Depois da Marinha e FAB, Exército espera pacote de R$ 20 bi

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Marino
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Re: Depois da Marinha e FAB, Exército espera pacote de R$ 20 bi

#151 Mensagem por Marino » Sáb Set 26, 2009 6:12 pm

Entendi.




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gil eanes

Re: Depois da Marinha e FAB, Exército espera pacote de R$ 20 bi

#152 Mensagem por gil eanes » Sáb Set 26, 2009 6:36 pm

O programa nuclear da Marinha vem de anos passados, confunde-se até mesmo com a própria história nuclear do país. Desde esses anos remotos até hoje ele andou capengado por falta de recursos, contingenciamento e outros desvios de rumos. MAS nunca morreu! Entrou Almirante e Saiu Almirante e este programa sempre esteve em pauta na força. A idéia de um submarino nuclear nasceu neste contexto e, talvez agora, comece a ter um fim, com a sua concretização. A isto eu chamo de projeto.

O bonde só veio a acelerar, mas sem ele o submarino nuclear, há muitos desejados pelas autoridades navais, sairia nem que fosse à fórceps. Bom exemplo para as outras forças.




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Guerra
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Re: Depois da Marinha e FAB, Exército espera pacote de R$ 20 bi

#153 Mensagem por Guerra » Sáb Set 26, 2009 9:27 pm

Carlos Mathias escreveu::lol: :lol: :lol: :lol:

Se o Guerra beber água num copo, a borda derrete com o ácido. :mrgreen:
Carlão, não é acidez. Dizem que é melhor ofender com a verdade (ou que se acredita ser a verdade) do que agradar com a lisonja. Vamos elogiar o que é motivo de elogio, mas vamos criticar o que precisa ser criticado.
O que eu fiz foi tentar entender o que esta acontecendo, por isso eu ordenei o que esta acontecendo dentro da minha visão.
Eu não sei se você já deu uma volta pelo DB, mas já estão atribuindo culpa ao EB ao fato da força esta ficando para trás, ou estão dizendo que tudo vai bem e por um caminho perfeito.
Eu não poupo criticas a força, mas até onde é culpa da força? Onde esse caminho vai nos levar?
Na palestra que eu participei, a parte da MB foi perfeita. Se tudo sair como planejado a Mb vai ser motivo de orgulho. Mas e o EB?
Depois da batida de cabeça que o EB teve nas compras do Leo 1 A1, houve um certo interesse em fazer a coisa certa da próxima vez que se tiver oportunidade de fazer uma compra.
O Oficial que trabalha comigo participou de um estudo sobre como desenrolou o projeto do exército Espanhol. Por isso eu disse que o EB queria ser parecido com o espanhol e esta sendo empurrado para o que é o exército americano.
Ele entrevistou um dos idealizadores do Programa CORAZA 2000 do exército espanhol, um tal Ten Cel Muñoz. Esse explicou que o programa foi concebido desde o inicio, de forma sistêmica. Os sistemas que compõem o exército espanhol foram analisados de forma interdependente, antes da tomada de decisão.
Portanto, a decisão de adquirir o Leo 2 teve uma base cientifica (veja que a nossa reestruturação das tropas Bld começou em 2003). Eu sei que nessa jogada toda da Espanha o Leo 2 saiu por um peço menor que qualquer outro CC do mercado. Isso já incluido os custos de aquisição, simuladores para motorista e atiradores, manuais traduzidos, garagens adaptadas, pessoal especializado.
De acordo com as diretrizes do Cmt do EB, General Enzo, de 9 de maio de 2007 (olha o ano), estabelece que o EB esta organizado de forma sistêmica.

http://www.exercito.gov.br/05notic/pain ... trizes.pdf (pagina 5)

Se vc ler os sistemas que a força foi dividida, sem levar em conta a forma como foi divido (que merda é essa de sistema de engenharia de construção?), vai ver que a força esta seguindo o que orientava o tal planejamento (numero 8 sistema de ciência e tecnologia).
Muito bem , essa é a visão do nosso Cmt. Veja que existe um sistema chamado “operações”. Ali, imagino que esta incluída as operações de nível Divisão e Bda (Não sei se estou falando merda, porque eu sou um curioso como qualquer outro integrante do fórum. A única diferença é que as vezes tem uma posição privilegiada). Mas vamos falar das Bda. Lembro que o EB adotou o modulo bda, o que não é novidade nenhuma.
A Bda Tb esta dividida em sistemas operacionais, que são eles: sistema de comando e controle; inteligência; manobra; apoio de fogo; defesa AAe; mobilidade, contra mobilidade e proteção; e o sistema logístico.
Vamos pegar como base nossa bda bld. Vamos pegar a bda bld porque é o nosso top.
- O sistema de C2 é formado pelo esquadrão de comando, companhia de comunicações e pelo pelotão de PE.
- sistema de apoio de fogo, são os grupos de artilharia.
- Mobilidade, C Mob e proteção, são os batalhões de engenharia.
- logístico são os Btl logisticos.
- inteligência, não existe. Inteligência operacional, não existe.
- Defesa AAe, não existe.
- Manobra, são os BIB, RCC, Esqd de cav MEC.
O que o URUTU III agrega nas Bda Bld? No esqd de cav MEC, só e mais nada.
Teremos um VANT que vai dar um ponta pé inicial na nossa inteligência, mas e o resto? Engenharia, comunicações, logístico, defesa AAe.

Agora vamos analisar uma Bda MEC que vai ser formada. Os sistemas são os mesmos.
A diferença eu imagino é que essa bda MEC não deve precisar de um sistema de engenharia tão complexo. E o sistema de manobra teve ter apenas 3 Btl de inf MEC, e não deve ter RCC, nem esqd mec.
Se compararmos os sistemas dessa Bda MEC com os da bda Mtz é um salto enorme. Mas no total o que agrega?
Ai o cara lança essa que os países estão todos caminhando por esse caminho de sobre rodas. É verdade. Mas ninguém faz isso sem levar junto esses sistemas operacionais. Porque é um apoio de fogo fantástico uma artilharia medonha, um sistema de inteligência de tecnologia de ponta, e principalmente a logística, que permite que viaturas sobre rodas com blindagem casca de ovo transite impunemente pelo campo de batalha.

Se a idéia é ter uma tropa mecanizada, adquirir tecnologia e depois quem sabe partir para uma tropa blindada, tudo bem. Mas e até lá? Como fica?
Por isso eu estou chamando o pessoal para botar o pé no chão e analisar que caminho é esse que estamos trilhando e onde ele pode nos levar.

PS: desculpe o post gigantesco e ter aproveitado sua brincadeira para expor tudo que penso :wink: :D , No mais tem um colega que toda vez que eu falo algo fica imitando chocalho de uma cascavel :mrgreen: :mrgreen:




A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!
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Re: Depois da Marinha e FAB, Exército espera pacote de R$ 20 bi

#154 Mensagem por gil eanes » Dom Set 27, 2009 11:10 am

Para conhecer mais cito novamente o caso da nossa parceira:

Antes um adendo: Metodologicamente programa = reunião de vários projetos.

https://www.mar.mil.br/menu_v/ccsm/impr ... ear_mb.htm




gil eanes

Re: Depois da Marinha e FAB, Exército espera pacote de R$ 20 bi

#155 Mensagem por gil eanes » Dom Set 27, 2009 11:36 am

O exemplo da Marinha.

Para não me acusarem de chutador e embusteiro revelo a fonte. Apenas o "grifo" é meu.

Vejam que interessante reportagem da revista Galileu. Serve apenas para corroborar o que já havia dito no Sáb Set 26, 2009 6:36 pm, acima. Atentem para as datas.

Por dentro do Brasil nuclear

Pablo Nogueira

SEGURANÇA MÁXIMA
Não é permitido ver as centrífugas. Nem saber quantas estão em operação na fábrica. O sigilo que cerca o equipamento e permeia a rotina dos 531 funcionários da INB Resende condiz com o nebuloso processo percorrido pelo Brasil para conseguir enriquecer seu urânio. Guilherme Camargo, presidente da Associação Brasileira de Energia Nuclear (Aben), afirma que o projeto que resultou na tecnologia começou a ser desenvolvido há três décadas. Nos anos 60, o País se aproximou da Alemanha, movido pelo interesse em implantar usinas nucleares.

As primeiras tratativas previam que, além das usinas propriamente ditas, os alemães transfeririam também o conhecimento do método de enriquecimento de urânio por centrifugação. Quando o acordo foi fechado, em 1975, a Holanda, parceira da Alemanha no consórcio nuclear internacional Urenco, vetou a partilha tecnológica.

Os germânicos ofereceram ao Brasil o acesso a uma outra forma variante de enriquecimento, que, após muitos anos de pesquisa, se mostrou ineficaz. Em 1979, paralelamente à colaboração com a Alemanha, foi criado um programa nuclear secreto.

O NYT ACUSOU O BRASIL DE ENVIAR URÂNIO PARA O IRAQUE NOS ANOS 80

"A iniciativa surgiu a partir dos próprios pesquisadores da área e depois foi encampada pela Marinha. Tinha como objetivo construir um submarino nuclear e dominar a centrifugação", diz Camargo. Ele conta que o projeto foi conduzido com rigor pela Marinha. Ela contratou firmas e laboratórios civis para desenvolver componentes do programa. "Essas empresas trabalhavam num regime de alta segurança. Cada uma só fazia uma parte do trabalho, e só os administradores tinham a noção do todo. Eles copiaram esse modelo do Projeto Manhattan, iniciado em 1942 e que resultou na construção da bomba atômica americana."

Tanto segredo acabou dando certo. Já nos anos 80 realizaram-se os primeiros experimentos bem-sucedidos de enriquecimento de urânio em nosso País, inicialmente em laboratórios da Marinha. Mas, com o fim do regime militar, em 1985, as verbas para a área foram escasseando.

Durante o governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), um convênio entre a Comissão Nacional de Energia Nuclear e a Marinha selou a absorção do programa paralelo pelo oficial, dirigido pelo governo.

A Marinha, sem os recursos para produzir centrífugas na quantidade desejada pela indústria nuclear nacional, passou essa tarefa à INB e restringiu-se ao papel de desenvolvedora técnica.

A TRAJETÓRIA VERDE-AMARELA: 75 anos de brigas com americanos, viagens secretas, negócios com a Alemanha e sigilo industrial
1934>>> USP realiza os primeiros estudos sobre uso da energia nuclear
1947>>> O Brasil cria a Comissão de Fiscalização de Minerais Estratégicos, para monitorar a exportação aos EUA de areia monazítica, rica em tório. O País propõe que, em troca do minério, os americanos repassem tecnologia nuclear, mas eles se recusam
1951>>> Por sugestão da comissão, é criado o Conselho Nacional de Pesquisas, CNPq, que herda a administração das reservas de urânio e tório. Álvaro Mota é o primeiro presidente
1954>>> Em viagem secreta à Europa, Álvaro Mota negocia com franceses a compra de uma usina de produção de yellow cake, o urânio livre de impurezas. Na Alemanha, adquire três centrífugas por US$ 80 mil. Na véspera de seu retorno, o equipamento é apreendido numa operação orquestrada pelos EUA. O fracasso resulta na exoneração de Álvaro Mota
1956>>> Criação da Comissão Nacional de Energia Nuclear, CNEN. Pesquisas com pequenos reatores, importados dos EUA, começam em sete Estados
1967>>> O Brasil decide construir uma usina atômica em Angra. A empresa americana Westinghouse é escolhida em1972 para tocar a obra. O acordo não prevê transferência de tecnologia, o que gera insatisfação em setores da comunidade nuclear brasileira
1967>>> O Brasil assina o Tratado de Tlateloco, no qual se compromete a não construir armas atômicas. O documento, porém, permite o uso da energia nuclear para fins militares, que será um dos objetivos dos governos durante a ditadura
1971>>> A CNEN cria a Companhia Brasileira de Tecnologia Nuclear para dominar todas as etapas de produção do ciclo do urânio. Inicia conversações secretas com a Alemanha para a transferência de tecnologia de enriquecimento por ultracentrifugação
1975>>> O acordo com a Alemanha prevê a construção de oito reatores e uma usina de combustível nuclear. Na última hora, por pressão internacional, o país trocou a tecnologia de ultracentrifugação pela de enriquecimento por jato, ainda em estado experimental
1977>>> Tentando mudar o perfil do acordo, os EUA ameaçam Brasil e Alemanha com sanções, sem sucesso
1979>>> Em segredo, a Marinha começa a desenvolver um programa nuclear paralelo, sob o comando do almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, para dominar o processo de enriquecimento por centrifugação e construir um submarino atômico
1981>>> A Marinha firma um convênio com o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares da USP, que será um dos principais centros desenvolvedores de tecnologia do programa paralelo
1982>>> Primeiro experimento de enriquecimento de urânio por centrifugação, realizado pelo Centro Tecnológico da Marinha
1987>>> A fim de preservar o sigilo, só cinco anos após os primeiros experimentos é que o então presidente da República, José Sarney, anuncia em cadeia de rádio e TV que a pesquisa da Marinha mostrou-se bem-sucedida
1988>>> Um decreto-lei torna oficial todo o programa nuclear paralelo, acabando com seu caráter sigiloso
1995-2002>>> Devido ao corte de verbas, a Marinha transfere para as Indústrias Nucleares do Brasil (INB) as centrífugas já concluídas e que formarão a base para a construção da Fábrica de Combustível Nuclear de Resende (FCN)

2004>>> A Agência Internacional de Energia Atômica inicia a negociação para inspecionar as centrífugas de Resende. Em abril, polêmica entre a AIEA e o Brasil chega à imprensa. A inspeção ocorre em novembro, e a agência autoriza o funcionamento da FCN




Carlos Mathias

Re: Depois da Marinha e FAB, Exército espera pacote de R$ 20 bi

#156 Mensagem por Carlos Mathias » Dom Set 27, 2009 12:53 pm

PS: desculpe o post gigantesco e ter aproveitado sua brincadeira para expor tudo que penso :wink: :D , No mais tem um colega que toda vez que eu falo algo fica imitando chocalho de uma cascavel :mrgreen: :mrgreen:
Bom, só o fato da minha brincadeira contigo ter sido o pretexto para este ótimo post já valeu. :wink: :D




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Re: Depois da Marinha e FAB, Exército espera pacote de R$ 20 bi

#157 Mensagem por Moccelin » Dom Set 27, 2009 2:05 pm

Agora me respondam uma coisa... A MB pesquisou a energia nuclear com afinco e com boa eficiência, mas lembrem-se sempre de uma coisa, o fim SEMPRE foi um objeto MILITAR que é o sub nuclear, porta-aviões nuclear ou qualquer coisa que o valha... A DESCULPA e também o fim "B" é a tecnologia civil! A FAB por meio da Embraer tem a mesma carta na manga que é um fim civil para os seus projetos militares (reforçar a Embraer, defender os céus da amazônia contra o narcotráfico e por aí vai). E o que sobrou ao EB??? Cara, não tem! Os meios militares do EB são militares e ponto! Qual a desculpa dar para a compra de novos fuzis, metralhadoras, lança-granadas para a infantaria? Obuseiros, foguetes, canhões e mísseis para a artilharia? Blindados de todos os tipos? Enfim... é muita coisa sem uma "desculpa oficial" civil!

Talvez se chegassem e dessem ao EB um poder de polícia de fronteira, porém isso também não resolveria, porque continuaria a desculpa: Pra que um CC pra defender a fronteira contra a narco-guerrilha no meio do mato e o tráfico no centro-oeste seco e sul???

Resumindo, a posição do EB realmente é foda, e suas pretenções só vão ser atendidas quando realmente houver por parte dos políticos e da opinião pública o entendimento da necessidade de um exército forte pra ficar, sim, "brincando de guerrinha dentro dos quartéis", como eu já escutei.




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Re: Depois da Marinha e FAB, Exército espera pacote de R$ 20 bi

#158 Mensagem por Marino » Dom Set 27, 2009 2:18 pm

Já escrevi na página anterior: os programas do EB vão ser atendidos.
TUDO está resolvido.
Confiem.




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Re: Depois da Marinha e FAB, Exército espera pacote de R$ 20 bi

#159 Mensagem por FCarvalho » Ter Set 29, 2009 8:05 pm

Olha só, desculpem-me, mas penso que seria mais interessante ao invés de discutir a morte da bezerra, que ainda nem morreu, nos posicionarmos a despeito do que efetivamente vai ser feito e como será feito nos próximos 20/30 anos.

Sim. Digo isso porque os projetos das fa's estão numa fase que jamais encontrou paralelo na historiografia militar brasileira.

Nós hoje temos neste país, enfim, duas coisas que nunca tivemos, ora porque nunca pensamos que fosse necessário, hora porque não sabiamos/queríamos fazer: politica de defesa e, penso, o mais importante: um planejamento de curto/médio/longo prazo de gestão da organização / reequipamento das fa's. Procurem nos livros onde este tipo de assunto econtrou eco na politica nacional? Jamais.

Temos hoje a oportunidade, talvez única, de discutirmos sobre as perspectivas de futuro das fa's sobre uma retórica de Estado. Sem rótulos nem preconceitos. Devemos isso à nossa geração e àquelas que ainda virão. FA's graças a Deus deixaram de ser assunto exclusivo de militares para ser uma questão de todos nós.

Vamos pensar no futuro agora. O passado já passou. Aprendamos com ele.

E bola pro mato que o jogo é de campeonato... :mrgreen:

abraços




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Re: Depois da Marinha e FAB, Exército espera pacote de R$ 20 bi

#160 Mensagem por knigh7 » Sex Out 02, 2009 9:07 pm

jauro escreveu:
Guerra escreveu: Diante de todas as peças desse grande quebra cabeça eu conclui que o que aconteceu foi que as 3 forças estavam sentadas no ponto esperando passar um bonde. Então a MB viu um bonde chamado "pré-sal" e com muita astucia embarcou.
Como alguém precisava conduzir esse bonde, e a MB concluiu que o melhor caminho para chegar ao sb nuclear era atráves da França, eles (os franceses) fora chamados para assumir a direção.
EB e FAB ficaram olhando de longe, pensando que ia ter um bonde para cada força. Então nego disse: ou embarca nesse bonde eu fica para trás.
A FAB, mesmo contrariada, esta embarcando numa poltrona chamada "RAFALE ". Porque, embora ainda esteja querendo um condutor americano, para compensar, o menino mimado vai ganhar alguns brinquedinhos americanos, o direito de destruir blindados inimigos com heli de ataque, e principalmente os aviões de carga.
Como o EB também não quis embarcar no bonde Francês, para força não ficar para trás, aceitaram um conduntor italiano, já que a força se contentou em ir, ao invés de um bonde, numa bicicleta monareta sem freio com a pintura reformada com esmalte sintetico, e que, o mais importante nessa jogada toda, justifica os aviões de carga da FAB.
Sem fazer plágio da tua idéia Guerra, mas já fazendo penso que o "bonde do EB por uns 50 anos vai ser a Amazônia, então haverá ainda por muito tempo programas em torno de Estratégia da Lassidão, Fuzil 7,62 ou 5,56, bestas, flechas, anzol, lanças, facas e terçados, qual a melhor mochila, búfalos, morteiros pesados e ou artilharia leve, coturnos, redes de selva, .......barcos ou caminhões. E isso consome tempo, dinheiro precioso e escasso, não aparece e não acrescenta nada aos olhos dos governantes. Realmente nesta festa das FA, o EB ainda vai cuidar do estacionamento por um bom tempo.
Marino escreveu:Está enganado Jauro.
Tente saber o resultado da reunião do NJ no QG ontem.
A verba para investimento do EB terá uma redução de cerca de 10% para o ano que vem...
Palavras sem ação não valem nada...

Atenciosamente




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Re: Depois da Marinha e FAB, Exército espera pacote de R$ 20 bi

#161 Mensagem por knigh7 » Sex Out 02, 2009 9:20 pm

Hader escreveu: Knigh7

Não se discute a obsolecência do material do EB. Isto seria chover no molhado e negar o óbvio. Mas a análise deve ser mais estruturada do que está sendo. Vejamos:

- Por décadas o EB (como de resto as demais FAs) ficou à mingua, sem grana para nada de vulto. Isto levou a obsolecência de meios.
- O turn-point político no que diz respeito à importância do assunto defesa nacional tem pouco mais de um ano. Tudo que foi planificado antes disso teve que ser repensado.
- A obsolecência de meios do EB levou a uma obsolecência de doutrina em muitos casos. Cito, apenas para dar um exemplo já discutido por estas bandas, o caso da artilharia. Qualquer meio que o EB resolva obter hoje (obrigatoriamente com ToT) terá uma capacidade de alcance e eficácia tão superior a tudo que temos que será inevitável alterar toda uma doutrina de emprego, e substituir em cascata outros meios (155mm, 105mm, etc) para que se ajustem ao novo paradigma. Isto vale para novo GC, nova cavalaria, nova AAA, etc.
- Deste modo o EB está preparando (como já foi divulgado em linhas gerais) um processo complexo de ação. A extensão desta ação simplesmente impede que possa ser adotada de forma célere, como desejam alguns. Mas vai sair. Quem tiver paciência verá.

Abraços
Hader,

Não estou discordado do planejamento de ivestimento do EB, pelo contrário. No Siplex, prevê-se, por exemplo, de 2010 até 2014, aquisições de MEM no valor de R$ 5.179.898.000,00, uma quantia expressiva.
O problema é que o Governo não tomou conhecimento do PEA do EB, ao contrário do que ocorreu com a FAB e a MB, que estão recebendo vultosos recursos para a aquisição de MEM ao passo que a verba de investimento do EB está diminuindo de R$390 mi para R$360mi para 2010.

Atenciosamente




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Re: Depois da Marinha e FAB, Exército espera pacote de R$ 20 bi

#162 Mensagem por Brasileiro » Sex Out 02, 2009 9:38 pm

knigh7 escreveu: Hader,

Não estou discordado do planejamento de ivestimento do EB, pelo contrário. No Siplex, prevê-se, por exemplo, de 2010 até 2014, aquisições de MEM no valor de R$ 5.179.898.000,00, uma quantia expressiva.
O problema é que o Governo não tomou conhecimento do PEA do EB, ao contrário do que ocorreu com a FAB e a MB, que estão recebendo vultosos recursos para a aquisição de MEM ao passo que a verba de investimento do EB está diminuindo de R$390 mi para R$360mi para 2010.

Atenciosamente
Olá Hader,

São duas coisas distintas. Os programas de equipamento e articulação das três forças estão ainda em análise, nenhum deles está sendo implementado. Exceto pelos caças da FAB (F-X2), os submarinos da Marinha e os helicópteros das três forças, não há nada de novo acontecendo na Marinha e na FAB, FX e submarinos são questões que há quase uma década as duas estão tentando resolver e agora estão tendo oportunidade. Da mesma forma o EB que também está tendo êxito no desenvolvimento ágil do VBTP-MR, que também é uma questão antiga do EB.

Portanto, atualmente (no dia de hoje), as três forças estão na mesma realidade. Mas daí você vai me dizer que o orçamento de reaparelhamento da Marinha em 2010 é 'x' vezes maior do que o do EB. Mas veja que, apenas dois projetos (helicópteros (que nem foi a MB quem pediu) e submarinos) estão tomando conta de mais da metade de todo o orçamento do ano que vem. Para navios patrulhas, FN, etc, não vai mudar grande coisa.

O que vai mudar de verdade vai ser quando (?) os programas de reaparelhamento e articulação forem efetivamente aprovados e receberem a lei que garanta o fluxo de dinheiro. Aí sim, as três serão atendidas. Mas por enquanto o que há de concreto são apenas helicópteros (imposição política), submarinos (questão de muitos anos) e FX (idem) e que tomam conta de mais da metade do orçamento da FAB e MB ano que vem. O grande programa do EB ainda está no protótipo, portanto, não precisa de bilhões de dólares por enquanto.


abraços]




----------------
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Hader

Re: Depois da Marinha e FAB, Exército espera pacote de R$ 20 bi

#163 Mensagem por Hader » Sex Out 02, 2009 9:46 pm

Brasileiro escreveu:
knigh7 escreveu: Hader,

Não estou discordado do planejamento de ivestimento do EB, pelo contrário. No Siplex, prevê-se, por exemplo, de 2010 até 2014, aquisições de MEM no valor de R$ 5.179.898.000,00, uma quantia expressiva.
O problema é que o Governo não tomou conhecimento do PEA do EB, ao contrário do que ocorreu com a FAB e a MB, que estão recebendo vultosos recursos para a aquisição de MEM ao passo que a verba de investimento do EB está diminuindo de R$390 mi para R$360mi para 2010.

Atenciosamente
Olá Hader,

São duas coisas distintas. Os programas de equipamento e articulação das três forças estão ainda em análise, nenhum deles está sendo implementado. Exceto pelos caças da FAB (F-X2), os submarinos da Marinha e os helicópteros das três forças, não há nada de novo acontecendo na Marinha e na FAB, FX e submarinos são questões que há quase uma década as duas estão tentando resolver e agora estão tendo oportunidade. Da mesma forma o EB que também está tendo êxito no desenvolvimento ágil do VBTP-MR, que também é uma questão antiga do EB.

Portanto, atualmente (no dia de hoje), as três forças estão na mesma realidade. Mas daí você vai me dizer que o orçamento de reaparelhamento da Marinha em 2010 é 'x' vezes maior do que o do EB. Mas veja que, apenas dois projetos (helicópteros (que nem foi a MB quem pediu) e submarinos) estão tomando conta de mais da metade de todo o orçamento do ano que vem. Para navios patrulhas, FN, etc, não vai mudar grande coisa.

O que vai mudar de verdade vai ser quando (?) os programas de reaparelhamento e articulação forem efetivamente aprovados e receberem a lei que garanta o fluxo de dinheiro. Aí sim, as três serão atendidas. Mas por enquanto o que há de concreto são apenas helicópteros (imposição política), submarinos (questão de muitos anos) e FX (idem) e que tomam conta de mais da metade do orçamento da FAB e MB ano que vem. O grande programa do EB ainda está no protótipo, portanto, não precisa de bilhões de dólares por enquanto.


abraços]

Olá Brasileiro

O texto aí em cima é do knigh7. De resto concordo contigo... :wink:

Abraços!




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Re: Depois da Marinha e FAB, Exército espera pacote de R$ 20 bi

#164 Mensagem por knigh7 » Dom Out 04, 2009 2:57 pm

olá, Brasileiro, em Azul, ok?
Brasileiro escreveu:
knigh7 escreveu: Hader,

Não estou discordado do planejamento de ivestimento do EB, pelo contrário. No Siplex, prevê-se, por exemplo, de 2010 até 2014, aquisições de MEM no valor de R$ 5.179.898.000,00, uma quantia expressiva.
O problema é que o Governo não tomou conhecimento do PEA do EB, ao contrário do que ocorreu com a FAB e a MB, que estão recebendo vultosos recursos para a aquisição de MEM ao passo que a verba de investimento do EB está diminuindo de R$390 mi para R$360mi para 2010.

Atenciosamente
Olá Hader,

São duas coisas distintas. Os programas de equipamento e articulação das três forças estão ainda em análise, nenhum deles está sendo implementado. Exceto pelos caças da FAB (F-X2), os submarinos da Marinha e os helicópteros das três forças, não há nada de novo acontecendo na Marinha e na FAB, FX e submarinos são questões que há quase uma década as duas estão tentando resolver e agora estão tendo oportunidade. Da mesma forma o EB que também está tendo êxito no desenvolvimento ágil do VBTP-MR, que também é uma questão antiga do EB.
A FAB receberá as encomendas dos contratos que foram assinados recentemente ou em vias de ser (modernização do AMX, desenvolvimento e prototipos do KC 390, aquisição dos BH, FX2, etc cujos pagamentos serão aportados ao longo do tempo e fazem parte do PEA. Não é porque a MB assinou o contrato de aquisição da tecnologia e desenvolvimento do SSN agora, que ele deve focar fora do PEA :wink:
Quanto a questões antigas para modenizar, quer mais que as do EB?



Portanto, atualmente (no dia de hoje), as três forças estão na mesma realidade. Mas daí você vai me dizer que o orçamento de reaparelhamento da Marinha em 2010 é 'x' vezes maior do que o do EB. Mas veja que, apenas dois projetos (helicópteros (que nem foi a MB quem pediu) e submarinos) estão tomando conta de mais da metade de todo o orçamento do ano que vem. Para navios patrulhas, FN, etc, não vai mudar grande coisa.
Veja esse artigo:
Aeronáutica investe 7 vezes mais do que Exército

Enquanto a Aeronáutica e a Marinha deverão ser contempladas com 36 aviões de combate e um submarino nuclear, o Exército brasileiro, segundo o próprio general comandante da Força, Enzo Peri, sofre com contingenciamento de recursos a ponto até de racionar a alimentação dos militares. Pelo menos em termos de investimentos (execução de obras e compra de equipamentos), dados do orçamento mostram que a distorção realmente é significativa entre as Forças; e não é de agora. Nos últimos seis anos, o Comando da Aeronáutica investiu R$ 8,1 bilhões na sua área, já descontada a inflação acumulada no período. O Exército, por sua vez, desembolsou apenas R$ 1,2 bilhão, ou seja, um sétimo do que a Força Aérea Brasileira (FAB). Até a Marinha, com um contingente de 117 mil homens a menos do que o Exército, recebeu mais investimentos federais: R$ 1,9 bilhão no total (veja tabela).

Em 2010, a situação não será diferente. O orçamento encaminhado pelo governo ao Congresso prevê R$ 757 milhões em investimentos para o Exército, enquanto para a Aeronáutica serão R$ 2,7 bilhões e à Marinha quase R$ 3 bilhões. Em média, desde 2004, são investidos no Exército cerca de R$ 202 milhões por ano – considerando os chamados “restos a pagar” – dívidas de anos anteriores roladas para exercícios seguintes. Na Marinha o valor médio verificado é de R$ 324 milhões e na Aeronáutica, R$ 1,4 bilhão. Em longo prazo, a diferença deverá ficar ainda maior, já que o governo se comprometeu a aplicar cerca de R$ 19 bilhões com os submarinos e pelo menos R$ 7 bilhões com os novos caças da Força Aérea.

O principal programa de investimentos do Comando do Exército é o de reaparelhamento e adequação, que tem ações de modernização operacional dos batalhões de engenharia de construção e das organizações militares, implantação de brigadas especiais e de infantaria e aquisição de meios terrestres (carros de combate, tanques, etc.). No entanto, mesmo com R$ 481 milhões previstos no orçamento do programa este ano, apenas R$ 165 milhões foram desembolsados até agora, incluindo os “restos a pagar”. O montante representa 34% do autorizado para 2009. Os programas de reaparelhamento da Aeronáutica e Marinha receberam mais recursos (veja tabela).

O que pesa no orçamento do Exército são as despesas com pessoal e encargos sociais, já que é a Força com o maior número de militares: 183 mil. Por isso, o Comando gasta muito mais com a rubrica do que as demais. Entre 2004 e 2009, cerca de R$ 98 bilhões foram destinados a pagamento de salários e benefícios sociais no Exército, montante superior ao pago na Aeronáutica (66,8 mil militares) e Marinha juntas no mesmo período: R$ 88 bilhões.

Para o professor do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (UnB) Antônio Ramalho, a estratégia nacional do Exército, de presença física no território, faz com que os gastos do Comando com custeio sejam muito maiores do que nas outras Forças. Esse é um dos motivos pelos quais, segundo ele, o Exército tem menos investimentos do que as demais e um orçamento muito maior para pagar, por exemplo, material de consumo como alimentação. “Além disso, os armamentos do Exército são mais baratos. No entanto, países como Estados Unidos e França possuem projetos bastante sofisticados para o Exército”, destaca.

Ramalho acredita que os generais “têm o pé no chão e sabem que o cobertor orçamentário da Defesa é curto”. “Vale destacar ainda que os investimentos para a compra dos novos caças e dos navios farão com que as ações do Exército sejam mais integradas à Aeronáutica e à Marinha. Isso porque parte dos aviões será destinada a uma nova base que deverá ser construída no centro do país e porque uma nova base da Marinha será erguida próxima à foz do rio Amazonas. É na Amazônia que o Exército tem sua principal missão”, explica.

“Não pode existir relação orçamentária entre as Três Forças”


fonte: http://contasabertas.uol.com.br/noticia ... ?auto=2834


O que vai mudar de verdade vai ser quando (?) os programas de reaparelhamento e articulação forem efetivamente aprovados e receberem a lei que garanta o fluxo de dinheiro. Aí sim, as três serão atendidas. Mas por enquanto o que há de concreto são apenas helicópteros (imposição política), submarinos (questão de muitos anos) e FX (idem) e que tomam conta de mais da metade do orçamento da FAB e MB ano que vem. O grande programa do EB ainda está no protótipo, portanto, não precisa de bilhões de dólares por enquanto.


O EB tem carência de tudo quanto é lado que se olha. Se ainda não estão prontos o MD97 e a Viatura Blindada Média de Rodas (ainda estão em desenvolvimento), caberia alocar verba para substituir o carrilhão de coisas que estão sucateadas.
Além do mais, como os equipamentos do EB são mais baratos, então não há desculpa para a obsolecência, não??Ou seja, por esse critério, a FAB deveria ser a Força mais sucateada das 3, e é justamente o contrário.


abraços]
Abraços




Editado pela última vez por knigh7 em Ter Out 06, 2009 12:10 am, em um total de 1 vez.
Emilio Machado
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Re: Depois da Marinha e FAB, Exército espera pacote de R$ 20 bi

#165 Mensagem por Emilio Machado » Dom Out 04, 2009 3:41 pm

Com 20 Milhões daria para comprar:em dolares

50- Astros 3------- 1 Bi
185 lepards 2A6 Paladin --------- 400M
20 baterias S-300----------- 2 Bi
100 mil Tavor(Produzido pela Tauros) ------------650 M
100 radares m-60 ---------------300 Mi
60 MI MIL 35-----------------1.249bi

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5599 bi de dolares
11198 bi de reais

Conclusao com quase a metade dos 20 bi de reais o exercito se tornaria o mais poderoso do hemisferio sul




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