Operações Policiais e Militares
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- Edu Lopes
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Re: OPERAÇÃO POLICIAL NO RIO
Sargento da PM produz vídeos para campanha
Nos links abaixo, estão três vídeos feitos por um policial militar. Trata-se de um apelo pela valorização do Policial Militar no Rio.
Assista e comente. O que você acha que deve ser feito pelo governo para que a polícia seja valorizada?
Guerra Urbana
Mais Violência
Velho Policial
Fonte: http://extra.globo.com/geral/casodepolicia/#140936
Nos links abaixo, estão três vídeos feitos por um policial militar. Trata-se de um apelo pela valorização do Policial Militar no Rio.
Assista e comente. O que você acha que deve ser feito pelo governo para que a polícia seja valorizada?
Guerra Urbana
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Velho Policial
Fonte: http://extra.globo.com/geral/casodepolicia/#140936
Re: OPERAÇÃO POLICIAL NO RIO
28/11/2008 - 15h52
Polícia do Rio inaugura "caveirão do ar" e mata dois na zona norte do Rio
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LUISA BELCHIOR
Colaboração para a Folha Online, no Rio
Dois homens morreram baleados em operação que a Polícia Civil do Rio faz nesta sexta-feira no morro da Serrinha, em Madureira (zona norte). A Core afirmou que os mortos eram supostos traficantes, mas não soube identificá-los. Segundo a Polícia Civil, eles foram baleados quando policiais revidaram tiros que receberam ao chegar no morro, na manhã desta sexta-feira.
Cerca de 50 policiais da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais) estão no morro na tarde de hoje, com apoio do helicóptero blindado Huey 2, chamado de "caveirão do ar", que a polícia inaugura nesta sexta-feira.
Segundo a Core, a operação tem como objetivo procurar supostos chefes do tráfico local. Até a tarde desta sexta-feira, três homens não identificados haviam sido detidos. A Polícia também apreendeu drogas, um fuzil e duas pistolas.
Esta é a primeira vez que a polícia do Rio utiliza o helicóptero Huey 2. A aeronave custou R$ 8 milhões ao governo do Rio.
Com capacidade para seis atiradores, o helicóptero é totalmente a prova de tiros e pode transportar até 15 pessoas, segundo a Secretaria de Segurança do Estado.
Fonte: Folha
Polícia do Rio inaugura "caveirão do ar" e mata dois na zona norte do Rio
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LUISA BELCHIOR
Colaboração para a Folha Online, no Rio
Dois homens morreram baleados em operação que a Polícia Civil do Rio faz nesta sexta-feira no morro da Serrinha, em Madureira (zona norte). A Core afirmou que os mortos eram supostos traficantes, mas não soube identificá-los. Segundo a Polícia Civil, eles foram baleados quando policiais revidaram tiros que receberam ao chegar no morro, na manhã desta sexta-feira.
Cerca de 50 policiais da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais) estão no morro na tarde de hoje, com apoio do helicóptero blindado Huey 2, chamado de "caveirão do ar", que a polícia inaugura nesta sexta-feira.
Segundo a Core, a operação tem como objetivo procurar supostos chefes do tráfico local. Até a tarde desta sexta-feira, três homens não identificados haviam sido detidos. A Polícia também apreendeu drogas, um fuzil e duas pistolas.
Esta é a primeira vez que a polícia do Rio utiliza o helicóptero Huey 2. A aeronave custou R$ 8 milhões ao governo do Rio.
Com capacidade para seis atiradores, o helicóptero é totalmente a prova de tiros e pode transportar até 15 pessoas, segundo a Secretaria de Segurança do Estado.
Fonte: Folha
Re: OPERAÇÃO POLICIAL NO RIO
Hihihihi... Caveirão do Ar ta na pistaaaaaa!!!
As GATs e RPs estão em toda cidade!
Como diria Bezerra da Silva: "Malandro é Malandro... Mané é Mané..."
Como diria Bezerra da Silva: "Malandro é Malandro... Mané é Mané..."
- Pablo Maica
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Re: OPERAÇÃO POLICIAL NO RIO
Hoje bala voou a manhã inteira na Vila Vintém. Dizem que mataram uma penca, mas até agora nada na mídia.
- Léo Brito
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Re: OPERAÇÃO POLICIAL NO RIO
Huey já chegou "mostrando serviço"
Daqui a pouco, aparece alguém falando que compraram máquina de guerra, pra abater inocentes...
Daqui a pouco, aparece alguém falando que compraram máquina de guerra, pra abater inocentes...
"Falsa é a idéia de utilidade que sacrifica mil reais vantagens (...) As leis que proibem o porte de armas são leis de tal natureza. Elas desarmam somente aqueles que não estão nem dispostos a cometer crimes."(Cesare Beccaria)
- Moccelin
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Re: OPERAÇÃO POLICIAL NO RIO
Tá até demorando...
Não interessa que a função que ele está cumprindo é exatamente a mesma que os Esquilos cumpriam... Pra meter o pau em um gasto destinado a fornecer segurança ao policial existem N desocupados.
Não interessa que a função que ele está cumprindo é exatamente a mesma que os Esquilos cumpriam... Pra meter o pau em um gasto destinado a fornecer segurança ao policial existem N desocupados.
The cake is a lie...
- Matheus
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Re: OPERAÇÃO POLICIAL NO RIO
Reação à abordagem policial acaba com um morto e outro ferido em Lajeado - 28/11/2008
Dentro do veículo a PRF encontrou farta munição de fuzil e 9 mm, além de duas pistolas israelenses.
A abordagem policial ocorreu aproximadamente as 5h de sexta-feira (28/11/2008) em frente ao posto PRF de Lajeado. Os dois ocupantes no momento de serem revistados reagiram e houve troca de tiros.
O motorista do automóvel, um Astra azul de Canoas, de 38 anos, sofreu um tiro no rosto e morreu ao ser socorrido, e o outro, de 43, procurado pela justiça, foi alvejado várias vezes e passa por cirurgia no Hospital local.
Dentro do veículo, a PRF encontrou 180 projéteis traçantes de fuzil 762, 153 projéteis de 9 mm e duas pistolas israelenses. Os três policiais que participaram da ação saíram ilesos.
O Astra estava sendo monitorado pelo Núcleo de Inteligência da PRF, que teria informações de que o indivíduo procurado pela justiça estaria presente.
Este é o quarto confronto com troca de tiros da PRF no Rio Grande do Sul somente neste mês de novembro, com dois criminosos mortos, dois baleados e diversas armas, veículos e até rádios com scanner da freqüência da polícia apreendidos.
Dentro do veículo a PRF encontrou farta munição de fuzil e 9 mm, além de duas pistolas israelenses.
A abordagem policial ocorreu aproximadamente as 5h de sexta-feira (28/11/2008) em frente ao posto PRF de Lajeado. Os dois ocupantes no momento de serem revistados reagiram e houve troca de tiros.
O motorista do automóvel, um Astra azul de Canoas, de 38 anos, sofreu um tiro no rosto e morreu ao ser socorrido, e o outro, de 43, procurado pela justiça, foi alvejado várias vezes e passa por cirurgia no Hospital local.
Dentro do veículo, a PRF encontrou 180 projéteis traçantes de fuzil 762, 153 projéteis de 9 mm e duas pistolas israelenses. Os três policiais que participaram da ação saíram ilesos.
O Astra estava sendo monitorado pelo Núcleo de Inteligência da PRF, que teria informações de que o indivíduo procurado pela justiça estaria presente.
Este é o quarto confronto com troca de tiros da PRF no Rio Grande do Sul somente neste mês de novembro, com dois criminosos mortos, dois baleados e diversas armas, veículos e até rádios com scanner da freqüência da polícia apreendidos.
- Pablo Maica
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Re: OPERAÇÃO POLICIAL NO RIO
Um B&Z pra galera da PF que faz um grande trabalho e não se omite na guerra contra o tráfico!!!
Um abraço e t+
Um abraço e t+
- Matheus
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Re: OPERAÇÃO POLICIAL NO RIO
Vou postar a reportagem toda aqui por que é bem interessante:
Golpe na maior quadrilha do Sul
Confronto em Lajeado resulta em morte e prisão de suspeitos de aterrorizar cidades gaúchasA quadrilha suspeita de paralisar cidades para assaltar bancos sofreu duas baixas ontem. Voltando do Paraguai com uma carga de munição para fuzil em um Astra, os ex-PMs Fernando Camargo Teixeira, 38 anos, e Daniel Borges Martins, o Borjão, 43 anos, foram surpreendidos por uma barreira da Polícia Rodoviária Federal (PRF), em Lajeado.
Armada com pistolas israelenses Jericho, calibre nove milímetros, a dupla reagiu, mas levou a pior. Alvejado no rosto por um tiro de espingarda calibre 12, Camargo morreu na hora. Borjão foi preso e hospitalizado em estado grave. Os dois homens vinham sendo monitorados pela Delegacia de Roubos pela participação nos ataques a Farroupilha, em 6 de novembro, e em Triunfo, em 5 de junho.
Considerados linha de frente, Camargo e Teixeira foram a Ciudad del Este, no dia 21, buscar munição, conforme apontam as investigações. Viajaram no Astra 2004, placas IML-0188, comprado por Camargo em agosto. Às 5h, os dois ex-PMs retornavam pela rodovia Canoas-Lejeado (BR-386), quando foram parados no km 340, em frente ao posto da PRF.
Conforme o inspetor Leandro Wachholz, chefe de operações da 4ª Delegacia da PRF, o veículo já vinha sendo monitorado desde a ida ao Paraguai.
– Sabíamos que o dono do veículo tinha antecedentes e ficamos aguardando o retorno – afirmou Wachholz.
Três policiais rodoviários, um deles com a espingarda apontada para o carro, ordenaram que a dupla apresentasse documentos e saísse. Camargo caminhou até a frente do Astra, mas foi barrado com uma pergunta:
– Que arma é essa aí na cintura? – gritou um dos policiais.
Quem respondeu foi Borjão. Ele puxou uma pistola calibre nove milímetros e atirou contra os policiais, errando os tiros. Camargo sacou sua pistola. Tentou se proteger atrás da porta do carona, acertou um disparo numa viatura, mas tombou ferido no peito e no rosto. O Astra foi perfurado 14 vezes. Borjão atravessou a rodovia correndo, na direção do matagal, mas caiu atingido nas costas e nas pernas.
No Hospital Bruno Born, Borjão foi operado e até ontem à noite permanecia em estado grave. Um flagrante contra ele foi lavrado pelo delegado José Romaci Reis da Polícia Civil de Lajeado por porte ilegal de arma, tentativa de homicídio e resistência à prisão.
Munição para guerraCom uma revista minuciosa no carro usado pelos dois suspeitos, a Polícia Rodoviária Federal encontrou munição junto ao motor do Astra. O material havia sido comprado pelos dois no Paraguai. Eram 180 projéteis traçantes – que riscam o céu com um facho de luz vermelho, indicando a direção do tiro– para fuzil calibre 7.62 e 153 cartuchos de pistola nove milímetros. A munição foi escondida em um compartimento junto ao motor.
Além do armamento, a PRF recolheu bagagens e sacolas com roupas, entre elas, uma calça preta e um cinto tipo militar e uma capa semelhante à usada para guardar arma longa.
Em uma mala, foram reunidos celulares, documentos e extratos bancários em nome da dupla que mostram a movimentação de altas somas em dinheiro. O material foi entregue a uma equipe da Delegacia de Roubos que foi para Lajeado.
Perfil
FERNANDO CAMARGO TEIXEIRA, 38 ANOS, MORTO
Ex-soldado da Brigada Militar, Camargo trabalhou na região das Missões, onde nasceu, e depois se transferiu para o 3º BPM, no Vale do Sinos, atuando na sala de operações do quartel
Em abril de 1999, foi preso sob suspeita de participar de uma quadrilha, com outros dois colegas de farda, de um assalto ao Banco do Brasil de Santo Antônio da Patrulha, no Litoral Norte. Na ocasião, um comparsa apareceu morto horas depois
Em 2001, Camargo foi condenado a 11 anos de prisão pelo assalto e expulso da BM. Meses depois, fugiu duas vezes do semi-aberto e foi recapturado. Desde janeiro estava em liberdade provisória e morava em Canoas
DANIEL BORGES MARTINS, O BORJÃO, 43 ANOS, FERIDO
Condenado por envolvimento em assaltos, Borjão foi demitido da BM após trabalhar no 17º BPM, em Gravataí, em meados dos anos 1990
Em 1998, foi indiciado por participar de um assalto no aeroporto de Chapecó (SC), onde foram roubados R$ 3 milhões de um avião bimotor. O ataque resultou na morte de um vigilante com um tiro fuzil
Preso em 1998, ele foi condenado, em 2000, a 17 anos de prisão. No ano seguinte, nova condenação de 23 anos por roubo, em Cachoeirinha
Em 2006, ganhou progressão para o semi-aberto, de onde havia fugido há 10 dias.
Uma caçada que teve início em junhoA quadrilha que aterrorizou pelo menos três municípios gaúchos durante assaltos simultâneos a bancos este ano pode ter sofrido ontem o seu maior golpe. Para autoridades policiais, o confronto ocorrido em Lajeado desfalcou o bando de dois de seus principais integrantes. Trajetória criminosa interrompida graças ao trabalho conjunto das polícias Civil e Rodoviária Federal (PRF).
– Alertamos a PRF de que os suspeitos estariam circulando com esse Astra azul. Avisamos que eram criminosos perigosos e poderiam reagir à abordagem – explicou o delegado Juliano Ferreira, da Delegacia de Roubos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).
Após o tiroteio na BR-386, a quadrilha perdeu os dois homens que seriam os responsáveis pelo planejamento dos ataques aos bancos. Fernando Camargo Teixeira e Daniel Borges Martins, conhecido como Borjão, seriam os estrategistas do grupo, explica o delegado Juliano, que desde junho está no encalço do bando. A dupla também formava a linha de frente da quadrilha durante os ataques.
– Eles garantiam a segurança dos demais, ficavam do lado de fora dos bancos – conta Juliano.
Sem Camargo e Borjão, os policiais acreditam que a quadrilha terá de suspender, ao menos momentaneamente, sua saga criminosa. Para agentes que seguem os rastros deixados pelo grupo desde maio, quando atacaram uma agência do Sicredi em Vitória das Missões, o recrutamento de outros assaltantes exigirá tempo.
– A maior parte do grupo ainda está solta, mas para agir terá de se rearticular – avalia o delegado.
Delegacia de Roubos concentrou esforços
Ao sitiar cidades, usar reféns como escudos e atacar simultaneamente mais de uma agência bancária, a quadrilha havia desafiado a polícia gaúcha. Nos corredores do Palácio da Polícia e do Deic, a desarticulação do grupo se tornou emblemática.
A prisão dos seus integrantes ainda é vista como um troféu a ser conquistado pelos agentes do departamento. Nas últimas semanas, após o ataque ocorrido em Farroupilha, na Serra, praticamente, toda a equipe da Delegacia de Roubos estava no caso.
– Nosso receio era de que voltassem a atacar. Estamos concentrado nesse trabalho – revela Juliano.
Na prática, além de tirar das ruas dois supostos integrantes do bando, a ação da PRF auxiliará na investigação dos outros assaltantes que integram a quadrilha, ainda não identificados pelo Deic.
Ao reconstituir os últimos passos de Camargo e Borjão, os agentes querem descobrir os nomes de alguns de seus comparsas. Apesar de não acreditar que Borjão possa colaborar com a investigação, o delegado Juliano aposta que só a prisão dele já é capaz de perturbar os demais assaltantes e levá-los a deslizes.
ATAQUES EM 2008
Assaltos atribuídos à quadrilha:
15 de maio, Vitórias das Missões – Armados com fuzis e pistolas, três homens atacaram uma agência do Sicredi. Para entrar no banco, eles atiraram contra a porta de vidro. Os disparos feriram duas pessoas. Um dos criminosos guarneceu a entrada, usando reféns como escudos. Sem dinheiro no cofre, os assaltantes retiraram o que havia nos caixas
5 de junho, Triunfo – Com o emprego de táticas militares, a quadrilha atacou simultaneamente as agências do Banrisul e do Banco do Brasil e imobilizou as forças policiais locais. Mais de 20 reféns foram usados como escudos. Na fuga, o bando trocou dois automóveis usados no ataque por uma lancha ancorada às margens do Rio Taquari. Eles teriam levado aproximadamente R$ 800 mil
6 de novembro, Farroupilha – A quadrilha volta a repetir o duplo ataque às agências do Banrisul e Banco do Brasil. Sem se preocupar com a presença de PMs e agentes da Polícia Civil, assaltantes efetuam disparos de fuzil, sempre guarnecidos por escudos humanos. A fuga com 10 reféns é feita em uma van. O grupo foge levando quantia superior a R$ 1,2 milhão. No ataque, Borjão teria sido fotografado com os reféns na frente de uma das agências.
“O bando perdeu dois de seus líderes’’
Entrevista: Juliano Ferreira, delegado de roubosResponsável pela investigação da quadrilha que aterrorizou três cidades gaúchas, o delegado Juliano Ferreira, da Delegacia de Roubos, acredita que a morte de Fernando Camargo Teixeira e a prisão de Daniel Borges Martins, conhecido como Borjão, na sexta-feira em Lajeado, foi o primeiro de uma série de golpes que irão atingir a organização criminosa, desfalcada agora de dois de seus principais integrantes:
Zero Hora – Como a investigação dos assaltos em Farroupilha, Triunfo e Vitória das Missões chegou aos nomes dos ex-PMs Camargo e Borjão?
Juliano Ferreira – Analisando o modo de agir dos criminosos, percebemos que se tratava de um mesmo bando. A partir daí, recebemos uma série de informes e fomos checando-os. Descobrimos que o Borjão, por exemplo, havia pedido autorização para deixar o albergue (Patronato Lima Drummond, na Capital, onde cumpria pena no semi-aberto) nas datas em que ocorreram os ataques aos bancos de Farroupilha e Triunfo. Já Camargo estava na região das Missões na véspera do assalto ao Sicredi de Vitória das Missões. É o que posso revelar agora.
ZH – Qual a participação da dupla na quadrilha?
Juliano – Eles eram os responsáveis por montar a estratégia, planejar os assaltos. Além disso, tinham papel fundamental na execução. Eram da linha de frente. Ficavam do lado de fora do banco para garantir segurança de quem recolhia o dinheiro nas agências.
ZH – Então são baixas importantes na quadrilha?
Juliano – Mais do que isso, a quadrilha perdeu dois de seus líderes. Para voltar a agir, eles terão de se reorganizar. E para ataques desse porte, isso pode levar tempo.
ZH – O confronto em Lajeado entre policiais rodoviários e os dois suspeitos é fruto de um trabalho integrado entre as duas polícias?
Juliano – Sim. São criminosos que se movimentam muito. Por isso, quando identificamos o veículo usado por eles, avisamos a PRF. Trocamos informações há muitos dias sobre a localização dos dois. Eles (policiais rodoviários) foram corajosos ao enfrentar a dupla armada com pistolas.
ZH – Qual o próximo passo?
Juliano – Temos de prender os demais antes que estejam prontos para outro ataque. Assim como Camargo e Borjão, os demais criminosos são experientes, é só olhar as imagens dos assaltos em Triunfo e Farroupilha. E não vão parar. Precisamos identificá-los. Essa é a prioridade aqui na Delegacia de Roubos.
quadrilha que virou alvo nº 1
Tiroteio na BR-386 tirou de ação dois bandidos perigosos e deflagrou caçada a bandoAté então restrita a campanas, análise de imagens e depoimentos, a investigação sobre a quadrilha que utiliza táticas militares para saquear bancos e sitiar cidades ganhou ares de caçada policial desde sexta-feira. O confronto entre policiais rodoviários e dois suspeitos de liderar o bando, na rodovia Canoas-Lajeado (BR-386), em Lajeado, foi o primeiro contra-ataque das forças policiais ao bando.
Aação policial causou as duas primeiras baixas na mais perigosa quadrilha de assaltantes de banco em atividade no sul do país.
– Vamos ter de prender um a um – projetou o delegado Juliano Ferreira, da Delegacia de Roubos.
O enfrentamento durante uma abordagem na rodovia descortinou a investigação da Polícia Civil que, apoiada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), monitorava os passos dos ex-PMs Fernando Camargo Teixeira e Daniel Borges Martins, conhecido como Borjão. A ação na BR-386 – que resultou na morte de Camargo e na prisão de Borjão – teve, no entanto, um efeito negativo: os demais membros do bando podem ter sido alertados sobre o cerco policial. Mas teve outro ponto positivo: dificilmente o bando conseguirá se reagrupar e agir até o fim do ano sem dois de seus principais líderes.
Com parte da investigação desnudada, os agentes da Roubos correm agora contra o tempo. Identificar e prender os comparsas de Borjão e Camargo nas próximas semanas é a missão número 1 dos policiais que percorrem o Estado em buscas de informações sobre o bando desde junho, quando o município de Triunfo foi paralisado durante assalto simultâneo ao Banrisul e ao Banco do Brasil.
Polícia acredita que grupo planejava agir em breve
Os rastros deixados pelos ex-PMs nos últimos dias podem também dar pistas de quem são e onde estão os demais assaltantes. A relação dos dois ex-PMs se tornou evidente após a fuga de Borjão do semi-aberto, no último dia 20: desde então, a dupla começou a circular por estradas do sul do país no Astra azul de Camargo. Ao encontrar farta munição dentro do carro, os policiais têm uma certeza: o bando planejava um novo ataque.
Com os perigosos assaltantes Cláudio Adriano Ribeiro, o Papagaio, e José Carlos dos Santos, o Seco, atrás das grades, a desarticulação dessa quadrilha passou a ser prioridade do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) por dois motivos. O primeiro é a suspeita de que remanescentes dos grupos por eles chefiados possam ter se reagrupado no novo bando. O outro, se refere ao arsenal: parte das armas usadas por Seco nunca foram apreendidas e podem estar sendo reutilizadas a serviço do crime.
Os policiais que estão no encalço dos assaltantes não descartam outros confrontos. Bem armados e treinados, os comparsas de Camargo e Borjão podem resistir à prisão, a exemplo do que fez a dupla.
Golpe na maior quadrilha do Sul
Confronto em Lajeado resulta em morte e prisão de suspeitos de aterrorizar cidades gaúchasA quadrilha suspeita de paralisar cidades para assaltar bancos sofreu duas baixas ontem. Voltando do Paraguai com uma carga de munição para fuzil em um Astra, os ex-PMs Fernando Camargo Teixeira, 38 anos, e Daniel Borges Martins, o Borjão, 43 anos, foram surpreendidos por uma barreira da Polícia Rodoviária Federal (PRF), em Lajeado.
Armada com pistolas israelenses Jericho, calibre nove milímetros, a dupla reagiu, mas levou a pior. Alvejado no rosto por um tiro de espingarda calibre 12, Camargo morreu na hora. Borjão foi preso e hospitalizado em estado grave. Os dois homens vinham sendo monitorados pela Delegacia de Roubos pela participação nos ataques a Farroupilha, em 6 de novembro, e em Triunfo, em 5 de junho.
Considerados linha de frente, Camargo e Teixeira foram a Ciudad del Este, no dia 21, buscar munição, conforme apontam as investigações. Viajaram no Astra 2004, placas IML-0188, comprado por Camargo em agosto. Às 5h, os dois ex-PMs retornavam pela rodovia Canoas-Lejeado (BR-386), quando foram parados no km 340, em frente ao posto da PRF.
Conforme o inspetor Leandro Wachholz, chefe de operações da 4ª Delegacia da PRF, o veículo já vinha sendo monitorado desde a ida ao Paraguai.
– Sabíamos que o dono do veículo tinha antecedentes e ficamos aguardando o retorno – afirmou Wachholz.
Três policiais rodoviários, um deles com a espingarda apontada para o carro, ordenaram que a dupla apresentasse documentos e saísse. Camargo caminhou até a frente do Astra, mas foi barrado com uma pergunta:
– Que arma é essa aí na cintura? – gritou um dos policiais.
Quem respondeu foi Borjão. Ele puxou uma pistola calibre nove milímetros e atirou contra os policiais, errando os tiros. Camargo sacou sua pistola. Tentou se proteger atrás da porta do carona, acertou um disparo numa viatura, mas tombou ferido no peito e no rosto. O Astra foi perfurado 14 vezes. Borjão atravessou a rodovia correndo, na direção do matagal, mas caiu atingido nas costas e nas pernas.
No Hospital Bruno Born, Borjão foi operado e até ontem à noite permanecia em estado grave. Um flagrante contra ele foi lavrado pelo delegado José Romaci Reis da Polícia Civil de Lajeado por porte ilegal de arma, tentativa de homicídio e resistência à prisão.
Munição para guerraCom uma revista minuciosa no carro usado pelos dois suspeitos, a Polícia Rodoviária Federal encontrou munição junto ao motor do Astra. O material havia sido comprado pelos dois no Paraguai. Eram 180 projéteis traçantes – que riscam o céu com um facho de luz vermelho, indicando a direção do tiro– para fuzil calibre 7.62 e 153 cartuchos de pistola nove milímetros. A munição foi escondida em um compartimento junto ao motor.
Além do armamento, a PRF recolheu bagagens e sacolas com roupas, entre elas, uma calça preta e um cinto tipo militar e uma capa semelhante à usada para guardar arma longa.
Em uma mala, foram reunidos celulares, documentos e extratos bancários em nome da dupla que mostram a movimentação de altas somas em dinheiro. O material foi entregue a uma equipe da Delegacia de Roubos que foi para Lajeado.
Perfil
FERNANDO CAMARGO TEIXEIRA, 38 ANOS, MORTO
Ex-soldado da Brigada Militar, Camargo trabalhou na região das Missões, onde nasceu, e depois se transferiu para o 3º BPM, no Vale do Sinos, atuando na sala de operações do quartel
Em abril de 1999, foi preso sob suspeita de participar de uma quadrilha, com outros dois colegas de farda, de um assalto ao Banco do Brasil de Santo Antônio da Patrulha, no Litoral Norte. Na ocasião, um comparsa apareceu morto horas depois
Em 2001, Camargo foi condenado a 11 anos de prisão pelo assalto e expulso da BM. Meses depois, fugiu duas vezes do semi-aberto e foi recapturado. Desde janeiro estava em liberdade provisória e morava em Canoas
DANIEL BORGES MARTINS, O BORJÃO, 43 ANOS, FERIDO
Condenado por envolvimento em assaltos, Borjão foi demitido da BM após trabalhar no 17º BPM, em Gravataí, em meados dos anos 1990
Em 1998, foi indiciado por participar de um assalto no aeroporto de Chapecó (SC), onde foram roubados R$ 3 milhões de um avião bimotor. O ataque resultou na morte de um vigilante com um tiro fuzil
Preso em 1998, ele foi condenado, em 2000, a 17 anos de prisão. No ano seguinte, nova condenação de 23 anos por roubo, em Cachoeirinha
Em 2006, ganhou progressão para o semi-aberto, de onde havia fugido há 10 dias.
Uma caçada que teve início em junhoA quadrilha que aterrorizou pelo menos três municípios gaúchos durante assaltos simultâneos a bancos este ano pode ter sofrido ontem o seu maior golpe. Para autoridades policiais, o confronto ocorrido em Lajeado desfalcou o bando de dois de seus principais integrantes. Trajetória criminosa interrompida graças ao trabalho conjunto das polícias Civil e Rodoviária Federal (PRF).
– Alertamos a PRF de que os suspeitos estariam circulando com esse Astra azul. Avisamos que eram criminosos perigosos e poderiam reagir à abordagem – explicou o delegado Juliano Ferreira, da Delegacia de Roubos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).
Após o tiroteio na BR-386, a quadrilha perdeu os dois homens que seriam os responsáveis pelo planejamento dos ataques aos bancos. Fernando Camargo Teixeira e Daniel Borges Martins, conhecido como Borjão, seriam os estrategistas do grupo, explica o delegado Juliano, que desde junho está no encalço do bando. A dupla também formava a linha de frente da quadrilha durante os ataques.
– Eles garantiam a segurança dos demais, ficavam do lado de fora dos bancos – conta Juliano.
Sem Camargo e Borjão, os policiais acreditam que a quadrilha terá de suspender, ao menos momentaneamente, sua saga criminosa. Para agentes que seguem os rastros deixados pelo grupo desde maio, quando atacaram uma agência do Sicredi em Vitória das Missões, o recrutamento de outros assaltantes exigirá tempo.
– A maior parte do grupo ainda está solta, mas para agir terá de se rearticular – avalia o delegado.
Delegacia de Roubos concentrou esforços
Ao sitiar cidades, usar reféns como escudos e atacar simultaneamente mais de uma agência bancária, a quadrilha havia desafiado a polícia gaúcha. Nos corredores do Palácio da Polícia e do Deic, a desarticulação do grupo se tornou emblemática.
A prisão dos seus integrantes ainda é vista como um troféu a ser conquistado pelos agentes do departamento. Nas últimas semanas, após o ataque ocorrido em Farroupilha, na Serra, praticamente, toda a equipe da Delegacia de Roubos estava no caso.
– Nosso receio era de que voltassem a atacar. Estamos concentrado nesse trabalho – revela Juliano.
Na prática, além de tirar das ruas dois supostos integrantes do bando, a ação da PRF auxiliará na investigação dos outros assaltantes que integram a quadrilha, ainda não identificados pelo Deic.
Ao reconstituir os últimos passos de Camargo e Borjão, os agentes querem descobrir os nomes de alguns de seus comparsas. Apesar de não acreditar que Borjão possa colaborar com a investigação, o delegado Juliano aposta que só a prisão dele já é capaz de perturbar os demais assaltantes e levá-los a deslizes.
ATAQUES EM 2008
Assaltos atribuídos à quadrilha:
15 de maio, Vitórias das Missões – Armados com fuzis e pistolas, três homens atacaram uma agência do Sicredi. Para entrar no banco, eles atiraram contra a porta de vidro. Os disparos feriram duas pessoas. Um dos criminosos guarneceu a entrada, usando reféns como escudos. Sem dinheiro no cofre, os assaltantes retiraram o que havia nos caixas
5 de junho, Triunfo – Com o emprego de táticas militares, a quadrilha atacou simultaneamente as agências do Banrisul e do Banco do Brasil e imobilizou as forças policiais locais. Mais de 20 reféns foram usados como escudos. Na fuga, o bando trocou dois automóveis usados no ataque por uma lancha ancorada às margens do Rio Taquari. Eles teriam levado aproximadamente R$ 800 mil
6 de novembro, Farroupilha – A quadrilha volta a repetir o duplo ataque às agências do Banrisul e Banco do Brasil. Sem se preocupar com a presença de PMs e agentes da Polícia Civil, assaltantes efetuam disparos de fuzil, sempre guarnecidos por escudos humanos. A fuga com 10 reféns é feita em uma van. O grupo foge levando quantia superior a R$ 1,2 milhão. No ataque, Borjão teria sido fotografado com os reféns na frente de uma das agências.
“O bando perdeu dois de seus líderes’’
Entrevista: Juliano Ferreira, delegado de roubosResponsável pela investigação da quadrilha que aterrorizou três cidades gaúchas, o delegado Juliano Ferreira, da Delegacia de Roubos, acredita que a morte de Fernando Camargo Teixeira e a prisão de Daniel Borges Martins, conhecido como Borjão, na sexta-feira em Lajeado, foi o primeiro de uma série de golpes que irão atingir a organização criminosa, desfalcada agora de dois de seus principais integrantes:
Zero Hora – Como a investigação dos assaltos em Farroupilha, Triunfo e Vitória das Missões chegou aos nomes dos ex-PMs Camargo e Borjão?
Juliano Ferreira – Analisando o modo de agir dos criminosos, percebemos que se tratava de um mesmo bando. A partir daí, recebemos uma série de informes e fomos checando-os. Descobrimos que o Borjão, por exemplo, havia pedido autorização para deixar o albergue (Patronato Lima Drummond, na Capital, onde cumpria pena no semi-aberto) nas datas em que ocorreram os ataques aos bancos de Farroupilha e Triunfo. Já Camargo estava na região das Missões na véspera do assalto ao Sicredi de Vitória das Missões. É o que posso revelar agora.
ZH – Qual a participação da dupla na quadrilha?
Juliano – Eles eram os responsáveis por montar a estratégia, planejar os assaltos. Além disso, tinham papel fundamental na execução. Eram da linha de frente. Ficavam do lado de fora do banco para garantir segurança de quem recolhia o dinheiro nas agências.
ZH – Então são baixas importantes na quadrilha?
Juliano – Mais do que isso, a quadrilha perdeu dois de seus líderes. Para voltar a agir, eles terão de se reorganizar. E para ataques desse porte, isso pode levar tempo.
ZH – O confronto em Lajeado entre policiais rodoviários e os dois suspeitos é fruto de um trabalho integrado entre as duas polícias?
Juliano – Sim. São criminosos que se movimentam muito. Por isso, quando identificamos o veículo usado por eles, avisamos a PRF. Trocamos informações há muitos dias sobre a localização dos dois. Eles (policiais rodoviários) foram corajosos ao enfrentar a dupla armada com pistolas.
ZH – Qual o próximo passo?
Juliano – Temos de prender os demais antes que estejam prontos para outro ataque. Assim como Camargo e Borjão, os demais criminosos são experientes, é só olhar as imagens dos assaltos em Triunfo e Farroupilha. E não vão parar. Precisamos identificá-los. Essa é a prioridade aqui na Delegacia de Roubos.
quadrilha que virou alvo nº 1
Tiroteio na BR-386 tirou de ação dois bandidos perigosos e deflagrou caçada a bandoAté então restrita a campanas, análise de imagens e depoimentos, a investigação sobre a quadrilha que utiliza táticas militares para saquear bancos e sitiar cidades ganhou ares de caçada policial desde sexta-feira. O confronto entre policiais rodoviários e dois suspeitos de liderar o bando, na rodovia Canoas-Lajeado (BR-386), em Lajeado, foi o primeiro contra-ataque das forças policiais ao bando.
Aação policial causou as duas primeiras baixas na mais perigosa quadrilha de assaltantes de banco em atividade no sul do país.
– Vamos ter de prender um a um – projetou o delegado Juliano Ferreira, da Delegacia de Roubos.
O enfrentamento durante uma abordagem na rodovia descortinou a investigação da Polícia Civil que, apoiada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), monitorava os passos dos ex-PMs Fernando Camargo Teixeira e Daniel Borges Martins, conhecido como Borjão. A ação na BR-386 – que resultou na morte de Camargo e na prisão de Borjão – teve, no entanto, um efeito negativo: os demais membros do bando podem ter sido alertados sobre o cerco policial. Mas teve outro ponto positivo: dificilmente o bando conseguirá se reagrupar e agir até o fim do ano sem dois de seus principais líderes.
Com parte da investigação desnudada, os agentes da Roubos correm agora contra o tempo. Identificar e prender os comparsas de Borjão e Camargo nas próximas semanas é a missão número 1 dos policiais que percorrem o Estado em buscas de informações sobre o bando desde junho, quando o município de Triunfo foi paralisado durante assalto simultâneo ao Banrisul e ao Banco do Brasil.
Polícia acredita que grupo planejava agir em breve
Os rastros deixados pelos ex-PMs nos últimos dias podem também dar pistas de quem são e onde estão os demais assaltantes. A relação dos dois ex-PMs se tornou evidente após a fuga de Borjão do semi-aberto, no último dia 20: desde então, a dupla começou a circular por estradas do sul do país no Astra azul de Camargo. Ao encontrar farta munição dentro do carro, os policiais têm uma certeza: o bando planejava um novo ataque.
Com os perigosos assaltantes Cláudio Adriano Ribeiro, o Papagaio, e José Carlos dos Santos, o Seco, atrás das grades, a desarticulação dessa quadrilha passou a ser prioridade do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) por dois motivos. O primeiro é a suspeita de que remanescentes dos grupos por eles chefiados possam ter se reagrupado no novo bando. O outro, se refere ao arsenal: parte das armas usadas por Seco nunca foram apreendidas e podem estar sendo reutilizadas a serviço do crime.
Os policiais que estão no encalço dos assaltantes não descartam outros confrontos. Bem armados e treinados, os comparsas de Camargo e Borjão podem resistir à prisão, a exemplo do que fez a dupla.
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Re: OPERAÇÃO POLICIAL NO RIO
Caraca, o cara com a vantagem da surpresa (surpresa entre aspas, já que os PRFs já sabiam de antemão com quem estavam lidando) não feriu NENHUM policial!?!? Um pouco de sorte também heim!
Agora uma pergunta... Alugém que não goste de polícia não pode causar algum problema pra esses policiais por terem atirado nas costas do bandido???
Agora uma pergunta... Alugém que não goste de polícia não pode causar algum problema pra esses policiais por terem atirado nas costas do bandido???
The cake is a lie...
- henriquejr
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Re: OPERAÇÃO POLICIAL NO RIO
Em alguns casos, como este, o tiro pelas costas(ou na cabeça) é plenamente justificável pois envolvia grande risco de vida aos policiais. Só fica difícil justificar tiro na costa de um sujeito que está fugindo(sem oferecer risco ao agente ou a terceiros).vilmarmoccelin escreveu:Caraca, o cara com a vantagem da surpresa (surpresa entre aspas, já que os PRFs já sabiam de antemão com quem estavam lidando) não feriu NENHUM policial!?!? Um pouco de sorte também heim!
Agora uma pergunta... Alugém que não goste de polícia não pode causar algum problema pra esses policiais por terem atirado nas costas do bandido???
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Re: OPERAÇÃO POLICIAL NO RIO
Meus conhecimentos jurídicos são minímos, mas, existe uma diferenciação entre "Tiro nas Costas" e "Pelas Costas".henriquejr escreveu:Em alguns casos, como este, o tiro pelas costas(ou na cabeça) é plenamente justificável pois envolvia grande risco de vida aos policiais. Só fica difícil justificar tiro na costa de um sujeito que está fugindo(sem oferecer risco ao agente ou a terceiros).vilmarmoccelin escreveu:Caraca, o cara com a vantagem da surpresa (surpresa entre aspas, já que os PRFs já sabiam de antemão com quem estavam lidando) não feriu NENHUM policial!?!? Um pouco de sorte também heim!
Agora uma pergunta... Alugém que não goste de polícia não pode causar algum problema pra esses policiais por terem atirado nas costas do bandido???
Na primeira situação, a "vítima" demonstra algum tipo de resistência. Ex.: Atira e corre e pra se abrigar, sendo alvejado durante a fuga.
Na outra situação, o agente usa a vantagem da vítima estar de costas para ataca-lo. Caracterizando Homícidio Qualificado.
Se eu disse alguma besteira, por favor me corrijam
MCD, foi usado qual carga na cal. 12? Balote?
"Falsa é a idéia de utilidade que sacrifica mil reais vantagens (...) As leis que proibem o porte de armas são leis de tal natureza. Elas desarmam somente aqueles que não estão nem dispostos a cometer crimes."(Cesare Beccaria)