GEOPOLÍTICA
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- Marino
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Re: GEOPOLÍTICA
Três visões de América
José Romero Pereira Júnior
Professor de relações internacionais da Universidade Católica de Brasília
A presente controvérsia envolvendo Colômbia, Venezuela e a presença de militares norte-americanos em território colombiano, evidencia, uma vez mais, uma das principais dificuldades em aprofundar a integração regional no continente americano, em especial na América do Sul. De fato, no que toca à integração regional na América, uma das características mais marcantes da primeira década do século 21 é a coexistência de três visões distintas de América: uma visão pró-estadunidense; uma visão bolivariana; e uma visão autonomista. Na América do Sul, Colômbia, Venezuela e Brasil representam, respectivamente, cada uma das três visões.
Os simpatizantes da visão pró-estadunidense buscam colher benefícios da aproximação com o gigante do norte. No campo político-militar, isso tem significado receber apoio em projetos comuns, desde que presentes na agenda prioritária de Washington e sujeitos às condições determinadas na capital norte-americana (tal como no Plano Colômbia, voltado ao combate ao narcotráfico). No campo comercial, as relações com os EUA têm sido pautadas por uma agenda essencialmente livre-cambista, em que se trocam benefícios associados ao potencial livre de acesso ao gigantesco mercado norte-americano por concessões nas mais variadas áreas (de tarifas alfandegárias a padrões trabalhistas). Para os críticos, os tratados de livre comércio (TLCs) oriundos desse tipo de negociações são, na melhor das hipóteses, instrumentos desiguais de associação que tendem a consolidar relações assimétricas entre os Estados Unidos e seus parceiros.
Do outro lado do espectro político sul-americano, o projeto bolivariano encabeçado pela Venezuela de Hugo Chávez é marcado por grande voluntarismo e forte retórica antiestadunidense. No campo político-militar, o bolivarianismo recorre frequentemente à imagem imperial para detratar a presença norte-americana na região, apelando ao antiamericanismo difuso na América do Sul, diminuindo a margem para o diálogo e recaindo, por vezes, em confrontação vazia de sentido. Na área econômica e comercial, promove o questionável socialismo do século 21 e tende a associar linearmente as noções de cooperação e vontade política, desconsiderando, por vezes, interesses e perspectivas concretas.
Finalmente, em posição intermediária, tem se esforçado a diplomacia brasileira em difundir uma visão autonomista de América do Sul, que busca criar espaços de oportunidade para o aprofundamento efetivo de esquemas de integração próprios da América Latina, sem, contudo, ceder à vazia retórica anti-imperial. No campo econômico, contribuiu para o bloqueio das negociações em torno da Área de Livre Comércio das Américas (Alca), buscando ampliar o alcance do Mercosul, transformado em base para a criação da União de Nações Sul-americanas (Unasul). No campo político-militar, soube costurar, com trabalho árduo e delicado, não apenas a Unasul, mas o Conselho de Defesa Sul-Americano (CDS). Nele, congregam-se elementos de coordenação e consulta na área de segurança e a busca por um desenvolvimento industrial e tecnológico comum sem a presença de forças externas à América do Sul.
A fórmula do CDS seria ideal, não fosse a existência dessas três distintas — e concorrentes — visões de América. Embora voltem a tomar corpo na atual pendenga, as três já se haviam mostrado claramente em outros episódios, como no evento do ataque colombiano a solo equatoriano em março de 2008, quando quase inviabilizaram a própria criação do CDS. À diplomacia brasileira, comprometida com o sucesso do CDS, apresenta-se o desafio de uma vez mais aproximar posições, caso deseje ver consolidado o projeto autonomista de integração regional.
José Romero Pereira Júnior
Professor de relações internacionais da Universidade Católica de Brasília
A presente controvérsia envolvendo Colômbia, Venezuela e a presença de militares norte-americanos em território colombiano, evidencia, uma vez mais, uma das principais dificuldades em aprofundar a integração regional no continente americano, em especial na América do Sul. De fato, no que toca à integração regional na América, uma das características mais marcantes da primeira década do século 21 é a coexistência de três visões distintas de América: uma visão pró-estadunidense; uma visão bolivariana; e uma visão autonomista. Na América do Sul, Colômbia, Venezuela e Brasil representam, respectivamente, cada uma das três visões.
Os simpatizantes da visão pró-estadunidense buscam colher benefícios da aproximação com o gigante do norte. No campo político-militar, isso tem significado receber apoio em projetos comuns, desde que presentes na agenda prioritária de Washington e sujeitos às condições determinadas na capital norte-americana (tal como no Plano Colômbia, voltado ao combate ao narcotráfico). No campo comercial, as relações com os EUA têm sido pautadas por uma agenda essencialmente livre-cambista, em que se trocam benefícios associados ao potencial livre de acesso ao gigantesco mercado norte-americano por concessões nas mais variadas áreas (de tarifas alfandegárias a padrões trabalhistas). Para os críticos, os tratados de livre comércio (TLCs) oriundos desse tipo de negociações são, na melhor das hipóteses, instrumentos desiguais de associação que tendem a consolidar relações assimétricas entre os Estados Unidos e seus parceiros.
Do outro lado do espectro político sul-americano, o projeto bolivariano encabeçado pela Venezuela de Hugo Chávez é marcado por grande voluntarismo e forte retórica antiestadunidense. No campo político-militar, o bolivarianismo recorre frequentemente à imagem imperial para detratar a presença norte-americana na região, apelando ao antiamericanismo difuso na América do Sul, diminuindo a margem para o diálogo e recaindo, por vezes, em confrontação vazia de sentido. Na área econômica e comercial, promove o questionável socialismo do século 21 e tende a associar linearmente as noções de cooperação e vontade política, desconsiderando, por vezes, interesses e perspectivas concretas.
Finalmente, em posição intermediária, tem se esforçado a diplomacia brasileira em difundir uma visão autonomista de América do Sul, que busca criar espaços de oportunidade para o aprofundamento efetivo de esquemas de integração próprios da América Latina, sem, contudo, ceder à vazia retórica anti-imperial. No campo econômico, contribuiu para o bloqueio das negociações em torno da Área de Livre Comércio das Américas (Alca), buscando ampliar o alcance do Mercosul, transformado em base para a criação da União de Nações Sul-americanas (Unasul). No campo político-militar, soube costurar, com trabalho árduo e delicado, não apenas a Unasul, mas o Conselho de Defesa Sul-Americano (CDS). Nele, congregam-se elementos de coordenação e consulta na área de segurança e a busca por um desenvolvimento industrial e tecnológico comum sem a presença de forças externas à América do Sul.
A fórmula do CDS seria ideal, não fosse a existência dessas três distintas — e concorrentes — visões de América. Embora voltem a tomar corpo na atual pendenga, as três já se haviam mostrado claramente em outros episódios, como no evento do ataque colombiano a solo equatoriano em março de 2008, quando quase inviabilizaram a própria criação do CDS. À diplomacia brasileira, comprometida com o sucesso do CDS, apresenta-se o desafio de uma vez mais aproximar posições, caso deseje ver consolidado o projeto autonomista de integração regional.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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Re: GEOPOLÍTICA
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Al-Qaeda diz que Israel deve ser apagado do mapa
O "número dois" da Al-Qaeda, Ayman al-Zawahri, disse que Israel deveria ser apagado do mapa e descreveu o Estado judeu como um crime contra os muçulmanos.
Zawahri também acusou o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de conduzir uma política sobre as questões israelo-palestinas que causa prejuízo aos palestinos, e disse que Obama quer a criação de um Estado Palestino que sirva como "uma extensão da CIA".
"Israel é um crime que deveria ser apagado", disse Zawahri em uma entrevista à emissora da Al-Qaeda, As-sahab, divulgada em um site islâmico nesta segunda-feira.
Líderes da Al-Qaeda têm dito frequentemente que eles focariam sua guerra santa contra Israel após a criação de um Estado Islâmico no Iraque.
A Al-Qaeda não tem presença reconhecida em Israel ou em territórios palestinos que são dominados pelo grupo islâmico Hamas e o secular movimento Fatah liderado pelo presidente palestino apoiado pelos Estados Unidos, Mahmoud Abbas.
Al-Qaeda diz que Israel deve ser apagado do mapa
O "número dois" da Al-Qaeda, Ayman al-Zawahri, disse que Israel deveria ser apagado do mapa e descreveu o Estado judeu como um crime contra os muçulmanos.
Zawahri também acusou o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de conduzir uma política sobre as questões israelo-palestinas que causa prejuízo aos palestinos, e disse que Obama quer a criação de um Estado Palestino que sirva como "uma extensão da CIA".
"Israel é um crime que deveria ser apagado", disse Zawahri em uma entrevista à emissora da Al-Qaeda, As-sahab, divulgada em um site islâmico nesta segunda-feira.
Líderes da Al-Qaeda têm dito frequentemente que eles focariam sua guerra santa contra Israel após a criação de um Estado Islâmico no Iraque.
A Al-Qaeda não tem presença reconhecida em Israel ou em territórios palestinos que são dominados pelo grupo islâmico Hamas e o secular movimento Fatah liderado pelo presidente palestino apoiado pelos Estados Unidos, Mahmoud Abbas.
"Só os mortos conhecem o fim da guerra" Platão.
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Re: GEOPOLÍTICA
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Rei de Omã Said al-Said encerra visita oficial ao Irã
O rei de Omã, o sultão Qaboos bin Said al-Said, encerrou nesta quarta-feira sua visita a Teerã com uma despedida oficial no aeroporto da capital iraniana.
Segundo informa hoje a TV publica iraniana, o sultão, que chegou a Teerã na terça-feira passada acompanhado por uma delegação econômica e política de alto nível, foi recebido no aeroporto pelo chanceler Manouchehr Mottaki antes de partir.
Durante sua visita a Teerã, a primeira desde a criação da República Islâmica do Irã em 1979, o sultão manteve reuniões com o líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei, o presidente Mahmoud Ahmadinejad e o chanceler Mottaki.
Na visita, a primeira de um líder estrangeiro após a ratificação do segundo mandato de Ahmadinejad pelo líder supremo, as autoridades dos dois países assinaram sete acordos de cooperação política, econômica, cultural e de segurança.
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Parece que a região começa a confiar no Irã, não?
Rei de Omã Said al-Said encerra visita oficial ao Irã
O rei de Omã, o sultão Qaboos bin Said al-Said, encerrou nesta quarta-feira sua visita a Teerã com uma despedida oficial no aeroporto da capital iraniana.
Segundo informa hoje a TV publica iraniana, o sultão, que chegou a Teerã na terça-feira passada acompanhado por uma delegação econômica e política de alto nível, foi recebido no aeroporto pelo chanceler Manouchehr Mottaki antes de partir.
Durante sua visita a Teerã, a primeira desde a criação da República Islâmica do Irã em 1979, o sultão manteve reuniões com o líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei, o presidente Mahmoud Ahmadinejad e o chanceler Mottaki.
Na visita, a primeira de um líder estrangeiro após a ratificação do segundo mandato de Ahmadinejad pelo líder supremo, as autoridades dos dois países assinaram sete acordos de cooperação política, econômica, cultural e de segurança.
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Parece que a região começa a confiar no Irã, não?
"Só os mortos conhecem o fim da guerra" Platão.
Re: GEOPOLÍTICA
China, others shove US in scramble for Africa
Thu Aug 6, 2009 8:14am GMT
By Ed Cropley, African Investment Correspondent
JOHANNESBURG (Reuters) - A presidential visit followed by U.S. Secretary of State Hillary Clinton's African tour cannot conceal a stark reality: China has overtaken the United States as Africa's top trading partner.
That is one of the main problems facing Clinton on a seven-nation jaunt meant variously to spread Washington's good governance message and shore up relationships with its key oil suppliers on the continent.
U.S. officials are keen to trumpet a 28 percent jump in 2008 in trade with sub-Saharan Africa to $104 billion, even if the increase is attributable mainly to the high price of oil, which accounts for more than 80 percent of U.S. imports from Africa.
However, there is another statistic that says more about the direction of development on the poorest continent: this decade's tenfold increase in trade with China to $107 billion last year, narrowly eclipsing the United States.
The financial and then economic crisis that has pushed U.S. and European economies into recession and forced their companies to crimp overseas expansion is only likely to accelerate the trend, analysts say, despite the regional goodwill towards U.S. President Barack Obama, whose father was Kenyan.
"Obama has had some sort of effect, but that's waning pretty quickly," said Martyn Davies of Johannesburg-based regional investment consultancy Frontier Advisory.
"Reality is heading back in and the reality is that the crisis is accelerating the geo-economic shift of Africa towards Asia, centred largely around China," he said.
ANOTHER SCRAMBLE FOR AFRICA
In contrast to Obama's one day, one country (Ghana) trip to Africa last month, in February Chinese president Hu Jintao was in Mali, Senegal, Tanzania and Mauritius -- none of them rich in oil or minerals -- offering a shoulder to lean on as world recession started to wash up on African shores.
Elsewhere, Chinese companies have shown little let up in their push for African minerals, with Zonghui Mining Group signing a $3.6 billion copper agreement with Zambia in July.
Industrial and Commercial Bank of China (ICBC) is also working on up to 60 deals with Africa's biggest bank by assets, Standard Bank, in which it bought a 20 percent stake for $5.6 billion in 2008.
Nor is China the only emerging economy seeking a slice of a continent estimated to hold a third of the world's mineral resources, and a billion people slowly finding they want -- and can afford -- things like life insurance and iPhones.
The $23 billion bid by mobile phone firm Bharti Airtel to tie up with South Africa's MTN Group, Africa's biggest operator by subscribers, is the latest and biggest example of an Indian company on the prowl in the region.
Brazil is also making its presence felt, with offers of technology and know-how to boost food and biofuels production in Africa, where only a fraction of potential arable land is under cultivation.
In June, Russian President Dmitry Medvedev flew in to Egypt, Namibia, Angola and Nigeria -- the last two being Africa's biggest oil producers -- to underscore Moscow's intentions not to be left out in the cold.
For sure, the increased competition does not mean the world's biggest economy is throwing in the African towel, especially given that Angola, for instance, accounts for 7 percent of its oil imports.
It is more likely that U.S. companies will have to fight harder to get what they want, to the benefit of African countries now offered a wider range of potential sources of investment, said Razia Khan, head of Africa research at Standard Chartered in London.
"There is some sense of the U.S. having to do more to underscore its relevance in the continent," Khan said.
"But it is difficult to argue that the influence of one power is rising at the expense of the other. Africa's policymakers prefer a more multilateral approach, with a number of development partners and a number of options open to them."
Clinton's trip takes in Kenya, South Africa, Angola, Democratic Republic of Congo, Nigeria, Liberia and Cape Verde.
Thomson Reuters
- cvn73
- Avançado
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Re: GEOPOLÍTICA
Espero que façam a coisa certa desta vez.
Peru ficará com 20% da energia de usinas construídas pelo Brasil
07 de Agosto de 2009 | 15:07
RIO DE JANEIRO (Reuters) - O Peru vai consumir apenas 20 por cento da energia que será gerada pelas cinco hidrelétricas que o governo brasileiro vai construir naquele país. A energia excedente, a exemplo do que ocorre na hidrelétrica binacional de Itaipu, será vendida ao Brasil.
Para evitar problemas como os que enfrenta com o Paraguai em Itaipu, representantes do Brasil têm se reunido sistematicamente com seus equivalentes peruanos para amarrar os acordos, explicou o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, nesta sexta-feira, após reunião, no Rio de Janeiro, com o ministro de Energia do Peru, Pedro Sánchez.
Os estudos iniciais de viabilidade econômica e de engenharia estão sendo feitos por um consórcio formado pela Eletrobrás, Andrade Gutierrez, OAS, Odebrecht e Enegevix, informou Lobão.
O financiamento das obras, estimadas entre 12 bilhões e 15 bilhões de dólares, também ficará por conta das construtoras, Eletrobrás e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Na estimativa do ministro Lobão, as usinas devem ficar prontas em 2015.
"Estamos atendendo interesses geopolíticos que são também da Argentina, do Uruguai, do Paraguai, do Peru e assim por diante", afirmou Lobão, lembrando que também está fechando com a Argentina a construção de uma hidrelétrica na fronteira dos dois países.
Os estudos no Peru devem ser finalizados até o final do ano, segundo o ministro, que prevê a exportação ao Brasil de 80 por cento da capacidade de 6 mil megawatts das cinco usinas.
No mês passado, os governos brasileiro e paraguaio anunciaram que haviam chegado a um acordo sobre a energia que o Paraguai não consome de Itaipu.
Até o momento, no entanto, nenhum documento foi assinado e o Paraguai continua vendendo a energia excedente para a Eletrobrás, que a revende para as distribuidoras brasileiras.
Segundo o ministro de Energia do Peru, existe uma grande expectativa no seu país para a construção das hidrelétricas, mas ele reconheceu que ainda existe preocupação da sociedade a respeito dos projetos brasileiros.
"Um dos temas que preocupa sempre à sociedade é a parte da energia que se produz no local e o tema ambiental. Com esses dois fatores cobertos, não vejo problema", disse Sanchez a jornalistas após a reunião.
Segundo o ministro peruano, apesar de as leis ambientais do Peru serem tão rígidas quanto as do Brasil, não haverá problemas para a aprovação da construção das usinas pelo Congresso do país.
(Por Denise Luna)
unanimidade só existe no cemitério
Re: GEOPOLÍTICA
isso que é revoltante, em vez de utilizarem esses recursos para construírem as usinas em território nacional gerando emprego e desenvolvem regiões os nossos "políticos" preferem investir em outros países, alem de ter a experiencia que essa benevolência sempre vem junto com dores cronicas de cabeça, pois confiar na politica dos demais países da região é atirar no escuro.
Ainda bem que no brasil está sobrando emprego para os brasileiros
Ainda bem que no brasil está sobrando emprego para os brasileiros
- Sterrius
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Re: GEOPOLÍTICA
isso que é revoltante, em vez de utilizarem esses recursos para construírem as usinas em território nacional gerando emprego e desenvolvem regiões os nossos "políticos" preferem investir em outros países
Isso se chama
- Salarios mais baixos
- Leis ambientais MUITO +leves
- Um dos poucos paises que ainda nao estão do lado do chavez
- Ao mesmo tempo estão construindo hidreletricas também no Brasil.
Nao tem sentido querer todo investimento do Brasil apenas no Brasil. Influencia internacional não se ganha de graça, se compra! (A nao ser que vc queira a partir da ameaça).
-
- Novato
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Re: GEOPOLÍTICA
O Brasil já tem poucos investimentos e ainda investem em outro país.
Deus é justo mas também é misericordioso. Reflita nisso!!!
- rafafoz
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Re: GEOPOLÍTICA
Concordo com o Sterrius, mesmo sendo contra, tenho que admitir que ele está certo.
Esse acordo com certeza será bem mais truncado e cauteloso do que o que foi feito com o Paraguai.
E tendo um contrato bem feito e que nós tenhamos o retorno do capital investido mais rápido não deve haver grandes problemas se o governo não mudar, mais se o governo mudar e principalmente se tiver um dedo do Chaves no meio, agente se Fuhh de novo. E vamos bancar, mas algumas hidrelétricas para outros países, e eles agradecem.
Sem contar que Peru não é uma Bolívia e um Paraguai que é fácil de invadir ou pressionar militarmente.
O Brasil tem que manter o Maximo possível sua influência nesse país se não ai nós estaremos totalmente cercados, mal armados e fudidos.
Esse acordo com certeza será bem mais truncado e cauteloso do que o que foi feito com o Paraguai.
E tendo um contrato bem feito e que nós tenhamos o retorno do capital investido mais rápido não deve haver grandes problemas se o governo não mudar, mais se o governo mudar e principalmente se tiver um dedo do Chaves no meio, agente se Fuhh de novo. E vamos bancar, mas algumas hidrelétricas para outros países, e eles agradecem.
Sem contar que Peru não é uma Bolívia e um Paraguai que é fácil de invadir ou pressionar militarmente.
O Brasil tem que manter o Maximo possível sua influência nesse país se não ai nós estaremos totalmente cercados, mal armados e fudidos.
“melhor seria viver sozinho, mas isso não é possível: precisamos do poder de todos para proteger o de cada um e dos outros” (Francis Wolff)
- Sterrius
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Re: GEOPOLÍTICA
E tendo um contrato bem feito e que nós tenhamos o retorno do capital investido mais rápido não deve haver grandes problemas se o governo não mudar, mais se o governo mudar e principalmente se tiver um dedo do Chaves no meio
Chavez ta longe ser o primeiro e o ultimo pseudo ditador da america latina. O Brasil desde a epoca do Imperio esta acostumado a lidar com os poderes volateis da america latina e inclusive com sua propria inconsistencia ja que até mesmo o Brasil era até pouco tempo atras considerado volatil também.
O que sustenta a maioria dos contratos do Brasil nesses paises, não importando o governo é a gigantesca força economica que o Brasil representa no continente. Seja por exportação ou importação.
Veja que isso nao torna o Brasil imune a "revisões" ou mesmo a tomada de certas coisas como a bolivia fez. Mas os fazem além de pensar 2x tomar cuidado com o que eles vão mecher. Porque o Brasil pode até engolir a conta, mas mês que vem pode chegar e lhe entregar uma conta 2x maior.
O Peru historicamente é +- estavel. (ao menos tanto quanto argentina, chile e o proprio brasil). Mas realmente foi o ultimo país a sair do periodo das ditaduras e as coisas la ainda estão um pouco caoticas, mas tem melhorado. (inclusive com os absurdos indices de crescimento quase indianos).
- rafafoz
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Re: GEOPOLÍTICA
Bem com o PT no poder ou o Lula não acredito nisso acontecer não, mas como a esperança é a ultima que morre, vamos acreditar que em um próximo governo você esteja certo, pois esse de agora é uma piada. E como já vi notícias de o chaves já ter o interesse em ter alguém de sua influência na presidência do Peru, tenho que ter muito o que temer, principalmente se o PT eleger um novo presidente em 2010.Veja que isso nao torna o Brasil imune a "revisões" ou mesmo a tomada de certas coisas como a bolivia fez. Mas os fazem além de pensar 2x tomar cuidado com o que eles vão mecher. Porque o Brasil pode até engolir a conta, mas mês que vem pode chegar e lhe entregar uma conta 2x maior.
Eu não duvido da capacidade do Brasil, só de seus mandatários.
“melhor seria viver sozinho, mas isso não é possível: precisamos do poder de todos para proteger o de cada um e dos outros” (Francis Wolff)
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Re: GEOPOLÍTICA
Olha, pra dizer a verdade eu acho interessante esta proposta de usinas na fronteira com os países vizinhos, isto é, desde que o Brasil não fique com a eneria "no pescoço", ou seja, desde que não fique completamente dependente destas usinas.
Com essa nós conseguimos:
- Estreitar relações com estes países.
Dificilmente veremos "quebra de relações comerciais" entre nós e eles. Se quisermos ter influência real aqui, este é um dos caminhos. Que eles dependam de nós, mas que não dependamos tanto deles.
- Ajuda o crescimento deles e o nosso.
Eles não precisam investir tanto para obterem energia barata. Podem destinar esta verba para investir na indústria (que utilizará a energia), pulando uma etapa complicada do processo.
- Maior dificuldade de alguma potência nos ameaçar.
É mais difícil ver um país como os EUA destruindo as hidrelétricas binacionais pra nos enfraquecer, por exemplo, pois com isso assumiria vários outros países como inimigos também.
Com essa nós conseguimos:
- Estreitar relações com estes países.
Dificilmente veremos "quebra de relações comerciais" entre nós e eles. Se quisermos ter influência real aqui, este é um dos caminhos. Que eles dependam de nós, mas que não dependamos tanto deles.
- Ajuda o crescimento deles e o nosso.
Eles não precisam investir tanto para obterem energia barata. Podem destinar esta verba para investir na indústria (que utilizará a energia), pulando uma etapa complicada do processo.
- Maior dificuldade de alguma potência nos ameaçar.
É mais difícil ver um país como os EUA destruindo as hidrelétricas binacionais pra nos enfraquecer, por exemplo, pois com isso assumiria vários outros países como inimigos também.
- Marino
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Re: GEOPOLÍTICA
VALOR ECONÔMICO – 11/08/09
Petrolíferas chinesas fazem oferta de US$ 17 bi pela YPF
A Corporação Nacional de Petróleo da China e a Cnooc Ltd. ofereceram US$ 17 bilhões pela participação da Repsol YPF SA em sua divisão argentina, a YPF, disseram duas pessoas a par das negociações.
O possível acordo, que pode vir a se tornar o maior investimento de empresas chinesas no exterior, ressalta o apetite crescente do país por recursos energéticos e sua disposição para oferecer somas vultosas pelo acesso a eles. Também revela a ambição da CNPC de estabelecer sua presença na América do Sul e em outros lugares.
Um acordo seria mais um exemplo de como as empresas chinesas estão colaborando para comprar ativos petrolíferos estrangeiros, depois de anos operando independentemente.
Mas a potencial aquisição enfrenta obstáculos significativos. Um negócio desses seria politicamente delicado na Argentina, onde a YPF é a maior do país em exploração e produção e também em refino e distribuição de petróleo.
Podem surgir objeções se ganhar força a ideia de que a CNPC, maior petrolífera estatal da China, e a Cnooc, maior produtora do país de petróleo e gás em plataformas marítimas, passarão a ter poder demais sobre a oferta e o preço de recursos naturais estratégicos da Argentina.
O governo argentino não tem participação na YPF, mas tem o direito de vetar decisões importantes como uma transferência de controle desse porte.
O Ministério do Planejamento da Argentina, que supervisiona o setor energético do país, não respondeu imediatamente a pedidos de entrevista.
Uma das pessoas a par das negociações disse que a CNPC acredita que conseguirá resolver quaisquer obstáculos de cunho político ou do público consumidor que surgirem no caminho do acordo.
Enquanto isso, a Espanha pode discordar da venda de ativos importantes da Repsol, a maior petrolífera do país, à China. Não foi possível entrar em contato com o Ministério das Minas e Energia da Espanha para obter um comentário.
O lado chinês discutiu a oferta com dois executivos da Repsol numa reunião noturna de duas horas e meia na Europa em 30 de julho, segundo um documento ao qual a agência Dow Jones Newswires teve acesso.
Um porta-voz da Repsol negou ontem que a empresa tenha se reunido em 30 de julho com a CNPC e a Cnooc, e disse que a empresa não iria comentar nada além disso. Antes, outro porta-voz da Repsol tinha dito que a empresa "recebeu manifestações de interesse pela YPF, mas nenhuma oferta firme". Ele não quis especificar quem é o interessado.
O progresso nas negociações do acordo tem sido lento e ainda não foi apresentada uma oferta formal, disseram pessoas a par das discussões entre a Repsol e as empresas chinesas.
As multinacionais chinesas têm abocanhado ativos petrolíferos e outros recursos naturais recentemente, à medida que o país tenta garantir seu suprimento energético.
Há anos que a China tenta garantir recursos naturais no exterior devido ao déficit energético crescente do país. A Corporação Petroquímica da China, petrolífera estatal chinesa também conhecida como Sinopec, comprou em junho a suíça Addax Petroleum Corp. por US$ 7,2 bilhões. Em abril a CNPC comprou a petrolífera MangistauMunaiGas, do Cazaquistão, em conjunto com a estatal cazaque KazMunaiGas, por US$ 3,3 bilhões.
As petrolíferas estatais chinesas também estão cooperando mais estreitamente que no passado para fechar acordos no exterior. Este ano a Sinopec e a Cnooc se uniram para comprar ativos de petróleo e de gás natural em Angola e no Caribe. Em julho elas aceitaram comprar em conjunto, por US$ 1,3 bilhão, uma fatia de 20% num bloco petrolífero em Angola que pertencia à americana Marathon Oil Corp.
As petrolíferas chinesas também já fecharam acordos com a Rússia e o Brasil para conceder empréstimos em troca de petróleo.
Mas nem todos os esforços chineses para adquirir ativos foram bem-sucedidos. Em junho, uma oferta de US$ 19,5 bilhões da Corporação de Alumínio da China, ou Chinalco, para aumentar sua participação na gigante anglo-australiana da mineração Rio Tinto foi por água abaixo devido a objeções políticas e dos acionistas. Uma tentativa que deu certo em 2008, quando a Chinalco pagou US$ 14 bilhões por uma fatia de 9% na Rio Tinto, continua a ser o maior investimento da China em recursos naturais no exterior.
A Repsol vem tentando vender seus 84% da YPF para fazer caixa e pagar dívidas. Em 30 de julho, a petrolífera espanhola informou que o lucro ajustado do segundo trimestre caíra 62%, para 265 milhões de euros (US$ 375,5 milhões), em relação a um ano antes e atribuiu o resultado às margens muito menores no refino e à baixa cotação do petróleo. Ela informou também que tinha 10,41 bilhões de euros em dívidas no fim do segundo trimestre.
Em 2007, a Repsol vendeu 14,9% da YPF para o Grupo Petersen, da Argentina, por US$ 2,24 bilhões. O restante está nas mãos de minoritários. O acordo de 2007 inclui uma opção de compra para que o Petersen, que pertence à família Eskenazi, adquira outros 10% da YPF antes de 2012, se assim quiser. O investimento do Grupo Petersen atribui à YPF um valor total de US$ 15 bilhões. Atualmente o Petersen possui uma participação de 15,46% na filial argentina.
"Se a versão (da oferta chinesa) for correta, a cifra de US$ 17 bilhões é bastante significativa, em relação ao que seria o valor patrimonial da filial argentina e ao preço pelo qual a YPF foi vendida", diz Jorge Lapeña, ex-secretário de Energia da Argentina que atualmente ocupa cargo de diretor do Instituto Argentino da Energia General Mosconi.
A Repsol adquiriu o controle da antiga estatal argentina Yacimientos Petroliferos Fiscales em 1999, com uma oferta de US$ 13,4 bilhões por 85% do capital. No balanço anual de 2008, a YPF SA registrava um patrimônio líquido de US$ 7,4 bilhões, segundo os padrões contábeis americanos. O total de ativos era de US$ 12,8 bilhões. A empresa teve receita de US$ 10,1 bilhões e lucro líquido de US$ 874 milhões.
Mais recentemente, a Repsol já adiou várias vezes uma oferta pública de 20% da YPF devido às condições adversas do mercado, o que implica que a empresa espanhola não está disposta a vender a YPF barato.
No lado chinês, a CNPC assumiu o controle das negociações e informou inicialmente a oferta no fim de junho, disse uma das pessoas a par das negociações. A Repsol respondeu com uma carta em 21 de julho e aceitou continuar negociando, disse a pessoa.
"A Repsol acha que os chineses podem oferecer mais e aparentemente está esperando que apareçam outros interessados. mas os chineses acham que a avaliação dos ativos é justa o bastante", disse a pessoa.
O petróleo leve começou o ano em US$ 58 o barril e desde então já subiu para US$ 70, o que pode ser um fator importante nas negociações.
Um porta-voz da CNPC disse que não tem nenhuma informação sobre a questão. A YPF não quis comentar sobre um possível acordo. A Grupo Petersen encaminhou os pedidos de entrevista à YPF.
A intenção da CNPC é adquirir o controle da YPF, enquanto a Cnooc ficaria com uma fatia menor, disseram as pessoas. A agência oficial da China para o setor energético vai cooperar com a CNPC e a Cnooc para estabelecer uma estrutura para o acordo entre as duas estatais chinesas. As negociações não têm prazo, disseram elas.
Petrolíferas chinesas fazem oferta de US$ 17 bi pela YPF
A Corporação Nacional de Petróleo da China e a Cnooc Ltd. ofereceram US$ 17 bilhões pela participação da Repsol YPF SA em sua divisão argentina, a YPF, disseram duas pessoas a par das negociações.
O possível acordo, que pode vir a se tornar o maior investimento de empresas chinesas no exterior, ressalta o apetite crescente do país por recursos energéticos e sua disposição para oferecer somas vultosas pelo acesso a eles. Também revela a ambição da CNPC de estabelecer sua presença na América do Sul e em outros lugares.
Um acordo seria mais um exemplo de como as empresas chinesas estão colaborando para comprar ativos petrolíferos estrangeiros, depois de anos operando independentemente.
Mas a potencial aquisição enfrenta obstáculos significativos. Um negócio desses seria politicamente delicado na Argentina, onde a YPF é a maior do país em exploração e produção e também em refino e distribuição de petróleo.
Podem surgir objeções se ganhar força a ideia de que a CNPC, maior petrolífera estatal da China, e a Cnooc, maior produtora do país de petróleo e gás em plataformas marítimas, passarão a ter poder demais sobre a oferta e o preço de recursos naturais estratégicos da Argentina.
O governo argentino não tem participação na YPF, mas tem o direito de vetar decisões importantes como uma transferência de controle desse porte.
O Ministério do Planejamento da Argentina, que supervisiona o setor energético do país, não respondeu imediatamente a pedidos de entrevista.
Uma das pessoas a par das negociações disse que a CNPC acredita que conseguirá resolver quaisquer obstáculos de cunho político ou do público consumidor que surgirem no caminho do acordo.
Enquanto isso, a Espanha pode discordar da venda de ativos importantes da Repsol, a maior petrolífera do país, à China. Não foi possível entrar em contato com o Ministério das Minas e Energia da Espanha para obter um comentário.
O lado chinês discutiu a oferta com dois executivos da Repsol numa reunião noturna de duas horas e meia na Europa em 30 de julho, segundo um documento ao qual a agência Dow Jones Newswires teve acesso.
Um porta-voz da Repsol negou ontem que a empresa tenha se reunido em 30 de julho com a CNPC e a Cnooc, e disse que a empresa não iria comentar nada além disso. Antes, outro porta-voz da Repsol tinha dito que a empresa "recebeu manifestações de interesse pela YPF, mas nenhuma oferta firme". Ele não quis especificar quem é o interessado.
O progresso nas negociações do acordo tem sido lento e ainda não foi apresentada uma oferta formal, disseram pessoas a par das discussões entre a Repsol e as empresas chinesas.
As multinacionais chinesas têm abocanhado ativos petrolíferos e outros recursos naturais recentemente, à medida que o país tenta garantir seu suprimento energético.
Há anos que a China tenta garantir recursos naturais no exterior devido ao déficit energético crescente do país. A Corporação Petroquímica da China, petrolífera estatal chinesa também conhecida como Sinopec, comprou em junho a suíça Addax Petroleum Corp. por US$ 7,2 bilhões. Em abril a CNPC comprou a petrolífera MangistauMunaiGas, do Cazaquistão, em conjunto com a estatal cazaque KazMunaiGas, por US$ 3,3 bilhões.
As petrolíferas estatais chinesas também estão cooperando mais estreitamente que no passado para fechar acordos no exterior. Este ano a Sinopec e a Cnooc se uniram para comprar ativos de petróleo e de gás natural em Angola e no Caribe. Em julho elas aceitaram comprar em conjunto, por US$ 1,3 bilhão, uma fatia de 20% num bloco petrolífero em Angola que pertencia à americana Marathon Oil Corp.
As petrolíferas chinesas também já fecharam acordos com a Rússia e o Brasil para conceder empréstimos em troca de petróleo.
Mas nem todos os esforços chineses para adquirir ativos foram bem-sucedidos. Em junho, uma oferta de US$ 19,5 bilhões da Corporação de Alumínio da China, ou Chinalco, para aumentar sua participação na gigante anglo-australiana da mineração Rio Tinto foi por água abaixo devido a objeções políticas e dos acionistas. Uma tentativa que deu certo em 2008, quando a Chinalco pagou US$ 14 bilhões por uma fatia de 9% na Rio Tinto, continua a ser o maior investimento da China em recursos naturais no exterior.
A Repsol vem tentando vender seus 84% da YPF para fazer caixa e pagar dívidas. Em 30 de julho, a petrolífera espanhola informou que o lucro ajustado do segundo trimestre caíra 62%, para 265 milhões de euros (US$ 375,5 milhões), em relação a um ano antes e atribuiu o resultado às margens muito menores no refino e à baixa cotação do petróleo. Ela informou também que tinha 10,41 bilhões de euros em dívidas no fim do segundo trimestre.
Em 2007, a Repsol vendeu 14,9% da YPF para o Grupo Petersen, da Argentina, por US$ 2,24 bilhões. O restante está nas mãos de minoritários. O acordo de 2007 inclui uma opção de compra para que o Petersen, que pertence à família Eskenazi, adquira outros 10% da YPF antes de 2012, se assim quiser. O investimento do Grupo Petersen atribui à YPF um valor total de US$ 15 bilhões. Atualmente o Petersen possui uma participação de 15,46% na filial argentina.
"Se a versão (da oferta chinesa) for correta, a cifra de US$ 17 bilhões é bastante significativa, em relação ao que seria o valor patrimonial da filial argentina e ao preço pelo qual a YPF foi vendida", diz Jorge Lapeña, ex-secretário de Energia da Argentina que atualmente ocupa cargo de diretor do Instituto Argentino da Energia General Mosconi.
A Repsol adquiriu o controle da antiga estatal argentina Yacimientos Petroliferos Fiscales em 1999, com uma oferta de US$ 13,4 bilhões por 85% do capital. No balanço anual de 2008, a YPF SA registrava um patrimônio líquido de US$ 7,4 bilhões, segundo os padrões contábeis americanos. O total de ativos era de US$ 12,8 bilhões. A empresa teve receita de US$ 10,1 bilhões e lucro líquido de US$ 874 milhões.
Mais recentemente, a Repsol já adiou várias vezes uma oferta pública de 20% da YPF devido às condições adversas do mercado, o que implica que a empresa espanhola não está disposta a vender a YPF barato.
No lado chinês, a CNPC assumiu o controle das negociações e informou inicialmente a oferta no fim de junho, disse uma das pessoas a par das negociações. A Repsol respondeu com uma carta em 21 de julho e aceitou continuar negociando, disse a pessoa.
"A Repsol acha que os chineses podem oferecer mais e aparentemente está esperando que apareçam outros interessados. mas os chineses acham que a avaliação dos ativos é justa o bastante", disse a pessoa.
O petróleo leve começou o ano em US$ 58 o barril e desde então já subiu para US$ 70, o que pode ser um fator importante nas negociações.
Um porta-voz da CNPC disse que não tem nenhuma informação sobre a questão. A YPF não quis comentar sobre um possível acordo. A Grupo Petersen encaminhou os pedidos de entrevista à YPF.
A intenção da CNPC é adquirir o controle da YPF, enquanto a Cnooc ficaria com uma fatia menor, disseram as pessoas. A agência oficial da China para o setor energético vai cooperar com a CNPC e a Cnooc para estabelecer uma estrutura para o acordo entre as duas estatais chinesas. As negociações não têm prazo, disseram elas.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
Barão do Rio Branco
Re: GEOPOLÍTICA
Quem te disse isto???johnlennon escreveu:O Brasil já tem poucos investimentos e ainda investem em outro país.
Aonde estão as Ogivas Nucleares do Brasil???
Re: GEOPOLÍTICA
No caso da Bolívia, ainda assim nenhuma empresa deixou de explorar em suas terras, porque mesmo ''tomando'' o controle, os lucros lá ainda são maiores do que a média global.Sterrius escreveu:E tendo um contrato bem feito e que nós tenhamos o retorno do capital investido mais rápido não deve haver grandes problemas se o governo não mudar, mais se o governo mudar e principalmente se tiver um dedo do Chaves no meio
Chavez ta longe ser o primeiro e o ultimo pseudo ditador da america latina. O Brasil desde a epoca do Imperio esta acostumado a lidar com os poderes volateis da america latina e inclusive com sua propria inconsistencia ja que até mesmo o Brasil era até pouco tempo atras considerado volatil também.
O que sustenta a maioria dos contratos do Brasil nesses paises, não importando o governo é a gigantesca força economica que o Brasil representa no continente. Seja por exportação ou importação.
Veja que isso nao torna o Brasil imune a "revisões" ou mesmo a tomada de certas coisas como a bolivia fez. Mas os fazem além de pensar 2x tomar cuidado com o que eles vão mecher. Porque o Brasil pode até engolir a conta, mas mês que vem pode chegar e lhe entregar uma conta 2x maior.
O Peru historicamente é +- estavel. (ao menos tanto quanto argentina, chile e o proprio brasil). Mas realmente foi o ultimo país a sair do periodo das ditaduras e as coisas la ainda estão um pouco caoticas, mas tem melhorado. (inclusive com os absurdos indices de crescimento quase indianos).
Na Bolívia houve apenas uma justa repartição dos lucros, natural.
Aonde estão as Ogivas Nucleares do Brasil???