Irã tem como se defender de Israel?

[Rui Elias Maltez]

Sejil
Irão testou míssil de “nova geração” com alcance de dois mil quilómetros

12.11.2008 - 11h37 Agências / http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?

O Irão testou hoje no deserto um míssil terra-terra de “nova geração”, o Sejil, com um alcance de dois mil quilómetros, anunciou o ministro da Defesa Mostafa Mohammad Najjar, citado pela agência semi-oficial Fars.

“Este míssil utiliza combustível sólido combinado e tem capacidades extraordinárias”, disse o ministro, segundo o qual este apenas tem fins defensivos e não está relacionado com acontecimentos internacionais recentes. Estava programado há um ano, sublinhou.

“O programa balístico do Irão inscreve-se no âmbito da doutrina de dissuasão da República Islâmica e (...) este míssil não será utilizado contra nenhum país”, garantiu.

A televisão estatal divulgou imagens do lançamento do míssil, de fabrico iraniano, mas não foi dada nenhuma informação sobre o eventual sucesso do teste.

Segundo a Press TV, o míssil mostra a capacidade do Estado iraniano para “defender o seu território”.

Este teste acontece depois de nos últimos meses ter havido especulação persistente sobre possíveis ataques norte-americanos ou israelitas contra as centrais nucleares iranianas. O Ocidente suspeita que estas façam parte de um programa de armamento encapotado. Mas Teerão nega veementemente.

O Presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad insistiu que a República Islâmica iria combater qualquer potência que se levantasse contra ela. Isto inclui a resposta a qualquer ataque e o encerramento do Estreito de Ormuz, ligação vital para o abastecimento mundial de petróleo. “A nação iraniana defende a sua honra e qualquer potência que queira colocar-se no seu caminho, a nação iraniana vai esmagá-la com o seu pé”, disse o Presidente num discurso à televisão.

Ontem, os media noticiaram que o país testou outro míssil, chamado Samen, perto da fronteira com o Iraque.

Na semana passada, as autoridades militares iranianas disseram que helicópteros norte-americanos tinham sido avistados perto da fronteira iraniana e que iriam responder a qualquer violação. Os analistas internacionais interpretam estas declarações como uma mensagem directa a Barack Obama, Presidente eleito norte-americano, mais do que às tropas americanas estacionadas no Iraque. Seguiu-se a um raide das forças americanas no mês passado na Síria, movimento condenado por Damasco e Teerão.

[Sterrius]

Quanto +tempo demorar mais impraticavel se torna alguma ação seria contra o irã.

Se continuar assim a situação vai se "auto-resolver" conforme o irã não ataca e israel/Eua reconhecem que nada podem fazer e decidem negociar uma maneira de manter esse status-quo.

[ciclope]

Das duas uma. Ou vão prá guerra ou surgira um equilíbrio de forças entre eles.
O equilíbrio de forças sempre e a melhor solução, como o foi durante a guerra fria!

[P44]

13 Novembro 2008 - 08h24

Capaz de atingir Israel e Sudeste da Europa
Irão testa novo míssil
O Irão anunciou ter testado quarta-feira com sucesso uma nova geração de mísseis de longo alcance capazes de atingir o sudeste da Europa e o território israelita com maior grau de precisão que os seus antecessores.


O novo míssil, denominado ‘Sejil, usa combustível sólido e tem um raio de acção de 1.930 quilómetros, revelou o ministro da Defesa iraniano, Mostafa Mohammed Najjar.

Agências de vigilância norte-americanas já confirmaram a realização do teste militar num raio de 360 quilómetros a sudeste de Teerão, que acompanharam com recurso a satélites e outros sensores.

http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx ... 42D5E9F73B

[joaozinho]

Israel deveria preparar ataque ao Irã e boicotar eleições palestinas

JERUSALÉM (AFP) - Israel deveria se preparar para atacar o Irã e impedir que este produza armas nucleares, assim como impedir as eleições palestinas, mesmo que para isso tenha que enfrentar os Estados Unidos, segundo um documento oficial publicado neste domingo pelo jornal Haaretz.


Segundo o periódico, o documento foi redigido por um órgão de segurança israelense e adverte para o perigo de que o Estado hebreu se encontre virtualmente sozinho em 2009 frente ao Irã, após uma aproximação do próximo governo norte-americano com Teerã e o mundo árabe, o que poderia comprometer sua supremacia militar na região.


"Israel está praticamente sozinho frente à ameaça estratégica do Irã e dos mísseis balísticos e foguetes de vários países da região", ressalta o documento.


Assegura que Israel deve preparar uma opção militar porque dispõe apenas de uma "janela" limitada para atuar antes que o Irã obtenha a arma atômica, se os outros países desistirem de impedi-lo.


Esse documento, que deve ser apresentado em dezembro no marco de um relatório anual do Conselho Nacional de Segurança, recomenda que se coopere estreitamente com os Estados Unidos para impedir um possível acordo entre Washington e Teerã que prejudique os interesses israelenses.


Além disso, adverte para o possível "desaparecimento" político do presidente palestino, Mahmud Abbas, cujo mandato deve terminar em 9 de janeiro.


O texto ressalta uma possível desintegração da Autoridade Palestina e um aumento de poder do movimento islâmico Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde junho de 2007.


Indica que Israel deveria "impedir as eleições da Autoridade Palestina, inclusive se arriscando a um confronto com Washington e com a comunidade internacional".


Por fim, o documento considera que Israel pode, com o apoio dos Estados Unidos, "progredir para obter um acordo com a Síria, inclusive se for preciso pagar um preço elevado", em referência às Colinas de Golã, ocupadas desde 1967 e cuja restituição é exigida por Damasco.


Um acordo com a Síria também poderia levar a outro com o Líbano, o que enfraqueceria a aliança de Damasco com o movimento xiita libanês Hezbollah e com o Hamas

[Rui Elias Maltez]

Militares israelitas defendem operação militar contra o Irão


LUMENA RAPOSO / http://dn.sapo.pt/2008/11/24/internacional/

Alerta. Documento chama atenção para o perigo do "desaparecimento" político de Mahmoud Abbas

"Israel está praticamente sozinho face à ameaça estratégica do Irão e à dos mísseis balísticos e rockets dos diversos países da região." A afirmação está contida no documento, elaborado por responsáveis da defesa israelita, que será entregue ao Governo no próximo mês como parte do balanço anual da situação feito pelo Conselho Nacional de Segurança.

Revelado pelo diário israelita Haaretz, o documento aconselha a elaboração de planos de contingência para atacar o Irão, alcançar um acordo com a Síria que inclua a devolução dos Montes Golã e impedir novas eleições na Autoridade Palestiniana (AP), mesmo que isto signifique entrar em confronto com os Estados Unidos.

O texto alerta para o facto de Israel correr o risco de, em 2009, se encontrar sozinho face ao Irão dada uma eventual aproximação entre Washington e Teerão. Para que isso não aconteça há que, segundo o documento, cooperar de forma muito estreita com os Estados Unidos para impedir qualquer acordo entre a Administração americana e o Governo de Teerão e, ao mesmo tempo, preparar os planos para uma operação militar porque Israel tem uma "janela" limitada para agir antes que o Irão obtenha as armas nucleares e se torne numa potência regional.

Em relação à Síria, os responsáveis pelo documento sublinham a importância de um acordo com Damasco, mesmo a um "alto preço" [a devolução dos Montes Golã] que acabará por funcionar como dominó: um acordo seria possível entre Telavive e Beirute o que, consequentemente, enfraqueceria o eixo radical Irão-Síria-Hezbollah-Hamas. "A nova administração americana tem de ser pressionada para apoiar este processo", sublinha o documento, avança o Haaretz.

No que se refere à Autoridade Palestiniana, o documento alerta para o perigo do seu presidente, Mahmoud Abbas - cujo mandato termina a 9 de Janeiro -, poder "desaparecer" da arena política. A acontecer , na opinião dos autores do texto, isso levaria à desintegração da AP, o que colocaria em risco a tese dos dois estados como solução para o conflito iaraelo-palestiniano. Posto isto, e tendo em conta que o movimento integrista Hamas poderia ser novamente o vencedor do escrutínio, o documento recomenda que se evite "eleições na AP, mesmo correndo o risco de uma confrontação com os EUA e com a comunidade internacional."

"Se a trégua ruir e o conflito recomeçar na Faixa de Gaza, Israel tem de agir para acabar com o governo do Hamas", avança o texto.

[P44]

estes cab*oes querem á força começar a 3ª GM!!!!!

[rodrigo]

Militares israelitas defendem operação militar contra o Irão

Demorou! Espero que seja definitiva, porque se depender do novo presidente americano, os israelenses vão pro brejo.

[Rui Elias Maltez]

Eu acho que pode esperar sentado, Rodrigo.

Mas já é positivo que reconheçam que estão a ocupar ilegalmente os Montes Golã.

[Sterrius]

estes cab*oes querem á força começar a 3ª GM!!!!!

A 3º guerra mundial eu não sei... mas que alguns la adoram mandar pessoas se explodir e se matar com certeza.

as vezes faz falta o Imperio otomano que comandava aquela região e manteve aquila região relativamente pacifico por uns 300 anos. (E se existi-se seria o monopolizador do petroleo do mundo hehehe)

[P44]

Eu acho que pode esperar sentado, Rodrigo.

Mas já é positivo que reconheçam que estão a ocupar ilegalmente os Montes Golã.

x2

[LEO]

3ª Guerra Mundial? Contra o Irã?

Acho que dificilmente o conflito irá ocorrer, mas caso ocorra é previsível que EUA + Israel derrotarem militarmente o Irã - para mim, inclusive com certa facilidade. E fica nisso - por que a Rússia ou China iriam querer aumentar a dimensão da guerra?

[P44]

Leo, tb havia quem pensasse que a aventura iraquiana ia ser um passeio e vê lá no que deu....

Além de que no Irão a grande maioria da população apoia o regime. Penso que iria desencadear um grande conflito...ah, e podias dizer adeus á "pacificação" actual do Iraque, com os Xiitas a revoltarem-se para apoiar o Irão.

[LEO]

A vitória, em termos militares, no Iraque foi extremamente fácil. O que é complicado é a ocupação. É por isso que eu acho que o conflito com o Irã é muito difícil de acontecer - a vitória militar viria com toda certeza, mas ocupar o país no pós-guerra seria uma tarefa quase que impossível.

[mau_geografia]

A "vitória" a que vc se refere, foi diante das tropas regulares iraquianas, porém os EUA sofreram inúmeras baixas "militares" ao longo dos anos de ocupação. Um ataque ao Irã não seria simples como vc sublinha e muito menos a derrota viria com tanta facilidade. Não se esqueça, o território iraniano é 4 vezes maios que o iraquiano, com diversidades de climas e relevos, possuem uma população mais que 2x superior que a do Iraque e grande influência sobre os xiitas iraquianos.
Um ataque ao Irã, seria o retrocesso na instabilidade do Iraque e mais ataques as tropas estadunidenses.
Além disso, o exército iraniano não sofreu durante anos com bloqueio militar e nem tentou invadir nenhum país, como o fez Sadan Hussein, então, comparações com o Iraque são infundadas.