAZENDO !!!!!!!!!!
Se para a FAB o FX é um marco na sua história! Para Boeing;Dassault;Saab o FX é apenas mais uma oportunidade de conquista mais um mercado para o seu produto e muito dinheiro ! Para as empresas brasileiras o FX surge como um "meio" de consiguir algum conhecimento e muito dinheiro! Para o Governo o FX surge como a oportunidade de diminuir sua conta com os militares e com a defesa da nação ! e Para a população de massa brasileira o FX não passar de uma conta que terão de bancar e de nada mais!
Pessoal esse comentário não é uma critica ao FX mais sim a alguns colegas que estão cheios de ideologia sobre este ou aquele concorrente (muita das vezes agredindo quem é contrario ao seu pensamento) e muitas vezes se esquecem quo o "FX" é pura e simplesmente uma concorrência comercial que tem como objetivo a compra de um produto 'X' pelo estado brasileiro a fim de sanar uma necessidade da nação, e que a empresa que ganhar encherá seus cofres com o NOSSO dinheiro.!
Por isso quando fomos torcer para alguém nesse FX, que torcemos para o maior interessado nele o BRASIL !!
(Comentário esse baseado em idéias e opiniões minhas!)
Helio,
Como citei no meu ultimo post, nenhum dos três concorrentes transferirá 100% de ToTs ao Brasil ! primeiro porque eles (nem ninguém) não são idiotas de transferirem anos e anos de estudos e investimentos em tecnologia e conhecimentos em troca de 36 caças (nem se fosse 200!), segundo porque não temos empresas brasileiras capaz de absorver toda essa ToTs (Isso é fator!) e terceiro porque o governo, a Fab e as empresas nacionais e internacionais envolvidas na disputa sabe que nunca ocorrerá 100% de transferenciar de ToTs em uma relação comercial cujo o objetivo principal é uma vendar de um produto 'X' para um cliente 'Y'! SÓ SER APRENDER A FAZER FAZENDO !!!!!!!!!!
Se para a FAB o FX é um marco na sua história! Para Boeing;Dassault;Saab o FX é apenas mais uma oportunidade de conquista mais um mercado para o seu produto e muito dinheiro ! Para as empresas brasileiras o FX surge como um "meio" de consiguir algum conhecimento e muito dinheiro! Para o Governo o FX surge como a oportunidade de diminuir sua conta com os militares e com a defesa da nação ! e Para a população de massa brasileira o FX não passar de uma conta que terão de bancar e de nada mais!
Pessoal esse comentário não é uma critica ao FX mais sim a alguns colegas que estão cheios de ideologia sobre este ou aquele concorrente (muita das vezes agredindo quem é contrario ao seu pensamento) e muitas vezes se esquecem quo o "FX" é pura e simplesmente uma concorrência comercial que tem como objetivo a compra de um produto 'X' pelo estado brasileiro a fim de sanar uma necessidade da nação, e que a empresa que ganhar encherá seus cofres com o NOSSO dinheiro.!
Por isso quando fomos torcer para alguém nesse FX, que torcemos para o maior interessado nele o BRASIL !!
(Comentário esse baseado em idéias e opiniões minhas!)
Helio,
Brava Gente Brasileira ..!
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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!
Caro JP,jp escreveu:Se estiver a fazer beicinho, o que já deve ter sido identificado aqui, pode transformar uma venda certa e já acordada entre dois presidentes em uma derrota monumental e - se não for o Gripen a ocupar o espaço - em um mico (minha opinião).
Seria praticamente uma repetição do que ocorreu no Marrocos. Acredito mais nessa hipótese, ainda mais considerando o desencontro nas declarações do presidente Sarkozy e da Dassault (Charles Edelstenne?), o primeiro prometendo transferência irrestrita de tecnologia e o segundo dizendo que não seria repassado tudo. O que causa estranheza é o fato de, ao que se sabe, representantes da Dassault estarem presentes naquela famosa reunião e depois darem declarações contrariando tudo aquilo que tinha sido acertado.
Abraços,
Wesley
"A medida que a complexidade aumenta, as declarações precisas perdem relevância e as declarações relevantes perdem precisão." Lofti Zadeh
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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!
Orestes,
Essa é outra coisa inflada, o que escrevemos aqui só tem valor aqui, fora deste micro cosmos, não vale nada.
Essa é outra coisa inflada, o que escrevemos aqui só tem valor aqui, fora deste micro cosmos, não vale nada.
"O que se percebe hoje é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento"
NJ
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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!
O pessoal se fixa no hardware e deixa passar coisas importantes:
Em outra:Estratégia
A respeito da estratégia nacional de defesa, aprovada no ano passado, Jobim informou que deverá fechar dentro de dois meses a conta a respeito do volume de investimentos que serão necessários para tirar o programa do papel. Ele explicou que o montante não vai superar o equivalente a 0,7% do PIB (Produto Interno Bruto) anual.
"Estamos levantando um estudo para fazer o cronograma físico e financeiro de todo o projeto", disse.
O plano prevê ações, ao longo de 20 anos, de modernização e ampliação dos elementos que compõem a defesa do território brasileiro, na esfera da Forças Armadas. Defendendo a adoção de um planejamento de longo prazo, Jobim disse que o plano é "arrogante" do ponto de vista de que serve para acabar com o "complexo de vira-latas" do Brasil.
Isto é para os céticos que não acreditavam que recursos seriam alocados para a END.O ministro disse ainda que o estudo com os custos de adoção da Estratégia Nacional de Defesa (END) deverá ficar pronto em até 60 dias. “O cálculo ainda não foi feito, quero fazer uma programação de 20 anos. Mas fique certo de que não passa de 0,7% do PIB” (ao ano ), revelou Jobim.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!
http://www.correiobraziliense.com.br/ap ... FALE.shtml
Boeing garante preço 40% menor que o Rafale
Isabel Fleck
Publicação: 09/10/2009 07:00 Atualização: 09/10/2009 02:10
A empresa norte-americana Boeing, que concorre no programa F-X2 da Força Aérea Brasileira (FAB) com o caça F/A-18 Super Hornet, considera que está mais na disputa do que nunca. Segundo o vice-presidente da Boeing para o programa F-18, Bob Gower, a última oferta, apresentada ao governo brasileiro em 2 de agosto, traz argumentos "muito convincentes", como um preço até 40% menor que a da francesa Dassault, que participa da competição com o Rafale, e a transferência de "toda a tecnologia pedida pela FAB". "Acredito que seríamos até 40% mais baratos que o Rafale tanto nos custos de aquisição como de manutenção", revelou Gower em entrevista ao Correio.
O representante da Boeing, que se reuniu com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, nesta semana, questionou a "transferência de tecnologia irrestrita" oferecida pelo governo francês. "Para nós, isso significa ofertar tudo o que é preciso para projetar e construir uma aeronave. Eles possuem, por exemplo, os direitos do chip da Intel, que está dentro da plataforma do avião?", indagou.
Quanto à outra concorrente, a sueca Saab, Gower alertou para o fato de o Gripen NG ainda ser um avião em desenvolvimento, e de os custos e prazos para entrega, nestes casos, sempre serem maiores do que o estimado. Sobre a recente ofensiva da Saab no Brasil — que, nos últimos dez dias, teve uma audiência pública no Senado, convocou uma coletiva de imprensa e tem publicado anúncios do Gripen NG em jornais brasileiros —, Gower ironizou: "Alguns concorrentes estão mais desesperados por uma venda, porque sem uma venda, eles (os aviões) potencialmente não existem."
Em visita à Suécia, nesta semana, o presidente Lula disse que a única proposta que ele conhece "textualmente" é a da Dassault, entregue pelo presidente Nicolas Sarkozy. Isto torna a disputa desigual?
Acredito que seremos tratados de maneira justa na concorrência. O nosso entendimento é que a Força Aérea Brasileira ainda está avaliando todas as três propostas, e levará suas recomendações ao ministro Nelson Jobim e ao presidente Lula. E quando isso acontecer, o presidente Lula poderá ter acesso a todas as propostas, já com as recomendações da FAB. No caso da Boeing, usamos este período a mais para atualizar a nossa proposta e acreditamos que, com essa nova oferta, a decisão pode se voltar a nosso favor. Temos argumentos muito convincentes sobre a mesa, considerando que a nossa proposta sairá muito mais barata ao governo brasileiro do que a do Rafale e o nosso programa de transferência de tecnologia.
Quão mais barato é o Super Hornet, comparado ao Rafale?
Acredito que seríamos até 40% mais baratos que o Rafale tanto nos custos de aquisição como de manutenção.
A Saab chegou a dizer que, em 40 anos, o custo de um caça como o Super Hornet ou o Rafale equivaleria ao de dois Gripen NG. No fator custo, não seria mais interessante para o Brasil investir então na proposta sueca?
É preciso observar que, hoje, o Gripen NG não é um avião pronto, então qualquer projeção que se faça sobre o Gripen NG não tem base em uma trajetória, como é o caso do Super Hornet, que já teve 400 unidades entregues. Além disso, a nossa experiência com o desenvolvimento de aviões, como o 787 e o Joint Strike Fighter, mostra que os custos sempre acabam sendo bem mais altos do que o esperado e o prazo para entrega, maior. E esse é o grande risco de se pegar um programa que ainda está sendo desenvolvido.
O governo brasileiro, em especial o presidente Lula e o ministro Jobim têm afirmado, reiteradamente, desde o 7 de setembro, que o Brasil tem preferência política pela proposta francesa. Você acha que, com isso, o governo pula etapas no processo?
Tudo o que vimos até agora está de acordo com o processo original: a FAB está fazendo a sua avaliação, vai encaminhá-la ao Ministro da Defesa, que levará ao presidente. Então, todos os passos que o governo brasileiro afirmou que iria tomar, ele está tomando agora. E eu realmente acredito que o Brasil obteve, no último mês, uma vantagem, já que todas as concorrentes tiveram a oportunidade de melhorar as suas propostas, que agora estão mais competitivas.
Na última terça-feira, o senhor se reuniu com o ministro Jobim. Como foi o encontro? O senhor obteve garantias sobre o processo?
Foi um encontro muito bom. Tive a oportunidade de explicar o que significa o termo "necessário" quando falamos de transferência de tecnologia, e ele me garantiu que a competição ainda está aberta para os três concorrentes, o que dá muita segurança. Também foi muito importante porque queríamos ter a certeza de que todos no processo estão informados sobre o que está na nossa proposta para fazer a melhor escolha para o Brasil.
O que a Boeing melhorou na sua proposta?
A principal mudança é a possibilidade de finalizar os caças aqui. Nós já tínhamos oferecido fazer uma parte significante da fuselagem, assim como as asas, mas agora temos a oportunidade de entregar os caças a partir do Brasil. Outro ponto significante é que conseguimos, no início de setembro, a aprovação do Congresso para toda a tecnologia que foi oferecida. Então não precisamos nenhuma aprovação adicional à tecnologia que propomos transferir.
Mas o que, de fato, poderá ser produzido aqui?
A montagem final dos 24 últimos aviões será feito no Brasil. Isso inclui unir a fuselagem, as asas, colocar a cauda, instalar toda a aviônica (instrumentos de vôo) e testar o avião para ver se ele está pronto para voar. Mas mais do que isso, vamos fazer a frente da fuselagem e uma parte significativa das asas para as 36 aeronaves aqui. E esta fuselagem produzida aqui não será apenas para os caças vendidos ao Brasil, mas o país poderá produzir para qualquer outra venda internacional que fizermos. E uma parceria deste tipo com a indústria brasileira é muito interessante, já que temos um grande mercado internacional.
O garoto-propaganda dos caças franceses tem sido, desde o início, o presidente Nicolas Sarkozy, que veio pessoalmente ao Brasil em meio à concorrência. Vocês acreditam que faltou um pouco deste tipo de empenho do governo americano?
O governo americano respalda totalmente a oferta que foi feita ao Brasil. A venda do Super Hornet, inclusive, é uma venda de governo a governo, não é da Boeing ao Brasil. Toda a proposta passou pelo governo americano, que enviou ao Brasil assessores próximos ao presidente Barack Obama para reafirmar que Washington aprova a oferta e a transferência de tecnologia. Eles fizeram o que era preciso nesta campanha. Desde o início, o nosso foco tem sido em colocar o nosso compromisso no contrato, para não haver surpresas. Então o fato de alguém vir aqui e falar sobre compromissos é uma coisa; se preocupar em colocar isso no contrato é um outro patamar. O que assinamos, o que colocamos no contrato é mais importante do que o que um dignatário possa falar em um discurso. E essa é uma preocupação que a Boeing e o presidente Obama tem tido: colocar tudo por escrito.
Por conta da recente ofensiva do governo sueco, que tem vindo constantemente ao Brasil, alguns tem considerado apenas a Saab e a Dassault no páreo. Como você vê esta suposição?
Nós estamos muito mais na disputa do que antes, e a nossa proposta falará por si só. Nós estamos acompanhando a disputa de perto, estivemos aqui nos últimos dois dias. No entanto, alguns concorrentes estão mais desesperados por uma venda, porque sem uma venda, eles (os aviões) potencialmente não existem. Nós temos um negócio estável, e não estamos em pânico como eles aparentemente estão.
A França oferece transferência de tecnologia irrestrita, e os EUA, a transferência de tecnologia "necessária". O ministro Jobim inclusive já questionou este termo. O que é uma transferência de tecnologia "necessária"?
"Necessária" quer dizer que vamos transferir toda a tecnologia que foi pedida pela FAB. Honestamente, nós não conseguimos entender como alguém oferece transferência de tecnologia "irrestrita", porque, para nós, isso significa ofertar tudo o que é preciso para projetar e construir uma aeronave. Eles possuem, por exemplo, os direitos do chip da Intel, que está dentro da plataforma do avião? Eles estão oferecendo acesso a essa tecnologia? Nós não oferecemos transferência irrestrita porque não temos os direitos sobre os chips da Intel. Acho que essa é a diferença. O governo americano tem se preocupado em colocar tudo no contrato, porque assim, há a segurança de que será cumprido. Quando fica só nas palavras, pode até agradar, mas se não for colocado no papel, eu não acredito.
A Saab disse que ofereceu 175% do valor de seu pacote em contrapartidas comerciais e tecnológicas (offset) ao Brasil. O que a Boeing ofereceu, neste sentido, em sua última proposta?
Consideramos o nosso programa de offset muito completo, porque inclui não só a aeronave, mas coisas que extrapolam, como ajudar no desenvolvimento do KC-390 (futura aeronave de transporte militar da Embraer), e de um caça supersônico comercial. Estamos fazendo tudo isso para ajudar a indústria brasileira e dar acesso ao mercado americano, que é o maior mercado de Defesa do mundo — dez vezes maior que o Francês e 100 vezes maior que o da Suécia. É preciso destacar ainda que, até hoje, cumprimos com todos os nossos offsets — que somam mais de US$ 30 bilhões —, e todos dentro do prazo. Além disso, passadas as obrigações do offset, continuamos fazendo negócios com todas as empresas.
Na proposta de vocês, estão previstos o apoio e o co-desenvolvimento do KC-390. Mas o governo americano compraria este tipo de aeronave do Brasil, uma vez que já dispõem de aviões de transporte como o C-17 e C-130?
O foco inicial do co-desenvolvimento é pegar o que temos feito com a plataforma e a tecnologia do C-17 (produzido pela Boeing), e aplicar para reduzir os riscos no programa de desenvolvimento do KC-390. Os aviões C-17 e KC-390 são muito parecidos, mas o C-17 é muito maior. Hoje, o equivalente ao KC-390 nos EUA é o C-130, que é um modelo mais antigo, com menor velocidade e menor alcance. E a Boeing não tem aviões deste tipo do tamanho do KC-390, então nos interessa não só o mercado americano, mas de todo o mundo para esta aeronave — vai depender de o quanto a Embraer vai querer investir nestes mercados. É importante notar que os EUA tem buscado um substituto para o C-130, e, em conversas com a Força Aérea Americana, vimos que o KC-390 atende muito bem às expectativas. Mas isso é para daqui a sete anos.
A Embraer respondeu à primeira chamada da Força Aérea dos EUA para a compra de cem caças leves, concorrência que disputaria com o Super Tucano. O senhor acredita que isso pode influenciar na disputa do FX-2?
Para mim, é muito claro que se o Brasil mostrar que seu mercado de Defesa está aberto aos competidores americanos, isso vai ajudar a garantir que o mercado americano esteja também aberto às empresas brasileiras. Eu realmente acredito que um resultado do FX-2 para uma empresa americana pode aumentar muito as chances do Super Tucano nos EUA.
Boeing garante preço 40% menor que o Rafale
Isabel Fleck
Publicação: 09/10/2009 07:00 Atualização: 09/10/2009 02:10
A empresa norte-americana Boeing, que concorre no programa F-X2 da Força Aérea Brasileira (FAB) com o caça F/A-18 Super Hornet, considera que está mais na disputa do que nunca. Segundo o vice-presidente da Boeing para o programa F-18, Bob Gower, a última oferta, apresentada ao governo brasileiro em 2 de agosto, traz argumentos "muito convincentes", como um preço até 40% menor que a da francesa Dassault, que participa da competição com o Rafale, e a transferência de "toda a tecnologia pedida pela FAB". "Acredito que seríamos até 40% mais baratos que o Rafale tanto nos custos de aquisição como de manutenção", revelou Gower em entrevista ao Correio.
O representante da Boeing, que se reuniu com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, nesta semana, questionou a "transferência de tecnologia irrestrita" oferecida pelo governo francês. "Para nós, isso significa ofertar tudo o que é preciso para projetar e construir uma aeronave. Eles possuem, por exemplo, os direitos do chip da Intel, que está dentro da plataforma do avião?", indagou.
Quanto à outra concorrente, a sueca Saab, Gower alertou para o fato de o Gripen NG ainda ser um avião em desenvolvimento, e de os custos e prazos para entrega, nestes casos, sempre serem maiores do que o estimado. Sobre a recente ofensiva da Saab no Brasil — que, nos últimos dez dias, teve uma audiência pública no Senado, convocou uma coletiva de imprensa e tem publicado anúncios do Gripen NG em jornais brasileiros —, Gower ironizou: "Alguns concorrentes estão mais desesperados por uma venda, porque sem uma venda, eles (os aviões) potencialmente não existem."
Em visita à Suécia, nesta semana, o presidente Lula disse que a única proposta que ele conhece "textualmente" é a da Dassault, entregue pelo presidente Nicolas Sarkozy. Isto torna a disputa desigual?
Acredito que seremos tratados de maneira justa na concorrência. O nosso entendimento é que a Força Aérea Brasileira ainda está avaliando todas as três propostas, e levará suas recomendações ao ministro Nelson Jobim e ao presidente Lula. E quando isso acontecer, o presidente Lula poderá ter acesso a todas as propostas, já com as recomendações da FAB. No caso da Boeing, usamos este período a mais para atualizar a nossa proposta e acreditamos que, com essa nova oferta, a decisão pode se voltar a nosso favor. Temos argumentos muito convincentes sobre a mesa, considerando que a nossa proposta sairá muito mais barata ao governo brasileiro do que a do Rafale e o nosso programa de transferência de tecnologia.
Quão mais barato é o Super Hornet, comparado ao Rafale?
Acredito que seríamos até 40% mais baratos que o Rafale tanto nos custos de aquisição como de manutenção.
A Saab chegou a dizer que, em 40 anos, o custo de um caça como o Super Hornet ou o Rafale equivaleria ao de dois Gripen NG. No fator custo, não seria mais interessante para o Brasil investir então na proposta sueca?
É preciso observar que, hoje, o Gripen NG não é um avião pronto, então qualquer projeção que se faça sobre o Gripen NG não tem base em uma trajetória, como é o caso do Super Hornet, que já teve 400 unidades entregues. Além disso, a nossa experiência com o desenvolvimento de aviões, como o 787 e o Joint Strike Fighter, mostra que os custos sempre acabam sendo bem mais altos do que o esperado e o prazo para entrega, maior. E esse é o grande risco de se pegar um programa que ainda está sendo desenvolvido.
O governo brasileiro, em especial o presidente Lula e o ministro Jobim têm afirmado, reiteradamente, desde o 7 de setembro, que o Brasil tem preferência política pela proposta francesa. Você acha que, com isso, o governo pula etapas no processo?
Tudo o que vimos até agora está de acordo com o processo original: a FAB está fazendo a sua avaliação, vai encaminhá-la ao Ministro da Defesa, que levará ao presidente. Então, todos os passos que o governo brasileiro afirmou que iria tomar, ele está tomando agora. E eu realmente acredito que o Brasil obteve, no último mês, uma vantagem, já que todas as concorrentes tiveram a oportunidade de melhorar as suas propostas, que agora estão mais competitivas.
Na última terça-feira, o senhor se reuniu com o ministro Jobim. Como foi o encontro? O senhor obteve garantias sobre o processo?
Foi um encontro muito bom. Tive a oportunidade de explicar o que significa o termo "necessário" quando falamos de transferência de tecnologia, e ele me garantiu que a competição ainda está aberta para os três concorrentes, o que dá muita segurança. Também foi muito importante porque queríamos ter a certeza de que todos no processo estão informados sobre o que está na nossa proposta para fazer a melhor escolha para o Brasil.
O que a Boeing melhorou na sua proposta?
A principal mudança é a possibilidade de finalizar os caças aqui. Nós já tínhamos oferecido fazer uma parte significante da fuselagem, assim como as asas, mas agora temos a oportunidade de entregar os caças a partir do Brasil. Outro ponto significante é que conseguimos, no início de setembro, a aprovação do Congresso para toda a tecnologia que foi oferecida. Então não precisamos nenhuma aprovação adicional à tecnologia que propomos transferir.
Mas o que, de fato, poderá ser produzido aqui?
A montagem final dos 24 últimos aviões será feito no Brasil. Isso inclui unir a fuselagem, as asas, colocar a cauda, instalar toda a aviônica (instrumentos de vôo) e testar o avião para ver se ele está pronto para voar. Mas mais do que isso, vamos fazer a frente da fuselagem e uma parte significativa das asas para as 36 aeronaves aqui. E esta fuselagem produzida aqui não será apenas para os caças vendidos ao Brasil, mas o país poderá produzir para qualquer outra venda internacional que fizermos. E uma parceria deste tipo com a indústria brasileira é muito interessante, já que temos um grande mercado internacional.
O garoto-propaganda dos caças franceses tem sido, desde o início, o presidente Nicolas Sarkozy, que veio pessoalmente ao Brasil em meio à concorrência. Vocês acreditam que faltou um pouco deste tipo de empenho do governo americano?
O governo americano respalda totalmente a oferta que foi feita ao Brasil. A venda do Super Hornet, inclusive, é uma venda de governo a governo, não é da Boeing ao Brasil. Toda a proposta passou pelo governo americano, que enviou ao Brasil assessores próximos ao presidente Barack Obama para reafirmar que Washington aprova a oferta e a transferência de tecnologia. Eles fizeram o que era preciso nesta campanha. Desde o início, o nosso foco tem sido em colocar o nosso compromisso no contrato, para não haver surpresas. Então o fato de alguém vir aqui e falar sobre compromissos é uma coisa; se preocupar em colocar isso no contrato é um outro patamar. O que assinamos, o que colocamos no contrato é mais importante do que o que um dignatário possa falar em um discurso. E essa é uma preocupação que a Boeing e o presidente Obama tem tido: colocar tudo por escrito.
Por conta da recente ofensiva do governo sueco, que tem vindo constantemente ao Brasil, alguns tem considerado apenas a Saab e a Dassault no páreo. Como você vê esta suposição?
Nós estamos muito mais na disputa do que antes, e a nossa proposta falará por si só. Nós estamos acompanhando a disputa de perto, estivemos aqui nos últimos dois dias. No entanto, alguns concorrentes estão mais desesperados por uma venda, porque sem uma venda, eles (os aviões) potencialmente não existem. Nós temos um negócio estável, e não estamos em pânico como eles aparentemente estão.
A França oferece transferência de tecnologia irrestrita, e os EUA, a transferência de tecnologia "necessária". O ministro Jobim inclusive já questionou este termo. O que é uma transferência de tecnologia "necessária"?
"Necessária" quer dizer que vamos transferir toda a tecnologia que foi pedida pela FAB. Honestamente, nós não conseguimos entender como alguém oferece transferência de tecnologia "irrestrita", porque, para nós, isso significa ofertar tudo o que é preciso para projetar e construir uma aeronave. Eles possuem, por exemplo, os direitos do chip da Intel, que está dentro da plataforma do avião? Eles estão oferecendo acesso a essa tecnologia? Nós não oferecemos transferência irrestrita porque não temos os direitos sobre os chips da Intel. Acho que essa é a diferença. O governo americano tem se preocupado em colocar tudo no contrato, porque assim, há a segurança de que será cumprido. Quando fica só nas palavras, pode até agradar, mas se não for colocado no papel, eu não acredito.
A Saab disse que ofereceu 175% do valor de seu pacote em contrapartidas comerciais e tecnológicas (offset) ao Brasil. O que a Boeing ofereceu, neste sentido, em sua última proposta?
Consideramos o nosso programa de offset muito completo, porque inclui não só a aeronave, mas coisas que extrapolam, como ajudar no desenvolvimento do KC-390 (futura aeronave de transporte militar da Embraer), e de um caça supersônico comercial. Estamos fazendo tudo isso para ajudar a indústria brasileira e dar acesso ao mercado americano, que é o maior mercado de Defesa do mundo — dez vezes maior que o Francês e 100 vezes maior que o da Suécia. É preciso destacar ainda que, até hoje, cumprimos com todos os nossos offsets — que somam mais de US$ 30 bilhões —, e todos dentro do prazo. Além disso, passadas as obrigações do offset, continuamos fazendo negócios com todas as empresas.
Na proposta de vocês, estão previstos o apoio e o co-desenvolvimento do KC-390. Mas o governo americano compraria este tipo de aeronave do Brasil, uma vez que já dispõem de aviões de transporte como o C-17 e C-130?
O foco inicial do co-desenvolvimento é pegar o que temos feito com a plataforma e a tecnologia do C-17 (produzido pela Boeing), e aplicar para reduzir os riscos no programa de desenvolvimento do KC-390. Os aviões C-17 e KC-390 são muito parecidos, mas o C-17 é muito maior. Hoje, o equivalente ao KC-390 nos EUA é o C-130, que é um modelo mais antigo, com menor velocidade e menor alcance. E a Boeing não tem aviões deste tipo do tamanho do KC-390, então nos interessa não só o mercado americano, mas de todo o mundo para esta aeronave — vai depender de o quanto a Embraer vai querer investir nestes mercados. É importante notar que os EUA tem buscado um substituto para o C-130, e, em conversas com a Força Aérea Americana, vimos que o KC-390 atende muito bem às expectativas. Mas isso é para daqui a sete anos.
A Embraer respondeu à primeira chamada da Força Aérea dos EUA para a compra de cem caças leves, concorrência que disputaria com o Super Tucano. O senhor acredita que isso pode influenciar na disputa do FX-2?
Para mim, é muito claro que se o Brasil mostrar que seu mercado de Defesa está aberto aos competidores americanos, isso vai ajudar a garantir que o mercado americano esteja também aberto às empresas brasileiras. Eu realmente acredito que um resultado do FX-2 para uma empresa americana pode aumentar muito as chances do Super Tucano nos EUA.
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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!
imagina o preço do j-10 chines
5% do rafale e ainda vem com bugigangas de brinde
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"A religião católica contém a Verdade total revelada por Deus e não dizemos isso com arrogância nem para desafiar ninguém. Não podemos diminuir esta afirmação" Dom Hector Aguer
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