A-29 escreveu:Acho curiosa a mudança de mentalidade aqui no fórum nos últimos tempos. Depois do anúncio atabalhoado de nosso presidente, parece que todo mundo entrou para o partido do Prick e encara o Rafa como a oitava maravilha do mundo (e os franceses como a nona).
Desqualificar a proposta sueca por ter sido usada a expressão "dois caças pelo preço de um" me parece de uma superficialidade extrema. Todo mundo sempre disse que o Gripen é mais barato de comprar e operar. Agora o sueco vem e diz que seu produto custa a metade dos concorrentes e dizem que ele está mentindo? Ok, porque então ele está mentindo e o presidente francês está dizendo a verdade quando diz que haverá transferência "irrestrita" de tecnologia? Os defensores do Rafa REALMENTE acreditam nisso? Uma proposta tão boa que prevê a "possibilidade" de montagem no país, mas só para um eventual novo lote de aquisição. Garante a "exclusividade" para a venda posterior a qualquer país latino americano (como sabemos, todos riquíssimos e capazes de adquirir caças desse valor) Que prevê a "possibilidade" de a França adquirir "uns dez" cargueiros C-390 da Embraer, como se isso fosse grande coisa.
Caramba! O Brasil se compromete a gastar bilhões e bilhões em produtos franceses e todo mundo se esquece da antiga preocupação de off-sets por parte do vendedor? Cadê a contrapartida francesa à nossas aquisições? Talvez comprar dez cargueiros? Faça-me o favor.
Trinta anos depois fazemos um novo contrato de aquisição de helicópteros para produção no país. Da vez passada a tal transferência de tecnologia foi deixada de lado, mas vamos fazer figa que dessa vez vai dar certo.
Por favor, sejamos sensatos. Acusar os americanos e suecos de prometerem o que não poderão cumprir é muito fácil, mas mais fácil ainda é acreditar como um cordeirinho nas promessas francesas. O acordo já assinado não sofreu praticamente nenhuma discussão no Congresso, e não se sabe ao certo quanto dinheiro vai ser gasto no quê. Eu sinceramente ficarei bastante frustrado se o acordo do FX seguir a mesma receita.

Depois eu sou torcedor. Vou te dar uma resposta clara, a promessa de dois caças por preço de é MENTIROSA, não é séria, porque o caça não existe, não está em produção, tem estimativa de preço, e isso não é preço. Pior ainda, é divulgar isso na mídia.
Não sabemos o teor das propostas, assim, o você está fazendo é especular, a promessa francesa é de 100% das tecnologias, quer dizer nos podemos abrir tudo, porém, isso deve ser entendido como possibilidade, dado que existe um preço para isso. Porém, os outros não podem sequer falar nisso, porque não tem condições ou não podem fazer. Porém, isso são possibilidades, é preciso ter em mente, que existe uma diferença enorme entre uma proposta comercial e um contrato.
O mesmo vale para a construção local, existe a possibilidade, porque para isso existe um preço adicional, que nesse caso é optativo, no caso do Gripen o preço adicional é obrigatório, além do preço do desenvolvimento. Vale lembrar que neste aspecto a propostas da Dassault e da Boieng, não podem ser comparadas com a da SAAB.
A compra de 10 KC-390 pode não ser grande coisa, porém, nenhum dos outros concorrentes fez tal oferta, eles podem melhorar e dizer que vão comprar 50 KC-390, estamos esperando
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. E não me venha comparar com compra de comoditities, isso não é Off-Set, é embromação.
Os Offt-sets são importantes quando compramos de pratileira, no modo atual eles são repassados em forma de transferência de tecnologia, como no contrato dos Subs e dos Ec-725. O mesmo deverá ocorrer no FX-2. A oferta de compra do KC-390 foi um extra, um plus adcional.
Aqui mais um vez existem os que prometem e os que fazem, como os Tucanos e ALX´s voando na França, portanto, é preciso separar quem faz promessas, de quem assina contratos, como acabamos de ver o do EC-725, de quem faz contrato e não pode honrar o que assintou, como dos torpedos TPS-2000.
Falar pela mídia é fácil, mas na hora de entregar a proposta, pedem mais prazo, depois pedem para que isso não seja informado.
A verdade é que nenhuma das propostas do BAFO, eram definitivas, porque não sendo uma concorrência, é um processo dinâmico, assim, como os prazos não são rígidos, não existe rito legal no procedimento do Programa.
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