Misseis Anti Radiação - Exportação
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Re: Misseis Anti Radiação - Exportação
Sou contra o Brasil vender cem mísseis ao Paquistão.
Tem que vender MIL!!!
Tem que vender MIL!!!
“You have to understand, most of these people are not ready to be unplugged. And many of them are so inured, so hopelessly dependent on the system, that they will fight to protect it.”
Morpheus
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Re: Misseis Anti Radiação - Exportação
XD
Acho que o Brasil esta fazendo o samba do criolo doido, ninguem antes vendia estes mísseis MAR, Acho que é um nincho bom a se explorar, mesmo sabendo que alguns países poderão absorver a tecnologia brasileira.
Acho que o Brasil esta fazendo o samba do criolo doido, ninguem antes vendia estes mísseis MAR, Acho que é um nincho bom a se explorar, mesmo sabendo que alguns países poderão absorver a tecnologia brasileira.
Aonde estão as Ogivas Nucleares do Brasil???
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Re: Misseis Anti Radiação - Exportação
Túlio escreveu:Sou contra o Brasil vender cem mísseis ao Paquistão.
Tem que vender MIL!!!








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Re: Misseis Anti Radiação - Exportação
É normal criticar vendas de tais armas, principalmente aqui no Brasil, lotado de "entendidos" (sentido lato. rsrs). Mas um ponto não se toca, talvez o mais óbvio: que os atentados seriam motivos naturais para se iniciar mais um arranca-rabo entre os dois países, mas que a compra de tais mísseis (Paquistão), estratégicos até, seria um grande "reforço" para coibir qualquer investida da Índia (dissuasão pura).
Não estou afirmando que a "singela" venda de 100 MAR-1 fez com que uma guerra deixasse de se iniciar, dissuasão é assim mesmo, nunca se saberá se ela funcionou ou não, mas contribuiu de alguma forma. É bom que se diga que os mísseis não estão lá, mas a essência do "recado" é a disposição do Paquistão em comprar tecnologia sensível em momentos críticos.
A negociação aconteceu em abril e a diplomacia brasileira não se "sensibilizaria" com os melhores argumentos do ministro NJ para aceitar a tal venda, brecaria o anúncio de imediato, todos sabemos que seria assim. Com todos os atributos e qualidades do ministro NJ, sabemos que ele não conseguiria convencer todos no Governo, muito menos a turma do MRE e Itamaraty.
Então houve um consenso, e o que motivou a anúncio justamente agora de vendas de mísseis tão sensíveis? O NJ foi aos EUA negociar caças apenas? Por que apenas certos setores da imprensa (notadamente anti-Governo) criticam a venda (ou anúncio?)? Por que os chamados "especialistas em defesa" (sic) estão dizendo bobagens a rodo por aí? (Sobre os mísseis.)
Juntem tudo!!! Concluam!!! Aqui só tem "críticos" (rsrsrs), daqueles que chutam o pau da barraca quando o Governo não diz nada quando a Bolívia fez suas graças tempos atrás, mas que se calam quando o Presidente muda o tom claramente em relação ao Equador e quando o País banca o anúncio de vendas de armas para um dos países envolvidos em crise delicada.
A diplomacia está "dando mole"? (Sic) Está perdendo espaços? O País/Governo está mudando? Ou temos algo maior acontecendo e que poucos perceberam???
Abraços a todos,
Orestes (o bebum)
Não estou afirmando que a "singela" venda de 100 MAR-1 fez com que uma guerra deixasse de se iniciar, dissuasão é assim mesmo, nunca se saberá se ela funcionou ou não, mas contribuiu de alguma forma. É bom que se diga que os mísseis não estão lá, mas a essência do "recado" é a disposição do Paquistão em comprar tecnologia sensível em momentos críticos.
A negociação aconteceu em abril e a diplomacia brasileira não se "sensibilizaria" com os melhores argumentos do ministro NJ para aceitar a tal venda, brecaria o anúncio de imediato, todos sabemos que seria assim. Com todos os atributos e qualidades do ministro NJ, sabemos que ele não conseguiria convencer todos no Governo, muito menos a turma do MRE e Itamaraty.
Então houve um consenso, e o que motivou a anúncio justamente agora de vendas de mísseis tão sensíveis? O NJ foi aos EUA negociar caças apenas? Por que apenas certos setores da imprensa (notadamente anti-Governo) criticam a venda (ou anúncio?)? Por que os chamados "especialistas em defesa" (sic) estão dizendo bobagens a rodo por aí? (Sobre os mísseis.)
Juntem tudo!!! Concluam!!! Aqui só tem "críticos" (rsrsrs), daqueles que chutam o pau da barraca quando o Governo não diz nada quando a Bolívia fez suas graças tempos atrás, mas que se calam quando o Presidente muda o tom claramente em relação ao Equador e quando o País banca o anúncio de vendas de armas para um dos países envolvidos em crise delicada.
A diplomacia está "dando mole"? (Sic) Está perdendo espaços? O País/Governo está mudando? Ou temos algo maior acontecendo e que poucos perceberam???
Abraços a todos,
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- Túlio
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Re: Misseis Anti Radiação - Exportação
Cabôco véio: ou PÁRAS de botar pilha ou entro em FABIO mode e dê-le MP! Estou torrando os neurônios por aqui, POWS!!!
(((Estou mais enrolado que bolacha em boca de véia...)))
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Re: Misseis Anti Radiação - Exportação
Túlio escreveu:Cabôco véio: ou PÁRAS de botar pilha ou entro em FABIO mode e dê-le MP! Estou torrando os neurônios por aqui, POWS!!!
(((Estou mais enrolado que bolacha em boca de véia...)))




Pode mandar as MP´s, as suas são especiais e bem-vindas!!! Mas vou lhe sacanear se você não tiver percebido o óbvio de imediato.


Forte abraço,
Orestes
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Re: Misseis Anti Radiação - Exportação
Com todo respeito professor, seu post me convenceu que estou várias doses atrás de você. Mas ainda chego láorestespf escreveu:É normal criticar vendas de tais armas, principalmente aqui no Brasil, lotado de "entendidos" (sentido lato. rsrs). Mas um ponto não se toca, talvez o mais óbvio: que os atentados seriam motivos naturais para se iniciar mais um arranca-rabo entre os dois países, mas que a compra de tais mísseis (Paquistão), estratégicos até, seria um grande "reforço" para coibir qualquer investida da Índia (dissuasão pura).
Não estou afirmando que a "singela" venda de 100 MAR-1 fez com que uma guerra deixasse de se iniciar, dissuasão é assim mesmo, nunca se saberá se ela funcionou ou não, mas contribuiu de alguma forma. É bom que se diga que os mísseis não estão lá, mas a essência do "recado" é a disposição do Paquistão em comprar tecnologia sensível em momentos críticos.
A negociação aconteceu em abril e a diplomacia brasileira não se "sensibilizaria" com os melhores argumentos do ministro NJ para aceitar a tal venda, brecaria o anúncio de imediato, todos sabemos que seria assim. Com todos os atributos e qualidades do ministro NJ, sabemos que ele não conseguiria convencer todos no Governo, muito menos a turma do MRE e Itamaraty.
Então houve um consenso, e o que motivou a anúncio justamente agora de vendas de mísseis tão sensíveis? O NJ foi aos EUA negociar caças apenas? Por que apenas certos setores da imprensa (notadamente anti-Governo) criticam a venda (ou anúncio?)? Por que os chamados "especialistas em defesa" (sic) estão dizendo bobagens a rodo por aí? (Sobre os mísseis.)
Juntem tudo!!! Concluam!!! Aqui só tem "críticos" (rsrsrs), daqueles que chutam o pau da barraca quando o Governo não diz nada quando a Bolívia fez suas graças tempos atrás, mas que se calam quando o Presidente muda o tom claramente em relação ao Equador e quando o País banca o anúncio de vendas de armas para um dos países envolvidos em crise delicada.
A diplomacia está "dando mole"? (Sic) Está perdendo espaços? O País/Governo está mudando? Ou temos algo maior acontecendo e que poucos perceberam???
Abraços a todos,
Orestes (o bebum)

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JT
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Re: Misseis Anti Radiação - Exportação
JT8D escreveu:Com todo respeito professor, seu post me convenceu que estou várias doses atrás de você. Mas ainda chego láorestespf escreveu:É normal criticar vendas de tais armas, principalmente aqui no Brasil, lotado de "entendidos" (sentido lato. rsrs). Mas um ponto não se toca, talvez o mais óbvio: que os atentados seriam motivos naturais para se iniciar mais um arranca-rabo entre os dois países, mas que a compra de tais mísseis (Paquistão), estratégicos até, seria um grande "reforço" para coibir qualquer investida da Índia (dissuasão pura).
Não estou afirmando que a "singela" venda de 100 MAR-1 fez com que uma guerra deixasse de se iniciar, dissuasão é assim mesmo, nunca se saberá se ela funcionou ou não, mas contribuiu de alguma forma. É bom que se diga que os mísseis não estão lá, mas a essência do "recado" é a disposição do Paquistão em comprar tecnologia sensível em momentos críticos.
A negociação aconteceu em abril e a diplomacia brasileira não se "sensibilizaria" com os melhores argumentos do ministro NJ para aceitar a tal venda, brecaria o anúncio de imediato, todos sabemos que seria assim. Com todos os atributos e qualidades do ministro NJ, sabemos que ele não conseguiria convencer todos no Governo, muito menos a turma do MRE e Itamaraty.
Então houve um consenso, e o que motivou a anúncio justamente agora de vendas de mísseis tão sensíveis? O NJ foi aos EUA negociar caças apenas? Por que apenas certos setores da imprensa (notadamente anti-Governo) criticam a venda (ou anúncio?)? Por que os chamados "especialistas em defesa" (sic) estão dizendo bobagens a rodo por aí? (Sobre os mísseis.)
Juntem tudo!!! Concluam!!! Aqui só tem "críticos" (rsrsrs), daqueles que chutam o pau da barraca quando o Governo não diz nada quando a Bolívia fez suas graças tempos atrás, mas que se calam quando o Presidente muda o tom claramente em relação ao Equador e quando o País banca o anúncio de vendas de armas para um dos países envolvidos em crise delicada.
A diplomacia está "dando mole"? (Sic) Está perdendo espaços? O País/Governo está mudando? Ou temos algo maior acontecendo e que poucos perceberam???
Abraços a todos,
Orestes (o bebum)![]()
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JT
Olá JT,
a expressão "bebum" não significa álcool de fato, apenas o fato que fiz questão de viajar nas idéias, ou seja, propor que meus pensamentos sejam analisados pelos amigos e colegas (já que os inimigos fazem questão de não analisar o que digo. hahahaa). Por isso o "bebum" (deixar a imaginação solta).
Mas falando sério, pense um pouco e compreenderá onde quero chegar, existe fundamento no que digo. É um hábito meu, quem me conhece aqui sabe disso, propor discussões (boas), algumas fazem sentido, outras não, melhor assim, não vim ao mundo para acertar sempre.
Abração,
Orestes
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Re: Misseis Anti Radiação - Exportação
Continue sempre explorando os caminhos menos óbvios. As vezes tenho uma certa dificuldade em acompanhá-lo, mas pensar faz bemorestespf escreveu:JT8D escreveu: Com todo respeito professor, seu post me convenceu que estou várias doses atrás de você. Mas ainda chego lá![]()
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Olá JT,
a expressão "bebum" não significa álcool de fato, apenas o fato que fiz questão de viajar nas idéias, ou seja, propor que meus pensamentos sejam analisados pelos amigos e colegas (já que os inimigos fazem questão de não analisar o que digo. hahahaa). Por isso o "bebum" (deixar a imaginação solta).
Mas falando sério, pense um pouco e compreenderá onde quero chegar, existe fundamento no que digo. É um hábito meu, quem me conhece aqui sabe disso, propor discussões (boas), algumas fazem sentido, outras não, melhor assim, não vim ao mundo para acertar sempre.
Abração,
Orestes

Abraços,
JT
Re: Misseis Anti Radiação - Exportação
Concordo mil vezes;Túlio escreveu:Sou contra o Brasil vender cem mísseis ao Paquistão.
Tem que vender MIL!!!


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Re: Misseis Anti Radiação - Exportação
Essa foi a melhor hora para se vender o MAR ao Paquistão, pois passou o recado de que o Brasil não utilizará de vetos políticos na comercialização desse armamento.
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Re: Misseis Anti Radiação - Exportação

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Re: Misseis Anti Radiação - Exportação
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Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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Re: Misseis Anti Radiação - Exportação
Outra do Godoy:
Produção bélica do País ganhará o mundo
DEFESA Plano de Defesa do governo federal, que será apresentado esta semana, incentivará a exportação de equipamentos militares, como o míssil anti-radiação MAR-1, capaz de levar ogiva explosiva de 50 kg
Roberto Godoy
Agência Estado
SÃO PAULO – A exportação de um lote de 100 sofisticados mísseis anti-radiação da Mectron Engenharia, de São José dos Campos, para a Força aérea do Paquistão vale R$ 255 milhões. Em euros, conforme o contrato fechado há oito meses, no dia 23 de abril, são 85 milhões. O pacote inclui o suporte técnico, documentação e treinamento de pessoal. Segundo o ministro da Defesa, Nelson Jobim, a operação seguiu o procedimento que o Plano de Defesa pretende para facilitar a venda internacional de equipamentos militares brasileiros. O programa será apresentado esta semana, em Brasília.
A Câmara de Comércio Exterior (Camex) aprovou a concessão de garantias da União. Jobim revelou que o BNDES tem participação na Mectron, “criada por cinco engenheiros formados pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica, o ITA”. A empresa não comenta o assunto. A Mectron produz o míssil Piranha, ar-ar de curto alcance, e desenvolveu um avançado software de logística.
Também está desenvolvendo mísseis terra-ar. É a corporação privada parceira da Denel Aerospace, da África do Sul, no programa binacional de produção de um novo míssil de combate aéreo, o Darter.
A linha de montagem da companhia tem capacidade para fabricar um míssil completo a cada 30 dias. Com os recursos da venda para o Paquistão a cadência vai chegar a cinco unidades “e a pesquisa será acelerada na mesma proporção”, garante o ministro Jobim.
O clube dos fornecedores internacionais de mísseis anti-radiação é restrito, integrado pelos Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Alemanha, Israel, Rússia e China. A Índia, a Itália, o Irã e a Ucrânia mantêm projetos próprios em várias fases.
“Mais que uma arma destinada a destruir estações de radar, o míssil dessa classe é um notável agente de detecção eletrônica, ele procura seu alvo pela emissão de sinais”, explica o engenheiro aeronáutico Carlos Eduardo Pires, consultor da empresa européia Euromissile.
O modelo brasileiro, da Mectron, chamado MAR-1, foi especificado pela Força aérea para ser lançado pelo caça-bombardeiro AMX, subsônico, e pelo supersônico de combate F-5M. Desenvolvido ao longo de 10 anos, teria especificações equivalentes ao do Harm, americano. Com peso na faixa de 350 quilos e comprimento de 4,2 metros, leva uma ogiva explosiva de aproximadamente 50 quilos. A primeira versão testada tinha alcance no limite de 25 a 30 quilômetros, disparado na altitude de 33 mil pés, cerca de 10 mil metros.
O MAR-1 deve operar em três modos: contra objetivo localizado previamente, bombardeando um sistema de radar que seu sensor de bordo localiza durante o vôo ou destruindo o conjunto emissor de ondas de radiação que ameace a aeronave portadora do míssil.
Produção bélica do País ganhará o mundo
DEFESA Plano de Defesa do governo federal, que será apresentado esta semana, incentivará a exportação de equipamentos militares, como o míssil anti-radiação MAR-1, capaz de levar ogiva explosiva de 50 kg
Roberto Godoy
Agência Estado
SÃO PAULO – A exportação de um lote de 100 sofisticados mísseis anti-radiação da Mectron Engenharia, de São José dos Campos, para a Força aérea do Paquistão vale R$ 255 milhões. Em euros, conforme o contrato fechado há oito meses, no dia 23 de abril, são 85 milhões. O pacote inclui o suporte técnico, documentação e treinamento de pessoal. Segundo o ministro da Defesa, Nelson Jobim, a operação seguiu o procedimento que o Plano de Defesa pretende para facilitar a venda internacional de equipamentos militares brasileiros. O programa será apresentado esta semana, em Brasília.
A Câmara de Comércio Exterior (Camex) aprovou a concessão de garantias da União. Jobim revelou que o BNDES tem participação na Mectron, “criada por cinco engenheiros formados pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica, o ITA”. A empresa não comenta o assunto. A Mectron produz o míssil Piranha, ar-ar de curto alcance, e desenvolveu um avançado software de logística.
Também está desenvolvendo mísseis terra-ar. É a corporação privada parceira da Denel Aerospace, da África do Sul, no programa binacional de produção de um novo míssil de combate aéreo, o Darter.
A linha de montagem da companhia tem capacidade para fabricar um míssil completo a cada 30 dias. Com os recursos da venda para o Paquistão a cadência vai chegar a cinco unidades “e a pesquisa será acelerada na mesma proporção”, garante o ministro Jobim.
O clube dos fornecedores internacionais de mísseis anti-radiação é restrito, integrado pelos Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Alemanha, Israel, Rússia e China. A Índia, a Itália, o Irã e a Ucrânia mantêm projetos próprios em várias fases.
“Mais que uma arma destinada a destruir estações de radar, o míssil dessa classe é um notável agente de detecção eletrônica, ele procura seu alvo pela emissão de sinais”, explica o engenheiro aeronáutico Carlos Eduardo Pires, consultor da empresa européia Euromissile.
O modelo brasileiro, da Mectron, chamado MAR-1, foi especificado pela Força aérea para ser lançado pelo caça-bombardeiro AMX, subsônico, e pelo supersônico de combate F-5M. Desenvolvido ao longo de 10 anos, teria especificações equivalentes ao do Harm, americano. Com peso na faixa de 350 quilos e comprimento de 4,2 metros, leva uma ogiva explosiva de aproximadamente 50 quilos. A primeira versão testada tinha alcance no limite de 25 a 30 quilômetros, disparado na altitude de 33 mil pés, cerca de 10 mil metros.
O MAR-1 deve operar em três modos: contra objetivo localizado previamente, bombardeando um sistema de radar que seu sensor de bordo localiza durante o vôo ou destruindo o conjunto emissor de ondas de radiação que ameace a aeronave portadora do míssil.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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