CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

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usskelvin
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#1246 Mensagem por usskelvin » Sex Mai 15, 2009 1:08 pm

Não entendi, são 57% de Israelenses, ou de palestinos que moram em Israel?




Vamo la moderação, continuamos confiando na sua imparcialidade.
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Bolovo
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#1247 Mensagem por Bolovo » Sex Mai 15, 2009 3:55 pm

É ficou confuso. No primeiro paragrafo ele diz 57% dos israelenses e no segundo diz 57% dos palestinos. Cume que é? :|




"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#1248 Mensagem por Enlil » Sex Mai 15, 2009 5:55 pm

15/05/2009 - 14h28

ONU pede para Israel revelar prisões secretas em comitê de tortura

da Efe, em Genebra

O Comitê contra a Tortura das Nações Unidas pediu nesta sexta-feira a Israel que revele a existência de todos os centros de detenção secretos que houver no país e investigue as violações dos direitos humanos cometidas nesses locais. O pedido ocorre após o término da 42ª sessão do Comitê contra a Tortura na qual se examinou, entre outros, o caso de Israel.

Após revelar que o país abrigava em um lugar indeterminado do território a instalação "1391", conhecido como um centro secreto de detenção, o Comitê pediu no relatório final que Israel notifique a existência de qualquer outro local usado com os mesmos fins.

Israel "deveria investigar e revelar a existência de qualquer outra instalação e sob que autoridade foi estabelecida", informou o relatório. O texto pede ainda a Israel que todas as alegações de tortura e de maus-tratos contra detentos da instalação 1391 sejam investigadas de forma imparcial, e que os resultados sejam públicos. A organização pede também a punição dos autores.

O comitê solicita ainda que Israel se assegure de que nenhum detido seja mantido em uma instalação com estas características no futuro, "porque representa uma violação à Convenção contra a Tortura".

Por fim, o comitê da ONU pede a Israel que "examine a legislação do país e suas políticas para se assegurar de que todos os detidos, sem exceção, são apresentados perante um juiz e têm rápido acesso a um advogado".

http://www1.folha.uol.com.br/folha/mund ... 6428.shtml




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#1249 Mensagem por LeandroGCard » Sáb Mai 16, 2009 9:59 am

nukualofa77 escreveu:Depois dos acontecimentos de janeiro em Gaza Irsael está sofrendo pressão como nunca da ONU, governos e instituições internacionais de direitos humanos. Além do q tem um governo recheado de radicais da extrema direita israelense cujo exemplo mais evidente é Liberman, ministro de relações exteriores, odiado até por israelenses...

Em suma, Israel não tem poder político para agir a revelia da opinião pública mundial...

No caso de Gaza já aconteceu o q tu está dizendo, Israel pulverizou toda infra-estrutura civil do território, como já disse lá no tópico sobre o conflito israelense-"palestiano", nivelou todo mundo por baixo e mandou bala...

Aliás, poderemos continuar essa discussão lá no outro tópico, no qual está
centralizada a discussão...


http://www1.folha.uol.com.br/folha/mund ... 6428.shtml
Aceitando sua sugestão, vamos continuar a conversa aqui.

De fato o atual governo israelense mostrou disposição para inviabilizar a vida dos palestinos em seus territórios, mas como eles ainda sobrevivem lá fica claro que o "serviço está inacabado" (olhando pelo ponto de vista dos partidários da "Grande Israel" no governo daquele país). E também me parece claro que, como você disse, na situação atual Israel não pode avançar mais na destruição sem incorrer no opróbrio de todo o planeta, não que isso os incomode mas poderia causar problemas principalmente se afetasse o apoio militar americano.

Daí o risco de Israel buscar criar uma situação em que ela volte a ser o “coitadinha” do mundo, cercada de inimigos que põem sua existência em jogo a cada minuto, exatamente a condição que lhe permitiu conquistar e manter os territórios que ela hoje controla. E uma das melhores oportunidades para isso seria justamente atacar o Irã, com a desculpa do programa nuclear daquele país nas mãos de um presidente que parece desequilibrado.

Muito pouca gente no mundo (pelo menos no mundo ocidental) discordaria de que um ataque israelense às instalações nucleares iranianas seria um ato de auto-defesa, como foi o ataque à Osirak. Só que ao contrário do Iraque o Irã poderia e quase com certeza iria retaliar no mínimo com mísseis e com o incitamento do Hizbolah e do Hamas contra Israel. A partir daí seria Israel que estaria sob ataque, e o cenário dos sonhos dos radicais israelenses estaria montado.

É uma conjunção de fatores preocupante, e na minha opinião pessoal os EUA e a Europa deveriam deixar claro ao governo israelense que não aceitariam um ataque de Israel ao Irã e que neste caso sanções muito sérias seriam tomadas contra Israel. Mas é claro que isto não deverá ser feito de forma pública, pois é inconcebível que os países ocidentais coloquem um escudo de proteção diplomática justamente sobre o Irã de Ahmadinejad, para protegê-lo do que seria o principal alvo potencial de suas armas nucleares se um dia ele vier a obtê-las.

Veja como a situação é confusa!


Um grande abraço,


Leandro G. Card




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#1250 Mensagem por Enlil » Sáb Mai 16, 2009 5:54 pm

Pois então, se Israel estiver decida a atacar o Irã, mesmo se considerando todas as dificuldades técnicas e políticas q eu havia ressaltado no outro tópico, sem dúvida teria q ser no governo do Ahmadinejad, antes q entre o próximo presidente q provavelmente será um moderado, talvez o Katami...




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#1251 Mensagem por Enlil » Sáb Mai 16, 2009 6:10 pm

Corroborando a notícia pelo P44:

16/05/2009 - 17h20

Israelenses são favoráveis ao Estado palestino, diz pesquisa

da France Presse, em Jerusalém

A maioria dos israelense quer que o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu defenda a criação de um Estado palestino durante seu primeiro encontro com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, na próxima segunda-feira (18), em Washington, segundo pesquisa publicada pelo jornal israelense "Haaretz" nesta sexta-feira.

De acordo com a pesquisa, 57% dos israelenses disseram achar que Netanyahu deve apoiar o princípio de "dois Estados para dois povos', que implica na criação de um Estado palestino, e 35% disseram ser contrários. Outros 8% preferiram não responder.

Essa pesquisa também apontou uma queda na popularidade Netanyahu, após as complicadas negociações sobre a elaboração do Orçamento do Estado. Para 59%, a gestão dele é pior ou igual à do predecessor Ehud Olmert, do Kadima (centro), que chegou a ser afastado do cargo por suspeitas de corrupção. Só 27% dos israelenses disseram que o governo de Netanyahu é melhor do que Olmert.

O levantamento ainda perguntou aos israelenses a respeito da atuação do chanceler Avigdor Lieberman. Entre os entrevistados, 45% disseram estar insatisfeitos e 31% o apoiaram.

Essa pesquisa foi feita nesta quinta-feira (14) pelo instituto independente Dialog com uma amostra representativa de 500 pessoas e uma margem de erro de 4,5%.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/mund ... 6990.shtml




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#1252 Mensagem por Enlil » Sáb Mai 16, 2009 6:16 pm

Gostaria q os arautos unidimensionais do axioma - os "radicais e terroristas palestinos se quer aceitam a existência do Estado de Israel" se manisfestassem:

16/05/2009 - 16h08

Netanyahu viaja aos EUA pouco disposto a aceitar Estado palestino

da Efe, em Jerusalém

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, viajará na madrugada deste domingo (17) aos Estados Unidos com dois assuntos na pasta --o conflito com os palestinos e o Irã--, mas com poucas ofertas ao presidente americano, Barack Obama, para levar paz ao Oriente Médio.

Apesar da profunda aliança estratégica entre os países, Netanyahu e Obama podem ter divergências devido à dificuldade do premiê em aceitar uma fórmula de dois Estados, um israelense e outro palestino, ideia apoiada pela comunidade internacional.

Cansados de conversas fracassadas que não conduzem à independência, os palestinos se negam a retomar o diálogo de paz se antes Netanyahu não aceitar a existência de um Estado nacional palestino.

Na segunda-feira, o chefe de governo israelense transmitirá a Obama a "proposta clara" de resolução do conflito com os palestinos, baseada em avançar paralelamente em três vias: diplomática, econômica e de segurança, explicaram fontes oficiais israelenses à agência de notícias Efe.

Netanyahu defende que os palestinos tenham no futuro "todos os poderes, salvo os que prejudiquem a segurança nacional de Israel", mas não um "Estado soberano" que possa facilitar que "a Guarda Revolucionária iraniana esteja do outro lado de nossa fronteira", acrescentaram as fontes, que pediram anonimato.

O ministro da Defesa israelense, o trabalhista Ehud Barak, minimizou hoje na televisão a importância do "não" de partida de Netanyahu.

"Os árabes dizem 'dois Estados'. Não vejo razão alguma pela qual Netanyahu não poderia dizer isso no final de um acordo... haveria dois povos vivendo um ao lado do outro em paz e respeito mútuo", disse o encarregado por negociar a paz com Yasser Arafat quando era primeiro-ministro (1999-2001).

Nos últimos dias, a imprensa e comentaristas políticos especulam sobre o nível de pressão que os Estados Unidos, a principal fonte de ajuda econômica e militar de Israel, colocarão sobre Netanyahu, em contraste com a carta branca dos mandatos de George W. Bush.

Tudo parece girar em torno da grande obsessão de Israel, o programa nuclear do Irã, que poderia ser a moeda de negociação.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/mund ... 6979.shtml




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#1253 Mensagem por LeandroGCard » Sáb Mai 16, 2009 8:10 pm

nukualofa77 escreveu:Pois então, se Israel estiver decida a atacar o Irã, mesmo se considerando todas as dificuldades técnicas e políticas q eu havia ressaltado no outro tópico, sem dúvida teria q ser no governo do Ahmadinejad, antes q entre o próximo presidente q provavelmente será um moderado, talvez o Katami...
No de Ahmadinejad ou outro bobalhão raivoso qualquer que assumisse o poder no Irã. Com Katami a coisa ficaria realmente mais difícil de justificar, mas se o programa nuclear iraniano continuasse... .

Com relação às dificuldades técnicas elas pouco importam neste cenário. O objetivo não é realmente deter o programa nuclear iraniano, porque isto simplesmente não é possível a menos que toda a infra-estrutura industrial e intelectual do Irã também seja destruída no processo, o que não está ao alcance de Israel. Bastaria forçar o Irã a retaliar.

Leandro G. Card




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#1254 Mensagem por P44 » Dom Mai 17, 2009 7:18 am

Netanyahu viaja aos EUA
também vai ser preso?




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#1255 Mensagem por FOXTROT » Dom Mai 17, 2009 2:10 pm

Enfim a ONU acordou!
---------------------------------------------------------------------------------


“…Nada que a ONU faça pode ter qualquer valor enquanto este membro ilegítimo ocupar um lugar na Assembléia-Geral. Eu quero que a ONU tenha valor…”

por Ban Ki-Moon

Sr. Presidente

Excelências,

Senhoras e Senhoras:

A cada ano que passa, aproximamo-nos do nosso passado. Todo o ano traz consigo aniversários importantes de eventos que moldaram o nosso mundo. Recentemente assinalamos , por exemplo, o 60º aniversário do fim da II Guerra Mundial e das próprias Nações Unidas. Estes dois eventos, indissoluvelmente ligados, formam a base do que conhecemos como a era moderna, a era do pós-guerra.

Para mim, como secretário-geral, olhar para o momento em que a ONU começou e o momento em que está agora tem uma importância especial, pois estou agora encarregado de orientar o mundo através de território desconhecido e incerto. O “terrorismo” substituiu há muito o “controle de armas” e a “détente” como foco da segurança internacional, ainda que o termo desafie qualquer definição. O terrorista de um país é o herói revolucionário de outro país. Alguns insistem em que os terroristas opõem-se à democracia, mas todos nós vimos democracias comportarem-se como terroristas.

Sob muitos aspectos, o mundo hoje não parece estar muito afastado da barbárie da guerra mundial. A invasão do Iraque perdura há mais tempo do que a II Guerra Mundial e foram despejadas mais toneladas de bombas sobre aquele pobre país do que todas as bombas lançadas naquela grande guerra. A Declaração Internacional dos Direitos Humanos, tão louvada e venerada por homens e mulheres de honra por toda a parte, mantém-se como uma relíquia impotente de um tempo esquecido porque a conquista, crueldade e arrogância ainda estão conosco e fortalecem-se cada vez mais.

Para todo o bem que a ONU fez desde a sua fundação, e houve êxitos, a magnitude absoluta do sofrimento humano e das violações do direito internacional que se tem verificado e ainda se verificam também devem ser levados em conta.

Poucas pessoas sabem que Israel é o único Estado ao qual foi dada uma admissão condicional. Sob a Resolução 273 da Assembléia Geral, Israel foi admitido na condição de que garantisse a todos os palestinos o direito de retorno ao seus lares e de que recebessem compensação pela propriedade perdida ou danificada, de acordo com a Resolução 194, parágrafo 11, da Assembléia Geral. Basta dizer que Israel nunca cumpriu estes termos e nunca tencionou fazê-lo.

Durante 60 anos Israel violou os seus termos de admissão, e durante 60 anos a ONU nada fez acerca disto. Ela assistiu como Israel acumulou miséria sobre miséria na Palestina e violou o direito internacional com impunidade.

Após a “Operação Chumbo Fundido”, nenhuma pessoa, nenhum país, nenhuma democracia pode olhar para Israel sem pensar na carnificina desumana e na destruição cometida pelas potências do eixo na II Guerra Mundial, embora se pudesse dizer o mesmo acerca de numerosos massacres passados. A que atrocidades o mundo poderia ter sido poupado se a ONU houvesse se recusado a admitir Israel 60 anos atrás?

Naturalmente, o pós guerra imediato era um tempo diferente. O mundo havia acabado de testemunhar os horrores dos excessos racistas de Hitler, e a culpa coletiva ocidental pelo Holocausto ditou atitudes rumo à idéia do Estado judeu. Mesmo a ONU não podia aguentar a pressão moral.

Em 29 de Novembro de 1947 foi aprovada a Resolução 181 da Assembléia-Geral, “O Plano de Partição”, para talhar um estado judeu na Palestina árabe. Contudo, ela nunca foi ratificada pelo Conselho de Segurança, e assim não existe no plano do direito, o que significa que a ONU não desempenhou qualquer papel na criação de Israel. No entanto, “O Plano de Partição” era absolutamente ilegal e uma violação da Carta da ONU, porque a ONU não tem o direito ou o poder de tomar terra de um povo e dá-lo a outro.

Se quiser desempenhar um papel significativo no século XXI, a ONU deve fazer mais do que simplesmente prometer decretar reformas. Ela deve investigar profundamente dentro da sua alma para reparar as violações fundamentais dos seus princípios fundadores, os quais há muito deixaram de ter qualquer força. Tal resubmissão deve começar agora, pois fazem 60 anos hoje, 11 de Maio de 1949, que Israel se tornou membro da ONU. A ONU não pode esperar alcançar qualquer medida de paz ou justiça quando condena crimes de guerra, os quais são cometidos todos os dias em que a Israel é permitido escarnecer dos seus termos de admissão.

O passado não pode ser desfeito, mas o futuro pode mudar. Como seu recém eleito Secretário-Geral, prometo que a ONU não mais permanecerá um possibilitador passivo do genocídio. Portanto, peço à Assembléia-Geral para reunir-se em sessão especial o mais brevemente possível a fim de despojar Israel da sua condição de membro.

Habitualmente, uma moção para expulsar um país membro teria de vir com a recomendação do Conselho de Segurança, mas esta não é uma moção ordinária. Porque Israel está em violação do seus termos de admissão, este estado não é um membro em boa situação, de modo que a ONU tem todo o direito de declarar nula e vazia a Resolução 273 da Assembléia-Geral. Uma vez que a condição de membro de Israel depende da sua adesão àquela resolução, a sua expulsão é automática.

Essencialmente, a inescapável e lamentável verdade das últimas seis décadas é que a ONU tem sido um fracasso moral e político porque tem-se recusado a aplicar as suas próprias regras e a defender a Carta. Nada que a ONU faça pode ter qualquer valor enquanto este membro ilegítimo ocupar um lugar na Assembléia-Geral. Eu quero que a ONU tenha valor.

Conto com o vosso apoio.

Muito obrigado.

http://www.globalresearch.ca/index.php? ... &aid=13636




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#1256 Mensagem por Enlil » Dom Mai 17, 2009 5:16 pm

Pede "bênção"...

7/05/2009 - 11h20

Premiê de Israel abranda discurso antes de visita a Obama

SAMY ADGHIRNI
da Folha de S.Paulo
ANDREA MURTA
da Folha de S.Paulo, em Nova York

Em uma tentativa de atenuar a expectativa de confrontação com Barack Obama, o governo do premiê Binyamin Netanyahu vem adotando nos últimos dias um discurso mais conciliador em relação aos planos da Casa Branca no Oriente Médio.

O objetivo é criar uma atmosfera amigável e evitar atritos no primeiro encontro com o popular presidente americano, que exige de Netanyahu apoio à criação de um Estado palestino e rejeita --ao menos por enquanto-- um ataque ao Irã.

Ontem, em entrevista à TV, o ministro da Defesa do país, Ehud Barak, abrandou o tom de seu governo em relação à solução de dois Estados. Ele afirmou "acreditar" que Netanyahu "está pronto para um processo cuja meta seja dois Estados para dois povos".

O esforço retórico já havia sido percebido na visita que o próprio Netanyahu fez na segunda ao Egito, único país árabe, ao lado da Jordânia, com quem Israel tem relações normais. Em um tom que destoa do discurso habitual, o premiê elogiou a "grande nação árabe" e disse buscar a paz com "todos".

O aceno estava direcionado tanto ao Cairo, como parte dos planos israelenses de erguer uma frente regional contra o Irã, quanto para Washington.

O tom conciliador está, ainda, em declarações da diplomacia israelense. "Sempre surgem relatos de supostas divergências entre Israel e EUA quando mudam os governos", desconversa Raphael Singer, porta-voz da Embaixada em Brasília.

Citando Menachem Begin, que selou a paz com o Egito (1979), Ariel Sharon, que pôs fim à ocupação de Gaza (2005), e o próprio Netanyahu, que, em seu primeiro mandato como premiê, retirou o Exército de parte de Hebron (1998), Singer sugere que governos de direitistas historicamente fizeram mais concessões aos árabes que os de esquerda.

O discurso apaziguador também se delineia por expressões que assessores de Netanyahu tentam semear às vésperas do encontro com Obama. Após pregar um plano de "paz econômica", o governo do premiê recentemente incluiu em seu discurso projetos de "discussão política" e "autonomia" para os palestinos.

Para o analista israelense Barry Rubin, próximo do governo, quem vê divergências entre Obama e Netanyahu não conhece as "posições reais dos dois líderes". Já segundo o cientista político palestino Bashir Bashir, Netanyahu está amainando o discurso por não poder se dar ao luxo de confrontar Obama, que goza de grande simpatia externa e interna --foi votado por três quartos dos judeus americanos, segundo pesquisas.

"Mesmo que as posições [do premiê] não mudem, ele usará um jogo de linguagem para ter a confiança de Obama", prevê. Amir Oren, analista do jornal "Haaretz", avalia que as pressões americanas podem até acabar curvando Netanyahu.

"Em seu primeiro mandato [como premiê], ele mostrou flexibilidade --ou propensão a mudar de ideia-- quando pressionado, dependendo do ponto de vista", ironiza o analista, que prevê acenos como a remoção de alguns postos de controle militar na Cisjordânia.

Para Oren, se o americano apresentar diretamente à população israelense um plano de paz razoável, o premiê não terá escolha a não ser endossá-lo. James F. Hoge, editor da "Foreign Affairs Magazine", arrisca um palpite: "Netanyahu não ganhará nada se tentar sair do encontro sem uma posição construtiva. Seria burrice, e nenhum dos dois é burro".

http://www1.folha.uol.com.br/folha/mund ... 7189.shtml




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#1257 Mensagem por FOXTROT » Seg Mai 18, 2009 5:54 pm

terra.com.br


Rabino pede sanções globais contra Israel e fim do sionismo

O rabino judeu Aharon Cohen, membro do grupo ultraortodoxo e antissionista Neturei Karta, pediu hoje sanções globais contra Israel e ressaltou que se opor à ideologia sionista não significa ser antissemita.
Em discurso na conferência "Palestina: um dever das nações", que abriu nesta segunda-feira em Teerã, Cohen defendeu a erradicação do sionismo.

"Devemos asfixiar Israel. As sanções não serão efetivas a não ser que sejam globais. O sionismo é ruim para todos, palestinos, judeus e o resto do mundo", disse o rabino, citado pela imprensa local.

O grupo Neturei Karta - que significa "Guardiães da Cidade" em aramaico - foi fundado em 1935 por judeus contrários à criação do Estado de Israel, já que, para ele, essa é uma responsabilidade que só pertence ao messias.

A maioria de seus membros vive em Jerusalém, mas há grandes comunidades em Londres e Nova York, e atualmente existem dois ramos, um deles mais moderado.




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#1258 Mensagem por Enlil » Ter Mai 19, 2009 1:42 am

Pois é, tem rabinos tão radicais (ultraortodoxos) q eles são contra o sionismo e a existência da "nova Israel"... Inclusive alguns deles participaram da conferência internacional para negar o holocausto patrocinada por Amadinejah no início de seu governo...

Teve até um "campeonato" de cartoons negacionistas, aliás com muitos participantes brasileiros; embora alguns sejam moral e eticamente condenáveis (os anti-semitas - e nem todos são, enfatizam a repressão israelense), muitos são bem criativos:

http://www.irancartoon.ir/

http://www.irancartoon.ir/gallery/album48




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#1259 Mensagem por Enlil » Ter Mai 19, 2009 6:45 pm

19/05/2009 - 09h20

Netanyahu é de Marte e Obama é de Vênus, diz jornal israelense

colaboração para a Folha Online

A imprensa de Israel destaca nesta terça-feira as divergências reveladas durante encontro entre o presidente americano, Barack Obama, e o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, em Washington nesta segunda-feira.

O jornal "Yediot Aharonot" define as diferenças entre os dois líderes com o artigo: "Bibi [Binyamin Netanyahu] é de Marte e Obama é de Vênus", informa o jornal que trata o primeiro-ministro pelo apelido conhecido na imprensa local.

"Eles concordam que divergem. Depois de três horas de reunião, Netanyahu e Obama não estão de acordo em praticamente nada", informa o jornal que ressalta a declaração de Obama de que irá analisar os diálogos com o Irã no final do ano.

No encontro, o presidente dos Estados Unidos voltou a defender a criação de um Estado Palestino e pediu o fim da colonização, enquanto Netanyahu falou em termos vagos sobre um "acerto" com os palestinos desde que reconheçam Israel como Estado judaico.

Sobre o polêmico programa nuclear do Irã, aliado do Hamas, o presidente americano se mostrou decidido a dar uma oportunidade à diplomacia e deu prazo até o fim do ano para julgar a seriedade de Teerã. Israel deseja que a abertura ao Irã tenha um limite de tempo.

"Divergência", informa a primeira página do "Maariv", que destaca no entanto que houve comunicação entre ambos. "Netanyahu saiu do salão oval com uma mensagem clara de Obama: é preciso agir de forma paralela nas questões iraniana e palestina".

O jornal liberal "Haaretz" destaca a exigência de Obama para interromper a colonização nos territórios ocupados. "O presidente americano mostrou uma amizade reservada, que dissimulou as profundas divergências entre as respectivas posições dos dois dirigentes".

Hamas

O porta-voz do movimento radical palestino Hamas, Fauzi Barhoum, que controla a faixa de Gaza, afirmou nesta terça-feira não acreditar nas declarações de Obama e acusa o presidente de dar suporte ao "Estado racista de Israel".

"As declarações de Obama não são mais que declarações piedosas com as quais não contamos muito", afirmou o porta-voz do Hamas, Fawzi Barhum. "As declarações do presidente americano podem enganar a opinião pública internacional sobre a realidade do apoio americano à existência desta entidade sionista, racista e extremista", disse.

Barhum afirmou ainda que Obama "não insistiu nos direitos do povo palestino e na necessidade de acabar com o sofrimento e o bloqueio imposto à faixa de Gaza"

Com agências internacionais

http://www1.folha.uol.com.br/folha/mund ... 8083.shtml




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#1260 Mensagem por WalterGaudério » Ter Mai 19, 2009 10:17 pm

LeandroGCard escreveu:
nukualofa77 escreveu:Pois então, se Israel estiver decida a atacar o Irã, mesmo se considerando todas as dificuldades técnicas e políticas q eu havia ressaltado no outro tópico, sem dúvida teria q ser no governo do Ahmadinejad, antes q entre o próximo presidente q provavelmente será um moderado, talvez o Katami...
No de Ahmadinejad ou outro bobalhão raivoso qualquer que assumisse o poder no Irã. Com Katami a coisa ficaria realmente mais difícil de justificar, mas se o programa nuclear iraniano continuasse... .

Com relação às dificuldades técnicas elas pouco importam neste cenário. O objetivo não é realmente deter o programa nuclear iraniano, porque isto simplesmente não é possível a menos que toda a infra-estrutura industrial e intelectual do Irã também seja destruída no processo, o que não está ao alcance de Israel. Bastaria forçar o Irã a retaliar.

Leandro G. Card
Caros, Leandro G Card e Nukualofa77, vcs e muitos outros (e eu mesmo em um passado bem recente), tecía-mos e voltamos a tecer comentários sobre a possível ascenção de Katami ao poder no Irã, como um moderado.

Mas em absoluto, a questão vai muito além de ser moderado ou não.

Qual é o nível real de controle que ele tem sobre o programa de armas nucleares do Irã?
Acho que quem dá pitaco mesmo, são aqueles clérigos barbodos do supremo conselho da revolução que é quem manda mesmo no país.

Com Katami ou sem ele..., a peteca continua com Israel.




Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...

Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.


Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
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